A diversidade sexual na escola: produção de subjetividade e ...
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7.2 – Políticas Públicas<br />
Quanto às políticas públicas acerca da <strong>diversida<strong>de</strong></strong> <strong>sexual</strong>, a opinião é consenso<br />
nos educadores/as: a <strong>escola</strong> não tem notícia. As professoras da Supervisão<br />
pedagógica, SOE, e direção não conhecem o Programa Brasil Sem Homofobia, nem<br />
formações relacio<strong>na</strong>das ao projeto. O fato da professora Marisa, <strong>de</strong>sta <strong>escola</strong>, ter<br />
participado do curso Educando para a Diversida<strong>de</strong> em 2007, não repercutiu <strong>na</strong> <strong>escola</strong>,<br />
a professora não trouxe relatos ou propostas relacio<strong>na</strong>das à formação. Enquanto eu<br />
estava realizando a pesquisa <strong>de</strong> campo foi realizada a quarta edição <strong>de</strong>sta formação, e<br />
não pu<strong>de</strong> perceber repercussões da divulgação <strong>de</strong>ste evento. Quando perguntei para a<br />
supervisão se havia chegado o material <strong>de</strong> divulgação vindo da SMED, elas colocaram<br />
que provavelmente o material <strong>de</strong> divulgação foi colocado <strong>na</strong> “caixa <strong>de</strong> cursos” <strong>na</strong> sala<br />
dos professores, juntamente com as divulgações <strong>de</strong> cursos que chegam a <strong>escola</strong> com<br />
as propostas <strong>de</strong> formações para quem se interessar. A supervisão, o SOE e a direção<br />
não tomaram conhecimento da proposta. Não foram tomadas iniciativas <strong>de</strong> dar<br />
<strong>de</strong>staque a esta proposta em especial, somente uma funcionária da <strong>escola</strong> freqüentou<br />
esta edição da capacitação, fato que a equipe diretiva não ficou a par. Ao contrário da<br />
<strong>escola</strong> estadual on<strong>de</strong> a divulgação que chegou <strong>na</strong> <strong>escola</strong> foi colocada no mural da sala<br />
<strong>de</strong> professores e no mural da sala do SOE, em lugares bem visíveis.<br />
Quanto à proposta da minha pesquisa as supervisoras colocam: “Vai funcio<strong>na</strong>r<br />
fazer a pesquisa aqui <strong>na</strong> <strong>escola</strong>, acho que se for ver tem um por turma” “Nesta <strong>escola</strong><br />
tem muita <strong>diversida<strong>de</strong></strong>: até <strong>de</strong>mais: temos Síndrome <strong>de</strong> Down, temos PC (paralisia<br />
cerebral), agora tem um esquizofrênico...”,“É, eles são bem sexuais...”. A pesquisa<br />
sobre <strong>diversida<strong>de</strong></strong> <strong>sexual</strong> para estes/as professoras/es está relacio<strong>na</strong>da a um público<br />
em especial - os diversos - não diz respeito ao conjunto <strong>de</strong> pessoas da comunida<strong>de</strong><br />
<strong>escola</strong>r e o motivo que levaria um educador/a a realizar uma qualificação neste sentido<br />
seria para ter instrumentais para lidar com dificulda<strong>de</strong>s inerentes ao trabalho com este<br />
público diferenciado. A associação do termo <strong>diversida<strong>de</strong></strong> <strong>sexual</strong> a indivíduos<br />
classificados como anormais, diferentes, diversos é imediata.<br />
Quanto ao interesse dos/as professores/as em formações relacio<strong>na</strong>das ao tema<br />
das <strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong>s a orientadora fala que: “Acho que sim... Mas <strong>na</strong> <strong>escola</strong> é assim: tem<br />
épocas que é um assunto, um tema que é o tema que está mais central, agora é o