16.02.2015 Views

a proteção jurídica às pessoas portadoras de deficiência e ... - Unesc

a proteção jurídica às pessoas portadoras de deficiência e ... - Unesc

a proteção jurídica às pessoas portadoras de deficiência e ... - Unesc

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

99<br />

1 Inteiro Teor<br />

Número do processo: 1.0518.07.129897-1/001(1) Númeração Única: 1298971-39.2007.8.13.0518<br />

Relator:<br />

DES. EDILSON FERNANDES, pelo Relator, conforme art.82, inc. VII,<br />

do RITJMG<br />

Relator do Acórdão: ERNANE FIDÉLIS<br />

Data do Julgamento: 23/03/2010<br />

Data da Publicação: 21/05/2010<br />

Inteiro Teor:<br />

EMENTA: AÇÃO CIVIL PÚBLICA - OBRIGAÇÃO DE FAZER - ADEQUAÇÃO DE<br />

TERMINAL DE ÔNIBUS PARA ACESSO A PORTADORES DE DEFICIÊNCIA -<br />

CRITÉRIOS DE CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE - INGERÊNCIA DO<br />

JUDICIÁRIO SOBRE A ADMINISTRAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE. A implementação <strong>de</strong><br />

obra <strong>de</strong>stinada a a<strong>de</strong>quar terminal <strong>de</strong> ônibus para acesso a portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência encontrase<br />

no âmbito da discricionarieda<strong>de</strong> administrativa do Município, <strong>de</strong> modo que não po<strong>de</strong> o<br />

Po<strong>de</strong>r Judiciário <strong>de</strong>terminar que seja realizada, e muito menos fixar prazo para tanto, sob pena<br />

<strong>de</strong> grave ofensa ao princípio da separação dos Po<strong>de</strong>res.<br />

V.V.<br />

AÇÃO CIVIL PÚBLICA - ADEQUAÇÃO DO TERMINAL DE ÔNIBUS - ACESSO AOS<br />

PORTADORES DE DEFICIÊNCIA - DEVER CONSTITUCIONAL -<br />

RESPONSABILIDADE - INOCORRÊNCIA DA INGERÊNCIA NO PODER EXECUTIVO<br />

- OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE - PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. -<br />

É preciso distinguir se a prestação do serviço público que se busca constitui mera política<br />

pública governamental ou obrigação que a própria Constituição Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>stacou como sendo<br />

vinculada e não ato discricionário do agente público. - Se a obrigação tem fundamento na<br />

Constituição Fe<strong>de</strong>ral e vem especificada na legislação infraconstitucional, cabível a análise<br />

pelo Judiciário, em face ao princípio da inafastabilida<strong>de</strong> da jurisdição. - A garantia <strong>de</strong> acesso<br />

a<strong>de</strong>quado às <strong>pessoas</strong> <strong>portadoras</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência é <strong>de</strong>ver do Estado, consagrado na Constituição<br />

da República, e previsto em lei, <strong>de</strong>vendo o Estado, em atendimento ao princípio da legalida<strong>de</strong>,<br />

cumpri-la. - Segundo o art. 36 do Decreto Fe<strong>de</strong>ral 5.296/2004 e o contrato administrativo<br />

realizado entre a prefeitura e a concessionária <strong>de</strong> serviço público, a responsabilida<strong>de</strong> para<br />

implementação das políticas <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> dos portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência física e<br />

mobilida<strong>de</strong> reduzida, é da concessionária <strong>de</strong>vendo a mesma promover as reformas necessárias<br />

para a<strong>de</strong>quação.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!