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34 [...] Na perspectiva do paternalista a pessoa portadora de deficiência, apesar de ter direitos, não está capacitada para exercê-los e que, portanto, precisa de um tutor, isto é, a pessoa portadora de deficiência é absolutamente incapaz [...]. Continua Pozzoli (2006, p. 193), com uma contribuição teórica, de admirável rigor, utilizando as mais cabíveis palavras ao descrever, relativamente, como se sentem as pessoas portadoras de deficiência diante das concepções elucidadas acima: A angústia desse reconhecimento parece ser o primeiro passo para uma reflexão mais séria sobre o problema que estamos abordando porque a pessoa portadora de deficiência não quer ser segregada, não deseja esmolas e muito menos paternalismo; a pessoa portadora de deficiência exige direitos, a começar pelos contemplados na Constituição de 1988, devendo exercitar sua cidadania. É digno de nota que o Estado está caminhando com o intuito de estabelecer uma lei própria e segura no que diz respeito a proteção da pessoa portadora de deficiência. No Brasil está ocorrendo da mesma forma, com indícios que apontam seguramente para o reconhecimento total dos direitos e garantias que este grupo constantemente reivindica. (POZZOLI, 2006, p. 193). Na mesma perspectiva, doutrina Maria de Lourdes (CANZIANI, 2006, p. 250) afirmando que: A cidadania é uma conquista construída pela educação, pela participação, pela emancipação. É o exercício dos direitos individuais e coletivos; acesso igualitário aos bens e serviços públicos. É a ―operacionalização‖ da inclusão. E a maior pressão social pela inclusão surge de proposta de caráter sócio-político (eliminação de toda prática discriminatória) e da ética (movimento em favor dos direitos civis). Como é impossível relacionar todos os tipos de deficiências, serão alistadas as deficiências mais comuns e suas caracterizações: em primeiro lugar está a caracterização da deficiência física: A deficiência física deve ser entendida como sendo uma alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, podendo se apresentar da seguinte forma: - Monoplegia: paralisia de um membro do corpo; - Hemiplegia: paralisia da metade do corpo, por lesão de via piramidal; - Paraplegia: paralisia dos membros inferiores do corpo; - Triplegia: paralisia de três membros do corpo; - Tetraplegia: paralisia dos membros inferiores e superiores do corpo; - Monoparesia: perda parcial de um membro do corpo;

35 - Hemiparesia: paralisia parcial da metade do corpo, por lesão de via piramidal; - Paraparesia: paralisia parcial dos membros inferiores do corpo; - Tetraparesia: paralisia parcial dos membros inferiores e superiores do corpo; - Paralisia cerebral: amputação ou ausência de membros do corpo. (Carmo, 1994, p. 9). A deficiência mental é definida como: [...] sendo o funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestações antes dos dezoitos anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação, cuidados pessoais, habilidades sociais, utilização dos recursos da comunidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, de lazer e de trabalho. (PADILHA, 2005, p. 18). Cabe destacar a diferença existente entre doença e deficiência mental: Doença mental: devemos entender qualquer anormalidade na mente ou no seu funcionamento. A anormalidade perante o comportamento aceito de uma sociedade é indicativo de doença. A doença mental é conhecida no campo científico como psicopatologia ou distúrbio mental e é campo de estudo da psiquiatria, neurologia e psicologia. Deficiência mental: corresponde a expressões como insuficiência, falta, falha, carência e imperfeição associadas ao significado de deficiência (latin - deficientia) que por si só não definem nem caracterizam um conjunto de problemas que ocorrem no cérebro humano, e leva seus portadores a um baixo rendimento cognitivo, mas que não afeta outras regiões ou funções cerebrais. A principal característica da deficiência mental é a redução da capacidade intelectual (QI), situadas abaixo dos padrões considerados normais para a idade, se criança ou inferiores à média da população quando adultas. O portador de deficiência mental, na maioria das vezes, apresenta dificuldades ou nítido atraso em seu desenvolvimento neuropsicomotor, aquisição da fala e outras habilidades (comportamento adaptativo). (BRASIL, 1997). A deficiência visual se caracteriza da seguinte forma: A deficiência visual refere-se a uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas, hereditárias ou adquiridas, mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais. No quadro das deficiências visuais estão incluídas a cegueira e a visão reduzida. A primeira pode ser caracterizada pela impossibilidade da pessoa em perceber os estímulos visuais, no sentido de poder utilizá-los nas tarefas do cotidiano. Já a segunda, refere-se a uma significativa perda da capacidade de ver, que exige algumas adaptações para que a pessoa possa utilizar seu resíduo visual para dar conta de algumas tarefas. (CAIADO, 2006, p. 12). Vale ressaltar ―que quaisquer leis dispondo de direitos e garantias, que correlacione com a pessoa portadora de deficiência, não surgem com efêmera

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- Hemiparesia: paralisia parcial da meta<strong>de</strong> do corpo, por lesão <strong>de</strong> via<br />

piramidal; - Paraparesia: paralisia parcial dos membros inferiores do corpo; -<br />

Tetraparesia: paralisia parcial dos membros inferiores e superiores do<br />

corpo; - Paralisia cerebral: amputação ou ausência <strong>de</strong> membros do corpo.<br />

(Carmo, 1994, p. 9).<br />

A <strong>de</strong>ficiência mental é <strong>de</strong>finida como:<br />

[...] sendo o funcionamento intelectual significativamente inferior à média,<br />

com manifestações antes dos <strong>de</strong>zoitos anos e limitações associadas a duas<br />

ou mais áreas <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s adaptativas, tais como: comunicação,<br />

cuidados pessoais, habilida<strong>de</strong>s sociais, utilização dos recursos da<br />

comunida<strong>de</strong>, saú<strong>de</strong> e segurança, habilida<strong>de</strong>s acadêmicas, <strong>de</strong> lazer e <strong>de</strong><br />

trabalho. (PADILHA, 2005, p. 18).<br />

Cabe <strong>de</strong>stacar a diferença existente entre doença e <strong>de</strong>ficiência mental:<br />

Doença mental: <strong>de</strong>vemos enten<strong>de</strong>r qualquer anormalida<strong>de</strong> na mente ou no<br />

seu funcionamento. A anormalida<strong>de</strong> perante o comportamento aceito <strong>de</strong><br />

uma socieda<strong>de</strong> é indicativo <strong>de</strong> doença. A doença mental é conhecida no<br />

campo científico como psicopatologia ou distúrbio mental e é campo <strong>de</strong><br />

estudo da psiquiatria, neurologia e psicologia.<br />

Deficiência mental: correspon<strong>de</strong> a expressões como insuficiência, falta,<br />

falha, carência e imperfeição associadas ao significado <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência (latin -<br />

<strong>de</strong>ficientia) que por si só não <strong>de</strong>finem nem caracterizam um conjunto <strong>de</strong><br />

problemas que ocorrem no cérebro humano, e leva seus portadores a um<br />

baixo rendimento cognitivo, mas que não afeta outras regiões ou funções<br />

cerebrais. A principal característica da <strong>de</strong>ficiência mental é a redução da<br />

capacida<strong>de</strong> intelectual (QI), situadas abaixo dos padrões consi<strong>de</strong>rados<br />

normais para a ida<strong>de</strong>, se criança ou inferiores à média da população<br />

quando adultas. O portador <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência mental, na maioria das vezes,<br />

apresenta dificulda<strong>de</strong>s ou nítido atraso em seu <strong>de</strong>senvolvimento<br />

neuropsicomotor, aquisição da fala e outras habilida<strong>de</strong>s (comportamento<br />

adaptativo). (BRASIL, 1997).<br />

A <strong>de</strong>ficiência visual se caracteriza da seguinte forma:<br />

A <strong>de</strong>ficiência visual refere-se a uma situação irreversível <strong>de</strong> diminuição da<br />

resposta visual, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> causas congênitas, hereditárias ou<br />

adquiridas, mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso <strong>de</strong> óculos<br />

convencionais.<br />

No quadro das <strong>de</strong>ficiências visuais estão incluídas a cegueira e a visão<br />

reduzida. A primeira po<strong>de</strong> ser caracterizada pela impossibilida<strong>de</strong> da pessoa<br />

em perceber os estímulos visuais, no sentido <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r utilizá-los nas tarefas<br />

do cotidiano. Já a segunda, refere-se a uma significativa perda da<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ver, que exige algumas adaptações para que a pessoa<br />

possa utilizar seu resíduo visual para dar conta <strong>de</strong> algumas tarefas.<br />

(CAIADO, 2006, p. 12).<br />

Vale ressaltar ―que quaisquer leis dispondo <strong>de</strong> direitos e garantias, que<br />

correlacione com a pessoa portadora <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, não surgem com efêmera

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