16.02.2015 Views

a proteção jurídica às pessoas portadoras de deficiência e ... - Unesc

a proteção jurídica às pessoas portadoras de deficiência e ... - Unesc

a proteção jurídica às pessoas portadoras de deficiência e ... - Unesc

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

104<br />

<strong>de</strong>ver, eis que o mandato constitucional é juridicamente vinculante.<br />

Via <strong>de</strong> consequência, a consagração legal do <strong>de</strong>ver do Estado permite a intervenção judicial, a<br />

fim <strong>de</strong> se efetivar a garantia fundamental <strong>de</strong> acesso a<strong>de</strong>quado às <strong>pessoas</strong> <strong>portadoras</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ficiência.<br />

Assim, clara está a obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização das obras <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação em todo e qualquer<br />

edifício público, para promoção do acesso aos portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, não havendo<br />

qualquer restrição ou hipótese <strong>de</strong> retardamento ou inexecução das obras.<br />

A<strong>de</strong>mais, é cediço que um dos objetivos da nossa República Fe<strong>de</strong>rativa é a promoção do bem<br />

estar social, sem preconceitos <strong>de</strong> origem, sexo, raça, cor, sexo, ida<strong>de</strong> ou qualquer forma <strong>de</strong><br />

discriminação, motivo pelo qual se torna patente a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proteção dos portadores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ficiência. É justamente a interpretação que se faz do princípio da igualda<strong>de</strong>, tratar a todos<br />

<strong>de</strong> maneira igual na medida <strong>de</strong> suas <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s.<br />

Ora, compete ao po<strong>de</strong>r público a inserção dos portadores <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s especiais na<br />

socieda<strong>de</strong>, para que eles possam ser capazes <strong>de</strong> realizar atos da vida civil.<br />

Dessa forma, resta inquestionável a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização das obras para a<strong>de</strong>quação do<br />

terminal rodoviário às normas <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> dos portadores <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s especiais.<br />

Como já salientado quando da apreciação das preliminares, a responsabilida<strong>de</strong> pela adaptação<br />

do terminal às normas <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> é da concessionária pública, conforme <strong>de</strong>termina o<br />

Decreto Fe<strong>de</strong>ral 5.296/04 e o contrato realizado entre ela e o município <strong>de</strong> Poços <strong>de</strong> Caldas.<br />

Além disso, incumbe ao município supervisionar, fiscalizar e exigir as obras para o efetivo<br />

cumprimento da norma.<br />

Ante os fundamentos expostos, em reexame necessário, reformo parcialmente a sentença, tão<br />

somente, para incluir a empresa concessionária <strong>de</strong> serviço público na li<strong>de</strong>, mantendo, no mais,<br />

a r. sentença <strong>de</strong> primeiro grau.<br />

Custas, na forma da lei.<br />

O SR. DES. ERNANE FIDÉLIS:<br />

Data vênia da ilustre Relatora, sempre entendi que o Po<strong>de</strong>r Judiciário não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar a<br />

realização <strong>de</strong> obras públicas, tendo em vista o princípio da separação dos Po<strong>de</strong>res, já que a<br />

administração compete ao Po<strong>de</strong>r Executivo e, não, ao Po<strong>de</strong>r Judiciário, razão pela qual<br />

reformo totalmente a sentença e julgo improce<strong>de</strong>nte o pedido.<br />

O SR. DES. MAURÍCIO BARROS:<br />

VOTO<br />

O REEXAME NECESSÁRIO:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!