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""<br />

CALCULO<br />

Volume 11


Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP}<br />

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)<br />

Stew"rt, James<br />

Cálculo, volume 2 / James s::ewart; tradução<br />

Antonio Carlos Horetti, Antonio Carlos Gilli Nart:ms,<br />

- São Paulo: Thomson Lear-ning, 2007,<br />

1. reimp. da S. ed. de 2006<br />

Titulo or-iginal: Calculus.<br />

ISBN 85-211-0484-0<br />

l. Cálculo t. Titulo<br />

05-811'<br />

CDD-515<br />

Índice para catálogo sistemático:<br />

1. Cálculo Matemático. 543


"<br />

CALCULO<br />

Volume 11<br />

Sª edição<br />

JAMES STEWART<br />

McMaster University<br />

Tradução<br />

Antonio Carlos Moretti<br />

Doutor em Engenharia Industrial pelo Georgia Institute of Technology<br />

e Professor Livre-Docente do Imecc - Unicamp<br />

Antonio Carlos Gilli Martins<br />

Doutor em Matemática pela Unicamp e Professor Doutor do Imecc - Unicamp<br />

Tlc!OMSON<br />

Austrália<br />

Brasil<br />

Canadá Cingapura Espanha Estados Unidos México Reino Unido


THOIVISON<br />

Gerente Editorial:<br />

Dulcy Grisolia<br />

Editora de Desenvolvimento:<br />

Ada Santos Seles<br />

Supervisara de Produção Editorial:<br />

Patricia La Rosa<br />

Produtora Editorial:<br />

Ligia Cosmo Cantarelli<br />

Produtora Gráfica:<br />

Fabiana Alencar Albuquerque<br />

Copidesque:<br />

Sandra Ferraz Brazil<br />

Revisão:<br />

Sílvana Gouveia<br />

lná de Carvalho<br />

Diagramação:<br />

ERJ - Composição Editorial e Artes<br />

Gráficas Ltda.<br />

Capa:<br />

FZ.Dáblio Design Studio<br />

Título Original:<br />

Calculus - Early Transcendentais,<br />

sth ed.<br />

ISBN 0-534-39321-7<br />

Tradução Técnica:<br />

Antonio Carlos Gilli Martins<br />

Antonio C ar! os Moretti<br />

COPYRIGHT © 2003 de Brooks!Cole<br />

Publishing Inc., uma divisao da<br />

Thomson learning.<br />

COPYRIGHT © 2006<br />

para a Língua Portuguesa adquirido<br />

por Thomson Learning Edições Ltda.,<br />

uma divisão da Thomson Learning, Inc.<br />

Thomson Learning é uma marca<br />

registrada aqui utilizada sob licença.<br />

Impresso no BrasiL<br />

Printed in Braz!/.<br />

56 7 8 09 08 07<br />

Condomínio E-Business Park<br />

Rua Werner Siemens, 111<br />

Prédio 20 - Espaço 3<br />

lapa de Baixo - CEP 05069-900<br />

São Paulo - SP<br />

Tel.: (11) 3665-9900<br />

Fax: (11) 3665-9901<br />

sac@thomsonlearning.com.br<br />

wvvw. thomsonlearning.com.br<br />

Todos os direitos reservados.<br />

Nenhuma parte deste livro poderá ser<br />

reproduzida, seíam quais forem os meios<br />

empregados, sem a permissão, por escrito,<br />

da Editora. Aos infratores aplicam-se as<br />

sanções previstas nos artigos 102, 104,<br />

106 e 107 da Lei nº 9.610, de 19 de<br />

fevereiro de 1998.<br />

Dados Internacionais de Catalogação<br />

na Publicação (CIP)<br />

(Câmara Brasileira do Livro, SP,. Brasil)<br />

Stewart, James<br />

Cálculo, volume 2/ James Stewart;<br />

tradução<br />

Antonio Carlos Moretti, Antonio Carlos<br />

Gilli Martins. - São Paulo: Thomson<br />

Learning, 2007.<br />

1. reimp. da 5. da ed. de 2006<br />

Títuio original: Calculus.<br />

ISBN 85-211-0484-0<br />

1. Cálculo !. Título<br />

05-8117 CDD-515<br />

Índice para catálogo sistemático:<br />

1. Cálculo : Matemática 543


Para meus alunos, antigos<br />

e presentes<br />

v


Prefácio<br />

Uma grande descoberta envolve a solução de um grande problema,<br />

mas há urna semente de descoberta na solução de qualquer<br />

problema. Seu problema pode ser modesto; porém, se ele desafiar<br />

sua curiosidade e fizer funcionar sua capacidade inventiva, e caso<br />

você o resolva sozinho, então você poderá experimentar a tensão e o<br />

prazer do triunfo da descoberta.<br />

George Polya<br />

A arte de ensinar, segundo Mark van Doren, é a de tomar parte em descobertas. Tentei escrever<br />

um livro que tome parte na descoberta do cálculo pelos estudantes - por seu aspecto<br />

prático, bem como por sua surpreendente beleza. Nesta edição, como nas quatro anteriores,<br />

pretendi transmitir aos estudantes um sentido de utilidade do cálculo e desenvolver competência<br />

técnica, mas também me empenhei em dar uma avaliação da beleza intrínseca do<br />

assunto. Newton sem dúvida experimentou uma sensação de triunfo no momento de suas<br />

grandes descobertas. Eu gostaria que os estudantes partilhassem dessa emoção.<br />

A ênfase está na compreensão dos conceitos. Penso que todos concordam que essa deve<br />

ser a meta principal no ensino do cálculo. De fato, o ímpeto para o atual movimento de<br />

reforma do cálculo vem da Conferência de Tulane, de 1986, que formulou como recomendação<br />

fundamental:<br />

Focalizar na compreensão conceitual.<br />

Tentei implementar essa meta através da Regra de Três: "Tópicos devem ser apresentados<br />

geométrica, numérica e algebricamente". Visualização, experimentação numérica e gráfica e<br />

outras abordagens mudaram radicalmente a forma de ensinar o raciocínio conceitual. Mais<br />

recentemente, a Regra de Três foi expandida tornando-se a Regra de Quatro com o acréscimo<br />

do ponto de vista verbal ou descritivo.<br />

O Que É Novo Nesta Edição<br />

Enquanto preparava a quinta edição deste livro, passei um ano na Universidade de Toronto<br />

ensinando Cálculo utilizando a edição anterior. Eu ouvia atentamente as perguntas de meus<br />

alunos e as sugestões de meus colegas. E, cada vez que preparava uma aula, ficava pensando<br />

se algum exercício a mais era necessário ou se uma frase deveria ser melhorada ou, ainda, se<br />

uma seção deveria ter mais exercícios de um certo tipo. Além disso, prestei muita atenção às<br />

sugestões enviadas por vários leitores e aos comentários dos meus revisores.<br />

Uma fonte não muito comum de problemas novos foi um telefonema de um amigo<br />

meu, Richard Annstrong. Richard é sócio de uma firma de consultoria em engenharia e<br />

orienta os clientes que controem hospitais e hotéis. Ele me disse que, em certas partes do<br />

mundo, os sistemas de sprinklers de prédios grandes são abastecidos de água por compartimentos<br />

localizados nos tetos desses prédios. Naturalmente ele sabia que a pressão da água<br />

diminui quando o nível de água decresce, mas queria quantificar esse decréscimo de maneira<br />

que seus clientes pudessem garantir uma certa pressão durante um dado período.<br />

vi i


viii c CÁlCULO Editora Thomson<br />

Eu ihe disse que poderia resolver esse problema usando as equações diferenciais sepk<br />

ráveis, porém ocorreu-me que esse problema poderia gerar um bom projeto de pesquisa<br />

quando combinado com outras idéias. (Veja o projeto na página 605).<br />

A estrutura desta edição permanece praticamente a mesma da anterior, no entanto, há<br />

vários melhoramentos, pequenos e grandes:<br />

Duas seções no Capítulo 10 foram combinadas em uma só.<br />

Eu reescrevi a Seção 12.2 para dar mais ênfase à descrição geométrica dos vetores.<br />

Novas frases e notas de rodapé foram inseridas no texto para dar mais clareza à<br />

exposição.<br />

V árias trabalhos de arte foram redesenhados.<br />

Os dados em exemplos e os exercícios foram atualizados no tempo.<br />

Foram incluídos alguns sites a mais em alguns dos exemplos já existentes.<br />

Cerca de 25% dos exercícios em cada capítulo são novos. Aqui estão alguns dos<br />

meus favoritos:<br />

Exercícios<br />

9.1 11-12<br />

1!.12 35<br />

Página<br />

588<br />

782<br />

14.5 15-16 936<br />

Exercícios<br />

10.3 47-48<br />

I 3.3 32-34<br />

Página<br />

674<br />

868<br />

Exercício<br />

11.9 40<br />

14.3 5-6<br />

Página<br />

Foram adicionados novos problemas nas seções Problemas Quentes. Veja, por exemplo,<br />

os Problemas 20 e 22 na página 790.<br />

758<br />

918<br />

Características<br />

Exercícios Conceituais<br />

Conjuntos Gradativos de Exercícios<br />

A maneira mais importante de encorajar a compreensão conceitual é por meio dos problemas<br />

que prescrevemos. Com essa finalidade, delineei vários tipos de novos problemas.<br />

Alguns conjuntos de exercícios começam com questões exigindo a explicação do significado<br />

do conceito básico da seção. (Veja, por exemplo, os exercícios nas Seções 11.2. 14.2<br />

e 14.3.) Analogamente, todas as seções de revisão começam por uma verificação conceitual<br />

e um teste do tipo verdadeiro-falso. Outros exercícios testam a compreensão<br />

conceitual através de gráficos e tabelas. Veja os Exercícios 1-2 na Seção 13.2, Exercício 27<br />

na Seção 13.3, Exercícios 1, 2, 5 e 31-34 na Seção 14.1, Exercícios 1, 2 e 36 na Seção 14.6,<br />

Exercícios 3-4 na Seção 14.7, Exercícios 5-10 na Seção 15.1, Exercícios 11-18 na Seção<br />

16.1, Exercícios 17, 18 e 43 na Seção 16.2 e Exercícios 1, 2, 11 e 23 na Seção 16.3. Eu<br />

particularmente valorizo problemas que combinam e comparam abordagens gráficas,<br />

numéricas e algébricas (veja o Exercício 2 na Seção 9.5).<br />

Mais do que 30% dos exercícios são novos. Cada conjunto de exercícios é cuidadosamente<br />

graduado, progredindo desde exercícios conceituais básicos e problemas destinados a<br />

desenvolvimento de habilidades até problemas mais desafiantes envolvendo aplicações e<br />

provas.


James Stewart PREFÁCIO !":1 i:x<br />

Dados do Mundo Real<br />

Projetos<br />

Tecnologia<br />

Meu assistente e eu gastamos um bom tempo em bibliotecas, contatando companhias e<br />

agências governamentais e procurando na Internet por dados do mundo real para introduzir,<br />

motivar e ilustrar os conceitos do cálculo. Como resultado, muitos de nossos exemplos<br />

e exercícios tratam de funções definidas por tais dados numéricos ou gráficos.<br />

Funções de duas variáveis são ilustradas por uma tabela de valores do fator de resfriamento<br />

do vento como urna função da temperatura do ar e da velocidade do vento (Exemplo 2 da<br />

Seção 14.1). As derivadas parciais são introduzidas na Seção 14.3, em que é examinada<br />

uma coluna na tabela de valores do índice de calor (temperatura do ar sentida) como uma<br />

função da temperatura real e da umidade relativa. Esse exemplo é aprofundado em<br />

conexão com as aproximações lineares (Exemplo 3 da Seção 14.4). Derivadas direcionais<br />

são introduzidas nas Seções 14.6 usando curvas de nível para estimar a taxa de variação da<br />

temperatura em Reno em direção a Las Vegas. Integrais duplas são usadas para estimar a<br />

média de queda de neve no Colorado durante o dia 24 de dezembro de 1982 (Exemplo 4<br />

da Seção 15.1). Campos vetoriais são introduzidos na Seção 16.1 pela representação do<br />

padrão de ventos na baia de São Francisco.<br />

Uma maneira de envolver os estudantes e então tomá-los aprendizes ativos é fazê-los trabalhar<br />

(talvez em grupos) em projetos de extensão, que dão um grande sentimento de realização<br />

quando finalizados. Isso inclui quatro tipos de projetos: a) Projetos Aplicados, que<br />

envolvem aplicações destinadas a apelar para a imaginação dos estudantes. O projeto que<br />

segue a Seção 9.3 indaga se uma bola atirada para cima leva mais tempo para atingir sua<br />

altura máxima ou para cair até sua altura original. (A resposta poderá surpreendê-lo.) O<br />

projeto que segue a Seção 14.8 usa multiplicadores de Lagrange para determinar as massas<br />

dos três estágios do foguete de tal forma a rrúnirnizar a massa total enquanto lhe permite<br />

atingir a velocidade desejada. b) Projetos de Laboratório, que envolvem tecnologia.<br />

O projeto que segue a Seção 10.2 mostra como usar as curvas de Bézier para desenhar formas<br />

que representam letras para uma impressão a laser. c) Projetos Escritos, que pedem<br />

aos estudantes que comparem métodos atuais com aqueles usados pelos fundadores do<br />

cálculo - por exemplo, o método de Fermat para encontrar tangentes. São fornecidas referências.<br />

d) Projetos Descobertas, que antecipam resultados que serão discutidos posteriormente<br />

ou encorajam a descoberta através do reconhecimento do padrão. Outros exploram<br />

aspectos da geometria: tetraedro (após a Seção 12.4), hiperesferas (após a Seção 15.7) e a<br />

intersecção de três cilindros (após a Seção 15.8).<br />

A disponibilidade de tecnologia torna ainda mais importante compreender claramente os<br />

conceitos que fundamentam as imagens na tela. Quando usados adequadamente, calculadoras<br />

gráficas e computadores são ferramentas valiosas na descoberta e compreensão<br />

desses conceitos. Este livro pode ser usado com ou sem tecnologia, e usei dois símbolos<br />

especiais para indicar quando um tipo especial de máquina for necessário. O íconeiiJi indica<br />

um exemplo ou exercício que requer o uso de tal tecnologia, mas isso que não significa<br />

que ela não possa ser usada também em outros exercícios. O símbolo é reservado<br />

para os problemas em que é requerida toda a capacidade de um sistema algébrico computacional<br />

(como Derive, Maple, Mathematica ou TI-92). Todavia, a tecnologia não torna<br />

obsoletos o lápis e o papel. Cálculos à mão e esboços são freqüentemente preferíveis à tecnologia<br />

para ilustrar e reforçar alguns conceitos. Professores e estudantes precisam desenvolver<br />

a habilidade para decidir quando é mais apropriado a máquina ou a mão.


X c CÁlCULO Editora Thomson<br />

Conteúdo<br />

Capítulo 9<br />

Equações Diferenciais<br />

Capítulo 10<br />

Equações Paramétricas e<br />

Coordenadas Polares<br />

Capítulo 11<br />

Seqüências Infinitas e Séries<br />

Capítulo 12<br />

Vetores e a Geometria do Espaço<br />

Modelagem é o tema que unifica este tratamento introdutório das equações diferenciais.<br />

Campos de direção e o método de Euler são estudados antes das equações separáveis, e as<br />

equações lineares são resolvidas explicitamente; assim, é dado o mesmo peso para as abordagens<br />

qualitativa, numérica e analítica. Esses métodos são aplicáveis aos modelos exponencial,<br />

logístico e outros para o crescimento populacional. As cinco primeiras seções<br />

deste capítulo servem como uma boa introdução às equações diferenciais de primeira<br />

ordem. A seção final, opcional, usa os modelos predador-presa para ilustrar os sistemas de<br />

equações diferenciais.<br />

As seções em áreas e tangentes para curvas paramétricas e comprimento de arco e área de<br />

superfície foram alinhados e combinados como Cálculo com curvas paramétricas. Projeto<br />

de laboratório; os dois projetos apresentados aqui envolvem farru1ias de curvas e as curvas<br />

de Bézier. Um breve tratamento de seções cônicas em coordenadas polares prepara o caminho<br />

para as Leis de Kepler do Capítulo 13.<br />

Agora os testes de convergência têm justificações intuitivas (veja a página 723), bem como<br />

provas formais. As estimativas numéricas das somas das séries estão baseadas no teste<br />

usado para provar a convergência. A ênfase está em séries de Taylor e polinomiais e sua<br />

aplicação à física. Estimativas de erro incluem aquelas para recursos gráficos.<br />

O material em geometria analítica em três dimensões e vetores foi dividido em dois capítulos.<br />

Este capítulo trata dos vetores, dos produtos escalar e vetorial, retas,_ planos, superfícies<br />

e coordenadas cilíndricas e esféricas.<br />

Capítulo 13<br />

Funções Vetoriais<br />

Capitulo 14<br />

Derivadas Parciais<br />

Capítulo 15<br />

Integrais Múltiplas<br />

Capítulo 16<br />

Cálculo Vetorial<br />

Capítuio 17<br />

Equações Diferenciais<br />

de Segunda Ordem<br />

Este capítulo cobre as funções a valores vetoriais, suas derivadas e integrais, o comprimento<br />

e a curvatura de curvas espaciais e a velocidade e aceleração ao longo de curvas<br />

espaciais, culminando nas leis de Kepler.<br />

Funções de duas ou mais variáveis são estudadas dos pontos de vista verbal, numérico,<br />

visual e algébrico. Em particular, introduzi derivadas parciais observando uma coluna<br />

específica em uma tabela de valores do índice de calor (temperatura do ar sentida) como<br />

uma função da temperatura real e da umidade relativa. Derivadas direcionais são estimadas<br />

a partir de curvas de nível da temperatura, pressão e precipitação da neve.<br />

Curvas de nível e Regra do Ponto Médio são utilizadas para estimar a precipitação média<br />

de neve e a temperatura média em uma dada região. As integrais duplas e triplas são usadas<br />

para computar probabilidades, áreas de superfícies e (nos projetos) volumes de hiperesferas,<br />

e ainda, o volume da interseção de três cilindros.<br />

São introduzidos os campos vetoriais através de gráficos de velocidade mostrando os padrões<br />

de ventos da Baia de San Francisco. As similaridades entre o Teorema Fundamental para os<br />

Integrais de Linhas, o Teorema de Green, o Teorema de Stokes e o Teorema da Divergência<br />

são enfatizadas.<br />

Como as equações diferenciais de primeira ordem são estudas no capítulo 9, este último capítulo<br />

trata das equações diferenciais lineares de segunda ordem, sua aplicação às cordas<br />

vibrantes e circuitos elétricos, e soluções em série.


Jarnes Stewart PREFÁCIO L xi<br />

A preparação desta e das edições anteriores envolveu um bom tempo gasto na leitura<br />

dos ponderados conselhos de um grande número de revisores. Apreciei profundamente o<br />

tempo gasto por eles para entender a minha motivação na abordagem escolhida. De cada<br />

um deles aprendi alguma coisa. Sou grato a todos: Barbara Cortzen, Philip S. Crooke,<br />

Matthias K. Gobbert, Leonard Krop, F. J. Papp e Paul M. Wright.<br />

Além disso, quero agradecer a George Bergman, Bill Ralph, Harvey Keynes, Doug<br />

Shaw, Saleem Watson, Lothar Redlin, David Leep, Gene Hecht e Tom DiCiccio, por suas<br />

recomendações e ajuda; a Andy Bulman-Fleming e Dan Clegg, por suas pesquisas em bibliotecas<br />

e na Internet; a Kevin Kreider, por sua crítica aos exercícios aplicados; a Fred<br />

Brauer, por sua pernússão para usar seus manuscritos em equações diferenciais; e a Dan<br />

Clegg pelo preparo do manuscrito das respostas. Dan Clegg atuou como meu assistente em<br />

todo o trabalho; ele leu e marcou todos os erros, deu sugestões e contribuiu em muitos<br />

dos novos exercícios.<br />

Agradeço ainda a Brian Betsill, Stephanie Kuhns, Kathi Townes, Sandy Senter, Jamic<br />

Sue Brooks, Carolioe Crolcy, Debra Johnston e Caro] Ann Benedict.<br />

Fui muito afortunado por ter trabalhado com alguns dos melhores editores de matemática<br />

dos últimos vinte anos: Ron Munro, Harry Campbell, Craig Barth, Jeremy Hayhurst e<br />

Gary W. Ostedt. Sou particularmente grato a meu atual editor, Gary W. Ostedt, por tomar<br />

mais fácil minha vida colocando a minha disposição uma equipe talentosa de pessoas que<br />

me assistiram na feitura deste livro.<br />

JAMES STEWART


Sumário<br />

9 Equações Diferenciais 582<br />

9.1 Modelagem com Equações Diferenciais 583<br />

9.2 Campos de Direção e o Método de Euler 589<br />

9.3 Equações Separáveis 597<br />

Projeto Aplicado Quão Rápido um Tanque Esvazia 605<br />

Projeto Aplicado. O Que É Mais Rápido: Subir ou Descer 606<br />

9.4 Crescimento e Decaimento Exponencial 607<br />

Projeto Aplicado Cálculo e Beisebol 618<br />

9.5 A Equação Logística 619<br />

9.6 Equações Lineares 628<br />

9.7 Sistemas Predador-Presa 634<br />

Revisão 640<br />

Problemas Quentes 644<br />

Paramétricas e Coordenadas Polares 646<br />

10.1 Curvas Definidas por Equações Paramétricas 647<br />

Projeto de Laboratório Rolando Círculos ao Redor de Círculos 655<br />

10.2 Cálculo com Curvas Paramétricas 655<br />

Projeto de Laboratório Curvas de Bézier 644<br />

10.3 Coordenadas Polares 665<br />

10.4 Áreas e Comprimentos em Coordenadas Polares 675<br />

10.5 Seções Cônicas 680<br />

10.6 Seções Cônicas em Coordenadas Polares 687<br />

Revisão 692<br />

Problemas Quentes 696<br />

Seqüências Infinitas e Séries 698<br />

11.1 Seqüências 699<br />

Projeto de Laboratório Seqüências Logísticas 711<br />

11.2 Séries 711<br />

11.3 O Teste da Integral e Estimativas de Somas 721<br />

11.4 Os Testes de Comparação 728<br />

11.5 Séries Alternadas 733<br />

1 1.6 Convergência Absoluta e os Testes da Razão e da Raiz 738<br />

11.7 Estratégia para Testar as Séries 7 45


James Stewart SUMÁRIO U xv<br />

14.7 Valores Máximo e Mínimo 951<br />

Projeto Aplicado Projeto de uma Caçamba 961<br />

Projeto Descoberta Aproximação Quadrática e Pontos Críticos 962<br />

14.8 Multiplicadores de Lagrange 963<br />

Projeto Aplicado Ciência dos Foguetes 970<br />

Projeto Aplicado Otimização de uma Turbina Hidráulica 971<br />

Revisão 972<br />

Problemas Quentes 976<br />

151' Integrais Múltiplas 978<br />

-~-


xvi o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

17 Equações Diferenciais de Segunda Ordem 1137<br />

17.1 Equações Lineares de Segunda Ordem 1138<br />

17.2 Equações Lineares Não-Homogêneas 1144<br />

17.3 Aplicações das Equações Diferenciais de Segunda Ordem 1151<br />

17.4 Soluções em Série 1159<br />

Revisão 1163<br />

Apêndices<br />

F Provas de Teoremas A2<br />

G Números Complexos AS<br />

H Respostas dos Exercícios de Números Ímpares Al3<br />

Índice Analítico<br />

A45


Ao Estudante<br />

Há uma diferença entre ler um texto de cálculo e um jornal ou um romance ou até mesmo<br />

um livro de física. Assim, não desanime se tiver de ler uma passagem mais de uma vez para<br />

poder entendê-la. Você deve ter lápis, papel e uma calculadora à mão para esboçar um diagrama<br />

ou fazer um cálculo.<br />

Alguns estudantes começam a fazer suas tarefas de casa e lêem o texto somente quando<br />

empacam em algum exercício. Sugiro que leia e tente compreender uma seção do texto<br />

antes de começar os exercícios. Em particular, você deve examinar as definições para<br />

entender o significado exato dos termos. E antes de ler cada exemplo, sugiro que você<br />

cubra a solução e tente resolver o problema por seus próprios meios. Fazendo isto,<br />

você aprenderá muito mais do que simplesmente olhando para a solução.<br />

Parte dâ meta deste curso é treiná-lo a pensar logicamente. Aprender a escrever a<br />

solução dos exercícios de uma forma conexa, passo a passo e com sentenças explicativas -<br />

e não uma fileira de equações desconexas ou fórmulas.<br />

As respostas dos exercícios de número ímpar estão no fim do livro. Alguns deles pedem<br />

uma explicação verbal, uma interpretação ou uma descrição. Em tais casos, não existe uma<br />

maneira única de dar a resposta; logo, não se preocupe em obter a resposta definitiva. Além<br />

disso, há várias formas de expressar uma resposta numérica ou algébrica; assim, se sua<br />

resposta for diferente da minha, não conclua imediatamente que a sua está errada. Por<br />

exemplo, se a resposta dada no fim do livro for /2 - I e você obtiver !/(I + /2), então<br />

você está certo, e racionalizando o denominador veremos que as respostas são iguais.<br />

O ícone li indica que definitivamente um exercício requer o uso de uma calculadora<br />

gráfica ou um computador com software gráfico. (A Seção 1.4 do Volume I discute o uso<br />

desses recursos e de algumas falhas que você poderá encontrar.) Porém, isso não significa<br />

que recursos gráficos não possam ser usados para verificar seu trabalho em outros exercícios.<br />

O símbolo está reservado para problemas em que se faz necessário o uso de um<br />

sistema algébrico computacional (como Derive, Maple, Mathematica ou TI 89-92). Você<br />

vai encontrar também o símbolo [I_, que o adverte sobre a possibilidade de cometer um<br />

erro. Esse símbolo aparece em situações nas quais observei que um grande número de<br />

estudantes tende a cometer o mesmo erro.<br />

O cálculo- muito justamente- é considerado um dos maiores feitos do intelecto humano.<br />

Espero que você descubra que ele não é somente útil, mas também intrinsecamente belo.<br />

JAMES STEWART


xviii O CÁLCULO<br />

Editora Thomson<br />

Erros de Aproximação"<br />

Se x' for uma aproximação para x, então:<br />

E=lx-x'l<br />

O número E é chamado de erro absoluto na aproximação.<br />

~~ Se I x - x' l :::; 1 o~p, então x' aproxima x com um erro de no máximo 1 o-P.<br />

• Se I x- x' I:$ 5.10-p, então x' aproxima x até a (p + 1)-ésima casa decimal, ou até o<br />

1/(!0Y'' mais próximo.<br />

Exemplos:<br />

• Se l x- x' l :$ 0,5, então x' aproxima x até o inteiro mais próximo.<br />

• Se I x- x' I:$ 0,005, então x' aproxima x até a segunda casa decimal, ou até o centésimo<br />

mais próximo.<br />

Além disso, se x' aproxima x até a (p + 1)-ésima casa decimal, dizemos que a<br />

aproximação x' é correta até a (p + 1)-ésima casa decimal, ou que a aproximação x'<br />

tem (p + 1) casas decimais de precisão.<br />

Arredondamento'<br />

Dado um número racional a 1 a2a 3 a 4 ... am b 1 b2b 3 ... bmbm+l> então arredondamos param<br />

casas decimais de acordo com a regra:<br />

• Se 5 :$ bm+J :$ 9, então o número fica a 1 aza3.-·am b1b2b3 ... [(bm) + 1].<br />

• Se O:$ bm+I :$ 4, então o número fica a 1 a 2 a3 ... am b 1 hzb3---bm.<br />

A expressão "usado correto até determinada casa decimal" implica que, se a correção<br />

for, por exemplo, até a décima casa decimal, o erro começará na décima primeira casa<br />

decimal.<br />

Exemplos:<br />

• 1,41 < j2 < 1,42; 1,4 correta com uma casa decimal.<br />

• 1,414 < [2 < 1,415; 1,41 correta com duas casas decimais.<br />

*Nota do tradutor.


~<br />

CALCULO<br />

Volume 11


9<br />

Equações<br />

Diferenciais<br />

Pela análíse de pares de equações<br />

diferenciais, podemos entender<br />

melhor os ciclos populacionais de<br />

predadores e presas, tais como o<br />

lince canadense e a lebre da neve.


Talvez a aplicação mais importante do cálculo sejam as equações diferenciais.<br />

Quando os físicos ou cientistas sociais usam o cálculo, em geral o fazem para<br />

analisar uma equação diferencia! surgida no processo de modelagem de algum<br />

fenômeno que eles estão estudando. Embora seja freqüentemente impossível<br />

encontrar uma fórmula explícita para a solução de uma equação diferencial, veremos<br />

que as aproximações gráficas e numéricas fornecem a informação necessária.<br />

Modelagem com Equações Diferenciais<br />

-- Agora é uma boa hora para ler (ou<br />

reler) a d1scussao sobre o modelo<br />

matemático da pág'1na 25 do Volume L<br />

Na descrição do processo de modelagem na Seção 1.2 (Volume I) falamos a respeito da<br />

formulação de um modelo matemático de um problema real através de raciocínio intuitivo<br />

sobre o fenômeno ou por meio de uma lei física baseada em evidência experimentaL O modelo<br />

matemático freqüentemente tem o formato de uma equação diferencial, isto é, uma<br />

equação que contém uma função desconhecida e algumas de suas derivadas. Isso não surpreende,<br />

porque em um problema real normalmente notamos que as mudanças ocorrem e<br />

queremos predizer o comportamento futuro com base na maneira corno os valores presentes<br />

variam. Vamos começar examinando vários exemplos de como as equações diferenciais<br />

aparecem quando modelamos um fenômeno físico.<br />

Modelos de Crescimento Populacional<br />

Um modelo para o crescimento de uma população baseia-se na premissa de que uma população<br />

cresce a uma taxa proporcional ao tamanho da população. É razoável presumir<br />

isso para uma população de bactérias ou animais em condições ideais (meio ambiente<br />

ilimitado, nutrição adequada, ausência de predadores, imunidade a doenças).<br />

Vamos identificar e denominar as variáveis nesse modelo:<br />

t =tempo<br />

(a variável independente)<br />

P = número de indivíduos da população (a variável dependente)<br />

A taxa de crescimento da população é a derivada dP / dt. Assim, nossa premissa de que a<br />

taxa de crescimento da população é proporcional ao tamanho da população é escrita como<br />

a equação<br />

dP<br />

-=kP<br />

dt<br />

onde k é a constante de proporcionalidade. A Equação 1 é nosso primeiro modelo para o<br />

crescimento populacional; é uma equação diferencial porque contém uma função desconhecida<br />

P e sua derivada dP/dt.<br />

Tendo formulado um modelo, vamos olhar para suas conseqüências. Se desconsiderannos<br />

uma população nula, então P(t) > O para todo t. Dessa forma, se k > O, então a<br />

Equação I mostra que P'(t) > O para todo t. Isso significa que a população está sempre<br />

aumentando. De fato, quando P(t) aumenta, a Equação I mostra que dP/ dt torna-se maior.<br />

Em outras palavras, a taxa de crescimento aumenta quando a população cresce.<br />

583


584 o CÁlCULO Editora Thomson<br />

-------- - - __ ,<br />

FIGURA 1<br />

//<br />

p. ... · /<br />

A família de soluções de dP/dt = kP<br />

o<br />

FIGURA 2<br />

A fanu1ia de soluções de P(t) = Cekr<br />

cornC>Oet~O<br />

FIGURA 3<br />

Soluções da equação logística<br />

/<br />

soluções de<br />

equilíbrio<br />

Vamos tentar pensar em uma solução para a Equação 1. Essa equação nos pede para<br />

achar uma função cuja derivada é um múltiplo constante dela mesma. Sabemos que as<br />

funções exponenciais têm essa propriedade. De fato, se fizennos P(t) = Cek 1 , então<br />

P'(t) ~ C(ke'') ~ k(Ce'') ~ kP(t)<br />

Portanto, qualquer função exponencial da forma P(t) ~ Ce'' é urna solução da Equação<br />

l. Quando estudarmos essa equação em detalhes na Seção 9.4, veremos que não existe<br />

outra solução.<br />

Se f1zermos C variar em todos os números reais, obtemos urna família de soluções<br />

P(t) ~ Ce'' cujos gráficos são mostrados na Figura l. Mas as populações têm apenas valores<br />

positivos e assim estamos interessados somente nas soluções com C > O. E estamos<br />

provavelmente preocupados com valores de t maiores que o tempo inicial t = O. A Figura<br />

2 mostra as soluções com significado físico. Fazendo t ~ O, temos P(O) ~ Ce'WJ ~ C;<br />

logo, a constante C torna-se a população inicial, P(O).<br />

A Equação I é apropriada para a modelagem do crescimento populacional sob<br />

condições ideais, mas devemos reconhecer que um modelo mais realístico deve refletir o<br />

fato de que um dado ambiente tem recursos limitados. Muitas populações começam<br />

crescendo exponencialmente, porém o nível da população estabiliza quando ela se aproxima<br />

sua capacidade de suporte K (ou diminui em direção a K se ela excede o valor de K).<br />

Para um modelo considerar ambos os casos, estabelecemos duas premissas:<br />

dP<br />

• - = kP se P for pequeno (inicialmente a taxa de crescimento é proporcional a P).<br />

dt<br />

dP<br />

• - < O se P > K (P diminui se excede K).<br />

dt<br />

Uma expressão simples que incorpora ambas as premissas é dada pela equação<br />

dP ~ kP(l - !_)<br />

dt<br />

K<br />

Note que, se Pé pequeno quando comparado com K, então P/K está próximo de O e, portanto,<br />

dP/dt = kP. Se P > K, daí I - P/K é negativo e assim dP/dt O e a população aumenta. Se a população ultrapassa a capacidade<br />

de suporte (P > K), então l - P/K é negativo; assim dP/dt K), então dP/dt-> O, o que significa que a população estabiliza. Dessa forma,<br />

esperamos que as soluções da equação diferencial logística tenham gráficos que se<br />

pareçam com aqueles da Figura 3. Observe que os gráficos se distanciam da solução de<br />

equi!Jbrio P ~ O e se aproximam da solução de equilíbrio P ~ K.


James Stewart CAPÍTUlO 9 EOUAÇÔES DIFERENCiAIS O 585<br />

Um Modelo para o Movimento de uma Mola<br />

posição de<br />

equilíbrio<br />

Vamos olhar agora para um modelo físico. Considenunos o movimento de um objeto com<br />

massa m na extremidade de uma mola vertical (como na Figura 4). Na Seção 6.4 do Volume<br />

I discutimos a Lei de Hooke, que diz que, se urna mola for esticada (ou comprimida) x<br />

unidades a partir de seu tamanho natural, então ela exerce urna força que é proporcional a x:<br />

força elástica = -kr:<br />

FIGURA 4<br />

onde k é uma constante positiva (chamada constante da mola). Se ignorarmos qualquer<br />

força externa de resistência (devido à resistência do ar ou ao atrito), então, pela segunda<br />

Lei de Newton (força é igual à massa vezes a aceleração), temos<br />

d 2 x<br />

m-d 1<br />

r<br />

=-kx<br />

Esse é um exemplo do que chamamos equação diferencial de segunda ordem, porque<br />

envolve as derivadas segundas. Vamos ver o que podemos deduzir da solução diretamente<br />

da equação. Podemos reescrever a Equação 3 na forma<br />

k<br />

--x<br />

m<br />

que diz que a derivada segunda de x é proporcional a x, mas tem o sinal oposto.<br />

Conhecemos duas funções com essa propriedade, as funções seno e co-seno. De fato, todas<br />

as soluções da Equação 3 podem ser escritas como combinações de certas funções seno e<br />

co-seno (veja o Exercício 3). Isso não é surpreendente; esperamos que a mola oscile ao<br />

redor de sua posição de equilíbrio e, assim, é natural pensar que funções trigonométricas<br />

estejam envolvidas.<br />

Equações Diferenciais Gerais<br />

Em geral, uma equação diferencial é aquela que contém uma função desconhecida e uma ou<br />

mais de suas derivadas. A ordem de uma equação diferencial é a mesma da derivada mais alta<br />

que ocorre na equação. Dessa maneira, as Equações 1 e 2 são as de primeira ordem e a Equação<br />

3 é uma de segunda ordem. Em todas as três equações, a variável independente é chamada t e<br />

representa o tempo, mas, em geral, a variável independente não precisa representar o tempo.<br />

Por exemplo, quando consideramos a equação diferencial<br />

y' =xy<br />

entendemos que y seja a função desconhecida de x.<br />

Uma função f é denominada solução de uma equação diferencial se a equação é satisfeita<br />

quando y ~ f(x) e suas derivadas são substituídas na equação. Assím,Jé uma solução<br />

da Equação 4 se<br />

f'(x) ~ xf(x)<br />

para todos os valores de x em algum intervalo.


586 c CÁLCULO Editora Thomson<br />

Quando nos pedem para resolver uma equação diferencial, espera-se que encontremos<br />

todas as soluções possíveis da equação. Já resolvemos algumas equações diferenciais par~<br />

ticularmente simples; a saber, aquelas da forma<br />

y' ~ f(x)<br />

Por exemplo, sabemos que a solução geral da equação diferencial<br />

é dada por<br />

x4<br />

y~-+ c<br />

4<br />

onde C é uma constante arbitrária.<br />

Mas, em geral, resolver uma equação diferencial não é uma tarefa fáciL Não existe uma<br />

técnica sistemática que nos pennita resolver todas as equações diferencias. Na Seção 9.2, contudo,<br />

veremos como esboçar os gráficos das soluções mesmo quando não temos uma fónnula<br />

explícita. Também aprenderemos como achar as aproximações numéricas para as soluções.<br />

Mostre que todo membro da fanu1ia de funções<br />

y~<br />

1 - cer<br />

é uma solução da equação diferencial y' ~ j(y 2 - 1).<br />

SOLUÇÃO Usamos a Regra do Quociente para diferenciar a expressão em relação a y:<br />

y' ~ _,_(1:...._-_:c.:..e'_,_)("-ce:.._':_) ---'("-1_,+,--c::.;.e_:')..o..( -_c::.:e-'-')<br />

(1 - ce') 2<br />

cer- c 2 e 21 + ce 1 + c 2 e 21<br />

(l - ce') 2<br />

(1<br />

O lado direito da equação diferencial toma-se<br />

! 2 _<br />

1 ~_1_[(1 +ce')' -l] ~_1_[(1 +ce')'-(1_-ce')']<br />

•(y ) 2 1 - ce' 2 (1 - ce')"<br />

4ce' 2ce'<br />

2 (1 - (l - ce') 2<br />

Portanto, para todo valor de c, a função dada é uma solução da equação diferencial.


James Stewart CAPÍTULO 9 EOUAÇÓES DIFERENCIAIS U 587<br />

A Figura 5 ilustra os gráfiCOS de sete<br />

membros da tamília do Exemplo 1<br />

A equaçao diferencml mostra que<br />

se y =-::i, então y' -"'o_ Isso é<br />

apresentado visivelmente pelo<br />

achatamento dos gráficos próximo<br />

dey= J ey= ~1.<br />

5<br />

I<br />

Quando aplicamos as equações diferenciais, geralmente não estamos tão interessados<br />

em encontrar uma família de soluções (a solução geral) quanto em encontrar uma<br />

solução que satisfaça algumas condições adicionais. Em muitos problemas físicos precisamos<br />

encontrar uma solução particular que satisfaça uma condição do tipo<br />

y(to) = yo. Esta é chamada condição inicial, e o problema de achar uma solução<br />

da equação diferencial que satisfaça a condição inicial é denominado problema de<br />

valor inicial.<br />

Geometricamente, quando impomos uma condição inicial, olhamos para uma<br />

família de curvas-solução e escolhemos uma que passe pelo ponto (to, y 0 ). Fisicamente,<br />

isso corresponde à medida do estado de um sistema a um tempo to e ao uso da solução<br />

do problema de valor inicial para prever o comportamento futuro do sistema.<br />

DttMPUJ 2 --· Encontre uma solução da equação diferencial y' = ~(y 2 - 1) que satisfaça<br />

a condição inicial y(O) = 2.<br />

FIGURA 5<br />

SOLUÇÃO Substituindo os valores t = O e y = 2 na fórmula<br />

1 + ce'<br />

y=---<br />

1 - ce 1<br />

do Exemplo I, obtemos<br />

2=<br />

I + c<br />

l -c<br />

Resolvendo essa equação para c, temos 2 - 2c = 1<br />

solução do problema de valor inicial é<br />

l<br />

+ c, o que fornece c = 3. Assim, a<br />

1 + ~e'<br />

y = 1 - }e 1<br />

Exercícios<br />

1. Mostre que y = x - x- 1 é uma solução da equação diferencial<br />

xy' + y=2x.<br />

2. Verifique que y = sen x cos x - cos x é uma solução para o<br />

problema de valor inicial<br />

y' + (tg x) y = cos 2 .x y(O) ~ -l<br />

no intervalo -<br />

7r/2 < x < TC/2.<br />

}3.'2 (a) Para quais valores não-nulos de k a função y = sen kt<br />

satisfaz a equação diferencial y" + 9y = O<br />

(b) Para aqueles valores de k, verifique que todo membro da<br />

família de funções<br />

é também uma solução.<br />

y =A senkt+Bcoskt<br />

4. Para quais valores de r a função y = e'' satisfaz a equação<br />

diferencial y" + y' - 6y = O


588 c CÁlCUlO Editora Thomson<br />

!i Quais das seguintes funções são soluções da equação<br />

diferencial y" + 2y' + y =O<br />

(a) y ~ e'<br />

(c) y ~te~'<br />

(b) y ~e'<br />

(d) y ~ t 2 e<br />

6. (a) Mostre que cada membro da família de funções<br />

y = Cex~f2 é uma solução para a equação<br />

diferencial :v' = xy.<br />

(b) Ilustre a parte (a) plotando vários membros da fanu1ia de<br />

soluções na mesma tela.<br />

(c) Encontre a solução da equação diferencial y' = xy que<br />

satisfaça a condição inicial y(O) = 5.<br />

(d) Encontre a solução da equação diferencial y' = xy que<br />

satisfaça a condição inicial y( l) = 2.<br />

'7.:· (a) O que você pode dizer da solução da equação y' = -y 2<br />

apenas olhando a equação diferencial<br />

(b) Verifique que todos os membros da família<br />

y = l/(x + C) são soluções da equação na parte (a).<br />

(c) Você pode pensar em uma solução da equação diferencial<br />

y' = que não seja membro da família na parte (b)<br />

(d) Encontre uma solução para o problema de valor inicial<br />

y (0) ~ 0,5<br />

8. (a) O que você pode dizer sobre o gráfico de uma solução da<br />

equação y' = xy 3 quando x está próximo de O E se x for<br />

grande<br />

(b) Verifique que todos os membros da família<br />

y = (c - x 1 ) - 112 são soluções da equação diferencial<br />

y' = xy3.<br />

(c) Plote vários membros da família de soluções na mesma<br />

tela. Os gráficos confirmam o que você predisse na<br />

parte (a)<br />

(d) Encontre uma solução para o problema de valor inicial<br />

y(O) ~ 2<br />

Uma população é modelada pela equação diferencial<br />

dP ~ 1,2(1 - _P_)<br />

dt 4.200<br />

(a) Para quais valores de P a população está aumentando<br />

(b) Para quais valores de P a população está diminuindo<br />

(c) Quais são as soluções de equilíbrio<br />

10. A função y(t) satisfaz a equação diferencial<br />

dy ' - -<br />

- ~ y - 6y' + Sy'<br />

dt<br />

(a) Quais são as soluções constantes da equação<br />

(b) Para quais valores de y a função está aumentando<br />

(c) Para quais valores de y a função está diminuindo<br />

Explique por que as funções cujos gráficos são dados<br />

a seguir não podem ser soluções da equação diferencial<br />

dy<br />

- ~ e'(y- I)'<br />

dt<br />

(a) Y l<br />

I<br />

It;<br />

I /\<br />

/{ I<br />

' f<br />

/'<br />

;I<br />

12. A função, cujo gráfico é dado a seguir, é uma solução de uma<br />

das seguintes equações diferenciais. Decida qual é a equação<br />

correta e justifique sua resposta.<br />

(a)y' =I +xy<br />

(b) y' = -2 xy<br />

(c) y' = I - 2 xy<br />

{*1.3: Os psicólogos interessados em teoria do aprendizado estudam<br />

as curvas de aprendizado. Uma curva de aprendizado é o<br />

gráfico de uma função P(t), o desempenho de alguém<br />

aprendendo uma habilidade como uma função do tempo de<br />

treinamento t. A derivada dP/ dt representa a taxa na qual<br />

o desempenho melhora.<br />

(a) Quando você acha que P aumenta mais rapidamente O<br />

que acontece a dP/ dt quando t aumenta Explique.<br />

(b) SeM é o nível máximo de desempenho do qual o aprendiz<br />

é capaz, explique a razão pela qual a equação diferencial<br />

dP<br />

dt ~ k(M- P)<br />

k uma constante positiva<br />

é um modelo razoável para o aprendizado.<br />

(c) Faça um esboço de uma possível solução para a equação<br />

diferencial.<br />

14. Suponha que você tenha acabado de servir uma xícara de café<br />

recém~coado com uma temperatura de 95 °C em uma sala<br />

onde a temperatura é de 20 °C.<br />

(a) Quando você acha que o café esfria mais rapidamente O<br />

que acontece com a taxa de resfriamento com o passar do<br />

tempo Explique.<br />

(b) A Lei de Newton do Resfriamento estabelece que a taxa de<br />

resfriamento de um objeto é proporcional à diferença de<br />

temperatura entre o objeto e sua vizinhança, desde que essa<br />

diferença não seja muito grande. Escreva uma equação<br />

diferencial para expressar a Lei de Newton do Resfriamento<br />

nessa situação particular. Qual a condição inicial Tendo em<br />

vista sua resposta na parte (a), você acha que essa equação<br />

diferencial é um modelo apropriado para o resfriamento<br />

(c) Faça um esboço para o gráfico da solução do problema de<br />

valor inicial na parte (b).


-------------------<br />

James Stewart CAPÍTULO 9 EOUAÇÓES DIFEREtJCIAIS CJ 589<br />

Infelizmente é impossível resolver a maioria das equações diferenciais no sentido de obter<br />

uma fórmula explícita para a solução. Nesta seção, mostraremos que, mesmo sem uma<br />

solução explícita, podemos ainda aprender muito sobre uma solução através de uma abordagem<br />

gráfica (campos de direção) ou de uma abordagem numérica (método de Euler)o<br />

Campos de Direção<br />

Suponha que nos peçam para esboçannos o gráfico da solução do problema de valor inicial<br />

y' =X+ y y(O) ~ 1<br />

Não conhecemos uma fórmula para a solução, então como é possível que esbocemos seus<br />

gráficos Varnps pensar sobre o que uma equação diferencial significa. A equação<br />

y' = x + y nos diz que a inclinação em qualquer ponto (x, y) no gráfico (chamado curvasolução)<br />

é igual à sorna das coordenadas x e y no ponto (veja a Figura 1). Em particular,<br />

como a curva passa pelo ponto (0, 1), sua inclinação ali deve ser O + 1 = 1. Assim, uma<br />

pequena porção da curva de solução próximo ao ponto (0, 1) parece um segmento de reta<br />

curto através de (0, l) com inclinação 1 (veja a Figura 2)0<br />

Yt<br />

Inclinação em<br />

l i //lnclinação em<br />

(xl, Yd é 00 . (x2, ]2) é<br />

' ~',/ x~ + v~.<br />

X1 + Yt· ~<br />

'<br />

· ~<br />

'l Inclmaçao em (0, l)<br />

(0,11, é O+l~L<br />

X<br />

o<br />

X<br />

FIGURA 1<br />

Uma solução de y' = x + y<br />

FIGURA 2<br />

Início da curva solução através de (0, 1)<br />

Como um guia para esboçar o restante da curva, vamos desenhar pequenos segmentos<br />

de reta em um número de pontos (x, y) com inclinação x + y. O resultado, denominado<br />

campo de direções, é mostmdo na Figura 3o Por exemplo, o segmento de reta no ponto (I, 2)<br />

tem inclinação 1 + 2 = 30 O campo de direções nos permite visualizar o formato geral das<br />

curvas de solução pela indicação da direção na qual as curvas prosseguem em cada ponto.<br />

FIGURA 3<br />

FIGURA4<br />

Campo de direções para y' = x + y A curva de solução através de (0, 1)<br />

~"'----0~'-----<br />

-----""'---


590 CÁLCULO<br />

Editora Thomson<br />

y<br />

I I 2<br />

I I ' I I<br />

'<br />

I ;- -/<br />

í I - "'- "'--<br />

i<br />

FIGURA 5<br />

-l o l<br />

I I I I I<br />

I I /-2 1 í I<br />

' i<br />

I<br />

I<br />

I - "'- "'-- I<br />

! I /-'1 / I<br />

í<br />

JX<br />

I<br />

Agora podemos esboçar a curva de solução pelo ponto (0, 1) seguindo o campo de<br />

direções como na Figura 4. Note que desenhamos a curva de modo a tomá-la paralela aos<br />

segmentos de reta vizinhos.<br />

Em geral, suponha uma equação diferencial de primeira ordem do tipo<br />

y' = F(x, y)<br />

onde F(x, y) é alguma expressão em x e y. A equação diferencial diz que a inclinação da<br />

curva-solução no ponto (x, y) na curva é F(x, y). Se desenharmos pequenos segmentos de<br />

reta com inclinação F(x, y) em vários pontos (x, y), o resultado será chamado campo de<br />

direções (ou campo de inclinações). Esses segmentos de reta indicam a direção na qual<br />

urna curva-solução está seguindo, assim o campo de direções nos ajuda a visualizar o formato<br />

geral dessas curvas.<br />

I<br />

I<br />

~i-tZ-+-~~~~~~~<br />

- I<br />

!/I<br />

{l/--1 -/<br />

I I I I I<br />

/-2<br />

' i<br />

FIGURA 6<br />

I<br />

'<br />

EXEMPlO<br />

(a) Esboce o campo de direções para a equação diferencial y' ~ x' + y 2 -<br />

(b) Use a parte (a) para esboçar a curva-solução que passa pela origem.<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Podemos começar calculando a inclinação em vários pontos na seguinte tabela:<br />

L<br />

Agora podemos desenhar pequenos segmentos de reta com essas inclinações nesses<br />

pontos. O resultado é o campo de direções mostrado na Figura 5.<br />

(b) Podemos começar na origem e mover para a direita na direção do segmento de reta (que<br />

tem inclinação -1). Continuamos a desenhar a curva-solução de maneira que ela se mova<br />

paralela aos segmentos de reta próximos. A curva-solução resultante é exposta na Figura 6.<br />

Voltando para a origem, desenhamos a curva-solução para a esquerda da mesma maneira<br />

Quanto mais segmentos desenharmos no campo de direções, mais clara se tomará a<br />

figura. É claro que é tedioso calcular as inclinações e desenhar segmentos de reta para um<br />

número muito grande de pontos manualmente, mas os computadores são muito bons para<br />

essa tarefa. A Fígura 7 apresenta um campo de direções mais detalhado, desenhado por um<br />

computador, para a equação diferencial no Exemplo L Isso nos pennite desenhar, com<br />

uma precisão razoável, as curvas-solução exibidas na Figura 8 com interceptas y iguais a<br />

-2,-1,0, 1 e2.<br />

'-,<br />

I i! 1<br />

3 3<br />

{')"<br />

! I I<br />

í! I<br />

'!I<br />

'i I<br />

FIGURA 7<br />

FIGURA 8


James Stewart CAPÍTUlO 9 EQUAÇÕES DiFERENCiAiS 591<br />

FIGURA 9<br />

R<br />

interruptor<br />

L<br />

Depois disso vamos ver como campos de direções dão uma compreensão das situações<br />

físicas. O circuito elétrico simples, mostrado na Figura 9, contém uma força eletromotriz<br />

(geralmente uma pilha ou gerador) que produz uma voltagem de E(t) volts (V) e uma corrente<br />

de /(t) amperes (A) em um tempo t. O circuito também possui um resistor com<br />

resistência de R ohms (Ü) e um indutor com indutância de L henrys (H).<br />

A Lei de Ohm fornece a queda na voltagem devido ao resistor como Ri. A queda de<br />

voltagem devido ao indutor é L(dl/dt). Uma das leis de Kirchhoff diz que a sorna das<br />

quedas de voltagem é igual à voltagem fornecida E(t). Então temos<br />

di<br />

L-+ RI~ E(t)<br />

dt<br />

que é uma equação diferencial de primeira ordem que modela a corrente I no tempo t.<br />

EXEMPLO 2 c: Suponha que no circuito simples da Figura 9 a resistência seja 12 ü, a<br />

indutância de 4 H e a pilha forneça uma voltagem constante de 60 V.<br />

(a) Desenhe um campo de direções para a Equação I com esses valores.<br />

(b) O que você pode dizer sobre o valor limitante da corrente<br />

(c) Identifique quaisquer soluções de equilíbrio.<br />

( d) Se o interruptor for fechado quando t = O de forma que a corrente comece com<br />

/(O) ~ O, use o campo de direções para esboçar a curva solução.<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Se fizermos L~ 4, R~ 12 e E(t) ~ 60 na Equação I, obteremos<br />

di<br />

4- + l2I~ 60<br />

dt<br />

ou<br />

dl - 3<br />

- ~ J)- I<br />

dt<br />

O campo de direções para essa equação diferencial é mostrado na Figura 100<br />

:t<br />

\<br />

2<br />

\ \ \<br />

\ \ \ \ \ \ \ \ \ \<br />

...._ ...._ ...._ ...._ ...._ ...._ ...._ ...._ ...._ ...._ ...._ ...._<br />

~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~<br />

/ / / / / / / / / / /<br />

/ I<br />

/ I I<br />

I<br />

J<br />

FIGURA 10<br />

OI 2 3 t<br />

I<br />

(b) Do campo de direções pareee que todas as soluções se aproximam do valor 5 A, isto é.<br />

lim I(t) ~ 5<br />

,~c<br />

(c) Parece que a função constante I(t) ~ 5 é uma solução de equilíbrio. De fato,<br />

podemos verificar isso diretamente da equação diferencial. Se I(t) ~ 5, então o lado<br />

esquerdo é di/ dt ~ O e o lado direito é 15 - 3(5) ~ O.


592 CJ CÁLCULO Editora Thomson<br />

(d) Usamos o campo de direções para esboçar a curva-solução que passa por (0, 0),<br />

como indicado na Figura 11.<br />

lj<br />

-~<br />

4, /<br />

{<br />

', ', ',<br />

~ ~ ~ ~ ~<br />

~ / / / /<br />

,__<br />

--<br />

~<br />

/ / / fi / /<br />

"'<br />

~<br />

--<br />

-,<br />

2<br />

FIGURA, 11<br />

OI<br />

'I 2 3<br />

{<br />

Note que na Figura 10 os segmentos de reta ao longo de qualquer reta horizontal são<br />

paralelos. Isso ocorre porque a variável independente t não aparece do lado direito da<br />

equação I' ~ 15 - 3[, Em geral, uma equação diferencial do tipo<br />

y' ~ f(y)<br />

em que a variável independente não aparece do lado direito, é chamada autônoma. Para<br />

tal equação, as inclinações correspondentes a dois pontos diferentes com a mesma coordenada<br />

y devem ser iguais. Isso significa que, se conhecermos uma solução para uma<br />

equação diferencial autônoma, então poderemos obter infinitas outras apenas pelo deslocamento<br />

do gráfico da solução conhecida para a esquerda ou para a direita. Na Figura 11,<br />

mostramos as soluções que resultam do deslocamento da curva-solução do Exemplo 2,<br />

uma ou duas unidades em segundos para·a direita. Elas correspondem ao fechamento do<br />

interruptor quando t = l ou t = 2,<br />

Método de Euler<br />

curva solução<br />

0! X<br />

FIGURA 12<br />

Primeira aproximação de Euler<br />

A idéia básica por trás dos campos de direções pode ser usada para encontrar aproximações<br />

numéricas para as soluções das equações diferenciais. Ilustramos o método no<br />

problema de valor inicial que utilizamos para introduzir os campos de direções:<br />

y' ~ x + y y(O) = 1<br />

A equação diferencial nos conta que y'(O) ~O + 1 = 1; dessa forma, a curva-solução tem<br />

inclinação 1 no ponto (0, 1), Como uma primeira aproximação para a solução, poderiarnos<br />

usar uma aproximação linear L(x) ~ x + L Em outras palavras, poderíamos usar a reta tangente<br />

em (0, 1) como uma aproximação grosseira para a curva-solução (veja a Figura 12),<br />

A idéia de Euler era melhorar essa aproximação prosseguindo apenas uma pequena distância<br />

ao longo da reta tangente e, então, fazer uma correção no meio do caminho, mudando<br />

a direção, como indicado pelo campo de direções. A Figura 13 mostra o que acontece se<br />

começamos ao longo da reta tangente, mas paramos quando x ~ 0,5, (Essa distância horizontal<br />

percorrida é denominada passo,) Como L(0,5) ~ 1,5, temos y(0,5) = 1,5 e<br />

tomamos (0,5, l ,5) como o ponto de partida para um novo segmento de reta, A equação<br />

diferencial nos diz que y'(0,5) ~ 0,5 + 1,5 ~ 2, assim, usamos a função linear<br />

y ~ 1,5 + 2(x - 0,5) ~ 2x + 0,5<br />

como uma aproximação para a solução para x > 0,5 (veja o segmento azul na Figura 13),<br />

Se diminuirmos o passo de 0,5 para 0,25, obteremos uma aproximação de Euler melhor<br />

(veja a Figura 14),


James Stewart CAPÍTUlO 9 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS 593<br />

yl ~/<br />

I /<br />

I /<br />

l /~~<br />

I ~~~,_,~- I<br />

oi<br />

I I 1,5<br />

FIGURA 13<br />

1<br />

os<br />

/f,/<br />

X<br />

yj<br />

FIGURA 14<br />

Aproximação de Euler com o passo 0,5 Aproximação de Euler com o passo 0,25<br />

0,25<br />

J<br />

Em geral, o método de Euler diz para começannos no ponto dado pelo valor inicial c<br />

prosseguirmos na direção indicada pelo campo de direções. Pare após um pequeno espaço<br />

de tempo, olhe para a inclinação na nova localização e prossiga naquela direção. Continue<br />

parando e mudando de direção de acordo com o campo de direções. O método de Euler não<br />

produz a solução exata para um problema de valor inicial. I\1as, pela diminuíção do passo<br />

(e, portanto, aumentando o número de correções no meio do caminho), obtemos sucessivamente<br />

melhores aproximações para a solução exata. (Compare as Figuras 12, 13 e 14.)<br />

Para o problema de valor inicial de primeira ordem geral y' ~ F(x, y), y(x 0 ) ~ yo,<br />

nosso objetivo é encontrar valores aproximados para a solução em números igualmente<br />

espaçados x 0 , x 1 = x 0 + h, x 2 = x 1 + h, ... , onde h é o passo. A equação diferencial nos<br />

conta que a inclinação em (xo, Yo) é y' = F(xo, yo), assim a Figura 15 nos mostra que o<br />

valor aproximado para a solução quando x = x1 é<br />

Y> ~ Yo + hF(xo, Yo)<br />

Sirnilannente,<br />

y 2 = y 1 + hF(x,, y,)<br />

FIGURA 15<br />

Em geral,<br />

EXEMPUl 3 - Use o método de Euler com o passo 0,1 para construir uma tabela de<br />

valores aproximados para a solução do problema de valor inicial<br />

y'=x+y y(O) = I<br />

SOLUÇÃO Nos é dado que h= 0,1, x 0 =O, y 0 = I e F(x, y) ~ x + y. Desse modo, temos<br />

y, ~ Yo + hF(xo, Yo) = I + 0,!(0 + I) = 1,1<br />

y, ~ y, + hF(x,, y,) = 1,1 + 0,1(0,1 + 1,1) ~ 1,22<br />

Y2 ~ y, + hF(x,, y,) ~ 1,22 + 0,1(0,2 + 1,22) = 1,362<br />

Isso significa que, se y(x) é a solução exata, então y(0,3) = 1,362.<br />

Prosseguindo com cálculos similares, temos os valores na tabela:<br />

lí<br />

n I '<br />

x, I<br />

y, li<br />

n .:r" I<br />

:v,,<br />

l O,l l.lOOOOO 6 0.6 I<br />

li<br />

1,943122<br />

2 0,2 1,220000 li 7 0,7 2,197434<br />

I<br />

\'i<br />

3 0,3 !,362000 8 0,8 2,487178<br />

4 0,4<br />

5 0,5 1,721020 lO 1,0<br />

li<br />

I 3,187485<br />

I 1,528200 li<br />

9 0,9 2,8!5895


594 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

Para uma tabela com valores mais precisos no Exemplo 3, poderíamos diminuir o<br />

tamanho do passo. Contudo, para um número grande de pequenos passos a quantidade de<br />

cálculos é considerável e, assim, precisamos programar uma calculadora ou um computador<br />

para fazer os cálculos. A seguinte tabela mostra os resultados da aplicação do método de<br />

Euler com diminuição do tamanho do passo para o problema de valor inicial do Exemplo 3.<br />

_ Pacotes computacionais que<br />

produzem aproximações numéricas<br />

para as soluções de equações<br />

diferenciais usam métodos que são<br />

refinamentos do método de Euler<br />

Embora o método de Euler seja<br />

simples, ele não é preciso, mas é a<br />

idéia básica na qua! os métodos mais<br />

precisos se baseiam.<br />

0.500<br />

0,250<br />

O. JOO<br />

0,050<br />

0,020<br />

O,OJO<br />

0,005<br />

0.001_<br />

Estimativa de Euler paru .Y {\ 51<br />

1 ,5000(){}<br />

\,625000<br />

721020<br />

l ,7577/:!,9<br />

Lnt212<br />

l


James Stewart CAPÍTUlO 9 EQUAÇÕES DIFEREI-..JCIAIS C' 595<br />

h 2,55 + O,l(l5 - 3 · 2,55) ~ 3,285<br />

!, 3,285 + 0,!(!5- 3, 3,285) ~ 3,7995<br />

! 5 ~ 3,7995 + 0,1(15 - 3 · 3,7995) 4,15965<br />

Assim a corrente após 0,5 s é<br />

/(0,5) = 4,16 A<br />

'lllf2 Exercícios<br />

1. Um campo de direções para a equação diferencial<br />

y' ~ y( 1 - h') é mostrado.<br />

(a) Esboce os gráficos das soluções que satisfazem as<br />

condições iniciais dadas.<br />

(i) y(O) ~ I<br />

(iii) y(O) ~ -3<br />

(ii) y(O) ~ - I<br />

(iv) y(O) ~ 3<br />

(b) Ache todas as equações de equilíbrio.<br />

\ ~~ \ \ I \ \ \ I \ I \ \ < \ \ \ \ \<br />

,,,,,,,,, '' ,,,,,,<br />

////~~~~; ~~~~~////<br />

//////// //////'//<br />

////////,..-1 /////////<br />

,,,f,,,,<br />

,,,,,,,,~ ·'''''''''<br />

,,,,,,,,, ,,,,,,,,,<br />

/////. ~/. ~;~/;::.~.~~~~<br />

r i I ! ! i i ! I I / I I<br />

I I I ! 1-/3 i I f 1 ! ! i i<br />

2. Um campo de direções para a equação diferencial<br />

y' = x sen y é mostrado.<br />

(a) Esboce os gráficos das soluções que satisfazem as<br />

condições iniciais dadas.<br />

(i) y(O) ~ 1 (ii) y(O) ~ 2 (iii) y(O) = 1r<br />

(iv) y(O) = 4 (v) y(O) = 5<br />

(b) Ache todas as soluções de equilíbrio.<br />

YJ<br />

il///--5 ~'..'\\\<br />

/(///- ~'-.\\\<br />

i/////"-'-.'\\\<br />

/////-4, ~-...·,, \<br />

::~~~~~;1"~~~~~/::<br />

'""'- -///<br />

\ ' \ ' ~ - / / /<br />

..<br />

>\'.'~2T_/<br />

i<br />

~~;~~~t~~~~////<br />

-3 -I X<br />

3~5 Ligue a equação diferencial a seu campo de direções (I-IV).<br />

Dê as razões para sua resposta.<br />

3. y' = y- I<br />

5. y' = Y2 - x2<br />

yl<br />

2 ' ' i<br />

i i i I I I' '<br />

f i i- ·<br />

;}/--- ___ ,,<br />

li /,//.-'-<br />

1 I ;;.--_.--1 ·-'.\'<br />

-Q!fl/-<br />

li/--- --'-'-.\'<br />

//-'-'' ,,\\\\<br />

i / ..._ '· \ 1 \ I \<br />

I / \. I \ I \ I I<br />

I I I I ! +3. f\ I I I I ! I<br />

'<br />

I=I/ I I í I f ~'li<br />

i I I li/­<br />

'.--11111 1!111~-\.<br />

\\--/ff( f/1/--'\\<br />

\\\.'-.--// /----\.1\<br />

\\1,----t----.'\\\\<br />

\\\\'.---+-----.\\\'<br />

-Q \ \ \<br />

\ \\'.-----!------,\\ '<br />

\1\.,--.--/t//--'.\.\'<br />

\'\'--/iil{ill/--\.\<br />

\.--/l!iljll!!l--\.<br />

/(/!!..t2til!lli/-<br />

4. ~/<br />

~<br />

y<br />

- X<br />

6. y' = J} x3<br />

li Yt<br />

!J2t!/l///­<br />

!li.jl///---­<br />

ii/{l/--<br />

1 1!,!/ot'//------.'.<br />

!!!!(/// __ ,,\<br />

///////.-' _____ ,,.,\<br />

~<br />

-;2!// ____ _ ,,\\\\2x<br />

/f/-----~'.\\\1\\\<br />

/ _____ ,, \\\1\\1\<br />

'"i"""" 0'' -----.'.',\ \\\\\\\',<br />

-- - '' '\ \-2 \ \ \ \ \ I \ I<br />

IV<br />

yf<br />

///////2 ////////<br />

//////// ////////<br />

-------- --------<br />

~\\.\.\\.\.\ \.\\\\\\.IX<br />

\\\\\\\\ \\\\\\\\<br />

\\\'\1\\ \\\\\\\'<br />

I \ \ I I \ \ \ \ I \ \ \ I I I<br />

\\i I\\\\ \I\ i\\<br />

I I I I\\ -\-2 I I I I I\ I I<br />

1. Use o campo de direções I (para os Exercícios 3-6) para<br />

esboçar os gráficos das soluções que satisfazem as condições<br />

iniciais dadas.<br />

(a) y(O) ~ l (b) y(O) ~O (c) y(O) = -!<br />

8. Repita o Exercício 7 para o campo de direções III.<br />

9-10 :::J Esboce o campo de direções para a equação diferenciaL<br />

Use-o para esboçar três curvas-solução.<br />

9. y' = 1 + y<br />

11-14 :::; Esboce o campo de direções das equações diferenciais<br />

dadas. Use-os para esboçar a curva-solução que passa pelo<br />

ponto dado.


596 u CÁLCULO Editora Thomson<br />

11. y' ~ y ~ 2x (1, 0)<br />

13. y' ~ y + X\' (0. I)<br />

12. y' l ~ xy (0, 0)<br />

14. y' ~x~xy (!,0)<br />

15-·-,t; Use um sistema algébrico computacional para desenhar<br />

um campo de direções para a equação diferencial dada. Obtenha<br />

uma impressão e esboce uma curva-solução que passe por (0, 1 ).<br />

Use o CAS para desenhar a curva-solução e compare o<br />

resultado com seu esboço.<br />

15. y' = y sen 2x 16. ~v' = sen(x + y)<br />

17. Use um sistema a!gébríco computacional para desenhar um<br />

campo de direções para a equação diferencial y' = y 3 - 4y.<br />

Obtenha uma impressão e esboce as soluções que satisfazem a<br />

condição inicial y(O) = c para os diversos valores de c. Para<br />

quais valores de c o limite lim, .-x y(t) existe Quais são os<br />

possíveis valores para esse limíte<br />

18. Faça o esboço de um campo de direções para a equação<br />

diferencial autônoma y' = j(y), onde o gráfico de f é como o<br />

exibido. Corno o componamento-linüte das soluções depende<br />

do valor de y(O)<br />

19; (a)<br />

(b)<br />

(c)<br />

j[y)<br />

-2 y<br />

Use o método de Euler com cada um dos passos dados<br />

para estimar o valor de y(0,4), onde y é a solução do<br />

problema de valor inicial y' = y, y(O) = L<br />

(i) h~ 0,4 (ii) h~ 0,2 (iii) h~ 0,1<br />

Sabemos que a solução exata do problema de valor inicial<br />

na parte (a) é y = e". Desenhe, o mais preciso que você<br />

puder, o gráfico de y = e"', O -::s:; x .:::::::; 0,4, junto com as<br />

aproximações de Euler usando os passos da parte (a).<br />

(Seus esboços devem se parecer com as Figuras 12, 13 e<br />

14.) Use seus esboços para decidir se suas estimativas na<br />

parte (a) estão abaixo ou acima.<br />

O erro no método de Euler é a diferença entre o valor<br />

exato e o valor aproximado. Calcule os erros na parte (a)<br />

usando o método de Euler para estimar o verdadeíro valor<br />

de y(O, 4); a saber, eü,4. O que acontece com o erro cada<br />

vez que o passo cai pela metade<br />

20. Um campo de direções para uma equação diferencial é<br />

apresentado. Desenhe, com uma régua, os gráficos das<br />

aproximações de Euler para a curva-solução que passa<br />

peJa origem. Use os passos h= 1 e h= 0,5. As estimativas<br />

de Euler estarão acima ou abaixo Explique.<br />

21. Use o método de Euler com o passo 0,5 para calcular os<br />

valoreS aproximados de y, )' 11 Y:·, .r·_, e Y~ para a solução do<br />

problema de valor inicial y' = y - 2x, y(l) = O.<br />

22. Use o método de Euler com o passo 0,2 para estimar y(l),<br />

onde y(x) é a solução para o problema de valor inicial<br />

y' ~ I ~ xy, y(O) ~ O.<br />

23. Use o método de Euler com o passo O, I para estimar y(O, 5),<br />

onde y(x) é a solução do problema de valor inicial<br />

y'= y + xy, y(O) =L<br />

24. (a) Use o método de Euler com o passo 0,2 para estimar<br />

y(l, 4), onde y(x) é a solução do problema de valor inicial<br />

y' ~ x ~ xy, y(J) = O.<br />

(b) Repita a parte (a) com o passo O, L<br />

25. (a)<br />

(b)<br />

(c)<br />

26. (a)<br />

Programe uma calculadora ou um computador para usar o<br />

método de Euler para calcular y(l), onde y(x) é a solução<br />

para o problema de valor inicial<br />

(i) h ~ 1<br />

(iii) h~ 0,01<br />

y(O) ~ 3<br />

(ii) h~O,l<br />

(iv) h ~ 0,001<br />

Verifique que y = 2 + e-x' é a solução exata da equação<br />

diferencial.<br />

Encontre os erros ao usar o método de Euler para calcular<br />

y(l) com os passos da parte (a). O que acontece com o erro<br />

quando o passo é dividido por 10<br />

Programe seu sistema algébrico computacional usando o<br />

método de Euler com o passo 0,01 para calcular y(2), onde<br />

y é a solução do problema de valor inicial<br />

y(O) ~ l<br />

(b) Verifique seu trabalho usando o CAS para desenhar a<br />

curva-solução.<br />

27. A figura mostra um circuito contendo uma força eletromotriz,<br />

um capacitor com capacitância de C farads (F) e um resistor<br />

com resistência de R ohms ( fl ). A queda de voltagem no


James Stewart CAPÍTUlO 9 EQUAÇÕES DIFERENCIAiS 597<br />

capacitor é Q!C, onde Q é a carga (em coulombs);<br />

nesse caso a Lei de Kirchhoff fornece<br />

Mas f= dQ/dt, assim temos<br />

RI+Q~E(t)<br />

c<br />

dO I<br />

R~+~O~E(t)<br />

dt c-<br />

Suponha que a resistência seja 5 [l, a capacitância seja 0,05 F<br />

e a pilha forneça uma voltagern constante de 60 V.<br />

(a) Desenhe um campo de direções para essa equação diferenciaL<br />

(b) Qual é o valor-limite da carga<br />

c<br />

(c) Existe uma solução de equílíhrio'<br />

(d) Se a carga inicial for Q(O) = O C, use o campo de dircçôcs<br />

para esboçar a curva-solução.<br />

(e) Se a carga inicia! for Q(O) =O C, use o método de<br />

Euler com o passo O, 1 para estímar a carga depois<br />

de meio segundo.<br />

28. No Exercício 14 na Seção 9.1 consideramos uma xícara de<br />

café a 95 oc em uma sala com temperatura de 20 "C<br />

Suponha que o café esfrie a uma taxa de 1 oc por minuto<br />

quando sua temperatura for 70 oc.<br />

(a) Como se toma a equação diferencial nesse caso<br />

(b-) Desenhe um campo de direções e use-o para esboçar a<br />

curva-solução para o problema de valor inicíaL<br />

Qual é o valor-limite da temperatura<br />

(c) Use o método de Euler com o passo h= 2 minutos para<br />

estimar a temperatura do café após 10 minutos<<br />

Equações Separáveis<br />

Temos olhado para as equações diferenciais de primeira ordem a partir de um ponto de vista<br />

geométrico (campos de direções) e a partir de um ponto de vista numérico (método de Euler).<br />

E do ponto de vista simbólico Seria bom ter uma fórmula explícita para uma solução de uma<br />

equação diferencial. Infelizmente ísso não é sempre possível. Mas, nesta seção, examinaremos<br />

um tipo de equação diferencial que pode ser resolvida explicitamente.<br />

Uma equação separável é aquela diferencial de primeira ordem na qual a expressão<br />

para dy/dx pode ser fatorada como uma função de x vezes uma função de y. Em outras<br />

palavras, pode ser escrita na forma<br />

dy<br />

- ~ g(x)f(y)<br />

dx<br />

O nome separável vem do fato de que a expressão do lado direito pode ser "separada" em<br />

uma função de x e uma função de y. De modo equivalente, se f(y) yf O, podemos escrever<br />

IIl<br />

dy<br />

dx<br />

g(x)<br />

h(y)<br />

onde h(y) ~ 1/f(y). Para resolver essa equação a reescrevemos na forma diferencial<br />

h(y) dy ~ g(x) dx<br />

c A técnica para resolver as equaçóes<br />

diferenciais separáveis foi primeiro<br />

usada por James Bernoulli {em 1690)<br />

para resolver um problema sobre<br />

pêndulos e por Leibniz (em uma<br />

carta para Huygens em 1691). John<br />

Bernoulli explicou o método gerai em<br />

um artigo publicado em 1694.<br />

assim todos os y estão em um lado da equação e todos os x estão do outro lado. Então integramos<br />

ambos os lados da equação:<br />

f h(y) dy ~ r g(x) dx<br />

. .<br />

A Equação 2 define y implicitamente como uma função de x. Em alguns casos, poderemos<br />

resolver para y em termos de x.


598 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

A justificativa para o passo na Equação 2 vem da Regra de Substituição: se h e y<br />

satisfazem (2), então<br />

~ (I h(y) dy) = ~(I g(x) dr)<br />

logo<br />

e<br />

-. d ( I • h(y) dy ) -· dr = g(x) .<br />

dy • dx<br />

dy<br />

h(y)- = g(x)<br />

dx<br />

Portanto, a Equação 1 é satisfeita.<br />

A Figura 1 ilustra o gráfico de vários<br />

membros da tamilía de soluções da<br />

equação diierenc·lal do Exemplo 1.<br />

A soiução do problema com valor<br />

iniciai da parte {b) é mostrada em azul.<br />

dy<br />

(a) Resolva a equação diferencial dx<br />

l'<br />

(b) Ache a solução dessa equação que satisfaça a condição inicial y(O) = 2.<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Escrevemos a equação em termos diferenciais e integramos os dois lados:<br />

X<br />

fldy = frdr<br />

b,3 = jxJ +C<br />

onde C é uma constante qualquer. (Poderíamos ter usado uma constante C1 no lado<br />

esquerdo e outra constante C 2 no lado direito. Mas decidimos combiná-los em uma só<br />

constante no lado direito. fazendo c= c, - c,.)<br />

Resolvendo para y, obtemos<br />

y = ~x 3<br />

+ 3C<br />

FIGURA 1<br />

Poderíamos deixar a solução dessa maneira ou podemos escrevê-la na forma<br />

onde K = 3C (Pois C é uma constante qualquer e assim será K)<br />

(b) Se fizermos x =O na equação geral da g.arte (a), temos y(O) = '{K, Para satisfazer a<br />

condição inicial y(O) = 2, devemos fazer ~K e assim temos K = 8.<br />

Portanto, a solução do problema com valor inicial é<br />

y = ~x' + 8<br />

EXEMPLO 2<br />

d<br />

6 x 2<br />

Resolva a equação diferencial dxy = _ _:::_:___<br />

2y + cosy ·


James Stewart CAPÍTUlO 9 EQUAÇÕES DIFERENCIAiS U 599<br />

_, AJguns sistemas algébricos<br />

computacionais podem plotar as<br />

curvas definidas por equações<br />

implícitas. A Figura 2 mostra os<br />

gráficos de vários membros da família<br />

de soluções da equação diferencial no<br />

Exemplo 12. Olhando as curvas da<br />

esquerda para a direita, os vaiores<br />

de C são 3, 2, 1, O, -1, -2 e -3<br />

4<br />

SOLUÇÃO<br />

Escrevendo a equação em uma forma diferencial e integrando ambos os lados, temos<br />

(2y + cos y) dy ~ 6x 2 dx<br />

J (2y + cos y) dy = J 6x'dx<br />

)' 2 + seny = 2x 3 +C<br />

onde C é uma constante. A Equação 3 fornece uma solução geral implícita. Nesse<br />

caso é impossível resolver a equação para expressar y explicitamente como uma<br />

função de x.<br />

EXEMPlO 3 Resolva a equação y' = x 1 y.<br />

SOLUÇÃO Primeiro reescrevemos a equação usando a notação de Leibniz:<br />

FIGURA 2<br />

dy o<br />

- =x-y<br />

dx<br />

Se y # O, podemos reescrevê-la em uma notação diferencial e integrá-la:<br />

~ Se uma solução y é uma função que<br />

satisfaça y(x) #- O para algum x,<br />

ela provém de um teorema de<br />

existência e unidade para soluções<br />

de equações diferenciais em que<br />

y(x) #-O para todo x.<br />

• dy f "<br />

J -. y<br />

~<br />

•<br />

x"dx<br />

x'<br />

In IYI ~-+C<br />

3<br />

Essa equação define y implicitamente como uma função de x. Mas, nesse caso, podemos<br />

resolver explicitamente para y, como a seguir<br />

Assim<br />

Notamos que a função y ~ O é também uma solução da equação diferencial dada. Dessa<br />

forma, podemos escrever a solução geral na forma<br />

onde A é uma constante arbitrária (A ~e c ou A= -e c ou A~ 0) .<br />

A Figura 3 aponta o campo de<br />

direções para a equaçáo diferencial do<br />

Exemplo 3. Compare-o com a Figura 4,<br />

na qual utilizamos a equaçáo y = Aex'n<br />

para mostrar as soluções com valores<br />

diferentes de A. Se usar os campos de<br />

direções para esboçar as curvassolução<br />

com as abcissas 5, 2, L -1 e<br />

-2, você obterá as curvas da Figura 4.<br />

.<br />

i: ;;.----j-----/1<br />

.'I/;,--~ --z_- -/.//<br />

~~~~~===f===:~<br />

"";_2'. ..... -<br />

"'-!-- _Q!- - - -.l-<br />

:~~~:=~0:1-=-==:<br />

\\\\'.--...--4---...._-.,_<br />

\ \'-.-~+----...\<br />

\'.-- ---.....\<br />

'"""i""''<br />

\\---6 - ..... ',\<br />

FiGURA 3 . FIGURA 4


600 L:J CÁLCUlO Editora Thomson<br />

FIGURA 5<br />

interruptor<br />

EXEMPLO 4 Na Seção 9.2, modelamos a corrente l(t) no circuito elétrico mostrado na<br />

Figura 5 pela equação diferencial<br />

dl<br />

L-+ RI~ E(t)<br />

dt<br />

'<br />

Encontre uma expressão para a corrente em um circuito onde a resistência é 12 fl, a<br />

indutância é 4 H, a pilha fornece uma voltagem constante de 60 V e o interruptor é<br />

ligado quando t = O. Qual o valor-limite da corrente<br />

SOLUÇÃO Com L~ 4, R~ 12 e E(t) ~ 60, a equação toma-se<br />

dl<br />

4-+ 12/~60<br />

dt<br />

ou<br />

e o problema de valor inicial é<br />

di<br />

dt<br />

15 - 3/<br />

di<br />

dt<br />

15 - 31 /(O) ~ O<br />

Reconhecemos essa equação como separável e a resolvemos da seguinte forma:<br />

f<br />

f<br />

. dl ~ dt<br />

' 15 - 31 •<br />

-ilnll5- 311 ~t+ C<br />

115 - 3/l ~ e- 3 I•+Cl<br />

(15 - 31 r-' Oj<br />

I= 5- ~Ae- 31<br />

Como 1(0) ~O, temos 5 -<br />

jA ~ O, assim A ~ 15 e a solução é<br />

lJ A Figura 6 revela como a soluçao no<br />

Exemplo 4 (a corrente) aproxima seu<br />

valor-limite. A comparação com a<br />

Figura 11 na Seção 9.2 mostra que<br />

pudemos desenhar uma curva-solução<br />

bem precisa a partir do campo de<br />

direçôes.<br />

6<br />

I(t) ~ 5 - 5e- 1 '<br />

A corrente-limite, em amperes, é<br />

lim I(t) ~ lim (5 - 5e- 3 ') ~ 5 - 5 lim e- 3 '<br />

/-'oCO f---'oOO [-->(;


James Stewart CAPiTUlO 9 EQU;J...CÕES DiFERENCIAIS 601<br />

FIGURA 7<br />

trajetória<br />

ortogonal<br />

Encontre as trajetórias ortogonais da família de curvas x = k .... /, onde k é<br />

uma constante arbitrária.<br />

SOLUÇÃO As curvas x = ky 2 formam uma família de parábolas cujo eixo de simetria é o<br />

eixo x. A primeira etapa é encontrar uma equação diferencial única que é satisfeita por<br />

todos os membros da fmm1ia. Se diferenciarmos .r= ky 2 , obteremos<br />

dy<br />

~2kydt<br />

ou<br />

dy ~­<br />

dx 2ky<br />

Essa é uma equação diferencial que depende de k, mas precisamos de uma equação que<br />

seja válida para todos os valores k simultaneamente. Para eliminar k notamos que, da<br />

equação geral da parábola dada x = ky 2 , temos k = x/i 2 , e assim a equação diferencial<br />

pode ser escrita como<br />

dy ~-~--<br />

dx 2ky X<br />

2-y<br />

y2 ~<br />

X<br />

ou<br />

dy<br />

dx<br />

2x<br />

FIGURA 8<br />

Isso significa que a inclinação da reta tangente em qualquer ponto (x, J') em uma das<br />

parábolas é y' = y/(2x). Em uma trajetória ortogonal a inclinação da reta tangente deve<br />

ser o inverso dessa inclinação. Portanto, as trajetórias ortogonais devem satisfazer a<br />

equação diferencial<br />

dy 2x<br />

dt<br />

y<br />

Essa equação diferencial é separável e a resolvemos como segue:<br />

X<br />

2<br />

~c<br />

FIGURA 9<br />

onde C é uma constante arbitrária positiva. Então as trajetórias ortogonais são a farru1ia<br />

de elipses dada pela Equação 4 e esboçada na Figura 9.<br />

As trajetórias ortogonais ocorrem em vários ramos da física. Por exemplo, em um<br />

campo eletrostático, as linhas de força são ortogonais às linhas de potencial constante.<br />

Também as linhas de fluxo em aerodinâmica são trajetórias ortogonais às curvas de velocidade<br />

eqüipotenciais.<br />

Problemas de Misturas<br />

Um problema típico de mistura envolve um tanque de capacidade fixa preenchido com<br />

urna solução completamente misturada de alguma substância (digamos, sal). A solução<br />

de urna dada concentração entra no tanque a urna taxa fixa e a mistura, bem agitada, sai a


602 u CÁlCULO Editora Thomson<br />

uma taxa fixa, que pode ser diferente da taxa de entrada. Se y(t) denota a quantidade de<br />

substância no tanque no tempo t, então ~v'(t) é a taxa na qual a substância está sendo adicionada<br />

menos a taxa na qual ela está sendo retirada. A descrição matemática da situação<br />

freqüentemente leva a uma equação diferencial de primeira ordem separáveL Podemos usar<br />

o mesmo tipo de raciocínio para modelar uma variedade de fenômenos: reações químicas,<br />

descarga de poluentes em um lago, injeção de medicamentos na corrente sangüínea.<br />

EXEMPLO 6 Um tanque contém 20 kg de sal dissolvido em 5.000 L de água. A água<br />

salgada com 0,03 kg de sal por litro entra no tanque a uma taxa de 25 Llmin. A solução<br />

é misturada completamente e sai do tanque à mesma taxa. Qual a quantidade de sal que<br />

permanece no tanque depois de meia hora<br />

SOLUÇÃO Seja y(t) a quantidade de sal (em quilogramas) depois de t minutos. Nos foi<br />

dado que y(O) ~ 20 e queremos encontrar y(30). Fazemos isso encontrando uma<br />

equação diferencial que é satisfeita por y(t). Note que dy/ dt é a taxa de variação da<br />

quantidade de sal, assim<br />

dv .<br />

-·- ~ (taxa de entrada) - (taxa de saída)<br />

dt<br />

onde (taxa de entrada) é a taxa na qual o sal entra no tanque e (taxa de saída) é a taxa na<br />

qual o sal deixa o tanque. Temos<br />

taxa de entrada ~ ( 0,03 {) ( 25 ~n )<br />

kg<br />

~0,75-.<br />

mm<br />

c_: A Figura 1 o mostra o gráfico da<br />

função y(t) do Exemplo 6. Note que,<br />

com o passar do tempo, a quantidade<br />

de sal se aproxima de 150 kg.<br />

Yt<br />

i<br />

150t----------<br />

!OOj // ""~~<br />

///<br />

50/<br />

oi 200<br />

FIGURA 10<br />

400<br />

O tanque sempre contém 5.000 L de líquido, então a concentração no tempo t é<br />

y(t)/5.000 (medida em quilogramas por litro). Como a água salgada sai a uma taxa<br />

de 25 Llmin, obtemos<br />

Então, da Equação 5, temos<br />

taxa de saída ~ (_Bt:L kg) (zs _!::_)<br />

5.000 L min<br />

_dy ~ o 7 5 - _y(_t) ~ -=15::.::0-::c-:c:")"-''(é!...t)<br />

dt ' 200 200<br />

Resolvendo essa equação diferencial separável, obtemos<br />

t<br />

-In liSO- Yl ~-+C<br />

200<br />

Como y(O) ~ 20, temos -In 130 ~ C, logo<br />

t<br />

-In IJ50- Yl ~-- ln 130<br />

200<br />

y(t) kg<br />

200 min<br />

Portanto<br />

1150 - y I ~ l30e-•f200


James Stewart CAPÍTULO 9 EQUAÇÕES DIFERENCAIS 603<br />

Como y(t) é contínua, y(O) = 20 e o lado direito nunca é zero, deduzimos que<br />

. 150- y(t) é sempre positiva. Então.ll50- vi~ !50- y e dai<br />

y(t) ~ 150<br />

130e ·~ t/20o<br />

A quantidade de sal depois de 30 minutos é<br />

y(30) ~ 150- l30e-W 200 = 38,1 kg<br />

Exercícios<br />

Resolva a equação diferencial.<br />

dy ~L dy e2x<br />

1. 2.<br />

dx X dx 4y'<br />

3. (x2 + l)y' = xy 4. y' =y 2 senx<br />

du J +<br />

5. (! + tg y) y = _\:_1 + l 6.<br />

dr 1 +<br />

dy te'<br />

XV<br />

7. 8. y' ~-·-<br />

dt yy'l + y2 2 1ny<br />

9.<br />

du<br />

-=2+2u + t +tu 10. dz + el-'-z<br />

~o<br />

dt<br />

dt<br />

-r;~ífl ~-; Ache a solução da equação diferencial que satisfaça a<br />

condição inicial dada.<br />

11. dy ~ -~ y· + l y(l) ~ o<br />

dx •<br />

12.<br />

dy ~<br />

dx 1 +<br />

COS X<br />

y(O) ~ l<br />

13. X COS X ~ (2y + e 3 Y)y', y(O) ~ 0<br />

dP =<br />

14. dt ~ ,;Pt, P(l) ~ 2<br />

i\ll!,<br />

du<br />

dt<br />

dy .<br />

16. dt ~ te', y(l) ~ O<br />

17. y' tg x = a + y, y(1T/3) ~a, O< x < 1T/2<br />

18. xy' + y ~ y 2 , y(l) ~-I<br />

19. Encontre uma equação da curva que satisfaça dy/dx = 4x 3 y e<br />

cujo intercepto y é 7.<br />

20. Determine uma equação da curva que passa pelo ponto ( 1, 1) e<br />

cuja inclinação em (x, y) é y2jx 3 •<br />

21. (a) Resolva a equação diferencial y' = 2.-t jl - j.<br />

(b) Resolva o problema de valor inicial y' = 2x ~~ - /,<br />

y (0) = O e faça um gráfico de solução. __<br />

(c) O problema de valor inicial y' ~ 2x /I - y', y (0) ~ 2<br />

tem solução Explique.<br />

22. Resolva a equação e -yy' + cos x = O e plote vários membros<br />

da família de soluções. Como a curva-solução muda quando a<br />

constante C varia<br />

23. Resolva o problema de valor inicial y' = (sen x)/sen y,<br />

y(O) = 71"/2. e plote a solução (se seu CAS fizer gráficos<br />

implícitos).<br />

24. Resolva a equação y' = xyx 2 + 1/(yeY) e plote vários<br />

membros da famílià de soluções (se seu CAS fizer gráficos<br />

implícitos). Como muda a curva-solução quando a constante<br />

C varia<br />

(a) Use um sistema algébrico computacional para desenhar<br />

um campo de direções para a equação diferencial. Imprima-o<br />

e esboce algumas curvas~solução sem resolver a equação<br />

diferencial.<br />

(b) Resolva a equação diferencial.<br />

(c) Use o CAS para desenhar vários membros da família de soluções<br />

obtida na parte (b). Compare com as curvas da parte (a).<br />

25. y' ~ 1/y 26. y' ~ x 2 /y<br />

21-


604 o CÁlCULO Editora Thornson<br />

34. Em uma reação químíca elementar, as moléculas únicas de<br />

dois reagentes A e B formam a molécula do produto C:<br />

A + B ........,.. C. A lei de ação das massas estabelece que a taxa de<br />

reação é proporcional ao produto das concentrações de A e B:<br />

d[C) ~ k[A)[B)<br />

dt<br />

(Veja o Exemplo 4 na Seção 3.3. no Volume L) Então, se as<br />

concentrações iniciais forem [A] = a mols!L e [B] = b mols/L<br />

e escrevermos x = [CJ, então teremos<br />

dx<br />

- ~ k(a - x)(b x)<br />

dt<br />

(a) Assumindo que a : h, encontre x como urna função de t.<br />

Use o fato de que a concentração inicial de C seja O.<br />

(b) Encontre x(t) assumindo que a= b. Como essa expressão<br />

para x(t) é simplificada se soubermos que [C] = a/2<br />

depois de 20 segundos<br />

35. Em contraste com a situação do Exercício 34, as experiências<br />

mostram que a reação H 2 + Br 2 ~ 2 HBr satisfaz a lei de troca<br />

d[~~r)<br />

~ k[H 1 )[Br 1 ]'"<br />

e, portanto, para essa reação a equação diferencial torna~ se<br />

dx ~ k(a - x)(b- x)"'<br />

dt<br />

onde x = [HBr] e a e b são concentrações iniciais de<br />

hidrogênio e bromo.<br />

(a) Escreva x como uma função de t no caso onde a = b.<br />

Use o fato de que x (O) = O.<br />

(b) Se a > b, escreva t como uma função de x. (Dica: ao<br />

efetuar a integração, faça a substituição u = Jb ~ x .)<br />

36. Uma esfera com raio de 1 m está a uma temperatura de l5°C.<br />

Ela está dentro de uma esfera concêntrica com raio de 2 m e<br />

temperatura de 25 "C A temperatura T(r) a uma distância r do<br />

centro comum das duas esferas satisfaz a equação diferencial<br />

d 2 T 2 dT<br />

-+--~o<br />

dr 2 r dr<br />

Se fixarmos S = dT!dr, então S satisfaz uma equação<br />

diferencial de primeira ordem. Encontre urna expressão<br />

para a temperatura T(r) entre as duas esferas.<br />

37. Urna solução de glicose é administrada por via intravenosa na<br />

corrente sangüínea a uma taxa constante r. À medida que a<br />

glicose é adicionada, ela é convertida em outras substâncias e<br />

removida da corrente sangüínea a uma taxa que é proporcional<br />

à concentração naquele instante. Então um modelo para a<br />

concentração C = C(t) da solução de glicose na corrente<br />

sangüínea é<br />

dC<br />

-~r-kC<br />

dt<br />

onde k é uma constante positiva.<br />

(a) Suponha que a concentração no tempo t =O é Co,<br />

Determine a concentração em um tempo qualquer t<br />

para resolver a equação diferenciaL<br />

(b) Assumindo que Co< r/k, calcule !im,~x C(t) e interprete<br />

sua resposta.<br />

38. Um pequeno país tem$ W bilhões em papel-moeda em<br />

circulação e a cada dia $ 50 milhões chegam nos bancos<br />

daquele lugar. O governo decide introduzir uma nova moeda,<br />

fazendo que os bancos troquem notas velhas por novas sempre<br />

que a moeda antiga entrar nos bancos. Denote por x = x(t)<br />

a quantidade de moeda nova em circulação no tempo t,<br />

com x(O) ~O.<br />

(a) Fmmule um modelo matemático na fOJma de um problema<br />

de valor inicial que represente o "fluxo" da nova moeda<br />

em circulação,<br />

(b) Resolva o problema de valor inicial encontrado na pa11e (a),<br />

(c) Quanto tempo levará para a nova moeda representar 90'1<<br />

da moeda em circulação<br />

39. Um tanque contém LOOO L de água salgada com 15 kg de sal<br />

dissolvido. A água pura entra no tanque a uma taxa de<br />

I O Llmín. A solução é mantida bem misturada e sai do tanque<br />

na mesma taxa. Quanto sal permanece no tanque (a) depois de<br />

t minutos e (b) depois de 20 minutos<br />

40. Um tanque contém 1000 L de água pura, A água salgada com<br />

0,05 kg de sal por litro de água entra no tanque a uma taxa de<br />

5 Umin. A água salgada com 0,04 kg de sal por litro de água<br />

entra no tanque a uma taxa de lO Llmin. A solução é mantida<br />

completamente misturada e sai do tanque a uma taxa de<br />

15 L!min. Quanto sal está no tanque (a) depois de t minutos e<br />

(b) depois de uma hora<br />

41. Quando uma gota de chuva cai, ela aumenta de tamanho; assim.<br />

sua massa em llii1 tempo 1 é uma função de t, m(t). A taxa do<br />

aumento da massa é km(t) para alguma constanle positiva k.<br />

Quando aplicamos a Lei do Movimento de Newton à gota de<br />

chuva, obtemos (mv)' = gm, onde v é a velocidade da gota<br />

de chuva (dirigida para baixo) e g é a aceleração da gravidade. A<br />

velocidade tenninal da gota de chuva é lim,._."' v(t). Encontre<br />

uma expressão para a velocidade terminal em termos de g e k,<br />

42. Um objeto de massa m está se movendo horizontalmente<br />

através de um meio que resiste ao movimento com uma força<br />

que é uma função da velocidade; isto é,<br />

d 2 s dv<br />

mdt' ~ mdr ~f( v)<br />

onde v = v(t) e s = s(t) representam a velocidade e a posição<br />

do objeto no tempo t, respectivamente. Por exemplo, pense em<br />

um barco se movendo pela água.<br />

(a) Suponha que a força de resistência seja proporcional à<br />

velocidade, isto é, j(v) = -kv, k uma constante positiva.<br />

(Esse modelo é apropriado para os valores pequenos de v)<br />

Sejam v( O) = v 0 e s(O) = s 0 os valores iniciais de v e s.<br />

Determine v e s em um tempo qualquer t. Qual é a distância<br />

total que o objeto percorre a partir do tempo t = O<br />

(b) Suponha que a força de resistência seja proporcional ao<br />

quadrado da velocidade, isto é, f(v) = -kv 2 , k > O. (Este<br />

modelo foi pela primeira vez proposto por Newton.) Sejam<br />

v 0 e s 0 os valores iniciais de v e s. Determine v e sem um<br />

tempo qualquer t. Qual é a distância total que o objeto<br />

percorre nesse caso


James Stewart CAPÍTULO 9 EOUAÇÜES DIFERENCIAiS U 605<br />

43. Seja A(t) a área de uma cultura de tecido em um tempo t c seja<br />

M a área tinal do tecido quando o crescimento está completo.<br />

A maioria das divisões celulares ocorre na periferia do tecido,<br />

e o número de células na periferia é proporcional a vÃ(i).<br />

Assim, um modelo razoável para o crescimento de tecido é<br />

obtido assumindo-se que a taxa de crescimento da área seja<br />

proporcional a .yA(t-) em conjunto com M - A(t).<br />

(a) Formule uma equação diferencial e use-a para mostrar<br />

que o tecido cresce mais rápido quando A(t) = M/3.<br />

(b) Resolva a equação diferencial para encontrar uma<br />

expressão para A(t). Use um sistema algébrico<br />

computacional para fazer a integração.<br />

44. De acordo com a Lei de Newton da Gravitação Universal, a<br />

força gravitacional de um objeto de massa m que tenha sido<br />

lançado verticalmente para cima da superfície da Terra é<br />

mgR'<br />

F ~ -;-( x"'+"'-'-::R ):,-'<br />

onde x = x(t) é a distância do objeto acima da superfície no<br />

tempo t; R, o raio da Terra; e g, a aceleração da gravidade.<br />

Também, pela Segunda Lei de Newton, F = ma = m(dvj dt) e<br />

dessa forma<br />

dv<br />

m-~<br />

dt<br />

mgR 2<br />

(x + R)'<br />

(a) Suponha que um foguete seja lançado verticalmente para<br />

cima com uma velocidade inicial v 0 . Seja h a altura máxima<br />

acima da superfície alcançada pelo objeto. Mostre que<br />

vo~)R+h<br />

[Dica: Pela Regra da Cadeia, m (dv/dt) ~ mv (dv/dx).)<br />

(b) Calcule Ve = limn-.oo v 0 • Esse limite é chamado<br />

velocidade de escape da Terra.<br />

(c) Use R= 3.960 milhas e g = 32 pés/s 2 para calcular Ve em<br />

pés por segundo e em milhas por segundo.<br />

2. O modelo teóricO dado pel2.-:EqÚ-ação muitO preciso; se levarmos em conta a rotação e<br />

viscosidade do líquido. Ao contrário, o modelo -<br />

é o mais usado e a constante k (a qual depende das propriedades físicas do líquido) é determinada<br />

a partir dos dados relacionados com o vazamento do tanque.


606 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

(~) liuponbaque


James Stewart CAPÍTUlO 9 EOUAÇOES OIFERHJCiAIS L~ 607<br />

O Na !)1odelagem da Jorça devido a<br />

resistência do ar, várias funções têm<br />

sido Usadas, dependendo daS<br />

caractérísticas físicas e da velocidade<br />

da bola. Aqui nós usamos um<br />

modelo linear, ~pv, mas um modelo<br />

quadrático (~pv~ na subida e pv 2 na<br />

descida) é outra possibilidade para<br />

velocidades mais altas (veja Exercício<br />

42 na Seção 9.3). Para uma bola de<br />

golfe, experimentos têm mostrado<br />

que um bom mode!o é<br />

na ascendência e pj v I u na<br />

descendência. Mas não importa qual<br />

função força ~j(v) seja usada [AQUI<br />

f(v) >O para v> O e j(v) $t .. ~J~ no tempo i<br />

N~. sullida e na_.~esci~a;. a força t-ú!Í;ag~1!.,~~:p.gta ~-.~P!.! ·-'-.jng~··.(Du~~e _a·sp:Çt_i~· v(t) é<br />

positiva e a resi,t~ncia ~ge par~(-~~Xo; d~~-~~,~- _d~scida, . v(t) é _negat{v~ ~-a resiStência a~e<br />

para cima.) AsSiii~ pela Segundá_Ld de N~o~, a équação:de :movi~er.t9. é ,<br />

:: ·:. ,<br />

.· mv~-H-.f;~~ ~ -~ -:;·r-.r~~'''f' ..<br />

Resolva essa equação diferencial para mos.trar.que a velqddade.é<br />

v(t) ~(v,+ ':)e~p,/m-<br />

2. Mostre que a altura da bola, até ela atingir o chão, é<br />

':<br />

y(t) ~ (vo + mg) E:_ (I- e"f'fm)- mgt<br />

p p p<br />

3. Seja t 1 o tempo que a bola leva para alcançar sua altura máxima. Mostre que<br />

_~t~_ 1<br />

t1- n<br />

p<br />

(mg+pvv)<br />

Calcule esse tempo para uma bola com massa 1 kg e velocidade inicial 20 m/s. Suponha que a<br />

força de resistência do ar seja~ da velocidade.<br />

4. Seja t2 o tempo no qual a bola volta para a Terra. Para a bola do Problema 3, estime t 2 usando<br />

um gráfico da função altura y(t). O que é mais rápido: ir para cima ou voltar para baixo<br />

5. Em geral, não é fácil encontrar t 2 porque é impossível resolver a equação y(t) = O<br />

explicitamente. Podemos, entretanto, usar um método indireto para estabelecer se a<br />

subida ou a descida é mais rápida; detenninamos se y(2tt) é positivo ou negativo.<br />

Mostre que<br />

mg<br />

2<br />

y(2t,) ~ 7<br />

m g ( x--:;-- I 21nx )<br />

onde x = eP'u'"'. Então determine que x > 1 e a função<br />

I<br />

f(x) ~ x - -<br />

X<br />

- 21n x<br />

é crescente para x > I. Use esse resultado para decidir se y(2t 1 ) é positiva ou negativa. O que<br />

você pode concluir A subida ou a descida é mais rápida<br />

Crescimento e Decaimento Exponencial<br />

. ·. ''' '''... ·~~~~······· '.~. . ·•· ·~···········~~~···~·~············ ....... .. .<br />

····· .... .<br />

Um dos modelos para o crescimento populacional que consideramos na Seção 9.1<br />

baseava-se na premissa de que a população cresce a uma taxa proporcional ao tamanho da<br />

população:<br />

dP<br />

-=kP<br />

dt<br />

Essa é uma premissa razoável Suponha uma população (de bactérias, por exemplo) com<br />

tamanho P = 1.000 que esteja crescendo a uma taxa de P 1 = 300 bactérias por hora.<br />

Agora tomemos outras 1.000 bactérias do mesmo tipo e as coloquemos com a primeira<br />

-""----'---


608 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

população. Cada metade da nova população estava crescendo a uma taxa de 300 bactérias<br />

por hora. Esperaríamos que a população total de 2.000 aumentasse a uma taxa de 600 bactérias<br />

por hora inicialmente (desde que houvesse espaço e nutrientes suficientes). Assim,<br />

se dobrarmos o tamanho, dobraremos a taxa de crescimento. Em geral, parece razoável que<br />

a taxa de crescimento deva ser proporcional ao tamanho.<br />

A mesma premissa também se aplica em outras situações. Na física nuclear, a massa de<br />

uma substância radioativa decai a uma taxa proporcional à massa. Na química, a taxa de uma<br />

reação de primeira ordem unimolecular é proporcional à concentração da substância. Em<br />

finanças, o valor de uma conta de poupança com juros compostos continuamente aumenta<br />

a uma taxa proporcional àquele valor.<br />

Em geral, se y(t) é o valor de uma quantidade y a um tempo t e se a taxa de mudança<br />

de y em relação até proporcional a seu tamanho y(t) em um tempo qualquer, então<br />

dy<br />

-~ky<br />

dt<br />

onde k é uma constante. A Equação 1 é algumas vezes chamada lei do crescimento natural<br />

(se k > 0) ou lei do decaimento natural (se k < 0). Uma vez que essa é uma<br />

equação diferencial separável, podemos resolvê-la pelos métodos da Seção 9.3:<br />

fdy~fkdt<br />

y ,<br />

!nlyi~kt+C<br />

y = Aekt<br />

onde A(= ±e c ou 0) é uma constante arbitrária. Para vermos o significado da constante<br />

A, observamos que<br />

Portanto A é o valor inicial da função.<br />

Como a Equação 1 ocorre muito freqüentemente na natureza, resumimos o que<br />

acabamos de provar para uso futuro.<br />

A solução do problema de valor inicial<br />

dy<br />

-=ky<br />

dt<br />

y(O) ~ Yo<br />

é<br />

y(t) ~ yoe"<br />

Crescimento Populacional<br />

Qual o significado da constante de proporcionalidade k No contexto de crescimento populacional,<br />

podemos escrever


James Stewart CAPÍTUlO 9 EOUAÇÓES DiFERENCIAIS 609<br />

dP<br />

-=kP<br />

dt<br />

ou<br />

l dP<br />

--=k<br />

p dt<br />

A quantidade<br />

l dP<br />

p dt<br />

é a taxa de crescimento dividida pelo tamanho da população; é denominada taxa de crescimento<br />

relativo. De acordo com (3 ), em vez de dizermos "a taxa de crescimento é proporcional<br />

ao tamanho da população", poderíamos dizer ''a taxa de crescimento relativo é<br />

constante". Então (2) diz que uma população com uma taxa de crescimento relativo constante<br />

deve crescer exponencialmente. Note que a taxa de crescimento relativo k aparece<br />

como o coeficiente de t na função exponencial y 0 ekr_ Por exemplo, se<br />

dP<br />

- = OOP<br />

dt , -<br />

e t é medido em anos, então a taxa de crescimento relativo é k :;:;.: 0,02 e a população cresce<br />

a uma taxa de 2% ao ano. Se a população no tempo O for P 0 , então a expressão para a população<br />

é<br />

TABELA 1<br />

Presumindo que a taxa de crescimento seja proporcional ao tamanho da<br />

população, use os dados da Tabela l para modelar a população do mundo no século XX.<br />

Qual é a taxa de crescimento relativo Como o modelo se ajusta aos dados<br />

SOLUÇÃO Medimos o tempo tem anos e fazemos t =O no ano 1900. Medimos a<br />

população P(t) em milhões de pessoas. Então P(O) = 1.650. Estamos pressupondo que a<br />

taxa de crescimento é proporcional ao tamanho da população; assim, o problema de valor<br />

inicial é<br />

dP<br />

-=kP<br />

dt<br />

P(O) = 1.650<br />

De (2) sabemos que a solução é<br />

5. 1.8ü<br />

P(t) =<br />

l.650e''<br />

Uma maneira de estimar a taxa de crescimento relativo k é usar o fato de que a<br />

população em 1910 era de 1.750 milhões. Portanto<br />

P(lO) = 1.650ek( 101 = 1.750<br />

Resolvemos essa equação para k:<br />

IOk 1.750<br />

e =--<br />

1.650<br />

l 1.750<br />

k = lO ln 1. 650<br />

= 0,005884


610 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

TABELA 1<br />

Então a taxa de crescimento relativo é cerca de 0,6% ao ano e o modelo torna-se<br />

A Tabela 2 e a Figura 1 nos permitem comparar as previsões desse modelo com os dados<br />

reais. Você pode ver que as previsões tornam-se imprecisas depois de cerca de 30 anos e<br />

estão subestimadas por um fator de quase 2 em 2000.<br />

FIGURA 1<br />

Um modelo possível para o<br />

crescimento da população mundial<br />

População<br />

(em milhões)<br />

6.000 I<br />

t t_- ------p;;-~::-;l~.6~5~0~e~o.:oo:5':84:<br />

1<br />

20 40 60 80<br />

Anos a partir de 1900<br />

100 f<br />

Outra possibilidade para estimar k seria usar a população dada para o ano de 1950,<br />

por exemplo, em vez de 1910. Então<br />

P(50) ~ !650e 50 k ~ 2560<br />

__ Na Seção 1.5, do Volume I,<br />

modelamos os mesmos dados com<br />

uma função exponencial, mas lá<br />

usamos o método dos mínimos<br />

quadrados.<br />

I 2560<br />

k ~-In--= O 0087846<br />

50 1650 ,<br />

A estimativa para a taxa de crescimento relativo é agora 0,88% ao ano, e o modelo é<br />

P(t) = 1.650eo.oosn4"<br />

As previsões com esse segundo modelo são mostradas na Tabela 3 e na Figura 2. Esse<br />

modelo exponencial é mais preciso ao longo de um período maior.<br />

TABELA 3<br />

6 000<br />

pl<br />

20<br />

;_0<br />

Popolação .<br />

(em milhões)<br />

1t_'<br />

1<br />

f<br />

oi 20<br />

p == !.óSOe o.oosS-401<br />

I }<br />

40 60 80 wot<br />

Anos a partir de 1900<br />

FIGURA 2<br />

Outro modelo para o crescimento da população mundial


James Stewart<br />

CAPÍTUlO 9 EQUAÇÕES DIFERENCiAIS<br />

611<br />

LJ Use os dados da Tabela 1 para modelar a população do mundo na<br />

segunda metade do século XX. Utilize o modelo para estimar a população em 1993 c<br />

para prever a população no ano 201 O.<br />

SOLUÇÃO Aqui ternos t = O em 1950. Então o problema de valor inicial é<br />

e a solução é<br />

dP<br />

-=kP<br />

dt<br />

P(r) = 2560ek'<br />

Vamos estimar k usando a população em 1960:<br />

P(O) = 2.560<br />

P(l O) = 2.560c '"' = 3.040<br />

l 3040<br />

k=-ln--= 0017185<br />

- !O 2560 '<br />

A taxa de crescimento relativo é cerca de 1,7% ao ano e o modelo é<br />

P(t) = Z.S60eO,Ol7185r<br />

Estimamos qne a população mundial em 1993 era<br />

P(43) = 2.560e 0 ,üi 71851431 = 5.360 milhões<br />

O modelo prediz que a população em 2010 será<br />

P(60) = 2.560e 0 • 0 ' 71851601 = 7.179 milhões<br />

O gráfico na Figura 3 mostra que o modelo é bem preciso; assim, para 1993, a estimativa<br />

é bem confiáveL Mas a previsão para 2010 é mais arriscada.<br />

População<br />

(em milhões)<br />

p;:;;; 2 . 560<br />

eo.ol7i851<br />

FIGURA 3<br />

Um modelo para o crescimento<br />

populacional na segunda metade<br />

do século XX<br />

20 40<br />

Anos a partir de 1950<br />

Decaimento Radioativo<br />

As substâncias radioativas decaem pela emissão espontânea de radiação. Se m(t) é a massa<br />

remanescente da massa inicial mo da substância depois de um tempo t, então a taxa de<br />

decaimento relativo<br />

l dm<br />

m dt


---------------------------------<br />

-------------------------<br />

612 CÁLCULO Editora Thomson<br />

foi determinada experimentalmente corno constante. (Cmno dm/ dt é negativo, a taxa de<br />

decaimento é positiva.) Segue-se que<br />

dm<br />

-=km<br />

dt<br />

onde k é uma constante negativa. Em outras palavras, as substâncias radioativas decaem a<br />

uma taxa proporcional à massa remanescente. Isso significa que podemos usar (2) para<br />

mostrar que a massa decai exponencialmente:<br />

m(t) ~ moek'<br />

Os físicos expressam a taxa de decaimento em termos de meia-vida, o tempo necessário<br />

para metade de qualquer quantidad~ decair.<br />

, A meia-vida do rádio-226 ( 'i~Ra) é de 1.590 anos.<br />

(a) Urnp. amostra de rádio-226 tem uma massa de 100 mg. Encontre uma fórmula para a<br />

massa de 2 ~~Ra que permanece após t anos.<br />

(b) Calcule a massa depois de 1.000 anos, com precisão de 1 miligrama.<br />

(c) Quando a massa será reduzida a 30 mg<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Seja m(t) a massa de rádio-226 (em miligramas) que permanece após t anos. Então<br />

dm/dt ~ km e y(O) ~ 100; logo, (2) fornece<br />

m(t) ~ m(O)e'' ~ lOOe''<br />

Para determinar o valor de k, usamos o fato de que y(L590) ~ j(JOO). Então<br />

lOOe L590k ~ 50 assim e l.S90k = !<br />

e<br />

1.590k ~ In l ~ -ln 2<br />

In 2<br />

k~---<br />

1.590<br />

Portanto<br />

m(t) =<br />

lOOe ~un 2/ls9oJr<br />

Poderíamos usar e 1 n 2 = 2 para escrever a expressão m(t) em uma forma alternativa<br />

m(t) ~ 100 X 2-VL590<br />

(b) A massa depois de 1.000 anos é<br />

m(lOOO) = 100e-(!nl/JS90J!OOO = 65 mg<br />

(c) Queremos encontrar um valor de t tal que m(t) ~ 30, isto é,<br />

100e-(ln2/L590)r = 30 ou<br />

e~-(b2/Ls9oJ: =<br />

0 _ 3<br />

Resolvemos essa equação para t tomando o logaritmo natural em ambos os lados:<br />

ln 2<br />

---t~ ln03<br />

1.590 '


James Stewart CAPÍTULO 9 EOUAÇÓES DiFERENCIAIS 613<br />

!50<br />

Então<br />

ln 0,3<br />

t = -].590 Jn2 = 2.762 anos<br />

[)<br />

FIGURA 4<br />

4.01XJ<br />

Para verificar nosso trabalho no Exemplo 3, usamos um dispositivo gráfico para<br />

desenhar o gráfico de m(t) na Figura 4 junto com a reta horizontal m = 30. Essas curvas<br />

se interceptam quando t = 2.800 e isso está de acordo com a resposta na parte (c).<br />

Lei do Resfriamento de Newton<br />

A Lei do Resfriamento de Newton para estabelece que a taxa de resfriamento de um objeto<br />

é proporcional à diferença de temperatura entre o objeto e sua redondeza, dado que essa<br />

diferença não seja muito grande. (Essa lei também se aplica ao aquecimento.) Se denotarmos<br />

T(t) como temperatura do objeto no tempo t e Ts como a temperatura em sua<br />

redondeza, então podemos formular a Lei de Newton para resfriamento como uma<br />

equação diferencial<br />

dT<br />

- = k(T- T)<br />

dt<br />

s<br />

onde k é uma constante. Podemos resolver essa equação como uma equação diferencial<br />

separável usando o método da Seção 9.3, mas um método mais fácil seria fazer uma troca<br />

de variável y(t) = T(t)- T,. Como T, é constante, temos y'(t) = T'(t)e assim a equação<br />

torna-se<br />

dy<br />

-=ky<br />

dt<br />

Podemos usar (2) para encontrar uma expressão para y, da qual acharemos T.<br />

HEMPLO 4 - Uma garrafa de soda limonada em temperatura ambiente (72 °F) é<br />

colocada em um refrigerador onde a temperatura é de 44 °F. Depois de meia hora a soda<br />

está resfriada a uma temperatura de 61 °F.<br />

(a) Qual é a temperatura da soda depois de mais 30 minutos na geladeira"<br />

(b) Quanto tempo demoraria para a soda atingir 50 'F<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Seja T(t) a temperatura da soda após t minutos. A temperatura da redondeza<br />

é T, = 44 'F, logo, a Lei de Newton para Resfriamento estabelece que<br />

dy<br />

dt = k(T- 44)<br />

Se fizermos y = T - 44, então y(O) = T(O) - 44 = 72 - 44 = 28, portanto, y é a<br />

solução do problema de valor inicial.<br />

e por (2), temos<br />

dy<br />

-=ky<br />

dt<br />

y(O) = 28<br />

y(t) = y(O)é' = 28é'<br />

Nos foi dado que T(30) = 61, assim sendo, y(30) = 61 - 44 = 17 e<br />

28e 301 = l7 eJok = ~


-----------------------------------<br />

614 o CÁLCULO<br />

Editora Thomson<br />

Aplicando logaritmo em ambos os lados, obtemos<br />

Portanto,<br />

( i")<br />

ln i<br />

k~- 2 - 8 =-001663<br />

30 ,<br />

y(t) = 2Se-ü.Ol663r<br />

T(t) = 44 + 28e-o_olooJ•<br />

T(60) ~ 44 + 28e-o,oi66J(oo, = 54,3<br />

Logo, após outra meia hora a soda terá se resfriado a uma temperatura aproximada de 54 °F<br />

(b) Temos T(t) = 50, quando<br />

44 + 28e"" 0,DJ663I = 50<br />

e -0,016631 = 2<br />

28<br />

t~<br />

ln(fs) = 92 6<br />

-0,01663 ,<br />

A soda se resfriará a 50 op depois de 1 hora e 33 minutos.<br />

Observe que no Exemplo 4, temos<br />

T<br />

72<br />

lim T(t) ~ lim (44 + 28e- 0 ' 01663 ') ~ 44 + 28 , O~ 44<br />

[--'>-:C<br />

!--'>


James Stewart CAPÍTUlO 9 EQUAÇÕES DiFERENCIA!$ 615<br />

Por exemplo, depois de três anos com juros de 6% um investimento de $ 1.000 valerá<br />

$ 1.000(1,06)3 ~ $ Ll91,02 com composição anual<br />

$ 1.000(1,03)6 ~ $ 1.194,05 com composição semestral<br />

$ 1.000(!,015)12 ~ $ Ll95,62 com composição trimestral<br />

$ 1.000(1,005)36 ~ $ 1.196,68 com composição mensal<br />

o 06 ) 36 5-3<br />

$1.000 1 + 3,65 = $!.197,20 com composição diária<br />

(<br />

Você pode ver que os juros pagos sobem com o aumento do número de períodos de<br />

composição (n). Se fizermos n __,.. oo, então estaremos compondo os juros continuamente,<br />

e o valor do investimento será<br />

( r)"' [( r)" 1 A(t) = ,!i~ Ao l + 7; = ,!i~ Ao 1 + 7; ']"<br />

=Ao!~ [ ( 1 +;; r)"!']"<br />

J )m]n<br />

=Ao [ l~ ( 1+~ (onde 1/l 0 "' 11/ r)<br />

Mas o limite nessa expressão é igual ao número e (veja a Equação 3.8.6 no Volume l).<br />

Desse modo, com composição contínua de juros a uma taxa r, a quantidade depois<br />

de t anos é<br />

Se diferenciarmos essa equação, teremos<br />

A(l) = Aoe"<br />

dA<br />

- = rAoe" = rA(t)<br />

dt<br />

que diz que, com a composição contínua de juros, a taxa de aumento de um investimento<br />

é proporcional a seu tamanho.<br />

Retomando ao exemplo de $ 1.000 investidos por três anos com juros de 6%, vemos<br />

que, com a composição contínua de juros, o valor do investimento será<br />

A(3) = $1.000e(O.oo}o<br />

= $l.OOOe 0 • 18 = $!.197,22<br />

Note quão próxima essa quantidade está daquela que calculamos para a composição<br />

diária, $ 1.197,20. Mas a quantidade é mais facilmente calculada se usarmos a<br />

composição contínua.


616 O CÁLCULO Editora Thomson<br />

Exercícios<br />

1. Uma população de protozoários se desenvolve com uma taxa<br />

de crescimento relativo constante de O, 7944 por membro por<br />

dia. No dia zero, a população consiste em dois membros.<br />

Calcule o tamanho da população depois de seis dias.<br />

2. Um habitante comum do intestino humano é a bactéria<br />

Escherichia coli. Uma célula dessa bactéria em um meio<br />

nutriente se divide em duas células a cada 20 minutos.<br />

A população inicial da cultura é de 60 células.<br />

(a) Encontre a taxa de crescimento relativo.<br />

(b) Ache uma expressão para o número de células depois<br />

de t horas.<br />

(c) Calcule o número de células depois de oito horas.<br />

(d) Estabeleça a taxa de crescimento depois de oito horas.<br />

(e) Quando a população alcançará 20.000 células<br />

3. Uma cultura de bactérias começa com 500 bactérias e cresce a<br />

uma taxa proporcional a seu tamanho. Depois de três horas<br />

existem 8.000 bactérias.<br />

(a) Encontre uma expressão para o número de bactérias depois<br />

de t horas.<br />

(b) Calcule o número de bactérias depois de quatro horas.<br />

(c) Estipule a taxa de crescimento depois de quatro horas.<br />

(d) Quando essa população alcançará 30.000<br />

4. Uma cultura de bactérias cresce com uma taxa de crescimento<br />

relativo constante. A contagem era 600 depois de duas horas e<br />

75.000 depois de oito horas.<br />

(a) Qual a população inicial da cultura<br />

(b) Encontre uma expressão para a população depois de t horas.<br />

(c) Ache o número de célula após cinco horas.<br />

(d) Encontre a taxa de crescimento após cinco horas.<br />

(e) Quando a população será de 200.000<br />

·s; A tabela fornece estimativas da população mundial, em<br />

milhões, por dois séculos:<br />

(a) Utilize o modelo exponencial e os números da população<br />

em 1750 e 1800 para prever a população mundial em 1900<br />

e 1950. Compare com os dados reais.<br />

(b) Use o modelo exponencial e os dados populacionais para<br />

1850 e 1900 para prever a população mundial em 1950.<br />

Compare com a população reaL<br />

(c) Empregue o modelo exponencial e os dados populacionais<br />

para 1900 e 1950 para prever a população mundial em<br />

2000. Compare com a população real e tente explicar<br />

a discrepância.<br />

6. A tabela fornece a população dos Estados Unidos, em milhões.<br />

para os anos 1900-2000.<br />

(a) Use o modelo exponencial e os dados do censo para 1900<br />

e 1910 para prever a população em 2000. Compare com os<br />

dados reais e tente explicar a discrepância.<br />

(b) Utilize o modelo exponencial e os dados do censo para<br />

1980 e 1990 para prever a população em 2000. Compare<br />

com a população reaL Então use esse modelo para prever<br />

a população nos anos 2010 e 2020.<br />

(c) Desenhe um gráfico mostrando ambas as funções<br />

exponenciais das partes (a) e (b) juntas com o gráfico<br />

da população real. Esses modelos são razoáveis<br />

7. Experimentos mostram que, se a reação química<br />

for realizada a 45 °C, a taxa de reação do pentóxido de<br />

nitrogênio é proporcional a sua concentração, como a seguir:<br />

d[dtO,] ~ 0,0005[N,O,)<br />

(Veja o Exemplo 4 na Seção 3.3 no Volume L)<br />

(a) Encontre uma expressão para a concentração de [N 2 0 5 ]<br />

depois de l segundos se a concentração inicial for C.<br />

(b) Quanto tempo de reação levará para reduzir a concentração<br />

do N 2 0 5 para 90% de seu valor original<br />

8. O bismuto~210 tem uma meia-vida de cinco dias.<br />

(a) Se uma amostra tem massa de 800 mg, encontre uma<br />

fórmula para a massa que restará depois de t dias.<br />

(b) Calcule a massa depois de 30 dias.<br />

(c) Quando a massa será reduzida para 1 mg<br />

( d) Esboce o gráfico da função massa.<br />

A meia-vida do Césio-137 é de 30 anos. Suponha que tenhamos<br />

uma amostra de 100 mg.<br />

(a) Ache a massa que restará após t anos.<br />

(b) Quanta massa a amostra terá após 100 anos<br />

(c) Depois de quanto tempo teremos apenas 1 mg da amostra<br />

10. Depois de três dias uma amostra de radônio-222 decaiu para<br />

58% de sua quantidade originaL<br />

(a) Qual a meia-vida do radônio-222<br />

(b) Quanto tempo levará para a amostra decair para 10% de<br />

sua quantidade original


James Stewart CAPÍTUlO 9 EOU.AÇÓES DIFERENCi!\IS , , 617<br />

11. Os clentistas podem determinar a idade de um objeto<br />

antigo por um método chamado datação de carbono-14.<br />

O bombardeamento da atmosfera superior por raios cósmicos<br />

converte o nitrogênio em um isótopo radioativo de carbono,<br />

14<br />

C, com uma meia-vida de cerca de 5.730 anos. A vegetação<br />

absorve o dióxido de carbono pela atmosfera e os animais<br />

assimilam o 14 C através das cadeias alimentares. Quando uma<br />

planta ou animal morre, ele pára de repor seu carbono, e a<br />

quantidade de 14 C diminui através do decaimento radioativo.<br />

Portanto o nível de radioatividade também deve decair<br />

exponencialmente. Um pedaço de tecido foi descoberto tendo<br />

cerca de 74% de 14 C radioativo em relação às plantas terrestres<br />

nos dias de hoje. Estime a idade do pedaço de tecido.<br />

12. Uma curva passa pelo ponto (0, 5) e tem a propriedade de que<br />

a inclinação da curva a cada ponto P é duas vezes a<br />

coordenada y de P. Qual é a equação da curva<br />

13. Um peru assado é retirado do forno quando sua temperatura<br />

alcança 185 °F e é colocado em uma mesa onde a temperatura<br />

é de 75 op_<br />

(a) Se a temperatura do peru for de 150 °F depois de meia<br />

hora, qual será a temperatura dele após 45 minutos<br />

(b) Quando terá o peru se resfriado a uma temperatura de 100 °F<br />

14. Um termômetro é levado de um cômodo no qual a temperatura<br />

é de 20 °C para o lado de fora onde a temperatura é 5 oc.<br />

Depois de um minuto a leitura do termômetro é de 12 °C.<br />

(a) Qual será a leitura do termômetro depois de mais<br />

um minuto<br />

(b) Quando a leitura do termômetro será de 6 °C<br />

15. Quando uma bebida gelada é retirada de um refrigerador, sua<br />

temperatura é de 5 oc Depois de 25 minutos em um ambiente<br />

a 20 oc, sua temperatura aumenta para 1 O oc.<br />

(a) Qual é a temperatura da bebida após 50 minutos<br />

(b) Quando sua temperatura será de 15 °C<br />

16. Uma xícara de café fresco tem uma temperatura de 95 oc em<br />

um ambiente de 20 °C. Quando sua temperatura for de 70 °C<br />

sua taxa de resfriamento será de l oc por minuto. Quando<br />

isso ocorre<br />

17. A taxa de mudança da pressão atmosférica P em relação à<br />

altitude h é proporcional a P, desde que a temperatura seja<br />

constante. A 15 oca pressão é 101,3 k:Pa ao nível do mar e<br />

87,14 kPa a h~ !.000 rn.<br />

(a) Qual é a pressão a uma altitude de 3.000 m<br />

(b) Qual é a pressão no topo do monte McKinley, a uma<br />

altitude de 6.187 m<br />

18. (a) Se$ 500 são emprestados a 14% de juros, calcule as<br />

quantidades devidas no final de dois anos se os juros forem<br />

compostos<br />

(i) anualmente, (ii) trimestralmente, (iii) mensalmente,<br />

(iv) diariamente, (v) por hora e (vi) continuamente.<br />

(b) Suponha que$ 500 sejam emprestados e os jurüs sejam<br />

compostos continuamente. Se A(t) for a quantidade devida<br />

depois de t anos, onde O ~ t ~ 2, plote A(t) para cada uma<br />

das taxas de juros 14%, 10% e 6% na mesma tela.<br />

19. (a) Se$ 3.000 são investidos a uma taxa de juros de 5%.<br />

calcule o valor do investimento no final de cinco anos se<br />

os juros forem compostos (i) anualmente, (ii)<br />

semestralmente, (iii) mensalmente, (iv) semanalmente, (v)<br />

diariamente e (vi) continuamente.<br />

(b) Se A(t) for a quantidade de investimento no<br />

tempo t para o caso de composição contínua,<br />

escreva uma equação diferencial e uma condição inicial<br />

satisfeita por A(t).<br />

20. (a) Quanto tempo levará um investimento para dobrar seu<br />

valor se a taxa de juros for 6% composta continuamente<br />

(b) Qual é taxa equivalente de juros anual ·<br />

21. Considere uma população P = P(t) com taxas de natalidade c<br />

mortalidade relativas constantes a e f3, respectivamente, e uma<br />

taxa de emigração constante m, onde a, {3 em são constantes<br />

positivas. Assuma que a > f3. Então a taxa de variação da<br />

população em um tempo t é modelada pela equação diferencial<br />

C~--<br />

dP<br />

~=kP~m<br />

dt<br />

onde k=a-{3<br />

(a) Encontre a solução dessa equação que satisfaça a condição<br />

inicial P(O) = P 0 •<br />

(b) Qual condição sobre m levará a uma expansão exponencial<br />

da população<br />

(c) Qual condição sobrem levará a uma população constante<br />

E ao declínio da população<br />

(d) Em 1847, a população da Irlanda era cerca de 8 milhões, e<br />

a diferença entre as taxas relativas de natalidade e<br />

mortalidade era 1,6% da população. Por causa da fome<br />

da batata na décadas de 1840 e 1850, cerca de 210.000<br />

habitantes por ano emigraram da Irlanda. A população<br />

estava crescendo ou diminuindo naquela época<br />

Seja c um número positivo. A equação diferencial, do tipo<br />

dv<br />

1 .L<br />

_:::_ = ky 'c<br />

dt<br />

onde k é uma constante positiva, é chamada equação do juizo<br />

final porque o expoente na expressão ky 1 + ~ é maior que<br />

aquele para o crescimento natural (isto é, ky).<br />

(a) Determine a solução que satisfaça a condição inicial<br />

y(O) ~ Yo-<br />

(b) Mostre que existe um tempo finito t = T (juízo final), de<br />

forma que lim 1 ...,.r y(t) = oo.<br />

(c) Uma raça especialmente prolífica de coelhos tem o termo<br />

de crescimento kyl,Ol. Se dois desses coelhos cruzam<br />

inicialmente e a coelha tem 16 coelhos depois de três<br />

meses, quando será o jufzo final


618 c CÁLCUlO Editora Thomson<br />

Cálculo e Beisebol<br />

Neste projeto C-Xploraremos três das muitas aplicações do cálculo ao beisebol.. !:~~:~:~~='1ã~<br />

físicas dojogo,!especiàlmente a coLiS&o da bola com o tacp. sãO complexas e s1<br />

disc~tidos em detalhes no livro de Robçrt Adair, The Physid Of #aseball, 3. -ed. (Nova Yoik:<br />

HarperPerennial. 2002).<br />

1. Pode surpreendê:lo saber que a colisão entre bola de beisebol e o· tico dura apenas', Cercà'de<br />

um milésimo de segundo. Aqui estabéleceremos a força média no taco durante essa cOliSão<br />

calculando primeiro a mudança no mámento da bola.<br />

O momento p de um objeto é o produto de sua massa m e sua velocidade v; isto ~. p =. 'mv.<br />

Suponha que um objeto se movendo ao longo de uma linha reta seja influenciado por uma<br />

força F= F(t), que é uma função contínua do tempo.<br />

(a) Mostre que a mudança no momento no intervalo de tempo [to, t 1 ] é igual à integtàl de F<br />

de to a t 1 ; isto é, mostre que<br />

Uma vista superior da posição de um<br />

taco de beisebol, mostrada a cada<br />

qüinquagésimo de segundo durante<br />

um movimento típico (adaptado de<br />

(The Physics of Basebal[).<br />

p(t 1 ) -<br />

p(t 0 ) ~ ['• F(t) dt<br />

..,<br />

Essa integral é chamada impulso da força no intervalo de tempo.<br />

(b) Um lançador joga uma bola rápida a 90 milh para o rebatedor, que a rebate diretamente de<br />

volta ao lançador. A bola está em contato com o taco por 0,00 l s e deixa o taco com a<br />

velocidade de 110 milh. Uma bola de beisebol pesa 5 onças e, em unidades imperiais, sua<br />

massa é medida em slugs; m = w/g onde g = 32 pés/s 2 •<br />

(i) Calcule a mudança no momento da bola.<br />

(ii) Determine a força média no taco.<br />

2. Neste problema calculamos o trabalho necessário para um lançador arremessar uma bola<br />

rápida a 90 inilh primeiro considerando a energia cinética.<br />

A energia cinética K de um objeto de massa me velocidade v é dada por K = ~mv 1 •<br />

Suponha que um objeto de massa m se movendo em linha reta seja influenciado por uma força<br />

F= F(s) que depende de sua posição s. De acordo com a Segunda Lei de Newton<br />

dv<br />

F(s) ~ma~ m- dt<br />

onde a e v denotam a aceleração e a velocidade do objeto.<br />

(a) Mostre que o trabalho realizado para mover o objeto de uma posição so para uma posição<br />

s1 é igual à variação na energia cinética do objeto; isto é, mostre que<br />

.. ,<br />

W = ('' F(s) ds = tmv[ - ~mvJ<br />

onde vo = v(s 0 ) e v 1 = v(s 1 ) são as velocidades do objeto nas posições s 0 e s 1 • Dica: Pela<br />

Regra da Cadeia,<br />

dv dv ds dv<br />

mdt=m ds -;;;=mv ds<br />

(b) Quantas libras-pés de trabalho são necessárias para jogar uma bola de beisebol a 90 mi/h<br />

3. (a) Um outfielder (jogador que ocupa o campo externo) apanha uma bola de beisebol a 280<br />

pés do home plate e a joga diretamente para o pegador com uma velocidade inicial de<br />

100 pés/s. Presuma que a velocídade v(t) da bola depois de t segundos satisfaça a equação<br />

diferencial dv/ dt = -v/ 1 O por causa da resistência do ar. Quanto tempo leva para a bola<br />

atingir o home plate (Ignore qualquer movimento vertical da bola.)<br />

(b) O diretor do time se pergunta se a bola alcançaria o home plate mais rápido se ela fosse<br />

revezada por um infielder (jogador da parte central do campo). O shortstop (jogador que<br />

fica entre a segunda e a terceira bases) pode se posicionar diretamente entre o outjielder e


James Stewart CAPÍTUlO 9 EQUAÇÕES DiFERENCiAiS 619<br />

o home plate, pegar a bola jogada pelo outfielder, girar e jogá-la para o pegador com uma<br />

velocidade inicial de 105 pés/s. O diretor cronometrao tempo de revezamento do short"<br />

stop (pegar, girar, jogar) em metade de um segundo. A que distância do home plate deve<br />

se posicionar o shortstop para minimizar o tempo total para a bola atingir a base<br />

O diretor deve encorajar uma jogada direta ou uma jogada revezada O que aconteceria se<br />

o shortstop pudesse jogar a bola a 115 pés/s<br />

(c) Para qual veloC-idade de arremesso do shortstop a jogada revezada leva o mesmo tempo<br />

que a direta<br />

Nesta seção discutiremos em detalhe um modelo para o crescimento populacional, o modelo<br />

logístico, que é mais sofisticado que o de crescimento exponencial. Fazendo isso,<br />

usamos todas as ferramentas à nossa disposição: campos de direções e método de Euler da<br />

Seção 9.2 e a solução explícita das equações diferenciais separáveis da Seção 9.3. Nos<br />

exercícios, investigaremos outros modelos possíveis para o crescimento populacional,<br />

alguns dos quais levam em conta a colheita e o crescimentO sazonaL<br />

O Modelo Logístico<br />

Como discutimos na Seção 9.1, uma população com freqüência cresce exponencialmente<br />

em seus estágios iniciais, mas eventualmente se estabiliza e se aproxima de sua capacidade<br />

de suporte por causa dos recursos limitados. Se P(t) for o tamanho da população no tempo<br />

t, assumimos que<br />

dP<br />

-=kP<br />

dt<br />

se P for pequeno<br />

Isso diz que a taxa de crescimento inicialmente está próxima de ser proporcional ao<br />

tamanho. Em outras palavras, a taxa de crescimento relativo é praticamente constante<br />

quando a população é pequena. Mas também queremos refletir sobre o fato de que a taxa<br />

de crescimento relativo diminui quando a população P aumenta e torna-se negativa quando<br />

P ultrapassa sua capacidade de suporte K, a população máxima que um ambiente é capaz<br />

de sustentar a longo prazo. A expressão mais simples para a taxa de crescimento relativo<br />

que incorpora essas premissas é<br />

J_dP =k(l-~)<br />

P dt K<br />

Multiplicando por P, obtemos o modelo para o crescimento populacional conhecido como<br />

a equação diferencial logística:<br />

,------~~---~~<br />

'--------<br />

~ = kP(!- ;) I<br />

-~~---l<br />

Note na Equação 1 que, se P for pequeno comparado com K, então P/K é próximo de O,<br />

e dessa forma dP/dt = kP. Contudo, se P -o- K (a população aproxima sua capacidade de<br />

suporte), então P/K-> I, assim dP/dt _,.O. Podemos deduzir informações sobre quando<br />

as soluções aumentam ou diminuem diretamente da Equação 1. Se a população P estiver<br />

entre O e K, então o lado direito da equação é positivo, desse modo dP/dt >O e a população<br />

aumenta. Mas se a população exceder a capacidade de suporte (P > K), daí<br />

l - P/K é negativo, portanto dP/dt


620 o CÁLCULO Editora Tilomson<br />

Campos de Direções<br />

Vamos começar nossa análise mais detalhada da equação diferencial logística olhando para<br />

um campo de direções.<br />

EXEMPlO 1 0 Desenhe um campo de direções para a equação logística com k = 0,08 e<br />

capacidade de suporte K = 1.000. O que você pode deduzir sobre as soluções<br />

SOLUÇÃO Nesse caso a equação diferencial logística é<br />

FIGURA 1<br />

Campo de direções para a equação<br />

logística no Exemplo 1<br />

dP = 0,08(1- _P_)<br />

dt !.000<br />

Um campo de direções para essa equação é mostrado na Figura L Mostramos apenas<br />

o primeiro quadrante porque as populações negativas não têm significado e estamos<br />

interessados apenas no que acontece depois de t = O.<br />

Pj<br />

1400+<br />

1.20Di<br />

l.OO~ ~ ~ ~ -..._ ~ ~ ~..___ ~<br />

--t- -------- -------- -------- ~ ~--- -------- ----<br />

soof ..---- ; ...--- _.--- / ...---· /<br />

6001 /<br />

),/ ////<br />

-J / ~ / ~ ~ ~ / ~<br />

2~ / / / / / / / /<br />

~- ~ -------- ~ ~ ~ -------- ~ ~<br />

oi 20 40 60 sot<br />

I<br />

--~-~~-----+-----4~------+---~·-<br />

A equação logística é aUlônoma (dP/ dt depende apenas de P, não de t); assim, as<br />

inclinações são as mesmas ao longo de qualquer reta horizontal. Como esperado,<br />

as inclinações são positivas para O < P < 1.000 e negativas para P > 1.000.<br />

As inclinações são pequenas quando P está próximo de O ou 1.000 (a capacidade de<br />

suporte). Observe que as soluções se distanciam da solução de equilíbrio P = O e se<br />

aproximam da solução de equilíbrio P = 1.000.<br />

Na Figura 2 usamos o campo de direções para esboçar as curvas-solução com<br />

populações iniciais P(O) = 100, P(O) = 400 e P(O) = 1.300. Note que as curvas~<br />

solução abaixo de P = 1.000 estão aumentando, e aquelas que começam acima de<br />

P = 1.000 estão diminuindo. As inclinações são maiores quando P = 500, portanto as<br />

curvas-solução que começam abaixo de P = 1000 têm pontos de inflexão quando<br />

P = 500. De fato, podemos provar que todas as curvas-solução que começam abaixo de<br />

P = 500 têm um ponto de inflexão quando Pé exatamente 500 (veja o Exercício 9).<br />

FIGURA 2<br />

Curvas-solução para a equação<br />

logística no Exemplo 1


James Stewart CAPÍTULO 9 EQUAÇÕES DIFERENCihiS 621<br />

Método de Euler<br />

A seguir usaremos o método de Euler para obter estimativas numéricas para as soluções<br />

da equação diferencial logística em tempos específicos.<br />

EXEMPLO 2 e; Use o método de Euler com passos 20, 10, 5, I e O, I para estimar os<br />

tamanhos da população P(40) e (80), onde Pé a solução do problema de valor inicíal<br />

dP ( P )<br />

dt = 0,0 8 P I - LOOO P(O) = 100<br />

SOLUÇÃO Com o passo de tamanho h = 20, t 0 = O, P 0 =<br />

F(t, P) = 0,08( 1 -<br />

obtemos, utilizando a notação da Seção 9 .2,<br />

P, = 100 + 20F(O, 100) = 244<br />

L~OO)<br />

P, = 244 + 20F(20, 244) = 539,14<br />

100 e<br />

P, = 539,14 + 20F(40, 539,14) = 936,69<br />

P, = 936,69 + 20F(60, 936,69) = L031,57<br />

Então, nossas estimativas para os tamanhos da população nos tempos t = 40 e t = 80 são<br />

P(40) = 539<br />

P(80) = L032<br />

Para os passos de tamanhos menores, precisamos programar uma calculadora ou um<br />

computador. A tabela fornece os resultados.<br />

Passo<br />

I Esr1manva de Euler para PJ40; I E


622 u CÁlCUlO Editora Thomson<br />

A Solução Analítica<br />

A equação logística (1) é separável e podemos resolvê-la explicitamente usando o método<br />

da Seção 9.3. Como<br />

temos<br />

f<br />

dP ~ kP(! - !:'_)<br />

dt<br />

K<br />

dP<br />

P(! - P/K)<br />

Para avaliar a integral no lado esquerdo, escrevemos<br />

•<br />

~ kdt<br />

K<br />

P(! - P/K) P(K- P)<br />

Usando frações parciais (veja a Seção 7.4, no Volume I) temos,<br />

K I I<br />

-::Pc;c(K0"-_-:Pc-) ~ P + -K---p<br />

Isso nos permite reescrever a Equação 2:<br />

•(J I ) ..<br />

p K- p ,<br />

J<br />

-+-- dP~ jkdt<br />

In IPI- ln IK- Pl ~ kt +C<br />

j<br />

K-P<br />

---=Ae-kr<br />

p<br />

onde A~ ±e-e. Resolvendo a Equação 3 para P, obtemos<br />

K<br />

-- 1 =Ae-kl<br />

p<br />

p<br />

K<br />

I+<br />

assim<br />

K<br />

P~l+Ae''<br />

Encontramos o valor de A colocando t =O na Equação 3. Se t ~ O, então P ~ Po (a po·<br />

pulação inicial); portanto,<br />

K- Po ~Ae' ~A<br />

Po


James Stewart CAPÍTUlO 9 EOUAÇÓES DiFERENCiAIS 623<br />

Então, a solução para a equação logística é<br />

K<br />

P( t) ~ - 1 -+_:.:_~ onde K- Po<br />

A~<br />

Po<br />

Usando a expressão para P(t) na Equação 4, vemos que<br />

que é esperado.<br />

!im P(t) ~ K<br />

t-C,;.c;<br />

EXEMPLO 3 c~-<br />

Escreva a solução para o problema de valor inicial<br />

dt<br />

dP<br />

~<br />

( P )<br />

0,08P 1 - l.OOO P(O) ~ 100<br />

e use-a para encontrar os tamanhos da população P(40) e P(80). Quando a população<br />

alcançará 900<br />

SOLUÇÃO A equação diferencial é uma equação logística com k = 0,08, capacidade de<br />

suporte K = 1.000 e população inicial Po ~ 100. Assim, a Equação 4 fornece a<br />

população no tempo t como<br />

_.:.:,1.,:::00:::0~<br />

P(l) ~ 1 + Ae ~o.os,<br />

1.000 - 100<br />

ondeA= ~9<br />

100<br />

Então<br />

1.000<br />

P(l) ~ 1 + 9e o.os,<br />

:::: Compare esses valores com as<br />

estimativas de Euler do Exemplo 2:<br />

(40) ~ 731 (80) ~ 985<br />

Assim, o.s tamanhos da população quando 1 = 40 e 80 são<br />

P(40) ~ --' 1 000 :.c:· c::. -=-= = 73l.6 P(SO) ~<br />

1 +<br />

1.000<br />

64<br />

1 + 9 e ·<br />

= 985,3<br />

A população alcançará 900 quando<br />

1.000<br />

-=:::__~ = 900<br />

+ 9<br />

e~o,os1<br />

c-J Compare a curva soluçáo na Figura 4<br />

com a curva solução mais baixa que<br />

desenhamos no campo de direções na<br />

Figura 2.<br />

Resolvendo essa equação para t, temos<br />

+ 9e ~o,osr = ~<br />

1<br />

e~o,ost<br />

= J_<br />

81<br />

-0,081 = In i\ = -In 81<br />

o<br />

FiGURA 4<br />

p !.000<br />

- 1<br />

+ 9 e-o.os1<br />

80<br />

In 81<br />

t ~ 0,08 = 54,9<br />

Dessa forma, a população atinge 900 quando 1 é aproximadamente 55. Como uma<br />

verificação de nosso trabalho, plotamos a curva-população na Figura 4 e observamos<br />

onde ela intercepta a reta P = 900. O cursor indica que t = 55.


~<br />

624 c; CÁLCULO Editora Thnrnson<br />

Comparação do Crescimento Natural com os Modelos Logísticos<br />

Nos anos 1930, o biólogo G. F. Gause conduziu um experimento com o protozoário<br />

Paramécio e usou urna equação logística para modelar seus dados. A tabela fornece suas<br />

contagens diárias da população de protozoários. Ele estimou a taxa relativa de crescimento<br />

inicial como 0,7944 e a capacidade de suporte como 64.<br />

EXEMPLO 4 Encontre os modelos exponencial e logístico para os dados de Gause.<br />

Compare os valores previstos com os valores observados e comente o ajuste.<br />

SOLUÇÃO Dadas a taxa de crescimento relativo k = 0,7944 e a população inicial Po = 2, o<br />

modelo exponencial é<br />

Gause usou o mesmo valor de k para seu modelo logístico. [Isso é razoável porque<br />

P 0 = 2 é pequeno comparado com a capacidade de suporte (K = 64). A equação<br />

--- IdPl =k (]-- 2) =k<br />

Po dt ,~o 64<br />

mostra que o valor de k para o modelo logístico é muito próximo do valor para o modelo<br />

exponenciaL]<br />

Então a solução da equação logística na Equação 4 fornece<br />

P(t) =<br />

K<br />

1 + Ae ''<br />

64<br />

+ Ae o.7944t<br />

onde<br />

A<br />

K- Po<br />

Po<br />

64 ~.c__-.:::_2<br />

- = 31<br />

2<br />

Assim<br />

64<br />

P(t) = 1 + 3le ·0.7944<<br />

Usamos essas equações para calcular os valores previstos (arredondados para o inteiro<br />

mais próximo) e os comparamos na tabela.<br />

t (dias)<br />

.<br />

I<br />

I<br />

o I I<br />

P (observados) I 2 !i 3<br />

I<br />

-------·------~<br />

P (modelo logistico) j 2 I 4<br />

F (modelo ;xpon-~ncial~l I 2 ~~-4<br />

I<br />

I 2 I 3 i 4 5 6 7 8 9 I 10 l1 i2 í3 14 15 16<br />

22 ! J 6 i 39 52 54 47 50 76 69 51 57 70 53 59 57<br />

9 l7 28<br />

I<br />

40 51 57 61 62 63 64 64 64 64 64 64<br />

w I 22 48 106 I I i<br />

I<br />

Notamos na tabela e no gráfico da Figura 5 que, para os primeiros três ou quatro dias,<br />

o modelo exponencial fornece resultados comparáveis àqueles do método logístico mais<br />

sofisticado. Para t ~ 5, contudo, o modelo exponencial é muito impreciso, mas o modelo<br />

logístico se ajusta bem às observações.


James Stewart CAPÍTUlO 9 EQUAÇÕES DIFERENC!i'\IS c_; 625<br />

FIGURA 5<br />

Os modelos exponencial e logístico<br />

para os dados do Paramécio<br />

Outros Modelos para o Crescimento Populacional<br />

A Lei do Crescimento Natural e a equação diferencial logística não são as únicas equações<br />

propostas para modelar o crescimento populacionaL No Exercício 14 veremos a função<br />

crescimento de Gompertz e nos Exercícios 15 e 16 investigaremos os modelos de crescimento<br />

sazonal.<br />

Dois dos outros modelos são modificações do modelo logístico. A equação diferencial<br />

dP = kP(l - !_) -c<br />

dt<br />

K<br />

tem sido usada para modelar as populações que estão sujeitas à "colheita" de urna maneira<br />

ou de outra. (Pense em uma população de peixes sendo capturada a uma taxa constante.)<br />

Essa equação é explorada nos Exercícios 11 e 12.<br />

Para algumas espécies existe um nível rrúnimo populacional m abaixo do qual as espécies<br />

tendem a se extinguir. (Os adultos podem não encontrar pares adequados.) Essas populações<br />

têm sido modeladas pela equação diferencial<br />

~ = kP( 1 - : )( 1 - ; )<br />

onde o fator extra, 1 - m/P, leva em conta as conseqüências de uma população esparsa<br />

(veja o Exercício 13).<br />

Exercícios<br />

f%lJ$ Suponha que uma população se desenvolva de acordo com a<br />

equação logística<br />

dP ~ 0,05P - 0,0005 2<br />

dt<br />

onde t é medido em semanas.<br />

(a) Qual é a capacidade de suporte Qual é o valor de k<br />

(b) Um campo de direções para essa equação é mostrado à<br />

direita. Onde as inclinações estão próximas de O Onde<br />

elas são maiores Quais soluções são crescentes Quais<br />

soluções são decrescentes<br />

(c) Use o campo de direções para esboçar as soluções para as<br />

populações iniciais de 20, 40, 60, 80, 120 e 140. O que essas<br />

Pt<br />

l50t<br />

lOOi<br />

sot<br />

1<br />

oi<br />

I<br />

'<br />

' ' ' '<br />

' ' ' ' ' ' ' '<br />

20<br />

' ' ' ' ' ' '<br />

' ' ' ' ' ' '<br />

' ' ' ' ' ' '<br />

40 60<br />

I


626 L-' CÁLCUlO Editora Thomson<br />

soluções têm em comum Como elas diferem'<br />

Quais soluções têm pontos de intlex.ão A que nívd<br />

populacional elas ocorrem<br />

(d) Quais são as soluções de equilíbrio Como as outras<br />

soluções estão relacionadas a essas soluções<br />

2. Suponha que uma população cresça de acordo com o modelo<br />

logístico com capacidade de suporte 6.000 e k:::;; 0,0015 por ano.<br />

(a) Escreva a equação diferencial logística para esses dados.<br />

(b) Desenhe um campo de direções (ou à mão ou com um<br />

sistema algébrico computacional). O que ele lhe diz sobre<br />

as curvas-solução<br />

(c) Use o campo de direções para esboçar as curvas-solução<br />

para as populações iniciais de 1.000, 2.000, 4.000 e 8.000.<br />

O que você pode dizer sobre a concavidade dessas curvas<br />

Qual o significado dos pontos de inflexão<br />

(d) Programe uma calculadora ou um computador para usar o<br />

método de Euler com passo h = l para estimar a população<br />

depois de 50 anos se a população inicial for 1.000.<br />

(e) Se a população inicial for 1 .000, escreva uma fórmula para a<br />

população depois de t anos. Use-a para calcular a população<br />

depois de 50 anos e compare com sua estimativa na parte (d).<br />

(f) Plote a solução da parte (e) e compare com a curvasolução<br />

que você esboçou na parte (c).<br />

,-,a. O cardume de atum do Pacífico foi modelado pela equação<br />

diferencial<br />

onde y(t) é a biomassa (massa total dos membros da<br />

população) em quilogramas no tempo t (medido em anos), a<br />

capacidade de suporte é estimada como K = 8 X 1 O 7 kg, e<br />

k = 0,71 por ano.<br />

(a) Se y(O) = 2 X 10' kg, calcule a biomassa um ano depois.<br />

(b) Quanto tempo levará para a biomassa alcançar 4 X 1 O<br />

7 kg<br />

4. A tabela fornece o número de células de levedura em uma<br />

cultura nova de laboratório.<br />

(a) Plote os dados e use o gráfico para estimar a capacidade de<br />

suporte para a população de levedura.<br />

(b) Use os dados para estimar a taxa de crescimento inicial<br />

relativo.<br />

(c) Encontre um modelo exponencial e um modelo logístico<br />

para esses dados.<br />

(d) Compare os valores previstos com os valores observados,<br />

na tabela e nos gráficos. Compare como seus modelos se<br />

ajustam aos dados.<br />

(e) Utilize seu modelo logístico para estimar o número de<br />

células de levedura depois de sele horas.<br />

5. A população mundial era cerca de 5,3 bilhões em 1990.<br />

A taxa de natalidade na década de 1990 variou entre 35 c 40<br />

milhões por ano, e a taxa de mortalidade variou entre 15<br />

e 20 milhões por ano. Vamos supor que a capacidade de<br />

suporte para a população mundial seja 100 bilhões.<br />

(a) Escreva uma equação diferencial logística para esses<br />

dados. (Como a população inicial é pequena comparada<br />

à capacidade de suporte, você pode tomar k como uma<br />

estimativa da taxa de crescimento relativo inicial.)<br />

(b) Utilize o modelo logístico para prever a população mundial<br />

em 2000 e compare a população real de 6,1 bilhões.<br />

(c) Use o modelo logístico para prever a população mundial<br />

nos anos 2100 e 2500.<br />

( d) Quais seriam as suas previsões se a capacidade de suporte<br />

fosse de 50 bilhões<br />

6. (a) Faça uma suposição para a capacidade de suporte da<br />

população dos Estados Unidos. Use-a, e também o fato de<br />

que a população era de 250 milhões em 1990, para fonnular<br />

um modelo logístico para a população norte-americana.<br />

(b) Determine o valor de k em seu modelo usando o fato de que<br />

a população norte-americana em 2000 era de 275 milhões.<br />

(c) Use seu modelo para prever a população dos Estados<br />

Unidos nos anos 2100 e 2200.<br />

(d) Utilize seu modelo para prever o ano no qual a população<br />

ultrapassará 300 milhões.<br />

Um modelo para a propagação de um boato é que a taxa de<br />

propagação é proporcional ao produto da fração y da<br />

população que ouviu o boato e a fração que não ouviu o boato.<br />

(a) Escreva uma equação diferencial que seja satisfeita por y.<br />

(b) Resolva a equação diferenciaL<br />

(c) Uma cidade pequena tem 1.000 habitantes. Às 8 horas<br />

80 pessoas tinham ouvido o boato. Ao meio-dia metade da<br />

cidade tinha ouvido o boato. A que horas 90% da<br />

população terá ouvido o boato<br />

8. Os biólogos colocaram em um lago 400 peixes e estimaram a<br />

capacidade de suporte (a população máxima de peixes daquela<br />

espécie no lago) como 10.000. O número de peixes triplicou<br />

no primeiro ano.<br />

(a) Presumindo que o tamanho da população de peixes<br />

satisfaça a equação logística, encontre uma expressão<br />

para o tamanho da população depois de t anos.<br />

(b) Quanto tempo levará para a população aumentar para<br />

5.000<br />

(a) Mostre que, se P satisfizer a equação logística (1), então<br />

(b) Deduza que a população cresce mais rapidamente quando<br />

ela atinge a metade de sua capacidade de suporte.


James Stewart CAPÍTULO 9 EQUAÇÕES DIFEREf'..lCLAiS U 627<br />

10. Para um valor fixo de K (digamos K = 10), a família de<br />

funções logísticas dada pela Equação 4 depende do valor<br />

inicial P 0 e da constante de proporcionalidade k. Plote vários<br />

membros dessa família. Como muda o gráfico quando P 0<br />

varia Como muda o gráfico quando k varia<br />

11. Vamos modificar a equação logística do Exemplo 1 como a<br />

seguir:<br />

dP ( P )<br />

-~0,08 !-~~ -15<br />

dt !.000<br />

(a) Suponha que P(t) represente uma população de peixes no<br />

tempo t, onde t é medido em semanas. Explíque o<br />

significado do termo-15.<br />

(b) Desenhe um campo de direções para essa equação diferenciaL<br />

(c) Quais são as soluções de equilíbrio<br />

(d) Use o campo de direções para esboçar várias curvassolução.<br />

Descreva o que acontece à população de peixes<br />

para várias populações iniciais.<br />

(e) Resolva essa equação diferencial explicitamente, usando<br />

frações parciais ou com um sistema algébrico<br />

computacionaL Use as populações iniciais de 200 e 300.<br />

Plote as soluções e compare com seus esboços na parte (d).<br />

12 Considere a equação diferencial<br />

;'i~;<br />

dP ~ 0,08(1 - ~p~)<br />

dt !.000<br />

-c<br />

como um modelo para uma população de peixes, onde t é<br />

medido em semanas e c é uma constante.<br />

(a) Use um CAS para desenhar campos de direções para<br />

diversos valores de c.<br />

(b) A partir dos campos de direções na parte (a), detennine os<br />

valores de c para os quais há pelo menos uma solução de<br />

equilíbrio. Para quais valores de c a população de peixes<br />

sempre desaparece<br />

(c) Use uma equação diferencial para provar o que você<br />

descobriu graficamente na parte (b).<br />

(d) Qual sua recomendação para o limite de pesca semanal<br />

para essa população de peixes<br />

Existe evidência considerável para apoiar a teoria de que, para<br />

algumas espécies, existe uma população núnima m de forma<br />

que as espécies se tornam extintas quando o tamanho da<br />

população cai abaixo de m. Essa condição pode ser incorporada<br />

à equação logística pela introdução do fator ( 1 -<br />

m/ P). Então o<br />

modelo logístico modificado é dado pela equação diferencial<br />

~ ~kP(!- ;)(1- ;)<br />

(a) Use a equação diferencial para mostrar que qualquer<br />

solução é crescente sem < P < K e decrescente se<br />

O< P


628 CÁLCULO Editora Thomson<br />

Lineares<br />

Uma equação diferencial linear de primeíra ordem é aquela que pode ser escrita na forma<br />

dy<br />

- + P(x)y ~ Q(x)<br />

dx<br />

onde P e Q são funções contínuas em um dado intervalo. Esse tipo de equação ocorre freqüentemente<br />

em vários ramos da ciência, corno veremos.<br />

Um exemplo de uma equação linear é ..\)7 1 + y = 2x porque, para x # O, esta pode ser<br />

escrita na forma<br />

' I 2<br />

y + -y ~<br />

X<br />

Note que essa equação diferencial não é separável, porque é impossível fatorar a expressão<br />

para y' como uma função de x vezes uma função de y. Mas ainda podemos resolver a<br />

equação notando que, pela Regra do Produto,<br />

e assim podemos escrever a equação como<br />

(xy)' ~ 2x<br />

Se integrannos ambos os lados dessa equação, obteremos<br />

X}'= x 2 + C<br />

ou<br />

c<br />

y~x +­<br />

X<br />

Se nos tivesse sido dada a equação diferencial na fonna da Equação 2, teríamos de fazer<br />

uma etapa preliminar multiplicando cada lado da equação por x.<br />

Decorre que toda equação diferencial linear de primeira ordem pode ser resolvida de<br />

uma maneira similar pela multiplicação de ambos os lados da Equação I por uma função<br />

adequada I(x) chamada fator integrante. Tentamos encontrar I de modo que o lado esquerdo<br />

da Equação I, quando multiplicado por I(x), toma-se a derivada do produto I(x)y:<br />

/(x)(y' + P(x)y) ~ (I(x)y)'<br />

Se pudermos encontrar tal função I, a Equação I ficará<br />

Integrando ambos os lados teríamos<br />

assim a solução seria<br />

(I(x)y)' ~ /(x)Q(x)<br />

l(x)y ~ r l(x)Q(x) dx + c<br />

y(x) ~ - 1 - [J- l(x)Q(x) dx + c]<br />

l(x)


James Stewart CAPÍTUlO 9 EQUAÇÕES DIFERE~KI.r\1~- 629<br />

Para encontrarmos esse I, expandimos a Equação 3 e cancelamos os termos:<br />

I(x)y' + I(x)P(x)y = (I(x)y)' = l'(x)y + i(x)y'<br />

I(x)P(x) = I'(x)<br />

Essa é uma equação separável para i, que resolvemos como a seguir:<br />

,• di .<br />

j- = j P(x) dx<br />

. I<br />

In li I= J P(x) dx<br />

I= Ae.l.f'lx)th<br />

onde A = :::!:: e c_ Estamos olhando para um fator "de integração particular. não o rnms<br />

comum; assim, tomamos A = 1 e usamos<br />

Então, a fórmula para a solução geral da Equação 1 é fornecida pela Equação 4, onde I é<br />

dado pela Equação 5. Em vez de memorizar essa fórmula, contudo, apenas lembramos a<br />

fonna do fator integrante.<br />

Para resolver a equação diferencial linear y' + P(x)y = Q(x), multiplique ambos<br />

os lados pelo fator integrante I(x) = eiPC•>d• e integre ambos os lados.<br />

l<br />

dy • •<br />

EXEMPlO l Q Resolva a equação diferencial dx + 3x"y = 6r.<br />

SOLUÇÃO A equação dada é linear porque ela tem a forma da Equação 1 com<br />

P(x) = 3x 2 e Q(x) = 6x 2 Um fator integrante é<br />

= A Figura 1 mostra os gráficos de<br />

vários membros da família de soluções<br />

no Exemplo 1. Note que todos eies se<br />

aproximam de 2 quando x- x.<br />

Multiplicando ambos os lados da equação diferencial por ex', obtemos<br />

6<br />

ou<br />

d ( ' ) ' ;<br />

- ex y = 6.x-e·'<br />

dx<br />

Integrando ambos os lados, temos<br />

FIGURA 1<br />

C=-2<br />

-3


630 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

EXEMPlO 2 ·~<br />

Encontre a solução para o problema de valor inicial<br />

x>O y(l) ~ 2<br />

SOLUÇÃO Devemos primeiro dividir ambos os lados pelo coeficiente de y' para colocar a<br />

equação diferencial na forma-padrão:<br />

1<br />

y' + -y<br />

X<br />

x>O<br />

O fator integrante é<br />

l(x) = C·l íl/.r)dx = elr. X<br />

= X<br />

A multiplicação de ambos os lados da Equação 6 por x fornece<br />

xy'<br />

I<br />

+ y=­ ou (xv) ' ~-<br />

1<br />

x<br />

. X<br />

A solução do problema de valor<br />

inicial no Exemplo 2 é mostrada na<br />

Figura 2.<br />

5<br />

Então<br />

e assim<br />

Como y(l) ~ 2, temos<br />

- 1<br />

xy ~ j-dx ~ lnx +C<br />

• X<br />

y=<br />

lnx +C<br />

X<br />

o L1 ~=======<br />

~~<br />

I<br />

FIGURA 2<br />

4<br />

·.:J Embora as soluções da equação<br />

diferencial no Exemplo 3 sejam<br />

expressas em termos de uma integral,<br />

elas ainda podem ser plotadas por<br />

um sistema aigébrico computacional<br />

(Figura 3).<br />

-2,5<br />

2,5<br />

Logo, a solução para o problema de valor inicial é<br />

EXEIIIIPUJ 3 c Resolva y' + 2xy ~ L<br />

y~<br />

lnx + 2<br />

SOLUÇÃO A equação dada está na forma-padrão para uma equação linear. Multiplicando<br />

pelo fator integrante<br />

obtemos<br />

ou<br />

Portanto<br />

'<br />

Lembre-se da Seção 7 .5, do Volume I, que r e' dx não pode ser expressa em termos de<br />

funções elementares. Apesar disso, é uma flinção perfeitamente boa e podemos deixar a<br />

resposta como<br />

X<br />

FIGURA3<br />

~2,5


James Stewart CAPÍTULO 9 EOU.AÇÓES DIFERENCIAiS 631<br />

Outra maneira de escrever a solução é<br />

(Qualquer número pode ser escolhido para o limite inferior de integração.)<br />

R<br />

interruptor<br />

L<br />

Aplicação a Circuitos Elétricos<br />

Na Seção 9.2 consideramos o circuito elétrico simples mostrado na Figura 4: urna força<br />

eletromotriz (geralmente uma pilha ou gerador) produz uma voltagem de E(t) volts (V) e<br />

uma corrente de l(t) amperes (A) em um tempo t. O circuito também contém um resistor<br />

com uma resistência de R ohms (fl) e um indutor com urna indutância de L henrics (H).<br />

A Lei de Ohm diz que a queda na voltagem devido ao resistor é RI. A queda de vol·<br />

tagem devido ao indutor é L(di/dt). Uma das Leis de Kirchhoff diz que a soma das quedas<br />

de voltagem é igual à voltagem fornecida E(t). Então temos<br />

FIGURA 4<br />

di<br />

L-+ RI~ E(t)<br />

dt<br />

que é urna equação diferencial linear de primeira ordem. A solução fornece a corrente 1 no<br />

tempo t.<br />

EXEMPlO 4 c: Suponha que no circuito simples da Figura 4 a resistência seja 12 í1 e a<br />

indutância seja 4 H. Se uma pilha fornecer urna voltagem constante de 60 V e o interruptor<br />

for fechado quando t ~ O, então a corrente começa com I( O) ~ O. Encontre (a) /(1), (b)<br />

a corrente depois de 1 se (c) o valor-limite da corrente.<br />

A equação diferencial no Exemplo 4<br />

é linear e separável; assim, um método<br />

alternativo é resolvê-la como uma<br />

equação separável {Exemplo 4 na<br />

Seção 9.3). Se trocarmos a pilha por<br />

um gerador, contudo, obteremos uma<br />

equação que é linear. mas náo é<br />

separável {Exemplo 5)_<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Se colocarmos L ~ 4, R ~ 12 e E(t) = 60 na Equação 7, obteremos o problema de<br />

valor ínicial<br />

ou<br />

di<br />

4- + 12!~ 60<br />

dt<br />

di<br />

- + 3I~ 15<br />

dt<br />

/(O) ~O<br />

I( O) ~o<br />

Multiplicando pelo fator integrante e.fJdr = e 3 ', obtemos<br />

3 di . 3<br />

e r- + 3e->'j = 15e r<br />

dt<br />

d<br />

- (e"I) ~ l5e 3 '<br />

dt<br />

e 3 'l ~ J J5e 3 'dt ~Se"+ C<br />

I(t) ~ 5 + Ce-"<br />

Como I(O) ~O, temos 5 + C~ O, assim C~ -5 e


632 L! CÁLCULO Editora Thomson<br />

::: .4 Figura 5 mostra corno a corrente<br />

no Exempio 4 se aprox1ma de seu<br />

va!or~iimite<br />

(b) Depois de um segundo a corrente é<br />

I( I) ~ S(l - e- 3 ) = 4,7S A<br />

6<br />

r"'5<br />

(c)<br />

lim I(t) ~ lim 5(1 - e- 3 ')<br />

t--->:.c<br />

r---·:.c<br />

= 5- 5lime- 31<br />

~5-o~s<br />

()<br />

FIGURA 5<br />

2,5<br />

EXEMPlO 5 ~=' Suponha que a resistência e a indutância permaneçam as mesmas como<br />

no Exemplo 4, mas, em vez de uma pilha, usaremos um gerador que produz uma<br />

voltagem variável de E(t) ~ 60 sen 30t volts. Encontre I(t).<br />

SOLUÇÃO Dessa vez a equação diferencial toma-se<br />

di<br />

4- + 12! ~ 60 sen 30t<br />

dt<br />

O mesmo fator de integração e 3 ' fornece<br />

ou<br />

di<br />

- + 3! ~ 15 sen 30t<br />

dt<br />

--~ A Figura 6 mostra o gráfico da<br />

corrente quando a pilha é trocada por<br />

um gerador.<br />

2<br />

d.) Jdl. J<br />

-(e 'I)~ e'-+ 3e"I ~!Se 'sen 30t<br />

dt<br />

dt<br />

Usando a Fórmula 98 da Tabela de Integrais, obtemos<br />

e3i<br />

e"I ~ f !Se'' sen 30t dt ~ 1S --(3 sen 30t -<br />

' 909<br />

30 cos 30t) + C<br />

I~ ,g;(sen 301- !Ocos 301) + Ce- 3 '<br />

Como I( O) ~O, temos<br />

-2<br />

FIGURA 6<br />

assim<br />

I(t) ~ ~;(sen 30t- !Ocos 30t) + f~e- 3 '<br />

Exercícios<br />

1-4 o Determine se a equação diferencial é linear. dy<br />

12. - dx = x sen 2x + )'to- x -n/2 < x < n/2<br />

o•<br />

t y' + e·'y = x2y2<br />

3. xy' + In x - x 2 y = O 4. y' + COS y = tg X<br />

5-14 CJ Resolva a equação diferencial.<br />

y' + 2y ~ 2e"<br />

7. xy' - 2y ~ x'<br />

xy'+y=Jx<br />

10. l + xy = xy'<br />

dy<br />

11. ~ + 2xy = x 2<br />

dx<br />

6. y' =X+ 5y<br />

du<br />

13. (l + t) - + u ~ I + t, t > O<br />

dt<br />

dr .<br />

14. t ln t- + r = te·<br />

dt<br />

15-20 c Resolva o problema de valor inicial.<br />

15. y' ~X + y, y(O) ~ 2<br />

dy •<br />

dt . , ,<br />

16. t- + 2v ~ t' t > O y(l) ~ O<br />

dv ,<br />

17. dt - 2tv ~ 3t'e'', v( O) ~ 5


James Stewart CAPÍTUlO 9 EQUAÇÕES DIFERENCIAiS 633<br />

18. 2xy' + y = 6x, x >O, y(4) = 20<br />

:'riS. xy' = y + x 2 sen x, y(7r) ~o<br />

20.<br />

dy y<br />

xdx ~~=x,<br />

y(l) ~ o.<br />

x>O<br />

Lí-2:2 ,::-:: Resolva a equação diferencial e use uma calculadora<br />

gráfica ou um computador para plotar vários membros da famí1ía<br />

de soluções. Como a curva-solução muda quando C varia<br />

21. X)' 1 + )' =X COS X, X > 0<br />

22. y' + (cos x)y = cos x<br />

23. Uma equação diferencial de Bernoulli [em homenagem a<br />

James Bemoul1i (1654-1705)] é da forma<br />

dv<br />

dx + P(x)y ~ Q(x)y"<br />

Observe que, se n = O ou 1, a equação de Bernoulli é linear.<br />

Para outros valores de n, mostre que a substituição u = y 1<br />

transforma a equação de Bernoulli na equação linear<br />

du + (l<br />

dx .<br />

- n)P(x)u ~ (1 - n)Q(x)<br />

24-26 u Use o método do Exercício 23 para resolver a equação<br />

diferencial.<br />

24. xy' + y = -xy 2 2 v'<br />

y' +~v=-·-<br />

x · x 2<br />

26. y' + y = xy 3<br />

27. No circuito apresentado na Figura 4, uma pilha fornece uma<br />

voltagem constante de 40 V, a indutância é 2 H, a resistência é<br />

lO í1 e /(O) ~O.<br />

(a) Encontre /(r).<br />

(b) Calcule a corrente após 0,1 s.<br />

28. No circuito mostrado na Figura 4, um gerador fornece uma<br />

voltagem de E(t) = 40 sen 60t volts, a indutância é 1 H, a<br />

resistência é 20 í1 e /(0) ~ 1 A.<br />

(a) Encontre l(t).<br />

(b) Calcule a corrente depois de 0,1 s.<br />

(c) Use um dispositivo gráfico para desenhar o gráfico da<br />

função corrente.<br />

29. A figura mostra um circuito contendo uma força eletromotriz,<br />

um capacitor com capacitância de C farads (F) e um resistor<br />

com uma resistência de R ohms (O). A queda de voltagem<br />

c<br />

através do capacitar é Q/C, onde Q é a carga (em coulombs);<br />

nesse caso, a Lei de Kirchhoff fornece<br />

Mas I= dQ/dt (veja o Exemplo 3 na Seção 3.3 no Volume 1).<br />

assim, temos<br />

dQ I<br />

R-+ -Q ~ E(t)<br />

dt<br />

c<br />

Suponha que a resistência seja 5 O e a capacitância, 0,05 F: a<br />

pilha forneça uma voltagem constante de 60 V e a carga ínicial<br />

seja Q(O) = O C. Encontre a carga e a corrente no tempo t.<br />

30. No circuito do Exercício 29, R ~ 2 O, C~ 0,01 F. Q(O) =O c<br />

E(t) = lO sen 60t. Calcule a carga e a corrente no tempo t.<br />

31. Seja P(t) o nível de-desempenho de alguém aprendendo uma<br />

habilidade como uma função do tempo de treinamento t. O<br />

gráfico de Pé chamado curva de aprendizagem. No Exercício<br />

13 na Seção 9.1 propusemos a equação diferencial<br />

dP<br />

- ~ k[M- P(t)]<br />

dt<br />

como um modelo razoável para a aprendizagem, onde k é uma<br />

constante positiva. Resolva essa equação diferencial linear e<br />

use sua solução para plotar a curva de aprendizagem.<br />

32. Dois novos trabalhadores foram contratados para uma linha de<br />

montagem. João processou 25 unidades durante a primeira<br />

hora e 45 unidades durante a segunda hora. Marcos processou<br />

35 unidades durante a primeira hora e 50 unidades na segunda<br />

hora. Usando o modelo do Exercício 31 e assumindo que<br />

P(O) = O, estime o número máximo de unidades por hora que<br />

cada trabalhador é capaz de processar.<br />

~~, Na Seção 9.3 olhamos para os problemas de misturas nos quais<br />

o volume de fluido permanecia constante e vimos que estes<br />

fornecem equações separáveis (veja o Exemplo 6 naquela<br />

seção). Se as taxas de entrada e de saída do sistema<br />

forem diferentes, então o volume não é constante e a equação<br />

diferencial resultante é linear, mas não separáveL<br />

Um tanque contém 100 L de água. Uma solução com uma<br />

concentração de sal de 0,4 kg/L é adicionada a uma taxa de<br />

5 Umin. A solução é mantida misturada e é retirada do tanque<br />

a uma taxa de 3 Umin. Se y(t) for a quantidade de sal<br />

(em quilogramas) depois de t Illinutos, mostre que y satisfaz<br />

a equação diferencial<br />

dy ~ 2 -<br />

dt<br />

='c-::-­<br />

100 + 2t<br />

Resolva essa equação e calcule a concentração depois de<br />

20 minutos.<br />

34. Um tanque com capacidade de 400 L está cheio com uma<br />

mistura de água e cloro com uma concentração de 0,05 g de<br />

cloro por litro. Para reduzir a concentração de cloro, água doce


634 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

é bombeada no tanque a uma taxa de 4 L/s. A mistura é agitada<br />

e é retirada a uma taxa de 1 O L/s. Calcule a quantidade de<br />

cloro no tanque em função do tempo.<br />

35. Um objeto com massa m é derrubado a pat1ir do repouso e<br />

presumimos que a resistência do ar seja proporcional à<br />

velocidade do objeto. Se s(t) for a distância percorrida depois<br />

de t segundos, então a velocidade é v = s'(t) e a aceleração é<br />

a = v'(t). Se g for a aceleração da gravidade, então a força para<br />

baixo no objeto é mg - cv, onde c é uma constante positiva, e<br />

a Segunda Lei de Newton fornece<br />

dv<br />

m-=mg-cv<br />

dt<br />

(a) Resolva essa equação linear para mostrar que<br />

mg.<br />

v~~(lc<br />

(b) Qual é a velocidade-limite<br />

(c) Calcule a distância que o objeto caiu depois de 1 segundos.<br />

36. Se ignoram10s a resistência do ar, poderemos concluir que<br />

os objetos mais pesados não caem mais rápido que objetos<br />

mais leves. Mas, se considerannos a resistência do ar, nossa<br />

conclusão muda. Use a expressão para a velocidade de queda<br />

de um objeto no Exercício 35(a) para calcular dvjdm c<br />

mostrar que os objetos mais pesados caem mais rápido<br />

que os mais leves.<br />

Sistemas Predador-Presa<br />

·~~~~~~~~~~~~~~~~<br />

W represenm os píedadores.<br />

R representa as presas.<br />

Temos olhado uma variedade de modelos para o crescimento de uma única espécie que vive<br />

sozinha em um ambiente. Nesta seção consideraremos os modelos mais realistas,<br />

que levam em consideração a interação de duas espécies no mesmo ambiente. Veremos que<br />

esses modelos tornam a forma de um par de equações diferenciais acopladas.<br />

Primeiro consideraremos a situação na qual uma espécie, chamada presa, tem um<br />

amplo suprimento alimentar e a segunda espécie, denominada predador, se alimenta da<br />

presa. Exemplos de presa e predador incluem coelhos e lobos em uma floresta isolada,<br />

peixes e tubarões, pulgões e joaninhas e bactérias e amebas. Nosso modelo terá duas variáveis<br />

dependentes e ambas serão funções do tempo. Seja R(t) o número de presas (usando<br />

R para coelhos) e W(t) o número de predadores (com W para lobos) no tempo t.<br />

Na ausência de predadores, o amplo suprimento de alimentos suportaria o crescimento<br />

exponencial de presas, isto é,<br />

dR<br />

-~kR<br />

dt<br />

onde k é uma constante positiva<br />

Na ausência de presas, assumimos que a população de predadores declinaria a uma taxa<br />

proporcional a ela mesma, isto é,<br />

dW<br />

--~ -rW<br />

dt<br />

onde r é uma constante positiva<br />

Com ambas as espécies presentes, contudo, pressupomos que a causa principal de morte<br />

entre as presas seja a de serem comidas por predadores, e as taxas de natalidade e sobrevivência<br />

dos predadores dependam da disponibilidade de comida, a saber, as presas.<br />

Também presumimos que as duas espécies se encontrem a uma taxa que é proporcional a<br />

ambas as populações e é, portanto, proporcional ao produto RW. (Quanto maior for qualquer<br />

uma das populações, maior é a chance do encontro.) Um sistema de duas equações<br />

diferenciais que incorporam essas premissas é mostrado a seguir:<br />

dR<br />

-~kR -aRW<br />

dt<br />

dW<br />

-= -rW+ bRW<br />

dt<br />

onde k, r, a e b são constantes positivas. Note que o termo -aRW diminui a taxa natural<br />

de crescimento das presas e o termo bRW aumenta a taxa de crescimento natural dos<br />

predadores.


James Stewart CAPÍTUlO 9 EOU/\ÇÕES DiFEREl'JCI/\iS 635<br />

-~ /\s equações de Lotka-Voiterra foram<br />

propostas como um modelo para<br />

explicar as variações de tubarões e<br />

peixes no mar Adriático pelo<br />

matemático italiano Vito Vo!terra<br />

(1860-1940)<br />

As equações em (l) são conhecidas como equações predador-presa, ou equações de<br />

Lotka-Volterra. Uma solução desse sistema de equações é um par de funções R(t) e W{f).<br />

que descrevem as populações de presas e predadores como funções do tempo. Como o sistema<br />

é acoplado (R e W ocorrem em ambas as equações), não podemos resolver uma<br />

equação e depois a outra: temos de resolvê-las de maneira simultânea, Infelizmente,<br />

porém, em geral é impossível encontrar fórmulas explícitas para R e W como funções de<br />

t. Podemos, contudo, usar métodos gráficos para analisar as equações.<br />

EXEMPLO 1 :___<br />

Suponha que as populações de coelhos e lobos sejam descritas pelas<br />

equações de Lotka-Volterra (l) com k = 0,08, a= 0,001, r= 0,02 e b = 0,00002.<br />

O tempo t é medido em meses,<br />

(a) Encontre as soluções constantes (chamadas soluções de equilíbrio) e interprete a<br />

resposta,<br />

(b) Use o sistema de equações diferenciais para encontrar uma expressão para dW/dR.<br />

(c) Desenhe um campo de direções para a equação diferencial resultante no plano RW,<br />

Então use o campo de direções para esboçar algumas curvas-solução.<br />

(d) Suponha que, em algum ponto no tempo, existam l.OOO coelhos e 40 lobos. Desenhe<br />

a curva-solução correspondente e use-a para descrever as mudanças em ambos os níveis<br />

de população.<br />

(e) Use a parte (d) para fazer esboços de R e W como funções de 1.<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Com os valores dados de k, a, r e h, as equações de Lotka-Volterra se tornam<br />

dR ~ 0,08R - O,OOlRW<br />

dt<br />

dW ~ -0,02W + 0,00002RW<br />

dt<br />

Tanto R como W serão constantes se ambas as derivadas forem O, isto é,<br />

R' ~ R(0,08 - 0,001 W) ~O<br />

W' ~ W( -0,02 + 0,00002R) ~ O<br />

Uma solução é dada por R= O e W =O, (Isso faz sentido: se não existirem coelhos ou<br />

lobos, as populações não vão aumentar.) A outra solução constante é<br />

0,08<br />

w~--~8o<br />

O,OOl<br />

0,02<br />

R~ ~ 1000<br />

0,00002<br />

Assim as populações de equilíbrio consistem em 80 lobos e 1.000 coelhos, Isso significa<br />

que l.OOO coelhos são suficientes para sustentar uma população constante de 80 lobos.<br />

Não existem muitos lobos (o que resultaria em menos coelhos) nem poucos lobos (o que<br />

resultaria em mais coelhos).<br />

(b) Usamos a Regra da Cadeia para eliminar 1:<br />

assim<br />

dW<br />

dR<br />

dW dW dR<br />

dt dR dt<br />

dW<br />

dt -0,02W + 0,00002RW<br />

dR 0,08R - O,OOlRW<br />

dt


636 o CÁLCUlO Editora Thomson<br />

(c) Se pensarmos em VV como uma função de R, teremos a equação diferencial<br />

dW<br />

dR<br />

-0,02W + 0,00002RW<br />

O,OSR - O,OO!RW<br />

Desenhamos o campo de direções para essa equação diferencial na Figura l e o usamos<br />

para esboçar várias curvas-solução na Figura 2. Se nos movermos ao longo de uma<br />

curva-solução, veremos como o relacionamento entre R e W muda com o passar do<br />

tempo. Observe que as curvas parecem estar fechadas no sentido de que, se viajamos ao<br />

longo de uma curva, sempre retornamos ao mesmo ponto. Note também que o ponto<br />

(1.000, 80) está dentro de todas as curvas solução. Esse ponto é denominado ponto de<br />

equilíbrio, porque corresponde à solução de equilíbrio R ~ 1.000, W ~ 80.<br />

w<br />

w;<br />

!50<br />

100<br />

50<br />

o<br />

-~-----~--{<br />

~///// //<br />

I<br />

o<br />

I ·~<br />

"'>O "-2--- -~~---<br />

' ' ,<br />

!.000 2.000 3.000 R OI<br />

I<br />

1.000 2.000 3.000 R<br />

FIGURA 1 Campo de direções para o sistema predador-presa FIGURA 2 Retrato de fase do sistema<br />

Quando representamos as soluções de um sistema de equações diferenciais como na<br />

Figura 2, referimo-nos ao plano RW como o plano de fase e chamamos as curvassolução<br />

de trajetórias de fase. Assim, uma trajetória de fase é um caminho traçado<br />

pelas soluções (R, W) com o passar do tempo. Um retrato de fase consiste em pontos de<br />

equilíbrio e trajetórias de fase típicas, como mostrado na Figura 2.<br />

(d) Começar com 1.000 coelhos e 40 lobos corresponde a desenhar a cUIVa-solução no<br />

ponto Po(l.OOO, 40). A Figura 3 mostra essa trajetória de fase com o campo de direções<br />

removido. Começando no ponto Po no tempo t =O e deixando t aumentar, movemo-nos no<br />

sentido horário ou no anti-horário ao redor da trajetória de fase Se colocarmos R ~ 1.000 e<br />

Wj<br />

!40+<br />

120+<br />

~~~\<br />

/<br />

~~<br />

}P.<br />

o (1.000, 40)<br />

FIGURA3<br />

Trajetória de fase em (1.000, 40)<br />

' 500<br />

1.000 1.500<br />

2.000 2.500 3.000 R


James Stewart CAPÍTULO 9 EOUAÇÓES DiFERENCiAIS ;·-: 637<br />

W = 40 na primeira equação diferencial, teremos<br />

dR ~ 0,08(1.000) - 0,001(1.000)(40) ~ 80- 40 ~ 40<br />

dt<br />

Como dR/dt >O, concluímos que R está aumentando em P 0 e assim nos movemos no<br />

sentido anti-horário ao longo da trajetória de fase.<br />

Vemos que em P 0 não existem lobos suficientes para manter um equilíbrio entre as<br />

populações; dessa forma, a população de coelhos aumenta. Isso resulta em mais lobos e<br />

eventualmente existem tantos lobos que os coelhos têm dificuldade para evitá-los.<br />

Assim, o número de coelhos começa a declinar (em P 1 , onde estimamos que R atinja<br />

a população máxima ao redor de 2.800). Isso significa que algum tempo depois a<br />

população de lobos começa a cair (em 2 , onde R~ 1.000 e W = 140). Mas isso<br />

beneficia os coelhos; portanto, sua população depois começa a aumentar (em P3, onde<br />

W ~ 80 e R = 210). Como conseqüência, a população de lobos eventualmente começa a<br />

aumentar também. Isso acontece quando as populações retornam a seus<br />

valores iniciais de R = 1.000 e W = 40 e o ciclo inteiro começa novamente.<br />

(e) Da descrição na parte ( d) de como as populações de coelhos e lobos aumentam e<br />

diminuem, podemos esboçar os gráficos de R(t) e W(t). Suponha que os pontos P, P, e<br />

P 3 na Figura 3 sejam alcançados nos tempos t1, t2 e !3. Então podemos esboçar gráficos<br />

de R e W como na Figura 4.<br />

14:f<br />

120<br />

wot<br />

:t<br />

40 .<br />

~----// 20<br />

!.<br />

FIGURA4<br />

Gráficos das populações de<br />

coelhos e lobos como<br />

função do tempo<br />

o t, 1, !,<br />

Para tornar os gráficos mais fáceis de comparar, os desenhamos nos mesmos eixos,<br />

mas com escalas diferentes para R e W, como na Figura 5. Note que os coelhos atingem<br />

sua população máxima cerca de um quarto de ciclo antes dos lobos.<br />

FIGURA 5<br />

Comparação das populações<br />

de coelhos e lobos<br />

R;<br />

301 f\<br />

N':I;"'<br />

coelhos<br />

2.oootV· I .....···! ; ·...\<br />

Looof<br />

'<br />

w<br />

\ /<br />

r<br />

! \<br />

I<br />

I '~----// ~/ \'-_/1<br />

! :0<br />

80<br />

I<br />

I 40<br />

Número<br />

do<br />

tobos


638 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

Uma parte importante do processo de modelagem, corno discutimos na Seção 1.2, é<br />

interpretar nossas conclusões matemáticas como previsões do mundo real e testar as pre~<br />

visões com dados reais. A Hudson's Bay Company, que começou comerciando peles de<br />

animais no Canadá em 1670, manteve os dados a partir de 1840. A Figura 6 mostra gráficos<br />

do número de peles de coelho selvagem e seu predador~ o lince canadense, comerciado<br />

pela companhia em um período de 90 anos. Você pode ver que as oscilações acopladas<br />

na população de coelhos selvagens e linces, prevista pelo modelo de Lotka-Volterra, realmente<br />

ocorrem e o período desses ciclos é de aproximadamente dez anos.<br />

'"0 I<br />

I<br />

rw+<br />

Milhares de<br />

coelhos<br />

selvagem;<br />

80<br />

Milhares de<br />

linces<br />

FIGURA 6<br />

Relativa abundância de coelhos e linces<br />

dos registros da Hudson's Bay Company<br />

1850 1900 1925<br />

Embora o modelo relativamente simples de Lotka-Volterra tivesse algum sucesso em<br />

explicar e prever as populações acopladas, os modelos mais sofisticados também têm sido<br />

propostos. Uma maneira de modificar as equações de Lotka-Volterra é assumir que, na<br />

ausência de predadores, a presa cresce de acordo com um modelo logístico com capacidade<br />

de suporte K. Então as equações de Lotka-Volterra (I) são substituídas pelo sistema<br />

de equações diferenciais<br />

dW<br />

dR ~ kR(l - B_) - aRW -~ -rW+ bRW<br />

dt<br />

K<br />

dt<br />

Esse modelo é investigado nos Exercícios 9 e 1 O.<br />

Os modelos também têm sido propostos para descrever e prever níveis de população de<br />

duas espécies que competem pelos mesmos recursos ou cooperam por benefícios mútuos.<br />

Esses modelos serão explorados no Exercício 2.<br />

~:lftJ<br />

Exercícios<br />

1. Para cada sistema predador-presa, determine qual das<br />

variáveis, x ou y, representa a população de presas e qual<br />

representa a população de predadores. O crescimento das<br />

presas é restrito apenas pelos predadores ou por outros fatores<br />

também Os predadores se alimentam apenas das presas ou<br />

eles têm outras fontes de alimentação Explique.<br />

(a) dx ~ -0 05x + O,OOOíxy<br />

dt ,<br />

dv<br />

--"- ~ o I)• - o 005X)'<br />

dt ' '<br />

(b) dxd ~ 0.2x - 0,0002x 2 - 0,006xy<br />

t .<br />

dv<br />

--"- ~ -o Ol5v + 0,00008xy<br />

dt ' .<br />

2. Cada sistema de equações diferenciais é um modelo para duas<br />

espécies que competem pelas mesmas fontes ou cooperam por<br />

mútuo benefício (plantas em floração e insetos polinizadores,<br />

por exemplo). Decida qual sistema descreve a competição ou a<br />

cooperação e explique por que este é um modelo razoável.<br />

(Pergunte-se qual é o efeito que o aumento de uma das<br />

espécies tem na taxa de crescimento da outra.)<br />

dx<br />

(a) - ~ 0,12x - 0,0006x 2 + O,OOOOlxy<br />

dt<br />

dy<br />

dt ~ 0,08x + 0,00004xy<br />

(b) dx ~ O 15x - O 0002x 2 - O 0006xy•<br />

dt , ' '<br />

dy<br />

- ~ O 2y - O 00008y 2 - O 0002xv<br />

dt ' ' ' -


James Stewart CAPÍTULO 9 EQUAÇÓES DiFERENCIAIS 639<br />

3-4 ::: Urna trajetória de fase é mostmda para a.;; populações de<br />

coelhos (R) e raposas (F).<br />

(a) Descreva como cada população muda com o passar do tempo.<br />

(b) Use sua descrição para fazer um esboço grosseiro dos gráficos<br />

de R e F como funções do tempo.<br />

3.<br />

4.<br />

n !<br />

300 i<br />

~j<br />

i<br />

lOOt<br />

o<br />

!6:1<br />

!20f<br />

80<br />

40<br />

o[<br />

t= o<br />

400<br />

//"<br />

I<br />

I<br />

I<br />

I<br />

~<br />

I<br />

400<br />

~!<br />

800 1.200 1.600 2.000<br />

---~ {;::;::Ü<br />

I I I<br />

800 1.200 1.600<br />

5--S - Gráficos de populações de duas espécies são ilustrados.<br />

Use-os para esboçar a trajetória de fase correspondente.<br />

s; 20~!<br />

1<br />

100<br />

o<br />

espécies 1<br />

espécies 2<br />

R<br />

R<br />

6.<br />

.7.<br />

12~1/ //<br />

!.000 /<br />

800<br />

600<br />

400<br />

200<br />

--~----~~~----~--<br />

espécies 1<br />

espécies 2<br />

-+----c------+---....,·-~<br />

O 5 10 15 r<br />

No Exemplo l(b) mostramos que as populações de coelhos e<br />

lobos satisfazem a equação diferencial<br />

dW<br />

dR<br />

-0,02\V + 0,00002RW<br />

0,08R - O,OO!RW<br />

Resolvendo essa equação diferencial separável, mostre que<br />

Romwo.os<br />

onde C é uma constante.<br />

É impossível resolver essa equação para W como uma função<br />

explícita de R (ou vice-versa). Se você tiver um sistema algébrico<br />

computacional que plota curvas definidas implicitamente, use<br />

essa equação e seu CAS para desenhar a curva-solução que passa<br />

pelo ponto (LOOO, 40) e compare com a Figura 3.<br />

8. As populações de pulgões e joaninhas são modeladas pelas<br />

equações<br />

dA<br />

-~2A-00!AL<br />

dt<br />

'<br />

dL<br />

- ~ -OSL + OOOO!AL<br />

dt ' •<br />

(a) Calcule as soluções de equilíbrio e explique seu<br />

significado.<br />

(b) Encontre urna expressão para dL/dA.<br />

(c) O campo de direções para a equação diferencial na parte<br />

(b) é mostrado. Use-o para esboçar um retrato de fase.<br />

O que as trajetórias de fase têm em comum<br />

Lt<br />

400tl ,-'/ ___________________ _<br />

I<br />

I,;/.--------------.-.-.-. ....<br />

I I//.------------------<br />

1 I /-------------.-...--,--<br />

3oof: ;;::=::::::::::::::<br />

i ; _/<br />

I '<br />

/----------...----. ........... ,, ... ,, ...<br />

I I / - - - ...__ '- '-. ' ' ' ' ~ \ \ ' ' \<br />

200+ I I I I - < L I l f l I I I I I I l<br />

1001~~~~,~~-~\\=_/~j-~[_-<br />

----f-------+-------+--------t~<br />

o I 5.000 10.000 15.000 A


640 c CÁLCULO Editora Thomson<br />

(d) Suponha que no tempo t =O existam LOOO pulgões e 200<br />

joaninhas. Desenhe a trajetória de fase correspondente e<br />

use-a para descrever como as populações variam.<br />

(e) Use a parte (d) para fazer esboços das populações de<br />

pulgões e joaninhas como funções de t. Como os gráficos<br />

estão relacionados<br />

9. No Exemplo 1 usamos as equações de Lotka-Volterra para<br />

modelar as populações de coelhos e lobos. Vamos modificar<br />

aquelas equações como a seguir:<br />

dR ~ 0,08R(l -<br />

dt ,<br />

dW<br />

dt<br />

0,0002R) - O,OOJRW<br />

-0,02 W + 0,00002RW<br />

(a) De acordo com essas equações, o que acontece à<br />

população de coelhos na ausência dos lobos<br />

70 wl<br />

sofl<br />

60t<br />

,<br />

I<br />

-~~-/)<br />

:~ ,~~------r----r----r---~<br />

R<br />

600 800 ].000 1.200 1.400 1.600<br />

(b) Calcule as soluções de equilíbrio e explique seus<br />

signíficados.<br />

(c) A figura mostra a trajetória de fase que começa no ponto<br />

(1.000, 40). Descreva o que finalmente ocorre às<br />

populações de coelhos e lobos.<br />

(d) Esboce os gráficos das populações de coelhos e lobos<br />

como funções do tempo.<br />

10. No Exercício 8 modelamos populações de pulgões e joaninhas<br />

com um sistema Lotka-Volterra. Suponha que modifiquemos<br />

aquelas equações como a seguir:<br />

dA<br />

dt ~ 24(! - O,OOOJA) - O,OIAL<br />

dL<br />

dt ~ -0,5L + O,OOOJAL<br />

(a) Na ausência de joaninhas, o que o modelo prevê sobre os<br />

pulgões<br />

(b) Encontre as soluções de equilíbrio.<br />

(c) Encontre uma expressão para dL/dA.<br />

(d) Use um sistema algébrico computacional para desenhar um<br />

campo de direções para a equação diferencial na parte (c).<br />

Então use o campo de direções para esboçar um retrato de<br />

fase. O que as trajetórias de fase têm em comum<br />

(e) Suponha que no tempo t:: O existam 1.000 pulgões e 200<br />

joaninhas. Desenhe a trajetória de fase correspondente e<br />

useHa para descrever como ambas as populações variam.<br />

(f) Use a parte (e) para fazer esboços das populações de<br />

pulgões e de joaninhas como funções de t. Como os<br />

gráficos são relacionados<br />

Revisão<br />

VERIFICAÇÃO DE CONCEITOS<br />

1. (a) O que é uma equação diferencial<br />

(b) O que é a ordem de uma equação diferencial<br />

(c) O que é uma condição inicial<br />

2.. O que você pode dizer sobre as soluções da equação<br />

i = x 2 + y 2 apenas olhando para a equação diferencial<br />

3. O que é um campo de direções para a equação diferencial<br />

y' ~ F(x, y)<br />

4. Explique como o método de Euler funciona.<br />

5. O que é uma equação diferencial separável Como você a<br />

resolve<br />

6. O que é urna equação diferencial linear de primeira ordem<br />

Como você a resolve<br />

7. (a) Escreva uma equação diferencial que expresse a lei de<br />

crescimento natural. O que ela diz em termos da taxa<br />

de crescimento relativo<br />

(b) Sob quais circunstâncias este é um modelo apropriado para<br />

o crescimento populacional<br />

(c) Quais são as soluções dessa equação<br />

8. (a) Escreva a equação logística.<br />

(b) Sob quais circunstâncias este é um modelo apropriado para<br />

o crescimento populacional<br />

9. (a) Escreva equaç-ões de Lotka-Volterra para modelar<br />

populações de peixes (F) e tubarões (S).<br />

(b) O que essas equações dizem sobre cada população na<br />

ausência da outra


James Stewart CAPÍTUlO 9 EOUAÇÓES DIFERENCIA!$ 641<br />

TESTES FALSO-VERDADEIRO<br />

Determine se a afirmação é verdadeira ou falsa. Se for verdadeira, explique a<br />

razão. Se for falsa, explique a razão ou dê um contra-exemplo<br />

1. Todas as soluções da equação diferencial y' = -1 - y 4 são<br />

funções decrescentes.<br />

2. A função f(x) = (ln x)/x é uma solução da equação diferencial<br />

x 2 y' + xy =L<br />

3. A equação y' = x + y é separáveL<br />

4. A equação y' = 3y - 2x + 6xy - l é separável.<br />

5. A equação exy' = y é linear.<br />

6. A equação y' + xy = eY é linear.<br />

1. Se)' for a solução do problema de valor inicial<br />

emão lim,--+,y = 5.<br />

dy ( y)<br />

dt~ 2y l- 5 y(O) ~ 1<br />

1. (a) Um campo de direções para a equação diferencial<br />

y' = y(y - 2)(y - 4) é mostrado. Esboce os gráficos das<br />

soluções que satisfazem as condições iniciais dadas.<br />

(i) y(O) ~ -0,3 (ii) y(O) ~ l<br />

(iii) y(O) ~ 3 (iv) y(O) ~ 4,3<br />

(b) Se a condição inicial for y(O) = c, para quais valores de c<br />

lim,~"' y(t) é finito Quais são as soluções de equilíbrio<br />

EXERCÍCIOS<br />

2<br />

o<br />

/<br />

/ / /<br />

/ /<br />

/ /<br />

2. (a) Esboce um campo de direções para a equação diferencial<br />

_v' = x/y. Então use-o para esboçar as quatro soluções que<br />

satisfazem as condições iniciais y(O) = 1, y(O) = -1,<br />

y(2) ~ l e y(-2) ~ 1.<br />

(b) Verifique seu trabalho na parte (a) resolvendo a equação<br />

diferencial explicitamente. Que tipo de curva é cada<br />

cw-va-solução<br />

3. (a) Um campo de direções para a equação diferencial<br />

y' = x 2 - y 1 é mostrado. Esboce a solução do problema<br />

de valor inicial<br />

/<br />

/<br />

-3 -2 -'1 -0 { l 3 X<br />

/<br />

/<br />

'<br />

"'<br />

- /<br />

~<br />

/<br />

:'j<br />

'<br />

-2<br />

'<br />

'<br />

·3<br />

(b) Use o método de Euler com passo 0,1 para estimar y(0,3),<br />

onde y(x) é a solução do problema de valor inicial na parte<br />

(a). Compare com sua estimativa da parte (a).<br />

(c) Em que retas estão localizados os centros dos segmentos de<br />

reta horizontais do campo de direções da parte (a) O que<br />

acontece quando uma curva-solução intercepta essas retas<br />

4. (a) Use o método de Euler com passo 0,2 para estimar y(0,4),<br />

onde e y(x) é a solução do problema de valor inicial<br />

y' = 2xy 1<br />

y(O) ~ l<br />

(b) Repita a parte (a) com passo 0,1.<br />

(c) Encontre a solução exata da equação diferencial e<br />

compare com o valor em 0,4 com as aproximações nas<br />

partes (a) e (b).<br />

5-3 Resolva a equação diferencial.<br />

y(O) ~ l<br />

Use seu gráfico para estimar o valor de y(0,3).<br />

5. y' = xe~senx - y cos X<br />

1. (3y2 + 2y)y 1 = X COS X<br />

dx<br />

6. -=1-t+x-tx<br />

dt


642 L! CÁLCULO Editora Thomson<br />

f<br />

9-H Resolva o problema de \'alor iniciaL<br />

9. xyy' = In x, y(l) = 2<br />

10. 1 + x = 2xy_v', x >O, y(l) = -2<br />

11. y' + )' = ,/xe--'", y(O) = 3<br />

12. Resolva o problema de valor inicial 2yy' = xe-', y(O) = I e<br />

plote a solução.<br />

13-"14 Encontre as trajetórias ortogonais da família de curvas.<br />

13. kx' + r' ~ I<br />

k<br />

14. r~---.<br />

· 1 + x·<br />

15. Uma cultura de bactérias comq.·a com 1.000 bactérias, e a taxa<br />

de crescimento é proporcional ao número de bactérias. Depois<br />

de duas horas a população é 9.000. ·<br />

(a) Encontre uma expressão para o número de bactérias depois<br />

de t horas.<br />

(b) Calcule o número de bactérias depois de três horas.<br />

(c) Calcule a taxa de crescimento depois de três horas.<br />

(d) Quanto tempo leva para o número de bactérias dobrar<br />

16. Um isótopo de estrôncio, 90 Sr, Lem uma meia-vida de 25 anos.<br />

(a) Calcule a massa de 90 Sr que resta a partir de uma amostra<br />

de 18 mg depois de t anos.<br />

(h) Quanto tempo levalia para a massa decair para 2 mg<br />

17. Seja C(t) a concentração de um remédio na circulação<br />

sangüínea. À medida que o corpo elimina o remédio, C(t)<br />

diminui com uma taxa que é proporcional à quantidade de<br />

medicamento que está presente naquele momento. Então,<br />

C'(t) = -kC(t), onde k é um número positivo chamado<br />

constante de eliminação do remédio.<br />

(a) Se Co for a concentração no tempo t =O, encontre a<br />

concentração no tempo t.<br />

(b) Se o corpo eliminar metade do remédio em 30 horas,<br />

quanto tempo levará para eliminar 90% do medicamento<br />

18. (a) A população mundial era de 5,28 bilhões em 1990 e 6,07<br />

bilhões em 2000. Encontre um modelo exponencial para<br />

esses dados e use-o para prever a população mundial no<br />

ano 2020.<br />

(b) De acordo com o modelo na parte (a), quando a população<br />

mundial excederá 10 bilhões<br />

(c) Use os dados na parte (a) para encontrar um modelo<br />

logístico para a população. Assuma a capacidade de<br />

suporte de 100 bilhões. Então use o modelo logístico<br />

para prever a população em 2020. Compare sua<br />

previsão com o modelo exponencial.<br />

(d) De acordo com o modelo logístico, quando a população<br />

mundial excederá 10 bilhões Compare com suas previsões<br />

na parte (b ).<br />

19. O modelo de crescimento de Von Bertalanffy é usado para<br />

prever o comprimento li_t) de um peixe em um período de tempo.<br />

Se L.o for o maior comprimento para uma espécie. então a<br />

hipótese é que a taxa de crescimento no comprimento seja<br />

proporcional a Lx - L, o comprimento que ainda pode ser<br />

alcançado.<br />

(a) Fonnule e resolva uma equação diferencial para encontrar<br />

uma expressão para L(t).<br />

(b) Para o hadoque do Mar do Norte foi determinado que<br />

Lx = 53 em, L( O) = 10 em, e a constante de<br />

proporcionalidade é 0.2. Como é a expressão para L(t) com<br />

esses dados<br />

20. Um tanque contém I 00 L de água pura. A água salgada<br />

contendo O, 1 kg de sal por litro entra no tanque a uma taxa de<br />

lO Llmin. A solução é agitada e retirada do tanque na mesma<br />

taxa. Quanto sal pemmnece no tanque depois de seis minutos<br />

21. Um modelo para a propagação de uma epidemia é que a taxa<br />

de propagação é proporcional ao número de pessoas infectadas<br />

e ao número de pessoas não infectadas. Em uma cidade isolada<br />

de 5.000 habilantes, 160 pessoas têm uma doença no começo<br />

da semana e 1.200, no final da semana. Quanto tempo levará<br />

para 80% da população se contaminar<br />

22. A Lei de Brentano-Stevens em psicologia modela a maneira<br />

como um objeto de estudo reage a um estímulo. Ela estabelece<br />

que, se R representar a reação à quantidade de estímulo S,<br />

então as taxas relativas de aumento são proporcionais:<br />

ldR<br />

R dt<br />

kdS<br />

S dt<br />

onde k é uma constante positiva. Encontre R como uma<br />

função de S.<br />

23. O transporte de uma substância através de uma parede<br />

capilar na fisiologia pulmonar tem sido modelado pela<br />

equação diferencial<br />

---- dh R( --- h)<br />

dt<br />

v k + h<br />

onde h é a concentração de hormônio na corrente sangüínea, t<br />

é o tempo, R é a taxa máxima de transporte, V é o volume do<br />

capilar e k é a constante positiva que mede a afinidade entre os<br />

hormônios e as enzimas que auxiliam o processo. Resolva essa<br />

equação diferencial para encontrar uma relação entre h e t.<br />

24. As populações de pássaros e insetos são modeladas pelas<br />

equações<br />

dx<br />

- ~ 0,4x - 0.002xv<br />

dt .<br />

dv<br />

-d· ~ -0.2y + 0,000008xy<br />

t .<br />

(a) Quais das variáveis (x ou y) representa a população de<br />

pássaros e qual representa a população de insetos<br />

Explique.<br />

(b) Calcule as soluções de equilíbrio e explique seu<br />

significado.


James Stewart<br />

CAPÍTUlO 9 EQUAÇÕES DiFERENCiAIS<br />

(c)<br />

(d)<br />

Encontre uma expressão para d:v/ d-.:.<br />

O campo de direções para a equação diferencial na parte<br />

(c) é mostrado. Use-o para esboçar a trajetória de fase<br />

correspondente às populações iniciais de I 00 pássaros e<br />

40.000 insetos. Então use a trajetória de fase para<br />

descrever como ambas as populações variam.<br />

y<br />

400<br />

300<br />

200 +<br />

I<br />

I<br />

100<br />

o<br />

' /<br />

' ' -<br />

20.000<br />

-... ' '<br />

'-.. "-.. "'- "·<br />

"'""·"-'·"<br />

" " '-<br />

' ' "<br />

\ \ \<br />

-+----+-~<br />

40.000 60.000 X<br />

(e) Use a parte (d) para fazer esboços das populações de<br />

pássaros e insetos como funções do tempo. Como esses<br />

gráficos estão relacionados<br />

25. Suponha que o modelo do Exercício 24 seja trocado pelas<br />

equações<br />

dx<br />

- ~ 0,4x(l - 0,000005x) - 0,002xv<br />

dt ,<br />

dv<br />

~ ~ -0 2v +O 000008xy·<br />

dt ' , '<br />

(a) De acordo com essas equações, o que acontece à<br />

população de insetos na ausência dos pássaros<br />

(b) Encontre as soluções de equilíbrio e explique seu<br />

significado.<br />

(c) A figura mostra a trajetória de fase que começa com<br />

100 pássaros e 40.000 insetos. Descreva o que<br />

ocorre finalmente com as populações<br />

de pássaros e insetos.<br />

n<br />

260 ti<br />

240<br />

220<br />

200<br />

:::;t1<br />

140<br />

120<br />

!00<br />

~<br />

10.000 15.000 25.000 35.000 45.000 X<br />

(d) Esboce os gráficos das populações de pássaros e insetos<br />

como funções do tempo.<br />

26. Bárbara pesa 60 kg e está em uma dieta de 1600 calorias por<br />

dia, das quais 850 são usadas diretamente pelo metabolismo<br />

basal. Ela gasta cerca de 15 cal/kg/dia vezes seu peso fazendo<br />

exercícios. Se 1 kg de gordura tiver I 0.000 cal e assumirmos<br />

que a reserva de calorias na forma de gordura seja 100%<br />

eficiente, formule uma equação diferencial e resolva-a para<br />

encontrar o peso dela em função do tempo. O peso de Bárbara<br />

finalmente se aproxima de um peso de equilíbrio<br />

27. Quando um cabo flexível de densidade uniforme é suspenso<br />

entre dois pontos fixos e fica pendurado à mercê de seu<br />

próprio peso, a forma y = f(x) do cabo satisfaz uma equação<br />

diferencial do tipo<br />

~;, ~ k~l + (~)'<br />

onde k é urna constante positiva. Considere o cabo mostrado na<br />

figura.<br />

(a) Seja z = dy/dx na equação diferenciaL Resolva a equação<br />

diferencial de primeira ordem (em z) e depois integre para<br />

encontrar y.<br />

(b) Determine o comprimento do cabo.<br />

yl {-~~h)<br />

i{O.aJ<br />

I<br />

X


1. Encontre todas as funções f tal que f' é contínua e<br />

[f(x)]' ~ 100 + 1' {[J(r)f + [f'(t)l'} dt<br />

para todo x real.<br />

2. Um estudante esqueceu a Regra do Produto para a derivada e cometeu o erro de pensar que<br />

(fg)' =f' g'. Contudo, ele teve sorte e obteve a resposta certa. A função f que ele usou era<br />

j(x) = e'' C 0 ÓOmÍOÍO de SCU problema Cf3 0 ÍntervaJO n, X). Qual Cf3 3 funÇãO g<br />

3. Seja fuma função com a propriedade que f(O) ~ 1, f'( O)~ 1 e f(a + b) ~ f(a)f(b) para<br />

todos os números reais a e b. Mostre que J'(x) = f(x) para lodo x e deduza que f(x) = e-'.<br />

4. Encontre todas as funções f que satisfazem a equação<br />

(Jf(x)dx)(J f;x) dx) ~ -1<br />

5. Uma torta de pêssego é tirada do fomo à


aio de 200 pés. O transporte carrega 60.000rc pés 3 /h c o minério mantém um formato cônico<br />

cujo raio é 1,5 vez a sua altura.<br />

(a) Se, em um tempo t determinado, a pilha tiver 60 pés de altura, quanto tempo levará para<br />

ela alcançar o topo do sílo<br />

(b) A administração quer saber quanto espaço será reservado no chão do silo quando a pílha<br />

tiver 60 pés de altura. Quão rápido está crescendo a área do chão quando a pilha estiver a<br />

essa altura<br />

(c) Suponha que um carregador comece a remover o minério a uma taxa de 20.000n: pés 'íh<br />

quando a altura da pilha alcança 90 pés. Suponha também que a pilha contínue a manter<br />

seu formato. Quanto tempo levará para a pilha atingir o topo do silo nessas condições<br />

10. Ache a curva que passa através do ponto (3, 2) e tem a propriedade de que, se a reta tangente<br />

for desenhada em qualquer ponto P na curva, então a parte da reta tangente que está no<br />

primeiro quadrante é dividida em P.<br />

11. Lembre~se de que a reta normal a uma curva em um ponto P na curva é a reta que passa<br />

através de P e é perpendicular à reta tangente em P. Ache a curva que passa através do ponto<br />

(3, 2) e tem a propriedade de que, se a reta normal for desenhada em qualquer ponto na curva,<br />

cortará o eixo y no ponto 6.<br />

12. Encontre todas as curvas com a propriedade de que, se a reta normal for desenhada em<br />

qualquer ponto P na curva, então a parte da reta nonnal entre P e o eixo x é dividida em duas<br />

partes iguais pelo eixo y.<br />

645


10<br />

Equações<br />

Paramétricas e<br />

Coordenadas Polares<br />

As curvas paramétricas são<br />

usadas para representar letras<br />

e outros símbolos em<br />

impressoras a laser.<br />

Veja o Projeto de Laboratório<br />

na página 664


Até agora descrevemos as curvas p!anas, dando .Y como uma função de x [y = fíx)]<br />

ou x como uma função de y [x"" g(y)] ou fornecendo a relação entre x e y que<br />

define y implicitamente como uma função de x [j(x, y) ~ 0]. Neste capitulo<br />

discutiremos dois novos métodos para descrever as curvas.<br />

Algumas curvas, como a ciclóide, são mais bem manipuladas quando x e y<br />

são dados em termos de uma terceira variável t, chamada parâmetro<br />

[x ~ f(t), y ~ g(t)]. Outras curvas, como a cardióide, têm sua descrição mais<br />

conveniente quando usamos um novo sistema de coordenadas, denominado<br />

sístema de coordenadas polares.<br />

'I<br />

I<br />

'<br />

I<br />

r<br />

FIGURA 1<br />

c<br />

(x, y) = (f(t), g(t))<br />

10.1<br />

X<br />

Curvas Definidas por Equações Paramétricas<br />

Imagine que uma partícula se mova ao longo de uma curva C, como mostrado na Figura I.<br />

É impossível descrever C por uma equação do tipo y = J(x) porque C falha no Teste da<br />

Reta Vertical. Mas as coordenadas x e y da partícula são funções do tempo e, aSsim,<br />

podemos escrever x = f(t) e y = g(t). Esse par de equações é, muitas vezes, uma maneira<br />

conveniente de descrever uma curva e faz surgir a seguinte definição.<br />

Suponha que x e y sejam arnba~ dadas como funções de uma terceira variável t (denominada<br />

parâmetro) pelas equações<br />

X~ j(t) y ~ g(t)<br />

(chamadas equações paramétricas). Cada valor de t detennina um ponto (x, y), que<br />

podemos plotar em um plano coordenado. Quando t varia, o ponto (x, y) = (j(t), g(t)) varia<br />

e traça a curva C, que chamamos curva paramétrica. O parâmetro t não representa o<br />

tempo necessariamente e, de fato, poderíamos usar outra letra em vez de t para o parâmetro.<br />

Porém, em muitas aplicações das curvas paramétricas, t denota tempo e, portanto,<br />

podemos interpretar (x, y) = (f(t), g(t)) como a posição de uma partícula no tempo t.<br />

_ Esboce e identifique a curva definida pelas equações paramétricas<br />

SOLUÇÃO Cada valor de t fornece um ponto na curva, como mostrado na tabela. Por<br />

exemplo, se t = O, então x ~ O, y = 1 e assim o ponto correspondente é (O, 1). Na<br />

Figura 2 plotamos os pontos (x, y) detenninados por diversos valores do parâmetro e os<br />

unimos para produzir uma curva.<br />

Yt t= 4<br />

i<br />

I<br />

-r--<br />

t ~)-------'""" _____<br />

t= 2 ..•.<br />

t=l lo,!)<br />

t=O ~.. 8<br />

--'--"+-~·~--""..--+-~<br />

OI 1=-1 ~---•• X<br />

t=-2<br />

'<br />

FIGURA 2<br />

Uma partícula cuja posição é dada por equações paramétricas se move ao longo da<br />

curva na direção das setas quando t aumenta. Note que os pontos consecutivos marcados<br />

na curva aparecem em intervalos de tempo iguais, mas não a distâncias iguais. Isso<br />

ocorre porque a partícula desacelera e então acelera quando t aumenta.<br />

647


648 u CÁlCUlO Editora Thomson<br />

Parece que, a partir da Figura 2, a curva traçada pela partícula pode ser uma parábola. Isso<br />

pode ser confirmado pela eliminação do parâmetro t, como a seguir. Obtemos t = y - 1 a<br />

partir da segunda equação e substituímos na primeira equação. Isso fornece<br />

X = t 2 - 2t = (y - 1) 2 - 2(y - l) = y 2 - 4y + 3<br />

' 1<br />

i<br />

i<br />

(8. 5)<br />

'!


James Stewart CAPÍTULO H! EOUAÇOES P!\RAMÉTfiiC!\S E COORDENADAS POLA.HES 649<br />

FIGURA 7<br />

x= cost x cos! y=sen2t y=scn2t<br />

Aparelhos Gráficos<br />

A maioria das calculadoras gráficas e dos programas gráficos computacionais pode ser<br />

usada para plotar as curvas definidas por equações paramétricas. De fato, é instrutivo olhar<br />

uma curva paramétrica sendo desenhada por uma calculadora gráfica, porque os pontos são<br />

plotados na ordem em que os valores -do parâmetro correspondente aumentam.<br />

3<br />

Use um dispositivo gráfico para plotar a curva x y-* - 3y 2 •<br />

SOLUÇÃO Se fizermos o parâmetro ser t = y, então temos as equações<br />

y=t<br />

-3<br />

Usando essas equações paramétricas para plotar a curva, obtemos a Figura 8. Seria possível<br />

resolver a equação dada (x = y' - 3y 2 ) para y como quatro funções de x e plotá-las<br />

individualmente, mas as equações paramétricas fornecem um método muito mais fáciL<br />

FIGURA 8<br />

Em geral, se precisarmos plotar uma equação do tipo x = g(y), poderemos usar as<br />

equações paramétricas<br />

X= g(t) y=t<br />

Note também que curvas com equações y = f(x) (aquelas com as quais estamos mais<br />

familiarizados- os gráficos de funções) também podem ser consideradas como curvas com<br />

equações paramétricas<br />

x=t<br />

y = f(t)<br />

Dispositivos gráficos são particularmente úteis quando esboçamos curvas complicadas.<br />

Por exemplo, seria virtualmente impossível produzir manualmente as cun'as mostradas<br />

nas Figuras 9 e 10.<br />

3<br />

-1,5 1,5<br />

FIGURA 9<br />

x = t + 2 sen 2t, y = t + 2 cos 5t<br />

-2n .:-;:;; t ~ 21T<br />

FIGURA 10<br />

-3<br />

x = cos t - cos 80t sen t,<br />

y = 2 sen t - sen 80t, O -:::::;: t .:-:::; 2'IT


650 L CÁLCUlO Editora Thomson<br />

Um dos usos mais importantes das curvas paramétricas está no Computer-Aided Design<br />

(CAD). No Projeto de Laboratório depois da Seção 10.2, investigaremos as curvas paramétricas<br />

especiais, chamadas curvas de Bézier, que são usadas amplamente na produção,<br />

especialmente na indústria automobilística. Essas curvas também são empregadas na especificação<br />

de formatos de letras e outros símbolos em impressoras a laser.<br />

A Ciclóide<br />

EXHsfJPLú t A curva traçada pelo ponto P na circunferência de um círculo quando o círculo<br />

rola ao longo de uma linha reta é chamada ciclóide (veja a Figura 10). Se o círculo tiver<br />

raío r e rolar ao longo do eixo x e se uma posição de P é a origem, encontre as equações<br />

paramétricas para a ciclóide.<br />

FIGURA 11<br />

SOLUÇÃO Escolhemos como parâmetro o ângulo de rotação IJ do círculo (IJ ~O quando P<br />

está na origem). Suponha que o círculo foi rotacionado por B radianos. Como o círculo está<br />

em contato com a reta, vemos na Figura 12 que a distância girada a partir da origem é<br />

}1<br />

I<br />

C(r8, r)<br />

o<br />

~re~1<br />

A<br />

~<br />

FIGURA 12<br />

·~~.<br />

ciclóide~<br />

~B<br />

FIGURA 13<br />

p" /<br />

p~ p<br />

p<br />

'\ /P J<br />

FIGURA 14<br />

X<br />

IOTI ~ arcPT~ riJ<br />

Dessa forma, o centro do círculo será C(rB, r). Sejam as coordenadas de P (x, y). Então a<br />

partir da Figura 12 vemos que<br />

x~ IOTI<br />

y ~ ITCI<br />

Portanto as equações paramétricas da ciclóide são<br />

x ~ r(IJ- sen IJ)<br />

IPQI ~ riJ- rsen IJ ~ r(IJ- sen IJ)<br />

I QCI ~r- rcos 8 ~r(! -cosO)<br />

y ~ r(l - cos IJ)<br />

Um arco da ciclóide surge a partir de uma rotação do círculo e, assim, é descrito por<br />

O :s; B :::s 2'TT. Embora as Equações 1 tenham sido derivadas a partir da Figura 12, que<br />

ilustra o caso onde O < B < 7í/2, pode ser visto que essas equações ainda são válidas<br />

para outros valores de 8 (veja o Exercício 37).<br />

Ainda que seja possível eliminar o parâmetro () das Equações 1, a equação cartesiana<br />

resultante em x e y é muito complicada e não é conveniente para trabalhar como as<br />

equações paramétricas.<br />

Uma das primeiras pessoas a estudar a ciclóide foi Galileu, que propôs que pontes podem<br />

ser construídas no formato de ciclóides e que tentou encontrar a área sob um arco de uma<br />

ciclóide. Mais tarde essa curva apareceu em conexão com o problema da braquistócrona:<br />

encontre a curva ao longo da qual uma partícula deslizará no tempo mais curto (sob a influência<br />

da gravidade) a partir do ponto A até um ponto mais baixo B não diretamente abaixo de<br />

A. O matemático suíço John Bernoulli, que apresentou esse problema em 1696, mostrou que<br />

entre todas as curvas possíveis que ligam A e B, como na Figura 13, a partícula levará o<br />

menor tempo deslizando de A até B se a curva for um arco invertido de uma ciclóide.<br />

O físico holandês Huygens já tinha mostrado que a ciclóide é também a solução para o<br />

problema da tautócrona; isto é, não importa onde a partícula P seja colocada em uma<br />

ciclóide invertida, ela leva o mesmo tempo para deslizar até o fundo (veja a Figura 14).


James Stewart CAPÍTULO 10 EQUAÇÕES PARAf'vlÉTRICAS E COORDENADAS POLA.RES 651<br />

Huygens propôs que o pêndulo de relógio (que ele inventou) deveria oscilar em um arco<br />

cicloidal, porque então ele levaria o mesmo tempo para fazer uma oscilação completa por<br />

um arco maior ou menor.<br />

Famílias de Curvas Paramétricas<br />

EXEMPlO 7<br />

Investigue a faiTI11ia de curvas com equações paramétricas<br />

x=a+cost<br />

y=atgt+sent<br />

O que essas curvas têm em comum Como muda o formato quando a aumenta<br />

SOLUÇÃO Usamos um dispositivo gráfico para produzir os gráficos para os casos<br />

a ~ -2, -1, -0,5, -0,2, O, 0,5, 1 e 2 mostrados na Figura 15. Note que todas essas<br />

curvas (exceto no caso a = O) têm dois ramos e ambos se aproximam da assíntota<br />

vertical x = a quando x se aproxima de a a partir da esquerda ou da direita.<br />

I,<br />

I \<br />

'~-.. 1'<br />

a= -1<br />

a= -0,2<br />

a=O 1<br />

/ ~,<br />

f \<br />

a =0.5<br />

I<br />

I<br />

I<br />

I<br />

·li<br />

!i<br />

l. [l<br />

a= l :1<br />

! •I<br />

I i I<br />

a=2<br />

I<br />

I<br />

I<br />

FIGURA 15 Membros da família<br />

x = a + cos t, y = a tg t + sen t,<br />

todos plotados na janela<br />

retangular [ -4, 4] por [ -4, 4].<br />

Quando a < -1, ambos os ramos são suaves; mas quando a se aproxima de -1, o<br />

ramo direito adquire um formato pontudo, chamado cúspide. Para a entre -I e O a<br />

cúspíde se torna um laço, que se torna maior quando a se aproxima de O. Quando a = O,<br />

ambos os ramos se juntam e formam um círculo (veja o Exemplo 2). Para a entre O e 1,<br />

o ramo esquerdo tem um laço, que se encolhe para se tornar uma cúspide quando a = L<br />

Para a > 1, os ramos se tornam suaves novamente e, quando a aumenta mais ainda, eles<br />

se tornam menos curvados. Note que as curvas com a positivo são reflexões ao redor do<br />

eixo y das curvas correspondentes com a negativo.<br />

Essas curvas são denominadas de conchóides de Nicomedes, em homenagem ao<br />

antigo estudioso grego Nicomedes. Ele as chamou de conchóides porque o formato de<br />

seus ramos externos lembram uma concha.<br />

Exercícios<br />

1-4 c<br />

Esboce a curva usando as equações paramétricas para plotar os<br />

pontos. Indique com uma seta a direção na qual a curva é traçada<br />

quando t aumenta.<br />

1, X = 1 + [t, )' = t- - 4t, Ü ~ f ~ 5<br />

2. X = 2 COS t, y = f - COS t, Ü


652 CÁLCULO Editora Thomson<br />

(b) Elimine o parâmetro para encontrar uma equação cartesiana da<br />

curva.<br />

5. x= 31 - 5. y= 21 + l<br />

6. x= l + t. y~s - 21, -2 ~ t ~ 3<br />

7. x=f - 2, y 5 - 21. -3~t~4<br />

~<br />

8. x= l + 3t, y =2 - t'<br />

9. X ~ ,/t,<br />

)' ~ -<br />

10. X ~ {2, y ~ t'<br />

t<br />

(a)<br />

I<br />

(b)<br />

li<br />

'i'l-'!8<br />

(a) Elimine o parâmetro para encontrar uma equação cartesiana da<br />

curva.<br />

(b) Esboce a curva e índique com uma seta a direção na qual a<br />

curva é traçada quando o parâmetro aumenta.<br />

11. X = SCO 0, )' = COS 8, Ü -,s;: () ~ Tt<br />

12. X = 4 COS (}, )' = 5 SCO (J, -r,/2 ~ (J ::S 1rJ2<br />

(c)<br />

IIl<br />

·13. x = sen 2 8, y = cos"O<br />

14. x = scc o, y = tg e -1r12 < o < 1r12<br />

15. x = e', y = e_,<br />

I<br />

I<br />

F<br />

I<br />

16. x = In t, y = ,fi, t :;o:<br />

17. x = cosh t, y = senh t<br />

ts. x = + cos o. y = 2 cos e - 1<br />

19-22 o Descreva o movimento de uma partícula com posição<br />

(x, y) quando t varia no intervalo dado.<br />

19. x = cos 'Tff, y = sen 1rt, 1 ::::: t::::: 2<br />

20. x = 2 + cos t, y = 3 + sen t, O :s; t ~ 2-rr<br />

;21~ x = 2 sen t, y = 3 cos t, O ~ t ~ 27i<br />

22. x = cos 2 t, y = cos t, O~ to:::; 47T<br />

23. Suponha que uma curva seja dada pela equação paramétrica<br />

x ~ f(t). y ~ g(l) onde a imagem de fé [I. 4] e a imagem de<br />

g é [2, 3). O que você pode dizer sobre a curva<br />

24. Associe os gráficos das equações paramétricas x = f(t) e<br />

y = g(t) em (a)-(d) com as curvas paramétricas rotuladas de<br />

I~ IV. Dê razões para as suas escolhas.<br />

(d)<br />

xt<br />

'y~,<br />

(i<br />

~'\ ~+-!+--~~<br />

2 '<br />

\ I<br />

v<br />

=~25-27 :::; Use os gráficos de x = f(t) e y = g(t) para adivinhar as<br />

curvas paramétricas x = f(t) e y = g(t). Indique com setas a direção<br />

na qual a curva é traçada à medida que t aumenta.<br />

25.<br />

26.<br />

\ I<br />

1<br />

-1<br />

I<br />

(i<br />

I<br />

I<br />

I 1<br />

í


James Stewart CAPiTULO 10 EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS E COOROENAD,S POU\RES 653<br />

27.<br />

31. (a) Mostre que as equações paramétricas<br />

onde O >S; t :s; 1 descrevem o segmento de reta que une os<br />

pontos P1(x1, y!} e P 2 (x 2 , yi).<br />

(b) Encontre as equações paramétricas para representar o<br />

segmento de reta de (-2, 7) até (3, -l).<br />

28. Ligue as equações paramétricas aos gráficos de I-VI. Justifique<br />

sua escolha. (Não use um dispositivo gráfico.)<br />

(a) x = t 3 ~ 2t, y = t 1 - t<br />

(b) x=t 3 - l, y=2-t 2<br />

(c) x = sen 3t, y = sen 4t<br />

(d) x = t + sen 2t, y = t + sen 3t<br />

(e) x = sen(t + sen t), y = cos(t + cos t)<br />

(f) x = cos t, y = scn(t + sen 5t)<br />

X<br />

I!<br />

32. Usando um dispositivos gráfico e o resultado do Excrdcio 3l(a),<br />

desenhe o triângulo com vértices A(l, 1), 8(4, 2) e C(!, 5).<br />

33. Encontre as equações paramétricas para a trajetória de uma<br />

partícula que se move ao longo do círculo x 2 + (y I f:>"""""'"' 4<br />

da seguinte maneira:<br />

(a) Uma vez no sentido horário, a partir de (2, 1).<br />

(b) Três vezes no sentido anti-horário, a partir de (2, l).<br />

(c) Meia~volta no sentido anti-horário, a partir de (0. 3).<br />

~~ 34. Plote o semicírculo traçado pela partícula no Exercício 33(c).<br />

~~3:5. (a) Encontre equações paramétricas para a elipse<br />

x 2 /a 2 + y 2 /b 2 = L [Dica: Modifique as equações de um<br />

círculo no Exemplo 2.]<br />

(b) Use as equações paramétricas para plotar a elípsc quando<br />

a~ 3eb~ !,2.4e8.<br />

(c) Como muda o formato da elipse quando h varia<br />

36. Encontre três conjuntos diferentes de equações paramétricas<br />

para representar a curva y = x 3 , x E R<br />

37. Derive as Equações 1 para o caso r./2 < (} < r..<br />

Ili<br />

y<br />

X<br />

38. Seja P um ponto a uma distância d do centro de um círculo de<br />

raio r. A curva traçada por P quando o círculo se move ao<br />

longo de uma linha reta é chamada trocóide. (Pense no<br />

movimento de um ponto sobre um raio de uma roda de<br />

bicicleta.) A ciclóide é um caso especial de trocóidc com<br />

d = r. Usando o mesmo parâmetro (}para a ciclóide e<br />

presumindo que a reta seja o eixo x e O = O quando P está<br />

em um de seus pontos mais baixos, mostre que as equações<br />

paramétricas para a trocóide são<br />

x=rO-dsenO<br />

y=r-dcose<br />

Esboce a trocóide para os casos d < r e d > r.<br />

39. Se a e b forem números fixos, encontre as equações<br />

paramétricas para o conjunto de todos os pontos P determinados,<br />

como mostrado na figura, usando o ângulo O como parâmetro.<br />

Então elimine o parâmetro e identifique a curva.<br />

~~29. Ploteacurvax=y- 3y 3 + y 5 •<br />

X<br />

~~30. Plote as curvas y = x 5 ex = y(y - l)Z e encontre seus pontos<br />

de interseção, com precisão de uma casa decimal.


654 CÁLCULO Editora Thomson<br />

40. Se a e b forem números fixos, encontre as equações<br />

paramétricas para o conjunto de todos os pontos P determinados,<br />

como mostrado na figura, usando o ângulo e como parâmetro.<br />

O segmento de rela AB é tangente ao círculo maior.<br />

y<br />

41. Uma curva, denominada bruxa de Maria Agnesi, consiste em<br />

todos os pontos P determinados, como apresentado na figura.<br />

Mostre que equações paramétricas para essa curva podem ser<br />

escritas como<br />

X= 2a CO-tg 8 y = 2a sen'8<br />

Esboce a curva.<br />

y = 2a<br />

y<br />

o<br />

42. Encontre as equações paramétricas para o conjunto de todos os<br />

pontos P determinados, como mostrado na figura, tal que<br />

I OP I ~ I AB !. Esboce a curva. (Essa curva é chamada<br />

cissóide de Diocles, em homenagem ao estudioso grego<br />

Diocles, que introduziu a cissóide como um método gráfico<br />

para a construção do vértice de um cubo cujo volume é o<br />

dobro daquele do cubo dado.)<br />

y<br />

C<br />

X<br />

X<br />

43. Suponha que a posição de uma partícula no te-mpo t seja dada<br />

por<br />

x 1 = 3 sen t Yt = 2 cos t O~t~21T<br />

e a posição de uma segunda partícula seja dada por<br />

x"= -3 +cost<br />

Y2=l+sent<br />

(a) Plote as trajetórias de ambas as partículas. Quantos pontos<br />

de interseção existem<br />

(b) Alguns desses pontos de interseção são pontos de colisão<br />

Em outras palavras. essas partículas alguma vez estão no<br />

mesmo lugar ao mesmo tempo Se isso ocorrer, encontre<br />

os pontos de colisão.<br />

(c) Descreva o que acontecerá se a trajetória da segunda<br />

partícula for dada por<br />

X2 = 3 + COS f y2=l+sent<br />

44. Se um projétil for atirado com uma velocidade inicial v 0 metros<br />

por segundo com um ângulo a acima da horizontal e a<br />

resistência do ar for considerada desprezível, então sua posição<br />

depois de t segundos é dada pelas equações paramétricas<br />

x = (vo cos a)t Y = (tb sen o:)t - t gt 2<br />

onde g é a aceleração da gravidade (9,8 m/s 2 ).<br />

(a) Se uma anna for disparada com a = 30° e v 0 = 500 m/s,<br />

quando a bala atingirá o solo A que distância da arma a bala<br />

atingirá o solo Qual a altura máxima alcançada pela bala<br />

(b) Use um dispositivo gráfico para verificar suas respostas na<br />

parte (a). Então plote a trajetória do projétil para vários<br />

outros valores do ângulo 0:' para ver onde a bala atinge o<br />

solo. Resuma o que você encontrou.<br />

(c) Mostre que a trajetória é parabólica, eliminando o<br />

parâmetro.<br />

~~~:; Investigue a família de curvas definidas pelas equações<br />

paramétricas x = t 2 , y = ! 3 - ct. Como muda o formato<br />

quando c aumenta Ilustre, plotando vários membros da<br />

família.<br />

46. As curvas de catástrofe em forma de cauda de andorinha<br />

são definidas pelas equações paramétricas x = 2ct - 4t 3 ,<br />

y = -ct 2 + 3! 4 • Plote várias dessas curvas. Quais as<br />

características que essas curvas têm em comum Como elas<br />

variam quando c aumenta<br />

As curvas com equações x = a sen nt, y = b cos t são<br />

chamadas figuras de Lissajous. Investigue como essas curvas<br />

mudam quando a, b e n variam. (Tome n como um inteiro<br />

positivo.)<br />

48. Investigue a família de curvas definidas pelas equações<br />

paramétricas<br />

x=sent(c- sent)<br />

y = cost(c- sent)<br />

Como muda o formato quando c varia Em particular, você<br />

deveria identificar os valores de transição de c para os quais o<br />

formato básico da curva muda.


James Stewart CAPÍTUlO 10 EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS E COORDENADAS POLARES 655<br />

Rolando Círculos ao Redor de Círculos<br />

Neste projeto investigaremos as famílias de curvas, chamadas hipociclóides e epiciclóides, que<br />

são geradas pelo movimento de um ponto em um círculo que rola dentro ou fora de outro círculo.<br />

y<br />

í<br />

oi · ]A ~<br />

\<br />

i<br />

1. Uma hipocidóide é uma curva traçada por um ponto fixo P em um círculo C de raio b quando<br />

C rola dentro de um círculo com centro O e raio a. Mostre que, se a posição inícial de P for<br />

(a, O) e o parâmetro O for escolhido como na figura, então as equações paramétricas da<br />

hipociclóide são<br />

X~ (a- b) COSe+ b cos( a ~ b e) y ~ (a - b) sen 8- b sen<br />

(<br />

-b- a- b 8<br />

)<br />

2. Use um dispositívo gráfico para desenhar os gráficos de hipociclóides com a um inteiro<br />

positivo e b = L Como o valor de a afeta o gráfico Mostre que, se tomarmos a = 4, então as<br />

equações paramétricas da hipociclóide se reduzirão a<br />

y = 4 sen'O<br />

Essa curva é denominada hipociclóide de quatro cúspides, ou astróide.<br />

3. Agora tente b = 1 e a = ní d, uma fração onde n e d não têm fator comum. PJimeiro faça n = 1<br />

e tente determinar graficamente o efeito do denominador d no formato do gráfico. Então faça n<br />

variar mantendo d constante. O que acontece quando n = d + I<br />

4. O que acontece se b = 1 e a for irracional Experimente com um número irracional do tipo<br />

J2 ou e - 2. Tome valores cada vez maiores para 8 e conjecture sobre o que deveria<br />

acontecer se plotássemos a hipociclóide para todos os valores reais de 8.<br />

5. Se o círculo C rolar do lado de fora de-um círculo fixo, a éurva traçada por P será dita<br />

epiciclóide. :Encontre equaçô~s paramétricas para a epiciclóide.<br />

6. Irivestigue os possíveis forinatos para-a -epicicl~i4e.- Use m~todos similares aos Problemas 2-4.<br />

Tendo visto como representar as curvas por equações paramétricas, vamos agora aplicar os<br />

métodos de cálculo nessas curvas paramétricas. Em particular, vamos resolver os problemas<br />

envolvendo tangentes, área, arco e superfície de área.<br />

Tangentes<br />

Na seção anterior, vimos que algumas curvas definidas por equações paramétricas x ~ f(t)<br />

e y ~ g(t) podem também ser expressas pela eliminação do parâmetro na forma y ~ F(x).<br />

(Veja o Exercício 67 para as condições gerais sob as quais isso é possível.) Se substituirmos<br />

x ~ f(t) e y ~ g(t) na equação y ~ F(x), obteremos<br />

g(t) ~ F(f(t))<br />

assim, se g, F e f forem diferenciáveis, a Regra da Cadeia fornece<br />

g'(t) ~ F'(f(t))f'(t) = F'(x)f'(t)


656 c CÁlCULO Editora Thomson<br />

Se f'(t) # O, podemos resolver para F'(x):<br />

F'(x) = g'(t)<br />

.f'(t)<br />

;-: Se pensarmos em uma curva<br />

paramétrica sendo traçada pelo<br />

movimento de uma partícula, então<br />

dy/dr e dx/dt são as velocidades vertical<br />

e horizontal da partícula e a Fórmula 2<br />

diz que a inclinação da tangente é a<br />

razão dessas velocidades.<br />

Como a inclinação da tangente à curva y = F(x) em (x, F(x)) é F'(x), a Equação I nos permite<br />

encontrar tangentes a curvas paramétricas sem ter de eliminar o parâmetro. Usando a<br />

notação de Leibniz podemos reescrever a Equação 1 de uma maneira fácil de lembrar:<br />

dy<br />

dy = !!'_<br />

dx dx<br />

dt<br />

se<br />

dx<br />

-#0<br />

dt<br />

d\ dt'<br />

Not~ que d.r-: *<br />

Podemos ver da Equação 2 que a curva tem uma tangente horizontal quando dyl dt = O<br />

(desde que dxldt #O) e tem uma tangente vertical quando dxldt =O (desde que<br />

dy/ dt # 0). Essa informação é útil para esboçar as curvas paramétricas.<br />

Corno sabemos do Capítulo 4, é tambérri útil considerar d 1 y/dx 2 . Isso pode ser encontrado<br />

mudando y por dy I dx na Equação 2:<br />

d 2 y = !!_ ( dy) = ~ ( ~)<br />

dx 2 dx dx dx<br />

dt<br />

EXEMPLO 1 u Uma curva C é definida pelas equações paramétricas x = t 2 e y = 1 3 - 3t<br />

(a) Mostre que C tem duas tangentes no ponto (3, O) e encontre suas equações,<br />

(b) Encontre os pontos em C onde a tangente é horizontal ou verticaL<br />

(c) Determine onde a curva sobe e desce e onde sua concavidade se encontra para cima<br />

ou para baixo.<br />

( d) Esboce a curva,<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Note que y ~ t 3 - 3t = t(t' - 3) ~ O quando t = O ou t = ±)3, Portanto, o ponto<br />

(3, O) em C surge de dois valores do parãrnetro, t = -/3 e t = -,/i Isso indica que C<br />

intercepta ele mesmo em (3, O), Como<br />

dy ~ dy I dt ~ 31 2 -<br />

3 = ~ (I - _!_)<br />

dx dxldt 2t 2 t<br />

a inclinação da tangente quando t = ±-/3 é dyl dx ~ ±61(2-/3) = ±-/3; assim, as<br />

equações das tangentes em (3, O) são<br />

y = -/3 (x- 3) e y = -)3 (x- 3)<br />

(b) C tem uma tangente horizontal quando dyl dx = O isto é, quando dy I dt = O e<br />

dxjdt #O, Uma vez que dyldt = 3t 2 - 3, isso é apropriado quando t 2 ~ l, isto é<br />

t = ±L Os pontos correspondentes em C são (I, -2) e (1, 2), C tem uma tangente vertical<br />

quando dx/dt ~ 2t =0, isto é, t =O, (Aqui, note que dyldt ;;" 0,) O ponto correspondente<br />

em C é (O, O).


James Stewart CAPÍTUlO 10 EOU.i~,ÇÓES PAR.L~,Mt.TR!CAS E COORDENADAS POLARES 657<br />

Yi3(x-3)<br />

I<br />

(c) Para detenninar a concavidade, calculamos a derivada segunda:<br />

d2y<br />

!!_(dy) I(J+_!_)<br />

dt dx 2 t 2 3(t + 2 J)<br />

d.\:2 dt 2t 4t 3<br />

-<br />

dt<br />

~~<br />

0<br />

+-~~~~~x-------: Então a concavidade da curva é para cima quando t >O e para baixo quando f


658 CÁLCULO Editora Thomson<br />

Um cálculo similar mostra que dy/dx _____.,.-::.c quando 8-- 2n1T-; assim, realmente<br />

existem tangentes verticais quando 8 = 2n1T, isto é, quando X = 2n1Tr.<br />

Áreas<br />

Sabemos que a área sob uma curva y ~ F(x) de a até b é A ~ J: F(x) dx, onde F(x) ;e O.<br />

Se a curva for dada por equações paramétricas x ~ f(t), y = g(t) e for percorrida quando<br />

t aumenta de a para {3, então podemos adaptar a fórmula anterior usando a Regra da<br />

Substituição para Integrais Definidas como a seguir:<br />

A ~r y dx ~ r g(t)f'(t) dt<br />

[ou !; g(t)f'(t) dt se (f(/3), g({3)) for o extremo esquerdo]<br />

EXEMPlO 3 :J Encontre a área sob um arco da ciclóide x = r( O- senO),<br />

y ~ r( I - cos 8). (Veja a Figura 3.)<br />

SOLUÇÃO Um arco da ciclóide é dado por O,;; O,;; 2r.. Usando a Regra da Substituição<br />

com y ~ r(l - cos O) e dx ~ r( I - cos O) dO, temos<br />

FIGURA 3<br />

~: O resultado do Exemplo 3 diz que a<br />

área sob um arco da ciclóide é três<br />

vezes a área do círculo que rola e gera<br />

a ciclóide (veja o Exemplo 6 na Seçâo<br />

1 0.1). Gahleu estimou esse resultado,<br />

mas, primeiro, este foi provado pelos<br />

matemáticos francês, Roberval, e<br />

italiano, Torricelli.<br />

A~ ('"' y dx ~ f'" r( I - cos O)r(l - cosO) dO<br />

.,o .o<br />

~ r 2 f" (I - cos O)' dO~ r 2 f'" (I - 2 cos O + cos 2 0) dO<br />

~o • o<br />

~r'f:"[l-2cosO+l


James Stewart CAPÍTUlO 10 EQUAÇÕES PARAMÉTRiCAS E COORDENP...OAS POLARES 659<br />

o<br />

FIGURA 4<br />

c<br />

f,~l<br />

':::;~"'­<br />

'<br />

c~ F,<br />

'~,P,,<br />

X<br />

Como dx/ dt > O, temos<br />

2<br />

-j'P /(dt)<br />

2<br />

(dy)<br />

L- \ - + - dt<br />

" dt dt'<br />

Mesmo que C não possa ser expressa na forma y = F(x), a Fórmula 4 ainda é válida,<br />

mas a obtemos por polígonos de aproximação. Dividimos o intervalo do parâmetro [a, !3]<br />

em n subintervalos de comprimentos iguais ~t. Se to, ti, t 2 , ••• , t, forem os extremos<br />

desses subintervalos, então x, ~ f(t,) e y, ~ g(t,) são as coordenadas dos pontos P,(x,, y,)<br />

que estão em C e o polígono com vértices Po, P1, ... , Pn aproxima C (veja a Figura 4).<br />

Como na Seção 8.1 do Volume I, definimos o comprimento L de C como o limite dos<br />

comprimentos desses polígonos aproximadores quando n --:;.. cc:<br />

"<br />

L~ lim 2: I P,.,P, I<br />

n~ooo i=!<br />

O Teorema do Valor Médio, quando aplicado a f no intervalo [t,.,, t,], fornece um número<br />

t,* em (t,. 1 , t,) tal que<br />

J(t,) - J(t,_,) ~ J'(t,*)(t, - f,_,)<br />

Se fizermos ô.x; = x~- X;-l e ô.yi = )'1- )'i-1, essa equação torna-se<br />

tJ.x, ~ f'(t,*) !J.t<br />

Similarmente, quando aplicado a g, o Teorema do Valor Médio fornece um número t't* em<br />

(t,., t,) de forma que<br />

!J.y, ~ g'(t,**) Ât<br />

Portanto<br />

I p,_,p,j ~ .J(t!.x,)' + (!J.y,)'<br />

~ .J[f'(t,*}!J.t] 2 + [g'(t,**)M] 2<br />

~ .J(!'(t,*)] 2 + (g'(t,**) ] 2 !J.t<br />

e assim<br />

'<br />

L ~ lirn L J[f'(tl')] 2 + (g'(t;"*)] 2 !J.t<br />

/l-"' i=!<br />

A soma em (5) se parece com a de Riemann para a função J[f'(t)]' + [g'(t)] 2 , contudo,<br />

não é exatamente uma soma de Riemann, porque t;* :;:6 t,:t'* em geral. Mesmo assim, se f'<br />

e g' forem contínuas, pode ser mostrado que o limite em (5) é o mesmo que se t;* e t't* fossem<br />

iguais; a saber,<br />

L~ J: J[j'(t)] 2 + (g'(t)] 2 dt<br />

Então, usando a notação de Leibniz, temos o seguinte resu1tado, que possui a mesma forma<br />

de (4).<br />

Teerome Se uma curva C for descrita pelas equações paramétricas x ~ f(t),<br />

y ~ g(t), a oS toS {3, onde f' e g' são contínuas em [a, p] e C for percotrida<br />

exatamente uma vez quando t aumenta de a até {3, então o comprimento de C é<br />

J<br />

•p /(dx)' (dy)<br />

2<br />

L~ \ - + - dt<br />

a dt dt


660 c CÁlCUlO Editora Thomson<br />

Note que a fórmula no Teorema 6 é consistente com as fórmulas gerais L<br />

(ds)' ~ (dx)' + (dy) 2 da Seção 8.1 do Volume l.<br />

J ds c<br />

EXEMPlO ~1<br />

Seção 10.1,<br />

= Se usarmos a representação do círculo unitário dada no Exemplo 2 na<br />

X= COS f y = sen t<br />

então dx/ dt ~ - sen t e dy/ dt ~ cos t, assim, o Teorema 6 fornece<br />

(dy)' 'h<br />

, o v dt dt ,o<br />

f 2 " f(dx)'<br />

L= \t - + - dt = j 'Vsen 2 t + cos 2 tdt<br />

f'2o<br />

1 dt ~ 21T<br />

.o<br />

como o esperado. Se, por outro lado, utilizarmos a representação dada no Exemplo 3 na<br />

Seção 10.1,<br />

x=sen2t<br />

y = cos 2t<br />

então dx/dt ~ 2 cos 2t, dy/dt ~ -2 sen 2t e a integral do Teorema 6 fornece<br />

j<br />

'2c<br />

'\{ - + -·- dt ~ ... )4 cos 2 2t + 4sen 2 2t dt ~ , ... 2 dt ~ 47T<br />

/( dx )' ( dv )' ('" ''"<br />

o v dt dt .o .,()<br />

Note que a integral fornece o dobro do comprimento do arco do círculo, porque t<br />

aumenta de O até 2n, o ponto (sen 2t, cos 2t) percorre o círculo duas vezes. Em geral,<br />

ao encontrarmos o comprimento da curva C a partir de uma representação paramétrica,<br />

temos de tomar cuidado para ter a certeza de que C é percorrida apenas uma vez quando<br />

t aumenta de a até {3.<br />

EXE!\!IPl!l 5 = Encontre o comprimento de um arco da ciclóide x ~r( O- senO),<br />

y ~ r(! - cos O).<br />

:J O resultado do Exemplo 5 diz que o<br />

comprimento de um arco de uma<br />

ciclóide é oito vezes o raio do círculo<br />

gerador {veja a Figura 5). Isso foi<br />

píímeiramente provado em 1658 por<br />

sir Christopher Wren, que depois se<br />

tornou o arquiteto da Catedral de São<br />

Paulo, em Londres.<br />

SOLUÇÃO Do Exemplo 3 vemos que um arco é descrito pelo intervalo paramétrica<br />

O ,;; e ,;; 2 'IT. Como<br />

temos<br />

dx<br />

de ~ r(l - cos e) e<br />

dy<br />

-=rsene<br />

dO<br />

L~ .o... I ''" ~( dO dx )' + ( dO dy )' dO~ Jo" )r 2 (1 - cos e)2 + r 2 sen 2 0d0<br />

~ Ia'" Jr 2 (l - 2 cose + cos 2 8 + sen 2 8) de~ r Iolr. 12(1 - cosO) de<br />

FIGURA 5<br />

Para avaliar essa integral, usamos a identidade sen 2 x = i(l - cos 2x) com O= 2x,<br />

que fornece 1 - cos 8 ~ 2 sen 2 (8/2). Como O,;; e,;; 2'!T, temos O,;; 8/2,;; 7T, e assim<br />

sen(0/2);;, O. Portanto


James Stewart<br />

CAPÍTULO 10 EQUAÇÕES PARAMÉTRiCAS E COORDENADAS POLARES<br />

661<br />

j2(1 - cos 8) ~ ;4 sen 2 (8/2) ~ 21 sen( 8/2) I ~ 2 sen( 8/2)<br />

e dessa forma<br />

L~ 2r fo'" sen(B/2) d8 ~ 2r[ -2cos(8/2)]:"<br />

~ 2r[2 + 2] ~ 8r<br />

Área da Superfície<br />

Da mesma maneira como para o comprimento do arco, podemos adaptar a Fórmula 8.2.5<br />

(do Volume I) para obter uma fónnula para a área da superfície. Se a curva dada pelas<br />

equações paramétricas x ~ f(t), y ~ g(t), a ~ t ~ {3 girar ao redor do eixo x, onde f', g'<br />

são contínuas e g(t) ~ O, então a área da superfície resultante é dada por<br />

J·~<br />

l(dx)' (dv)'<br />

s ~ o 27Ty \ dt + dt dt<br />

As fórmulas simbólicas gerais S ~f 27Ty ds e S ~ J 21rx ds (Fórmulas 8.2.7 e 8.2.8 do<br />

Volume I) ainda são válidas, mas para as curvas paramétricas usamos<br />

EXEMPlD S __<br />

ds~<br />

l(dx)'' (dy)'<br />

-,-dt<br />

v dt dt<br />

Mostre que a área da superfície de uma esfera de raio r é 4r.r 2 •<br />

SOLUÇÃO A esfera é obtida pela rotação do semicírculo<br />

x=rcost<br />

y=rsent<br />

ao redor do eixo x. Portanto, a partir da Fórmula 7, temos<br />

S =L' 27Trsen t J(-rsen t)l + (rcos t)2dt<br />

= 21T í1T r sen t • r dt = 21Tr 2 r r. sen t dt<br />

~ 1<br />

Exercícios<br />

1-2 c Encontre dy/ dx.<br />

1. X ~ I - t 3 , J ~ 2 - 51<br />

x = e~rr, y = t - In t 2 ; t = 1<br />

6. x = cos e + sen 28, y = sen 8 + cos 28; e = O<br />

3-5 ~-~ Encontre uma equação da tangente à curva no ponto<br />

correspondente ao valor do parâmetro dado.<br />

3, X= t 4 + 1, y = t 3 + t; t = -1<br />

t-B c: Encontre uma equação da tangente à curva no ponto dado<br />

por dois métodos: (a) sem eliminar o parâmetro e (b) primeiro<br />

eliminando o parâmetro.<br />

4. X= 2t 2 + Í, }' = ~t 3 - t; t = 3 7. x ~ e', y ~ (1 - !)'; (1, 1)


662 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

8. X = tg e, )' = sec fJ; (L /2)<br />

Encontre uma equação da(s) tangente(s) à curva no ponto<br />

0~1fl<br />

dado. Então plote a curva e a(s) tangente(s).<br />

9. x=2sen2t, y=2sent; (v],l)<br />

10. x = sen t, y = sen(t + sen t); (0, O)<br />

Ache dy/dx e d 2 y/dx 2 • Para quais valores de ta curva é<br />

côncava para cima<br />

11. X = 4 + t 2 , )' = fl + t 1 12. x = r3 - l2t, y = t 2 - 1<br />

13. x = t- e', y = t + e- 1 14. x = t + tn t, y = t- ln t<br />

15. x = 2 sen t, y = 3 cos t, O < t < 2'lT<br />

16. X = COS 2t, )' = COS t, Ü < f < 1T<br />

17-26 Encontre os pontos na curva onde a tangente é horizontal<br />

ou vertical. Se você tem um dispositivo gráfico, plote a curva.<br />

17. X = lO - , y = t 3 - 12t<br />

18. X= 2t 3 + 3t 2 - 12!, )' = 2t 3 + 3t 2 +<br />

19. x = 2 cos O, y = scn 20<br />

20. X = COS 30, )' = 2 Sen 0<br />

21. Use um gráfico para estimar as coordenadas do ponto extremo<br />

esquerdo na curva x = t 4 - t 2 , y = t + In t. Então use o<br />

cálculo para encontrar as coordenadas exatas.<br />

22. Tente estimar as coordenadas do ponto máximo e do ponto<br />

extremo esquerdo na curva x = te\ y = te~~. Então encontre<br />

as coordenadas exatas. Quais são as assíntotas dessa curva<br />

23-2:4 Plote a curva em um visor retangular que mostre todos<br />

os aspectos importantes da curva.<br />

r~. x = 1 4 - 2t 3 - 2t 2 , y = t 3 - t<br />

24. X = ! 4 + 4t 3 - 8! 2 , )' = 2t 2 - t<br />

2:~. Mostre que a curva x = cos t, y = sen t cos t tem duas<br />

tangentes em (0, O) e encontre suas equações. Esboce a curva.<br />

26. Em que ponto a curva x = 1 - 2 cos 1 1,<br />

y = (tg t)(l - 2 cos 2 t) intercepta ela mesma Encontre as<br />

equações de ambas as tangentes naquele ponto.<br />

27. (a) Encontre a inclinação da reta tangente à trocóide<br />

x = rO - d sen O, y = r - d cos () em tennos de 8. (Veja<br />

o Exercício 38 na Seção 10.1.)<br />

(b) Mostre que, se d < r, então a trocóide não tem uma<br />

tangente vertical.<br />

28. (a) Encontre a inclinação da tangente à astróide x =a cos 3 0,<br />

y =a sen 3 8 em tennos de e. (As astróides foram<br />

exploradas no Projeto de Laboratório na página 653.)<br />

(b) Em que pontos a tangente é horizontal ou vertical<br />

(c) Em que pontos a tangente tem inclinação 1 ou - 1<br />

29. Em que pontos na curva x = t 3 + 4t, y = 6! 2 a tangente é<br />

paralela à.reta com equações x = -7t, y = 12t ~ 5<br />

30. Encontre as equações das tangentes à curva x = 3t 2 + ! .<br />

y = 2t 3 + 1 que passam pelo ponto (4, 3).<br />

~1._ Use as equações paramétricas de uma elipse, x = a cos O,<br />

y = b sen (},o :::s; e :S; 2rr, para calcular a área limitada por<br />

essas curvas.<br />

32. Calcule a área limitada pela curva x = t - l/t. v = 1 + ljt<br />

e a retay = 2,5. - <<br />

33. Encontre a área limitada pela curva x = cos 1, v= e',<br />

O ..-s:; t ..-s:; 1T/2 e as retas y = 1 ex = O. .<br />

34. Calcule a área da regíão limitada pela astróide x =a cos'-o,<br />

y =a sen 3 0. (As astróides foram exploradas no Projeto de<br />

Laboratório na página 653.)<br />

35. Encontre a área sob um arco da trocóide do Exercício 38 na<br />

Seção lO.l para o caso d < r.<br />

36. Seja 'lk a região dentro do laço da curva no Exemplo 1.<br />

(a) Calcule a área de '!JL<br />

(b) Se ffi girar ao redor do eixo x, encontre o volume do sólido<br />

resultante.<br />

(c) Encontre o centróide de ffi.<br />

31~4fi -- Monte, mas não avalie, uma integral que represente o<br />

comprimento da curva.<br />

37. X= 1 - ! 2 , )' = 5t 3 /2, 1 ~ t ~ 2<br />

38. x = 1 + e 1 , y = t 2 , -3 ~ t ..-s:; 3<br />

39. x = t + cos t, y = t - sen t, O ..-s:; t ..-s:; 2'lT<br />

40. x = lo t, y = .J(+l, 1 ~ t ..-s:; 5<br />

41-44 Calcule o comprimento da curva.<br />

~&J; X= 1 + 3 fl, y = 4 + 2 fl, Ü,; t,; 1<br />

42. x = a(cos O+ Osen 0), y = a(sen O- Ocos 8),<br />

o ..-s:; 8 ..-s:; 1T<br />

t<br />

43, x = T+l' y = 1n(l + t), O ,; t ,; 2<br />

44. x = e' + e- 1 , y = 5 - 21, O ~ t ..-s:; 3<br />

45--47 - Plote a curva e calcule seu comprimento.<br />

~,.~ x = e 1 cost, y = e'sent, O~ t :::s 1T<br />

46. x = cos t + ln(tg h), y = sen t, 1í/4 ~ t ~ 31T/4<br />

47. x = e 1 - t, y = 4e'·12 , -8 ~ t ..-s:; 3<br />

48. Ache o comprimento do laço da curva x = 3t- t3, y = 3t2.<br />

49. Use a Regra de Simpson com n = 6 para estimar o<br />

comprimento da curva x = t - e', y = t + é, -6 :::s 1 ~ 6.<br />

50. No Exercício 41 na Seção 10.1 foi pedido para você derivar as<br />

equações paramétricas x = 2a co-tg O, y = 2a sen 2 8<br />

para a curva chamada bruxa de Maria Agnesi. Use a Regra<br />

de Simpson com n = 4 para estimar o comprimento do arco<br />

dessa curva dada por 1T/ 4 ~ e ~ 1T/2.


James Stewart CAPÍTULO 10 EOUAÇÓES PARAMÉTRICAS E COORDENADAS POLAF1ES 663<br />

51-52 Encontre a distância percorrida por uma partícula com<br />

posição {x, y) quando t varia em um dado intervqlo de tempo.<br />

Compare com o comprimento da curva.<br />

51. x = sen 2 t, y = cos 2 t, O ::;::;: I ~ 3Tr<br />

52. x = cos 2 t, y = cos t, O ~ t ~ 4r,<br />

53. Mostre que o comprimento total da elipse x = a sen e,<br />

y = b cos e, a > b > O, é<br />

onde e é a excentricidade da elípse (e= e/a, onde<br />

c~)a 2 -b 2 ).<br />

54. Calcule o comprimento total da astróide x =a cos 3 e,<br />

y = a sen 3 8, onde a >O.<br />

55. (a) Plote a epitrocóide com equações<br />

x ~ 1l cos t - 4 cos(llt/2)<br />

y ~ 11 sent- 4sen(l1t/2)<br />

Qual intervalo do parâmetro fornece a curva completa<br />

(b) Use seu CAS para calcular o comprimento aproximado<br />

dessa curva.<br />

~56. Uma curva chamada espiral de Como é definida pelas<br />

equações paramétricas<br />

62. Plote a curva<br />

x = 2 cos e- cos 2e y = 2 sen e ~ sen 28<br />

Se essa curva girar ao redor do eixo x, calcule a área da<br />

superfície resultante. (Use o gráfico para ajudar a encontrar<br />

o intervalo correto do parâmetro.)<br />

63. Se a curva<br />

x=t+t' y=t- 1 ~ t ~ 2<br />

girar ao redor do eixo x, estime a área da superfície resultante<br />

com precisão de três casas decimais.<br />

64. Se o arco da curva no Exercício 50 girar ao redor do eixo x,<br />

estime a área da superfície resultante usando a Regra de<br />

Simpson com n = 4.<br />

ü5·6S :J Calcule a área da sup~rfície gerada pela rotação da curva<br />

dada ao redor do eixo y.<br />

_65,· X= 3t 1 , )' = 2t 3 , 0 ~ t ~ 5<br />

66. x = e 1 - t, y = 4e' 11 , O ~ t ~<br />

67. Se f' for contínua e j'(1) '#'O para a ::;::;: t ~ b, mostre que a<br />

curva paramétrica x = f(t), y = g(t), a ~ t ~ b, pode ser<br />

colocada na forma y = F(x). [Dica: Mostre que t··l existe.]<br />

68. Use a Fórmula 2 para derivar a Fórmula 7 a partir da Fó1mula<br />

8.2.5 (do Volume I) para o caso no qual a curva pode ser<br />

representada na forma y = F(x), a ~ x ~ b.<br />

69. A curvatura no ponto P da curva é definida como<br />

x ~ C(t) ~ J: cos(1TU 2 /2) du<br />

y ~ S(t) ~ J: sen( 1TU 2 /2) du<br />

onde C e S são as funções de Fresnel que foram introduzidas<br />

no Capítulo 5.<br />

(a) Plote essa curva. O que acontece quando t......,. oo e t......,. -oo<br />

(b) Calcule o comprimento da espiral de Corou a partir da<br />

origem até o ponto com o valor do parâmetro 1.<br />

57-53 o Monte, mas não avalie, uma integral que represente a área<br />

da superfície obtida pela rotação da curva dada ao redor do eixo x.<br />

51. X = t- f, )' = }t 312 , 1 ~ l ~ 2<br />

58. x = sen 2 t, y = sen 3t, O ~ 1 ~ Tr/3<br />

59-61 o Calcule a área da superfície obtida pela rotação da curva<br />

dada ao redor do eixo x.<br />

59. X= t 3 , y = 1 2 , 0 ~ t ~ 1<br />

60. X= Jt- t 3 , )' = 31 2 , 0 ~ f~ 1<br />

x =a cos 3 8, y =a sen 3 8, O ~ e~ 1T/2<br />

onde 4> é o ângulo de inclinação da reta tangente em P, como<br />

mostrado na figura. Então, a curvatura é o valor absoluto da<br />

taxa de mudança de 4> em relação ao comprimento de arco.<br />

Esta pode ser considerada como uma medida da taxa de<br />

mudança de direção da curva em P e vai ser estudada em<br />

mais detalhes no Capítulo 13.<br />

(a) Para a curva paramétrica x = x(t), y = y(t), derive a<br />

fórmula<br />

lxy -x.YI<br />

[x' + .Y' ]'12<br />

onde os pontos indicam as derivadas em relação a t, assim<br />

i~ dx/dt. [Dica: Use 4> ~ tg~'(dy/dx) e a Equação 2<br />

para encontrar dtJ>/ dt. Então use a Regra da Cadeia para<br />

achar d4>/ds.]<br />

(b) Considerando uma curva y = f(x) como a curva<br />

paramétrica x = x, y = f(x), com o parâmetro x, mostre<br />

que a fórmula na parte (a) se toma<br />

I d'y/dx'l<br />

K ~ [I + (dy/dx) 2 ]'/ 2


664 c: CÁLCUlO Editora Thomson<br />

)<br />

X<br />

X<br />

70. (a) Use a fórmula no Exercício 69(b) para encontrar a<br />

curvatura da parábola y = x 1 no ponto (I, 1 ).<br />

(b) Em que ponto essa parábola tem curvatura máxima<br />

71. Use a fórmula no Exercício 69(a) para calcular a curvatura<br />

da ciclóide X = e - sen 0, )' = l - COS 0 00 topo de Um<br />

dos arcos.<br />

72. (a) Moslre que a curvatura a cada ponto de uma linha reta é<br />

K=O.<br />

(b) Mostre que a curvatura a cada ponto do círculo de raio<br />

réK=l/r.<br />

73. Um barbante é enrolado ao redor de um círculo e então<br />

desenrolado, sendo mantido esticado. A curva traçada pelo<br />

ponto p no final do barbante é chamada involuta do círculo.<br />

Se o circulo tiver raio r e centro O, se a posição inicial de P for<br />

(r, O) e se o parâmetro e for escolhido como na figura, mostre<br />

que as equações paramétricas da involuta são<br />

X= r(cos () + Osen e) )' = r(sen e- ecos e)<br />

74. Uma vaca é amarrada a um silo com raio r por uma<br />

corda comprida o suficiente para alcançar apenas o<br />

outro lado do silo. Calcule a área disponível para a<br />

pastagem da vaca.<br />

····•·•<br />

Curvas de Bézier<br />

As curvas de Bézier são usadas em Computer-Aided Design (CAD) e têm esse nome em<br />

homenagem a Bézier (1910--1999), matemático francês que trabalhava na indústria<br />

automobilística. Urna curva cúbica de Bézier é detenninada por quatro pontos de controle,<br />

Po(Xo, Yo), PJ(X!, }'1), P 2 (x 2 , y 2 ) e P 3 (x 3 , y 3 ), e é definida pelas equações paramétricas<br />

x ~ x 0 (1 -<br />

t) 3 + 3x,t(l - t)' + 3x,t 1 (! - t) + x 3 t'<br />

y ~ yo(l - t)' + 3y,t(! - t) 2 + 3y,t 2 (1 - t) + y 3 t 3<br />

onde-O~ t ~ 1. Note que, quando t =O, temos (x, y) = (xo, Yo), e quando t = 1, obtemos<br />

(x, y) = (x3, YJ); assim, a curva começa em Po e tennina em P3.<br />

I. Plote a curva de Bézier com os pontos de controle Po(4. 1), P,(28, 48), Pz(50, 42) e P,(40, 5).<br />

Então, no mesmo -gráfico, plote os segmentos de Teta PoPJ. P 1 P 2 e P 2 P 3 • (O Exercício 31 na<br />

SeçãolO.l mostnl como fazedsso.) Note que os pontos de c{)ntrole intermediários P 1 e P 2<br />

:~~:~~~s~ob~r:-~e a curva; a curva começa em P 0 , vai em direção a P 1 e P 2 sem alcançá-los e


James Stewart<br />

CAPÍTULO 10 EOU.AÇÕES PARAJvlt:TniC.AS E COORDENADAS POLARES<br />

665<br />

5. Os fonnatos mais complicados podem ser representados colocando-se juntas duas ou mais<br />

curvas de Bézier. Suponha que a primeira curva de Bézier tenha pontos de controle<br />

P 0 , P 1 , P 2 , PJ e a segunda tenha pontos de controle P:,, P4, Ps, P 6 . Se quisennos que essas dua::.<br />

peças se juntem suavemente, então as tangentes em P 3 devem coincidir, e os pontos P 2 , P, e 4<br />

devem estar nessa reta tangente comum. Usando esse princípio, encontre os pontos de controle<br />

para um par de curvas de Bézier que representem a letra S .<br />

••. 3<br />

Coordenadas Polares<br />

P(c,B)<br />

/<br />

e<br />

0 .L-~-e-i-xo-po""l-ac----~x<br />

FIGURA<br />

/<br />

/<br />

(-,,8) "<br />

FIGURA 2<br />

eu~<br />

~ o<br />

/<br />

/<br />

/<br />

V, e)<br />

Um sistema de coordenadas representa um ponto no plano por um par ordenado de<br />

números chamados coordenadas. Até agora temos usado as coordenadas cartesianas, que<br />

são distâncias dirigidas a partir de dois eixos perpendiculares. Nesta seção descreveremos<br />

um sistema de coordenadas introduzido por Newton, denominado sistema de coorde~<br />

nadas polares, que é mais conveniente para muitos propósitos.<br />

Escolhemos um ponto no plano conhecido como pólo (ou origem) e o denominamos O.<br />

Então, desenhamos um raio (semi-reta) começando em O, chamado eixo polar. Esse eixo<br />

é geralmente desenhado horizontalmente para a direita e corresponde ao eixo x positivo<br />

nas coordenadas cartesianas.<br />

Se P for qualquer outro ponto no plano, seja r a distância de O até P e seja e o ângulo<br />

(geralmente medido em radianos) entre o eixo polar e a reta OP como na Figura 1. Daí o<br />

ponto Pé representado pelo par ordenado (r, 8) e r, e denominado coordenadas polares<br />

de P. Usamos a convenção de que um ângulo é positivo se for medido no sentido antihorário<br />

a partir do eixo polar e negativo se for medido no sentido horário. Se P = O, então<br />

r= O, e concordamos que (O, 8) representa o pólo para qualquer valor de e.<br />

Estendemos o significado de coordenadas polares para o caso no qual r é negativo concordando<br />

que, como na Figura 2, os pontos (-r, 8) e (r, 8) estão na mesma reta através de<br />

O e estão à mesma distância I r I a partir de O, mas em lados opostos de O. Se r > O, o<br />

ponto (r, 8) está no mesmo quadrante que 8; se r< O, ele está no quadrante do lado oposto<br />

ao pólo. Note que (-r, 8) representa o mesmo ponto que (r, 8 + 7T).<br />

EXEMPLO 1 cc<br />

(a) (I, 57T/4)<br />

Plote os pontos cujas coordenadas polares são dadas.<br />

(b) (2,37T) (c) (2, -27T/3) (d) (-3,37T/4)<br />

SOLUÇÃO Os pontos são plotados na Figura 3. Na parte (d) o ponto (-3, 37T/4) está<br />

localizado três unidades a partir do pólo no quarto quadrante, porque o ângulo 3 rr/ 4<br />

está no segundo quadrante e r = -3 é negativo.<br />

5n ~<br />

/-;::-0---- (2,<br />

(t, 'f)<br />

FIGURA 3<br />

3n:<br />

3n) o<br />

o _____<br />

I<br />

(2, -~f)


666 lJ CÂLCULO<br />

Editora Thomson<br />

No sistema de coordenadas cartesianas cada ponto tem apenas uma representação, mas<br />

no sistema de coordenadas polares cada ponto tem muitas representações. Por exemplo, o<br />

ponto (1, 51T/4) no Exemplo !(a) poderia ser escrito como (1, -31T/4) ou (1, l31T/4) ou<br />

(-I, 11'/4). (Veja a Figura 4.)<br />

5n<br />

4<br />

"o<br />

o<br />

/ • 3rr<br />

4<br />

'/ o<br />

(L~) (t, -':/') (L !~!!) (-1, n<br />

FIGURA 4<br />

De fato, como uma rotação completa no sentido anti-horário é dada por um ângulo 27T,<br />

o ponto representado pelas coordenadas polares (r, e) é também representado por<br />

(r, e+ 2mr) e (-r, e+ (2n + 1)11')<br />

rt<br />

P(c, 8) = P(x, y)<br />

I ' y<br />

o X X<br />

FIGURA 5<br />

onde n é qualquer inteiro.<br />

A relação entre as coordenadas polares e cartesianas pode ser vista a partir da Figura 5,<br />

na qual o pólo corresponde à origem e o eixo polar coincide com o eixo x positivo. Se o<br />

ponto P tiver coordenadas cartesianas (x, .Y) e coordenadas polares (r, 8), então, a partir da<br />

figura, temos<br />

e assim<br />

X<br />

cos 8 =­ r<br />

x=rcos8<br />

y=rsen8<br />

Embora as Equações I tenham sido deduzidas a partir da Figura 5, que ilustra o caso<br />

onde r > O e O < e < 1rj2, essas equações são válidas para todos os valores de r e e. (Veja<br />

a definição geral de sen e ecos e no Apêndice D do Volume I.)<br />

As Equações 1 nos pennitem encontrar as coordenadas cartesianas de um ponto quando<br />

as coordenadas polares são conhecidas. Para encontrar r e 8 onde x e y são conhecidos,<br />

usamos as equações<br />

y<br />

tg O=­<br />

X<br />

que podem ser deduzidas a partir das Equações I ou simplesmente lidas a partir da Figura 5.<br />

i'JlEMPLO 2 · Converta o ponto (2, 1T/3) de coordenadas polares para cartesianas.<br />

SOLUÇÃO Como r = 2 e O = 11'/3, as Equações I fornecem<br />

r. I<br />

X= r cose= 2 cos- = 2.- = I<br />

3 2<br />

c<br />

7T ~3 r<br />

Y=rsene=2sen-=2·-= 13<br />

3 2 '<br />

Portanto, o ponto é ( 1, .J3) nas coordenadas cartesianas.<br />

EJLEMPUJ 3 ~·: Represente o ponto com coordenadas cartesianas {1, -1) em termos de<br />

coordenadas polares.


James Stewart CAPÍTUlO 10 EQUAÇÓES P.fl,RAMÉTR!CAS E COORDENADAS POLARES U 667<br />

SOLUÇÃO Se escolhermos r positivo, então a Equação 2 fornece<br />

r~ Jx' + y' ~ JF + (-l)' ~,fi<br />

y<br />

tge~-~-1<br />

X<br />

Como o ponto (1, -!)está no quarto quadrante, podemos escolher 8 ~ -1T/4 ou<br />

8 ~ 77r/4. Então uma resposta possível é (,fi, -1T/4); e outra é (,fi, 71T/4),<br />

NOTA o As Equações 2 não detenninam unicamente 8 quando x e y são dados, porque,<br />

como e aumenta através do intervalo O ~ e < 27T, cada valor de tg e ocorre duas vezes.<br />

Portanto, para converter coordenadas cartesianas em coordenadas polares, não é apenas<br />

suficiente encontrar r e e que satisfaçam as Equações 2. Como no Exemplo 3, devemos<br />

escolher 8 de modo que o ponto (r, 8) esteja no quadrante correto.<br />

r=<br />

r= 4<br />

Curvas Polares<br />

O gráfico de uma equação polar r ~f( 8), ou mais genericamente F(r, 8) ~ O, consiste<br />

em todos os pontos P que têm pelo menos uma representação (r, 8) cujas coordenadas satisfazem<br />

a equação.<br />

X<br />

Que curva é representada pela equação polar r= 2<br />

SOLUÇÃO A curva consiste em todos os pontos (r, e) com r = 2. Como r representa a<br />

distância do ponto ao pólo, a curva r = 2 representa o círculo com centro O e raio 2. Em<br />

geral, a equação r = a representa um círculo com centro O e raio I a 1. (Veja a Figura 6.)<br />

FIGURA 6<br />

8= I<br />

o<br />

í(3, l)<br />

/[2, I)<br />

/<br />

)1,1)<br />

li<br />

'<br />

/<br />

X<br />

;-l,l)<br />

f(-2, l)<br />

/<br />

FIGURA 7<br />

EXEMPUJ 5<br />

Esboce a curva polar 8 ~ L<br />

SOLUÇÃO Essa curva consiste em todos os pontos (r, O) tal que o ângulo polar é I<br />

radiano. É uma linha reta que passa por O e forma um ângulo de 1 radiano com o eixo<br />

polar (veja a Figura 7). Note que os pontos (r, I) na reta com r> O estão no primeiro<br />

quadrante, enquanto aqueles com r < O estão no terceiro quadrante.<br />

EXEMPlO 6<br />

(a) Esboce a curva com equação polar r~ 2 cos 8.<br />

(b) Encontre a equação cartesiana para essa curva.<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Na Figura 8 encontramos os valores de r para alguns valores convenientes de 8<br />

e plotamos os correspondentes pontos (r, e). Então juntamos esses pontos para esboçar a<br />

curva, que parece ser um círculo. Usamos os valores de () apenas entre O e 11, já que, se<br />

deixarmos e aumentar além de r., obtemos os mesmos pontos novamente.<br />

. = 2 co~ e<br />

(t. f)<br />

1T/2<br />

12,0)<br />

FIGURA 8 3r:/4<br />

Tabela de valores e gráfico<br />

der=2cos8 -2


668 u CÁlCULO Editora Thomson<br />

(b) Para converter a equação dada em uma equação cartesiana, usamos as Equações l e<br />

2. A partir de X = r cos e, temos cos e = x/r; assim, a equação r = 2 cos o toma-se<br />

r = 2x/ r, que fornece<br />

Completando o quadrado, obtemos<br />

- 2x -o<br />

(x- I)' +<br />

- I<br />

que é uma equação do círculo com centro (1, O) e raio 1..<br />

.-: /: .. Figura 9 mostra em uma ilustração<br />

geométrica que o circulo no Exemplo 6<br />

tem a equação r = 2 cos O. O ângulo<br />

OPQ é um ilnguio reto (por quê) e<br />

assim r/2 = cos e.<br />

Q<br />

X<br />

FIGURA 9<br />

EXEMPLO l Esboce a curva r = l + sen 8.<br />

FIGURA 10<br />

r =<br />

I + sen e em coordenadas<br />

cartesianas, o ~ e


James Stewart CAPÍTULO 10 EOUAÇÓES PARAMtTRICAS E COORDENADAS POLARES 669<br />

Esboce a curva r= cos 28.<br />

SOLUÇÃO Como no Exemplo 7, primeiro esboçamos r ~ cos 20, O ~ e ~ 211, em<br />

coordenadas cartesianas na Figura 12. Quando e aumenta de O até 11/4, a Figura 12<br />

mostra que r dirrúnui de 1 até O, e assim desenhamos a parte correspondente da curva<br />

polar na Figura 13 (indicada por uma seta simples). Quando O aumenta de r./4 até 7T/2,<br />

r varia de O até - 1. Isso significa que a distância de O aumenta de O até 1, mas em vez<br />

de ser no primeiro quadrante essa parte da curva polar (indicada por uma seta dupla) está<br />

no lado oposto ao pólo no terceiro quadrante. O restante da curva é desenhado de uma<br />

maneira semelhante, com números e setas indicando a ordem na qual as porções são<br />

traçadas. A curva resultante tem quatro laços e é denominada rosa de quatro pétalas.<br />

' (j)<br />

\<br />

\<br />

"<br />

2<br />

I !.E<br />

I 4<br />

I<br />

/<br />

® //<br />

~"<br />

)<br />

e<br />

FIGURA 12<br />

r= cos 20 em coordenadas cartesianas<br />

FIGURA 13<br />

Rosa de quatro pétalas r = cos 28<br />

Simetria<br />

Ao esboçar curvas polares, lembre-se de que é útil algumas vezes levar em conta a simetria. As<br />

três regras seguintes são explicadas pela Figura 14.<br />

(a) Se uma equação polar não mudar quando 8 for trocado por - 8, a curva será simétrica<br />

ao redor do eixo polar.<br />

(b) Se a equação não mudar quando r for trocado por -r, ou quando e for trocado por<br />

e + 1T, a curva será simétrica ao redor do pólo. (Isso significa que a curva permanecerá<br />

inalterada se a girarmos 180' ao redor da origem.)<br />

(c) Se a equação não mudar quando e for trocado por 1r -<br />

redor da reta vertical e ~ 7T/2.<br />

e, a curva será simétrica ao<br />

8)<br />

FIGURA 14<br />

(a)<br />

(b)<br />

(c)


670 u CÁLCUlO Editora Thomson<br />

As curvas nos Exemplos 6 e 8 são simétricas ao redor do eixo polar, pois<br />

cos(- e) = c os e. As curvas nos Exemplos 7 e 8 são simétricas ao redor de 8 = 7T/2<br />

porque seu( 1T - 8) = sen e e cos 2( -rr - 8) = cos 28. A rosa de quatro pétalas é também<br />

simétrica ao redor do pólo. Essas propriedades de simetria poderiam ser usadas para<br />

esboçar as curvas. Por exemplo, no Exemplo 6 só precisaríamos ter plotado pontos para<br />

O ::::; () ::::; 'lT/2 e então refleti-los ao redor do eixo polar para obter o círculo completo.<br />

Tangentes a Curvas Polares<br />

Para encontrar a reta tangente a uma curva polar r= f(()), vamos considerar ()como um<br />

parâmetro e escrever suas equações paramétricas como<br />

x = rcos 8 =f( O) cos 8<br />

y = rsen e= /(8)sen e<br />

Então, usando o método para encontrar inclinações de curvas paramétricas (~uação<br />

1 0.2.2), e a Regra do Produto temos<br />

dy<br />

dr<br />

dy = de = de sen 8 + r cos 8<br />

dx dx dr<br />

dO de cos 8 - r sen 8<br />

Localizamos as tangentes horizontais achando os pontos onde dy/d8 =O (desde<br />

que dx/d8 ::;6 0). Do mesmo modo, localizamos as tangentes verticais nos pontos onde<br />

dx/d8 =O (desde que dy/d8"' 0).<br />

Note que, se estivermos olhando para as retas tangentes no pólo, então r = O e a<br />

Equação 3 é simplificada para<br />

dy<br />

-=tge<br />

dx<br />

se<br />

dr<br />

-"'0<br />

dO<br />

Por exemplo, no Exemplo 8 achamos que r= cos 28 =O, onde 8 = 7T/4 ou 37T/4. Isso<br />

significa que as retas 8 = 7T/4 e e= 37T/4 (ou y = x e y = -x) são retas tangentes a<br />

r = cos 2() na origem.<br />

EXEMPlO 9<br />

(a) Para a cardióide r= I + senO do Exemplo 7, calcule a inclinação da reta tangente<br />

quando e= 7T/3.<br />

(b) Encontre os pontos na cardióide onde a reta tangente é horizontal ou vertical.<br />

SOlUÇÃO Usando a Equação 3 com r= ! + sen 8, obtemos<br />

dy<br />

dx<br />

dr<br />

desen 8 + rcos e<br />

dr<br />

-cos ()- rsen 8<br />

dO<br />

cos &sen 8 + (l + sen B)cos O<br />

cos Ocos 8- (I + sen e) sen 8<br />

cos 8 (l + 2 sen 8)<br />

l - 2 sen 2 8 - sen e<br />

cos e (I + 2 sen 8)<br />

(1 + sen 8)(1 - 2 sen 8)


James Stewart CAPÍTUlO 10 EQUAÇÕES PARAMETRICAS E COOfiDENA.DAS POLARES 671<br />

(a) A inclinação da tangente no ponto onde 8 = r./3 é<br />

dv j:<br />

dx o=;r/3<br />

cos( r./3)(1 + 2 sen( r./3))<br />

(l + sen(r./3))(1 - 2 sen(1T/3))<br />

l(J + J3)<br />

(1 + ;Í3/2)(1 - J3)<br />

1 + ,/3<br />

(2 + J3)(1 - J3)<br />

_l~+_,J3'-=3= = -1<br />

-1 - )3<br />

(b) Observe que<br />

dv<br />

-·- = cos 8 (I + 2 sen O) = O<br />

dO<br />

dx<br />

- = (I + sen 8)(1 - 2 sen O) = O<br />

dO .<br />

7r 3n 7n lhT<br />

quando O=-----<br />

2' 2 ' 6 ' 6<br />

37r 7í 57í<br />

quando e = - - -<br />

2 '6' 6<br />

2 ~<br />

' 1<br />

Portanto existem tangentes horizontais nos pontos (2, 7í/2), (L 77í/6), (L ll7í/6) e<br />

tangentes verticais em (l, 7T/6) e (l, 57T/6). Quando B = 3r./2, dyjde e dx/dO são O e,<br />

dessa fonna, devemos ser cuidadosos. Usando a Regra de L' Hôspital, temos<br />

FIGURA 15<br />

i<br />

(}· f) I (}· I!')<br />

Retas tangentes para r =<br />

l + sen e<br />

Por simetria,<br />

lim - dy = ( fim _::_.:_::_::::.::_::. 1+2sen8)( fim<br />

B---7(Jrr/2f dx e__,(J;r/2)- 1 - 2 senO O->{h/2J-<br />

I<br />

3<br />

fim<br />

0--t(h/21"<br />

coso<br />

+ sen e<br />

-senO<br />

fim<br />

3 8---7 (h/2)- cose<br />

dy<br />

lim - = -oo<br />

(l-->(};r/2)' dx<br />

cose )<br />

I + sen O<br />

Então existe uma reta tangente vertical no pólo (veja a Figura 15).<br />

NOTA o Em vez de lembrarmos da Equação 3, poderíamos empregar o método usado<br />

para derivá-la. Por exemplo, no Exemplo 9, poderíamos ter escrito<br />

Assim temos<br />

X= rcos e= (1 + sen O)cos e= cose+ ~sen28<br />

y = r sen 8 = (I + sen e) sen e= sen e + sen 2 8<br />

dy = dyjde = cose+ 2 sen Ocos e<br />

dx dx/d8 -sen e+ cos 28<br />

cose+ sen 28<br />

-sen e+ cos 28<br />

que é equivalente a nossa expressão prévia.


672 CJ CÁlCUlO<br />

Editora Thomson<br />

FIGURA 16<br />

r= sen e+ sen'(50/2)<br />

2<br />

Plotando Curvas Polares com Dispositivos Gráficos<br />

Embora seja útil saber esboçar as curvas polares simples manualmente, precisamos usar<br />

uma calculadora gráfica ou um computador quando nos deparamos com uma curva complicada,<br />

como a mostrada na Figura 16.<br />

Alguns dispositivos gráficos têm comandos que nos permitem plotar as curvas polares<br />

diretamente. Com outras máquinas precisamos fazer a conversão para as curvas paramétricas<br />

primeiro. No último caso, tomamos a equação polar r =f( 8) e escrevemos suas<br />

equações paramétricas como<br />

X~ rcos e~ j(8)cos o y ~ rscn e~ j(8) senO<br />

Algumas máquinas requerem que o parâmetro seja denominado t em vez de 8.<br />

Plote a curva r ~ sen(88/5).<br />

SOLUÇÃO Vaillos assumir que nosso dispositivo gráfico não tenha um comando para<br />

plotar as curvas polares. Nesse caso, precisamos trabalhar com as equações paramétricas<br />

correspondentes, que são<br />

X~ rcos e~ sen(S0/5) cose y ~ rsen e~ sen(88/5)sen O<br />

Em qualquer caso, precisamos determinar o dorrúnio para 8. Então nos perguntamos:<br />

quantas rotações completas são necessárias até a curva se repetir Se a resposta for n,<br />

então<br />

-1<br />

sen<br />

8(0 + 2mr)<br />

sen<br />

se l6mr)<br />

5 ( -+--<br />

5 5<br />

88<br />

=sen- 5<br />

FIGURA 17<br />

r~ sen(S0/5)<br />

-1<br />

e assim precisamos que I6nn/5 seja um múltiplo par de n. Isso ocorrerá primeiro<br />

quando n = 5. Portanto plotaremos a curva inteira se especificarmos que O~ 8 ~ 10n.<br />

Trocando de 8 para t, temos as equações<br />

x ~ sen(8t/5) cos t y ~ sen(8t/5) sen t o "" t ,;; l07T<br />

e a Figura 17 nos mostra a curva resultante. Note que essa rosa tem 16 laços.<br />

EXEMPlO 11 n Investigue a faffi11ia de curvas polares dada por r~ 1 + c sen 8.<br />

Como o formato muda quando c varia (Essas curvas são chamadas limaçons,<br />

que em francês significa caracol, por causa do formato dessas curvas para certos<br />

valores de c.)<br />

No Exercício 53 pediremos para<br />

você provar analiticamente o que<br />

descobriu a partir dos gráficos na<br />

Figura 18.<br />

SOLUÇÃO A Figura 18 mostra gráficos desenhados por computador para vários valores<br />

de c. Para c > 1 existe um laço que reduz de tamanho quando c diminui. Quando<br />

c = 1 o laço desaparece e a curva toma-se a cardióide que esboçamos no Exemplo 7.<br />

Para c entre 1 e ~ a cúspide da cardióide é suavizada e toma~se urna "covinha".<br />

Quando c diminuí de ~- para O, a limaçon parece oval. Essa oval toma-se mais<br />

circular quando c ----> O e quando c = O a curva é apenas o círculo r = 1.


James Stewart CAPÍTUlO 10 EQUAÇÕES P./\Rt,MÉTRiCAS E COORDENADAS POLARES 673<br />

c= L7 c= l<br />

I c= 0.7<br />

c= 0.5 (' =- 0.2<br />

FIGURA 18<br />

c= 2.5<br />

c=O<br />

Membros da famnia de<br />

limaçons r = 1 + sen ()<br />

---~<br />

c= -4J,5<br />

I<br />

-+t--<br />

c= 0.8<br />

-4 -<br />

I c~ -1<br />

'<br />

c"" -2<br />

As partes restantes da Figura 18 mostram que, quando c se torna negativo, os formatos<br />

mudam na ordem inversa. De fato, essas curvas são reflexões ao redor do eixo<br />

hmizontal das curvas correspondentes com c positivo.<br />

1-2 Plote o ponto cujas coordenadas polares são dadas. Então<br />

encontre dois outros pares de coordenadas polares desse ponto, um<br />

com r > O e o outro com r < O.<br />

1. (a) (l, TT/2)<br />

2. (a) (3, O)<br />

(b) (-2, TT/4)<br />

(b) (2, -7r/7)<br />

(c) (3, 2)<br />

(c) ( -l, -TT/2)<br />

3-4 c::; Plote o ponto cujas coordenadas polares são dadas. Então<br />

encontre as coordenadas cartesianas do ponto.<br />

3. (a) (3, 1T/2) (b) (2)2, 37T/4) (c) (-1, TT/3)<br />

4. (a) (2, 27r/3) (b) (4, h) (c) (-2, -STT/6)<br />

5-5 As coordenadas cartesianas de um ponto são dadas.<br />

(i) Encontre as coordenadas polares (r, 8) do ponto, onde r > O e<br />

o~ e< 21r.<br />

(ii) Encontre as coordenadas polares (r, 8) do ponto, onde r < O e<br />

o~()< 27T.<br />

5. (a) (1, 1)<br />

6. (a)(-!, -..j3)<br />

(b) (2..;3, -2)<br />

(b) ( -2, 3)<br />

7-12 =- Esboce a região no plano que consiste em pontos cujas<br />

coordenadas polares satisfazem as condições dadas.<br />

7. 1 ~r::::::;2<br />

8. r~ O, 7f/3 "" e"" 21T/3<br />

9. O oS r< 4, ~ 'IT/2 :::::; e < 1r!6<br />

10. 2


674 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

0::~ -- Esboce a curva com a equação dada.<br />

29. e= -'Tr/6 30. ,2- 3r + 2 =O<br />

31. r= sen e 32. r~ -3 cose<br />

33. r ~ 2(1 - sen e) 38. r~ l-3cose<br />

35. r= e, e~o 36. r= In O, e""<br />

37. r= sen 28 38. r= 2cos30<br />

39. r= 2 cos 48 40. r= senSO<br />

41. r 2 = 4 cos 20 42. r 2 = sen28<br />

43. r= 2 cos(38/2) 44. r'e ~ 1<br />

54. Conecte as curvas polares com seus respectivos gráficos [-VI.<br />

Dê razões para suas escolhas. (Não use um disposítivo gráfico.)<br />

(a) r~ sen(e/2)<br />

(c) r~sec(30)<br />

(e) r~ I + 4 cos 50<br />

II<br />

(b) r~ sen(0/4)<br />

(d) r~ esene<br />

(f) r~ 1/J(J<br />

i _r<br />

~""j c-4<br />

45. r= 1 + 2 cos 28 46. r~ I + 2 cos(0/2)<br />

A figura mostra o gráfico de r como uma função de O em<br />

coordenadas cartesianas. Use~o para esboçar a curva polar<br />

correspondente.<br />

47. 48.<br />

,.,<br />

z.f- r'<br />

11 /<br />

r/ I,/,<br />

"I<br />

2rr O \<br />

49. Mostre que a curva polar r= 4 + 2 sec 8 (chamada<br />

conchóide) tem a reta x = 2 como uma assíntota vertical<br />

mostrando que lim,~""xx = 2. Use esse fato para ajudar a<br />

esboçar a conchóide.<br />

50. Mostre que a curva r= 2- co-sec O (também uma conchóide)<br />

tem a reta y = - 1 como uma assíntota horizontal mostrando<br />

que lim,__.:t"' y = -L Use esse fato para ajudar a esboçar a<br />

conchóide.<br />

51. Mostre que a curva r= sen e tg e (denominada cissóide<br />

de Diocles) tem a reta x = 1 como uma assíntota verticaL<br />

Mostre também que a curva está inteiramente dentro da<br />

faixa vertical O ~ x < 1. Use esses fatos para ajudar<br />

a esboçar a cissóide.<br />

52. Esboce a curva (x 2 + y 2 ) 3 = 4x 1 y 2 •<br />

iSl: (a) No Exemplo ] 1 os gráficos sugerem que a limaçon<br />

r = 1 + c sen f) tem um laço interno quando j c I > 1.<br />

Prove que isso é verdadeiro e encontre os valores de O<br />

que correspondam ao laço interno.<br />

(b) A partir da Figura 18 parece que a lirnaçon perde sua<br />

covinha quando c= i- Prove.<br />

55-60 :.:.: Calcule a inclinação da reta tangente para a curva polar<br />

dada no ponto especificado pelo valor de O.<br />

55. r=2sen0, O= 1rl6<br />

56. r=2~sen0, e~ 7T/3<br />

'"57::<br />

r~<br />

1/8, e~ 7T 58. r= In O, 8=e<br />

59. r~ l +cosO, o~ 7r/6 60. r=sen30, o~ 7r/6<br />

\H-66 Encontre os pontos na curva dada onde a reta tangente é<br />

horizontal ou vertical.<br />

iíít r=3cos0<br />

63. r~ l +coso 64. r= e 6<br />

82 r= cosO+ senO<br />

65. r= cos 20 60. r 2 = sen 28


James Stewart CAPÍTULO 1!1 EOUAÇÓES PA.RAfvH~_TRfCAS E COORDENADAS POLARES L-J 675<br />

67. Mostre que a equação polar r= a sen e+ b cose, onde<br />

ab -:F O, representa um círculo e calcule seu centro e o raio.<br />

68. Mostre que as curvas r = a sen e e r = a cos 8 se interceptam<br />

com ângulos retos.<br />

69-74 Use um dispositivo gráfico para plotar a curva polar.<br />

Escolha o intervalo do parâmetro para ter certeza de que você<br />

fez a curva inteira.<br />

69. r~ I + 2 sen(0/2) (nefróide de Freeth)<br />

70. r= /I - 0,8 sen 2 0 (hipopédia)<br />

71. r= e"'uo- 2 cos(40) (curva borboleta)<br />

72. r~ sen'(40) + cos(40)<br />

73. r~ 2- 5 sen(0/6)<br />

74. r ~ cos( 812) + cos( 813)<br />

75. Como os gráficos r= l + sen(O- 1r/6) e<br />

r= 1 + sen(B - 1r/3) estão relacionados ao gráfico<br />

r = 1 + sen 8 Em geral, como o gráfico de r =f( O - a)<br />

está relacionado ao gráfico de r= f(8)<br />

Investigue como o gráfico muda quando o número a varia. Em<br />

particular, você deveria identificar os valores de transição de a<br />

para os quais o formato básico da curva muda.<br />

~~80. O astrônomo Giovanni Cassini (1625~1712) estudou a família<br />

de curvas com equações polares<br />

r 4 - 2c 2 r 2 cos 28 + c 4 - a 4 =O<br />

onde a c c são números reais positivos. Essas curvas são<br />

chamadas ovais de Cassini, embora tenham formato oval<br />

apenas para certos valores de a e c. (Cassini pensou que essas<br />

curvas pudessem representar as órbitas planetárias melhor que<br />

as elipses de Kepler.) Investigue a variedade de fom1atos<br />

que essas curvas possam ter. Em particular, como estão<br />

relacionados a e c quando a curva se divide em duas partes<br />

81. Seja P um ponto qualquer (exceto a origem) na curva r= f( O).<br />

Se !f; for o ângulo entre a reta tangente em P e a reta radial OP,<br />

mostre que<br />

r<br />

tg o/~ dr/dO<br />

[Dica: Observe que !f;= cb ~ O na figura.]<br />

76. Use um gráfico para estimar a coordenada y dos pontos mais<br />

altos na curva r= sen 28. Então use o cálculo para encontrar<br />

o valor exato.<br />

~~ 77. (a) Investigue a família de curvas definidas pelas equações<br />

polares r = sen nO, onde n é um inteiro positivo. Como o<br />

número de laços está relacionado a n<br />

(b) O que aconteceria se a equação na parte (a) fosse trocada<br />

por r~ I sen nBI<br />

78. Uma família de curvas é dada pelas equações r = l + c sen<br />

n O, onde c é um número real e n é um inteiro positivo. Como<br />

o gráfico muda quando n aumenta Como ele muda quando c<br />

varia Ilustre plotando os membros suficientes da família para<br />

apoiar suas conclusões.<br />

~~ 79. Uma famflia de curvas tem equações polares<br />

- acos 8<br />

+ acos 8<br />

o<br />

82. (a) Use o Exercício 81 para mostrar que o ângulo entre a reta<br />

tangente e a reta radial é o/ = 1r/ 4 a cada ponto na curva<br />

~~ (b) Ilustre a parte (a) plotando a curva e a reta tangente aos<br />

pontos onde O = O e 'lr/2.<br />

(c) Prove que qualquer curva polar r= f( O), com a<br />

propriedade de que o ângulo entre a reta radial e a reta<br />

tangente é uma constante, deve ser do tipo r= Cek 8 , onde<br />

C e k são constantes.<br />

:•[1 Áreas e Comprimentos em Coordenadas Polares<br />

Nesta seção desenvolveremos a fórmula para a área de uma região cuja fronteira é dada<br />

por uma equação polar. Precisamos usar a fórmula para a área de um setor de um círculo<br />

FIGURA 1<br />

onde, como na Figura 1, r é o raio e e, a medida em radianos do ângulo central. A Fórmula<br />

l segue do fato de que a área de um setor é proporcional a seu ângulo central:<br />

A = (8/2r.}rrr 2 = lr 2 8. (Veja também o Exercício 35 na Seção 7.3 no Volume l.)


676 fJ CÁLCULO<br />

Editora Thomson<br />

FIGURA 2<br />

Seja 3f_ a região ilustrada na Figura 2, limitada pela curva polar r =f( 8) e pelos raios<br />

()=a e B =h, onde f é uma função contínua positiva e onde O< h -a ~ .2n.<br />

Dividimos o intervalo [a, h] em subintervalos com extremos 8 0 , e h 8 2 , ... , e, e larguras<br />

iguais !18. Os raios e = (),dividem então ffi em n regiões menores com ângulo central<br />

tlB = e, - 8,- 1 • Se escolhermos 8;* no i-ésirno subintervalo [8,- 1 , 8,], então a área ô.A,<br />

da i-ésirna região será aproximada pela área do setor de um círculo com ângulo central<br />

!18 e raio f(Otl. (Veja a Figura 3.)<br />

Então, a partir da Fónnula l temos<br />

e assim uma aproximação para a área total A de -'!H é<br />

"<br />

A= L: l[J(O,*)]' !18<br />

i= I<br />

o<br />

FIGURA 3<br />

A partir da Figura 3 parece que a aproximação em (2) me] hora quando n........;. co. Mas as<br />

somas em (2) são as de Riemann para a função g(8) = l[j(O)]', logo,<br />

lim ± l[j(Ot)]' !10 = [' Hf(O)]'dO<br />

n~"" i=l ~a<br />

E portanto parece plausível (e de fato pode ser provado) que a fórmula para a área A da<br />

região polar 'lf1 é<br />

A= r l[j(O)]'dO<br />

A Fórmula 3 é freqüentemente escrita como<br />

entendendo que r= /(8). Note a similaridade entre as Fórmulas 1 e 4.<br />

Quando aplicamos as Fórmulas 3 ou 4, é interessante pensar na área como varrida por<br />

um raio que gira e passa por O e que começa com ângulo a e termina com ângulo b.<br />

EXEMPlO c Calcule a área limitada por um laço da rosa de quatro pétalas r = cos 20.<br />

SOLUÇÃO A curva r= cos 20 foi esboçada no Exemplo 8 da Seção 10.3. Note a partir<br />

da Figura 4 que a região limitada pelo laço direito é vartida pelo raio que gira de<br />

8 = -7T/4 até 8 = 7T/4. Dessa forma, a Fórmula 4 fornece<br />

J "rr/4 l 1<br />

~rr/4<br />

1 Jn/4<br />

A= 2 rde= 2 cos 2 20d8<br />

-r./4<br />

= j'" 14 cos 2 28 d& = (" 14 ~(I + cos 48) dO<br />

o .o<br />

FIGURA 4<br />

l [ l ]"/4 .,.<br />

= " e + ~ sen 48 = -<br />

L 4 Ü 8


James Stewart CAPÍTULO 10 EQUAÇÕES P_ARLJv1ÉTRICAS E COORDENADAS POLARES 677<br />

FIGURA 5<br />

y;:;;:}sen e<br />

EXEMPlO 2:<br />

cardióide r = 1 + sen e.<br />

Calcule a área da região que está dentro do círculo r = 3 sen e e fora da<br />

SOLUÇÃO A cardióide (veja o Exemplo 7 da Seção 10.3) e o círculo estão esboçados na<br />

Figura 5, e a região desejada está sombreada. Os valores de a e h na Fórmula 4 são<br />

determinados achando-se os pontos de interseção das duas curvas. Elas se interceptam<br />

quando 3 senO~ 1 + senO, o que fornece sen 8 = l, assim 8 ~ r./6, 57r/6. A área<br />

desejada pode ser encontrada pela subtração da área dentro da cardióide entre e = Tr/6 e<br />

8 = 57r/6 da área dentro do círculo de r./6 até 5r./6. Então<br />

A -, _I<br />

(3 sen 8)' dO - j r:6 (1 + sen O)' d8<br />

Como a região é simétrica ao redor do eixo e = Tr/2, podemos escrever<br />

A~ 2[lJ:','9sen 2 8d8 -l (I+ 2sen8 + sen 2 8)de]<br />

~ L:' (8 sen 2 8 - 1 - 2 sen 8) dO<br />

~ L~ 6 2 (3 - 4 cos 28 - 2 sen 8) dO<br />

= 38- 2sen2B + 2cose]: 1 : ~r.<br />

O Exemplo 2 ilustra o procedimento para encontrar a área da região limitada por duas<br />

curvas polares. Em geral, seja '2lL uma região, como ilustrado na Figura 6, que é limitada<br />

pelas curvas com as equações polares r~ f( O), r~ g(B), 8 ~a e 8 ~ b, onde<br />

f( 8) ;;;, g( O) ;;;, O e O < b - a ,; 2 rr. A área A de 0\ é calculada pela subtração da área<br />

dentro de r = g( 8) da área dentro de r ~f( O); assim, usando a Fórmula 3 temos<br />

0~~------------~<br />

FIGURA 6<br />

[I]<br />

A~ f' Hf(O)]'de- f' l[g(B)]'de<br />

~n ~a<br />

~ l f: ([f( e)]' - [g(B)]') de<br />

ATENÇÃO o O fato de que um único ponto tem muitas representações em coordenadas<br />

polares algumas vezes toma difícil encontrar todos os pontos de interseção de duas curvas polares.<br />

Por exemplo, é óbvio a partir da Figura 5 que o círculo e a cardióide têm três<br />

pontos de interseção; contudo, no Exemplo 2, resolvemos as equações r= 3 sen 8 e<br />

r~ I + senO e encontramos apenas dois pontos (l, 7r/6) e (j, 5r./6). A origem também<br />

é um ponto de interseção, mas não pudemos encontrá-lo resolvendo as equações para as<br />

curvas, pois a origem não tem uma única representação em coordenadas polares que satisfaça<br />

ambas as equações. Note que, quando representada corno (O, O) ou (O, 1r), a origem<br />

satisfaz r~ 3 sen e e assim, está no círculo; quando representada como (O, 37T/2), satisfaz<br />

r = 1 + sen e e, dessa forma, está na cardióide. Pense em dois pontos se movendo<br />

ao longo das curvas quando o valor do parâmetro 8 aumenta de O até 21T. Em uma curva<br />

a origem é alcançada em e ~ O e e~ w; na outra, é alcançada em e~ 371"/2. Os pontos<br />

não colidem na origem, porque eles a alcançam em tempos diferentes, mas de qualquer<br />

modo as curvas se interceptam.<br />

Então, para encontrar todos os pontos de interseção de duas curvas polares, é<br />

recomendável que você desenhe os gráficos de ambas as curvas. É especiahnente conveniente<br />

usar uma calculadora gráfica ou um computador para ajudar nessa tarefa.<br />

EXEMPLO 3 :-! Encontre todos os pontos de interseção das curvas r= cos 28 e r=~-


678 CÁlCUlO Editora Tbomson<br />

SOLUÇÃO Se resolvermos as equações r= cos 20 e r = ~' obteremos cos 20 = !-e,<br />

portanto, 28 ~ rr/3, Sr,/3, 7Tr/3, 11 rr/3. Então, os valores de e entre O e 21T que<br />

satisfazem ambas as equações são e~ 1r/6, Sr,/6, 71T/6, ll rr/6. Encontramos quatro<br />

pontos de interseção: (l, rr/6), (l, Srr/6), (l, 71r/6) e (l, ll T/6).<br />

Contudo, você pode ver a partir da Figura 7 que as curvas têm outros quatro pontos<br />

de interseção, a saber: (l. rr/3), (l, 2rr/3), (j, 47r/3) e (j, 5rr/3). Esses podem ser<br />

encontrados usando-se simetria ou notando-se que a outra equação do círculo é r = - ~ e<br />

então resolvendo-se as equações r= cos 28 e r= - ~.<br />

Comprimento de Arco<br />

FIGURA 7<br />

Para calcular o comprimento de uma curva polar r= f( O), a :s:; 8 ~ b, referimo-nos a O<br />

como um parâmetro e escrevemos as equações paramétricas da curva como<br />

X ~ r COS e ~f( e) COS 0<br />

y ~ rsen e~ f(e)sen O<br />

Usando a Regra do Produto e diferenciando em relação a O, obtemos<br />

dx dr<br />

-~ -cos 8- rsen O<br />

dO dO<br />

dy dr<br />

dO ~ de senO+ rcos O<br />

assim, usando cos 2 0 + sen 2 0 =<br />

l, temos<br />

- +- ~- cos 2 0-2r-cos8sen8+r 2 sen 2 8<br />

dx)' (dy)' (dr)' dr<br />

( de do do de<br />

Assumindo que f' é contínua, podemos usar o Teorema 10.2.6 para escrever o comprimento<br />

de arco como<br />

f<br />

b<br />

L~ - + (dy)' - de<br />

•, de de<br />

~(dx)'<br />

Portanto o comprimento da curva com equação polar r ~f( e), a ~ e ~ b é<br />

EXEMPlO 4 c Calcule o comprimento da cardióide r ~ 1 + sen e.<br />

SOLUÇÃO A cardióide é mostrada na Figura 8 (nós a esboçamos no Exemplo 7 da Seção<br />

10.3). Seu comprimento total é dado pelo intervalo do parâmetro O ~ e~ 27T; assim, a<br />

Fórmula 5 fornece<br />

FIGURA 8<br />

r; 1 +sene<br />

1 .'" / ( dr )' f2 •<br />

L= .o yr' + dO dO~ Jo )(l +senO)'+ cos 2 8d0<br />

~ ['" J2 + 2sen Ode<br />

.o


James Stewart CAPÍTULO 10 EQUAÇÕES P.AR!'I.fv1ÉTRICAS E COORDENADAS POLARES 679<br />

Poderíamos avaliar essa integral pela multiplicação e divisão do integrando por<br />

sen ou poderíamos usar um sistema algébrico computacional. De qualquer<br />

maneira, calculamos que o comprimento da cardióide é L= 8.<br />

Exercícios<br />

1-4 ~··; Encontre a área da região que é limitada pelas curvas dadas<br />

que está no setor especificado.<br />

1. r= J{J, O :S; 8 ~ 7T/4 2. r=e 0 .. 2 • 7T~ 8~ 2r,<br />

3. r= sen e, rr/3 ~ e~ 27T/3 4. r= jsen e, o ~ () ~ 7T<br />

5-3 '---- Encontre a área da região sombreada.<br />

5. 6.<br />

23. r= 4 sen e, r=2<br />

24. r~ I ~ sen e, r~<br />

25. ,:z ~ 8 cos 28, r= 2<br />

26. r= 2 + senO, r=3senf}<br />

:27.,' r= 3 cos e, r~ I + cose<br />

28. r= + cos O, r= 3 cos e<br />

I<br />

r= e r=l+sene<br />

29-34 o Encontre a área da região que está dentro de ambas as curvas.<br />

29. r=senO, r= cose 30. r= sen 20, r= sen O<br />

:31, r= sen 28, r= cos 28 32. r 2 = 2 sen 28, r=<br />

33. r= 3 + 2 sen O. r~<br />

2<br />

34. r= a senO, r= b cos O, a >O, b > O<br />

I<br />

I<br />

r=4+3sen e<br />

8.<br />

r=sen48<br />

9-14 u Esboce a curva e calcule a área limitada por ela.<br />

9.r=3cos0<br />

r 2 = 4cos 28<br />

13. r= 2cos 30<br />

10. r ~ 3(1 + cos 8)<br />

12. r 1 = sen 20<br />

14. r ~ 2 + cos 28<br />

O 15-16 = Plote a curva e calcule a área limitada por ela.<br />

15. r = 1 + 2 sen 68 16. r = 2 sen 8 + 3 sen 98<br />

17-21 o Encontre a área da região dentro de um laço da curva.<br />

17. r = sen 28 18. r = 4 sen 38<br />

19, r=3cos58 20. r=2cos48<br />

r = 1 + 2 sen e (laço interno)<br />

22. Calcule a área limitada pelo laço do estrofóide<br />

r = 2 cos e - sec 8.<br />

23-28 c Encontre a área da região que está dentro da primeira<br />

curva e fora da segunda curva.<br />

35. Encontre a área dentro do laço maior e fora do laço menor<br />

da limaçon r = i + cos 8.<br />

~~36. Ache a área entre o laço maior e o laço menor da curva<br />

r= 1 + 2 cos 38.<br />

37-42 o Encontre todos os pontos de interseção das curvas dadas.<br />

37. r = sen O, r = cos O<br />

39. r = cos O, r = 1 - cos O<br />

r= senO, r= sen 28<br />

38. r = 2, r = 2 cos 28<br />

40. r= cos 30, r= scn 38<br />

42. r 1 = sen 20, r 2 = cos 20<br />

1143. Os pontos de interseção da cardióide r = + sen e e do laço<br />

espiral r = 20, -7T/2 ~ O ~ 7r/2, não podem ser encontrados<br />

exatamente. Use um dispositivo gráfico para encontrar os<br />

valores aproximados de O nos quais eles se interceptam.<br />

Então use esses valores para estimar a área que está dentro<br />

de ambas as curvas.<br />

~~ 44. Use um gráfico para estimar os valores de e para os quais as<br />

curvas r = 3 + sen 5O e r = 6 sen e se interceptam. Então<br />

estime a área que está dentro de ambas as curvas.<br />

45-48 c Calcule o comprimento da curva polar.<br />

45. r = 3 sen e, o ~ o ~ -rr/3<br />

46. r= eze, o~ e o:::; 271'<br />

r~ 8' o~ e~ 21r<br />

46. r= 8, o~ 8 ~ 271'


680 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

43-52 Use uma calculadora ou um computador para encontrar o (onde f' é contínua e O 'iS: a < b ~ r.) ao redor do eixo<br />

comprimento do laço, com precisão de quatro casas decimaís_<br />

polar é<br />

49. r= 3 sen 28<br />

50. r= 4 sen 30<br />

51. r= sen(0/2)<br />

52. r= l + cos (8/3)<br />

53-54 !_ Plote a curva e calcule seu comprimento.<br />

53. r= cos'(0/4) 54. r= cos 2 (8/2)<br />

55. (a) Use a Fórmula 10.2.7 para mostrar que a área da superfície<br />

gerada pela rotação da curva polar<br />

r= f( O)<br />

I·;<br />

I. (dr)'<br />

S= 27TrsenB,fr+ - de<br />

·• y dO<br />

(b) Use a fórmula na parte (a) para calcular a área da<br />

superfície gerada pela rotação da lemniscata r 2 = cos 28<br />

ao redor do eixo polar.<br />

56. (a) Encontre a fórmula para a área da superfície gerada<br />

pela rotação da curva polar r= f( O), a ::::; 8 ~ b<br />

(onde f' é contínua e O .:;; a < b.:;; 17), ao redor<br />

da reta e = 17'/2.<br />

(b) Calcule a área da superfície gerada pela rotação da<br />

lemniscata r 2 = cos 28 ao redor da reta 8 = n/2.<br />

FIGURA 2<br />

foco<br />

vértice<br />

Nesta seção daremos as definições geométricas de parábolas, elipses e hipérboles e<br />

derivaremos suas equações-padrão. Elas são chamadas seções cônicas, ou cônicas, porque<br />

resultam da interseção de um cone com um plano, como mostrado na Figura 1.<br />

Cônicas<br />

FIGURA 1<br />

Cônicas<br />

Parábolas<br />

parábola<br />

·,<br />

diretriz<br />

Uma parábola é o conjunto de pontos em um plano cujas distâncias a um ponto fixo F<br />

(denominado foco) e a uma reta fixa (chamada diretriz) são iguais. Essa definição é<br />

ilustrada pela Figura 2. Note que o ponto na metade do caminho entre o foco e a diretriz<br />

está na parábola; e ele é conhecido como vértice. A reta que passa pelo foco e é perpendicular<br />

à diretriz é intitulada eixo da parábola.<br />

No século XVI, Galileu mostrou que a trajetória de um projétil atirado no ar a um certo<br />

ângulo em relação ao solo é uma parábola. Desde essa época, os formatos parabólicos têm<br />

sido usados para desenhar faróis de carro, telescópios refletores e pontes suspensas. (Veja<br />

o Problema 16 na página 276 do Volume l para se lembrar da propriedade de reflexão das<br />

parábolas que as faz tão úteis.)


James Stewart CAPÍTUlO 10 EQUAÇÕES PARAMÉTRiCAS E COORDHLL~,OAS POLARES 681<br />

P(x,<br />

• y 1<br />

',,F(O,p)f / :ly<br />

·, ' 0~~~ ~,"'/':.'~~~i í p X<br />

'<br />

-~ll~<br />

}'= -p<br />

FIGURA 3<br />

Obteremos uma equação particularmente simples para uma parábola se colocarmos o<br />

vértice na origem O e sua diretriz paralela ao eixo x, como na Figura 3, Se o foco for o<br />

ponto (O, p), então a diretriz tem a equação y ~ -p. Se P(x, y) for um ponto qualquer na<br />

parábola, então a distância de P até o foco é<br />

.-,.--~-~<br />

/PF/ ~ .jx 2 + (y- p)2<br />

e a distância de P até a diretriz é IY + p j. (A Figura 3 ilustra o caso onde p > 0.) A pro·<br />

priedade de definição de urna parábola é que essas distâncias são iguais:<br />

~x 2 + (y- p)' = IY + P I<br />

Obtemos urna equação equivalente elevando ao quadrado e simplificando:<br />

x' + (y- p)' = IY + P 1 2 = (y + p)'<br />

xz + yz _ 2py + pz = }': + 2py + pz<br />

x 2 = 4p_y<br />

[[J Uma equação da parábola com foco (O,p) e diretriz y =-pé<br />

x 2 ~ 4py<br />

Se escrevermos a = I/ ( 4p ), então a equação·padrão de uma parábola (I) toma,se<br />

y = ax 2 • A concavidade é para cima se p >O e para baixo se p


682 o CÁlCULO Editora Thomson<br />

y'+lOx=O<br />

YA<br />

SOLUÇÃO Se escrevermos a equação como = -lOx e a compara.Imos com a Equação<br />

2 veremos que 4p = -10, assim p = Então, o foco é (p, O) = (-~,O) e a diretriz é<br />

x =~.O esboço é mostrado na Figura 5.<br />

FIGURA 5<br />

FIGURA 6<br />

FIGURA 7<br />

Yt i<br />

x= I<br />

Elipses<br />

Uma elipse é o conjunto de pontos em um plano cuja soma das distâncias a dois pontos<br />

fixos F 1 e F 2 é uma constante (veja a Figura 6). Esses dois pontos são chamados focos.<br />

Uma das Leis de Kepler é que as órbitas dos planetas no sistema solar são elipses com o<br />

Sol em um dos focos.<br />

Para obter a equação mais simples para uma elipse, colocamos os focos no eixo x nos<br />

pontos (-c, O) e (c, O) como na Figura 7, de modo que a origem esteja na metade docaminho<br />

entre os focos. Seja a soma das distâncias a partir de um ponto na elipse até os focos<br />

2a > O. Então P(x, y) é um ponto na elipse quando<br />

isto é,<br />

ou<br />

IPF,I + IPF,i ~ 2a<br />

J(x + c)' + y 2 + J(x- c)' + y 2 ~ 2a<br />

v(x- c)'+ y 2 ~ 2a- y'(x +c)' + y 2<br />

Elevando ao quadrado ambos os lados, temos<br />

que é simplificada para<br />

a .j(x + c)' + y 2 ~ a 2 + ex<br />

Elevamos ao quadrado novamente:<br />

a 2 (x 2 + 2cx + c 2 + y 2 ) = a 4 + 2a 2 cx + c 2 x 2<br />

que se torna<br />

A partir do triângulo F,F,P na Figura 7, vemos que 2c < 2a, assim c < a e, portanto,<br />

a 2 - c 2 >O. Por conveniência, seja b~ = a 2 - c 2 • Então a equação da elipse toma-se<br />

b 2 x 2 + a 2 y 2 = a 2 b 2 , ou, se ambos os lados forem divididos por a 2 b 2 ,<br />

Como b 2 = a 2 - c 2 < a 2 , segue que b O<br />

tem focos (±c, O), onde c 2 ~ a 2 - b', e vértices (±a, 0).


James Stewart CAPÍTUlO 10 EOUAÇÔES PARAMÉTRICAS E COORDEhADAS POLARES 683<br />

-- (0, a)<br />

't<br />

/~<br />

/ rO,c\<br />

(~b 0) I ' i(b, O)<br />

\ (O,~c) J<br />

FIGURA 9<br />

' oj' r---;<br />

i<br />

'<br />

' I I<br />

\\~I/<br />

jTo, ~v)<br />

x'<br />

J + "" = 1, a<br />

b, a·<br />

2 b<br />

'<br />

Se os focos de uma elipse estiverem localizados no eixo y em (O, :::i::: c), então podemos<br />

encontrar sua equação trocando x e y em (4) (veja a Figura 9).<br />

[5] A elipse<br />

x'<br />

-+<br />

b'<br />

tem os focos (O, :!:c), onde c 2 ~ a 2 -<br />

EXEMPUl2<br />

~l a~b>O<br />

b 2 e vértices (O, :!:a).<br />

Esboce o gráfico de 9x 2 + l6y 2 ~ 144 e localize os focos.<br />

SOLUÇÃO Dividindo ambos os lados da equação por 144:<br />

A equação está agora no formato-padrão para uma elipse, e assim temos a 2 = 16,<br />

b 2 = 9, a = 4 e b = 3. Os interceptas x são ±4 e os interceptas y são ±3. Também,<br />

c 2 = a 2 - b 2 = 7, portanto c= .[f, e os focos são (±-/7, o). o gráfico é esboçado<br />

na Figura lO.<br />

EXEMPLO 3 :J Encontre uma equação para a elipse com focos (O, :!:2) e vértices (O, :!:3).<br />

FIGURA 10<br />

9x' + 16/ = 144<br />

SOLUÇÃO Usando a notação de (5), temos c ~ 2 e a ~ 3. Então, obtemos<br />

b 2 = a 2 - c 2 = 9 - 4 = 5; logo, uma equação para a elipse é<br />

x2<br />

-+ ~ 1<br />

5 9<br />

Outra maneira de escrever a equação é 9x 2 + 5y 2 = 45.<br />

Como as parábolas, as elipses têm uma propriedade de reflexão interessante com conseqüências<br />

práticas. Se uma fonte de luz - ou som - for colocada em um foco de uma<br />

superfície com secções transversais elípticas, então toda luz - ou som - é refletida<br />

da superfície para o outro foco (veja o Exercício 59). Esse princípio é usado em litotripsia,<br />

um tratamento para pedras nos rins. Um refletor com secção transversal elíptica é colocado<br />

de maneira que a pedra no rim está em um foco. Ondas sonoras de alta intensidade<br />

geradas no outro foco são refletidas para a pedra e a destroem sem causar dano ao tecido<br />

vizinho. O paciente não sofre o trauma de uma cirurgia e se recupera em poucos dias.<br />

FIGURA 11<br />

P está na hipérbole quando<br />

I PF, 1-1 PF 2 I= :!:2a<br />

Hipérboles<br />

Urna hipérbole é o conjunto de todos os pontos em um plano cuja diferença entre as distâncías<br />

a dois pontos fixos F1 e F2 (os focos) é uma constante. Essa definição é ilustrada<br />

na Figura 11.<br />

As hipérboles ocorrem freqüentemente como grafos de equações em química, física,<br />

biologia e economia (Lei de Boyle, Lei de Ohm, curvas de demanda e de oferta). Uma apli·<br />

cação particularmente importante de hipérboles é encontrada nos sistemas de navegação<br />

desenvolvidos nas I e li Guerras Mundiais (veja o Exercício 51).<br />

Observe que a definição de uma hipérbole é similar àquela de uma elipse; a única<br />

mudança é que a soma das distâncias torna-se uma diferença das distâncias. De fato, a derivação<br />

da equação de uma hipérbole é também similar àquela dada anteriormente para<br />

uma elipse. Deixamos para mostrar no Exercício 52 que, quando os focos estão no eixo x


684 [] CÁlCUlO<br />

Editora Thomson<br />

em (±c, O) e a diferença das distâncias for I PF1I ~ I PF2I =<br />

hipérbole é<br />

±2a, então a equação da<br />

h<br />

=~-x<br />

"<br />

onde c 2 = a 2 + b 2 . Note que os interceptas x são novamente ±a, e os pontos (a, O) e<br />

(-a, O) são os vértices da hipérbole. Mas, se colocarmos x =O na Equação 6 teremos<br />

y = ~b~, que é impossível; dessa forma, não existe o intercepto y. A hipérbole é simétrica<br />

em relação a ambos os eixos.<br />

Para analisar a hipérbole um pouco mais, olhamos a Equação 6 e obtemos<br />

x2<br />

y2<br />

~1+-:;eJ<br />

b'<br />

FIGURA 12<br />

Isso mostra que x 2 : a 2 , assim lx I = J7i;;; a. Portanto temos x ~a ou x ::=:::; -a. Isso<br />

significa que a hipérbole consiste em duas partes, chamadas ramos.<br />

Ao desenhar uma hipérbole, tenha em mente que é útil desenhar primeiro suas assín~<br />

lotas, que são as retas y ~ (b/a)xe y ~ -(b/a)xmostradas na Figura 12. Ambos os ramos<br />

da hipérbole se aproximam das assíntotas, isto é, eles chegam arbitrariamente próximos<br />

das assíntotas. [Veja o Exercício 67 da Seção 4.5 do Volume I, onde y ~ (b/ a)x é mostrado<br />

como uma assíntota inclinada.]<br />

A hipérbole<br />

tem os focos (±c, O), onde c 2 = a 2 + b 2 , vértices (±a, O) e assíntotas<br />

y ~ ±(b/nh<br />

X<br />

Se os focos de uma hipérbole estiverem no eixo y, então, trocando os papéis de x e y,<br />

obtemos a seguinte informação, que é ilustrada na Figura 13.<br />

FIGURA 13<br />

i X 2<br />

---~1<br />

az bz<br />

[!] A hipérbole<br />

tem os focos (O, ±c), onde c 2 = a 2 + b 2 , vértices (O, ±a), e assíntotas<br />

y ~ ±(a/b)x.<br />

EXEMPLO 4 LJ Encontre os focos e as assíntotas da hipérbole 9x 1 - 16y 1 ~ 144 e<br />

esboce seu gráfico.<br />

SOLUÇÃO Se dividirmos ambos os lados da equação por 144, teremos<br />

x'<br />

16 9<br />

= l<br />

FIGURA 14<br />

9x 2 - 16/ ~ 144<br />

que é da forma dada em (7) com a ~ 4 e b ~ 3. Como c 1 = 16 + 9 ~ 25, os focos são<br />

(±5, O). As assíntotas são as retas y = ~x e y = - O gráfico é visto na Figura 14.<br />

*"' -~---------· --~·~·~-____!&_,_


T<br />

f<br />

James Stewart CAPÍTUlO 10 EOUAÇÓES PAR.AMETRICAS E COORDEhU\OAS POLARES 685<br />

EXEMPLO 5<br />

assíntota y = 2x.<br />

Encontre os focos e a equação da hipérbole com vértices (O, :=: 1) e<br />

SOLUÇÃO Apartir de (8) e da informação dada, vemos s.ue a= 1 e a/h= 2. Então,<br />

b = a/2 =~e c 2 = a 2 + b 2 =~.Os focos são (0, ±,JS/2) e a equação da hipérbole é<br />

Cônicas Deslocadas<br />

y 2 - 4x 2 = l<br />

Como discutido no Apêndice C no Volume I, deslocamos as cônicas tomando as equaçõespadrão<br />

(1), (2), (4), (5), (7) e (8) e trocando x e y por x -h e y- k.<br />

EXEMPlO Encontre uma equação para a elipse com focos (2, -2), (4, -2) e vértices<br />

(1, -2), (5, -2).<br />

v-l~-l(x 4)<br />

- 2<br />

(4, 4)<br />

SOLUÇÃO O eixo principal é o segmento de reta que une os vértices (1, -2), (5, -2) e<br />

tem comprimento 4; assim a = 2. A distância entre os focos é 2, e assim, c = I. Então,<br />

b 2 = a 2 - c 2 = 3. Como o centro da elipse é (3, -2), trocamos x e y em (4) por x - 3<br />

e y + 2 para obter<br />

como a equação da elipse.<br />

EXEMPLO 1 ::::<br />

e encontre seus focos.<br />

Esboce a cônica<br />

(x - 3) 2<br />

4<br />

(y + 2)'<br />

+ = 1<br />

3<br />

9x 2 - 4y 2 - 72x + 8y + 176 =O<br />

SOLUÇÃO Completamos os quadrados como a seguir:<br />

I)<br />

4(y 2 - 2y) - 9(x 2 - 8x) = 176<br />

o<br />

(4, -2)<br />

X<br />

4(y 2 - 2y + 1) - 9(x 2 - 8x + 16) = 176 + 4 - 144<br />

4(y - 1)' - 9(x - 4)' = 36<br />

1 y - 1 ~ _ 2<br />

3 (x - 4)<br />

I .·1<br />

FIGURA 15<br />

9x'- 4y'-nx + 8y + 176<br />

o<br />

-"(y'----'1"-)' _ (x - 4) 2 =<br />

1<br />

9 4<br />

Isso está na forma de (8), exceto que x e y estão trocados por x - 4 e y - 1. Então,<br />

a 2 = 9, b 2 = 4 e c 2 = 13. A lúpérbole está deslocada quatro unidades para a direita e uma<br />

unidade para cima. Os focos são (4, 1 + /13) e (4, 1 -<br />

/13) e os vértices são (4, 4) e<br />

(4, -2). As assíntotas são y - 1 = :t~(x- 4). A lúpérbole é esboçada na Figura 15.<br />

Exercícios<br />

1-ll c Encontre o vértice, o foco e a diretriz da parábola c esboce 9. 10.<br />

seu gráfico.<br />

1. X= 2y 2<br />

3. 4x 2 ~ -y<br />

(x + 2) 2 ~ 8(y - 3)<br />

7. y' + 2y + l2x + 25 ~o<br />

2. 4y + x 2 =O<br />

4. y 2 ~ l2x<br />

6.x-1~(y+5)'<br />

8. y + 12x- 2x 2 ~ 16<br />

f-'!íl c Encontre uma equação da parábola. Então ache o foco e a<br />

diretriz.


---------------------<br />

686 CJ CÁLCUlO Editora Thomson<br />

11-16 ::__:; Encontre os vértices e os focos da elipse e esboce seu gráfico.<br />

_::~+L=l<br />

11. 9 5<br />

x- v<br />

12. ~+ -·-= l<br />

64 100<br />

13. 4x 2 + y 1 = 16 14. 4x 2 + 25y 2 ~ 25<br />

;~li;; 9x 2 - 18x + 4y 2 ~ 27<br />

16. x 2 + 2y 2 - 6x + 4y + 7 =O<br />

H-H! c; Encontre uma equação da elipse. Então localize seus focos.<br />

18.<br />

41. Elipse, centro (2. 2), focos (0. 2). vértice {5, 2)<br />

42. Elípse, focos (±2, O). passando por í2, I)<br />

43. Hipérbole, focos (0, ó:3). vértices (O, :::: 1)<br />

44. Hipérbole, focos (::::6, 0), vértices (:::!::4, O)<br />

45. Hipérbole. focos (I, 3) e (7, 3), vértices (2, 3) e (6, 3)<br />

Jl6 •. Hipérbole, focos (2, -2) e (2, 8), vértices (2, 0) c (2, 6)<br />

47. Hipérbole, vértices (_ ± 3, 0), assíntotas y = ±2x<br />

48. Hipérbole, focos (2, 2) e (6, 2),<br />

assíntotas y = x ~ 2 e y = 6 - x<br />

19-24 ~ Encontre os vértices, os focos e as assíntotas da hipérbole<br />

e esboce seu gráfico.<br />

25<br />

~ 1<br />

23. 2y'- 3x 2 - 4y + 12x + 8 ~O<br />

24. 16x' - 9y' + 64x - 90y ~ 305<br />

20.<br />

16<br />

22. 9x 2 - 4y' = 36<br />

25--30 ::J Identifique o tipo de seção cônica cuja equação é dada e<br />

ache os vértices e os focos.<br />

25. x 2 =y+1 26. x 2 =y2+1<br />

27. x 2 = 4y ~ 2y 2 28. y'- 8y = 6x- 16<br />

29. y' + 2y = 4x 2 + 3 30. 4x 2 +4x+y 2 =0<br />

31-48 o Encontre urna equação para a cônica que satisfaça as<br />

condições dadas.<br />

31. Parábola. vértice (0, 0), foco (0, -2)<br />

m Parábola, vértice (I, o). diretriz X = -5<br />

33. Parábola, foco (-4, O), diretriz x = 2<br />

34. Parábola, foco (3, 6), vértice (3, 2)<br />

35. Parábola, vértice (0, 0), eíxo x, passando por (1, -4)<br />

lii Parábola, eixo vertical, passando por ( -2, 3), (0, 3) e (1, 9)<br />

37. Elipse, focos (ó:2, 0), vértices (ó:5, O)<br />

38. Elipse, focos (0, ±5), vértices (O, :::!::13)<br />

39. Elipse, focos (O, 2), (0, 6), vértices (0, 0), (0, 8)<br />

40. Elipse, focos (0, -1), (8, -1), vértices (9, -1)<br />

49. Em uma órbita lunar o ponto mais próximo da superfície da<br />

Lua é chamado perilúnio e o ponto mais distante da superfície<br />

da Lua é denominado apolúnio. A nave espacial Apollo I I foi<br />

colocada em uma órbita lunar elíptica com altitude de<br />

perilúnio de llO km e altitude de apolúnio de 314 km (acima<br />

da Lua). Encontre urna equação dessa elipse se o raio da Lua<br />

for 1.728 km e o centro da Lua estiver em um dos focos.<br />

50. Urna secção transversal de um refletor parabólico é mostrada<br />

na figura. A lâmpada é colocada em um foco, e a abertura no<br />

foco é 10 em.<br />

(a) Ache uma equação da parábola.<br />

(b) Encontre o diâmetro da abertura I CD I, ll em a partir do<br />

vértice.<br />

__ c<br />

A<br />

Sem<br />

V {====:::j:::,_!l.'.l."c!Im'.==:<br />

F<br />

B<br />

Sem<br />

~D<br />

51. No sistema de navegação LORAN (Lüng RAnge Navigation),<br />

duas estações de rádio localizadas em A e B transmitem<br />

simultaneamente sinais para um barco ou um avião localizado<br />

em P. O computador de bordo converte a diferença de tempo<br />

na recepção desses sinais em diferença de distância<br />

I PAI = I PB I e isso, de acordo com a definição de uma<br />

hipérbole, localiza o navio ou o avião em um ramo<br />

da hipérbole (veja a figura), Suponha que a estação B<br />

esteja localizada 400 milhas a leste da estação A na costa.<br />

Um navio recebe o sinal de B 1200 rnicrossegundos (J..!-S)<br />

antes de receber o sinal de A.<br />

(a) Assumindo que o sinal de rádio viaja a urna velocidade de<br />

980 pés/ p..s, encontre uma equação da hipérbole na qual o<br />

navio esteja.<br />

(b) Se o navio for esperado ao norte de B, a que distância da<br />

costa estará o navio


James Stewart CAPÍTUlO 10 EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS E COORDENADAS POLARES 687<br />

p<br />

galerias acústicas e a litotripsia funcionam. O som vindo de<br />

um foco é refletido e passa pelo outro foco. [Dica: Use ;1<br />

fórmula do Problema 15 da página 276 do Capítulo 3 no<br />

Volume I para mostrar que tg a = tg {3.]<br />

' t '<br />

52. Use a definição de uma hipérbole para derivar a Equação 6<br />

para uma hipérbole com focos (±c, O) e vértices (±a, 0).<br />

53. Mostre que a função definida pelo ramo superior da hipérbole<br />

y2ja 2 - x 2 jb 2 = 1 tem concavidade para cima.<br />

54. Encontre uma equação para a elipse com focos (l, l) e<br />

( -1, -1) e eixo principal com comprimento igual a 4.<br />

55. Determine o tipo de curva representado pela equação<br />

x 2<br />

V<br />

-+-·-~t<br />

k k- 16<br />

em cada um dos seguintes casos: (a) k > 16, (b) O < k < I 6 e<br />

(c) k < O.<br />

(d) Mostre que todas as curvas nas partes (a) e (b) têm os<br />

mesmos focos, não importando o valor de k.<br />

56. (a) Mostre que a equação da reta tangente à parábola<br />

y 2 = 4px no ponto (x 0 , y 0 ) pode ser escrita como<br />

" + y- ~<br />

a2 h'<br />

60. Seja P(xl, )'1) um ponto na hipérbole x 2 /a 2 ~ y 2 /b: = ! com<br />

focos F1 e F: e sejam a e f3 os ângulos entre as reta\ PF:, PF,<br />

e a hipérbole, como mostrado na figura. Prove que u "'-· [1.<br />

(Essa é a propriedade de reflexão da hipérbole. Isso mostr


688 c CÁLCULO<br />

Editora Thomson<br />

simples. No Capítulo 13, usaremos a equação polar de uma elipse para derivar as Leis de<br />

Kepler de movimento planetário.<br />

Tso,ems Seja F um ponto fixado (chamado foco) e I uma reta fixada<br />

(denominada diretriz) em um plano. Seja e um número positivo fixado<br />

{conhecido como excentricidade). O conjunto de todos os pontos P no plano tal que<br />

IPFI<br />

--=e<br />

IPI I<br />

é uma seção cônica. A cônica é<br />

(a) uma elipse se e < 1<br />

(b) uma parábola se e = 1<br />

(c) uma hipérbole se e > 1<br />

Prova Note que, se a excentricidade for e = 1, então I PF! = I Pll, e assim a condição<br />

dada simplesmente se torna a definição de uma parábola, como mostrado na Seção 10.5.<br />

Vamos colocar o foco F na origem e a diretriz paralela ao eixo y e d unidades para a<br />

direita. Então a diretriz tem a equação x = d e é perpendicular ao eixo polar. Se o ponto<br />

P tiver coordenadas polares (r, 0), vemos a partir da Figura 1 que<br />

IPFI =r I FII = d - r cos 8<br />

Então, a condição I PF I/I FII = e ou I PF I = el Pll toma-se<br />

r = e(d - r cos 8)<br />

Se elevannos ao quadrado ambos os lados dessa equação polar e convertermos as coordenadas<br />

retangulares, teremos<br />

x 2 + y 2 = e 2 (d- x) 2 = e 2 (d 2 - 2dx + x 2 )<br />

FIGURA 1<br />

ou (1 - e 1 )x 2 + 2de 2 x + y 2 = e 2 d 2<br />

Depois de completar os quadrados, temos<br />

(x + l ~de 2 r+ l- (I - e')'<br />

Se e < 1, reconhecemos a Equação 3 como a equação de uma elipse. De fato, ela é da<br />

forma<br />

onde<br />

(x - h)'<br />

a'<br />

y'<br />

+-= 1<br />

b'<br />

h=<br />

e 1 d<br />

l -<br />

--~---·.Já:di,__ -· Ji&. --~_liifu_


James Stewarí CAPÍTULO 10 EOU.AÇÓES P.AR.AMf:':TRiC.t\S E COORDEf'~ADAS POLARES 689<br />

Na Seção 10.5 descobrimos que os focos de uma elipse estão a uma distância c a partír<br />

do centro. onde<br />

x=d<br />

diretriz<br />

Isso mostra que<br />

e 2 d<br />

c~---~-h<br />

1 - e 2<br />

X<br />

e confirma que o foco como definido no Teorema 1 significa a mesma coisa que o foco<br />

definido na Seção 10.5. Também segue das Equações 4 e 5 que a excentricidade é dada por<br />

c<br />

e= ā<br />

x= ~d<br />

diretriz<br />

ed<br />

(a)r=l+e;os8<br />

Se e > 1. então 1 - e 2 < O e vemos que a Equação 3 representa uma hipérbole. Da<br />

mesma maneira que fizemos anteriormente, poderíamos reescrever a Equação 3 na forma<br />

e ver que<br />

(x - h) 2<br />

a'<br />

v'<br />

----=I<br />

h'<br />

X<br />

c<br />

e=­ a<br />

ed<br />

(b)r= l- ecos8<br />

y=d<br />

y<br />

diretriz<br />

Resolvendo a Equação 2 para r, vemos que a equação polar da cônica mostrada na<br />

Figura 1 pode ser escrita como<br />

ed<br />

r~--'-"--<br />

+ ecos O<br />

Se a diretriz for escolhida como estando à esquerda do foco x = -d, ou se a diretriz for<br />

escolhida como estando paralela ao eixo polar y = ±d, então a equação polar da cônica<br />

é dada pelo seguinte teorema, que é ilustrado pela Figura L (veja os Exercícios 21-23,)<br />

L!J Teorema A equação polar da forma<br />

ed<br />

(c)r= l+esen8<br />

ed<br />

ed<br />

r~<br />

ou<br />

_ _:c:__<br />

± ecos 8 1±esen8<br />

r~----<br />

representa uma seção cônica com excentricidade e. A cônica é uma elipse se e < 1,<br />

uma parábola se e = 1 ou uma hipérbole se e > I.<br />

y = -d<br />

d1retnz<br />

ed<br />

(d) r= 1-e seõ8<br />

FIGURA 2<br />

Equações polares de cônicas<br />

EXEMPlO ! Encontre uma equação polar para uma parábola que tem seu foco na<br />

origem e cuja diretriz é a reta y = -6.<br />

SOLUÇÃO Usando o Teorema 6 com e~ l e d ~ 6, e usando a parte (d) da Figura 2,<br />

vemos que a equação da parábola é<br />

r~ _ _:::__ 6<br />

l - sen 8<br />

s


690 '_) CÁlCULO Editora Thomson<br />

EXEMPlO l CJ<br />

Uma cônica é dada pela equação polar<br />

)'<br />

::L "~~c:-~,<br />

x:::: -5 i<br />

FIGURA 3<br />

1,_,("9"'<br />

r:::: 3-~c;~:;e<br />

(!0,0)'/ X<br />

1 ( 2 , Jr:) I ~ "-"~/<br />

•<br />

lO<br />

r~--""---<br />

3-2cos0<br />

Encontre a excentricidade, identifique a cônica, localize a diretriz e esboce a cônica.<br />

SOLUÇÃO Dividindo numerador e denominador por 3, escrevemos a equação como<br />

lO<br />

r~--f 3 -­<br />

-} coso<br />

Do Teorema 6, vemos que isso representa uma elipse com e=}. Como ed = - 1 ~ 1 ,<br />

temos<br />

d~ ~s<br />

e<br />

logo, a diretriz tem a equação cartesiana X= -5. Quando 8 =O, r= 10; quando e= 7T,<br />

r~ 2. Assim os vértices têm coordenadas polares (lO, O) e (2, 1r). A elipse é esboçada<br />

na Figura 3.<br />

12<br />

EXEMPUl 3 c: Esboce a cônica r ~ -,---,----=-<br />

2+4sene·<br />

SOLUÇÃO Escrevendo a equação na forma<br />

6<br />

r~----<br />

!+2sen0<br />

FIGURA 4<br />

12<br />

r = ~-'-=--cc-<br />

2+4sen0<br />

vemos que a excentricidade é e = 2 e, portanto, representa uma hipérbole. Como ed = 6,<br />

d ~ 3 e a diretriz tem a equação y ~ 3. Os vértices ocorrem quando e~ 1T/2 e 31T/2,<br />

assim eles são (2, 1T/2) e ( -6, 31T/2) ~ (6, 1T/2). É também útil plotar os pontos de<br />

interseção no eixo x. Estes ocorrem quando 8 = O, 7T e em ambos os casos r = 6.<br />

Para maior precisão poderíamos desenhar as assíntotas. Note que r........,. .±oo quando<br />

2 + 4 sen e--> o+ ou O- e 2 + 4 sen O~ O quando sen e ~ -4. Então as assíntotas<br />

são paralelas aos raios e ~ 71r/6 e O ~ ll1r/6. A hipérbole é esboçada na Figura 4.<br />

Na rotação de seções cônícas descobriremos que é muito mais conveniente usar as<br />

equações polares do que as equações cartesianas. Apenas usamos o fato de que (veja o<br />

Exercício 75 na Seção I 0.3) o gráfico de r ~f( e - a) é o gráfico de r ~f( O) que gira no<br />

sentido anti-horário ao redor da origem por um ângulo o:.<br />

FIGURA 5<br />

li<br />

-6<br />

EXEMPlO 4 c Se a elipse do Exemplo 2 girar por um ângulo 71'/4 ao redor da origem,<br />

encontre uma equação polar e plote a elipse resultante.<br />

SOLUÇÃO Obtemos a equação da elipse que gira trocando O por e - 1r/ 4 na equação<br />

dada no Exemplo 2. Assim a nova equação é<br />

!O<br />

r ~ 7 3---------=2-c-os=-;( 7 0 ---1T/-:-4cc)<br />

Usamos essa equação para plotar a elipse que gira na Figura 5. Note que a elipse gira ao<br />

redor de seu foco esquerdo.


James Stewart CAPÍTULO 10 EQUAÇÕES Pr-\RAMETR!CAS E COORDENADAS POLARES 691<br />

I<br />

I<br />

I<br />

Na Figura 6 usamos um computador para esboçar um número de cônicas para demonstrar<br />

o efeito da variação da excentricidade e. Note que quando e está próxima de O a elíp:,c<br />

é praticamente circular, enquanto ela se toma mais alongada quando e ______.,. 1 Quando<br />

e = 1, claro, a cônica é uma parábola.<br />

e:::: 0,1 e:::: 0,5<br />

e= 0,68 e= 0,86 e~ 0.96<br />

e=l e:::: 1,1<br />

e-=1,4<br />

e-=4<br />

FIGURA 6<br />

10.6 Exercícios<br />

_--6 Escreva uma equação polar de uma cônica com o foco na<br />

origem e com os dados fornecidos.<br />

1. Hipérbole, excentricidade ~, diretriz y = 6<br />

Z. Parábola, diretriz x = 4<br />

3. Elipse, excentricidade ~, diretriz x = -5<br />

4. Hipérbole, excentricidade 2, diretriz y = -2<br />

5. Parábola, vértice em (4, 31T/2)<br />

6. Elipse, excentricidade 0,8, vértice (1, 1T/2)<br />

7. Elipse, excentricidade L diretriz r = 4 sec 8<br />

8. Hipérbole, excentricidade 3, diretriz r -6 co-sec O<br />

(a) Encontre a excentricidade, (b) identifique a cônica, (c)<br />

dê uma equação da diretriz e (d) esboce a cônica.<br />

9. r ~ .,.-----,:<br />

l+sene<br />

12<br />

1!. r ~ "'4-----,si:-n-::8<br />

6<br />

10. r = -::-c-::---:-<br />

3+2sen8<br />

4<br />

12. r ~ --'--<br />

2-3cos6<br />

9 5<br />

13. r 14. r~<br />

6+2cos0<br />

2-2sen0<br />

3 4<br />

15. r~<br />

16. r~<br />

4-8cos8<br />

2 +cose<br />

17. (a) Encontre a excentricidade e a diretriz da cônica<br />

r= l/(4 - 3 cos O) e plote a cônica e sua diretriz.<br />

(b) Se a cônica girar no sentido anti -horário ao redor da<br />

origem por um ângulo Tr/3, escreva a equação resultante e<br />

plote sua curva.<br />

18. Plote a parábola r= 5/(2 + 2 senO) e sua diretriz. Também<br />

plote a curva obtida pela rotação dessa parábola ao redor de<br />

seu foco por um ângulo r./6.<br />

19. Plote as cônicas r= e/(1 - ecos O) com e= 0,4, 0,6, 0,8 e<br />

1,0 na mesma tela. Como o valor de e afeta o formato da<br />

curva<br />

20. (a) Plote as cônicas r= ed/(1 + e senO) para e = 1 e<br />

vários valores de d. Como o valor de d afeta o formato<br />

da cônica


692 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

(b) Plote essas cônicas para d = l e vários valores de e. Como<br />

o valor de e afeta o formato da cônica<br />

21. Mostre que uma cônica com foco na origem, excentricidade e e<br />

diretriz x = ~ d tem a equação polar<br />

ed<br />

r~--'=~-<br />

-ecos e<br />

22. Mostre que urna cônica com foco na origem, excentrícidadc e<br />

e diretriz)' = d tem a equação polar<br />

ed<br />

r ~ _ _";:::__<br />

+ escn e<br />

23. Mostre que uma cônica com foco na origem, excentricídade e<br />

e diretriz y = ~ d tem a equação polar<br />

ed<br />

r~ _ _.:=:__<br />

- esen e<br />

24. Mostre que as parábolas r= c/ (I + cos e) e<br />

r= d/(l - cos e) se interceptam com ângulos retos.<br />

25. (a) Mostre que a equação polar de uma elipse com diretriz<br />

x = -d pode ser escrita na forma<br />

r~<br />

a(l -e')<br />

I-ecos()<br />

(b) Encontre uma equação polar aproximada para a órbita<br />

elíptica da Terra ao redor do Sol (em um foco) dado que a<br />

excentricidade é cerca de 0,017 e o comprimento do eixo<br />

principal é cerca de 2,99 X 10 8 km.<br />

26. (a) Os planetas se movem ao redor do Sol em órbitas elípticas<br />

com o Sol em um dos focos. As posições de um planeta<br />

que estão mais próximas ou mais afastadas do Sol são<br />

chamadas respectivamente periélio e afélio do planeta.<br />

Use o Exercício 25(a) para mostrar que a distância no<br />

periélio de um planeta até o Sol é a(l - e) e que sua<br />

distância no afélio é a( I + e).<br />

(b) Use os dados do Exercício 25(b) para encontrar as<br />

distâncias a Ten-a até o Sol no períélio e no afélio,<br />

afé!io<br />

planeta<br />

27. A órbita do cometa de Halley, visto pela última vez em 1986 e<br />

com retomo esperado para 2062, é urna elipse com<br />

excentricidade 0,97 e com um foco no Sol. O comprimento do<br />

eixo principal é 36,18 AU. [Uma unidade astronômica (AU) é a<br />

distância média entre a Terra e o Sol, cerca de 93 milhões de<br />

milhas.] Encontre uma equação polar para a órbita do cometa<br />

de Halley. Qual é a dístância máxima do cometa até o Sol<br />

28. O cometa Hale-Bopp, descoberto em 1995, tem uma órbita<br />

elíptica com excentricidade 0,9951 e o comprimento do eixo<br />

principal é 356,5 AU. Encontre üma equação polar para a<br />

órbita desse cometa. Quão perto do Sol chega esse cometa<br />

29. O planeta Mercúrio percorre uma órbita elíptica com<br />

excentricidade 0,206. Sua distância mínima do Sol é<br />

4,6 X 10 7 km. Use os resultados do Exercício 26(a) para<br />

encontrar a distância máxima até o Sol.<br />

30. A distância do planeta Plutão até o Sol é 4,43 X 10 9 km no<br />

periélio e 7,37 X 10 9 km no afélio. Use o Exercício 26 para<br />

encontrar a excentricidade da órbita de Plutão.<br />

31. Usando os dados do Exercício 29, calcule a distância<br />

percorrida pelo planeta Mercúrio durante uma órbita completa<br />

ao redor do SoL (Se sua calculadora ou sistema algébrico<br />

computacional avaliar as integrais definidas, use-o. Caso<br />

contrário, use a Regra de Simpson.)<br />

k.B Revisão<br />

VERIFICAÇÃO DE CONCEITOS<br />

1. (a) O que é uma curva paramétrica<br />

(b) Como você esboça uma curva paramétrica<br />

2. (a) Como você calcula a inclinação de uma tangente a uma<br />

. curva paramétrica<br />

(b) Como você calcula a área sob uma curva paramétrica<br />

3, Escreva uma expressão para cada um dos seguintes itens:<br />

(a) O comprimento de uma curva paramétrica.<br />

(b) A área da superfície obtida pela rotação de uma curva<br />

paramétrica ao redor do eixo x.<br />

4. (a) Use um diagrama para explicar o significado das<br />

coordenadas polares (r, 8) de um ponto.<br />

(b) Escreva as equações para expressar as coordenadas<br />

cartesianas (x, y) de um ponto em termos de coordenadas<br />

polares.<br />

(c) Quais equações você usaria para encontrar as coordenadas<br />

polares de um ponto se você soubesse as coordenadas<br />

cartesianas<br />

!i (a) Como você calcula a inclinação de uma reta tangente a<br />

urna curva polar<br />

(b) Como você calcula a área de uma região limitada por uma<br />

curva polar<br />

(c) Como você calcula o comprimento de uma curva polar


James Stewart CAPÍTUlO 10 EQUAÇÕES PARA.MÉTRlCA.S E COORDENADAS POLARES f"1 693<br />

6. (a) Dê uma defmição geométrica de uma parábola.<br />

(b) Escreva uma equação de uma parábola co~ foco (O,p) e<br />

diretriz y = -p. O que acontece se o foco for (p, O) e a<br />

diretriz for x = - p<br />

7. (a) Dê uma definição de uma elipse em termos dos focos.<br />

(b) Escreva uma equação para a elipse com focos (:te, O) e<br />

vértices (±a, 0).<br />

8. (a) Dê uma definição de uma hipérbole em termos dos focos.<br />

(b) Escreva uma equação para a hipérbole com os focos<br />

(:te, O) e os vértices (±a, 0).<br />

(c) Escreva equações para as assíntotas da hipérbole<br />

na parte (b ).<br />

9. (a) O que é a excentricidade de uma seção cônica<br />

(b) O que você pode dizer sobre a excentricidade<br />

se a seção cônica for uma elipse Uma hipérbole<br />

Uma parábola<br />

(c) Escreva uma equação polar para uma seção cônica<br />

com excentricidade e e diretriz x = d. O que<br />

acontece se a diretriz for x = -d y = d y = -d<br />

TESTES FALSO-VERDADEIRO<br />

Determine se a declaração é verdadeira ou falsa. Se for verdadeira. explique o<br />

porquê. Se for falsa, explique o porquê ou dê um contra-exemplo<br />

1. Se a curva paramétrica x = f(t), y = g(t) satifaz g'(l) =O,<br />

então ela tem uma tangente horizontal quando t = l.<br />

2. Se x = j{t) e y = g(t) têm derivadas segundas, então d 2 yJdx1 =<br />

( d 2 y! dt 2 )/( d2 xl dt').<br />

3. O comprimento da curva x = j{t) e y = g(t), a ~ t ~ b é<br />

J: ~[f (I)]'+ [g'(t)J' dt.<br />

4. Se um ponto é representado por (x, y) em coordenadas<br />

cartesianas (onde x :;o6 0) e (r, O) em coordenadas polares então<br />

O= tg~ 1 (y/x).<br />

5. As curvas polares r= 1 - sen 2f3 e r= sen 28- 1 têm o<br />

mesmo gráfico.<br />

6. As equações r = 2, x 2 + .r 2 = 4 ex = 2 sen 3!, y = cos 3t<br />

(O ::=::; t ::=::; 21T) têm todas o mesmo gráfico.<br />

7. As equações paramétricas x = P, y = t 4 possuem o mesmo<br />

gráfico de x = /3, y = 16.<br />

8. O gráfico de y2 = 2y + 3x é uma parábola.<br />

9. A reta tangente a uma parábola intercepta a parábola apenas<br />

uma vez.<br />

10. Uma hipérbole nunca intercepta sua diretriz.<br />

EXERCÍCIOS<br />

·;-Li Esboce a curva paramétrica e elimine o parâmetro<br />

para encontrar a equação cartesiana da curva.<br />

1. X= t 2 + 4t, }' = 2 - 1, -4 ~ f~ l<br />

3. x=tgO, y=cotO<br />

4. X = 2 COS 0, )' = 1 + sen 0<br />

5. Escreva os diferent;:.s conjuntos de equações paramétricas<br />

para a curva y = \ix.<br />

6. Use os gráficos de x =f(!) e y = g(t) para esboçar a curva<br />

paramétrica x =f (t), y = g(t). Indique com setas a direção<br />

na qual a curva é traçada quanto t aumenta.<br />

7-·"i-4 Esboce a curva polar.<br />

7. r= 1 - cos e<br />

9. r = 1 + cos 28<br />

11. r 2 = sec 28<br />

13. r = -:-:---::<br />

+ cos 8<br />

8.<br />

10.<br />

12.<br />

14.<br />

r= sen 48<br />

r= 3 + cos 38<br />

r = 2 cos( 0/2)<br />

8<br />

r= 4+3sen0<br />

1!3-1fi ·- Encontre uma equação polar para a curva representada<br />

pela equação cartesiana dada.<br />

15. X+ y = 2<br />

11. A curva com equação polar r = (sen 8)/ 8 é chamada<br />

cocleóide. Use um gráfico de r como função de 8 em<br />

coordenadas cartesianas para esboçar a cocleóide<br />

manualmente. Então plote-a com uma<br />

máquina para verificar seu esboço.<br />

18. Plote a elipse r= 2/(4 - 3 cos 8) e sua diretriz. Também<br />

plote a elipse obtida pela rotação ao redor da origem, com um<br />

ângulo de 2'1T/3.


694 LJ CÁlCUlO Editora Thomson<br />

Hl-22 Calcule a inclinação da reta tangente à curva dada no<br />

ponto correspondente ao valor especificado do parâmetro.<br />

19. x = In t, y = 1 + t 1 ; t = 1<br />

20. X= t) + 6t + 1, )' = 2t- t 2 ; t = ~ 1<br />

21. r= e -IJ. e= 1T<br />

22. r= 3 + cos 3 8; 8 = w/2<br />

2.3--2!~. Calcule d:r/dx e d 2 yjdx 1 .<br />

23. x = t cos t, y = t sen t<br />

24. X= 1 + t 2 , )' = t ~ t 5<br />

25. Use um gráfico para estimar as coordenadas do ponto mais<br />

baixo na curva x = t' 3t, y = t 2 + f + I Então use o<br />

cálculo para calcular as coordenadas exatas.<br />

26. Calcule a área da região limitada pelo laço da curva no<br />

Exercício 25.<br />

27. Em que pontos a curva<br />

x = 2a cos t ~ a cos 2t y = 2a sen t - a sen 2t<br />

tem tangentes verticais ou horizontais Use essa informação<br />

para ajudar a esboçar a curva.<br />

28. Calcule a área limitada pela curva no Exercício 27.<br />

29. Calcule a área limitada pela curva r 2 = 9 cos 58.<br />

30. Calcule a área limitada pelo laço interno da curva<br />

r= I - 3 senO.<br />

31. Calcule os pontos de interseção das curvas r = 2 e r = 4 cos O.<br />

32. Encontre os pontos de interseção das curvas r = coHtg O e<br />

r= 2 cose.<br />

33. Encontre a área da região que está dentro de ambos os círculos<br />

r=2sen0e r= senO+ cose.<br />

34. Encontre a área da região que está dentro da curva<br />

r = 2 + cos 20, mas fora da curva r = 2 + sen O.<br />

35-38 ;:::; Calcule o comprimento da curva.<br />

35. X= 3t 1 , )' = 2! 3 , Ü ~ f -:.S; 2<br />

36. x = 2 + 3t, y = cosh 3t, O ~ t ~ 1<br />

39-1'1{) .::.; Calcule a área da superfície obtida pela rotação da curva<br />

dada ao redor do eixo x.<br />

39. X= 4-../t,<br />

l<br />

v=-+­<br />

- 3 2t 2 '<br />

t 3<br />

]_~f~ 4<br />

40. x = 2 + 3t, y = cosh 3t, O ~ t -::;:;: I<br />

41. As curvas definidas pelas equações paramétricas<br />

x=<br />

t(t 2 - c)<br />

y ~ t 2 + I<br />

são chamadas estrofóides (do grego, girar, torcer). Investigue<br />

como essas curvas mudam quando c varia.<br />

42. Uma família de curvas tem equações polares ra = I sen 28!,<br />

onde a é um número positivo. Investigue como essas curvas<br />

mudam quando a varia.<br />

43-46 :-:: Encontre os focos e os vértices e esboce o gráfico.<br />

44. 4x 2 - y 2 = I6<br />

45. 6y 2 +X- 36y + 55 ~ Ü<br />

46. 25x 2 + 4y 2 + 50x - 16y ~ 59<br />

47. Encontre uma equação da parábola com foco (O, 6) e diretriz<br />

y ~ 2.<br />

48. Encontre uma equação da hipérbole com focos (0, ±5) e<br />

vértices (0, ::!::2).<br />

49. Encontre uma equação da hipérbole com os focos (±3, O) e as<br />

assíntotas 2y = ±x.<br />

50. Encontre uma equação da elipse com focos (3, ±2) e eixo<br />

principal com comprimento 8.<br />

51. Encontre uma equação para a elipse que divida um vértice e<br />

um foco com a parábola x 1 + y = 100 e que tenha seu outro<br />

foco na origem.


James Stewart CAPÍTUlO 10 EOUAÇÓES PARAMÉTF\!CAS E COORDENADAS POLARES 695<br />

52. Mostre que, se m for qualquer número real, então existem<br />

exatamente duas retas de inclinação m tangentes à elipse<br />

x 2 fa2 + y 2 /b 2 = 1 e suas equações são<br />

y=mx :t: Ja 2 m 2 + b 2 •<br />

53. Encontre uma equação polar para a elipse com foco na origem,<br />

excentricidade 5 e diretriz com equação r = 4 sec e.<br />

54. Mostre que os ângulos entre o eixo polar e a-;; assíntotas da<br />

hipérbole r= ed/(1 - ecos e) e > 1 são dados por<br />

cos"'(:':l/e)"<br />

55. Na figura o círculo de raio a é estacionário, e para cada<br />

O o ponto Pé o ponto médio do segmento QR. A curva traçada<br />

por P para O < O < 7r é denominada curva de arco longo.<br />

Encontre as equações paramétricas para essa curva.<br />

2a<br />

a<br />

J<br />

X e


t<br />

Uma curva é definida pelas equações paramétricas<br />

'! cos u<br />

x~ --du<br />

J<br />

y= --du<br />

' u I ' sen u<br />

' u<br />

Calcule o comprimento do arco da curva a partir da origem até o ponto mais próximo onde<br />

existe uma reta vertical tangente.<br />

2. (a) Encontre os pontos mais altos e mais baixos sobre a curva x 4 + y~ = x" + y".<br />

(b) Esboce a curva. (Note que ela é simétrica em relação a ambos os eixos e a ambas as retas<br />

y = ::tx; assim, inicialmente é suficiente considerar y ~ x :;- 0.)<br />

(c) Use as coordenadas polares e um sistema algébríco computacional para encontrar a área<br />

dentro da curva.<br />

3. Qual é o menor visor que contém cada membro da família de curvas polares r = l + c sen 8.<br />

onde O ~ c ~ l Ilustre sua resposta ao plotar vários membros da família no visar da<br />

calculadora.<br />

4. Quatro insetos são colocados nos quatro cantos de um quadrado com lado de comprimento a.<br />

Os insetos andam no sentido anti-horário na mesma velocidade e cada um deles sempre anda<br />

diretamente em direção ao próximo inseto. Eles se aproximam do centro do quadrado ao longo<br />

de um caminho em espiral.<br />

(a) Encontre a equação polar do caminho do inseto supondo que o pólo esteja no centro do<br />

quadrado. (Use o fato de que a reta ligando um inseto até o próximo é tangente ao<br />

caminho do inseto.)<br />

(b) Encontre a distância percorrida por um inseto quando ele encontra os outros insetos no<br />

centro.<br />

a<br />

a<br />

5. Uma curva chamada fólio de Descartes é definida pelas equações paramétricas<br />

3t<br />

x~---<br />

1 + ! 3<br />

(a) Mostre que, se (a, b) estiverem na curva, então (b, a) também estão; isto é, a curva é<br />

simétrica em relação à reta y = x. Onde a curva intercepta essa reta<br />

(b) Encontre os pontos na curva onde as retas tangentes são horizontais ou verticais.<br />

(c) Mostre que a reta y =<br />

(d) Esboce a curva.<br />

-x- 1 é uma assíntota inclinada.<br />

696


(e) Mostre que a equação cartesiana dessa curva é x 3 + y 3 = 3xy.<br />

(f) Mostre que a equação polar pode ser escrita na forn1a<br />

3sec0tge<br />

1 + tg'e<br />

(g) Encontre a área da região dentro do laço dessa curva.<br />

(h) Mostre que a área do laço é a mesma que está entre a assíntota e os infinitos ramos da<br />

curva. (Use um sistema algébrico computacional para avaliar a integraL)<br />

697


11<br />

Seqüências<br />

Infinitas e Séries<br />

As funções de Bessel, usadas para<br />

modelar as vibrações de tambores e<br />

pratos, são definidas como somas de<br />

séries infinitas na Seção 11.8.


,-1<br />

!<br />

Seqüências infinitas e séries foram introduzidas rapidamente no Volume ! em<br />

conexão com os paradoxos de Zenon e a representação decimal de números. Sua<br />

importância em cálculo surge da idéia de Newton da r~presentação de funções como<br />

somas de séries infinitas. Por exemplo, para encontrar áreas ele freqüentemente<br />

integrava uma função expressando-a primeiro como uma série e então integrando<br />

cada termo da série. Seguiremos sua idéia na Seção 11.10 para integrar as funções<br />

como e--x'. (Lembre-se de que, anteriormente, não pudemos fazer isso.) Muitas das<br />

funções que surgem em física, matemática e qulmica, tais como as funções de<br />

Bessel, são definidas como somas de séries; assim .. é importante nos familiarizarmos<br />

com os conceitos básicos de convergência de seqüências infinitas e séries.<br />

Físicos também usam séries de outra maneira, como veremos na Seção 11.12.<br />

Em áreas de estudo tão diversas quanto óptica, relatividade especial e<br />

eletromagnetismo, eles analisam fenômenos trocando uma função pelos<br />

primeiros termos da série que a representa.<br />

Uma seqüência pode ser pensada como uma lista de números escritos em uma ordem<br />

definida!<br />

O número a 1 é chamado primeiro termo, a 2 é o segundo termo e, em geral, a, é o<br />

n-ésimo termo. Podemos lidar exclusivamente com seqüências infinitas e, assim, cada<br />

termo a, terá um sucessor a,+ 1 •<br />

Note que, para cada inteiro positivo n, existe um número correspondente a, e, dessa<br />

forma, uma seqüência pode ser definida corno uma função cujo domínio é o conjunto dos<br />

inteiros positivos. Mas geralmente escrevemos an em vez da notação de função f(n) para<br />

o valor da função no número n.<br />

NOTAÇÃO o A seqüência {a, a 2 , a3, ... } é também denotada por<br />

{a,} ou {a,} ==l<br />

(a)<br />

(b)<br />

(c)<br />

(d)<br />

EXEMPlO 1 = Algumas seqüências podem ser definidas dando uma fórmula para o<br />

n-ésimo termo. Nos exemplos a seguir, damos três descrições da seqüência: uma usando<br />

a notação anterior, outra empregando a fórmula da definição e uma terceira escrevendo<br />

os termos da seqüência. Note que n não precisa começar em 1.<br />

t:J~!<br />

n<br />

a~---<br />

n n + 1<br />

{(-!)"~~+!)} (-J)"(n +<br />

an =<br />

3"<br />

H·~·!·~· 'n:J' }<br />

1)<br />

{-f.t.- 2~' :1 , ... , (-!)"~~ + l) , ... }<br />

{~l:~J a,~~. n~3 {o,!, fi, -/3, , )n- 3, ... }<br />

{ cos n67r} """o<br />

n7r<br />

a"= cos6, n~O { !, f, ~ ,<br />

O, , cos n;, . }<br />

699


700 CÁLCULO Edítora Thomson<br />

EXEMPLO 2<br />

Ache uma fórmula para o termo geral an da seqüência<br />

assumindo que o padrão dos primeiros termos continue.<br />

SOLUÇÃO Nos é dado que<br />

3<br />

6<br />

ilj =-<br />

5 625<br />

7<br />

a---<br />

5- 3.125<br />

Observe que os numeradores dessas frações começam com 3 e são incrementados por 1<br />

à medida que avançamos para o próximo termo. O segundo termo tem numerador 4;<br />

o terceiro, numerador 5; generalizando, o n-ésimo termo terá numerador n + 2. Os<br />

denominadores são potências de 5, logo an tem denominador sn. Os sinais dos termos<br />

alternam entre positivo e negativo, assim precisamos multiplicar por uma potência de<br />

- 1. No exemplo I (b) o fator ( -1 )" significa que começamos com um termo negativo.<br />

Neste exemplo, queremos começar com um termo positivo e assim usamos ( -1 )n ~ 1 ou<br />

( -1)' 1 + 1 • Portanto,<br />

n + 2<br />

a ~ (~!)"-' --<br />

" 5"<br />

EXEMPlO 3 ::: Aqui estão algumas seqüências que não têm uma equação de defirúção simples.<br />

(a) A seqüência {p,}, onde p, é a população do mundo no dia 1' de janeiro do ano n.<br />

(b) Se fizermos a, ser o dígito na n-ésima casa decimal do número e, então {a,J é uma<br />

seqüência bem-definida cujos primeiros termos são<br />

{7, 1, 8, 2, 8, 1, 8, 2, 8, 4, 5, ... }<br />

(c) A seqüência de Fibonacci {f,} é definida recursivamente pelas condições<br />

n;::;::: 3<br />

Cada termo é a soma dos dois termos precedentes. Os primeiros termos são<br />

{1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, ... }<br />

I I 'III.!Dl<br />

o l 1<br />

2<br />

FIGURA 1<br />

Essa seqüência surgiu quando o matemático italiano conhecido como Fibonacci resolveu, no<br />

século XIII, um problema envolvendo a reprodução de coelhos (veja o Exercício 65).<br />

Uma seqüência como aquela no Exemplo !(a), a, = n/(n + I) pode ser desenhada<br />

plotando-se seus termos em uma reta, como na Figura 1, ou plotando-se seu gráfico, como<br />

na Figura 2. Note que, como uma seqüência é uma função cujo donúnio é o conjunto dos<br />

inteiros positivos, seu gráfico consiste em pontos isolados com coordenadas<br />

(2, a2) (3, aJ) (n, a,)<br />

A partir da Figura l ou 2 parece que os termos da seqüência a, = n/(n + 1) estão se<br />

aproximando de 1 quando n se toma grande. De fato, a diferença<br />

FiGURA 2<br />

!234567<br />

n I<br />

1---=--<br />

n+l n+]


James Stewart CAPÍTULO 11 SEQÜÊNCIAS INFINITAS E SÉRIES 701<br />

pode ser tão pequena quanto se desejar tomando-se n suficientemente grande. Indicamos<br />

isso escrevendo<br />

Em geral, a notação<br />

11<br />

lim---~<br />

n·->OC n + 1<br />

liman =L<br />

significa que os termos da seqüência {a,} aproximam-se de L quando n toma-se grande. Note<br />

que a seguinte definição precisa do limite de uma seqüência é muito parecida com a<br />

definição de um limite de uma função no infinito dada na Seção 2.6 do Volume I.<br />

""·-"'- J


702 o CÁlCUlO Edítora Thomson<br />

Outra ilustração da Definição 2 é dada na Figura 5. Os pontos no gráfico de {a,} devem<br />

estar entre as retas horizontais y = L + E e y = L - E se n > N. Esse desenho deve ser<br />

válido não importa quão pequeno e seja escolhido, mas geralmente e menor requer N<br />

maior.<br />

y=L+f-<br />

FIGURA 5<br />

4 N<br />

A comparação da Definição 2 com a Definição 2.6.7 (Volume I) mostra que a única<br />

diferença entre limn___,.c.o a, = L e limx~•Jf(x) = L é que n precisa ser inteiro. Então, temos<br />

o seguinte teorema, que é ilustrado pela Figura 6.<br />

[3] Teorema Se lim, ..• wf(x) ~ L e f(n) ~ a, quando n é um inteiro, então<br />

lirn 11 ..... c.o a, = L.<br />

-------y= f(x)<br />

L~--~~----~===============<br />

FIGURA 6<br />

o<br />

1 2 3 4<br />

X<br />

Em particular, como sabemos que lim,~m (1/x') ~O quando r> O (Teorema 2.6.5,<br />

Volume I), temos<br />

lim _!_~O<br />

""""""" n'<br />

se r> O<br />

Se an se tornar grande quando n se tornar grande, usaremos a notação lim, ......, a 11 = oo.<br />

A seguinte definição precisa é similar à Definição 2.6.9 (Volume I).<br />

[!] Definição limn~·'""" a, = oo significa que para cada número positivo M existe um<br />

inteiro N tal que<br />

sempre que n > N<br />

Se lim"__,._"" a, = oo , então a seqüência {a,} é divergente, mas de maneira especiaL<br />

Dizemos que {a,} diverge para oo.<br />

As Leis do Limite dadas na Seção 2.3 do Volume I também valem para os limites de<br />

seqüências, e suas provas são similares.


James Stewart CAPÍTULO 11 SEOútNCIAS INFINITAS E SÉRIES n 703<br />

!!!!! Leí2 cio L!m!te para SeqLJências<br />

Se {a,} e {h,} forem seqüências convergentes e c for uma constante, então<br />

lim (a, + b,) ~ lima, + lim b,<br />

n-z ,~~ ,__,_oo<br />

lim (a, - h,) ~ lima, - lim h,<br />

,_.ex n->oo 11~00<br />

lim ca, = c lim a,~<br />

n --+""<br />

lim c= c<br />

n->x<br />

lim (a,b,) ~ lima, · lirn b,.<br />

n-'"" n__,_"' n--__,._:;ro<br />

• a!j<br />

lima"<br />

w----J.CG<br />

I tm-=----<br />

11----""' b, lim b,<br />

n----'>'"'<br />

se lim b, # O<br />

lima~<br />

"~"<br />

[lima,]" se p >O e a,> O<br />

Jl----)


704 D CÁlCULO Editora Tbomson<br />

seqüências, mas sim a funções de uma variável reaL Contudo, podemos usar a Regra de<br />

L'Hôspital para a função relacionada j(x) ~ (ln x)/x e obter<br />

Portanto, pelo Teorema 3, temos<br />

lnx 1/x<br />

lim-= lim-=0<br />

x->"' X x---->"' 1<br />

Jnn<br />

n<br />

lim--~o<br />

n~>'


James Stewart CAPÍTULO 11 SEOÜÊI\)C!AS INFir\liTAS E SÉR!ES 705<br />

Note que a expressão em parênteses é no máximo ] , porque o numerador é menor<br />

(ou igual) ao denominador. Assim<br />

l<br />

O< a,~n<br />

o<br />

FIGURA 10<br />

!O<br />

Sabemos que 1/n........;. O quando n---'> x_ Portanto, a"----.....:;. O quando n ........;> x: pelo Teorema<br />

do Confronto.<br />

EXEMPLO 9 o Para que valores de r a seqüência {r"} é convergente"<br />

SOLUÇÃO Sabemos da Seção 2.6 e dos gráficos das funções exponenciais na Seção 1.5.<br />

ambas do Volume I, que lim"-" a' = oo para a > 1 e lim,_," a' = O para O < a · I<br />

Logo, colocando a = r e usando o Teorema 2, temos<br />

lim r''= {"'<br />

71-'>"'- o<br />

se r> 1<br />

se O< r<<br />

É óbvio que<br />

Se - l < r < O, então O < I r I < 1 , assim<br />

lim 1" = 1 e limO"= O<br />

n--->::o<br />

lim Ir' I= lim Ir I"~ O<br />

,___.~<br />

e portanto limn _,ex r 11<br />

= O pelo Teorema 6. Se r,; -1 , então {r"} diverge corno no<br />

Exemplo 6. A Figura 11 mostra os gráficos para vários valores de r. (O caso r= --1 é<br />

mostrado na Figura 8.)<br />

n·->oc<br />

~1<br />

a"<br />

' r> 1<br />

-1


706 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

Uma seqüência {an} é denominada crescente se a, < a,.-1 para<br />

todo n ;;:: j, isto é, Qj < az a,+ i<br />

para todo n ;;:: 1. É dita monotônica se for crescente ou decrescente.<br />

EXEMPLO íG<br />

A seqüência {-- 3 -} é decrescente porque<br />

n + 5<br />

3 3 3<br />

--> ~---<br />

n + 5 (n + 1) + 5 n + 6<br />

para todo n ;;: L (0 lado direito é menor porque tem um denominador maior.)<br />

11<br />

EXEMPLO i i -- Mostre que a seqüência a, =~-'--é decrescente.<br />

+<br />

SOLUÇÃO 1 Devemos mostrar que a,+ 1


James Stewart CAPÍTUlO 11 SEQÜÊNCIAS INFif\JiTAS E SÉRIES 707<br />

a,<br />

M<br />

L<br />

FIGURA 12<br />

... .... ······ ······<br />

Por exemplo, a seqüência an = n é limitada inferiormente (an > O) mas não superior*<br />

mente. A seqüência a, = n/(n + l) é limit"da, porque O


70B u CÁlCUlO Editora Thomson<br />

SOLUÇÃO Começamos calculando os primeiros termos:<br />

a2 ~ l (2 + 6) ~ 4<br />

a4 ~ l(5 + 6) ~ 5,5 a, ~ 5,75<br />

a,~ 5,9375 a 8 ~ 5,96875 a, ~ 5,984375<br />

A indução matemâtica é<br />

freqüentemente usada para trabalhar<br />

com seqüências recursivas. Veja a<br />

página 81 do Volume I para uma<br />

discussão do Princípio da lnduçáo<br />

Matemática.<br />

Esses termos iniciais sugerem que a seqüência é crescente e os termos estão se<br />

aproximando de 6. Para confirmar que a seqüência é crescente, usamos a indução<br />

matemática para mostrar que a,.i-l > a" para todo n ~ L Isso é verdadeiro para n =<br />

porque a2 = 4 > a1. Se assumirmos que isso é verdadeiro para n = k, então, temos<br />

assim<br />

e J(ak+, + 6) > j(a, + 6)<br />

Então<br />

Deduzimos que an+ 1 > a, é verdadeiro para n = k + 1. Portanto, por indução a<br />

desigualdade é verdadeira para todo n.<br />

A seguir verificamos que {a,} é limitada mostrando que a, < 6 para todo n, (Como a<br />

seqüência é crescente, já sabemos que ela tem um minorante: a,~ a 1 = 2 para todo n.)<br />

Sabemos que a 1 < 6, assim a asserção é verdadeira para n = 1. Suponha que isso seja<br />

verdadeiro para n ~ k, Logo,<br />

assim a,+ 6 < 12<br />

j(a, + 6) < j(I2) ~ 6<br />

Então ak+l < 6<br />

Isso mostra, por indução matemática, que a, < 6 para todo n.<br />

Como a seqüência {a,} é crescente e limitada, o Teorema 11 garante que ela tem um<br />

limite. O teorema não nos conta qual é o valor do limite. Mas agora que sabemos que<br />

L = lim, ..... ,.,, a, existe, podemos usar a relação de recorrência para escrever<br />

c Uma prova desse fato é pedida no<br />

Exercício 52.<br />

Como a,_.,. L, segue que a,+t _.,.L, também (quando n _.,. oo, n + 1 _.,. oo, igualmente).<br />

Assim, temos<br />

Resolvendo essa equação para L temos L = 6, como previsto.


James Stewart CAPÍTULO 11 SEQÜÊ:NCIAS INFiNITAS E SÉRIES [J 709<br />

Exercícios<br />

1. (a) O que é uma seqüência<br />

(b) O que significa dízer que lirnH."'"' a" = 8<br />

(c) O que significa dizer que limn__,."' a"= oo<br />

2. (a) O que é uma seqüência convergente Dê dois exemplos.<br />

(b) O que é uma seqüência divergente Dê dois exemplos.<br />

Liste os cinco primeiros termos da seqüência.<br />

n+I<br />

3. an = 1 - (0,2) 11<br />

4 .a,=3n-1<br />

3( -I)"<br />

5. Gn =-n- 1<br />

-<br />

1. al = 3, an+l = 2an - l<br />

6. {2 · 4 · 6 · · · · · (2n))<br />

a,.<br />

8. a1 = 4, Gn+l = --·­<br />

a"- l<br />

9-14 ::_; Encontre uma fórmula para o termo geral anda seqüência,<br />

assumindo que o padrão dos primeiros temms continua.<br />

9. {4, 1. g, -~t .. } 10. {L i.!. L ... }<br />

11. {2, 7, 12, 17, ' ..} 12. ,, -16, ' ;g, ' ' ' ')<br />

&<br />

i! :!i {I, 2 ' ~ 3· Çi, -v,.<br />

. ) 14. {5, I, 5, I, 5, I, ' ' .}<br />

15-4íJ [: Determine se a seqüência converge ou diverge. Se ela<br />

convergir, encontre o limite.<br />

15. a, ~ n(n - I)<br />

16.<br />

n + l<br />

a~---<br />

" 3n - 1<br />

19. a,=<br />

n+<br />

2'<br />

(-Ir'n<br />

21. a, = n1 + l<br />

23. a 11<br />

= cos(n/2)<br />

2 . { (2n - 1) 1 }<br />

5<br />

(2n+l) 1<br />

{ e"+e~'}<br />

27. "'<br />

e ·- 1<br />

29. {n2e~n}<br />

g an = c~~~n<br />

33. an = n sen(l/n)<br />

( ) ""<br />

35. a~= 1 +~<br />

(O, l, O, O, J, O, O, O, l, ~·l<br />

18.<br />

a,<br />

20. iln =<br />

.;;;<br />

l + .;;;<br />

n<br />

+<br />

(-l)"n'<br />

22. a = -cc-'---"',---.,..<br />

n n3+2n2+<br />

24. an = cos(2/n)<br />

26. ( arctg 2n}<br />

28. L~";J<br />

30. { n cos n7i}<br />

l2l! a, ~ ln(n + l) - Jn n<br />

34. Gn = ~n -<br />

sen 2n<br />

36. Gn = l + ..;n<br />

41~43 : Use um gráfico da seqüência para decidir se a seqüência é<br />

convergente ou divergente. Se a seqüência for convergente, estime<br />

o valor do limite a partir do gráfico e então prove sua<br />

estimativa. (Veja a margem esquerda na página 704 com<br />

sugestões para gráficos de seqüências).<br />

n + l<br />

41. a,~(-1)"-- 42. a,~2+(-2/7T)"<br />

n<br />

2<br />

43. { arctgcn : l ) } 44. { se~n}<br />

,n<br />

45. a,<br />

47. a,=<br />

48. a,<br />

n "<br />

n!<br />

l . 3 . 5 . · (2n - l)<br />

(2n)"<br />

I · 3 • 5 · · (2n - I)<br />

n!<br />

46. a,= ::/3" + 5"<br />

49. Se $ 1.000 forem investidos a uma taxa de juros de 6%,<br />

compostos anualmente, depois de n anos o investimento valerá<br />

a, ~ l.OOO(l,06)' dólares.<br />

(a) Encontre os cinco primeiros termos da seqüência {a,J<br />

(b) A seqüência é convergente ou divergente Explique.<br />

{ '<br />

50. Calcule os primeiros 40 termos da seqüência definida por<br />

)a,<br />

an+l = 3a, + 1<br />

se an é um número par<br />

se a, é um número ímpar<br />

e a 1 = 1 L Faça o mesmo para a 1 = 25. Estabeleça uma<br />

conjectura sobre esse tipo de seqüência.<br />

51. Para quais valores de r a seqüência {nr"}<br />

é convergente<br />

52. (a) Se {an} for convergente, mostre que<br />

lima,+ I = lima,<br />

n--->oo<br />

n->""<br />

(b) Uma seqüência {a,} é definida por a 1 = ] e<br />

a,,~ l/(l +a,) para n;, L Assumindo que {a,)<br />

é convergente, encontre seu limite.<br />

~ Suponha que você saiba que {a,} é uma seqüência decrescente<br />

e que todos os termos estão entre os números 5 e 8. Explique<br />

por que a seqüência tem um limite. O que você pode dizer<br />

sobre o valor do limite<br />

54--60 ~ Determine se a seqüência dada é crescente, decrescente ou<br />

não monotônica. A seqüência é limitada<br />

l<br />

54. a,= 5<br />

,<br />

~ 1<br />

~a,=2n+3<br />

57. a" ~ cos(mr/2)<br />

2n- 3<br />

S6.a,=3n+4<br />

58. an = ne~n


710 n CÁlCULO<br />

Editora Thomson<br />

n<br />

59. a"= n 2 +<br />

60. a"=n+~<br />

1 ll<br />

61. Calcule o limite da seqüência<br />

lV-,y f r 12 v r2 ,y'2 V '2--.1-, ~ ... )<br />

62. Uma seqüência {an} é dada por a 1 = -Ji, a,, 1 = _,)2 +a".<br />

(a) Por indução, ou de outra maneira, mostre que {a,} é<br />

crescente e limitada superionnente por 3. Aplique o<br />

Teorema ll para indicar que limn···"' a,! existe.<br />

(b) Calcule limw--·"'· a,.<br />

:&S.- Mostre que a seqüência definida por a, = 1,<br />

an,-l = 3 - 1/ a, é crescente e a,. < 3 para todo n. Deduza<br />

que {au} é convergente c calcule seu limite.<br />

64. Mostre que a seqüência definida por<br />

a,"-1 =---<br />

3- a"<br />

satisfaz O < a, ~ 2 e é decrescente. Deduza que a seqüência<br />

é convergente e encontre seu limite.<br />

65. (a) ·Fibonacci colocou o seguinte problema: suponha que<br />

coelhos vivam para sempre e que a cada mês cada par<br />

produza um novo par, que se toma reprodutivo com<br />

2 meses de idade. Se começarmos com um par recémnascido,<br />

quantos pares de coelhos teremos no n-ésimo<br />

mês Mostre que a resposta é f~~, onde {f,,} é a seqüência<br />

de Fibonacci definida no Exemplo 3(c).<br />

(b) Seja a,= f,,.,. 1 /f,, e mostre que a,- 1 = 1 + 1/a,.+ Assumindo<br />

que {an} é convergente, encontre seu limite.<br />

66. (a) Seja a, ~a, a;~ f(a), a;~ f(a,) ~ f(f(a)),.<br />

a"+!= j(a,), onde fé uma função contínua. Se<br />

lirn,_, a, ~ L, mostre que f(L) ~ L.<br />

(b) Ilustre a parte (a) tomando f(x) = cos x, a = 1, e<br />

estimando o valor de L com precisão de cinco casas decimais,<br />

la 67. (a) Use um gráfico para estimar o valor do limite<br />

(b) Use um gráfico da seqüência na parte (a) para encontrar<br />

os menores valores de N que correspondem a e = 0,1 e<br />

e = 0,001 na Definição 2.<br />

68. Use a Definição 2 diretamente para provar que limn_,"' r" = O<br />

quando I ri< L<br />

69. Prove o Teorema 6.<br />

[Dica: Use a Definição 2 ou o Teorema do Confronto.]<br />

70. Seja a, = l )"<br />

( 1 + -;; .<br />

(a) Mostre que, se O.:;;:; a < b, então<br />

b'J+I- a""-\<br />

::__, _ _:::__ < (n + l )b"<br />

b-a<br />

(b) Deduza que b' 1 [(n + l)a -<br />

nh]


James Stewart CAPÍTUlO 11 SEO\JÉNCAS iNFINiTAS E SÉRiES 711<br />

Projeto de Laboratório<br />

Seqüências logísticas<br />

Uma seqüência que aparece em ecologia como um modelo para o crescimento populacional é<br />

definida pela equação de diferença logística<br />

p,+, ~ kp,(l -<br />

onde p, mede o tamanho da população da n-ésima geração de uma única espécie. Para manter os<br />

números manejáveis, p, é uma fração do tamanho máximo da população, e assim O :=:; Pn ::s l.<br />

Note que a fomm dessa equação é similar à da equação diferencial logística na Seção 9.5. O<br />

modelo discreto~ com seqüências em vez de funções contínuas -é preferível para modelar<br />

populações de insetos, onde acasalamento e morte ocorrem de uma maneira periódica.<br />

Um ecologista está interessado em prever o tamanho da população com o passar do tempo e faz:<br />

as perguntas: ela estabilizará em um valor limite Ela mudará de uma maneira cíclica Ou ela<br />

exibirá comportamento aleatório<br />

Escreva um programa para calcular os n primeiros tennos dessa seqüência, começando com<br />

uma população inicial p 0 , onde O < p 0 < i. Use esse programa para fazer o que se pede.<br />

1. Calcule 20 ou 30 termos da seqüência para p 0 = 4 e para dois valores de k tal que 1 < k < 3.<br />

Plote as seqüências. ,ElaS parecem_convergir Repita para um valor diferente de' p 0 entre O e l.<br />

O limite depende da: escolha de p 0 Deperide' da eScolha de k<br />

2. Calcule os termos seqüência para um valor de k entre 3 e 3,4 e plote-os. O que você nota<br />

termos<br />

k êritré 3,4-i3,5)o qrie aconteée--coni os termos<br />

p,)<br />

Séries<br />

Se tentarmos adicionar os termos de uma seqüência infinita {a,J:~h<br />

expressão da forma<br />

rn a! + az + a3 + ... + a, + ...<br />

obteremos uma<br />

que é denominada uma série infinita (ou apenas uma série) e é denotada, por abreviação,<br />

pelo símbolo<br />

ou<br />

Mas faz sentido falar sobre a soma de uma quantidade infinita de termos<br />

Seria impossível encontrar uma soma finita para a série<br />

1+2+3+4+5+···+n+<br />

porque se começarmos adicionando os termos obteremos as sornas cumulativas 1, 3, 6, 10, 15,<br />

2!, ... e depois o n-ésimo termo, n(n + 1)/2, que se toma muito grande quando n aumenta.<br />

Contudo, se começannos a adicionar os termos da série<br />

1 l I I l I<br />

-+-+-+-+-+-+<br />

2 4 8 !6 32 64<br />

!<br />

+-+<br />

2'


~~~<br />

712 c CÁlCUlO Editora Thomson<br />

I<br />

!1 Sorna dos n primeiros tcnnos<br />

0.5000000()<br />

0.75000000<br />

3 0.8750000{}<br />

4 0.93750000<br />

5 0.96875000<br />

6 0.98437500<br />

7 0.99218750<br />

10 0.9990234.:1-<br />

15 039996943<br />

20 0,99999905<br />

25 0.99999997<br />

obteremos ! , â, ~, *' H:, ~, ... , 1 - l/2", .... A tabela mostra que, quando adicionamos<br />

mais e mais termos, essas somas parciais se tornam cada vez mais próximas de L (Veja<br />

também a Figura 11 na página 7 do Volume L) De fato, adicionando um número suficiente<br />

de termos da série, podemos fazer as somas parciais se tornaxem tão próximas quanto quisermos<br />

de I. Assim, parece razoável dizer que a soma dessa série infinita é 1 e escrever<br />

'1 1 1 1 l 1<br />

l~l y. = 2 + 4 + 8 + 16 + ... + 211 + ... = 1<br />

Usamos uma idéia similar para determinar se uma série geral (1) tem uma soma ou não.<br />

Consideramos as somas parciais<br />

e, em geral,<br />

"<br />

sll = at + a2 + a3 + · · · + ali= 2.: ai<br />

i=l<br />

Essas somas parciais formam uma nova seqüência {sll}, que pode ou não ter um limite. Se<br />

lim,---"" s, = s existir (como um número finito), então, como no exemplo anterior, o<br />

chamamos soma da série infinita L a,.<br />

[I] Definlçãu Dada uma série L:=l a, = a 1 + a2 + a3 + · · ·,denote por<br />

s, sua n-ésima soma parcial:<br />

"<br />

sll = 2: a1 = a1 + a2 + · · · + a,<br />

i=l<br />

Se a seqüência {sn} for convergente e lim"__,."" S 11 = s existir como um número real,<br />

então a série Z a, é denominada convergente, e escrevemos<br />

a1 + a2 + · · · +ali+ · · · = s ou 2; a"~ s<br />

n=l<br />

O número s é chamado soma da série. Caso con~rário, a série é dita divergen~<br />

Assim, quando escrevemos z:=l an = s queremos dizer que, adicionando um número suficiente<br />

de tennos da série, podemos chegar tão próximo quanto quisennos do números. Note que<br />

c; Compare com a integral imprópria<br />

J·: f(x)dx ~ lim f' f(x)dx<br />

'<br />

,_,."'I<br />

Para encontrar essa integral,<br />

integramos de 1 até te então fazemos<br />

t-7 00 • Para uma série, somamos de<br />

1 a n e então temos n--oo.<br />

"<br />

l;a"~Iiml;a;<br />

n=l n--->"" i= I<br />

EXEMPLO 1 c Um exemplo importante de uma série infinita é a série geométrica<br />

a + ar + ar 2 + ar 3 + · · · + ar"- 1 + · · · = ~ ar"~ 1 a ,CO<br />

n=!


James Stewart CAPÍTUlO 11 SEOUENCIAS INFINiTAS E SÉRIES 713<br />

__ A Figura 1 fornece uma<br />

demonstração geométrica do resultado<br />

no Exemplo 1. Se os triângulos forem<br />

construidos como mostrado e s for a<br />

soma da série, então, por similaridade<br />

de triângulos,<br />

a<br />

a<br />

a - ar<br />

então<br />

a<br />

s = !-=-;<br />

Cada termo é obtido a partir do anterior pela multiplicação dele por uma razão em<br />

comum r. (Já consideramos o caso especial onde a = ~ e r= ~ na página 709.)<br />

Se r= 1, então sn =a + a + · · · + a= na--- ::!.:: 00 • Como limn--.oo Sn não existe, a<br />

série geométrica diverge nesse caso.<br />

Se r ;>f I, temos<br />

5 11 = a + ar + ar 2 + · · · + ar"- 1<br />

e ar+ ar 2 + · · · + ar"-J + ar 11<br />

Subtraindo essas equações, obtemos<br />

a(l -<br />

r')<br />

a- ar<br />

s<br />

I -<br />

r<br />

Se -I < r< l, sabemos, a partir de (li L8), que r' ->O quando n-> oo; assim,<br />

a(l - r') a a a<br />

lirn 5 11<br />

= lim ='--'--"- = --- - --- lim rn = --­<br />

,~----"' n-"""' 1 - r 1 - r 1 - r n-+'X 1 - r<br />

FIGURA 1<br />

Então, quando I ri< 1 a série geométrica é convergente, e sua soma é aj(l -r).<br />

Se r~ -I ou r> l, a seqüência {r'} é divergente por (ILL8); assim, pela Equação<br />

3, lim 11 __."" sn não existe. Portanto a série geométrica diverge naqueles casos.<br />

Resumimos os resultados do Exemplo 1 como a seguir.<br />

[!] A série geométrica<br />

2: arn-l = a + ar + ar 2 +<br />

n=l<br />

.-_; Em palavras: a soma de uma série<br />

geométrica convergente é<br />

primeiro termo<br />

I- razão<br />

é convergente se I r I < 1 e sua soma é<br />

; , a<br />

~ arn-t =---<br />

n=l 1 -r<br />

Se I r I ;o. l, a série geométrica é divergente,<br />

I ri< l<br />

UEMPLO 2 o Encontre a soma da série geométrica<br />

5 -lQ+~-'!Q.+<br />

3 9 27<br />

SOLUÇÃO O primeiro termo é a = 5 e a razão é r =<br />

convergente por ( 4) e sua soma é<br />

Como I ri=}< 1, a série é<br />

lO 20 40<br />

5--+---+<br />

3 9 27<br />

5 5<br />

-,.~--~( --~") = T = 3


'-<br />

714 LJ CÁLCULO Editora Thomson<br />

:: O que realmente queremos dizer<br />

quando falamos que a soma da série<br />

no Exemplo 2 é 3 Claro, não<br />

podemos adicionar literalmente um<br />

número infinito de termos, um a um.<br />

Mas, de acordo com a Defín1ção 2.<br />

a soma total é o limite da seqüência<br />

de somas parciais. Assim, tomando a<br />

soma de um número suficiente de<br />

termos. podemos chegar tão próximo<br />

quanto quisermos do número 3. A<br />

tabela mostra as primeiras dez somas<br />

parciais s,. e o gráfico na Figura 2<br />

mostra como a seqüência de somas<br />

parC!BIS se aproxima de 3<br />

ll<br />

!<br />

S,<br />

5,000000<br />

2 !,666667<br />

3 3,888889<br />

4 2,407407<br />

5 3,395062<br />

6 2,736626<br />

7 3, !75583<br />

8 2,882945 o 20 n<br />

9 3,078037<br />

!O 2,947975<br />

FIGURA 2<br />

EXEMPlO 3 ::::;<br />

A série 2: 2 2 n3l-·n é convergente ou divergente<br />

n=l<br />

SOLUÇÃO Vamos reescrever o n-ésimo termo da série na fonna arn -J :<br />

Outra mane1ra de identificar a e r é<br />

escrever os primeiros termos·<br />

4+!f+~+·<br />

Reconhecemos essa série como uma série geométrica com a = 4 e r = ~. Como r > 1, a<br />

série diverge por (4),<br />

EXEMPlO 4 o Escreva o número 2,3 T7 = 2,3171717, , , como uma razão de inteiros,<br />

SOLUÇÃO<br />

17 17 17<br />

2,3171717,,, = 2,3 + lO' + lO' + lO' +<br />

Depois do primeiro termo temos uma série geométrica com a= 17/10 3 e r= 1/10 2 •<br />

Portanto<br />

17 17<br />

10'<br />

2317 23 ---=23+ LOOO<br />

' = ' + I ' 99<br />

1<br />

10 2 100<br />

23 17 U47<br />

=-+-=--<br />

10 990 495<br />

EXEMPLO 5 o Encontre a soma da série 2: x", onde lx I < L<br />

n=O<br />

SOLUÇÃO Note que essa série começa com n = O e assim o primeiro termo é x 0 = l.<br />

(Com as séries, adotamos a convenção de que x 0 = 1 mesmo quando x = 0.) Então<br />

Essa é uma série geométrica com a =<br />

(4) fornece<br />

2: x" = 1 + x + x 2 + x 3 + x 4 + · · ·<br />

n=O<br />

1 e r = x. Como I r I = I x ] < 1, ela converge, e<br />

w 1<br />

l:x"=-­<br />

n=o 1 -X


James Stewart CAPÍTUlO 11 SEQÜÊNCIAS INFiNITAS E SÉRIES D 715<br />

" 1<br />

) é convergente e calcule sua soma.<br />

. n=! n n + 1<br />

Mostre que a série 2: _( ___<br />

SOLUÇÃO Essa não é uma série geométrica e, assim, voltamos à definição de uma série<br />

convergente e calculamos as somas parciais.<br />

" 1 l l I<br />

s ~I ~--+ --+--+···+--:----:-;-<br />

" i·t i (i + l) I · 2 2 · 3 3 · 4 n(n + J)<br />

Podemos simplificar essa expressão se usarmos a decomposição por frações parciais<br />

--~----<br />

i(i + I) i + I<br />

_ Note que os termos se cancelam em<br />

pares. Esse é um exemplo de uma<br />

soma telescópica: por causa de todos<br />

os cancelamentos, a soma colapsa<br />

(como um antigo telescópio) em<br />

apenas dois termos.<br />

(veja a Seção 7.4 no Volume!). Então, temos<br />

" I "(I I )<br />

i·l i(i + I) -H i i + I<br />

( I) (f ]-r+ --r+ 1) (I r-r+ J ) .. ·+~--;;+! ( \ 1 )<br />

s,~ I -I ---<br />

n + 1<br />

e, dessa forma, lim s, ~ lim (1 - -<br />

jj-->00 tr-->X n + 1<br />

1 -) ~ 1 - O~ 1<br />

A Figura 3 ilustra o Exemplo 6<br />

mostrando os gráficos da seqüência de<br />

termos a,= 1/[n(n + I)] e a seqüência<br />

{s,} das somas parciais. Note que<br />

a" -----.. o e s, ~ L Veja os Exercícios 54<br />

e 55 para duas interpretações<br />

geométricas do Exemplo 6.<br />

.... . . . . . . . .<br />

{s")<br />

Portanto, a série dada é convergente e<br />

" 1<br />

I ---:--'--,.,­<br />

,., n(n + 1)<br />

fXEMPto 7 cc Mostre que a série harmônica<br />

é divergente.<br />

SOLUÇÃO<br />

~ 1<br />

2:-~<br />

n=l n<br />

1 I I<br />

+-+-+-+<br />

2 3 4<br />

S1 = 1<br />

Sz=l·+!<br />

o<br />

FIGURA 3<br />

....<br />

{a,}<br />

n<br />

S4 = 1 + ~ + o + D > 1 + 1 + G + u = 1 + ~<br />

+ G + u + G + g + 5 + ü<br />

>l+!+U+D+O+ã+§+D<br />

Sg = 1 + ~<br />

=1+~+~+!=1+~<br />

S!6 = 1 +i+ G + D +o+ + D +H+ ... + fg)<br />

> 1 +i+ U + D + G + · · · + ü +(E+ · · · +E)<br />

=l+i+i+i+i=l+~


716 D CÁlCUlO Editora Thomson<br />

Similarmente, s_, 2 > l + ~, 56-4 > + 5, e, em geral,<br />

~--- O método usado no Exemplo 7 para<br />

mostrar que a série harmônica diverge<br />

deve-se ao estudioso francês Nicole<br />

Oresme (1323-1382).<br />

n<br />

+~<br />

2<br />

Isso mostra que s 2 " ........,. oo quando n ........,. oo e assim {s,} é divergente. Portanto a série<br />

harmônica diverge.<br />

Tt:Zh'!JITla Se a série 2: a, for convergente, então lim a, = O.<br />

n=l<br />

11--->e>o<br />

Prova Sejas,= a 1 + a 2 + · · · +a,. Então an = s"- sl!-1- Como 2: a, é convergente,<br />

a seqüência {s,} é convergente. Seja lim" --·"" s" = s. Como n - 1 ........,. oo quando n --0- oo,<br />

também temos lim, ""'"' Sw-l = s. Portanto<br />

lima,= lim (sn - s,-!) = lim s, - lim 5 11 - 1<br />

n·-"*"' , ___ ,, n-->"'- n-"''<br />

NOTA 1 o Com qualquer série 2: a, associamos duas seqüências: a seqüência {sr~} de<br />

suas somas parciais e a seqüência {an} de seus termos. Se L a, for convergente, o limite da<br />

seqüência {s,} és (a soma da série) e, como o Teorema 6 afirma, o limite da seqüência<br />

{a"} é O.<br />

NOTA 2 o A do Te.orema 6 não é verdadeira em geraL Se Em,__" a,, '"'""' O, não<br />

po.deJ.·oc•s concluir que La,, seja convergente. Observe que, para a série harmônica 2.: 1/n,<br />

temos a, = l/n........,. O quando n.......,.. oo, mas mostramos no Exemplo 7 que L 1/n é divergente.<br />

2: an é divergente.<br />

n=l<br />

Se lim an não existir ou se lím a, rf O, então a série<br />

n--+"' ,....,.,<br />

O Teste para Divergência vem do Teorema 6, porque, se a série não for divergente, ela<br />

é convergente e, assim, lim, ..... , a, = O.<br />

EXEMPlO S - Mostre que a série 2:<br />

n=l<br />

SOLUÇÃO<br />

n'<br />

~ diverge.<br />

Sn' + 4<br />

Desse modo, a série diverge pelo Teste para Divergência.<br />

1<br />

~,.co<br />

5<br />

NOTA 3 o Se acharmos que limn---""' a, :;6 O, saberemos que I a, é divergente. Se achar~<br />

mos que lim, .... ""a, = O, não saberemos nada sobre a convergência ou divergência de L a".<br />

Lembre-se do aviso na Nota 2: se lim, ..... m a, = O, a série I a, pode convergir ou divergir.


James Stewart CAPÍTULO 11 SEOÜÉNCiAS INFiNITAS E SÉRIES c 717<br />

Ts::; f;IT"" Se Z an e L. bn forem séries convergentes, então também o serão as<br />

séries :Z ca, (onde c é uma constante), :S (a, + b,) e 2 (a, - b,), e<br />

(i) L ca, = c L a,<br />

n=l<br />

n=l<br />

(iii) L (a, - b,) = 2: a, - 2; b,<br />

n=l<br />

n=l<br />

Essas propriedades de séries convergentes vêm a partir das Leis do Limite para<br />

Seqüências Convergentes na Seção 11.1. Por exemplo, aqui está como a parte (ii) do<br />

Teorema 8 é provada:<br />

Seja<br />

"<br />

s, = 2: a,<br />

i=!<br />

s =<br />

2: an<br />

n=l<br />

A n-ésima soma parcial para a série I (a, + b,) é<br />

"<br />

u, = L (a, + b,)<br />

i=!<br />

e, usando a Equação 5.2.9 do Volume I, temos<br />

" "<br />

= lim 2: a, + lim 2: b,<br />

n._.."" i=! n._.."" i=l<br />

= lim Sn + lim tn = s + f<br />

Portanto, L (a, + bn) é convergente e sua soma é<br />

L (a, + b,) = s + t = L a, + L b,<br />

n=l f!=J n=l<br />

" ( 3 I )<br />

G Calcule a soma da série 2: ( ) + -, .<br />

n=l n n + 1 2<br />

SOLUÇÃO A série 2: 1/2" é uma série geométrica com a = ~e r = L assim<br />

No Exemplo 6 encontramos que<br />

" l<br />

2:-= =l<br />

n=l 2" 1 -<br />

I<br />

X<br />

2: =1<br />

,~, n(n + 1)<br />

Assim, pelo Teorema 8. a série dada é convergente e<br />

" ( 3 1) X I w 1<br />

2: +- =32: +2:-<br />

,~, n(n + 1) 2" ,~, n(n + 1) ,~ 1 2"<br />

=3·1+1=4


718<br />

o CÁlCULO Editora Thomson<br />

NOTA 4 o Um número finito de termos não afeta a convergência ou divergência de uma<br />

série. Por exemplo: suponha que possamos mostrar que a série<br />

é convergente. Como<br />

n I 2 3 " n<br />

L -c--'-- ~ - + - + - + L --,---<br />

n=! + l 2 9 28 ,~, n 3 +<br />

segue-se que a série inteira z;= 1 n/(n 3 + 1) é convergente. Similarmente, se soubennos<br />

que a série z:=N+ 1 a, converge, então a série completa<br />

também é convergente.<br />

N<br />

L a, ~ L a, + L a,<br />

n=l n=i n=N+l<br />

Exercícios<br />

1. (a) Qual é a diferença entre uma seqüência e urna série<br />

(b) O que é uma série convergente O que é uma série divergente<br />

2. Explique o significado de se dizer que 2:~= 1 a,= 5.<br />

~~ 3-8 :·. Calcule pelo menos dez somas parciais da série. Plote<br />

ambas as seqüências de termos e de somas parciais na mesma tela.<br />

Parece que a série é convergente ou divergente Se ela for<br />

convergente, calcule a soma. Se for divergente, explique por quê.<br />

5.<br />

7.<br />

" 12<br />

2:-<br />

.~. ( -5)"<br />

4.<br />

2: tg n<br />

6.<br />

"c<br />

n~l<br />

2: --<br />

8.<br />

n=; n 1 ' 5 (n + 1 1)1,5 )<br />

2n<br />

Seja an =<br />

3 n + l .<br />

(a) Determine se {a,.,} é convergente.<br />

(b) Determine se 2:~= 1 an é convergente.<br />

1o. (a) Explique a diferença entre<br />

" "<br />

2: a, e 2: aJ<br />

i=l<br />

j=!<br />

(b) Explique a diferença entre<br />

e<br />

"' 2n 2 - 1<br />

2:-,-<br />

n=J n + 1<br />

2:


James Stewart CAPÍTULO 11 SEQÜÊNCIAS INFINITAS E SÉRIES c, 719<br />

:rt-05 ·~ Encontre os valores de x para os quais a série converge.<br />

Calcule a soma da série para aqueles valores de x.<br />

" x"<br />

!111. L -<br />

n=l 3"<br />

42. L (x -<br />

n~l<br />

4)"<br />

" (x + 3)"<br />

43. L 4"x" 44. L<br />

n=O W·'•Ü 2"<br />

" cosnx<br />

45. L --<br />

n=O 2"<br />

46. Vimos que a série harmônica é uma série divergente cujos<br />

termos se aproximam de O. Mostre que<br />

~ In( I + _!_)<br />

n=l n<br />

também tem essa propriedade.<br />

41-43 ::.J Use o comando de frações parciais em seu CAS para<br />

encontrar uma expressão conveniente para a soma parcial; então<br />

utilize essa expressão para encontrar a soma da série. Verifique sua<br />

resposta usando o CAS para somar a série diretamente.<br />

47.<br />

.~,<br />

I (4n + 1)(4n - 3)<br />

48.<br />

I n 2 +3n+l<br />

(n2 + n)2<br />

IJ=]<br />

~:;. Se a n-ésima soma parcial de uma série r:= I a" for<br />

52. Uma certa bola tem a seguinte propriedade: cada vez que ela<br />

cai a partir de uma altura h em uma superfície dura e nivelada,<br />

ela volta até uma altura rh, onde O < r < 1. Suponha que a<br />

bola seja derrubada a partir de uma altura inicial de H melros.<br />

(a) Assumindo que a bola continua a pular indefinidamente,<br />

calcule a distância total que ela percorre. (Use o fato de<br />

que a bola cai ~ gf metros em t segundos.)<br />

(b) Calcule o tempo total que a bola pula.<br />

(c) Suponha que cada vez que a bola atingir a superfície com<br />

velocidade v ela rebaterá com velocidade -kv, onde<br />

O < k < 1. Quanto tempo levará para a bola parar<br />

$J, Qual é o valor de c se I (I + c)"" ~ 2<br />

n=2<br />

54. Plote as curvas y = x", O :s:: x ::S;: l, para n = O, 1, 2, 3, 4,.<br />

na mesma tela. Achando as áreas entre as curvas sucessivas,<br />

dê uma demonstração geométrica do fato, mostrado no<br />

Exemplo 6, de que<br />

.~, n(n + I)<br />

55. A figura exibe dois círculos C e D de raio I que se tocam em P. T<br />

é urna reta tangente em comum; C 1 é o círculo que toca C, De<br />

T; C2 é o círculo que toca C, De Ct; C 3 é o círculo que toca C,<br />

D e C2. Esse procedimento pode continuar indefinidamente e<br />

produzir uma seqüência infinita de círculos {C,}. Encontre<br />

uma expressão para o diâmetro de Cn e então forneça outra<br />

demonstração geométrica do Exemplo 6.<br />

50. Se a n-ésima soma parcial de uma série 2:;=1 an for<br />

Sn = 3 - n2-n encontre an e 2:;~1 an.<br />

51. Quando o dinheiro é gasto em produtos e serviços, aqueles que<br />

recebem o dinheiro também gastam uma parte dele. As pessoas<br />

que recebem parte do dinheiro gasto duas vezes gastarão uma<br />

parte e assim por diante. Os economistas chamam de efeito<br />

multiplicador essa reação em cadeia. Em uma comunidade<br />

hipotética isolada, o governo local começa o processo gastando<br />

$ D. Suponha que cada pessoa que recebe o dinheiro gasto<br />

gaste 1 OOc% e economize 1 OOs% do dinheiro que recebeu.<br />

Os valores de cessão denominados propensão marginal a<br />

consumir e propensão marginal a economizar e, é claro,<br />

c+s=l.<br />

(a) Seja Sn o gasto total que foi gerado depois de n transações.<br />

Encontre uma equação para Sn.<br />

(b) Mostre que lim"_, S, ~ kD, onde k ~ 1/s. O número<br />

k é chamado multiplicador. Qual é o multiplicador se a<br />

propensão marginal para consumir for 80%<br />

Nota: O governo federal usa esse princípio para justificar o déficit.<br />

Os bancos usam esse princípio para justificar o empréstimo de uma<br />

grande porcentagem do dinheiro que recebem em depósitos.<br />

56. Um triânguloABC é dado com LA~ O e jACj ~ b.<br />

CD é desenhado perpendiculannente a AB, DE é desenhado<br />

perpendiculannente a BC, EF ..L AB, e esse processo continua<br />

indefinidamente, como mostrado na figura.<br />

A<br />

B<br />

!h


720 Cl CÁlCULO Editora Thomson<br />

Calcule o comprimento total de todas as retas perpendiculares<br />

jCDj + jDEI + IEFI + jFGj + ...<br />

em tennos de b e O.<br />

57. O que está errado com o seguinte cálculo<br />

0~0+0+0+--·<br />

~ (I - !) + (l - !) + (l - !) +<br />

~ l - l + l - J + l - J + . . .<br />

~ 1 + (-l + l) + (-1 + l) + (-l + 1) + ...<br />

~1+0+0+0+--·~l<br />

(Guido Ubaldo pensou que isso provava a existência de Deus,<br />

porque "alguma coisa tinha sido criada do nada.")<br />

58. Suponha que L~~~ G 11 (a,~ O) seja conhecida como uma série<br />

convergente. Prove que L: .. -1 1/an é uma série divergente.<br />

59. Prove a parte (i) do Teorema 8.<br />

60. Se L an for divergente e c =/=. O, mostre que L ca, é divergente.<br />

61. Se I an for convergente e L bn. divergente, mostre que a série<br />

2: (a, + b,) é divergente. [Dica: Argumente por contradição.]<br />

62. Se I an e i bn forem ambas divergentes, L (an + b") é<br />

necessariamente divergente<br />

63, Suponha que uma série L a, tenha termos positivos e suas<br />

somas parciais s., satisfaçam a desigualdade Sn :


James Stewart CAPÍTUlO 11 SEOÜENCIAS INFINiTAS E SÉR!ES 721<br />

O Teste da Integral e Estimativas de Somas<br />

Em geral é difícil encontrar a soma exata de uma série. Conseguimos fazer isso para as<br />

séries geométricas e a série 2: 1/[n(n + 1)] porque em cada um desses casos pudemos<br />

encontrar uma fórmula simples para a n-ésima soma parcial s,. Mas geralmente não é fácil<br />

calcular lim, ___ ,"" s,. Portanto, nas próximas seções, desenvolveremos vários testes que nos<br />

permitam determinar se uma série é convergente ou divergente sem encontrar sua soma<br />

explicitamente. (Em alguns casos, contudo, nossos métodos nos permitirão encontrar boas<br />

estimativas da soma.) Nosso primeiro teste envolve as integrais impróprias.<br />

Começamos investigando as séries cujos termos são os recíprocos dos quadrados de<br />

inteiros positivos.<br />

lÜ<br />

50<br />

I<br />

~:AJO<br />

i 5.GOO<br />

1..:1-636<br />

l549t\<br />

1,6251<br />

1,6350<br />

1,6--+29<br />

1.6439<br />

L6447<br />

Não existe uma fórmula simples para a soma s, dos n primeiros termos, mas a tabela de<br />

valores gerada por computador dada na margem sugere que as somas parciais estão<br />

se aproximando de um número próximo de 1.64 quando n ____..,. oo e, assim, parece que a<br />

série é convergente.<br />

Podemos confirmar essa impressão com um argumento geométrico. A Figura 1 mostra<br />

a curva y = 1/x 2 e retângulos que estão abaixo da curva. A base de cada retângulo é um<br />

intervalo de comprimento 1; a altura é igual ao valor da função y = l/x 2 no extremo direito<br />

do intervalo. Dessa forma, a soma das áreas dos retângulos é<br />

l<br />

X<br />

= 2:-,<br />

n=1 n-<br />

\ y= x\-<br />

FIGURA 1<br />

O,<br />

I<br />

. . .<br />

.<br />

área=~<br />

2-<br />

2<br />

I<br />

área=~<br />

3'<br />

3<br />

área=~<br />

4-<br />

4<br />

área=~<br />

s-<br />

5<br />

X<br />

Se excluirmos o primeiro retângulo, a área total dos retângulos remanescentes será<br />

menor que a área sob a curva y = 1/x 2 para x ;;;., l, que é o valor da integral J~ (l/x') dx­<br />

Na Seção 7.8 do Volume I descobrimos que essa integral imprópria é convergente e tem<br />

valor 1. Assim a figura mostra que todas as somas parciais são menores do que<br />

J fw 1<br />

-+ -dx=2<br />

1 2 1 x 2<br />

Então as sornas parciais são limitadas. Também sabemos que as somas parciais são crescentes<br />

(porque todos os termos são positivos). Portanto as somas parciais convergem (pelo<br />

Teorema da Seqüência Monotônica) e, dessa maneira, a série é convergente. A soma da<br />

série (o limite das somas parciais) é também menor que 2:<br />

" l<br />

2:-2 =<br />

n=l n<br />

l l l<br />

+-+-+-+···


722 o CÂLCU!..O Editora Thomson<br />

[A soma exata dessa série encontrada pelo matemático suíço Leonhard Euler ( 1707-1783)<br />

é 1r 2 /6, mas a prova desse fato é muito difícil.-(Veja o Problema 6 em Problemas Quentes<br />

no Capítulo 15.)]<br />

Agora vamos olhar para a série<br />

J .CJOO 6l<br />

"i.OOO 139.968<br />

A tabela de valores de s, sugere que as somas parciais não estão se aproximando de um<br />

número; assim, suspeitamos que essa série possa ser divergente. Novamente usamos<br />

um desenho para a confirmação. A Figura 2 mostra a curva y = 1/ ~. porém dessa vez<br />

utilizamos retângulos cujos topos estão acima da curva.<br />

FIGURA 2<br />

o<br />

área=<br />

2 I 3<br />

área= -~<br />

v'2<br />

i 4<br />

• , 1<br />

area= ~<br />

., 3<br />

5<br />

área= ,.!_<br />

\/4<br />

X<br />

A base de cada retângulo é um intervalo de comprimento L A altura é igual ao valor da<br />

função y = 1/ -/X no extremo esquerdo do intervalo. Desse modo, a soma das áreas de<br />

todos os retângulos é<br />

1 1 1 I I<br />

-+-+-+-+-+<br />

fi -li j3 v4 vis<br />

Essa área total é maior que a área sob a curva y = l/ /X para x ~ 1, que é igual à integral<br />

J~ (1/[x) dx. Mas sabemos a partir da Seção 7.8 do Volume I que essa integral imprópria<br />

é divergente. Em outras palavras. a área sob a curva é infinita. Assim a soma da série deve<br />

ser infinita; isto é, a série é divergente.<br />

O mesmo tipo de argumentação geométrica que usamos para essas duas séries pode ser<br />

usado para provar o seguinte teste. (A prova é dada no final desta seção.)<br />

O Teste da ""B' Suponha que f seja uma função contínua, positiva e<br />

decrescente em [1, oo) e seja a" = f(n). Então a série 2:~= 1 an é convergente se e<br />

somente se a integral imprópria f~ f(x) dx for convergente. Em outras palavras:<br />

(i) Se f" f(x) dx for convergente, então ~ a, é convergente.<br />

~1 n=l<br />

(ii) Se r J(x) dx for divergente, então"~' a, é divergente.<br />

NOTA o Quando você usar o Teste da Integral lembre-se de que não é necessário<br />

começar a série ou a integral em n = J. Por exemplo, testando a série<br />

2: I<br />

n=4 (n -<br />

usamos<br />

r (xdx


James Stewart CAPÍTULO 11 SEQÜÊNCIAS INFINITAS E SÉRIES 723<br />

Também não é necessário que f seja sempre decrescente. O que é importante é que f seja<br />

finalmente decrescente, isto é, decrescente para x maior que algum número N. Então<br />

a 11 é convergente, e assim I~~ 1 a" é convergente pela Nota 4 da Seção 1 1.2.<br />

EXEMPlO 1<br />

Teste a série n~l -c:-+-l para convergência ou divergência.<br />

SOLUÇÃO A função J(x) ~ l/(x 2 + I) é contínua, positiva e decrescente em [I, oo) c<br />

assim usamos o Teste da Integral:<br />

Então, r l/(x 2 + 1) dx é uma integral convergente e, deSS fonna, pelo Teste da Integral,<br />

a série 2 1/(n 2 + l) é convergente.<br />

EXEMPlO 2 ~:-:<br />

" I<br />

Para que valores de p a série 2: -P é convergente<br />

n~l n<br />

SOLUÇÃO Se p O, então a função f(x) = l/xP é claramente contínua, positiva e decrescente<br />

em [I, oo). Encontramos no Capítulo 7 do Volume I [veja 7.8.2] que<br />

I<br />

'" I<br />

~ l xP<br />

- dx converge se p > l e diverge se p ~ l<br />

Segue do Teste da Integral que a série 2 1/n' converge se p > I e diverge se O < p "" I.<br />

(Para p ~ I, esta é a série harmônica discutida no Exemplo 7 da Seção 11.2.)<br />

A série no Exemplo 2, chamada p-série, é importante para o restante deste capítulo;<br />

desse modo, resumimos os resultados do Exemplo 2 para referência futura como a seguir.<br />

" I<br />

A p~série 2: -P é convergente se p > 1 e divergente se p ~ 1.<br />

n=J n<br />

EXEI\II!'UJ 3 o<br />

(a) A série<br />

n=l<br />

é convergente porque ela é uma série p com p = 3 > 1.<br />

(b) A série<br />

é divergente porque ela é uma p-série com p = ~ < 1.<br />

I l l<br />

+-+-+-+···<br />

:fi \13 {Í4


724 CÁLCUlO<br />

Editora Thomson<br />

NOTA u Não devemos inferir a partir do Teste da Integral que a soma da série é igual<br />

ao valor da integral. De fato,<br />

n~l 6<br />

enquanto<br />

r dx ~ J<br />

Portanto, em geraL<br />

2: a, "" r f(x) dx<br />

n=l •· 1<br />

"" in n<br />

Determine se a série L --converge ou diverge.<br />

n=l n<br />

SOLUÇÃO A função f(x) ~ (In x)/x é positiva e contínua para x > 1 porque a função<br />

logaritmo é contínua. Mas não é óbvio se f é decrescente ou não; assim, calculamos sua<br />

derivada:<br />

'( . (l/x)x - 1n x<br />

f x) ~ "<br />

x·<br />

1 - 1n x<br />

Então, f'(x) 1, isto é, x >e. Segue que fé decrescente quando x >e<br />

e podemos aplicar o Teste da Integral:<br />

I<br />

"=1nx ['lnx (lnx) 2 ]'<br />

-dx ~ lim -dx ~ lim--<br />

, l X ,.,x • l X •-= 2<br />

. (In t) 2<br />

= hm---~ oc<br />

1-->X 2<br />

1<br />

o<br />

\ y =f(x)<br />

n<br />

FIGURA 3<br />

'i<br />

=f(x)<br />

O!<br />

I<br />

FiGUPA 4<br />

X<br />

Como essa integral imprópria é divergente, a série é divergente L (In n)/n também pelo<br />

Teste da Integral.<br />

Estimando a Soma de uma Série<br />

Suponha que possamos usar o Teste da Integral para mostrar que uma série 2: a 11 é convergente<br />

e que queremos encontrar uma aproximação para a somas da série. Claro, qualquer<br />

soma parcial S 11 é uma aproximação paras, porque lim,__,"" sn = s. Mas quão boa é tal<br />

aproximação Para descobrir, precisamos estimar o tamanho do resto<br />

Rn = s - s, = Gn+l + Gn+2 + an+3 + ...<br />

O resto Rn é o erro feito quando s,, a soma dos n primeiros termos, é utilizada como uma<br />

aproximação para a soma totaL<br />

Usamos a mesma notação e idéias como no Teste da Integral assumindo que f é decrescente<br />

em [n. oo). Comparando as ãreas dos retângulos com a ãrea sob y ~ f(x) para x > n<br />

na Figura 3, vemos que<br />

R" ~ a""' + ac+2 + · · · "" j'" J(x) dx<br />

"<br />

De maneira semelhante, vemos, a partir da Figura 4, que<br />

R, ~ a,+l + a,+2 + · · · "" [" f(x) dx<br />

Jn+l


James Stewart CAPÍTUlO 11 SEOÜENCIAS INFINiT-'\S E SERil::-- 725<br />

Assim provamos a seguinte estimativa para o erro.<br />

l1J Estnm:.hv


726 CÁLCULO Editora Thomson<br />

porque Sn + R, = s. As desigualdades em (3) dão um minorante e um majorante para<br />

s. Eles fornecem uma aproximação mais precisa para a soma da série do que a soma parcial<br />

Sn.<br />

EXEMPl!l 6 ~<br />

" l<br />

Use (3) com n ~ 10 para estimar a soma da série 2; - 3<br />

•<br />

n=i n<br />

SOLUÇÃO As desigualdades em (3) tornam-se<br />

Do Exemplo 5. sabemos que<br />

f "]<br />

sw + _ dx :os; s ~ s!O +<br />

1'"1<br />

-~ dx<br />

~ 11 • ;o x·'<br />

assim<br />

l<br />

s 10 + 2<br />

(ll)' -s; s -s; Sto + 2 (lO)'<br />

l<br />

Usando s 10 = I, 197532, obtemos<br />

1,201664 -s; s -s; 1,202532<br />

Se aproximarmos s pelo ponto médio desse intervalo, então o erro é no máximo metade<br />

do comprimento do intervalo. Dessa forma,<br />

" 1<br />

"'-=I ,:.. 3 , 2021<br />

n=! n·<br />

com erro < 0,0005<br />

Yt - y ~ f(x)<br />

I<br />

OI 2 4 n x<br />

FIGURA 5<br />

Se compararmos o Exemplo 6 com o Exemplo 5, veremos que a estimativa melhorada<br />

em (3) pode ser muito melhor que a estimativa s = s". Para fazer um erro menor que<br />

0,0005, tivemos de usar 32 termos no Exemplo 5, mas apenas dez termos no Exemplo 6.<br />

Prova do Teste da Integral<br />

Já vimos a idéia básica por trás da prova do Teste da Integral nas Figuras 1 e 2 para as<br />

séries 2: 1/ n 2 e 2: 1/ Fn. Para a série geral 2: a,, olhe para as Figuras 5 e 6. A área do<br />

primeiro retângulo sombreado na Figura 5 é o valor de f no extremo direito de [I, 2], isto<br />

é, f(2) = a 2 • Assim, comparando as áreas dos retângulos sombreados com a área sob<br />

y ~ f(x) de I até n, vemos que<br />

a 2 + a 3 +···+a, -s; J,'t(x)dx<br />

(Note que essa desigualdade depende do fato de que fé decrescente.) Do mesmo modo, a<br />

Figura 6 mostra que<br />

o, 2 3 4 5 n x<br />

FIGURA6


James Stewart CAPÍTUlO 11 SEQÜÊNCIAS INFINITAS E SÉRIES C 727<br />

(í) Se j'" f(x) dx for convergente, então (4) fornece<br />

, l<br />

já que f(x) ~ O. Portanto<br />

±a,~ f"t(x) dx ~ f" f(x) dx<br />

i=2 ~! 'l<br />

s, ~a, + ±a,~ a,+ r f(x) dx ~ M<br />

i=2 '<br />

Como s,., ~ M para todo n, a seqüência {s,.,} é limitada superiormente. Também<br />

visto que a,., H= f(n + 1) ~O. Então, {s,} é uma seqüência crescente limitada, e assim<br />

ela é convergente pelo Teorema da Seqüência Monotônica (11.1.11). Isso significa que<br />

L a, é convergente.<br />

(íí} Se f~ f(x) dx for divergente, então f:' f(x) dx-> oo quando n -> x porque<br />

f(x) ~ O. Mas (5} dá<br />

.-!<br />

f' f(x) dx ~ 2: a,~ s,_,<br />

'J<br />

e, dessa forma, Sn-l ----7 oo. Isso implica que Sn ----7 00 e assim I an diverge.<br />

i=!<br />

Exercícios<br />

1. Faça um desenho para mostrar que<br />

- 1 ·- 1<br />

.~, n'·' < j, dx<br />

O que você pode concluir sobre a série<br />

2. Suponha que f seja uma função contínua, positiva e decrescente<br />

para x ~ 1 e a,. = f(n). Desenhando uma figura, coloque em<br />

ordem crescente as três quantidades<br />

J,'J(x) dx<br />

3-3 =: Use o Teste da Integral para determinar se a série é<br />

convergente ou divergente.<br />

- 1<br />

3. 2:'<br />

"=I n<br />

" 1<br />

5. 2:--<br />

,~1 3n + 1<br />

~ n + 2<br />

8. ""<br />

n=! n + 1<br />

n=l<br />

i=2<br />

9-24 o Determine se a série é convergente ou divergente.<br />

I I 1 I<br />

1+~+-+-+--+···<br />

8 27 64 125<br />

10. 2: (n- 1 " + 3n-u)<br />

n~J<br />

I I I 1<br />

12 ' 1 + 2.[i + 3)3 + 4./4 + 5./5 + .. ,<br />

~ 5 - :,;;;<br />

13, ""<br />

n=l n~<br />

n<br />

+ 1<br />

" 1<br />

2:-<br />

,~-2 nlnn<br />

23. 2:<br />

n=! +n<br />

, 5<br />

14. 2:--<br />

n=3 n ~ 2<br />

~ 3n + 2<br />

16, ""<br />

~c~J n(n + 1)<br />

18. 2: --c----"--<br />

n=! - 4n + 5<br />

20. i ln,"<br />

n=l n<br />

22. 2:<br />

n<br />

+ 1<br />

" 1<br />

24. "" ( .<br />

n=J n In n in ln n)


72s LJ CÁLCULO Edítora Thomson<br />

" l<br />

25 ' .~o n(ln n)'<br />

Encontre os valores de p para os quaís a série é convergente.<br />

27. 2: n(l + n')''<br />

n"o\<br />

26. " I<br />

L, [ l<br />

.,~, nlnn ln(lnn) ''<br />

,O In n<br />

28. L,<br />

JFI<br />

29. A funçáo zeta Ç de Ricmann é definida por<br />

• I<br />

30.<br />

.31.<br />

Ç(x) ~ 2: --;<br />

""~1 n<br />

c é usada em teoria de números para estudar a distribuição de<br />

números primos. Qual é o domínio de C<br />

(a) Encontre a soma parcial SJ() da série L:~~ l/n 4 • Estime o erro<br />

usando s 10 como uma aproximação para a soma da série.<br />

(b) Utilize (3) com n = lO para dar uma estimativa melhorada<br />

da soma.<br />

(c) Encontre um valor de n tal que s, represente a soma com<br />

precisão de 0,0000 I.<br />

(a)<br />

(b)<br />

(c)<br />

Use a soma dos dez primeiros termos para estímar a soma<br />

da série L~~~ 1/n 2 • Quão boa é essa estimativa<br />

Melhore essa estimativa usando (3) com n = lO.<br />

Encontre um valor de n que garanta que o erro na<br />

aproximação s = s, seja menor que 0,00 L<br />

32. Calcule a soma da série ::>.::7~~1 l/n 5 com precisão de três casas<br />

decimais.<br />

33. Estime :;,:;;-_7 1<br />

n<br />

1 n com precisão de 0,01.<br />

34. Quantos termos da série i~--2 l/[n(ln n) 2 ] você precisaria<br />

adicionar para encontrar sua soma com precisão de 0,~1<br />

1 001<br />

35. Mostre que, se queremos aproximar a soma da série 2: 11 · -<br />

de maneira que o erro seja menor que 5 na nona n=l<br />

casa decimal, então precisamos somar mais que 10 11301 termos!<br />

np<br />

36. (a) Mostre que a série 2.:~~-t (ln n,l"/n 2 é convergente.<br />

(b) Encontre um iimite superior para o erro na aproximação<br />

s = s" .<br />

(c) Qual é o menor valor de n tal que esse limite superior seja<br />

menor que 0,05<br />

(d) Encontres, para esse valor de n.<br />

·37. (a) Use (4) para mostrar que, se s" é a n-ésirna sorna parcial da<br />

série hannônica, então<br />

s, ~ 1 + In n<br />

(b) A série harmônica diverge, mas muito lentamente. Use a<br />

parte (a) para mostrar que a soma do primeiro milhão de<br />

termos é menor que 15 e que a soma do primeiro bilhão<br />

de tennos é menor que 22.<br />

38. Use as seguintes etapas para mostrar que a seqüência<br />

I I I<br />

!"=1+2+3+···+---;;-lnn<br />

tem um limite. (O valor do limite é denotado por y e é<br />

chamado constante de Euler.)<br />

(a) Desenhe uma figura como a Figura 6 com f(x) = 1/x e<br />

interprete t11 como uma área [ou use (5)] para mostrar que<br />

t, > O para todo n.<br />

(b) Interprete<br />

t,.- t,.,, ~ [ln(n + I)<br />

l<br />

lnn]--­<br />

n + I<br />

como uma diferença de áreas para mostrar que<br />

tn- t,+- 1 >O. Portanto {t,} é uma seqüência decrescente.<br />

(c) Use o Teorema da Seqüência Monotônica para mostrar que<br />

{tn} é convergente.<br />

39. Encontre todos os valores positivos de b para os quais a série<br />

r:~ 1 b 1 fi" converge,<br />

Os Testes de Comparação<br />

Nos testes de comparação, a idéia é comparar uma série dada com uma que é sabidamente<br />

convergente ou divergente. Por exemplo, a série<br />

" 1<br />

"~' 2" + 1<br />

nos lembra a série :Z::~=l 1/2", que é uma série geométrica com a = i e r = te é, portanto,<br />

convergente. Como a série (1) é muito similar a uma série convergente, temos a impressão<br />

de que esta também deve ser convergente. Realmente, ela é. A desigualdade<br />

1 1<br />

---


James Stewart CAPÍTULO 11 SEOÜÊNC!J\S I~,JFINITAS E SEF11LS 729<br />

Argumentação semelhante pode ser usada para provar o seguinte teste, que se aplica<br />

apenas a séries cujos termos são positivos. A primeira pmte diz que, se tivermos uma série<br />

cujos termos são menores que aqueles de uma série que sabemos ser convergente. então<br />

nossa série também será convergente. A segunda parte diz que, se começarmos com uma<br />

série cujos termos são maiores que aqueles de uma série que sabemos ser divergente, ela<br />

também será divergente.<br />

O Teste de Ct"''P"""''\{G: Suponha que L aneL b, sejam séries com termos positívos.<br />

(i) Se I b, for convergente e a, "" b, para todo n, então 2: a, também será convergente.<br />

(ii) Se I b, for divergente e a, "" b, para todo n, então 2: a, também será divergente.<br />

:::~ É importante ter em mente a<br />

diferença entre uma seqüência e uma<br />

série. Uma seqüência é uma lista de<br />

números, enquanto uma série é uma<br />

soma. A cada série 2: a, existem<br />

associadas duas seqüências<br />

uma seqüência {a.,} de termos e uma<br />

seqüência {s,,} de somas parciaiS.<br />

!!i! Sér;e~padrão para usar<br />

corr, o Teste de Comparação<br />

Pmva<br />

(i) Seja<br />

"<br />

/, ~ 2: b,<br />

i= I<br />

Como ambas as séries têm termos positívos, as seqüências {s,;} e {t,} são crescentes<br />

(s,+ 1 = s, + a,+ 1 ~ s,). Também t" ~ t, assim t"-:::;; t para todo n. Como a,::-::; b,,<br />

temos s, :::;::; C Então, s, ~ t para todo n. Isso significa que {s,} é crescente e limitada<br />

superiormente e, portanto, converge pelo Teorema da Seqüência Monotônica. Por<br />

conseguinte, L a, converge.<br />

(ii) Se I b, for divergente, então/,-> oo (porque {t,} é crescente). Mas a, h,, assim<br />

Sn ~ t, 1 • Logo, Sn .......,._ oo. Portanto, L a" diverge.<br />

Ao usar o Teste de Comparação, devemos, claro, ter algumas séries conhecidas L b" para<br />

o propósito de comparação. Na maior parte do tempo usamos uma p-série [z l/n 1 ' converge<br />

se p > 1 e diverge se p ~ 1; veja (11.3.1)] ou uma série geométrica [L ar"-- 1<br />

converge se I r I < I e diverge se I r I '3 I; veja (11.2.4)].<br />

5<br />

EXEMPLO 1 u Determine se a série ~ , converge ou diverge.<br />

n=i 2n- + 4n + 3<br />

SOLUÇÃO Para um n grande, o termo dominante no denominador é 2n 2 ; assim,<br />

comparamos a série dada com a série I 5/(2n 2 ). Observe que<br />

5 5<br />

-,.------


730 D CÁLCUlO Editora Thomson<br />

NOTA 1 c Embora a condíção a, ::'S: b, ou a, ~ b, no Teste de Comparação seja dada<br />

para todo n, precisamos verificar apenas que ela vale para n :: N, onde N é algum inteiro<br />

fixado, porque a convergência de uma série não é afetada por um número finito de tennos.<br />

Isso é ilustrado no próximo exemplo.<br />

EXEMPlO 2 CJ<br />

x<br />

lo n<br />

Teste a série 2: -- para convergência ou divergência.<br />

,=! n<br />

SOLUÇÃO Essa série foi testada (usando o Teste da Integral) no Exemplo 4 da Seção<br />

11.3, mas também é possível testá-la comparando-a com a série harmônica. Observe que<br />

In n > 1 para n : 3 e assim<br />

ln 11 l<br />

-->-<br />

11 11<br />

n:3<br />

Sabemos que I 1/n é divergente (p-série com p =<br />

pelo Teste de Comparação.<br />

1). Então, a série dada é divergente<br />

NOTA 2 o Os termos da série sendo testada devem ser menores que aqueles de uma série<br />

convergente ou maiores que aqueles de uma série divergente. Se os termos forem maiores<br />

que os de uma série convergente ou menores que os de uma série divergente, então o Teste<br />

de Comparação não se aplica. Considere, por exemplo, a série<br />

A desigualdade<br />

" l<br />

2:-"-<br />

o~l 2 - l<br />

l 1<br />

--->-<br />

2" - 1 2"<br />

é inútil para ser usada com o Teste de Comparação, porque 2.: b, = 2.: G r é convergente e<br />

a" > bn. Mesmo assim temos a impressão de que 2.: 1/(2" - 1) deve ser convergente, pois<br />

ela é muito parecida com a série geométrica convergente L (}:)". Em tais casos o seguinte<br />

teste pode ser usado.<br />

s Os Exercícios 40 e 41 lidam com os<br />

casos c= o e c= oo.<br />

Teste de Comparação do Limite Suponha que 2: a, e 2: bn sejam séries com termos<br />

positivos. Se<br />

onde c é um número e c > O, então ambas as séries convergem ou ambas as séries<br />

divergem.<br />

Prova Sejam me M números positivos tais quem < c < M. Urna vez que an/b,., está<br />

próximo de c para um n grande, existe um inteiro N tal que<br />

e assim<br />

a"<br />

m


James Stewart CAPÍTUlO 11 SEOÜENCIAS iNFINiTAS E SÉRIES 731<br />

Se L b, convergir, então L Mb, também converge. Dessa forma, L an converge pela parte<br />

(i) do Teste de Comparação. Se Z b, divergir, então 2: mb, também diverge, e a parte<br />

(ii) do Teste de Comparação mostra que 2.: a, diverge.<br />

EXEMPlO 3<br />

" 1<br />

Teste a série ~ -,--para convergência ou divergência.<br />

,~, 2 - l<br />

SOLUÇÃO Usamos o Teste de Comparação do Limite com<br />

e obtemos<br />

b""_l_<br />

n 2'!<br />

2" 1<br />

lim --- "" lim ---,--<br />

2" - "~" 1 - l/2"<br />

1>0<br />

Como esse limite existe e 2: l/2" é uma séiie geométrica convergente, a série dada<br />

converge pelo Teste de Comparação do Limite.<br />

EXEMPHl4<br />

" 2n 2 + 3n<br />

Determine se a série 2: -JS+n5 converge ou diverge.<br />

,~~ 5 + n)<br />

SOLUÇÃO A parte dominante do numerador é 2n 2 e a parte dominante do denominador é<br />

Jn5 = n 5 / 2 • Isso sugere tomar<br />

2n 2 + 3n<br />

a,"" -JS+n5<br />

3<br />

2 +-<br />

. n<br />

""}Ir;! ~<br />

2 -, + 1<br />

n<br />

2+0<br />

2y'O+I<br />

Como 2: b,"" 2 I 1/n 112 é divergente (p-série com p ""l < 1), a série dada diverge pelo<br />

Teste de Comparação do Limite.<br />

Note que testando muitas séries encontramos uma série de comparação apropriada L bn<br />

mantendo apenas as potências mais altas no numerador e denominador.<br />

Estimando Somas<br />

Se tivéssemos usado o Teste de Comparação para mostrar que uma série L a, converge<br />

pela comparação com uma série L b,, poderíamos ser capazes de estimar a soma L a, pela<br />

comparação dos restos. Como na Seção 11.3, consideramos o resto<br />

Para a série de comparação 2.: b, consideramos o resto correspondente<br />

T, = f - f, = bn+ J + bn+2 + • • •


732 u CÁlCUlO Editora Thomson<br />

Como a, ~ bn para todo n, temos R, ~ T 11 • Se L b 11 for uma p-série, podemos estimar seu<br />

resto T,, como na Seção 11.3. Se L b, for uma série geométrica, então T 11 é a soma de uma<br />

série geométrica e podemos somá-la exatamente (veja os Exercícios 35 e 36). Em qualquer<br />

caso, sabemos que R" é menor que T,.<br />

EXH&1PLO 5 :-::: Use a soma dos 100 primeiros termos para aproximar a sorna da série<br />

L l/(n 3 + 1). Estime o erro envolvido nessa aproximação.<br />

SOLUÇÃO Como<br />

a série dada é convergente pelo Teste de Comparação. O resto T, para a série de<br />

comparação L: l/ n 3 foi estimado no Exemplo 5 da Seção 11.3 usando a Estimativa do<br />

Resto para o Teste da Integral. Lá encontramos que<br />

T ~I<br />

'<br />

•x J<br />

J<br />

~" X<br />

Portanto, o resto R, para a série dada satisfaz<br />

-dx=<br />

Com n =<br />

100, temos<br />

R 1rn1 ~<br />

(100)' = 0,00005<br />

2<br />

-<br />

~ Exerct'ct'os<br />

Usando urna calculadora programável ou um computador, encontramos que<br />

com erro menor que 0,00005.<br />

Suponha que 2: a, e L b, sejam séries com termos positivos e<br />

L bn seja sabidamente convergente.<br />

(a) Se an > b, para todo n, o que você pode dizer sobre L a,r'!<br />

Por quê<br />

(b) Se a, < b, para todo n, o que você pode dizer sobre L a"<br />

Por quê<br />

2. Suponha que 2: a, e L h~ sejam séries com termos positivos e<br />

:Z b, seja sabidamente divergente.<br />

(a) Se a., > b, para todo n, o que você pode dizer sobre :Z a.,<br />

Por quê<br />

(b) Se a, < b, para todo n, o que você pode dizer sobre :Z a,<br />

Por quê<br />

100<br />

.~, --,..-- = .~, -,.--+-1 = 0,6864538<br />

3-32 o Determine se a série converge ou diverge.<br />

3. 2: ~-'-­<br />

n=1 +n+J<br />

.ç.n+l<br />

7. "'<br />

9. L:<br />

n~!<br />

o<br />

cos 2 n<br />

n 2 + 1<br />

11. L:<br />

11=2 - l<br />

o 2<br />

4. 2:-,­<br />

n=l n + 4<br />

o l<br />

6. L:-~<br />

n-•2 n - ..jn<br />

o 4 + 3"<br />

2:-<br />

r.=l 2"<br />

" n 2 - 1<br />

2: 3n<br />

4<br />

+<br />

r.= I<br />

" 1 + senn<br />

12. 2<br />

!1---0 lO"<br />

l


James Stewart CAPÍTULO 11 SEOÜ[NC!AS INFINITAS E SÉRIES<br />

733<br />

" 2"<br />

19. L--<br />

•. ~. l + 3"<br />

21. L-~<br />

+<br />

" l<br />

18. L--<br />

n=l 2n + 3<br />

" l + 2"<br />

20. L--<br />

n=l J + 3"<br />

22.<br />

"<br />

/<br />

n + 2<br />

,;-:J (n + 1),<br />

n 2 ~ Sn<br />

24. L --'-'-,-=-­<br />

n=l n· + n + 1<br />

n+S<br />

26. '~~ l;;n7 + n1<br />

2n 2 + n<br />

2s. L --c=---'.:.:__<br />

tt=l + Sn - l)<br />

30. i~<br />

,=; n"<br />

38. Para quais valores de p a série 2:~ 2 l/(nP In n) converge<br />

39. Prove que, se a" ~ O e L a, convergir então 2: a~ também<br />

converge.<br />

40. (a) Suponha que 2: a, e 2 b, sejam séries com termos positivos<br />

e L b,. seja convergente. Prove que se<br />

·ll-1~-<br />

lim !:!!:__=O<br />

n-.-.-e.oo b,<br />

então L a, também é convergente.<br />

(b) Use a parte (a) para mostrar que as séries convergem.<br />

.ç. ln n "' ln n<br />

(íl ""-,- Oíl L ,<br />

nc~l n "~! e<br />

(a) Suponha que L a, e 2: b, sejam séries com termos positivos<br />

e L bn seja divergente. Prove que se<br />

lim a,, = cc<br />

"~"' b,<br />

então L a" também é divergente.<br />

(b) Use a parte (a) para mostrar que as séries divergem.<br />

"' 1 "' In n<br />

(í) L- (ií) L-<br />

n=llnn n=l n<br />

33-36 c:: Use a soma dos dez primeiros termos para aproximar a<br />

soma da série. Estime o erro.<br />

l<br />

33. L , ,<br />

n=l n + n-<br />

34. L<br />

+ cos n<br />

n'<br />

O significado da representação decimal de um número<br />

O,did 2<br />

d ... 3 (onde o dígito d, é um dos números<br />

O, 1, 2, ...• 9) é que<br />

dl d2 d3 d4<br />

O,d1d2d3d4 ... ~ 1Q + Jõ2 + Jõ2 + W + · · ·<br />

Mostre que essa série sempre converge.<br />

42. Dê um exemplo de um par de séries L On e L b"<br />

com termos positivos onde lim,~oo (a,/bn) =O e L b"<br />

diverge, mas L an converge. (Compare com<br />

o Exercício 40.)<br />

43. Mostre que, se a, > O e lim,~cc na, oF O, então L an é divergente.<br />

44. Mostre que, se a, > O e L a, for convergente, então<br />

L ln(l +a") é convergente.<br />

45. Se L an for uma série convergente com termos positivos, é<br />

verdade que L sen(an) também é convergente<br />

46. Se 2: a" e 2: b, forem ambas séries convergentes<br />

com termos positivos, é verdade que 2: a,b, também<br />

é convergente<br />

Séries Alternadas<br />

Os testes de convergência que temos olhado se aplicam apenas a séries com termos positivos.<br />

Nesta seção e na próxima aprenderemos como lidar com séries cujos termos não são<br />

necessariamente positivos. De particular importância são as séries alternadas cujos termos<br />

se alternam no sinal.<br />

Uma série alternada é aquela cujos termos são alternadamente positivos e negativos.<br />

Aqui estão dois exemplos:<br />

1 l l I I<br />

1--+---+---+···~2:::_::.:,__<br />

n<br />

2 3 4 5 6 n=!<br />

1 2 3 4 5 6<br />

--+---+---+-- ... ~ 2:<br />

2 3 4 5 6 7 n=l<br />

1)"-nn<br />

+ l<br />

------~---._


734 LJ CÁlCUlO Editora Thomson<br />

Vemos desses exemplos que o n-ésimo termo de uma série altemada é da forma<br />

ou<br />

a, ~ ( ~ l)"b,<br />

onde b, é um número positivo. (De fato, b, ~ I a, 1-J<br />

O teste a seguir diz que, se os termos de uma série alternada decrescem em direção a O<br />

em valor absoluto, então a série converge.<br />

Se a série alternada<br />

n=!<br />

(h, >O)<br />

satisfizer<br />

(Í) b," 1 "' b, para todo n<br />

(ii) lim b, ~ O<br />

ti'""'"'<br />

então a série é conver!;en1te.<br />

Antes de provar, vamos olhar a Figura 1, que esboça a idéia por trás da prova. Primeiro<br />

plotamos s 1 = b 1 sobre uma reta numérica. Para encontrar s 2 subtraímos b 1 , assim s 2 está<br />

à esquerda de s 1 • Então, para encontrar s 3 , adicionamos b3 e assim s 3 está à direita de sz.<br />

Mas, como b 3 < b 2 , s 3 está à esquerda de s 1 • Continuando dessa maneira, vemos que as<br />

somas parciais oscilam de um lado para outro. Como b, ~ O, as etapas ~ubseqüentes vão<br />

se tornando cada vez menores. As somas parciais pares Sz, s.1, s6, ... são crescentes, e as<br />

somas parciais ímpares St, s3, ss, ... são decrescentes. Então, parece plausível que ambas<br />

estejam convergindo para algum número s, que é a soma da série. Portanto na prova a<br />

seguir consi-deramos as somas parciais pares e ímpares separadamente.<br />

FIGURA 1<br />

b,<br />

-b,<br />

+b:,<br />

-b,<br />

+b,<br />

~bt<br />

I<br />

I<br />

I<br />

I<br />

• 1111111111 li<br />

o ,, ,, ,, ,. ,, I<br />

,, ,,<br />

Prova do Teste da Série Alternada Primeiro consideramos as somas parciais pares:<br />

já que b, "' b,<br />

já que b, "' b,<br />

Em geral<br />

já que hz, os; bz,<br />

Então<br />

Mas podemos escrever também<br />

s,, ~ b, ~ (b, ~ b3) ~ (b, ~ b,) ~ ... - (b,,_, ~ b,,_,) ~ b,,<br />

~------"' __k______,i,'o_<br />

.-'i=l~.--:.-'----.


--------------------~------~~<br />

James Stewart CAPÍTUlO 11 SEOÜf:NCIAS INFINITAS E SÉRIES l-J 735<br />

Cada termo entre parênteses é positivo, assim s 2 , ~ b 1 para todo n. Dessa forma, a<br />

seqüência {sz,} de somas parciais pares é crescente e limitada superiormente. É, portanto,<br />

convergente pelo Teorema da Seqüência Monotônica. Vamos chamar esse limites, isto é,<br />

Agora calculamos o limite das somas parciais ímpares:<br />

lim Szn+l = lim (s2n + bzn+l)<br />

n-"""<br />

n --'>:C<br />

~s+O<br />

!pela cnndi~'ào iil)]<br />

Como ambas as somas parciais pares e ímpares convergem paras, temos limn---."' s, = s<br />

(veja o Exercício 72 na Seção 1 1.1) e, assim, a série é convergente.<br />

--A Figura 2 ilustra o Exemplo 1<br />

mostrando os gráficos dos termos<br />

a, = ( ~ 1)"" 1 / n e as somas parciaiS s,<br />

Note como os valores de s,<br />

ziguezagueiam ao redor do valor limite,<br />

que parece ser cerca de 0,7. De fato, a<br />

soma exata da série é In 2 = 0,693<br />

(veja o Exercício 36).<br />

HEMPUJ 1 ~<br />

satisfaz<br />

A série harmônica alternada<br />

I 1 I<br />

1--+---+<br />

2 3 4 n=1<br />

(i i)<br />

1<br />

limb,~lim-~0<br />

n-">"> n~"" n<br />

porque<br />

1 1<br />

--


736 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

, . x(2 - x 3 )<br />

f(x) ~ (x; + 1)'<br />

Em vez de verificarmos a condiç3o (i)<br />

do Teste da Série Alternada calculando<br />

uma derivada, poderíamos verificar<br />

b., .VZ. Então, fé decrescente no intervalo (.fi, x). Isso significa que<br />

j(n + 1)


James Stewart CAPÍTUlO 11 SEOÚÊNCIAS INFINITAS E SÉRiES 737<br />

Para termos uma idéia de quantos termos precisamos usar em nossa aproximação, vamos<br />

escrever os primeiros termos da série<br />

1111 lll 1<br />

·----+---+---+---+<br />

O' jl 2 1 3' 41 5! 6' 7'<br />

+ ...<br />

Note que<br />

I<br />

b, = smo < s.ooo = 0,0002<br />

i<br />

e = 0,368056<br />

Pelo Teorema da Estimativa da Série Alternada, saben10s que<br />

Na Seção 11.1 O provaremos<br />

que!!-' = I~-~-o x"/n! para todo x; assim,<br />

o que obtivemos no Exemplo 4 é<br />

Esse erro menor que 0,0002 não afeta a terceira casa decimal. Assim temos<br />

realmente uma aproximação para<br />

o número e - 1 •<br />

s = 0,368<br />

com precisão de três casas decimais.<br />

NOTA o A regra de que o erro (ao usar s, para aproximar s) é menor que o primeiro<br />

termo negligenciado é, em geral, válida apenas para séries alternadas que satisfazem as<br />

condições do Teorema da Estimativa da Série Alternada. A regra não se aplica a outros<br />

tipos de séries.<br />

Exercícios<br />

1. (a) O que é uma série allernada<br />

(b) Sob que condições uma série alternada converge<br />

(c) Se essas condições forem satisfeitas, o que você pode dizer<br />

sobre o resto depois de n termos<br />

2-20 c: Teste a série para convergência ou divergência.<br />

2. -~+~-~+~-~+···<br />

i-~+~-To+TI-···<br />

I l l I l<br />

4, -----+-----+---···<br />

~2 ~3 ~4 ~5 ~6<br />

" (-!)""' • (-!)•·!<br />

5. 2: -,- 6. 2: --<br />

n~! -.Jn n~l 3n - 1<br />

• 3n- I<br />

2: (-1)"--<br />

/Pl 2n+l<br />

• (-!)""'<br />

9· ,~1 4n 2 + 1<br />

2: (-1)""'<br />

n=J<br />

~ (-!)"...."...<br />

~= 2 ln n<br />

n'<br />

" 2n<br />

S. ~~ (-!)" 4n 2 + l<br />

10. 2: (-I)" --:-'--::-r<br />

n=! l +<br />

14<br />

_ L(-!)" , ln n<br />

n=l n<br />

2: cos ll1r ~ sen(n1T/2)<br />

15. 16.<br />

,~I n~l n!<br />

.~, (-1)" sen(:) 18. ~ (-!)" cos( ")<br />

n=l<br />

n<br />

"" n"<br />

"(")"<br />

19. 2: (-!)"- 20, 2: --<br />

n~l n~ n=l 5<br />

21-22 c Calcule as dez primeiras somas parciais da série e plote a<br />

seqüência de termos e a seqüência das sornas parciais na mesma tela.<br />

Estime o erro ao usar a décima soma parcial para aproximar a soma<br />

total.<br />

• (-!)•·!<br />

21. 2:-,;;-<br />

n=l n<br />

23-26 o Quantos termos da série precisamos adícionar para encontrar<br />

a soma parcial com a precisão indicada<br />

• (-!)''''<br />

2: --, - (jerrol < 0,01)<br />

n=l n<br />

(jenoi < 0,00!)<br />

22,


738 CJ CÁLCUlO Editora Thomson<br />

" ( -2)"<br />

25. L -- (ferro[ < 0,0 l)<br />

n=l n!<br />

26. f (-l)'"n (ferro[ < 0,002)<br />

n=l 4"<br />

2:7~30 '::J Aproxime a soma da série com a precisão de quatro casas<br />

decimais.<br />

27.<br />

i (-!)'"'<br />

w~l n'<br />

" ( -1r'n'<br />

29. L<br />

,~; 10"<br />

28.<br />

30.<br />

" (-l)"n<br />

,~,-8-,-<br />

" ( -!)"<br />

,~, 3"n!<br />

31. A qüinquagésima soma parcial s~o da série alternada<br />

2:~-~ 1 ( -l)"- 1 /n é uma estimativa por cima ou uma estimativa<br />

por baixo da soma total Explique.<br />

35. Mostrequeasériei(-1)" 1 b"~ondeb,.= 1/nsenforímpare<br />

b, = 1/ n 2 se n for par, é divergente. Por que o Teste da Série<br />

Alternada não se aplica<br />

36. Use as seguintes etapas para mostrar que<br />

L<br />

~ ln2<br />

Sejam h, e s., as sornas parciais das séries harmônica e<br />

alternada harmônica.<br />

(a) Mostre que s211 = h2n h,.<br />

(b) Do Exercício 38, da Seção 11.3, temos<br />

c portanto<br />

h, - In n __.,. y quando n __.,. oc-<br />

32~34 , __ Para quais valores de p cada série é convergente h 2 , - ln(2n) --> y quando n __.,. oo<br />

" (-1)'"<br />

33. L--<br />

IFI n + p<br />

Use esses fatos junto com a parte (a) para mostrar que<br />

s2, -------0-ln 2 quando n __.,. oo.<br />

Convergência Absoluta e os Testes da Razão e da Raiz<br />

Dada qualquer série 2.: a,, podemos considerar a série correspondente<br />

2: I a, I ~ I a, I + I a,l + I a, I + · · ·<br />

n~!<br />

cujos termos são os valores absolutos dos termos da série original.<br />

u Temos testes de convergência<br />

para séries com termos positivos<br />

e para séries alternadas. Mas o que<br />

acontece se os sinais dos termos<br />

ficam trocando irregularmente<br />

Veremos no Exemplo 3 que a idéia de<br />

convergência absoluta algumas vezes<br />

ajuda em tais casos.<br />

Definição Uma série 2.: a, é chamada absolutamente convergente se a série<br />

de valores absolutos 2: I a, I for convergente.<br />

Note que, se L a, for uma série com termos positivos, então I a, I = a,.,_ e assim a convergência<br />

absoluta é a mesma coisa que a convergência nesse caso_<br />

EXEMPl!l 1 c:c<br />

A série<br />

é absolutamente convergente porque<br />

2: "1'(-l)'dl " l<br />

2 ~2:-,~J+<br />

n=l n i n=l n<br />

é uma p-série convergente (p ~ 2).<br />

1 1 1<br />

--+---+<br />

2' 3 2 4 2<br />

l 1<br />

+-+-+ y 42


James Stewart CAPÍTULO 11 SEOlJÉNCiAS INFif'JITAS E SÉRILS 739<br />

Sabemos que a série harmônica alternada<br />

X (-I)" I I 1 I<br />

2: =!--+---+<br />

n=l n 2 3 4<br />

é convergente (veja o Exemplo 1 da Seção 11.5), mas não é absolutamente convergente,<br />

porque a série de valores absolutos correspondente é<br />

"~(-I)"_' I " I l l l<br />

2: 1=2:-=J+-+-+-+"·<br />

n=i n n=l n 2 3 4<br />

que é a série harmônica (p-série com p =<br />

1) e é portanto divergente.<br />

Uma série I a, é chamada condicionalmente convergente se ela<br />

for convergente. mas não for absolutamente convergente.<br />

O Exemplo 2 mostra que a série harmônica alternada é condicionalmente convergente.<br />

Então, é possível para uma série ser convergente, porém não absolutamente convergente.<br />

Contudo, o próximo teorema mostra que a convergência absoluta implica convergência.<br />

Teorema Se uma série L a, for absolutamente convergente, então ela é convergente.<br />

Prova Observe que a desigualdade<br />

é verdadeira porque I a, I é a, ou -a,. Se L a, for absolutamente convergente, então<br />

L I an I é convergente, assim L 2j a, I é convergente. Portanto, pelo Teste da Comparação,<br />

I (a, + I a, I) é convergente. Dessa forma,<br />

::A Figura 1 mostra os graficos dos<br />

termos an e das somas parciais sn da<br />

série no Exemplo 3. Note que a série<br />

não é alternada, mas tem termos<br />

positivos e negativos.<br />

é a diferença de duas séries convergentes e é portanto convergente.<br />

EXEMPlO 3<br />

Detennine se a série<br />

i; cosn cos 1 cos 2 cos 3<br />

+ + +,,<br />

n=l<br />

0,5<br />

o<br />

FIGURA 1<br />

{s, I<br />

. . . . . . . . .<br />

n<br />

é convergente ou divergente.<br />

SOLUÇÃO Essa série tem termos positivos e negativos, mas não é alternada. (0 primeiro<br />

termo é positivo, os próximos três são negativos e os três seguintes são positivos. Os sinais<br />

trocam irregularmente.) Podemos aplicar o Teste da Comparação à série de valores absolutos<br />

L " I cos n I<br />

2<br />

n<br />

n=J 1<br />

Como I cos n I "" l para todo n, temos<br />

lcos n I<br />

n' ""


740 n CÁLCUlO Editora Thomson<br />

Sabemos que 2: ljn 2 é convergente (o-série com p = 2) c. assim, 2] cos n ]/n 2 é convergente<br />

pelo Teste da Comparação. Então a série dada I ( cos n )!n 2 é absolutamente con~<br />

vergente e portanto convergente pelo Teorema 3.<br />

O teste a seguir é muito útil para determinar se uma série dada é absolutamente convergente.<br />

O Teste da Razão<br />

(i) Se }i':: a~: 1 I ~ L < I, então a série'~' a, é absolutamente convergente<br />

(e portanto convergente).<br />

(ii) Se !i':: I a~:' I ~L> I ou }i~<br />

a,<br />

= :::o, então a série 2: a, é divergente.<br />

n=l<br />

I<br />

(iii) Se !~o;! a~: 1 I l, o Teste da Razão não é conclusivo; isto é, nenhuma<br />

conclusão pode ser tirada sobre a convergência ou divergência de E arr<br />

Prova<br />

(i) A idéia é comparar a série dada com uma série geométrica convergente. Como<br />

L < 1, podemos escolher um número r tal que L < r < L Como<br />

I . I a,,, I 1m1--1 L<br />

~<br />

,_,"'I an J<br />

e<br />

L< r<br />

o quociente I a,-.-1/a, I será finalmente menor que r; isto é, existe um inteiro N tal que<br />

ou, equivalentemente,<br />

I<br />

Gn+l 1<br />

--~ < r sempre que n ~ N<br />

a,<br />

I<br />

I an+ 1 I < I an] r sempre que n ~ N<br />

Colocando n sucessivamente igual a N, N + I, N + 2, ... em (4), obtemos<br />

e, em geral,<br />

laN+d < jaNjr<br />

jaN+21 < jaN,,jr< jaNjr'<br />

jaN+31 < ja,mir < jaNjr 3<br />

para todo k <br />

I<br />

Agora a série<br />

2:: i avir'~ i avir+ !aNfr' + lavlr 3 +<br />

k=l<br />

é convergente porque é uma série geométrica com O < r < 1. Assim a desigualdade (5),<br />

junto com o Teste da Comparação, mostra que a série


Jarnes Stewart CAPÍTULO 11 SEOUÊNCIAS INFINITAS E SÉRiES 741<br />

2: i a" I = 2: I ONH I = I aN+l I + I aml + I aN+JI +<br />

n=N+i<br />

k~i<br />

· · ·<br />

é convergente também. Segue-se que a série z:=J J a 11 ] é convergente. (Lembre-se de que<br />

um número finito de termos não afeta a convergência.) Portanto, L a" é absolutamente convergente.<br />

(ii) Se ja"d/a"I->L > l ou la"+ 1/a"l->oo, então o quociente la"+ 1/a"l será finalmente<br />

maior que 1; isto é, existe um inteiro N tal que<br />

sempre que n ;::;::: N<br />

Isso significa que I an"-l! > I a, I quando n ;::;::: N, e assim<br />

Portanto, L a" diverge pelo Teste da Divergência.<br />

NOTA o A parte (iii) do Teste da Razão diz que, se lirn"-+ la"' 1 /a"l = 1, o Teste da<br />

Razão não dá nenhuma informação. Por exemplo, para a série convergente L l/ n 2 , temos<br />

n'<br />

(n + I)'<br />

n' (<br />

l 1 )' -,> l<br />

I+­ n<br />

quando n ~ c.c<br />

enquanto para a série divergente I 1/ n, obtemos<br />

n + I n 1<br />

= --- = --···· ~ ----,> 1<br />

l n + I I<br />

1 +-<br />

n<br />

n<br />

quando n __,. cc<br />

Portanto, se limn--->"" I an+Jan] = 1, a série L a" pode convergir ou divergir. Nesse caso, o<br />

Teste da Razão falha e devemos usar algum outro teste.<br />

EXEMPlO 4 '~<br />

"" n3<br />

Teste a série 2: (-I)"-, para convergência absoluta.<br />

n=l 3<br />

c: Estimando somas<br />

Temos usado vários métodos para<br />

estimar a soma de uma série -o<br />

método depende de qual teste era<br />

usado para provar a convergência. O<br />

que acontece com a série para a qual o<br />

Teste da Razáo funciona Existem<br />

duas possibilidades: se a série for uma<br />

série alternada, como no Exemplo 4,<br />

então é melhor usar os métodos da<br />

Seção 11.5. Se os termos forem todos<br />

positivos, utilize os métodos especiais<br />

explicados no Exercício 34.<br />

SOLUÇÃO Usamos o Teste da Razão com a, = ( -l)'n 3 /3":<br />

3<br />

l(n+l)<br />

(n + 1) 3 3'<br />

3n+l • n3<br />

l( l)' l<br />

=3 --n- =3 I+-; --"3< 1<br />

Então, pelo Teste da Razão, a série dada é absolutamente convergente e portanto convergente.


,_,~<br />

742 o CÁLCUlO Editora Thomson<br />

~ n'l<br />

Teste a convergência da série L -.<br />

n=l n!<br />

SOLUÇÃO Como os termos a"= n"/n! são positivos, não precisamos dos símbolos de<br />

valor absoluto.<br />

a,<br />

(n + l)(n + !)" n'<br />

(n + l)n! n"<br />

( n+l)" ( 1)"<br />

(n + !)"+' n'<br />

(n + I)! n"<br />

= --n- 1 + -;; ~ e quando n ---t oo<br />

(Veja a Equação 3.8.6 no Volume L) Como e> 1, a série dada é divergente pelo Teste da<br />

Razão.<br />

NOTA o Embora o Teste da Razão funcione no Exemplo 5, um método mais simples é<br />

usar o Teste para Divergência. Como<br />

n" n·n·n· . n<br />

a=-=<br />

" n! 1 · 2 · 3 · ·n<br />

""n<br />

segue-se que a, não se aproxima de O quando n.........,.. oo. Portanto a série dada é divergente<br />

pelo Teste para Divergência.<br />

O teste a seguir é conveniente para ser aplicado quando as potências de n ocorrem. Sua<br />

prova é similar à do Teste da Razão e fica para o Exercício 38.<br />

(i) Se lim "Jia:i =L < 1, então a série 2: a, é absolutamente convergente<br />

(e portanto convergente).<br />

(ii) Se lim ·JI a, I =L > 1 ou lim "JI an j = cc, então a série 2: a, é divergente.<br />

+0+ +0" f!=!<br />

(iii) Se lim "Jl a, I = l, o Teste da Raiz não é conclusivo.<br />

H+<br />

n=l<br />

Se lim, __ ,oo"J~ = 1, então a parte (iii) do Teste da Raiz não dá informação. A série<br />

L a, pode convergir ou divergir. (Se L = 1 no Teste da Razão, não tente o Teste da Raiz,<br />

porque L será novamente L)<br />

SOLUÇÃO<br />

"(2n+3)"<br />

::: Teste a convergência da série 2: .<br />

,~1 3n + 2<br />

a =(2n+3)"<br />

" 3n + 2<br />

Então, a série dada converge pelo Teste da Raíz.<br />

3<br />

2 +- n 2<br />

=-------


James Stewart CAPÍTULO 11 SEQÜÊNCiAS iNFINITAS E SEHiES 743<br />

Rearranjos<br />

A questão de uma série dada ser absolutamente convergente ou condicionalmente convergente<br />

tem importância na questão sobre se somas infinitas se comportam ou não como<br />

somas finitas.<br />

Se rearranjarmos a ordem dos termos em uma soma finita, então é claro que o valor da<br />

soma permanecerá inalterado. Mas esse não é sempre o caso para uma série infinita. Por um<br />

rearranjo de uma série infinita 2.: an queremos dizer uma série obtida simplesmente mudando<br />

a ordem dos termos. Por exemplo, um rearranjo de 2:: a" poderia começar como a seguir:<br />

Segue-se que<br />

se L a" for uma série absolutamente convergente com somas,<br />

então qualquer rearranjo de I an tem a mesma somas.<br />

Contudo, qualquer série condicionalmente convergente pode ser rearranjada para dar urna<br />

soma diferente. Para ilustrar esse fato, vamos considerar a série harmônica alternada<br />

1 - ~ + ~ -! + S - k + t - ~ + · · · =In 2<br />

(Veja o Exercício 36 da Seção 11.5.) Se multiplicarmos essa série por L obteremos<br />

i-~+~-t+···=iln2<br />

- A soma desses zeros não afeta a<br />

soma da série; cada termo na<br />

seqüência de somas parciais é<br />

repetido, mas o limite é o mesmo.<br />

Inserindo zeros entre os termos dessa série, teremos<br />

l o l o l o l l 2<br />

0+ 0 + -,+ +,+ -,+···~ 0 ln<br />

Agora adicionamos as séries nas Equações 6 e 7 usando o Teorema 11.2.8:<br />

l +~-i+~+~-~+ ···=~1n2<br />

Note que a série- em (8) contém os mesmos termos que em (6), mas rearranjados de modo<br />

que um termo negativo ocorre depois de cada par de termos positivos. As somas dessas<br />

séries, contudo, são diferentes. De fato, Riemann provou que<br />

se L a 11 for uma série condicionalmente convergente e r for qualquer número<br />

real, então existe um rearranjo de .L ar1 que tem uma soma igual a r.<br />

Uma prova desse fato é ilustrada no Exercício 40.<br />

1. O que você pode dizer sobre a série L a, em cada um dos " (-lO)"<br />

seguintes casos<br />

n=O n!<br />

I .<br />

(b) lim 1-- . a,+, I<br />

~ 0,8<br />

n---->X I a,<br />

• \ a~+J I<br />

(a) hm ;-- ~ 8<br />

n--•"' 1 a, I<br />

(c) !~I a~:' I ~ l<br />

2-2'& _ Determine se a série é absolutamente convergente,<br />

condicionalmente convergente ou divergente.<br />

" 2<br />

2. L _11,_<br />

n=l 2'~<br />

3. L--<br />

7. ""(-1;"-,-<br />

~ . ' n<br />

n~! 5 'n<br />

" l<br />

9. L­<br />

""' (2n)l<br />

"' 2"<br />

L(-!)""',<br />

n~!<br />

" ( -l)"<br />

6. L-,<br />

no~J n<br />

a. L (-0"_,<br />

n~--l<br />

~ sen4n<br />

12. "" ,.<br />

n=l 4<br />

n<br />

n


744 CJ CÁLCULO Editora Thomson<br />

" (-!)"<br />

17. 2:--<br />

11=2 ln n<br />

_ 19<br />

> i cos(n7i/3)<br />

n~l n!<br />

21. 2:<br />

25.<br />

n"<br />

"' n 1 2"<br />

14. 2: (-1)"'' -,-<br />

n~-; n.<br />

16. 2:<br />

.<br />

18. :z;!'!..<br />

n~l n"<br />

3 - cos n<br />

,~r -2<br />

" ( -1)"<br />

20. 2:-<br />

n=2 (In nY<br />

• (-!)"<br />

22. 2:-<br />

n=2 n In n<br />

24. 2:<br />

,~"!<br />

(-1)"<br />

(arctg n)"<br />

1 . 3<br />

---+ l . 3 . 5 1 . 3. 5. 7<br />

+ ...<br />

31 5! 7!<br />

1 · 3 • 5 · · · · • (2n - 1)<br />

+(-1y-' +···<br />

(2n - 1)'<br />

2 2 . 6 _2_·_::_6_·_:.1::_0 2 . 6 . lO . 14<br />

26. -+--+- + + ...<br />

5 5·8 5·8·11 5·8·11·14<br />

-\• 2 • 4 • 6 · .. · · (2n)<br />

27. Lo<br />

n---1 n!<br />

2"n!<br />

28· .~, (- 1 )" 5 · 8 ·11· ·· · · (3n + 2)<br />

Teste da Razão. Como habitualmente, faça R 11 ser o resto<br />

depois de n termos, isto é,<br />

(a) Se {r,} for uma seqüência decrescente e rn.,. 1 < l,<br />

mostre, pela soma de uma série geométrica, que<br />

(b) Se {rn} for uma seqüência crescente, mostre que<br />

35. (a) Calcule a soma parcial s 5 da série<br />

Use o Exercício 34 para estimar o erro ao usar ss como<br />

uma aproximação da soma da série.<br />

(b) Calcule um valor de n de maneira que s, aproxime a soma<br />

com precisão 0,00005. Use esse valor de n para aproximar<br />

a soma da série.<br />

36. Utilize a soma dos primeiros dez termos para aproximar a soma<br />

da série :z::=l n/2n. Use o Exercício 34 para estimar o erro.<br />

37. Prove que, se 2.: a, for absolutamente convergente, então<br />

ti~ Os termos de uma série são definidos recursivamente pelas<br />

equações<br />

a,+l =<br />

Determine se 2: a, converge ot.i diverge.<br />

5n 1<br />

4 n + 3 Gn<br />

30. Uma série 2: a" é definida pelas equações<br />

2 + cos n<br />

a,+ I= ~ a,<br />

Determine se L an converge ou diverge.<br />

Iáí!t Para quais das seguintes séries o Teste da Razão não é<br />

conclusivo (isto é, ele não dá uma resposta definida)<br />

• 1 "<br />

(a) .~, (b) .~, ;:,<br />

32. Para quais inteiros positivos k a série<br />

é convergente<br />

~ (n!)'<br />

·-· (kn)!<br />

(a) Mostre que :z::~ox"/n1 converge para todo x.<br />

(b) Deduza que lim,_~oçx"/n! =O para todo x.<br />

34. Seja Z a, uma série com termos positivos e seja r,= an+ 1/a,.<br />

Suponha que limn__."' r, =L< 1, assim L an converge pelo<br />

38. Prove o Teste da Raiz. [Dica para a parte (i):<br />

39.<br />

Tome qualquer número r tal que L < r < 1 e use<br />

o fato de que existe um inteiro N tal que "Jra:l < r<br />

quando n ~ N.]<br />

Dada uma série qualquer 2.: a, definimos uma série ::Z a: cujos<br />

termos são todos termos positivos de L an e uma série 2.: a;;<br />

cujos termos são todos termos negativos de 2.: an. Para ser<br />

específico, seja<br />

a;=<br />

Note que, se ar. > O, então a;; = an e a;; = O, ao passo que, se<br />

a, < O, então a;; = a, e a: = O.<br />

(a) Se 2: a, for absolutamente convergente, mostre que ambas<br />

as séries 2: a: e 2.: a;; são convergentes.<br />

(b) Se L a, for condicionalmente convergente, mostre que<br />

ambas as séries 2: a: e 2: a;; são divergentes.<br />

40. Prove que, se 2: a" for uma série condicionalmente<br />

convergente e r for qualquer número real, então existe um<br />

rearranjo de 2.: a, cuja soma é r. [Dicas: Use a notação<br />

do Exercício 39. Tome um número apenas suficiente<br />

de termos positivos a: de modo que sua soma seja<br />

maior que r. Então adicione um número apenas<br />

suficiente de termos negativos a;;- de tal modo que<br />

a soma cumulativa seja menor que r. Continue dessa<br />

maneira e use o Teorema 11.2.6.]


James Stewart CAPÍTULO 11 SEOUENCIAS INFINIT.t,S E SÉRIES 745<br />

Estratégia para Testar as Séries<br />

Agora temos várias maneiras de testar a convergência ou divergência de uma série; o<br />

problema é decidir qual teste usar em qual série. Nesse aspecto testar séries é similar a<br />

integrar funções. De novo, não há regras certeiras e rápidas para qual teste aplicar a uma<br />

série dada, mas você pode achar os conselhos a seguir de alguma utilidade.<br />

Não é sábio aplicar uma lista de testes em uma ordem específica até que um deles<br />

finalmente funcione. Isso seria uma perda de tempo e esforço. Em vez disso, como na<br />

integração, a principal estratégia é classificar a série de acordo com suafomw.<br />

t Se a série for da forma I l/nP, ela é uma p-série, que sabemos ser convergente<br />

se p > 1 e divergente se p .::o:; 1.<br />

2. Se a série tiver a forma I artl-J ou I ar'\ ela é uma série geométrica, que<br />

converge se I r I < I e diverge se I r I "" I. Algumas manipulações algébricas<br />

podem ser necessárias para deixar a série dessa forma.<br />

3. Se a série tiver uma forma similar a uma p-série ou a uma série geométrica,<br />

então um dos testes de comparação deve ser considerado. Em particular, se a"<br />

for uma função racional ou uma função algébrica de n (envolvendo raízes de<br />

polinômios), a série deve ser comparada com uma p-série. Note que a maioria<br />

das séries nos Exercícios 11.4 tem essa forma. (O valor de p deve ser escolhido<br />

como na Seção 11.4, deixando apenas as potências n mais altas no numerador e<br />

denominador.) Os testes de comparação se aplicam apenas a séries com termos<br />

positivos, mas, se I a, tiver alguns termos negativos, então poderemos aplicar o<br />

Teste da Comparação na I I an j e testar a convergência absoluta.<br />

4. Se você vir que limn-~•"" an -::;f. O, o Teste para Divergência deve ser usado.<br />

5. Se a série for da forma I ( -l)"- 1 b, ou I ( -l)"b", então o Teste da Série<br />

Alternada é uma possibilidade óbvia.<br />

6. Séries que envolvem fatoriais ou outros produtos (incluindo uma constante<br />

elevada à n-ésima potência) são com freqüência testadas convenientemente<br />

usando-se o Teste da Razão. Tenha em mente que I a,+ J an 1---;. 1 quando n ---;. oo<br />

para todas as p~séries, e portanto todas as funções racionais ou algébricas de n.<br />

Então, o Teste da Razão não deve ser usado para tais séries.<br />

7. Se a" for da forma (b,)", o Teste da Raiz pode ser útil.<br />

8. Se a, = f(n), onde f," f(x) dx é facilmente avaliada, então o Teste da Integral é<br />

eficaz (satisfeitas as hipóteses para este teste).<br />

Nos próximos exemplos não trabalhamos todos os detalhes, mas simplesmente<br />

indicamos quais testes devem ser usados.<br />

" n - l<br />

EJ!E MP l!l ! L ._:::_____.:._<br />

n=J 2n + 1<br />

Como a"---;. t :;i:. O quando n ---;. oo, devemos usar o Teste para Divergência.<br />

Como a, é uma função algébrica de n, comparamos a série dada com uma p-série.


l<br />

746 CJ CÁLCUlO Editora Thomson<br />

A série de comparação é I b,, onde<br />

'<br />

EXE~ilPUJ 3 2: ne-n'<br />

ti~]<br />

_ J;3 _ n 3 i2 __ l_<br />

b"- 3n 3 - 3n 3 - 3n 3/ 2<br />

Como a integral J~ xe_-": cL-.: é facilmente avaliada, usamos o Teste da IntegraL O Teste da<br />

Razão também funciona.<br />

Como a série é alternada, usamos o Teste da Série Alternada.<br />

Como a série envolve k!, usamos o Teste da Razão.<br />

" l<br />

EXEMPUJ 6 L --­<br />

n=l 2 + 3"<br />

Como a série está intimamente relacionada à série geométrica L 1/3", usamos o Teste da<br />

Comparação.<br />

Exercícíos<br />

1-33 :J Teste a convergência ou divergência das séries.<br />

1. i n'- I<br />

n=l + n<br />

ro<br />

( -})""'<br />

5. 2:~<br />

n=1 -<br />

" I<br />

7. 2:-.-<br />

k=2 nJln n<br />

" (-I)""'<br />

11. I--<br />

w~2 nlnn<br />

~ 3"n 2<br />

13. L.<br />

n=1 n!<br />

15 L n' 16.<br />

• ,~ 0 2 • 5 • 8 · · · · • (3n + 2)<br />

11. I ( -n·2 ' 1 "<br />

n=J<br />

2.<br />

4. L.(-!)"<br />

n=l<br />

"' 1 n-l<br />

" ( 3 )"<br />

6 ' .~, I +"8n<br />

"' 2 2 8. k'<br />

L.<br />

H (k + 2)!<br />

10. L n 1 e_")<br />

n--~J<br />

+ n<br />

12. I 1-1)" "<br />

n=l n 2 + 25<br />

14. I sen n<br />

n=l<br />

" (-!)"''<br />

18. I-~--<br />

n=l ..,jn - 1<br />

19. "~' (-I)" 7n<br />

"'<br />

(-2Y"<br />

21. 2:-,-<br />

n=l n<br />

23. 2: tg(lln)<br />

n=l<br />

k=l<br />

3l. i sen(_lin)<br />

n=l /n<br />

~ ( n \•i<br />

35. L. --)<br />

n=l n + 1<br />

37. 2:(12-J)"<br />

n=!<br />

~ cos(n/2)<br />

24. L. -co, -':..é.-;-'­<br />

J1=! n + 4n<br />

"' n 2 + 1<br />

26. 2:-.,-<br />

W"l )<br />

•.o e !in<br />

28. 2:-,<br />

,=! n<br />

30. i (-!)i jj<br />

j=! J + 5<br />

" (2n)"<br />

32. 2: -,,-<br />

n=l n<br />

34. "' L. I<br />

""'In+ n<br />

" l<br />

30. ~2 (In n)'""<br />

38. L (15. - I)<br />

n=l


o<br />

James Stewart CAPiTUlO 11 SEOÜÉNCiAS !NF!NITAS E SÉRiES 747<br />

Séries de Potências<br />

Uma série de potências é uma série da forma<br />

2: C,X" = Co + C1X + C2X 2 + c 3x 3 +<br />

n=O<br />

SÉRIE TRIGONOMÉTRICA<br />

Uma série de potênc"ia é aque\a na<br />

qual cada termo é uma função de<br />

potência. Uma série trigonométrica<br />

2: (a, cos nx + b, sen nx)<br />

n~O<br />

é uma série cujos termos são funções<br />

trigonométricas.<br />

onde x é urna variável e c,/s são constantes chamadas coeficientes da série. Para cada x H~<br />

xado, a série (1) é uma série de constantes que podemos testar para convergência ou<br />

divergência. Uma série de potências pode convergir para alguns valores de x c divergir para<br />

outros valores de x. A soma da série é uma função<br />

f(x) =Co + C1X + C2X 2 + ·. • + CnXn + • • •<br />

cujo domínio é o conjunto de todos os x para os quais a série converge. Note que f se<br />

assemelha a um polinômio. A única diferença é que f tem infinitos termos.<br />

Por exemplo, se tomarmos Cn = 1 para todo n, a série de potências se torna a série<br />

geométrica<br />

2;r ~ + x + x' + · · · + x" + · · ·<br />

n=O<br />

que converge quando -I < x < I e diverge quando I x I "' I (veja a Equação 11.2.5).<br />

Em geral, a série da forma<br />

2: c,(x - a)" ~ c 0 + c 1 (x - a) + c 2 (x - a f +<br />

n=O<br />

é denominada série de potências em (x-a) ou série de potências centrada em a ou série<br />

de potências ao redor de a. Note que, ao escrever o termo correspondente a n = O nas<br />

Equações I e 2, adotamos a convenção de que (x- a) 0 ~ I, mesmo quando x ~a. Note<br />

também que, quando x = a todos os termos são O para n ~ J, e assim a série de potências<br />

(2) sempre converge quando x ~ a.<br />

EXEMPLO 1 o Para quais valores de x a série 2: nlxn é convergente<br />

n=O<br />

SOLUÇÃO Usamos o Teste da Razão. Se fizermos an, como habitualmente, denotar o<br />

n-ésimo termo da série, então an = n!xn_ Se x # O, temos<br />

l<br />

a,+, I I (n + l)!x"+' I I I<br />

Jim -- ~ lim 'I , ~ lim (n + I) x, ~ oo<br />

n--.-..oo an n-"" I n!x ~ n-x<br />

Pelo Teste da Razão, a série diverge quando x # O. Então, a série dada converge apenas<br />

quando x ~O.<br />

" (x- 3)"<br />

EXEMPLO 2 c Para quais valores de x a série 2: converge<br />

n=l n<br />

SOLUÇÃO Seja a,~ (x - 3)"/n. Então<br />

1<br />

, a,+, [ ~ [ (x - 3}"'<br />

I<br />

a,! 1<br />

~ -<br />

n+l<br />

n i<br />

(x - 3)" I<br />

1<br />

-1 x - 31 -; I x - 31 quando n -; 00<br />

l<br />

1 +- n


748 CÁLCULO Editora Thomson<br />

Pelo Teste da Razão, a série dada é absolutamente convergente, e portanto convergente.<br />

quando I x - 31 < I e é divergente quando I x - 31 > I. Agora<br />

lx-31


James Stewart CAPÍTUlO 11 SEOÜE.i'-iCI.A.S iNFiNiTAS E SÉRIES CJ 749<br />

1 ____ c_,'<br />

!<br />

s<br />

A Figura l mostra os gráficos dessas somas parciaís, que são polinômios. Todas são apro~<br />

xirnações para a função 1 0 , mas note que as aproximações se tornam melhores quando<br />

mais termos são incluídos. A Figura 2 mostra um gráfico mais completo da função de<br />

BesseL<br />

Para as séries de potências que temos visto até agora, o conjunto de valores de x para<br />

os quais a série é convergente tem sempre sido um intervalo (um intervalo finito para a<br />

série geométrica e a série no Exemplo 2, o intervalo infinito (-~,:o) no Exemplo 3 e um<br />

intervalo colapsado [O, O] ~ {O} no Exemplo 1]. O teorema a seguir, provado no Apêndice<br />

F, diz que isso, em geral, é verdadeiro.<br />

F iCiURA 1<br />

Sorna~ parciais da função de Bessel 1 0<br />

}' = fr,(x)<br />

f1l Teorema Para uma dada série de potências 2.: c"(x ~ a)" existem apenas três<br />

possibilidades:<br />

""~o<br />

(i) A série converge apenas quando x ~ a.<br />

(ii) A série converge para todo x.<br />

(iii) Existe um número positivo R tal que a série converge se I x -<br />

·"·<br />

"<br />

a I < R e<br />

FIGURA 2<br />

10 !O<br />

+--'~~ ---t---~---4>-<br />

0 X<br />

O número R no caso (i i i) é chamado raio de convergência da série de potências. Por<br />

convenção, o raio de convergência é R = O no caso (i) e R = oc no caso (ii). O intervalo<br />

de convergência de uma série de potências é aquele que consiste em todos os valores de<br />

x para os quais a série converge. No caso (i) o intervalo consiste em apenas um único ponto<br />

a. No caso (ii) o intervalo é ( ~c.c·, oc). No caso (iii) note que a desigualdade j x - a j < R<br />

pode ser reescrita como a - R < x < a + R. Quando x é um extremo do intervalo, isto é,<br />

x = a ± R, qualquer coisa pode acontecer~ a série pode convergir em um ou ambos os<br />

extremos ou divergir em ambos os extremos. Então, no caso (iii) existem quatro possibilidades<br />

para o intervalo de convergência:<br />

(a- R, a+ R) (a- R, a+ R] [a- R, a +R) [a- R, a+ R]<br />

A situação é ilustrada na Figura 3.<br />

convergência para !x<br />

a ! < R<br />

FIGURA 3<br />

a-R a a+R<br />

--;:::===~divergência para lx -a!> R<br />

Resumimos aqui o raio e o intervalo de convergência para cada um dos exemplos já<br />

considerados nesta seção.<br />

Série Raio de convcrgêncla Intervalo de convergência<br />

Série geométrica x" R=l ( ~ 1, I)<br />

Exemplo 1 2: n!x' {O}<br />

Exempio2 R=l 4)


750 CJ CÁLCULO Editora Thomson<br />

Em geral, o Teste da Razão (ou algumas vezes o Teste da Raiz) deve ser usado para<br />

detenninar o raio de convergência R. Os Testes da Razão e da Raiz sempre falham quando<br />

x é um extremo do intervalo de convergência; assim, os extremos devem ser checados com<br />

algum outro teste.<br />

EXEMPlO 4 u Encontre o raio de convergência e o intervalo de convergência da série<br />

SOLUÇÃO Seja a, = (-3)"x"/ rn+J. Então<br />

a,,, I= I<br />

I<br />

(-3)"+'x"" . Jn+ll =I<br />

an . ~·11 I E ' 2 ( - 3)" X " .'I<br />

=3<br />

1 + (lln) lxl-> 31xl<br />

1 + (2/n)<br />

quando n ~ oc<br />

Pelo Teste da Razão, a série dada converge se 3j x I < 1 e diverge se 31 x I > 1.<br />

Então, ela converge se I x I < ~ e diverge se I x I > ~ . Isso significa que o raio de<br />

convergência é R = ~.<br />

Sabemos que a série converge no intervalo (- ~, ~ ), mas devemos agora testar a<br />

convergência nos extremos desse intervalo. Se x = -L a série toma-se<br />

2: 3<br />

,~o<br />

+ ( -3)"(-')"<br />

rn+J<br />

que diverge. (Use o Teste da Integral ou simplesmente observe que ela é uma p-série<br />

com p = ~ < L) Se x = L a série é<br />

que converge pelo Teste da Série Alternada. Portanto a série de potências dada converge<br />

I I . .<br />

d 1 d " · "( 1 ']<br />

quan o -3 < x ::-;::;: 3; ass1m, o mterva o e convergenc1a e -3, 3 .<br />

EXEMPLO 5 :=:;<br />

Encontre o raio de convergência e o intervalo de convergência da série<br />

~ n(x + 2)"<br />

n=O 3n+J<br />

SOLUÇÃO Se a,= n(x + 2)"/3"+ 1 , então<br />

1<br />

a,+, I =I (n + 1)(x + 2)"'<br />

I<br />

3"+ 1 I<br />

an l 3"-t- 2 n(x + 2)" I<br />

=(l+~) lx;21 ___.<br />

I<br />

quando n ~ oo<br />

Usando o Teste da Razão vemos que a série converge se lx + 21/3 < ! e diverge se<br />

lx + 21/3 > 1. Asslm ela converge se lx + 21 < 3 e diverge se lx + 21 > 3. Então o<br />

raio de convergência é R = 3.


James Stewart CAPÍTUlO 11 SEQÜÊNCIAS INFINITAS E SÉRIES 751<br />

A desigualdade J x + 21 < 3 pode ser escrita como -5 < x < l: assim, testamos a<br />

série nos extremos -5 e 1. Quando x = -5, a série é<br />

que diverge pelo Teste para Divergência [(- l )"n não converge para 0]. Quando x ~ l, a<br />

série é<br />

que também diverge pelo Teste para Divergência. Então a série converge apenas quando<br />

-5 < x < 1, assim, o intervalo de convergência é (-5, 1).<br />

Exercícios<br />

1. O que é uma série de potências<br />

2. (a) O que é o raio de convergêncía de uma série de potências<br />

Como você o encontra<br />

(b) O que é o intervalo de convergência de uma série de<br />

potências Como você o encontra<br />

3-28 c; Encontre o raio de convergência e o intervalo de<br />

convergência da série.<br />

. x" " (-1)"x"<br />

L:-<br />

4. L:-.-<br />

,~, Fn n=on+1<br />

" (-1)"<br />

5. L:<br />

n'<br />

n=l<br />

" x"<br />

L:-<br />

n=O n!<br />

·I x"<br />

6. 2: [,1 x"<br />

n=l<br />

8. ,2: n"x"<br />

fl=l<br />

. x"<br />

9. L (-l)"n4"x" !11m: L:-<br />

n·=l ,=J n3"<br />

"' ( -2/x/'<br />

. x"<br />

n=l<br />

~~~~ 5"<br />

11. L;--,y-- 12.<br />

vn<br />

" :i' L . " "'<br />

X<br />

13. L;(-1)"-,- 14. (-ly-<br />

,=2 4 lnn ,~o (2n)!<br />

L fn (x- 1)" 16. L n 3 (x - 5)"<br />

"""'<br />

f (-1)" (x +"2)"<br />

n=O<br />

" ( 2)"<br />

18. L -c (x + 3)"<br />

n=l n2 n=l vn<br />

" (3x- 2)"<br />

19. L: 20. L:<br />

n=l n=J n3"<br />

,,<br />

" n(x- 4)"<br />

21. L -"; (x - a)", b>O 22. L:<br />

n=l b-·<br />

n 3 n=l + 1<br />

L n!(2x- !)"<br />

n=i<br />

" (4x + 1)"<br />

25. L: ~~,c-'­<br />

n<br />

" (2x + 3)"<br />

26. L: (-1!" =~'-<br />

,=2 nlnn<br />

o "<br />

27. L ( 1<br />

x )"<br />

n=2 11 n<br />

2 · 4 · 6 · · · · · (2n)<br />

28. L x"<br />

,., 1 · 3 · 5 · · · · · (2n - l)<br />

. . . . .<br />

'lid Se L;=o c,4" for convergente, as séries que se seguem são<br />

convergentes<br />

(a) L c,( -2)"<br />

11=0 n=O<br />

30. Suponha que L~=o c,x" converge quando x = -4 e diverge<br />

quando x = 6. O que pode ser dito sobre a convergência ou<br />

divergência das séries a seguir<br />

(c) L c,( -3)"<br />

n=O<br />

(b) L c,8"<br />

n=O<br />

(d) L (-1)"c,9"<br />

31. Se k for um inteiro positivo, encontre o raio de convergência da<br />

série<br />

.:.--x<br />

"" (n!)' "<br />

,~o (kn)!<br />

~~ 32. Plote na mesma tela as primeiras somas parciais s,(x) da<br />

série :z:=ox",junto com a função-soma f(x) = 1/(1- x). Em<br />

que intervalo essas somas parciais parecem estar convergindo<br />

para f(x)<br />

i!=O


752 CÁlCUlO Editora Thomson<br />

33. A função J 1 definida por 35. Uma função f é definida por<br />

~ (-l)''x2"7'<br />

l;(x) = ,~J n!(n + 1)122"·1<br />

é denominada função de Bessel de ordem 1.<br />

(a) Encontre seu domínio.<br />

(b) Plote as primeiras somas parciais na mesma tela.<br />

(c) Se seu CAS tiver funções de Bessel programadas, plote J1<br />

na mesma tela das somas parciais na parte (b) e observe<br />

como as somas parciais aproximam 1 1•<br />

34. A função A definida por<br />

X X 6 x 9<br />

Aix) ~ I + 2 · 3 + 2 · 3 · 5 · 6 + -c2_·_3_·..c5:::..· -6-· -8-· -9 + ...<br />

é chamada função de Aif)', em homenagem ao matemático e<br />

astrônomo inglês sir George Airy (180!-1892).<br />

(a) Encontre o domínio da função de Airy.<br />

(b) Plote as primeiras somas parciais s,(x) na mesma tela.<br />

(c) Se seu CAS tiver funções de Airy programadas, plote A na<br />

mesma tela que as somas parciais na parte (b) e observe<br />

como as somas parciais aproximam A.<br />

J(x) = 1· + 2x + x 2 + 2x~ + x 4 + · ·<br />

isto é, seus coeficientes são c 2 , = l e c 2 ,+ 1 = 2 para todo<br />

n ~ O. Ache o intervalo de convergência da série e encontre<br />

uma fórmula explícita para f(x).<br />

36. Se f(x) = L~~o C 11<br />

X", onde C 11 ~ 4 = c,, para todo n ~ O, encontre<br />

o intervalo de convergência da série e uma fónnula para j(x).<br />

37. Mostre que, se lim,_,-_c"JZ,l =c onde c 'rf O, então o raio de<br />

convergência da série de potências L C 11 X" é R= l/c.<br />

38. Suponha que a série de potências k cn(x ~ a)' 1 satisfaz e/i "i"" O<br />

para todo n. Mostre que, se lim"...,x !c,)C 11 _,.d existe, então ele é<br />

igual ao raio de convergência da série de potências.<br />

39. Suponha que a série L c,x" tenha raio de convergência 2 e que<br />

a séríe L d,,x" tenha raio de convergência 3. O que você pode<br />

dizer sobre o raio de convergência da série L (c" + d,.)x" <br />

Explique.<br />

40. Suponha que o raio de convergência da série de potência<br />

L c,x!i seja K Qual é o raio da série de potência 2: c,x 2 ''<br />

Representações de Funções como Séries de Potências<br />

L Uma ilustraçao geométrica da<br />

Equação 1 é mostrada na Figura 1.<br />

Como a soma de uma série é o limite<br />

da seqüênc1a de somas parciais. temos<br />

onoe<br />

I .<br />

~-~~ = I 1m s,(x)<br />

I - .1· " .,<br />

1. (\·I =-- + .r+ X:> + · · · +X''<br />

c a n·es1ma sorna parcial. Note que,<br />

quando n aumenta. s,(x) se torna<br />

rnelhor aprox:maçao de f(x) para<br />

! < .. \


James Stewart CAPÍTUlO 11 SEOUENCiAS if~Fif-nTAS [-;SE f-i![", 753<br />

Como essa é uma série geométrica, ela converge quando I ~x 2 1 < 1, isto é, x ~ I. ou<br />

\ x l < 1. Portanto o intervalo de convergência é ( -1, 1). (É claro que poderíamo;-, tc-!<br />

determinado o raio de convergência aplicando o Teste da Razão, mas todo aquele<br />

trabalho é desnecessário aqui.)<br />

EXEMPlO 2 - Encontre uma representação em série de potências para 1/(x + 2).<br />

SOLUÇÃO Para colocar essa função na forma do lado esquerdo da Equação I, primeiro<br />

fatoramos um 2 do denominador<br />

--2: I " ( --x )"<br />

2 n=O 2<br />

A série converge quando I -x/21 O, então a função f definida por<br />

a)" tiver um raio de convergência<br />

f(x) ~ co + c,(x- a) + c:(x- a)' + 2: c,Jx - a)"<br />

11=0<br />

é diferenciável (e portanto contínua) no intervalo (a -<br />

R, a + R) e<br />

(i) j'(x) ~c, + 2c,(x - a) + 3c,(x - a) 2 + · · · ~ 2: nc,(x - a)"


754 CÁLCULO Editora Thomson<br />

--; Na parte (ii}, J (\, d,- = c:ox +- C<br />

é escrito como cdx - a) + C, onde<br />

C = C + ac 0 ; assim, todos os termos<br />

da séne têm a mesma forma.<br />

(ii) fJ(x) dx ~ C+ c 0 (x -a) +c,<br />

(x - a)2<br />

2<br />

+c,<br />

(x<br />

-a)'<br />

3<br />

+ ...<br />

Os raios de convergência da série de potências nas Equações (i) e (ii) são ambos R.<br />

(íii) -d[" L c,(x - a)" ] = L "d- [c,(x- a)"]<br />

cLr n~-ü n=O Jx<br />

NOTA 1 D<br />

As Equações (i) e (ii) no Teorema 2 podem ser reescritas na forma<br />

(iv) J [,~, c,Jx -<br />

a)'}x = ,~o f cb - a)" dx<br />

Sabemos que, para somas finitas, a derivada de uma soma é a soma das derivadas, e que a<br />

integral de uma soma é a soma das integrais. As Equações (iii) e (iv) afirmam que o mesmo<br />

é verdadeiro para somas infinitas, desde que estejamos lidando com séries de potência.<br />

(Para outros tipos de séries de funções a situação não é tão simples; veja o Exercício 36.)<br />

NOTA 2 c Embora o Teorema 2 diga que o raio de convergência permanece o mesmo<br />

quando uma série de potências é diferenciada ou integrada, isso não significa que o intervalo<br />

de convergência permanece o mesmo. Pode acontecer de a série original convergir em<br />

um extremo enquanto a série diferenciada diverge nesse ponto (veja o Exercício 37).<br />

NOTA 3 o A idéia de diferenciação de uma série de potências termo a termo é a base<br />

para um método poderoso para resolver as equações diferenciais. Discutiremos esse<br />

método no Capítulo 17.<br />

EXEMPLO 4 o No Exemplo 3 da Seção ll.8, vimos que a função de Bessel<br />

"' (-l)nx2n<br />

Jo(x) = ~o 22'(n!}'<br />

é definida para todo x. Então, pelo Teorema 2, lo é diferenciável para todo x, e sua<br />

derivada é encontrada pela diferenciação termo a termo, como a seguir:<br />

" d (-l)'x 2 "<br />

Jó(x) = ,~o dx 22"(n.!)'<br />

" (-1)"2nx 2 "- 1<br />

L<br />

n=l<br />

2 2 '(n!)'<br />

EXEMPLO 5 c Expresse 1/(1 - x) 2 como uma série de potências pela diferenciação da<br />

Equação 1. Qual é o raio de convergência<br />

SOLUÇÃO Diferenciando cada lado da equação<br />

obtemos<br />

l ' 3<br />

--- = 1 + X + x- + X +<br />

1-x<br />

(l - x) 2 I + 2x + 3x 2 +<br />

Podemos trocar n por n + l e escrever a resposta como<br />

1<br />

..,.---=---=, = L (n + í)x"<br />

(1 - x) ,~o<br />

l


James Stewart CAPÍTUlO 11 SEOÜÊNC!AS INFINITAS E SÉRIES<br />

755<br />

De acordo com o Teorema 2, o raio de convergência da série diferenciada é o mesmo<br />

que o raio de convergência da série original, a saber, R = 1.<br />

EXEMPLO 6 :.:_; Encontre uma representação em série de potências para ln(l - x) e seu<br />

raio de convergência.<br />

SOLUÇÃO Notamos que, exceto por um fator de -1, a derivada dessa função é 1/(l - x).<br />

Assim integramos ambos os lados da Equação 1:<br />

-In(!- x) ~ J- 1 -dx ~ Jo + x + x' + ·· ·)dx<br />

I -X<br />

J! x3 x x"-.-1 "' x"<br />

~ x + - + - + · , + C~ 2: --+ C ~ 2:- + C !x! < l<br />

2 .3 n=on + 1 n=ln<br />

Para determinar o valor de C, colocamos x = O nessa equação e obtemos<br />

-ln(l - O) ~ C Então, C~ O e<br />

ln(l - x) ~<br />

x2 x3<br />

-x-----<br />

2 3<br />

-~~<br />

n=l n<br />

!x! < 1<br />

O raio de convergência é o mesmo que o da série original: R = 1.<br />

1<br />

Note o que acontece quando colocamos x = 2 no resultado do Exemplo 6. Como<br />

In } = -ln 2, vemos que<br />

I 1 1 I<br />

ln2~-+-+-+-+<br />

2 8 24 64<br />

u A série de potências para tg-'x obtida<br />

no Exemplo 7 é chamada série de<br />

Gregory, em homenagem ao<br />

matemático escocês James Gregory<br />

(1638-1675), que antecipou algumas<br />

das descobertas de Newton.<br />

Mostramos que a série de Gregory é<br />

válida quando ~ I < x < I, mas<br />

acontece (embora nao seja fácil provar)<br />

que ela também é válida quando<br />

x = ±1. Note que quando x =I<br />

a série torna-se<br />

2::.=1-_!_+l__l_+.<br />

4 3 5 7<br />

Esse belo resultado é conhecido como<br />

a fórmula de Leibniz para r..<br />

EXEMPLO 7 lJ Encontre uma representação em série de potências parafi.x) = tg~ 1 x.<br />

SOLUÇÃO Observamos que f'(x) ~ 1/(1 + x') e encontramos a série requerida pela<br />

integração da série de potências para 1/(1 + x 2 ) encontrada no Exemplo L<br />

to--Jx = J 1<br />

o 1 +<br />

dx ~ J (I - x 2 + x'- x 6 + · · ·)dx<br />

x 3 x 5 x<br />

~C+x--+---+<br />

3 5 7<br />

Para encontrar C, colocamos x ~ O e obtemos C = tg-' O ~ O. Portanto<br />

Como o raio de convergência da série para 1/(l<br />

série para tg- 1 x é também L<br />

+ x 2 ) é 1 , o raio de convergência dessa<br />

EXEMPlO 8 '2<br />

(a) Avalie f [1/(l + x 7 )]dx como uma série de potências.<br />

(b) Use a parte (a) para aproximar Jg·' [l/(l + x ')]dx com precisão de lO


756 [; CÁLCULO Editora Thomson<br />

- Esse exemplo demonstra uma<br />

maneira na qual as representações em<br />

séries de potência são úte1s. Integrar<br />

lí(i + x 7 ) manualmente é<br />

incrivelmente difícil. Sisternas<br />

algébricos computacionais devolvem<br />

formas diferentes da resposta, mas<br />

eies sáo todos extremamente<br />

complicados. (Se você tiver um C~S,<br />

experimente-o.) Na realidade é muito<br />

mais fácil lidar com a resposta em<br />

série inf1'níta obtida no Exemplo 8(a)<br />

do que com a resposta finita dada por<br />

um CAS<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) A primeira etapa é expressar o integrando. l/(1 + x 7 )~ como uma soma de urna série<br />

de potências. Como no Exemplo 1, começamos com a Equação 1 e trocamos x por -x<br />

Agora integramos termo a termo:<br />

2: (~1)'lx7" = 1 - x7 + xl4-<br />

w~D<br />

. I f "" = x7n+l<br />

j--, dx = L; (-l)"x 7 ''dx =C+ L ( -1)"-::---<br />

. 1 + X n=O n=O 7n + 1<br />

xs x !5 xn<br />

=C+x--+---- +<br />

8 15 22<br />

Essa série converge para I - x 7 1 < l, isto é, para I x I < 1.<br />

(b) Aplicando o Teorema da Avaliação não importa qual antiderivada utilizamos; assim<br />

vamos usar a antiderivada da parte (a) com C = 0:<br />

Essa série infinita é o valor exato da integral definida, mas, como é uma série alternada,<br />

podemos aproximar a soma usando o Teorema da Estimativa de Séries Alternadas. Se<br />

pararmos de adicionar os termos com n = 3, o erro é menor que o termo com n = 4:<br />

Assim temos<br />

I<br />

--'-cc = 6,4 X 10~ 11<br />

29 ~<br />

lo 0-5 ---ccdx =---- 1 ] + 1 I<br />

--;cc _2_2_:.·<br />

+ 2 8 . 2 8 15 . 2 15 ~ = 0.49951374<br />

Exercícios<br />

1. Se o raio de convergência da série de potências L;=D cnx" for 10,<br />

qual é o raio de convergência da série L:=t ncnxn-J Por quê<br />

3-10 c Encontre uma representação em série de potências para a<br />

função e determine o intervalo de convergência.<br />

2. Suponha que você saiba que a série L;=o bnxn converge para<br />

I x I < 2. O que você pode dizer sobre a série a seguir Por quê<br />

~ b<br />

L;--" -x·'~'<br />

n=on+l<br />

l<br />

3. f(x) =--<br />

1 +X<br />

l<br />

5. f(x) = l - x'<br />

3<br />

4. f(x) =<br />

' l<br />

f(x) = l + 9x2<br />

--~-2.<br />

---·-~ -


T<br />

James Stewart CAPÍTUlO 11 SEOÜÉNC!AS iNFINITAS E StRfES L.J 757<br />

l<br />

f(x)~-~<br />

X- 5<br />

X<br />

9. flx) ~<br />

. . 9 +<br />

., . X<br />

8. j(x) ~--<br />

4x + l<br />

H-12 c:, Expresse a função como a soma de uma série de potências<br />

usando primeiro frações parciais. Encontre o intervalo de<br />

convergência.<br />

'~~~-<br />

12. f(x)<br />

7x-<br />

3x 2 + 2x ~<br />

(a) Use diferenciação para achar a representação em série de<br />

potências para<br />

j(x) ~ (1 + x)'<br />

Qual é o raio de convergência<br />

(b) Use o item (a) para encontrar uma série de potências para<br />

l<br />

j(x) ~ (l + x)'<br />

(c) Use item (b) para achar uma série de potências para<br />

x2<br />

f(x) ~ (l + x)'<br />

14. (a) Ache uma representação em série de potências para<br />

j(x) = ln (l + x). Qual é o raio de convergência<br />

(b) Use item (a) para encontrar uma série de potências para<br />

j(x) ~ x ln (1 + x).<br />

(c) Use item (a) para achar uma série de potências para<br />

j(x) ~ ln (x 2 + l).<br />

15-Ul == Encontre uma representação em série de potências para a<br />

função e determine o raio de convergência.<br />

f(x) ~ ln(5 - x)<br />

17. f(x) ~ (x _<br />

x·<br />

16 f(x) - -"--~<br />

· · - (l - 2x) 2<br />

18. f(x) ~ arctg(x/3)<br />

li 19-22 c: Encontre uma representação em série de potências para f,<br />

plote f e várias somas parciais s,(x) na mesma tela. O que acontece<br />

quando n aumenta<br />

19. f(x) ~ ln(3 + x)<br />

f(x) ~ ln(: ::)<br />

20. f(x) ~ ,---::cc<br />

+ 25<br />

22. f(x) ~ tg.'(2x)<br />

23-26 o Avalie a integral indefinida como uma série de potências.<br />

Qual é o raio de convergência<br />

!Ul f<br />

r In(! - I)<br />

dt<br />

24.<br />

l- . t<br />

25.<br />

f x- dx 26. f tg-'(x 2 )dx<br />

di<br />

27-30 Use uma série de potências para aproximar a integral<br />

definida com precisão de seis casas decimais.<br />

27.<br />

t' r<br />

dx 28. 1n(l<br />

l ~<br />

+ x 4 )dx<br />

0<br />

29. f'' ' i(x 4 )dx<br />

fo.z dx<br />

0<br />

X" tg 30.<br />

o I +<br />

31. Use o resultado do Exemplo 6 para calcular In l,l com<br />

precisão de cinco casas decimais.<br />

32. Mostre que a função<br />

" (-l)"x'"<br />

f(x) ~,~o (2n)!<br />

é uma solução da equação diferencial<br />

f"(x) + f(x) ~ O<br />

33. (a) Mostre que 1 0 (a função de Bessel de ordem O dada no<br />

Exemplo 4) satisfaz a equação diferencial<br />

x'J~(x) + xJ6(x) + x 2 1 0 (x) ~O<br />

(b) Avalie J~ lo(x) dx com precisão de três casas decimais.<br />

34. A função de Bessel de ordem 1 é definida por<br />

"" (-1Yx2n+l<br />

J,(x) ~ 2:_ '( + 1)'22""'<br />

n~o n. n .<br />

(a) Mostre que J1 satisfaz a equação diferencial<br />

x'J;'(x) + xl((x) + (x 2 - l)J 1 (x) ~O<br />

(b) Mostre que ló(x) ~ - J,(x).<br />

15:} (a) Mostre que a função<br />

. ~ x"<br />

/(x) ~ .:.. -<br />

n~O n1<br />

é uma solução da equação diferencial<br />

(b) Mostre que f(x) =ex.<br />

f'(x) ~ f(x)<br />

36. Seja fn(x) = (sen nx)/n 2 • Mostre que a série 'if,(x) converge<br />

para todos os valores de x, mas que a série de derivadas Lf~(x)<br />

diverge quando x = 2wrr, n um inteiro. Para quais valores de x<br />

a série LJ,;\x) converge<br />

M!i Seja<br />

f(x) ~ L x"<br />

Encontre os intervalos de convergência para f, f' e f".<br />

38. (a) Começando com a série geométrica L::'=ox", encontre a<br />

soma da série<br />

n=l<br />

fxf < l


~--<br />

758 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

(b) Encontre a soma de cada uma das séries a seguir.<br />

(i)2.;nx",<br />

n=l<br />

JxJ


James Stewart CAPÍTULO 11 SEOÜÊNC!..C..S INFINITAS E SÉRIES 759<br />

e a substituição de x = a na Equação 4 resulta em<br />

f"'( a) ~ 2 · 3cJ ~ 3 !c 3<br />

Agora você pode ver o padrão. Se continuarmos a diferenciar e substituir x = a, obteremos<br />

f"'( a) = 2 · 3 · 4 · · · · · nc" = n'c"<br />

Resolvendo essa equação para o n-ésimo coeficiente c n' obteremos<br />

f"''( a)<br />

Cn =--,-<br />

11.<br />

Essa fórmula pennanecerá válida mesmo para n = O se adotarmos as convenções de que<br />

O! = 1 e fiOJ =f. Então provamos o teorema a seguir.<br />

L§j Teorema<br />

isto é, se<br />

~<br />

Se f tiver uma representação (expansão) em série de potências em a,<br />

I<br />

f(x) ~ L c,(x - a)"<br />

n=O<br />

então seus coeficientes são dados pela fórmula<br />

f""(a)<br />

c=---<br />

" I n.<br />

lx-ai


760 o CÁlCULO Editora Thomson<br />

EXEMPlO<br />

convergência.<br />

Encontre a série de Madaurin da função f(x) =e-' e seu raio de<br />

SOLUÇÃO Se f(x) ~e\ então j'" 1 (x) ~e\ assim /'"'(O)~ e 0 ~ l para todo n. Portanto<br />

a série de Taylor para f em O (isto é, a série de Maclaurin) é<br />

~ J'''(O) ' x" x x' x<br />

2: 3<br />

--x" ~ 2:- ~ 1 +-+-+- + ",<br />

n=O n! n=O n! 1! 2! 31<br />

Para encontrar o raío de convergência fazemos a,= x'in!. Então<br />

~~~~I x"'' ·.':'_I ~~X __., 0< 1<br />

i a, (n + 1)' x' n +<br />

assim, pelo Teste da Razão, a série converge para todo x, e o raio de convergência é<br />

R=cx:;.<br />

A conclusão que podemos tirar do Teorema 5 e do Exemplo 1 é que se ex tiver uma<br />

expansão em série de potências em O, logo<br />

"' x"<br />

e'~ 2:­<br />

n=O n!<br />

Então, como detenninar se ex tem uma representação em série de potências<br />

Vamos investigar uma questão maís geral: sob quais circunstâncias uma função é igual<br />

à soma de sua série de Taylor Em outras palavras, se f tiver derivadas de todas as ordens,<br />

quando é verdade que<br />

~ /'"'(a)<br />

J(x) ~ L - (x - a)"<br />

n=O n!<br />

Corno com qualquer série convergente, isso significa que f(x) é o limite da seqüência das<br />

somas parciais. No caso da série de Taylor, as somas parciais são<br />

" J"l(a)<br />

T,(x) ~ 2: -,,-(x-a);<br />

i=O l,<br />

y<br />

~y=e<br />

, ~l\y=I;(x)<br />

\Yy = I;(x) ,<br />

\ y=T;(x)<br />

~/ (0,1)\\y= T,(x)<br />


James Stewart CAPÍTUlO 11 SEQÜÊNCIAS INFINITAS E SÉRiES 761<br />

então R,(x) é denominado resto da série de Taylor. Se pudermos de alguma maneira<br />

mostrar que lim"-•" R,(x) ~O, segue que<br />

lim T,(x) ~ lim [J(x) - R,(x)] ~ f(x) -<br />

!!-">X f!•••>'L 11--->"'><br />

Aqui, portanto, provamos o seguinte:<br />

lim R,(x) ~ f(x)<br />

Toorema Se f(x) ~ T,(x) + R,(x), onde T, é o polinômio de Taylor<br />

de f em a e<br />

para I x -<br />

lx-aJ


762 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

~ Como alternativas para a<br />

desigualdade de Taylor, temos as<br />

seguintes fórmulas para o termo resto<br />

Se Jl"+ 1! se for contínua sobre um<br />

intervalo f ex E f, então<br />

R,(x) =_i__, f: (x ~ t)"P"~ 1 '(t) dr<br />

n.<br />

Este é chamado forma integral do<br />

termo resto. Outra fórmula, chamada<br />

forma de Lagrange para o resto,<br />

estabelece que existe um número<br />

:.: entre x e a tal que<br />

R,(x)= (x~a)"' 1<br />

(n + 1)!<br />

Essa versão é uma extensão do<br />

Teorema do Valor Médio (o qual é o<br />

caso quando n = 0).<br />

Provas para estas fórmulas,<br />

juntamente com as discussões de<br />

como usá-las para resolver os<br />

exemplos das Seções 11_ 1 O e 11_12,<br />

estão dadas no website<br />

www.stewartcalculus.com<br />

Clique em Additional Topics e depois<br />

em Formulas for Remainder Terrn in<br />

Taylor series<br />

Um argumento similar. usando f"(x) ;::, -M, mostra que<br />

Assim<br />

IR,(x)j"' ~lx-ai'<br />

Embora tenhamos assumido que x > a, cálculos similares mostram que essa desigualdade<br />

é também verdadeira para x < a.<br />

Isso prova a Desigualdade de Taylor para o caso onde n = 1. O resultado para um n<br />

qualquer é provado de uma maneira similar pela integração n + l vezes. (Veja o Exercício<br />

61 para o caso n- 2.)<br />

NOTA u Na Seção 11.12 exploraremos o uso da Desigualdade de Taylor para aproximar<br />

funções. Nosso uso imediato é aplicá-la junto com o Teorema 8.<br />

Ao aplicar os Têoremas 8 e 9, muitas vezes é útil usar o fato a seguir.<br />

x'<br />

lim--O<br />

n-->O>C n!<br />

para todo número real x<br />

Isso é verdade porque sabemos do Exemplo I que a série ::S x"/n! converge para todo x, e<br />

seu n-ésimo termo se aproxima de O.<br />

EXEMPlO 2 u Prove que ex é igual à soma de sua série de Maclaurin.<br />

SOLUÇÃO Se J(x) -e', então Jí-'+"(x)- e' para todo n. Se d for qualquer número<br />

positivo e Jx I ,; d, então J f('+'l(x) I - e' ,; ed. Assim a Desigualdade de Taylor, com<br />

a = O e M = ed, diz que<br />

ed<br />

IR (li"" _.:__I I"+'<br />

"X - (n + I)! X<br />

para lxl,; d<br />

::::: Em 1748, Leonhard Euler usou a<br />

Equação 12 para achar o valor correto<br />

de e com 23 dígitos. Em 2000. Xavier<br />

Gourdon e S. Kondo novamente<br />

usaram a série em (12), calcularam e<br />

com mais de 12 bilhões de casas<br />

decimais. As técnicas especiais que<br />

eles empregaram para acelerar os<br />

cálculos são explicadas no endereço<br />

www .num bers. computat ion. f ree. f r<br />

Note que a mesma constante M = ed funciona para cada valor de n. Mas, a partir da<br />

Equação 10, temos<br />

Segue do Teorema do Confronto que lim,~" I R,(x) I - O e, portanto, lim,~>R,(x) - O<br />

para todos os valores de x. Pelo Teorema 8, ex é igual à soma de sua série de Maclaurin,<br />

isto é,<br />

" x"<br />

e'- L­<br />

n=O nJ<br />

para todo x<br />

Em particular, se colocannos x = 1 na Equação 11, obteremos a seguinte expressão<br />

para o número e como uma soma de uma série infinita:


James Stewart CAPÍTULO 11 SEOCJÊNCIAS !NFINlTAS E SÉRIES r·l 763<br />

1 l l<br />

e~ -~!+-+-+-+···<br />

n~o n! 1! 2! 3!<br />

EXEMPlO 3 c: Encontre a série de Taylor para f(x) = e" em a ~ 2.<br />

SOLUÇÃO Temos f'"'(2) ~ e 2 ; e assim, colocando a = 2 na definição de uma série de<br />

Taylor (6), obtemos<br />

" f'"'(2) "<br />

7<br />

2: --(x- 2)" ~ 2: ~(x- 2)'<br />

n=O n! n=O n!<br />

Novamente pode ser verificado, como no Exemplo 1, que o raio de convergência é<br />

R ~ oo. Como no Exemplo 2, podemos verificar que lim"-" R"(x) ~ O, assim<br />

" e'<br />

e" ~ 2: - (x - 2)'<br />

n=O n!<br />

para todo x<br />

Temos duas expansões em séries de potências para e\ a série de Maclaurin na Equação<br />

11 e a série de Taylor na Equação 13. A primeira é melhor, se estivermos interessados em<br />

valores de x próximos de O e, a segunda, também, se x estiver próximo de 2.<br />

EXEMPLO 4 = Encontre a série de Maclaurin para sen x e prove que ela representa sen x<br />

para todox.<br />

SOLUÇÃO Arranjamos nossos cálculos em duas colunas como a seguir:<br />

f(x) ~ senx<br />

f'(x) ~ cos x<br />

f"(x) ~ -sen x<br />

J"'(x) ~ -cos x<br />

f' 4 '(x) ~ sen x<br />

/(0) ~O<br />

j'(O) ~ I<br />

j"(O) ~O<br />

j"'(O) ~-I<br />

.f' 4 '(0) ~O<br />

c A Figura 2 mostra o gráfico de sen x<br />

junto com seus polinômios de Taylor<br />

(ou Maclaurin)<br />

T 1 (x) = x<br />

x'<br />

T3(x) =X-~<br />

o.<br />

x3 x'<br />

T 5(x) =x- ! 3<br />

+ 5T<br />

Note que, quando n aumenta, J;,(x)<br />

torna-se melhor aproximação para sen x.<br />

Como as derivadas se repetem de quatro em quatro, podemos escrever a série de<br />

Maclaurin como a seguir:<br />

J(O) + f'(O) x + f"(O) x' + J"'(O) x3 + ...<br />

I! 2! 3!<br />

x3 x5 x7 o:o x2n+1<br />

~x--+--- + .. · ~ :2;(-1)"---c--<br />

3! 5! 7! "~o (2n + 1)!<br />

Como f"+''(x) é :':sen x ou :':cos x, sabemos que I J'"+ 0 (x) I ,;; I para todo x. Assim<br />

podemos tomar M ~ l na Desigualdade de Taylor:<br />

lxl"+'<br />

(n + !)!<br />

Pela Equação lO, o lado direito dessa desigualdade se aproxima de O quando n-'> oo,<br />

dessa forma, I R"(x) I-> O pelo Teorema do Confronto. Segue-se que R"(x) -;. O quando<br />

n ~ oo, assim sen x é igual à soma de sua série de Maclaurin pelo Teorema 8.<br />

,__


764 u CÁlCUlO Editora Thomson<br />

Escrevemos o resultado do Exemplo 4 para referência futura .<br />

•\ X 5 X<br />

sen x = x - - + ~ - ~- +<br />

31 51 71<br />

X<br />

"" .2n+ l<br />

)' H y _:·':___<br />

.::'o (2n + 0 1 para todo X<br />

FIGURA, 2<br />

T~ .<br />

IKBVlPlü 5 Encontre a série de Maclaurin para cos x.<br />

SOLUÇÃO Poderíamos proceder diretamente como no Exemplo 4, mas é mais fácil<br />

diferenciar a série de Maclaurin para sen x dada pela Equação 15:<br />

d d ( x 3 x 5 x 7 )<br />

cus x =- (sen x) =- x ~ 1 + - - _ 1 71<br />

+ · · ·<br />

dx dt 3. 5.<br />

3x~ 5x 4 7x 6 x 2 x x 6<br />

=l--+---+···=1 --+---+<br />

31 51 71 2! 41 6!<br />

As sénes de Mac!aurin para e', sen x<br />

e cos x que encontramos nos Exemplos<br />

2, 4 e 5 foram descobertas primeiro.<br />

usando-se métodos diferentes. por<br />

Newton. (Há evidências de que a série<br />

para sen x e cos x são conhecidas dos<br />

astronômos ind1anos há mais de um<br />

século antes de Newton. mas esse<br />

conhecimento náo se espalhou pelo<br />

mundo.)<br />

Essas equações são formidáveis.<br />

porque dizem que saberemos tudo<br />

sobre cada uma dessas funções se<br />

conhecermos todas as suas derivadas<br />

na ongem_<br />

Como a série de Maclaurin para sen x converge para todo x, o Teorema 2 da Seção 11.9<br />

nos conta que a série diferenciada para cos x também converge para todo x. Então<br />

x 2 x x 6<br />

COS X= J --+---+<br />

21 4! 61<br />

"' x2"<br />

.2;(-1)" -<br />

,~ 0 (2n)!<br />

para todo x<br />

EXEMPLO 6 1-:1 Encontre a série de Maclaurin para a função f(x) = xcos x.<br />

SOLUÇÃO Em vez de calcular derivadas e substituir na Equação 7, é mais fácil<br />

multiplicar a série para cos x (Equação 16) por x:<br />

"' x2n :;ç x2wt-l<br />

xcos X= X .2;(-l)" -- = 2:HJ' --<br />

•-0 (2n)! .-o (2n)!<br />

EXEMPlO 7 - Represente f(x) = sen x como a soma de sua série de Taylor centrada<br />

em 7r/3.<br />

SOLUÇÃO Arranjando nosso trabalho em colunas, temos<br />

c Obtivemos duas representações<br />

em série diferentes para sen x, ·Isto é, a<br />

série de Mac!aurin no Exemplo 4 e<br />

a série de Taylor no Exemplo 7-<br />

É melhor usarmos a série de Maciaur!n<br />

pma valores de x próximos de O e a<br />

série de Taylor para vaiares próximos de<br />

Tr/3. Note que o terceiro polinômio<br />

de Taylor 1\ na Figura 3, é uma boa<br />

aproximação para sen x próximo de<br />

1TÍ3, mas náo é boa próxirn.o de O.<br />

Compare-o com o terceiro polinómio<br />

de Maclaurin T, na F1gura 2, onde o<br />

oposto é verdadeiro.<br />

f(x) = sen x<br />

f'(xl = cos x<br />

f( -3") = vz3<br />

r(;)=+<br />

f"(x) = -senx f"(!!..)=- -/3<br />

, 3 2<br />

f"'(x) = -cos x<br />

r(;)=-+<br />

e esse padrão se repete indefinidamente. Portanto a série de Taylor em 77'/3 é


James Stewart CAPÍTULO 11 SEQÜÊNCiAS INFINITAS E SÉRIES l-i 765<br />

H<br />

1<br />

1<br />

·\·'=senx<br />

I \<br />

~--,-,,~~~~"o-+~----~---;<br />

FIGURA 3<br />

T, \<br />

A prova de que essa série representa sen x para todo x é muito similar àquela no Exemplo 4_<br />

[Apenas troque x por x - 7r/3 em (14).] Podemos escrever a série na notação de sigma se<br />

separarmos os tennos que contêm /3:<br />

r.)'" X<br />

(-1)"13( X<br />

senx~l; x-- +2: x--<br />

(-!)" ( 71')2"+'<br />

,~o 2(2n)! 3 ,~o 2(2n + 1)! 3<br />

A série de potências que obtivemos por métodos indiretos nos Exemplos 5 e 6 e na<br />

Seção 11.9 são realmente as séries de Taylor e de Maclaurin para as funções dadas, porque<br />

o Teorema 5 afirma que, não importa como uma série de potências f(x) ~ :Z c,(x - a)" é<br />

obtida, é sempre verdade que Cn = pnl(a)/n!. Em outras palavras, os coeficientes são unicamente<br />

determinados.<br />

Colecionamos na tabela a seguir, para referência futura, algumas séries de Maclaurin<br />

importantes que derivamos nesta seção e na anterior.<br />

\2 Sénes de Mac!a;FJn Importantes e<br />

ssus ;nterva!os de convergência<br />

n=O<br />

"" x"<br />

e'~ 2:- ~I<br />

n=O n!<br />

" ;<br />

X x- X"<br />

+-+-+-+"·<br />

]I 2! 3!<br />

x3 xs x 7<br />

x--+---+···<br />

3! 5! 7!<br />

x x2n x2 x4 x6<br />

cos x ~ 2: (-I)"~- ~ I - - + - - - +<br />

,~o (2n)! 2' 4! 6!<br />

(-1, I)<br />

(-oo,oo)<br />

(-oo, oo)<br />

(-oo,oo)<br />

x2n+l<br />

tg-•x ~ 2;(-1)"--<br />

n=o 2n+1<br />

x 3 x 5 x 7<br />

x--+---+,.,<br />

3 5 7<br />

(-I, I]<br />

Uma razão para a importância das séries de Taylor é que elas nos permitem integrar<br />

funções que não poderíamos manejar anteriormente. De fato, na introdução deste capítulo<br />

mencionamos que Newton freqüentemente integrava funções, primeiro, expressando-as<br />

como uma série de potências e, depois, integrando a série termo a termo. A função<br />

l<br />

f(x) ~ e-" não pode ser integrada pelas técnicas discutidas até agora. porque sua antiderivada<br />

não é uma função elementar (veja a Seção 7,5 no Volume!). No exemplo a seguir,<br />

usaremos a idéia de Newton para integrar essa função.<br />

EXEMPlO 8 c<br />

(a) Avalie f e·"' dx como uma série infinita,<br />

(b) Avalie fd e-"' dx com precisão de O,OOL


766 c CÁLCULO Editora Thomson<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Primeiro encontramos a série de Maclaurin para f(x) = e-r-. Embora seja pos.sível<br />

usar o método direto, vamos encontrá-la simplesmente trocando x por -x 2 na série para<br />

ex dada na tabela de séries de Maclaurin. Então, para todos os valores de x,<br />

Agora integramos termo a termo:<br />

· , · ( x 2 x' x 6 . x 2 " )<br />

.l<br />

e~'dx~l 1--+---+···+(-1)"-+··· dx<br />

. 1! 2! 3! n!<br />

x3 xs x7 x2n+t<br />

~C+ X---+-----+ ... +(-!)" + ...<br />

3·1' 5·2! 7·3! (2n+l)n!<br />

.-::-, Podemos tomar C= O na<br />

antiderivada na parte (a}.<br />

7<br />

Essa série converge para todo x, porque a série original e-x converge para todo x.<br />

(b) O Teorema da Avaliação fornece<br />

[' , [ x 3 x 5 x 7 x 9 ]<br />

• 11 + -5 • 2' - ]:31 + -9 · 41 - ...<br />

Jo e~• dx ~ x - -3<br />

. . -. . ()<br />

l l 1 l<br />

=I~s+w-4i+2r6-···<br />

= 1 - 5 + ~ - i2 + TI-6 = 0,7475<br />

1<br />

O Teorema da Estimativa da Série Alternada mostra que o erro envolvido nessa<br />

aproximação é menor que<br />

I I<br />

11 . 5! 1.320 .<br />

--~--


James Stewart CAPÍTULO 11 SEOCJÊNCIAS INFINITAS E SÉRIES i j 767<br />

Multiplicação e Divisão de Séries de Potências<br />

Se as séries de potências forem adicionadas ou subtraídas, elas se comportarão como<br />

polinômios (o Teorema 11.2.8 mostra isso). De fato, corno o próximo exemplo ilustra, elas<br />

também podem ser multiplicadas e divididas como polinômios. Encontramos apenas os<br />

primeiros termos, pois os cálculos para os termos posteriores tornam-se tediosos e os termos<br />

iniciais são os mais importantes.<br />

EXElVlPUJ 10 Encontre os três primeiros termos diferentes de zero na série de<br />

Maclaurin para (a) e' sen x e (b) tg x.<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Usando a série de Maclaurin para ex e sen x na tabela, temos<br />

e'senx~ (1 + ;, + ;: + ;: + · · ·)(x- ;: + ···)<br />

Multiplicamos essas expressões juntando termos semelhantes como para polinômios:<br />

+ x + ~x 2 + ~x 3 +<br />

x - ~x 3 +<br />

x + x2 + ix3 + +<br />

-~x3-~x4<br />

Então e-' sen x = x + x 2 + jx 3 + ...<br />

(b) Usando a série de Maclaurin na tabela, obtemos<br />

x3 xs<br />

x--+--<br />

senx 3! 5!<br />

tg X ~ -- ~ ---'-c--'-c---<br />

COS X x 2 x<br />

1--+--<br />

4<br />

21 4!<br />

Usamos um procedimento parecido com a divisão longa:<br />

J 3 2 5<br />

X +]X + fSX +<br />

- ~x2 + f4x4 - ... )x- ~x3 + I~oxs - ...<br />

x- ~x 3 + I4x 5<br />

:foxs + .. .<br />

~xs + .. .<br />

Então<br />

1 3 2 5<br />

tg X= X+ ]X + T5X<br />

+ '·'<br />

Embora não tenhamos tentado justificar as manipulações formais usadas no Exemplo 10,<br />

elas são legftimas. Existe um teorema que afirma que, se f(x) = Z c,x" e g(x) ~ Z b,x" convergirem<br />

para j x I < R e as séries forem multiplicadas como se fossem polinômios, logo, a<br />

série resultante também convergirá para Jx J


768 o CÁlCUlO Edítora Thomson<br />

1. Se f(x) = I:,~o bn(x 5Y para todo x, escreva uma fórmula<br />

para b 8 •<br />

2. (a) O gráfico de f é mostrado. Explique por que a série<br />

!,6- 0,8(x l) + 0,4(x- 1) 3 - O,l(x- !)' + · · ·<br />

,_ .,,<br />

não é a série de Taylor de f centrada em I.<br />

y<br />

o<br />

(b) Explique por que a série<br />

2,8 + 0,5(x- 2) + l,5(x- 2)'- O,l(x- 2) 3 + · · ·<br />

não é a série de Taylor de f centrada em 2.<br />

Encontre a série de Maclaurin paraf(x) usando a definíção<br />

de uma série de Maclaurin. [Assuma que f tem expansão em uma<br />

série de potências. Não mostre que R,(x) __,. 0.] Também encontre<br />

o raio de convergência associado.<br />

',;3 .. f(x) ~ cos x<br />

fi, f(x) ~ (l + xr'<br />

7. ftx) = e 5 "<br />

9. f(x) ~ senh x<br />

f<br />

X<br />

4. f(x) ~ sen 2x<br />

6. f(x) ~ In(! + x)<br />

8. f(x) = xe'<br />

10. f(x) ~ cosh x<br />

H-H~ L Encontre a série de Taylor para f(x) centrada no valor<br />

dado de a. [Assuma que f tem expansão em uma série de potências.<br />

Não mostre que R,(x) _., 0.]<br />

11. f(x) ~ 1 + x + x 2 , a ~ 2 12. f(x) ~ x 3 , a ~ -1<br />

S13: f(x) ~ e", a ~ 3<br />

15. f(x) ~ cos x, a = 1T<br />

17. f(x) ~ l!Jx, a ~ 9<br />

14. f(x) ~ In x, a ~ 2<br />

16. f(x) sen x, a = 7r/2<br />

18. ftx) = [ 2 , a = l<br />

19. Prove que a série obtida no Exercício 3 representa cos x para<br />

todo x.<br />

20. Prove que a série obtida no Exercício 16 representa sen x<br />

para todo x.<br />

21. Prove que a série obtida no Exercício 9 representa sinh x para<br />

todo x.<br />

22. Prove que a série obtida no Exercício ] O representa cosh x<br />

para todo x.<br />

2:3-32 ~-= Use uma série de Maclaurin derivada nesta seção para<br />

obter a série de Maclaurin para a função dada.<br />

23. f(x) = cos 1TX 24. f(x) ~ e-' 12<br />

27. f(x) ~ x'e-' ~ZII; f(x) ~ x cos 2x<br />

29. f(x) = sen 2 x [Dica: Use sen 2 x =lO ~ cos 2x).]<br />

30. f(x) ~ cos 2 x<br />

;~( f(x) = { se-~x se x ~O<br />

1 se x = O<br />

{<br />

l-senxsex~O<br />

32. f(x) ~ !· x·'<br />

" se x =O<br />

33-36 Encontre a série de Maclaurin dej(por qualquer método)<br />

e seu raio de convergência. Plote f e seus primeiros polinômios na<br />

mesma tela. O que você observa sobre a relação entre esses<br />

polinômios e f<br />

33. f(x) ~ /!+X<br />

í$, f(x) = cos(x 2 )<br />

34. f(x) = e-xê + cos X<br />

36. f(x)~2'<br />

37. Enconu·e a série de Maclaurin para é e use-a para calcular<br />

e-0.2 com precisão de cinco casas decimais.<br />

38. Use a série de Maclaurin para sen x para calcular sen 3° com<br />

precisão de cinco casas decimais.<br />

38-42 c:: Avalie a integral indefinida como uma série infinita.<br />

f f 39. xcos(.r)dx 40. -x-dx senx<br />

41. J .,jx' + 1 dx 42. f c: 1 dx<br />

43-46 _ Use séries para aproximar a integral definida com a<br />

precisão indicada.<br />

43. f 1 x cos ü)dx (três casas decimais)<br />

J o •<br />

44. J0°' 2 [tg- 1 (x 3 ) + sen(x 3 )]dx (cinco casas decimais)<br />

41-49 ;:: Use séries para avaliar o limite.<br />

x- tg- 1 x<br />

47. lim<br />

1<br />

_,_-.o x·<br />

1- cosx<br />

48. lim -,:-_=-"c<br />

x-O ] + X - e"<br />

lim =""----,-=-<br />

_,--.o<br />

25. J(x) = x tg- 1 x 26. f(x) = sen(x 4 )


T<br />

I James Stewart CAPÍTUlO 11 SEQ(JÜJC!AS INFii'~ITAS E SER![S<br />

769<br />

50. Use a série do Exemplo JO(b) para avaliar<br />

tgx ~ x<br />

lim ,<br />

,-,"o x<br />

Encontramos esse limite no Exemplo 4 da Seção 4.4 do<br />

Volume I usando a Regra de L'Hôspítal três vezes. Qual<br />

método você prefere<br />

51-54 ~_: Use multiplicação ou divisão de séries de potências para<br />

encontrar os três primeiros tennos diferentes de zero na série de<br />

Maclaurin para cada função.<br />

51. y =e-x· cos..x 52. y= sec x<br />

X<br />

53. y=-- -<br />

sen x<br />

54. y = e'lnU x)<br />

9 27 81<br />

59. 3+~+-+~+<br />

- 2! 3! 4~<br />

(In 2) 1 (In 2) 1<br />

60. l-ln2+-----+···<br />

21 3!<br />

61. Prove a Desigualdade de Taylor para n = 2. isto é.<br />

prove que, se ( f"'(x) I ~ M para I x a I ~ d, então<br />

I . Ml I"<br />

R2(x) i o:;; 6, x - a -' forlx- ai ~c d<br />

62. (a) tv1ostrc que a função definida por<br />

55-6fl<br />

Encontre a soma da série.<br />

J(x) ~ { ~<br />

'"<br />

se x #O<br />

se x =O<br />

não é igual a sua série de Maclaurin.<br />

(b) Plote a função na parte (a) e comente seu comportamento<br />

próximo da origem.<br />

Projeto de Laboratório<br />

!!I Um Limite Elusivo<br />

Este projeto envolve a função<br />

---~s~en~(~tg~x~)_-~tg~(~se=n~x~)~--c<br />

f(x) ~-<br />

arcsen(arctg x) - arctg(arcsen x)<br />

1. Use seu sistema de computação algébrica (CAS) para avaliar f(x) para x = 1; 0,1; 0,01; 0,001<br />

e 0,0001. Parece quef(x) tem um limite quando x -----7 O<br />

2. Use CAS para plotar f próximo de x = O. Parece que f (x) tem um limite quando x -----7 O


770 O CÁLCULO Editora Thomson<br />

se a e b forem quaisquer nú­<br />

Você deve conhecer o Teorema Binomial, que afirma que~<br />

meros reais e k for um inteiro positivo, então<br />

1)(k- 2)<br />

3'<br />

k(k - l )(k - 2) · · · (k - n + 1) .<br />

+ · · · + - aK·--nb"<br />

n'<br />

+ · · · + kab'-' + b'<br />

A notação tradicional para os coeficientes binomiais é<br />

k-lb'<br />

a -<br />

(<br />

k) ~ k(k - I)(k - 2) · · · (k - n + 1) ·<br />

n n!<br />

n =<br />

1, 2, ... , k<br />

que nos permite escrever o Teorema Binomial na forma abreviada:<br />

Em particular, se colocarmos a =<br />

(a + h)'~ 2: k ( k) a'-"b"<br />

n=O 11<br />

1 e b = x, teremos<br />

(I + x)' = t ( ~ )x"<br />

Um dos feitos de Newton foi estender o Teorema Binomial (Equação I) para o caso no<br />

qual k não é mais um inteiro posiúvo. (Veja o Projeto Escrito na página 773.) Nesse caso,<br />

a expressão para (1 + x)k não é mais uma soma finita; torna-se uma série infinita. Para<br />

encontrar essa série, calculamos a série de Maclaurin de (1 + x)k da maneira usual:<br />

f(x) = (I + x)'<br />

f'(x) ~ k(1 + x)'-'<br />

f"(x) ~ k(k- 1)(1 + x)k-2<br />

f"'(x) = k(k - l)(k - 2)(1 + x)k-3<br />

f(O) ~ 1<br />

f'( O) ~ k<br />

f"(O) ~ k(k - I)<br />

f"'(O) ~ k(k- l)(k- 2)<br />

P"'(x) ~ k(k -<br />

1) · · · (k - n + 1)(1 + x),_,<br />

f'"'(O) ~ k(k - I) · · · (k - n + l)<br />

Portanto, a série de Maclaurin de f(x) = (l + x)' é<br />

w J'"'(O) " k(k- l) · · · (k- n + 1)<br />

2: --x" = 2: x"<br />

n=O n! n=O n!


James Stewart CAPÍTUlO 11 SEQÜÊNCiAS INFINITAS E StRiES CJ 771<br />

Essa série é chamada série binomial. Se seu n-ésimo termo for a , então<br />

"<br />

lad,<br />

1 ~ lk(k- 1) · · · (k- n ~ 1)(k- n)x''" 1<br />

i a, (n + 1).<br />

1<br />

k<br />

n! I<br />

k(k- 1) · · · (k- n + 1)x" I<br />

quando n ~ x<br />

Então, pelo Teste da Razão, a série binomial converge se J x I < 1 e diverge se I x I > 1.<br />

O teorema a seguir afirma que (l + x)k é igual à soma de sua série de Maclaurin. É possível<br />

provar isso mostrando que o resto Rn(x) se aproxima de O, mas isso é um pouco difícil.<br />

A prova esboçada no Exercício 19 é muito mais fácil.<br />

IIJ A Série Binomial Se k for qualquer número real e I x I < I, então<br />

(l + xY ~ 1<br />

+ kx + k(k - 1) x' + k(k - l)(k - 2) x' + ...<br />

2 1 3!<br />

onde<br />

k(k - 1) ... (k - ll + 1)<br />

n!<br />

(n ~ 1) e ( ~) ~ 1<br />

Embora a série binomial seja sempre convergente quando I x J < 1, a questão de sua<br />

convergência ou não nos extremos, ± 1, depende do valor de k. Ocorre que, a série converge<br />

em 1 se -1 < k -::;:.; O e em ambos os extremos se k ~ O. Note que, se k for um inteiro<br />

positivo e n > k, então a expressão para(~) contém um fator (k - k), assim(~) ~ O para<br />

n > k. Isso significa que a série temúna e é reduzida ao Teorema Binomial (Equação 1)<br />

quando k for um inteiro positivo.<br />

Como temos visto, a série binomial é apenas um caso especial da série de Maclaurin;<br />

ela ocorre tão freqüentemente que é útil lembrá-la.<br />

EXEMPlO 1<br />

1<br />

,., Expanda -;.,--~como uma série de potências.<br />

(l+<br />

SOLUÇÃO Usamos a série binomial com k ~ -2. O coeficiente binomial é<br />

e, assim, quando I x I < l ,<br />

(-2)(-3)(-4) · · · (-2- n + 1)<br />

nl<br />

(-1)" 2 · 3 · 4 · .. · · n(n + 1)<br />

n. 1<br />

-,--..::._"" 1 ~ (l + xt' ~ 2: ~ (-2)<br />

x"<br />

(l+ n=O n<br />

~(-l)"(n+l)<br />

~ 2: (-1)"(n + l)x" ~ 1- 2x + 3x 2 - 4i' + · · ·<br />

n=O


772 o CÁLCULO Editora Thomsoo<br />

EXEMPLO 2<br />

de convergência.<br />

Encontre a série de Mac!aurin para a função f(x) =<br />

r:--- e seu raiO<br />

--j4- X<br />

SOLUÇÃO Como dada, f(x) não está exatamente na fonna (1 + x)'; assim, a<br />

reescrevemos como a seguir:<br />

Usando a série binomial com k =<br />

~~4]~ X~_!_ (1 ~ .:':_)-l/2- _!_i ( ~l)(~.:':_)"<br />

V"+ -A 2 4 2 n=O 11 4<br />

-i e com x trocado por -x/4, temos<br />

=_!_ [ 1 + (~_!_)( .::_) + HJHJ (~.::_) 2 + HJHJHJ (~ x)'<br />

2 2 4 2' 4 3! 4<br />

+ ... + HJHJHJ ···H~ n + 1) (~.::_)" + .. ·]<br />

n! 4<br />

l [<br />

=- 1+-x+--x<br />

l l · 3 2 + 1 · 3 · 5<br />

x 3 +···+-.1_·_:::3_·...:5:...·_· .-··_·_Cê::::..._.....:_;_x, + ... J<br />

2 8 2'8 2 3! n!8"<br />

Sabemos a partir de (2) que essa série converge quando I ~ x/ 41 < 1, isto é, I x I < 4;<br />

assim, o raio de convergência é R = 4.<br />

o Uma série binomial é um caso<br />

especial de uma série de Taylor.<br />

A Figura 1 mostra os gráficos dos três<br />

primeiros polinômios de Taylor<br />

calculados a partir da resposta<br />

no Exemplo 2.<br />

FIGURA 1<br />

4<br />

X<br />

Exercícios<br />

1-8 iJ Use a série binomial para expandir a função como uma série =<br />

de potências. Estabeleça o raio de convergência.<br />

l<br />

1. v'l +X 2.<br />

(l + x)'<br />

4. (l ~<br />

(2 + x) 2 l<br />

5. ~1 - 8.x 6.<br />

'./32 ~X<br />

9-10 c; Use a série binomial para expandir a função como uma<br />

série de Maclaurin e para encontrar os três primeiros polinômios de<br />

Taylor, T 1 , T 2 e T 3 • Plote a função e esses polinômios de Taylor no<br />

intervalo de convergência.<br />

9. (! + 2x )"'<br />

(a) Use a série binomial para expandir 1/JI - x 2 .<br />

8. (b) Use a parte (a) para encontrar a série de Maclaurin para sen ' 1 x.<br />

12. (a) Use a série binomial para expandir 1/-....,'1 + x 2 •


James Stewart CAPÍTUlO 11 SEOÜÉNCIAS INFINITAS E SÉRIES 773<br />

(b) Use a parte (a) para encontrar a série de Maclaulin<br />

para senh --~X-<br />

13. (a) Expanda , x como uma série de potências.<br />

(b) Use a patte (a) para estimar YDIT com precisão de quatro<br />

casas decimais.<br />

14. (a) Expanda 1/~ITX como uma série de potências.<br />

(b) Use a parte (a) para estimar 1/~D com precisão de três<br />

casas decimais.<br />

15. (a) Expanda f(x) = x/(1 ~ x) 2 como uma série de potências.<br />

(b) Use a parte (a) para encontrar a soma da série<br />

~. ;.<br />

16. (a) Expanda f(x) = (x + x 2 )/(1 - x) 3 como uma série de<br />

potências.<br />

(b) Use a parte (a) para encontrar a soma da série<br />

"'<br />

n2<br />

.~.r<br />

--1'7.' (a) Use a série binomial para encontrar a série de Maclaurin<br />

de f(x) ~<br />

(b) Use a parte (a) para avaliar jl 1 0i(O).<br />

18. {a) Use a série binomial para encontrar a série de Maclaurin<br />

de f(x) ~ l/vl + x'.<br />

(b) Use a parte (a) para avaliar P 91 (0).<br />

19. Use as seguintes etapas para provar (2).<br />

(a) Seja g(x) = L:~o(~ )x". Diferencie essa série para<br />

mostrar que<br />

g'(x) ~ kg(x)<br />

) +X<br />

-l


774 D CÁlCULO Editora Thomson<br />

2. John Fauvel e Jeremy Gray, eds., The Histol}' of Mathematics: A Reaâer. Londres: MacMillan<br />

Press, 1987.<br />

3. Victor Katz, A History oj Mathematics: An lntroduction. Nova York: HarperCóllins, 1993,<br />

:.~.·.·.··.·.··.·.·.·.·.<br />

1.~<br />

Aplicações de Polinômios de Taylor<br />

Nesta seção exploraremos dois tipos de aplicações de polinômios de Taylor. Primeiro,<br />

veremos como eles são usados para aproximar as funções - os cientistas de computação<br />

gostam deles porque os polinômios são as mais simples das funções. Depois, investigaremos<br />

como os físicos e os engenheiros utilizam esses polinômios na relatividade, óptica,<br />

radiações de corpos negros, dipolos elétricos, na velocidade das ondas de água e na construção<br />

de vias expressas através do deserto.<br />

Aproximando Funções Polinômios<br />

Suponha quef(x) seja igual à soma de sua série de Taylor em a:<br />

" f"l(a)<br />

f(x) ~ 2: --(x-a)"<br />

n=O nl<br />

Na Seção 11.10 introduzimos a notação r,(x) para a n-ésima soma parcial dessa série e a<br />

chamamos polinôrrúo de Taylor de grau n de f em a. Então<br />

FIGURA 1<br />

y = T;(x)<br />

' f"l(a)<br />

r,(x) ~ L -.<br />

1<br />

-<br />

í=O l.<br />

(x - aY<br />

j'(a) j"(a) fl"l(a)<br />

= f(a) + --(x - a) + --(x - a) 2 + · · · + ~- (x - a)"<br />

1! 2! n!<br />

Como fé a soma de sua série de Taylor, sabemos que r,(x)--. f(x) quando n-+ oo, e assim<br />

r, pode ser usada como uma aproximação de f f(x) = r,(x).<br />

Note que o polinôrrúo de Taylor de primeiro grau<br />

r,(x) = f(a) + f'(a)(x - a)<br />

é o mesmo que a linearização de f em a discutida na Seção 3.11 do Volume I. Note também<br />

que r, e sua derivada possuem o mesmo valor em a que f e f' têm. Em geral, pode<br />

ser mostrado que as derivadas de T 11 em a concordam com aquelas de f até as derivadas de<br />

ordem n, inclusive (veja o Exercfcio 36).<br />

Para ilustrar essas idéias, vamos olhar novamente para os gráficos de y = ex e seus<br />

primeiros polinôrrúos de Taylor, como mostrado na Figura l. O gráfico de r 1 é a reta tangente<br />

a y ~ e" em (O, 1); essa reta tangente é a melhor aproximação linear para e" próximo de<br />

(O, 1). o gráfico de r, é a parábola y = 1 + X + x 2 /2, e o gráfico de r, é a curva cúbica<br />

y = 1 + x + x 2 /2 + x 3 /6, que é uma aproximação melhor para a curva exponencial<br />

y ~ e" do que T,. O próximo polinôrrúo de Taylor r4 seria uma aproximação ainda melhor<br />

e assim por diante.


James Stewart CAPÍTULO 11 SEOÜ ÉNCIAS INFINITAS E SERIES 775<br />

X I ' - o ' i ' - 3,0<br />

r,c,J ~oo;;ot s.sooooo<br />

L(x) I !221400 I 16375000<br />

7'(xJ , 1,221403 , !9.412500<br />

Ts\x) I 1.221403 I 20,009152<br />

~~ 10 (x~-~~~~2140~---~-~0,0~9~~~-- 1<br />

c, 1 1 ,2214o:-s I 2o.o~ss37 _j<br />

Os valores na tabela dão uma demonstração numérica da convergência dos polinômios<br />

de Taylor T,(x) para a funç~o y =e'-. Vemos que, quando x = 0,2 a convergência é muito<br />

rápida, mas, quando x = 3 ela é um tanto mais lenta. De fato, quanto mais longe x está de<br />

O, mais lentamente T,,(x) converge para e".<br />

Quando usamos um polinômio de Taylor T, para aproximar uma função j. temos de<br />

fazer as seguintes perguntas: quão boa é uma aproximação Quão grande devemos tomar<br />

n para obter a precisão desejada Para responder a essas questões, precisamos olhar os valores<br />

absolutos do resto:<br />

I R,(x) I ~ I /(x) - T,(x) I<br />

Aqui existem três métodos possíveis para estimar o tamanho do erro:<br />

1. Se um dispositivo gráfico estiver disponível, podemos usá-lo para plotar I R,(x) I e<br />

assim estimar o erro.<br />

2. Se a série for alternada, podemos usar o Teorema da Estimativa de Séries<br />

Alternadas.<br />

3. Em todos os casos podemos usar a Desigualdade de Taylor (Teorema l Ll0.9), que<br />

diz que. se I /'".' 1 (x) I >S M, então<br />

M<br />

I R(x)i>S " (n + 1)!<br />

lx-ai"+'<br />

EXEMPlO 1 c<br />

(a) Aproxime a função f(x) ~ :{X por um polinômio de Taylor de grau 2 em a ~ 8.<br />

(b) Qual é a precisão dessa aproximação quando 7 ~ x ~ 9<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) f(x) ~ :{X ~ x l/3<br />

/(8) ~ 2<br />

/'(8) ~ 1,<br />

f"'(x) = -5x-B/3<br />

Então, o polinômio Taylor de segundo grau é<br />

A aproximação desejada é<br />

T,(x) ~ /(8) + /'( 8 ) (x - 8) + /"( 8 ) (x - 8) 2<br />

1! 2!<br />

~ 2 + í~(x - 8) - its(x- 8)'<br />

:{X= T,(x) ~ 2 + ACx- 8) - ,k;(x- 8) 2<br />

(b) A série de Taylor não é alternada quando x < 8; assim, não podemos usar o Teorema<br />

da Estimativa de Séries Alternadas nesse exemplo. Mas podemos usar a Desigualdade<br />

de Taylor com n ~ 2 e a ~ 8:


776 c CÁlCUlO Editora Thomson<br />

onde I f"'(x) I :o:::;; M. Como x ~ 7, temos x 8 n ~ 7 8 ,., 3 e dessa forma,<br />

10<br />

J"'(x) ~-,<br />

27<br />

lO<br />

~--<br />

27<br />

< 0,0021<br />

Portanto, podemos tomar M ~ 0,002L Também 7 ~ x ~ 9, e assim -1 ~ x -<br />

I x - 81 ~ l. A Desigualdade de Taylor dá<br />

8 ~ 1 e<br />

0,0021 1 0,0021<br />

R 2 (x) I<br />

~ -<br />

3 -,- , I ~ - 6 - < 0,0004<br />

I<br />

Então, se 7 :::s x :o:::;; 9, a aproximação na parte (a) tem precisão de 0,0004.<br />

2,5<br />

o<br />

T~<br />

>-"/<br />

(y = ux<br />

I<br />

FIGURA 2<br />

0,0003<br />

I :'i<br />

Vamos usar um dispositivo gráfico para verificar os cálculos no Exemplo 1. A Figura 2<br />

mostra que os gráficos de y = :f;; e y = T2(x) estão muito próximos um do outro quando<br />

x está próximo de 8, A Figura 3 mostra o gráfico de [R,(x) I calculado a partir da expressão<br />

Vemos a partir do gráfico que<br />

I R,(x) I ~ I ;)X - r,(x) I<br />

I R,(x) I < 0,0003<br />

quando 7 :o:::;; x %; 9. Então, a estimativa do erro a partir de métodos gráficos é ligeiramente<br />

melhor que a estimativa do erro a partir da Desigualdade de Taylor, nesse caso.<br />

\::· _)"<br />

o<br />

FIGURA3<br />

EXEMPLO 2 c:<br />

(a) Qual é o máximo erro possível usando a aproximação<br />

x3 xs<br />

senx=x--+-<br />

3! 5!<br />

quando -0,3 ::s; x%; 0,3 Use essa aproximação para encontrar sen 12° com precisão de<br />

seis casas decimais.<br />

(b) Para quais valores de x essa aproximação tem precisão de 0,00005<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Note que a série de Maclaurin<br />

X X 5 X 1<br />

senx = x--+--- +<br />

3! 5! 7!<br />

é alternada para todos os valores de x diferentes de zero; dessa maneira, podemos usar o<br />

Teorema da Estimativa de Séries Alternadas, O erro na aproximação de sen x pelos três<br />

primeiros termos de sua série de Maclaurin é no máximo<br />

x' I x<br />

l7!, ~ 5,040<br />

I , '<br />

Se -0,3 ~ x !'S 0,3, então I x j %; 0,3; assim, o erro é menor que<br />

(o 3)'<br />

-'- = 4 3 X 10~ 8<br />

5040 ,


James Stewart CAPÍTULO 11 SE:OUt.NCIAS INFINITAS f_ Sf:HIES 771<br />

Para encontrar sen 12° primeiro convertemos para radianos:<br />

(<br />

12-rr) (7T)<br />

sen 12° = sen - 180<br />

= sen ]5<br />

7T (7T)'l (7T)'l<br />

=15- 15 3!+ 15 5I<br />

= 0,20791169<br />

Então. com precisão de seis casas decimais, sen 12°"" 0,207912.<br />

(b) O erro será menor que 0,00005 se<br />

Resolvendo ~ssa desigualdade para x, temos<br />

J::L < o 00005<br />

5.040 '<br />

lxl' < 0,252 ou I X I < (0.252) 1 /) = 0,821<br />

Assim a aproximação dada tem precisão de 0,00005 quando lx i < 0,82.<br />

O que acontecerá se usarmos a Desigualdade de Taylor para resolver o Exemplo 2<br />

Como fm(x) = -cos x, temos I f'"(x) I ~ 1, logo,<br />

Assim obtemos as mesmas estimativas usando o Teorema da Estimativa de Séries Alternadas.<br />

E sobre métodos gráficos A Figura 4 mostra o gráfico de<br />

IRs(x) I= I seu x- (x -lx' + ,iox') I<br />

e vemos a partir dele que I Rs(x) I < 4,3 X w-s quando I x I ~ 0,3. Esta é a mesma estimativa<br />

que obtivemos no Exemplo 2. Para a parte (b) queremos I Rs(x) I < 0,00005, assim<br />

plotamos y = I R,,(x) I e y = 0,00005 na Figura 5. Colocando o cursor no ponto de interseção<br />

à direita descobrimos que a -desigualdade é satisfeita quando (x I < 0,82. De novo,<br />

esta é a mesma estimativa que obtivemos na solução do Exemplo 2.<br />

4,3 X 10 -1!<br />

, T .<br />

i\v=IR,(x)l i /<br />

,\ I I<br />

-0,3~u~0,3<br />

o<br />

FIGURA4<br />

0,00006<br />

.\y=ooooü5T······· ..... f.<br />

I I y = IR,(x )I f<br />

-IUJ;<br />

o<br />

FIGURA 5<br />

Se tivesse nos pedido para aproximar sen 72° em vez de sen 12° no Exemplo 2, teria sido<br />

sábio usar os polinômios de Taylor em a = 7T/3 (em vez de a = O) porque eles são aproximações<br />

melhores para sen x para valores de x próximos de 7r/3. Note que 72° está mais próximo<br />

de 60" (ou IT/3 radianos) e as derivadas de sen x são fáceis de calcular em 71'/3.


778 o CÂLCULO Editora TI:Jomson<br />

A Figura 6 mostra os gráficos das aproximações por polinômios de Taylor<br />

T,(x) = x<br />

X3<br />

TJ(x) =x--<br />

3!<br />

para a curva seno, Você pode ver que, quando n aumenta, T,(x) é uma aproximação boa<br />

para sen x em um intervalo cada vez maior,<br />

)'<br />

I T,<br />

/<br />

y=senx<br />

I<br />

X<br />

FIGURA6<br />

T,<br />

O uso desse tipo de cálculo realizado nos Exemplos 1 e 2 pode ser feito em calculadoras<br />

e computadores. Por exemplo, quando você pressiona a tecla sen ou ex em sua calculadora,<br />

ou quando um programador de computador usa uma sub-rotina para uma função<br />

trigonométrica ou exponencial ou de Bessel, em muitas máquinas uma aproximação polinomial<br />

é calculada, O polinômio é com freqüência um polinômio de Taylor que foi modificado<br />

de modo que o erro seja espalhado mais uniformemente por um intervalo,<br />

Aplicações à Física<br />

Os polinômios de Taylor são usados freqüentemente na física, Para obter informações<br />

sobre uma equação, um físico com freqüência simplifica uma função considerando apenas<br />

os primeiros dois ou três termos em sua série de Taylor. Em outras palavras, o físico usa<br />

um polinômio de Taylor como uma aproximação para a função. A Desigualdade de Taylor<br />

pode, então, ser usada para medir a precisão da aproximação. O exemplo a seguir mostra<br />

uma maneira na qual essa idéia é usada em relatividade especiaL<br />

EXEMPlO 3 o Na teoria da relatividade especial de Einstein a massa de um objeto se<br />

movendo a uma velocidade v é<br />

onde mo é a massa do objeto em repouso e c é a velocidade da luz. A energia cinética do<br />

objeto é a diferença entre sua energia total e sua energia em repouso:<br />

K = mc 2 - moc 2<br />

(a) Mostre que, quando v for muito pequeno comparado a c, essa expressão para K<br />

coincide com a física clássica de Newton K = tm.ov 2 •<br />

(b) Use a Desigualdade de Taylor para estimar a diferença entre essas expressões para K<br />

quando I v I ~ 100 m/s.<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Usando as expressões dadas para K em, obtivemos


James Stewart CAPÍTULO 11 SEOÜÊNC!AS INFiNITAS E SÉRiES n 779<br />

o A curva superior na Figura 7 é o<br />

gráfico da expressáo para a energia<br />

cinética K de um objeto com<br />

velocidade v na relatividade espacial.<br />

A curva inferior mostra a função usada<br />

para K na ffsica Newtoniana clásska.<br />

Quando v é muito menor que a<br />

velocidade da luz, as curvas são<br />

praticamente idênticas.<br />

Com x = ~v 2 /c 2 , a série de Maclaurin para (l + x)- i/ 2 é calculada mais facilmente<br />

como uma série binomial com k = (Note que lx! < l porque v< c.) Portanto<br />

temos<br />

o+ x> ,,, ~ 1 _ 'x + HlH) x' + ( -DHlHl<br />

l 2! 3!<br />

+ ...<br />

e , [ ( l v 2 3 v' 5 v 6 ) ]<br />

K~m0c 1+- +--+--+··· I<br />

2 8 c 4 16 c 6<br />

Se v for muito menor que c, todos os tennos depois do primeiro são muito menores<br />

quando comparados ao primeiro tenno. Se os omitirmos, obteremos<br />

o<br />

FIGURA 7<br />

'( I v 2 ) , ,<br />

K = 1n0c 2 c 2 = 2mov-<br />

(b) Se x ~ -v 2 /c 2 , f(x) ~ fn,c 2 [(1 + x)- 112 -<br />

I] eM for um número tal que<br />

I f"(x) I ~ M, então podemos usar a Desigualdade de Taylor para escrever<br />

Temos f"(x) ~ lm0c 2 (1 + x)- 512 e nos foi dado que I v I ~ 100 m/s, assim<br />

(~M)<br />

Então, com c ~ 3 X 10 8 m/s,<br />

3f11DC2 1004 -lO<br />

'/ ')''' · < (4,17 X 10 )mo<br />

100 c .,s<br />

Assim, quando I v I ~ 100 m/s, a grandeza do erro usando a expressão newtoniana para a<br />

energia cinética é no máximo (4,2 X 10- 10 )m 0 .<br />

Outra aplicação à física ocorre em óptica. A Figura 8 é adaptada a partir de Optics,<br />

2. ed., de Eu gene Hecht (Reading, MA, Addison-Wesley, 2002), p. 133. Ela mostra uma<br />

onda de uma fonte pontual S encontrando uma interface esférica de raio R centrada em C<br />

O raio SA é refratado em direção a P.<br />

Usando o princípio de Fermat de que a luz viaja de modo a minimizar o tempo, Hecht<br />

deriva a equação<br />

[l]<br />

onde n1 e n2 são índices de refração e f o, f;, S 0 e S; são as distâncias indicadas na Figura<br />

8. Pela Lei dos Co-senos, aplicada aos triângulos ACS e ACP, temos


7SO c CÁlCULO Editora Thomson<br />

FIGURA 8<br />

Refração em uma ínterface esférica<br />

f,~ )R 2 + (s, +R)' - 2R(s,, +R) cos <br />

C! Aqui usamos a identidade<br />

cos(rr- cfJ) = -cos .P<br />

€, ~ V R' + (s, R)' - 2R(s, R) cos <br />

Como a Equação I é difícil para se trabalhar, Gauss, em 1841, a simplificou usando a<br />

aproximação linear cos t:P = 1 para valores pequenos de tjJ. (Isso equivale a u:-;ar o<br />

polinômio de Taylor de grau L) Então a Equação 1 se loma a equação mais simples a seguir<br />

[como lhe foi solicitado que mostrasse no Exercício 32(a)]:<br />

~ + n2 = nz- n1<br />

S 0 S, R<br />

A teoria óptica resultante é conhecida como óptica de Gauss, ou óptica de primeira ordem,<br />

e se tomou a ferramenta teórica básica usada para desenhar lentes.<br />

Uma teoria mais precisa é obtida aproximando cos cp por seu polinômio de Taylor de<br />

grau 3 (que é o mesmo que o polinômio de Taylor de grau 2), Ela leva em consideração<br />

raios para os quais cp não é tão pequeno, isto é, raios que atingem a superfície a distâncias<br />

h maiores acima do eixo. No Exercício 32(b) lhe é pedido para que use essa aproximação<br />

para derivar a equação mais precisa<br />

n 1 n 2 n 2 - n 1 2 [ n, ( I I)' n 2 (I<br />

I)']<br />

-+-- +h - -+- +- ---<br />

So S; R 2so S 0 R 2s; R S;<br />

A teoria óptica resultante é conhecida como óptica de terceira ordem.<br />

Outras aplicações dos polinômios de Taylor à física são exploradas nos Exercícios 30,<br />

31, 33, 34 e 35 e no Projeto Aplicado das páginas 780-78 l.<br />

Exercícios<br />

1. (a) Encontre os polinômios de Taylor até o grau 6 para<br />

j(x) = cos x centrada em a= O. Plote f e esses<br />

polinômios na mesma tela.<br />

(b) Avalie f e esses polinômios em x = 1T/4, 1T/2 e 1r.<br />

(c) Comente como os polinômios de Taylor convergem para<br />

f(x),<br />

Bj 2. (a) Encontre os polinômios de Taylor até o grau 3 para<br />

j(x) = 1/x centrada em a = 1. Plote f e esses polinômios<br />

na mesma tela.<br />

(b) Avalie f e esses polinômios em x = 0,9 e 1,3.<br />

(c) Comente como os polinômios de Taylor convergem<br />

para f(x).<br />

~ 3-10 o Encontre o polinômio de Taylor Tn(x) para a função f em a.<br />

Plote f e T, na mesma tela.<br />

3. f(x) ~ In x, a ~ 1. n ~ 4<br />

4. f(x) ~ e', a= 2, n=3<br />

J(x) ~ sen x, a~ w/6, n=3<br />

6. f(x) ~ cos x, a ~ 2w/3, n=4<br />

7. f(x) = arcsen x, a= O. n=3<br />

lnx<br />

8. j(x) ~-. a= 1, n = 3<br />

X


James Stewart CAPÍTULO 11 SEQÜÊNCIAS iNFINITAS E Sf:RIES 781<br />

f(x) ~ xe _,_, a= O, n = 3<br />

10. f(x) ~ + a= I, n = 2<br />

11-12 = Use um sistema algébrico computacional para encontrar<br />

os polinômios de Taylor T, em a = O para os valores de n dados.<br />

Então plote esses polinômios e f na mesma tela.<br />

11. f(x) ~ sec x. n ~ 2, 4, 6. 8<br />

12. f(x) ~ tg x, n ~ I, 3, 5, 7, 9<br />

13-22 c<br />

(a) Aproxime f por um polinômio de Taylor com grau nem a.<br />

(b) Use a Desigualdade de Taylor para estimar a precisão da<br />

aproximação J(x) = T,(x) quando x estíver no intervalo dado.<br />

(c) Verifique seu resultado na parte (b) plotando IK(x) 1.<br />

13. f(x) = ";r;_, a = 4, n = 2, 4 "-S x ~ 4,2<br />

14. f(x) ~ x·'. a~ I, n ~ 2, 0,9,:; x,:; 1,1<br />

15. j(x) = x213, a= 1, n = 3, 0,8 ~X :::S 1,2<br />

16. j(x) ~ cos x, a~ -rr/3, n = 4, Ü ~ X >S: 2TT/3<br />

17. f(x) ~ tg x, a~ O, n = 3, O ~ x,; n/6<br />

f(x) ~ ln(l + 2.x) a= 1, n = 3, 0,5 :=sx~ 1,5<br />

~ f(x) ~e"', a ~ O, n ~ 3, O ,:; x ,:; 0,1<br />

20. f(x) ~ x In x, a~ I, n ~ 3, 0,5 ;;o x ;;o 1,5<br />

21. J(x) = x sen x, a = O, n = 4, -1 ~ x ~ 1<br />

22. j(x) ~ senh 2.x, a = O, n = 5, -I ,:; x,:; I<br />

23. Use a informação do Exercício 5 para estimar sen 35° com<br />

precisão de cinco casas decimais.<br />

24. Use a informação do Exercício 16 para estimar cos 69° com<br />

precisão de cinco casas decimais.<br />

Use a Desigualdade de Taylor para determinar o número de<br />

termos da série de Maclaurin para ex que devem ser usados<br />

para estimar e 0 J com precisão de O,OOOOL<br />

26. Quantos termos da série de Maclaurin para ln(l + x) você<br />

precisa usar para estimar In 1,4 com precisão de 0,001<br />

~~27-28 o Use o Teorema da Estimativa de Séries Alternadas ou a<br />

Desigualdade de Taylor para estimar a gama de valores de x para<br />

os quais a aproximação dada é precisa dentro do erro estabelecido.<br />

Verifique sua resposta graficamente.<br />

27.<br />

28.<br />

x'<br />

senx=x-6, (lcrrol < O, OI)<br />

x2 x4<br />

cosx=l--+-<br />

2 24'<br />

(lerrol < 0,005)<br />

111 Um carro está se movendo com velocidade de 20 m/s e<br />

aceleração de 2m/s 2 em um dado instante. Usando um<br />

polinômio de Taylor de grau 2, estime a distância que o carro<br />

se move no próximo segundo. Seria razoável utilizar esse<br />

r,;~<br />

'"'<br />

polinômio para estimar a distância percorrida durante o<br />

próximo minuto<br />

30. A resislividade p de um fio condutor é a recíproca da<br />

condutividade e é medida em unidades de ohm-metro.:; (H-m)<br />

A resistividade de um dado metal depende da temperatura de<br />

acordo com a equação<br />

p(t) =<br />

P2oe"u--LoJ<br />

onde t é a temperatura em o c. Existem tabelas que listam os<br />

valores de a (o coeficiente de temperatura) e p 20 (a rcsistividadc<br />

a 20 °C) para vários metais. Exceto a temperaturas muito<br />

baixas, a resistividade varia quase iíncannente com a<br />

temperatura, e assim é comum aproximar a expressão para p(t)<br />

por seu polinômio de Taylor de grau 1 ou 2 em t = 20.<br />

(a) Encontre expressões para as aproximações linear e<br />

quadrática.<br />

(b) Para o cobre, a tabela fornece a = 0,0039;oc e<br />

P2o = 1,7 X 10·-s f1-m. Plote a resistivídade do cobre e a:-.<br />

aproximações linear e quadrática para<br />

-250 oc ~ t ~ 1.000 °C.<br />

(c) Para quais valores de t a aproximação linear coincide com<br />

a expressão exponencial com precisão de I%<br />

Um dipolo elétrico consiste em duas cargas elétricas de<br />

grandeza iguais e sinais opostos. Se as cargas forem q e ~q c<br />

estiverem localizadas a uma distância d, então o campo elétrico<br />

E no ponto P na figura é<br />

E~--'L-<br />

D 2<br />

q<br />

(D + d)'<br />

Expandindo essa expressão para E como uma série de<br />

potências de d/D, mostre que E é aproximadamente<br />

proporcional a 1/ D 3 quando P está muito distante do dípolo.<br />

q ~q<br />

--------------------------+-------<br />

32. (a) Derive a Equação 3 para a óptica gaussiana a partir da<br />

Equação 1 aproximando cos cP na Equação 2 por seu<br />

polinômio de Taylor de grau I.<br />

(b) Mostre que secos 4> for trocado por seu polinômio de<br />

Taylor de grau 3 na Equação 2, então a Equação 1 se torna<br />

a Equação 4 para a óptica de terceira ordem. [Dica: Use<br />

os primeiros dois termos na série binomial para e"~l e e,- 1 .<br />

Também, use 4> = sen cf>.]<br />

33. Se uma onda de água com comprimento L se mover com<br />

velocidade v ao longo de um corpo de água com profundidade<br />

d, como na figura, então<br />

, gL 2r.d<br />

v·~-- tgh ---<br />

2-rr L<br />

(a) Se a água for profunda, mostre que v= --,;gL/(2n).<br />

(b) Se a água for rasa, use a série de Maclaur:in para tgh para<br />

mostrar que v = j{jd. (Então, em água rasa a velocidade<br />

de uma onda tende a ser independente do comprimento<br />

da onda.)


782 o CÁLCULO EditJJra Thomson<br />

(c) Use 0<br />

Teorema da Estimativa de Séries Alternadas para<br />

mostrar que, se L > l Od, então a estimativa v 2 = gd tem<br />

precisão de O,Ol4gL<br />

~~~- ----- --~~------1<br />

34. O período de um pêndulo com comprímento L que faz um<br />

ângulo máximo 8 0<br />

com a vertical é<br />

r~4 \(I r". dx<br />

' g • 0 J 1 - k sen 2 x<br />

onde k = scn(J lk!) e g é a aceleração da gravídade.<br />

(No Exercício 40 na Seção 7.7 do volume I essa integral foi<br />

aproximada pela regra de Simpson.)<br />

(a) Expanda o integrando como uma série binomial e use o<br />

resultado do Exercício 44 na Seção 7 .l do Volume I para<br />

mostrar que<br />

1 2<br />

T~27r -I+ k 2 1 2 3 2<br />

+--k 4 1 2 3 2 5 2 ]<br />

+--k!'+···<br />

[<br />

2242 224262<br />

Se 8 0<br />

não for muito grande, a aproximação T = 21T ./iJg,<br />

obtida ao se usar o primeiro termo da série, é freqüentemente<br />

utilizada. Uma aproximação melhor seria obtida pelos dois<br />

primeiros termos:<br />

T= 2-rr,{i:.(l + '12)<br />

v g 4<br />

(b) Note que todos os termos da série, com exceção do<br />

primeiro, têm coeficientes que são no, máximo, 1/4.<br />

Use esse fato para comparar esta série com a série<br />

geométrica e mostre que<br />

,, {f4-3k'<br />

211 (I + -!é) "' T"' 271" ---,-<br />

4 g 4- 4K<br />

(c) Use as desigualdades em (b) para estimar o período de um<br />

pêndulo com L = 1 metro e 8 0<br />

= 1 O"'. Como isso se<br />

compara com a estimativa T = 21T ;: Ug' O que aconteceria<br />

se el) = 42°<br />

35. Se um topógrafo mede as diferenças nas elevações dos terrenos<br />

através do deserto, com a finalidade de se construir uma<br />

rodovia, ele tem de fazer correções devido à curvatura da Terra.<br />

(a) Se R é o raio da Terra e L, o comprimento da rodovia,<br />

mostre que a correção a ser feita será<br />

c~ Rsec(UR)- R<br />

(b) Use um polinômio de Taylor para mostrar que<br />

1.2 SL 4<br />

C=-+--,<br />

2R 24R'<br />

(c) Compare as correções dadas pelas fórmulas em (a) e (b)<br />

para uma rodovia que tem 100 km de percurso. (Tome o<br />

raio da Terra como 6.370 km.)<br />

36. Mostre que Til c f têm as mesmas derivadas em a até a ordem n.<br />

37. Na Seção 4.9 do Volume I consideramos o método de Newton<br />

para aproximar uma raiz r da equação J(x) = O, e a partir de<br />

uma aproximação inicial x 1 obtivemos aproximações<br />

sucessivas x2, x 3 , ..• , onde<br />

f(x")<br />

Xn..-: =X,- J'(xr.)<br />

Use a desigualdade de Taylor com n = 1, a = x" ex= r para<br />

mostrar que, se f"(x) existir no intervalo f contendo r, x,, e<br />

x""' e I f"(x) I "'M, I f'(x) I ~ K para todo x E I, então<br />

[Isso significa que, se x, for preciso até d casas decimais, então<br />

Xn+t é preciso até cerca de 2d casas decimais. Mais<br />

precisamente, se o erro no estágio n for no máximo w-m,<br />

então o erro na etapa n + 1 será no máximo (M/2K)l0~ 2 m.}<br />

Radiação Proveniente das Estrelas


James Stewart CAPÍTULO 11 SEOÜÉNCLAS lhJFINiTAS E SERiES 783<br />

Proposta no final do século XIX, a Lei de Rayleigh-Jeans expressa a densidade de energia da<br />

radiação do Corpo negro de comprimento de onda À como<br />

8r.kT<br />

f ( À~ )<br />

onde À é medido em metros, T é a temperatura em kelvins e k é a constante de Boltzmann. A Lei<br />

de Rayleigh-Jcans coincide com as medidas experimentais para comprimentos de onda longos.<br />

mas diverge drasticamente para comprimentos de onda curtos. [A lei prediz que f(À) ......y oo<br />

quando À ......Y O', mas experiências mostraram que f(A) __...,.. 0.] Esse fato é conhecido como a<br />

catástrofe do ultravioleta.<br />

Em 1900 Max Planck encontrou um modelo melhor (conhecido agora como a Lei de Planck)<br />

para a radiação do corpo negro:<br />

81ThCÀ -S<br />

j(À) ~ ~~-'-_-!<br />

onde À é medido em metros, T é a temperatura em kelvins e<br />

h = constante de Planck = 6,6262 X w-34 J.s<br />

c = velocidade da luz = 2,997925 X l 0 8 m/s<br />

k = constante de Boltzmann = I ,3807 X I0-23 J/K<br />

1. Use a Regra de L'Hôspital para mostrar que<br />

e lim f(A) ~O<br />

'~"<br />

para a Lei .de Planck. Assim essa lei modela melhor a radiação do corpo negro _que a Lei _d~<br />

Rayleigh-Jeans para de onda -~is curtos. -<br />

Revisão<br />

1. (a) O que é uma seqüência convergente<br />

(b) O que é uma série convergente<br />

(c) O que significa lim"~"' a" = 3<br />

(d) O que L~=l a,= 3 significa<br />

2. (a) O que é uma seqüência limitada<br />

(b) O que é uma seqüê-ncia monotônica<br />

VERIFICAÇÃO DE CONCEITOS<br />

(c) O que você- pode dizer sobre uma seqüência monotônica<br />

limitada<br />

3. (a) O que é uma série geométrica Sob quais circunstâncias<br />

ela é convergente Qual é sua soma<br />

(b) O que é uma p-série Sob quais circunstâncias ela é<br />

convergente


784 :J CÁLCUlO Editora Tllomson<br />

4. Suponha que i a, = 3 c s, seja a n-ésima soma pardal da<br />

série. o que é lim~ •'7-. Cln '!o que é lim,_oc s,<br />

5. Explique o seguinte:<br />

(a) O Teste para Divergência.<br />

(b) O Teste da Inlcgral.<br />

(c) O Teste da Comparação.<br />

(d) O Teste da Comparação do Limite.<br />

(e) O Teste da Séríe Alternada.<br />

(f) O Teste da Razão.<br />

(g) O Teste da Raiz.<br />

6. (a) O que é uma série absolutamente convergente<br />

(b) O que você pode dizer sobre essa série<br />

(c) O que é uma série condicionalmente convergente<br />

7. (a) Se uma série for convergente pelo Teste da Integral,<br />

como você estima sua soma<br />

(b) Se uma série for convergente pelo Teste da<br />

Comparação, como você estima sua soma<br />

(c) Se uma série for convergente pelo Teste da Série Alternada,<br />

como você estima sua sorna<br />

8. (a) Escreva a forma geral de uma série de potências.<br />

(b) O que é o raio de convergência de uma série de<br />

potências<br />

(c) O que é o intervalo de convergência de uma série ck<br />

potências<br />

9. Suponha que f(x) seja a soma de uma série de potências<br />

com raio de convergência R.<br />

(a) Como você diferencia f Qual é o raio de convergéncia<br />

da série para f'<br />

(b) Como você integra f Qual é o raio de convergência da<br />

série para fj(x) dx·'<br />

10. (a) Escreva uma expressão para o polinômio de Taylor de<br />

grau n de f centrado em a.<br />

(b) Escreva uma expressão para a série de Taylor de f ccn~<br />

trada em a.<br />

(c) Escreva uma expressão para a série de Maclaurin de .f<br />

(d) Como você mostra que f(x) é igual à soma de sua série<br />

de Taylor<br />

(e.) Escreva a Desigualdade de Taylor.<br />

11. Escreva a série de Maclaurin e o intervalo de convergência<br />

para cada uma das seguintes funções:<br />

(a) 1/(1 - x) (b) e' (c) sen x<br />

(d) cos x<br />

(e) tg- 1 x<br />

12. Escreva a expansão da série binomial (l + x)A. Qual é o raio<br />

de convergência dessa série<br />

TESTES FALSO-VERDADEIRO<br />

Determine se a afirmação é verdadeira ou falsa. Se for verdadeira, explique por<br />

quê. Se for falsa. explique por que ou dê um contra-exemplo.<br />

1. Selim"~"" a" =O, então L a, é convergente.<br />

2. A série 2: n -sen 1 é convergente.<br />

n~l<br />

3. Se lim,_,,a, =L então lim,_,cca2,+1 =L.<br />

4. Se 2.: c,6" for convergente, então L cn( ~ 2)" é convergente.<br />

5. Se L c"6n for convergente, então 2.: cn( -6Y é convergente.<br />

6. SeLcnx"divergequandox = 6,entãoeladivergequandox = 10.<br />

7. O Teste da Razão pode ser usado para determinar se 2.: l/n 3<br />

converge.<br />

8. O Teste da Razão pode ser utilizado para detenninar se L l/n!<br />

converge.<br />

9. Se O oS;: a, ~ b,, e L b" divergir, então i a" diverge.<br />

" (-I)" 1<br />

10. 2: --~n=O<br />

n! e<br />

11. Se -1 < a< I, então limr.~•"" a" = O.<br />

12. Se L a, for divergente, então L I a" I é divergente.<br />

13. Se f(x) = 2x - x 2 + }x 3 - • • • convergir para todo x, então<br />

f"'( O) ~ 2.<br />

14. Se {a,) e {b,) forem divergentes, então {a, + b,) é divergente.<br />

15. Se {a,} e {b,} forem divergentes, então {a,b"} é divergente.<br />

16. Se {a"} for decrescente e a" > O para todo n, então {a,}<br />

é convergente.<br />

17. Se a" >O e 2.: a, convergir, então 2.: (-l)"a, converge.<br />

18. Se an >O e lirn,__.~ (a"+ :la")< 1, então lim, _ _,, a,= O.<br />

EXERCÍCIOS<br />

1-8 o Determine se a seqüência é convergente ou divergente. Se<br />

n3<br />

ela for convergente, encontre seu limite.<br />

3.a,= 1<br />

+<br />

2 + n 3<br />

n sen n<br />

1 ' a,~ 1 + 2n' 5. a,=<br />

4. a, = cos(mr/2)<br />

ln n<br />

6. a,=


James Stewart CAPÍTULO 11 SEOÜÊNCii\S INFINITAS E SÉRiES 785<br />

7. {(1 + 3/n)''} 8. {( -10)""/n'}<br />

9. Uma seqüência é definida recursivamente pelas equações<br />

a 1 = La,+ 1 =}(a"+ 4).Mostrcquc{a,}écrcscentc<br />

e a"< 2 para todo n. Deduza que {a"} é convergente<br />

c encontre seu limite.<br />

10. Mostre que !ím, -··"- n ~e ·" = O e use um gráfico para encontrar<br />

o menor valor de N que corrcspondc a E = O, 1 na definição de<br />

um limite.<br />

11.<br />

2:<br />

n=l<br />

Determine se a série é convergente ou divergente.<br />

11 •<br />

13. 2:<br />

!FI Y'<br />

n<br />

.<br />

15. 2:~,1-<br />

,,~1n,;ln n<br />

17.<br />

2:<br />

cos 3n<br />

n-1 1 + 0.2)"'<br />

. 1 . 3. 5 ... · (2n - I)<br />

19. 2:<br />

H-~ I<br />

S"n!<br />

21. 2: ( -!)"' ' ~<br />

ll"oj<br />

22. 2:<br />

n~l<br />

r<br />

n + I<br />

vn+I- ,,~<br />

n<br />

"' n" + 1<br />

12. :z::~<br />

,,.,.1 n' + 1<br />

(-1)"<br />

14. 2:<br />

"'' -,./11 + I<br />

16. :Z::ln • (--<br />

n )<br />

n~l 3n + l<br />

18.<br />

20.<br />

2:<br />

n"-"<br />

n---1 (I + 2n 2 )"<br />

• (-5)'"<br />

,~, n'9"<br />

23~2$ _-.:J Determine se a série é condicionalmente convergente,<br />

absolutamente convergente ou divergente.<br />

23. :Z:: (-l)""'n-"'<br />

,_,<br />

. (-l)"(n + 1)3'<br />

25. 2: z2n+ i<br />

n~l<br />

27-31 c EnconU'e a soma da série.<br />

"'<br />

21n+l<br />

21 . . ~,T<br />

29. :Z:: [tg-'(n + l) - tg-'n]<br />

r.~ I<br />

e 1 e e 4<br />

31. l - e + - - - + -<br />

21 31 41<br />

24. L (-1)"-'n-•<br />

,~-i<br />

26. 2:<br />

ii=I<br />

( -l)''y/n<br />

lnn<br />

28. 2: ---c--'---~<br />

,~; n(n + 3)<br />

X<br />

(-l)"'IT"<br />

30. .~o 3 '"(2n) I<br />

32. Expresse a dízima periódica 4,17326326326 .. como uma<br />

fração.<br />

l<br />

33. Mostre que cosh x ~ ] + 2 X 1 para todo x.<br />

34. Para quais valores de x a série L;;'~·l (in x)" converge<br />

~ ' . '~ ( J)"~ I<br />

35. Encontre a soma da scne L --,-com precisão de quatro<br />

,,-.,] n-<br />

casas decimais.<br />

36. (a) Encontre a soma parcial s 5 da série :Z~- 1 lln'' c estime<br />

o erro ao usá-la como uma aproximação para a soma<br />

da série.<br />

(b) Encontre a soma da série com precisão de cinco casas<br />

decimais.<br />

37. Use a soma dos oito primeiros termos para aproximar a soma<br />

da série 2:7~ 1 (2 + Yr 1 • Estime o erro envolvido nessa<br />

aproximação.<br />

"' n"<br />

38. (a) Mostre que a série 2: --é convergente.<br />

,~ 1 (2n)'<br />

(b) Deduza que<br />

n"<br />

lim--.-=0.<br />

" ·• (2n)'<br />

39. Prove que, se a séiic 2:~---- 1 a, for absolutamente convergente,<br />

então a série<br />

L ' (" --a, + 1)<br />

,-~-~ n<br />

é absolutamente convergente também.<br />

40~43 :_J Encontre o raio de convergência e o intervalo de<br />

convergência da série.<br />

2"(x - 2)"<br />

42. 2: :::._.=____::::__<br />

,,, (n + 2)!<br />

(x + 2)"<br />

41 ... ~, n4"<br />

44. Encontre o raio de convergência da série<br />

~ (2n)' x"<br />

.,~, (n')'<br />

;; 2"(x - 3)"<br />

43. L<br />

tF•O .jn + 3<br />

45. Encontre a série de Taylor de f(x) = sen x em a = 1f/6.<br />

46. Encontre a série de Taylor de f(x) = cos x em a = 7r/3.<br />

47-54 o Encontre a série de Maclaurin para f e seu raio de<br />

convergência. Você pode usar o método direto (a definição<br />

de uma série de Madaurin) ou séries conhecidas, como a<br />

série geométrica, a série binomial ou a série de Maclaurin<br />

parae", senxe tg- 1 x.<br />

c '<br />

47. f(x) ~ -·- 48. f(x) ~ tg-'(x')<br />

" 1 +X<br />

119. f(x) ~ ln(l - x) 50. j(x) = xe2x<br />

51. f(x) ~ sen(x') 52. f(x) ~ lO'<br />

53. f(x) ~ l/116- x 54. f(x) ~ (l - 3x) '


786 ll CÁLCULO Editora Thomson<br />

55. Avalie f ~ dx como uma série infinita.<br />

• X<br />

56. Use séries para aproximar J~ -Jl + x~ dx com precisão de duas<br />

casas decimais.<br />

§J-58 L-::'<br />

(a) Aproxime f por um polinômio de Taylor de grau nem a.<br />

(b) Plote f e T, na mesma tela.<br />

(c) Use a Desigualdade de Taylor para estimar a precisão<br />

da aproximação f(x) = Tn(x) quando x estiver no<br />

intervalo dado.<br />

(d) Verifique seu resultado na pane (c) plotando I R,(x) I.<br />

57. f(x) ~ .{X, a ~ I, n ~ 3, 0,9 "' x "' 1.1<br />

58. f(x) = sec x. a =O, n = 2, O ::S::: x ::s::: rr/6<br />

59. Use séries para avaliar o limite a seguir.<br />

lim<br />

x--e> O<br />

senx-x<br />

60. A força da gravidade em um objeto de massa m a uma altura h<br />

acima da superfície da Terra é<br />

mgR 2<br />

F~~=-cc<br />

(R + h)'<br />

onde R é o raio da Terra e g é a aceleração da gravidade.<br />

(a) Expresse F como uma série de potências em h/R.<br />

(b) Observe que, se aproximamos F pelo primeiro termo na<br />

série, obtemos a expressão F = mg, que é geralmente<br />

usada quando h é muito menor que R. Use o Teorema da<br />

Estimatíva de Séries Alternadas para estimar a gama de<br />

valores de h para os quais a aproximação F = mg tem<br />

precisão de 1%. (Use R = 6.400 krn.)<br />

61. Suponha que j(x) = l:~=o c,x-" para todo x.<br />

(a) Se f for uma função ímpar, mostre que<br />

co =<br />

Cz = C4 = · · · = O<br />

(b) Se f for uma função par, mostre que<br />

C 1 = C3 = C5 = · · · = 0<br />

' • ,, , (2n) I<br />

62. Se f(x) ~ e' , mostre que f'·''( O) ~ ~,-.<br />

- n,


Problemas Quentes<br />

1. Se f(x) = scn(x-'). encontre f' 151 (0).<br />

2. Uma função f é definida por<br />

Onde fé contínua<br />

3. (a) Mostre que tg ~x = co~tg ix- 2 co-tg x.<br />

(b) Encontre a soma da série<br />

" I X<br />

"'~tg~<br />

1~1 2" 2"<br />

4. Seja {P"} uma seqüência de pontos determinados como na figura. Então I AP1 I = I,<br />

I P"P'"' 1 I = 2 11 -<br />

1 , e o ângulo AP"P"" 1 é um ângulo reto. Encontre lim,~x LP11 AP11 -· 1•<br />

FIGURA PARA O PROBLEMA 4<br />

5. Para construir a curva floco de neve, comece com um triângulo eqüilátero com lados de<br />

comprimento L A Etapa 1 na construção é dívidir cada lado em três partes iguais, construir<br />

um triângulo eqüilátero na parte do meio e então apagar a parte do meio (veja a figura). A<br />

Etapa 2 consiste em repetir a Etapa 1 para cada lado do polígono resultante. Esse processo é<br />

repetido a cada etapa seguinte. A curva floco de neve é aquela que resulta da repetição desse<br />

processo indefinidamente.<br />

(a) Sejam s," l, e Pn as representações do número de lados, do comprimento de um lado e do<br />

comprimento total da n-ésirna curva de aproximação (a curva obtida depois da Etapa n de<br />

construção), respectivamente. Encontre as fórmulas para s,, l" e p,.<br />

(b) Mostre que p., _,. oo quando n _,. oo.<br />

(c) Some uma série infinita para encontrar a área dentro da curva floco de neve.<br />

As partes (b) e (c) mostram que a curva floco de neve é infinitamente longa, mas delimita apenas<br />

uma área finita.


6. Encontre a soma da série<br />

I I I I I I l<br />

1+~+~+~+~+-+-+-+<br />

2 3 4 6 8 9 12<br />

onde os termos são os recíprocos dos inteiros positivos cujos únicos fatores primos são 2 e 3.<br />

7. (a) Mostre que, para xy""" -I,<br />

x- ·v<br />

arctg x - arctg y = arct a ----­<br />

o l + xy<br />

se o lado esquerdo estiver entre -1f/2 e 1f/2.<br />

(b) Mostre que<br />

ICO I 1r<br />

arctg 1!9 - arctg m = 4<br />

(c) Deduza a seguinte fórmula de John Machin (1680-1751 ):<br />

4 arctg 5 ' - arctg m ' = 41T<br />

(d) Use a série de Maclaurin para arctg para mostrar que<br />

(e) Mostre que<br />

0197395560 < arctgj < 0,197395562<br />

0,004184075 < arctg ,h< 0,004184077<br />

(f) Deduza que, com precísão de sete casas decimais,<br />

1T = 3,1415927<br />

Machin usou esse método em 1706 para encontrar 1T com precisão de 100 ca~as decimais.<br />

Neste século, com a ajuda de computadores, o valor de n tem sido calculado com uma<br />

precisão cada vez maior. Em 1999, Takahashi e Kanada empregaram o método de<br />

Borwein e Brent/Salamin, que calcularam o valor de 1r com precisão de 206.158.430.000<br />

casas decimais!<br />

8. (a) Prove uma fórmula similar àquela no Problema 7(a), mas envolvendo arccotg em<br />

vez de arctg.<br />

(b) Encontre a soma da série<br />

2: arcco-tg(n 2 + n + 1)<br />

n=O<br />

9. Encontre o intervalo de convergência de I~~~ n 3 xn e sua soma.<br />

10. Se ao + a1 + a2 + · · · + ak =O, mostre que<br />

lim (a,,f,í +a, )íl+T + a 2 Jn + 2 + ·- · + a,.,;n+k) ~O<br />

n·-+'"'<br />

Se você não vê como provar isso, tente a estratégia de resolução de problemas com uso de<br />

analogias (veja a página 80 do Volume I). Tente os casos especiais k = 1 e k = 2 primeiro.<br />

Se você vir como provar a asserção para esses casos, provavelmente verá como prová-la no<br />

caso geral.<br />

11. Ache a soma da série "~ 2<br />

In( 1 - ~2 ).<br />

12. Suponha que você tenha um grande suprimento de livros, todos do mesmo tamanho, e os<br />

empilha na borda de uma mesa, com cada livro se estendendo mais longe da borda da mesa do<br />

que o livro embaixo dele. Mostre que é possível fazer isso de maneira que o livro no topo da<br />

pilha se estenda inteiramente além da mesa. De fato, mostre que o livro do topo pode se<br />

estender a qualquer distância além da borda da mesa se a pilha for alta o suficiente. Use o<br />

788


seguinte método de empilhamento: o livro do topo se estende metade de seu comprimento<br />

além do segundo lívro. O segundo livro se estende um quarto de seu comprimento além do<br />

terceiro. O terceíro se estende um sexto de seu comprimento além do quarto, e assim por<br />

diante. (Tente você mesmo com um baralho.) Considere os centros de massa.<br />

I 4<br />

I 6<br />

8<br />

1<br />

2<br />

FIGURA PARA O PROBLEMA 12<br />

13. Seja<br />

u = 1<br />

X X X H)<br />

v=x+~+~+~+<br />

41 7! lO!<br />

Mostre que u~ + v 3 + w 3 - 3uvw = 1.<br />

14. Se p > 1, avalie a expressão<br />

I I I<br />

+-+-+-+<br />

2P 3P 4P<br />

I I I<br />

-~+~--+<br />

2P 3P 4P<br />

15. Suponha que círculos de diâmetros iguais são dispostos firmemente em n fileiras dentro de um<br />

triângulo eqüilátero. (A figura ilustra o caso n = 4.) Se A for a área do triângulo e A, for a<br />

área total ocupada pelas n fileiras de círculos, mostre que<br />

. An 1T<br />

!~A~ 2J3<br />

FIGURA PARA O PROBLEMA 15<br />

16. A seqüência {a"} é definida recursivamente pelas equações<br />

n(n - !)a" ~ (n - l)(n - 2)a., , - (n - 3)a, .,<br />

Encontre a soma da série z;=o an.<br />

789


17. Tornando o valor de xX em O igual a l e integrando uma série termo a termo, mostre que<br />

18. Começando com os vértices P 1 (0, 1). P 2 (l, l), P,(l, O), P4(0, O) de um quadrado. construímos<br />

outros pontos, como mostrado na figura: P 5 é o ponto médio de P 1 h; P 6 é o ponto médio de<br />

P1P3; P1 é o ponto médio de P 3P" e assim por diante. O caminho espiral poligonal<br />

P1P 2 P 3 PiP 5 P 6 P7 ... se aproxima de um ponto P dentro do quadrado.<br />

(a) Se as coordenadas de Pn forem (x,, Yn), mostre que txn + X,+ 1 + Xn+2 + Xn+3 = 2<br />

e encontre uma equação similar para as coordenadas do eixo y.<br />

(b) Encontre as coordenadas de P.<br />

FIGURA PARA O PROBLEMA 18<br />

19. Se f(x) = L:~o cmx"' tiver raio de convergência positivo e ef(xl = L;;o=o d,xn, mostre que<br />

nd" ~ 2: íc,d"-'<br />

l=l<br />

n ~ l<br />

20. Triângulos retângulos são construídos conforme a figura. Cada triângulo tem altura igual a 1 e<br />

sua base é a hipotenusa do triângulo anterior. Mostre que essa seqüência faz indefinidas voltas<br />

ao redor de P ao mostrar que L e" é uma série divergente.<br />

21. Considere a série cujos termos são os recíprocos de inteiros positivos que podem ser escrilos<br />

na base 10 sem usar o digito O. Mostre que essa série é convergente e a soma é menor que 90.<br />

790


22. (a) Mostre que a série de Maclaurin da função<br />

X<br />

f(x)~-_:_~<br />

1-xé<br />

ondeJ;, é o n-ésimo número de Fíbonacci, ou seja,f 1 = l,f 2 = 1 ef,, __ 1<br />

+ fn--l para n , :_t<br />

[Dica: Escrevax/(1- x- x 2 ) = c 0<br />

+ c 1<br />

x + c 7<br />

-r2 +···e multiplique ambos os lados<br />

dessa equação por 1 - x - x 2·]<br />

(b) Ao escrever f(x) como uma soma de frações parciais e, portanto, obtermos a série de<br />

Maclaurin em uma maneira diferente, ache uma fónnula explícita para o n-ésimo número<br />

de Fibonacci.<br />

791


12<br />

Vetores e a Geometria<br />

do Espaço<br />

A velocídade do vento é um vetor,<br />

já que tem magnitude e direção.


James Stewart CAPÍTULO 12 VETORES E A GEOfv1ETRiA DO ESPAÇO 793<br />

Neste capítulo introduzimos vetores e sistemas de coordenadas para o espaço tridimensionaL<br />

Isso nos fornecerá ferramentas para estudar no Capítulo 14 o cálculo de<br />

funções de duas variáveis cujo gráfico é uma superfície no espaço. Neste capítulo<br />

veremos que vetores fornecem uma descrição particularmente simples de retas e<br />

planos no espaço.<br />

X<br />

FIGURA<br />

Eixos coordenados<br />

y<br />

y<br />

Sistema de Coordenadas Tridimensionais<br />

Para localizar um ponto no plano são necessários dois números. Sabemos que qualquer<br />

ponto no plano pode ser representado como um par ordenado (a, b) de números reais, onde<br />

a é a coordenada x e b é a coordenada y. Por essa razão, um plano é dito bidimensionaL<br />

Para localizar um ponto no espaço, necessitamos de três números. Representaremos qualquer<br />

ponto no espaço pela tripla ordenada (a, b, c) de números reais.<br />

Para representar pontos no espaço precisamos inicialmente fixar um ponto O (origem)<br />

e três retas orientadas, passando por O, que sejam perpendiculares entre si, que chamaremos<br />

eixos coordenados, denotados por eixo x, eixo y e eixo z. Geralmente, colocamos os<br />

eixos x e)' como retas horizontais e a reta vertical como o eixo z, e indicamos a orientação<br />

dos eixos, como mostrado na Figura 1. O sentido do eixo z é determinado pela regra da<br />

mão direita, como ilustrado na Figura 2. Se você arredondar os dedos de sua mão direita<br />

ao redor do eixo z de forma a rodar de 90° no sentido anti-horário do eixo x para o eixo y, o<br />

polegar apontará para o sentido positivo do eixo z.<br />

Os três eixos coordenados determinam três planos coordenados [ilustrados na Figura<br />

3(a)]. O plano xy contém os eixos x e y, o plano yz possui os eixos y e z e o plano xz detém<br />

os eixos x e z. Os três planos coordenados dividem o espaço em oito partes, chamadas<br />

octantes. O primeiro octante é determinado pelos eixos positivos.<br />

FIGURA 2<br />

Regra da mão direita<br />

Plano yz<br />

X<br />

FIGURA 3 (a) Planos coordenados (b)<br />

Como muitas pessoas têm dificuldade em visualizar diagramas de figuras em três<br />

dimensões, você poderá achar útil fazer o que sugerimos a seguir [veja a Figura 3(b)], Olhe<br />

para algum canto inferior da sala e defina-o como origem. A parede que se encontra à sua<br />

esquerda está no plano xz, a parede à sua direita pertence ao plano yz e o chão pertence ao<br />

plano xy. O eixo x está ao longo da interseção do chão com a parede esquerda. O eixo y<br />

fica ao longo da interseção do chão com a parede direita. O eixo z corre ao longo da interseção<br />

das duas paredes orientado no sentido do teto. Se você está no primeiro octante e<br />

imagina outras sete salas situadas nos outros sete octantes (três no mesmo andar e quatro<br />

no andar abaixo), todas têm o canto O em comum.<br />

Seja P um ponto qualquer do espaço, e seja a a distância (medida na perpendicular ao<br />

plano) de P até o plano yz, b a distância de P até o plano xz e c a distância de P até o plano


794 CÁlCUlO Editora Thomson<br />

FIGURA 4<br />

jP(a, b, c)<br />

I<br />

xy. Representaremos o ponto P pela tripla ordenada (a, b, c) de números reais e chamaremos<br />

a, b e c coordenadas do ponto P; a é a coordenada x, b é a coordenada y e c é a coordenada<br />

z. Então, para localizar o ponto (a, b, c) começamos da origem O e movemos a<br />

unidades ao longo do eixo x, em seguida, b unidades paralelamente ao eixo y e, por fim, c<br />

unidades paralelamente ao eixo z, como na Figura 4.<br />

O ponto P(a, b, c) detennina uma caixa retangular como na Figura 5. Se desenharmos<br />

uma perpendicular de P ao plano xy, obteremos o ponto Q, com coordenadas (a, b, 0),<br />

denominado projeção de P no plano xy. Da mesma forma, R(O, b, c) e S(a, O, c) são<br />

respectivamente as projeções de P nos planos yz e xz.<br />

Como ilustração numérica, os pontos ( -4, 3, -5) e (3, -2, -6) estão indicados na<br />

Figura 6.<br />

(0, O, c)<br />

S(a, O,()<br />

.._ _ P(a,b,()<br />

I i I '<br />

I I I<br />

~~· 1/ ~ (0,b,0)<br />

~:r~ I ,<br />

-hiR(O,h,


Jarnes Stewart CAPÍTUlO 12 VETORES E A GEOMETRiA DO ESPr\CO 795<br />

(b) A equação y = 5 representa o conjunto de todos os pontos de IR 3 com coordenada)'<br />

igual a 5. Esses pontos pertencem a um plano vertical, paralelo ao plano xz, e cinco<br />

unidades à direita deste, como mostrado na Figura 7(b).<br />

NOTA l1 Quando é dada uma equação, precisamos saber se ela representa uma curva em<br />

!R 2 ou uma superfície em !R 3 • No Exemplo 1, y = 5 representa um plano em !R 3 , mas pode<br />

representar uma reta em !R 2 se estivermos trabalhando com geometria analítica bidírnensional<br />

[veja as Figuras 7(b) e (c)].<br />

Em geral, se k é uma constante, então x = k representa um plano paralelo ao plano yz,<br />

y = k corresponde a um plano paralelo ao plano xz e z = k refere-se a um plano paralelo<br />

ao plano xy. Na Figura 5, as faces da caixa retangular são formadas pelos três planos coor~<br />

denados x ~O (o plano yz), y ~O (o plano xz) e z = O (plano xy), e pelos planos x ~a.<br />

y=bez=c.<br />

o<br />

- -----<br />

--; y<br />

Descreva c esboce a superfície em IR 3 representada pela equação y = x.<br />

SOLUÇÃO A equação representa o conjunto de todos os pontos em IR.-' com coordenadas x<br />

e y iguais, isto é, { (x, x, z) I x E ~. z E IR}. Esses pontos pertencem a um plano vertical<br />

que intercepta o plano xy na reta y = x, z = O. A parte desse plano que está no primeiro<br />

octante está esboçada na Figura 8.<br />

A fórmula familiar para a distância entre dois pontos em um plano é estendida facilmente<br />

para a seguinte fórmula tridimensional.<br />

FIGURA 8<br />

Oplanoy=x<br />

X<br />

P 1 (XJ, y,, z 1 ) e P 2 (x 2 , y 2 , z 2 ) é<br />

A distância I P1P2j entre os pontos<br />

Para ver se essa fórmula é verdadeira, vamos construir uma caixa retangular (como na<br />

Figura 9), onde P1 e P2 são vértices opostos e as faces dessa caixa são paralelas aos planos<br />

coordenados. Se A(x2, )'1, z1) e B(x2, y2, z1) são os vértices da caixa indicados na figura,<br />

então<br />

Como os triângulos P 1 BP2 e P1AB são retangulares, duas aplicações do Teorema de<br />

Pitágoras fornecem<br />

jP,P,j' ~ jP,Bj 2 + jBP 2 j 2<br />

X<br />

FIGURA 9<br />

e<br />

Combinando as duas equações, obtemos<br />

jP,Bj 2 ~ jP,Aj 2 + jABj 2<br />

jP 1P 2 j 2 = jP,Aj 2 + jABj 2 + jBP 2 j 2<br />

= I Xz - x, I' + i )'2 - y, i' + i Zz - z, r<br />

= (x, - x,)' + (y, - y,)' + (zz - z,)'<br />

Portanto


796 o CÁlCULO Editora Thomson<br />

EXEMPLO 3 ~<br />

A distância do ponto P(2, -1, 7) ao ponto Q(L -3, 5) é<br />

IPQI ~ .j(l- 2)' + (-3 + 1)2 +(5-7)'<br />

~vi+ 4 + 4 ~ 3<br />

EXHVWLO 4 Encontre a equação da esfera com raio r e centro C(h, k, !).<br />

SOLUÇÃO Por definição, a esfera é o conjunto de todos os pontos P(x, y, z) com distância<br />

ao ponto C igual a r (veja a Figura 10). Então, P pertence à esfera se e somente se<br />

I PC I ~ r. Elevando ao quadrado ambos os lados, temos que I PC I' ~ r 2 ou<br />

(x - h)' + (y - k)' + (z - 1) 2 ~ r 2<br />

O resultado do Exemplo 4 deve ser guardado.<br />

X<br />

FIGURA 10<br />

y<br />

Eqc:aç:lo da Esfera Uma equação da esfera de centro C(h, k, I) e raio r é<br />

(x - h)' + (y - k)' + (z - l)' = r 2<br />

Em particular, se o centro é a origem O, a equação da esfera é<br />

EXEMPLO 5 - Mostre que x 2 + y 2 + z 2 + 4x - 6y + 2z + 6 = O é a equação de uma<br />

esfera e encontre seu centro e raio.<br />

SOLUÇÃO Podemos reescrever a equação dada na forma da equação de uma esfera se<br />

completarmos os quadrados:<br />

(x 2 + 4x + 4) + (y 2 - 6y + 9) + (z 2 + 2z + l) ~ -6 + 4 + 9 + I<br />

(x + 2) 2 + (y - 3) 2 + (z + 1) 2 = 8<br />

Comparando essa equação com a forma padrão, vemos que temos a equação de uma<br />

esfera com centro ( -2, 3, -1) e raio ,f8 = 2)2.<br />

EXEMPLO 6 c Que região de IR 3 é representada pelas seguintes inequações<br />

z~O<br />

SOLUÇÃO As inequações<br />

podem ser reescritas como<br />

1 ~ x 2 + y 2 + z 2 ~ 4<br />

X<br />

FIGURA 11<br />

y<br />

e portanto representam os pontos (x, y, z) com distância à origem entre 1 e, no máximo,<br />

2. Mas nos foi dado também que z ~ O, estando os pontos, portanto, abaixo do plano .:ty.<br />

Assim, a inequação dada representa a região que está entre as (ou nas) esferas<br />

x 2 + y 2 + z 2 =<br />

1 e x 2 + y 2 + z 2 = 4 e abaixo (ou sobre) o plano xy. O esboço da<br />

região está apresentado na Figura 11.


James Stewart CAPÍTULO 12 VETORES E A GE0tv1E fJiiA DO ESPAÇO 797<br />

Exercidos<br />

t<br />

Suponha que, a partir da origem, você tenha percorrido uma<br />

distância de quatro unidades ao longo do eixo x no sentido<br />

positivo e então uma distância de três unidades para baixo.<br />

Quaís as coordenadas de sua posição atual<br />

2. Esboce os pontos (0. 5, 2), (4. O, -I), (2. 4, 6) e (I, I, 2) em<br />

um mesmo conjunto de eixos coordenados.<br />

3. Qual dos pontos está mais próxi111o do plano xz: P(6, 2, 3),<br />

Q( -5, -1, 4) ou R(O, 3, 8) Qual ponto pertence ao plano yz<br />

4. Quais são as projeções do ponto (2, 3, 5) nos planos xy, yz c<br />

x:: Desenhe uma caixa retangular que tenha vértices opostos<br />

na origem e em (2, 3, 5) e com faces paralelas aos planos<br />

coordenados. Nomeie todos os vértices da caixa. Determine o<br />

comprimento da diagonal dessa caixa.<br />

5. Descreva e esboce no R' a superfície representada pela<br />

equação x + y = 2.<br />

6. (a) Qual a representação da equação x = 4 em !R 2 Em ~ 3 <br />

Faça um esboço delas.<br />

(b) Qual a representação da equação y = 3 em !H 3 O que z = 5<br />

representa Qual a representação do par de equações y = 3 c<br />

z = 5 Em outras palavras, descreva o conjunto de pontos<br />

(x, y, z) tal que y = 3 e z = 5. ilustre com um esboço.<br />

1. Mostre que o triângulo com vértices em P( -2, 4, 0),<br />

Q(l, 2, -I) e R(-!,!, 2) é um triângulo eqüilátero.<br />

8. Encontre o comprimento dos lados do triângulo com vértices<br />

A( I, 2,-3), B(3, 4, - 2) e C(3, - 2, l). O triângulo ABC é<br />

retângulo É isósceles<br />

9. Determine se os pontos estão alinhados.<br />

(a) A(5, I, 3), B(7, 9, -!),<br />

(b) K(O, 3, -4), L(!, 2, -2),<br />

C( I, -15, ll)<br />

M(3, O, l)<br />

10. Determine a distância entre (3, 7, - 5) e cada um dos seguintes.<br />

(a) Planoxy<br />

(c) Plano xz<br />

(e) Eixo y<br />

(b) Plano yz<br />

(d) Eixo x<br />

(f) Eixo z<br />

11. Determine a equação da esfera com centro em (1, -4, 3) e raio<br />

5. Qual é a interseção dessa esfera com o plano xz<br />

12. Determine a equação da esfera com centro em (6, 5, -2) e raio<br />

'\ff. Descreva sua interseção com os planos coordenados.<br />

Detennine a equação da esfera que passa pelo ponto<br />

(4, 3, -l) e tem centro em (3, 8, 1).<br />

14. Deternüne a equação da esfera que passa pela origem e tem<br />

centro em (1, 2, 3).<br />

Mostre que a equação representa uma esfera e determine<br />

seu centro e raio.<br />

15. x: + y 2 + z 2 6.t + 4y - 2z = ll<br />

16. X 2 + y 2 + Z: = 4x - 2y<br />

17. x 2 + y 2 + z 2 = x + y + z<br />

18. 4x 2 + 4y 2 + 4z 2 8x + l6y = l<br />

19. (a) Prove que o ponto médio do segmento de reta que liga<br />

P1(x1, y:, zt) a P2(x2, .Y::., z2) é<br />

( X1 ; X o, y, ; y,, z, ; Zz)<br />

(b) Determine o comprimento da mediana do triângulo com<br />

vértices em A(l, 2, 3), B(-2. O, 5) e C(4, !, 5).<br />

20. Estabeleça a equação de uma esfera que tenha um diâmelro<br />

com pontos terminais dados por (2, 1, 4) e (4, 3, 10).<br />

'!21, Estipule as equações das esferas com centro em (2, -3, 6) e<br />

tangência (a) no plano xy, (b) no plano )'Z e (c) no plano xz.<br />

22. Detctmine a equação da maior esfera com centro em (5, 4, 9)<br />

contida no primeiro octantc.<br />

Descreva em palavras a região de !R. 3 representada pela<br />

equação ou inequação.<br />

23. y ~ -4 24. X~ lO<br />

25. x>3 26. y.:::::O<br />

o::::::z:s;6<br />

28. y=z<br />

29. x2 + y2 + z2 > 1 30. 1 ~ x 2 + y 2 + z 2 ~ 25<br />

31. x 2 + y 2 + z 2 - 2z < 3 32. x2 + y1 = 1<br />

x 2 + z 2 ~ 9 34. xyz =O<br />

35-38 c Escreva inequações para descrever a região dada.<br />

35. Semi-espaço de todos os pontos que estão à esquerda do plano<br />

xz.<br />

36. Caixa retangular sólida no primeiro octante limitada pelos<br />

planos x = 1, y = 2 e z = 3.<br />

A região constituída por todos os pontos entre (mas não sobre)<br />

as esferas de raio r e R centradas na origem, onde r < R.<br />

38. O hemisfério superior sólido da esfera de raio 2 centrada na<br />

origem.


798 u CÁlCULO Editora Thomson<br />

39. A figura mostra uma reta Lt no espaço c uma segunda reta L 2,<br />

que é a projeção de L 1 no plano xy. (Isto é,<br />

os pontos de L 2 estão diretamente embaixo ou em cima dos<br />

pontos de L 1 .)<br />

(a) Determíne as coordenadas do ponto P da reta L:.<br />

(b) Localize no diagrama os pontos A, B e C onde a reta L:<br />

intercepta os planos x;; }'Z e xz, respectivamente.<br />

40. Considere o ponto P tal que a distância de P a A(~ I, 5, 3) seja<br />

o dobro da distância de P a B( 6, 2, - 2). Mostre que o conjunto<br />

desses pontos é uma esfera e determíne seu raio e centro.<br />

41. Determine a equação do conjunto de pontos eqüídistantcs dos<br />

pontos A( -1, 5, 3) e B(6, 2. - 2). Descreva o conjunto.<br />

42. Detem1ine o volume do sólido que está contido em ambas as<br />

esferas<br />

x 2 + y 2 + z 2 + 4x - 2y + 4z + 5 =O<br />

e x' + y·' + z 2 = 4<br />

A<br />

c<br />

~~~B<br />

~<br />

FIGURA<br />

Vetores<br />

~=~·· ~·· ~··~~·~~~·~~~~~···~~·~··· ·····~·~·~·~·········.<br />

FIGURA 1<br />

Vetores equivalentes<br />

2<br />

O termo vetor é usado por cientistas para indicar quantidades (tais como deslocamento ou<br />

velocidade ou força) que tem ao mesmo tempo grandeza, direção e sentido. Um vetor é<br />

freqüentemente representado por uma seta ou segmento de reta orientado. O comprimento<br />

da seta representa o tamanho do vetor e a seta aponta na direção do vetor. Denotamos um<br />

vetor por uma letra em negrito (v) ou colocando uma seta sobre a letra (Vl<br />

Por exemplo, suponha que uma partícula se mova ao longo de um segmento de reta<br />

de um ponto A para um ponto B. O vetor de deslocamento v, mostrado na Figura 1,<br />

tem m~ponto inicial A (o início) e um-.J!onto terminal B (o fim) e indicamos isso por<br />

v = AB. Observe que o vetor u = CD tem o mesmo tamanho, a mesma direção e<br />

sentido que v, embora ele esteja em uma posição diferente. Dizemos que u e v são equivalentes<br />

(ou iguais) e escrevemos u =v. O vetor zero, denotado por O, tem comprimento<br />

O. Ele é o único vetor que não tem direção específica.<br />

Combinando vetores<br />

_,<br />

Suponha que uma partícula se mova de A para B, assim seu deslocamento é AB:_Qepois,<br />

a partícula muda de direção e se move de B para C, com o vetor deslocamento BC como<br />

na Figura 2. O efeito combinado desses deslocam~tos é que a partícula se-..!Vove~dc<br />

A para C. O vetor deslocamento resultante de AC é chamado soma de AB e BC e<br />

escrevemos<br />

-7 _, -7<br />

AC~AB +BC<br />

Em geral, se começamos com os vetores u e v, primeiro movemos v de forma que<br />

seu início coincida com o fim de u e definimos a soma de u e " como:<br />

da rls Vztares Se u e v são vetores posicionados de maneira<br />

ponto inicial de v é o ponto terminal de u, então a soma u + v é o vetor do ponto<br />

inicial de u ao ponto terminal de Y.


James Stewart CAPÍTUlO 12 VETOHES E A GEOMETRiA DO ESP.AÇO 799<br />

A definição de adição de vetores é ilustrada na Figura 3. Você pode ver por que essa<br />

definição é algumas vezes chamada Lei do Triângulo.<br />

u + \'<br />

FIGURA 3<br />

Lei do triângulo<br />

u<br />

FIGURA 4 Lei do Paralelograma<br />

Na Figura 4, começamos com os mesmos vetores u e v como na Figura 3 c<br />

desenhamos uma cópia de v com o mesmo ponto inicial de u. Completando o<br />

paralelogramo, vemos que u +v= v+ u. Isso nos dá outra maneira de construir a soma:<br />

se posicionarmos u e v de maneira que eles comecem no mesmo ponto, então u + v<br />

estará ao longo da diagonal do paralelogramo com u e v corno lados. (Esta é a chamada<br />

Lei do Paralelogramo.)<br />

Desenhe a soma dos vetores a e b mostrados na Figura 5.<br />

a<br />

b<br />

SOLUÇÃO Primeiro transladamos b e posicionamos seu ponto inicial no ponto final de a,<br />

tomando cuidado para desenhar uma cópia de b que tenha o mesmo tamanho e direção.<br />

Logo após, desenhamos o vetor a+ b f veja Fígura 6(a)] começando no ponto inicial de<br />

a e terminando no ponto final da cópia de b.<br />

FIGURA 5<br />

Alternativamente, podemos posicionar b tal que ele comece onde a começa e<br />

construir a+ b pela Lei do Paralelogramo como na Figura 6(b).<br />

b<br />

a+b<br />

FIGURA 6<br />

(a)<br />

(b)<br />

É possível multiplicar um vetor por um número real c. (Nesse contexto, chamamos o<br />

número real c de escalar para distingui-lo de um vetor.) Por exemplo, queremos que 2v<br />

seja o mesmo vetor que v + v, o qual possui a mesma direção e sentido de v, mas tem o<br />

dobro de tamanho. Em geral, multiplicamos um vetor por um escalar da seguinte maneira.<br />

2v<br />

-1,5v<br />

FIGURA 7<br />

Múltiplos escalares de v<br />

de<br />

um Se c é um escalar e v, um vetor, então a multiplicação<br />

escalar cv é o vetor cujo tamanho é I c I vezes o tamanho de v e cuja díreção e sentido<br />

é a mesma de v se c > O e sentido oposto a v se c < O. Se c = O ou v =<br />

cv =O.<br />

Essa definição é ilustrada na Figura 7. Vemos que os números reais funcionam como<br />

fatores de escala aqui; por causa disso nós os chamamos escalares. Note que dois<br />

vetores não-nulos são paralelos se eles são múltiplos escalares um do outro. Em<br />

particular, o vetor -v = ( -l)v tem o mesmo comprimento que v, mas apontam em<br />

sentidos opostos. Nós o chamamos de negativo de v.<br />

Pela diferença u - v de dois vetores, queremos dizer<br />

u -<br />

v = " + (-v)


800 ;__; CÁLCULO Editora Tbomson<br />

Logo. podemos construir u - v desenhando primeiro o negativo de v. -v. e então<br />

adicionando a ele o vetor u e usando a Lei do Paralelogramo como na Figura 8(a).<br />

Alternativamente, como v + (u - v) = u, o vetor u - v, quando adicionado a v nos<br />

dá u. Assim, podemos construir u - v como na Figura 8(b) usando a Lei do Triângulo.<br />

FIGURA 8<br />

Desenhando u -<br />

v<br />

--v<br />

(a)<br />

Se a e b são os vetores mostrados na Figura 9, desenhe a - 2b.<br />

SOLUÇÃO Primeiro, desenhamos o vetor - 2b apontando na direção oposta a b e com o<br />

dobn; de seu tamanho. Nós o posicionamos com seu ponto inicial no ponto final de a c<br />

então usamos a Lei do Triângulo para desenhar a+ ( -2b) como na Figura 10.<br />

v'<br />

u<br />

(b)<br />

u<br />

'<br />

-2b<br />

o/ 1<br />

(apac,aJI<br />

a ,...... ....... 1<br />

/ I<br />

'<br />

', I<br />

x/<br />

' I<br />

'"<br />

a= (a 1 , a 2 , a3)<br />

FIGURA 11<br />

--­ y<br />

FIGURA 9<br />

Componentes<br />

a- 2b<br />

FIGURA 10<br />

Para alguns propósitos é melhor introduzir um sistema de coordenados e tratar os<br />

vetores algebricamente. Se posicionarmos o ponto inicial de um vetor a na origem de<br />

um sistema de coordenadas retangulares, então o ponto terminal de a tem coordenadas<br />

da forma (a~, a2) ou (a h a2, a3) dependendo se nosso sistema de coordenadas for em<br />

duas ou três dimensões (veja a Figura 11 ). Essas coordenadas são denominadas componentes<br />

de a e escrevemos<br />

a~ (a 1 , a 2 ) ou<br />

Usamos a notação a 3 )


James Stewart CAPÍTULO 12 VETORES E ·"'-GEOMETRIA DO ESPJ'.,ÇO 801<br />

~<br />

Em três dimensões, o vetor a= OP = (a;. a2. a3) é a posição do vetor do pony:;<br />

P(aj, a2, a;). (Veja a Figura 13.) Vamos considerar qualquer outra representação AB<br />

de a, onde o ponto inicial é A(x~, )'1, z1) e o ponto final é B(x:, }'.;_, z:J Então, temos<br />

que X1 + a1 = x:, )'1 + a2 = Yz e z1 +a,= z2 e assim a1 = X2 ~ X1, a2 = )'2- )'1, c<br />

a3 = Z2 -<br />

Z1. Portanto, temos o seguinte resultado.<br />

-"><br />

Dados os pontos A(x1. y~, z1) e B(xz, Y> zz), o vetor a com representação AB é<br />

a ~ (x2 - x, Y2 - y,, z, - z,)<br />

EXEMPLO 3 Ache o vetor representado pelo segmento de reta com ponto inicial<br />

A(2, -3, 4) e ponto final B(-2, I, 1).<br />

-"><br />

SOLUÇÃO Por (I), o vetor correspondente a AB é<br />

a~ (-2- 2, l- (-3), l- 4) ~ (-4,4, -3)<br />

A magnitude ou comprimento do vetor v é o comprimento de qualquer uma de suas<br />

representações e é denotado pelo símbolo I v I ou li v 11- Ao se usar a fórmula da distância<br />

para calcular o comprimento de um segmento OP, obtemos as seguintes fórmulas.<br />

O comprimento de um vetor bidimensional a= (a~, a2! é<br />

I a I = Jaf + aS<br />

O comprimento de um vetor tridimensional a= (ait a2, a;/ é<br />

FIGURA 14<br />

Como somamos os vetores algebricamente A Figura 14 mostra que, se a= (a1, a2!<br />

e b ~(h, h,), então a soma é a+ b ~(a,+ b, a,+ b2), no mínimo, para o caso<br />

onde os componentes são positivos. Em outras palavras, para somar os vetores<br />

algébricos, somamos suas componentes. Similarmente, para subtrair os vetores,<br />

subtraímos as componentes. Dos triângulos similares na Figura 15, vemos que as<br />

componentes de ca são ca1 e ca2 Assim, para multiplicar um vetor por um escalar,<br />

multiplicamos cada componente pelo escalar.<br />

Se a~ (a" a,) e b ~ (h,, b,), então<br />

FIGURA 15<br />

c a<br />

ca 1<br />

I<br />

I<br />

lca<br />

I '<br />

I<br />

I<br />

__]<br />

a + b ~ (a, + b, a2 + b,) a - b ~ (a, - b, a2 - b2)<br />

ca ~ (ca, ca 2 )<br />

Similarmente, para os vetores tridimensionais,<br />

(a" a,, a1) + (h, h2, b1) ~ (a, + b,, a, + b,, a1 + b1)<br />

(a,, a,, a3) - (b" b2, h1) ~ (a, - b,, a, - h,, a, - b1)<br />

c(a1, a2, a3) =<br />

(ca1, ca2, ca3/<br />

EXEMPU!4 c: Se a~ (4, O, 3) e b ~ (-2, 1, 5), determine I a I e os vetores a+ b,<br />

a - b, 3b e 2a + 5b.<br />

SOLUÇÃO I a I ~ ~4 2 + 0 2 + 3 2 ~ y'25 ~ 5<br />

a + b ~ (4, O, 3) + ( -2, l, 5)<br />

~ (4- 2,0 + l, 3 + 5) ~ (2, 1,8)<br />

a- b ~ (4,0,3)- (-2, 1,5)


802 U CÂlCULO Editora Thomson<br />

~ (4- (-2), ()- ], 3- 5) ~ (6, -], -2)<br />

3b ~ 3( -2, l, 5) ~ (3(-2), 3(1), 3(5)) ~ ( -6, 3, 15)<br />

2a + 5b ~ 2(4,0,3) + 5(-2, 1,5)<br />

~ (8,0,6) + (-10,5,25) ~ (-2,5,31)<br />

Vetores em n dimensões silo usados<br />

para listar várias quantidades em<br />

um modo organizado. Por exemplo, as<br />

componentes do vetor de d:mensão 6<br />

P = (p;,p"'p,,p,.po.r6!<br />

podem representar os preços de seis<br />

itens diferentes requeridos na<br />

fabricação de úm artigo particular<br />

Vetores de dimensão 4 (x. _r, z. tj são<br />

usados em teoria da relatividade, onde<br />

as primeiras três componentes espec'~<br />

ficam a posição no espaço e o quarto<br />

representa o tempo.<br />

Denotaremos por V 2 o conjunto de todos os vetores bidimensionais e por V 3 o conjunto<br />

de todos os vetores tridimensionais. Genericamente, adiante, precisaremos consider;u o<br />

conjunto V, dos vetores de dimensão n. Um vetor de dimensão n é uma n-upla ordenada:<br />

a~ (a~,a 2 , ••• ,a,)<br />

onde a~, a 2, •.• , a, são números reais chamados componentes de a. Adição e multiplícação<br />

escalar são definidas nos tennos dos componentes como nos casos de 11 = 2 e n = 3.<br />

1. a+ b ~ b +a<br />

3.a+O~a<br />

Se a, b e c são vetores em \~, e c e d são escalares, então<br />

2. a + (b + c) ~ (a + b ) + c<br />

4.a+(-a)~o<br />

5. c(a + b) ~ ca + cb<br />

7. (cá) a ~ c(da)<br />

6. (c + á)a ~ ca + da<br />

8. la~ a<br />

Essas oito propriedades dos vetores podem ser facilmente verificadas tanto geométrica<br />

quanto algebricamente. Por exemplo, a Propriedade l pode ser vista na Figura 5 (equivale<br />

à Lei do Paralelogramo) ou como se segue no caso 11 = 2:<br />

a+ b ~ (a,a 2 ) + (b,b 2 ) ~ (a 1 + b 1 ,a 2 + b 2 )<br />

c<br />

~ (b, +a ~o b, +a,) ~ (b,, b,) + (a, a 2 )<br />

~b+a<br />

(a+ b) + c<br />

=a + (b + c)<br />

a+<br />

+c<br />

b<br />

Podemos ver que a Propriedade 2 (lei associativ~ é verdadeira olhando a Figura 9 e<br />

aplicando a Lei do Triângulo várias vezes. O vetor PQ é obtido ou primeiro construindose<br />

a + b e então somando-se c ou somando-se a ao vetor b + c.<br />

Três vetores em V:, têm papel especial. Sejam<br />

p<br />

FIGURA 16<br />

a<br />

i~ (1,0,0) j ~(O, 1,0) k ~(O, O, I)<br />

Então i, j e k são vetores que têm módulo 1, direção e sentido dos eixos positivos x, y e z,<br />

respectivamente. Da mesma forma, em duas dimensões, definimos i= (1, O) e<br />

j ~ (0, 1). (Veja a Figura 17.)<br />

Yj<br />

I<br />

(0, l)_j<br />

'I<br />

I<br />

I<br />

k i j<br />

X<br />

í········.·~~<br />

FIGURA 17<br />

Base padrão em V2 e V,,<br />

(a)<br />

(1, O)<br />

(b)<br />

y


James Stewart CAPÍTUlO 12 VETORES E A GEOk1ETRIA DO ESPAÇO 803<br />

Se a~<br />

az, a3). então podemos escrever<br />

a~ (a,a,,aJ) ~ (a,O,O) + (O,a,,O) + (O,O,a,)<br />

~a,(l,O,O) + a 2 (0, 1,0) + a,(O,O, l)<br />

(a,, a,)<br />

Assim, qualquer vetor em \1 3 pode ser expresso em função da base padrão i, j e k.<br />

Por exemplo,<br />

(1, -2,6) ~i- 2j + 6k<br />

Da mesma forma, em duas dimensões, podemos escrever<br />

X<br />

FIGURA 18<br />

y<br />

Veja a Figura 18 para a interpretação geométrica das Equações 3 e 2 e compare com a<br />

Figura 17.<br />

:t.:u::;v;~-:;LD -- Se a i + 2j - 3k e b = 4i + 7k, escreva o vetor 2a + 3b em função<br />

dei,jek.<br />

SOLUÇÃO Usando as Propriedades 1, 2, 5, 6 e 7 dos vetores, temos<br />

2a + 3b ~ 2(i + 2j - 3k) + 3(4i + 7k)<br />

~ 2i + 4j - 6k + 12i + 21k ~ 14i + 4j + 15k<br />

Um vetor unitário ou versor 1 é um vetor cujo módulo é 1. Os vetores i, j c k são exemplos<br />

de vetores unitários ou versares. Em geral, se a * O, então o vetor unitário que tem<br />

mesma direção e mesmo sentido de a, chamado versor de a, é<br />

1 a<br />

u~j;fa~j;T<br />

Para verificar isso, seja c ~ 1/l a I Então u ~ ca e c é um escalar positivo, de modo que u<br />

tem o mesmo sentido do vetor a. Além disso<br />

EX\:,l\,~PUJ 5 c- Determine o versor do vetor 2i - j - 2k.<br />

SOLUÇÃO O vetor dado tem módulo<br />

l2i - J - 2k 1 = ~2' +


804 ~~-l CÁLCUlO Editora Thomson<br />

T,<br />

EXEf


James Stewart CAPÍTULO 12 VETORES E A GEOfdETR!A DO ESPAÇO 805<br />

4. Escreva cada combinação de vetores como um úníco vetor.<br />

~ ____.__.,.<br />

(a) PQ + QR<br />

~ ----'>-<br />

(b) RP + PS<br />

------'>- ----"' ------'>- ------'>- ~<br />

(c) QS - PS (d) RS + SP + PQ<br />

5. Copie os vetores na figura e use-os para desenhar os seguintes<br />

vetores.<br />

(a) u + Y<br />

(b) u - v<br />

(c) v + w<br />

(d) w -+ \' + u<br />

t<br />

' !w<br />

6. Copie os vetores na ügura e use-os para desenhar os seguintes<br />

vetores.<br />

(a) a+b<br />

(b) a-b<br />

(c) 2a<br />

(d) -~b<br />

(e) 2a+b<br />

(f) b- 3a<br />

23-25 Detennine o vetor- unitário com mesma direção c sentido<br />

que o vetor dado.<br />

23. (9. -5) 24. l2i - Sj<br />

~~· Si j + 4k<br />

26. Ache um vetor que possui a mesma direção que (-2, 4, 2).<br />

mas tem comprimento 6.<br />

27. Se y está no primeiro quadrante e faz um ângulo de n/3 com o<br />

eixo x-positivo e j v I= 4, ache as componentes de v.<br />

28. Se uma criança puxa un1 trenó na neve com força de 50 N a<br />

um ângulo de 38° com relação à horizontaL ache as<br />

componentes horizontal e vertical da força.<br />

29. Duas forças F 1<br />

e F c com_ grandezas lO lb c l2lb agem sobre<br />

um objeto em um ponto P como mostrado na figura. Determine<br />

a força resultante F agindo em P assim como sua magnitude.<br />

direção e sentido. (Indique a direção determinando o ângulo O<br />

exposto na figura.)<br />

F<br />

F,<br />

p<br />

7-12 _ Determine o vetor a ~m represen~ção dada pelo<br />

segmento de reta orientado AB. Desenhe AB e o equivalente com<br />

início na origem.<br />

7. A(2, 3), 8( -2, l)<br />

9. A(-1, -l), 8(-3,4)<br />

11. A( O, 3, l), 8(2, 3, -l)<br />

8. A(-2, -2), 8(5, 3)<br />

10. A( -2, 2), 8(3, O)<br />

12. A(4, O, -2), 8(4, 2, l)<br />

13-16 ~J Detennine a soma dos vetores dados e ilustre<br />

geometricamente.<br />

13. (3, -l),<br />

15. (0, l, 2),<br />

( -2, 4)<br />

(0,0.-3)<br />

14. (-2, -])'<br />

16. ( -1, O, 2 ),<br />

U-22 = Determine j a j, a + b, a - b, 2a e 3a + 4b.<br />

17. a~ (-4,3), b~ (6,2)<br />

18. a~ 2i- 3j, b ~i+ Sj<br />

19. a~(6,2,3), b~(-1,5,-2)<br />

20. a~ ( -3, -4. -1), b ~ (6, 2, -3)<br />

21. a ~ i - 2j + k, b ~i + 2k<br />

22 .• ~ 3i- 21


806 c CÁLCULO Editora Thomson<br />

33. Um varal de roupas é cstendído entre dois postes, 8 m distantes<br />

um do outro. O fio do varal está bastante e-5ticado. de forma a<br />

ser considerado horizontaL Quando uma camisa molhada com<br />

uma massa de 0,8 kg é pendurada no meio do varal, esse ponto<br />

centrai é deslocado para baixo em 8 em. Determine a tensão<br />

em cada metade do varal.<br />

34. A tensão T em cada ponta dç uma con·entc tem uma<br />

magnitude de 25 N. Qual o peso da corrente<br />

35. Se A, B e C são vértices de um triângulo. determine<br />

~ ~ ~<br />

AB-+- BC-+- CA.<br />

36. Seja C um ponto no segmento de reta ,4_! que é d~s vezes ~-<br />

mais longe de B do que de A. Se a = OA. b = OB e c = OC<br />

mostre que c = i a + } b.<br />

.37. (a) Desenhe os vetores a= {3. 2), b = (2, -1) e<br />

c~(7,1).<br />

(b) Mostre, por um esboço, que existem escalares s e t tais que<br />

c= sa + tb.<br />

(c) Use o esboço para estimar os valores de se t.<br />

(d) Determine os valores exatos de se t.<br />

38. Suponha que a e b sejam vetores não-nulos não-paralelos e c<br />

seja um vetor pertencente ao plano determinado por a e b. Dê<br />

um argumento geométrico para mostrar quer c pode ser escrito<br />

como c = sa + tb para uma escolha conveniente de se t.<br />

Depois dê argumentos usando componentes.<br />

/<br />

/<br />

_39. Se r = (x. _v, z) e r(, = (xo, y 0 , z 0 ). descreva o conjunto de<br />

todos os pontos Cr, y. z) tal que I r rn I = J..<br />

40. Se r = (x, y), r! = (x~, )'1) c r 2 = (x 2 , J:>), descreva o<br />

conjunto de todos os pontos (x, y) tal que<br />

I r - r, I + I r - r, I ~ k, onde k > I r, - r, 1-<br />

41. A Figura 16 fomece uma demonstração geométrica da<br />

Propriedade 2 dos vetores. Use os componentes para dar uma<br />

prova algébrica desse fato no caso n = 2.<br />

42. Prove a Propriedade 5 dos vetores algebricamente para n = 3. Use<br />

então a semelhança de triângulos para fazer uma prova geométrica.<br />

43. Utilize os vetores para provar que uma reta unindo os pontos<br />

médios de dois lados de um triângulo é paralela ao terceiro<br />

lado c tem metade de seu comprimento.<br />

44. Suponha que os três planos coordenados são todos espelhados e<br />

que um raio de luz dado pelo vetor a= (a~, a 2 , a-') atinge o<br />

plano xz, como mostrado na figura. Use o fato de os ângulos de<br />

incidência e de reflexão serem iguais para mostrar que a direção<br />

do raio refletido é dada por b = (a 1 , -a 2 , a 3 ). Deduza que,<br />

após ser refletido em todos os três espelhos perpendiculares. o<br />

raio resultante é paralelo ao raio inicial. (Cientistas norte-amcri~<br />

canos usaram esse princípio, juntamente com um feixe de laser c<br />

um conjunto de espelhos em cantoneira na Lua, para calcular de<br />

modo preciso a distância da Tena à Lua.)<br />

y<br />

O Produto Escalar<br />

Até aqui aprendemos a somar os vetores e multiplicá-los por um escalar. A seguinte<br />

questão surge: é possível multiplicar dois vetores de modo que o valor resultante seja de<br />

alguma utilidade Um desses produtos é o produto escalar, cuja definição vem a seguir.<br />

O outro é o produto vetorial, que será discutido na próxima seção.<br />

Se a~ (a, a,, a3) e b ~ (b" by, b,), então o produto escalar de<br />

a e b é o número a · b dado por<br />

a· b = a1b1 + a2b2 + a3b3<br />

Assim, para achar o produto escalar de a por b multiplicamos as componentes correspondentes<br />

e somamos. O resultado não é um vetor. É um número real, isto é, um<br />

escalar, por isso o nome produto escalar. O produto escalar também é conhecido<br />

como produto interno. Apesar de a definição ter sido dada para os vetores tridimensionais,<br />

o pfoduto escalar para os vetores bidimensionais é definido de forma análoga:<br />

(a,, a 2 ) • (h, by) ~ a,b, + a,b 2


James Stewart CAPÍTULO 12 VETORES E 1':!.. GEür-/IETRLD.. DO ESPI\CO 807<br />

(2,4). (3, -1) ~ 2(3) + 4(-1) ~ 2<br />

1, 7,4). (6,2. -l) ~


CÁLCULO<br />

Editora Thomsnn<br />

ou a~ O ou b ~ 0.) Mas I OA I ~ I a 1. I OB I ~ I b I e j.4B J ~ I a -<br />

Equação 4 se toma<br />

b 1. de forma que a<br />

Usando as Propriedades 1, 2 e 3 do produto escalar, podemos reescrever o lado esquerdo<br />

dessa equação como:<br />

Portanto, a Equação 5 fornece<br />

I a - b I'~ (a - b) · (a - b)<br />

~a·a-a·b-b·a+b·b<br />

~ I a I' - 2a · b + I b i'<br />

I a I' - 2a · b + I b I' ~ I a I' + I b I' - 21 a 11 b 1 cos o<br />

Então<br />

ou<br />

-2a · b ~ -21 a li bIcos 8<br />

a·b~laJiblcosO<br />

iEXEMPUJ 1 _ Se os vetores a e b têm normas 4 e 6, e o ângulo entre eles é 7r/3, determine<br />

a· b.<br />

SOLUÇÃO Usando o Teorema 3, temos<br />

a· b ~ laJibl cos(r./3) ~4 · 6 · ~ ~ 12<br />

A fórmula do Teorema 3 nos permite ainda determinar o ângulo entre dois vetores.<br />

Comlárlo Se 8 é o ângulo entre dois vetores não-nulos a e b, então<br />

EXEMPLO 3 c Determine o ângulo entre os vetores a ~ ( 2, 2, -1) e b ~ ( 5, -3, 2).<br />

SOLUÇÃO Como<br />

e<br />

e como<br />

temos, do Corolário 6,<br />

a· b ~ 2(5) + 2(-3) + (-1)(2) = 2<br />

cose<br />

2<br />

3j38<br />

Assim o ângulo entre a e b é<br />

O=cos-'( 3<br />

] 38<br />

) = 1,46<br />

(ou84')


James Stewart CAPÍTULO 12 VETORES L A_ GE0fv1ETRIA DO r:SF'ACO 809<br />

Dois vetores não-nulos a e b são perpendiculares ou ortogonais se o ângulo entre eles<br />

é 8 = 1T/2. O Teorema 3 nos fomece<br />

a · b = I a li b I cos( 1T/2) = O<br />

e reciprocamente se a · b = O, então cos 8 = O, o que implica que 8 = 7í/2. O vetor nulo<br />

O é dito perpendicular a todos os vetores. Temos, portanto, um método para determinar se<br />

dois vetores são ortogonais.<br />

a e b são ortogonais se e somente se a · b = O.<br />

FIGURA 2<br />

a·b >O<br />

a·b =O<br />

a·b O se O ::s; 8 < 1T/2 e cos 8 < O se 7T/2 < 8 ::;;::; 1r, vemos que a · b<br />

é positivo se () < 1r/2 e negativo se 8 > 7i/2. O produto escalar a . b nos fornece uma<br />

medida de quão próxima é a direção para onde os dois vetores apontam. O produto escalar<br />

a · b é positivo se a e b têm o mesmo sentido geral, O se são perpendiculares, e negativo<br />

se têm sentido geral oposto (veja a Figura 2). No caso extremo onde a e b têm mesma<br />

direção e sentido, temos () = O, portanto cos () = 1 e<br />

Se a e b têm a mesma direção, mas sentidos opostos, então () = 1T e assim cos () = - 1 e<br />

a·b= -lallbl.<br />

Ângulos Diretores e Cossenos Diretores<br />

X<br />

q<br />

I<br />

~----<br />

/I ----<br />

/ )'1<br />

1 ~--- / I --- / I<br />

: y a<br />

I p<br />

la,<br />

FIGURA 3<br />

y<br />

Os ângulos diretores de um vetor não-nulo a são os ângulos a, {3 e y (no intervalo [O. 1r])<br />

que a forma com os eixos coordenados positivos x, y e z (veja a Figura 3).<br />

Os cossenos desses ângulos diretores, cos a, cos {3 e cos y, são chamados cossenos<br />

diretores do vetor a. Usando o Corolário 6 e substituindo b por i, obtemos<br />

a· i a1<br />

cos " ~ j;fjif = r.;!<br />

(Isso pode ser visto diretamente na Figura 3.) Da mesma forma, temos<br />

Q;<br />

cos {3 = I a-j<br />

Q)<br />

cos )' = --<br />

Jal<br />

Quadrando as expressões nas Equações 8 e 9 e somando, obtemos<br />

Podemos ainda usar as Equações 8 e 9 para escrever<br />

a= ía1,a,.a3) =(laJcosa.laicosf3,1aJcosy)<br />

~ Ja Jícos a, cos {3. cos y)


810 C] CÁlCULO Editora 1homson<br />

Portanto<br />

1<br />

~<br />

l<br />

~,a~ (cosa, cos {3, cos y)<br />

a,<br />

que diz que os cossenos diretores de a são os componentes do versor de a.<br />

·"L-',- Determine os ângulos diretores do vetor a= (1, 2, 3).<br />

SOLUÇÃO Como I a I ~ ~~ 2 + 2' + 3 2 ~ Jj4, as Equações 8 e 9 fornecem<br />

cosa=-=<br />

Vl4<br />

2<br />

cos f3 ~ Jj4<br />

3<br />

cosy=~<br />

~14<br />

e então<br />

f3 ~ cos l ( vk)<br />

= 58'<br />

y = cos·· ·( .r- 3 ') = 37<br />

o<br />

\ v·l4;<br />

Projeções<br />

-7 -7<br />

A Figura 4 mostra as representações PQ e PR de dois vetores a e b com mesma origem P.<br />

-7<br />

Se S é o ~da perpendicular do ponto R à reta que contém PQ, então o vetor com representação<br />

PS é chamado vetor projeção de b sobre a e é denotado por proja b.<br />

FIGURA 4<br />

Projeções de vclores<br />

R<br />

'\<br />

f \<br />

b/ \<br />

7 \ a<br />

~~<br />

p i<br />

proja b<br />

R<br />

f\<br />

f \<br />

b _/ \<br />

/ \<br />

~<br />

P lb! cose<br />

FiGURA 5<br />

Projeção escalar<br />

A projeção escalar de b sobre a (também chamada componente de b ao longo de a)<br />

é definida como o módulo do vetor projeção, cujo valor é dado pelo número I b I cos e,<br />

onde 8 é o ângulo entre a e b (veja a Figura 5 você pode pensar a projeção escalar de b<br />

como sendo o comprimento da sombra de b ). Denotaremos por compa b. Observe que esse<br />

número é negativo se n/2 < e ~ r,_ A equação<br />

a , b ~ I a 11 b I cos e= I a 1(1 b I cos e)<br />

mostra que o produto escalar de a por b pode ser interpretado como o módulo de a multiplicado<br />

pela projeção escalar de b sobre a. Como<br />

"'"<br />

lblcose~ ···--~-,b<br />

a<br />

' I" I I a I<br />

a componente de b ao longo de a pode ser computada tomando-se o produto escalar de b<br />

pelo versar de a. Resumindo, temos:


James Stewart CAPÍTUlO 12 VETORES E A GEOMETRIA DO ESPAÇO 811<br />

Projeção escalar de b sobre a:<br />

a·b<br />

cornp,b ~ ~<br />

prc>jeç:ão de b sobre a:<br />

(<br />

a·b) a a·b<br />

proj,b = Tal j;f ~ Jal' a<br />

Note que o vetor projeção é a projeção escalar vezes o versar de a.<br />

EXEMPlO 5 :: Determine a projeção escalar de b ~ < l. l, 2) sobre a~ ( -2, 3, l ).<br />

SOLUÇÃO Como I a I ~ y'( 2)' + 3 2 + 1 2 ~ /14. a projeção escalar de b sobre a é<br />

campa b =<br />

a·b<br />

ai<br />

(-2)(1) + 3(1) + 1(2)<br />

/14<br />

O vetor projeção é esse escalar multiplicado pelo versor de a:<br />

3<br />

/14<br />

3 a 3 / 3 9 3)<br />

proj, b ~ /14 j;f ~ 14 a ~ \-7 •14' 14<br />

R<br />

Um uso de projeção ocorre em física, no cálculo do trabalho. Na Seção 6.4 do Volume I<br />

definimos o trabalho exercido por uma força constante F movendo um objeto por uma distância<br />

d como W = Fd, mas isso só se aplicava quando a força era exercida ao longo do<br />

e~o de deslocamento do objeto. Suponha agora que a força constante seja um vetor F =_<br />

PR com direção diferente do eixo de deslocamento do objeto, com_g)ndicado na Figura 6.<br />

Se a força move o objeto de P a Q, o vetor deslocamento é D ~ PQ. O trabalho realizado<br />

é definido como o produto do componente da força ao longo de D pela distância percorrida:<br />

FIGURA 6<br />

FIGURA 7<br />

Do Teorema 3, temos<br />

w ~(I F 1 cose) 1 D 1<br />

w~ IFIIDicos o~ F. D<br />

Assim, o trabalho realizado por uma força constante F é o produto escalar F · D, onde D<br />

é o vetor deslocamento.<br />

EXEMPLO 7 o Um caixote de madeira é puxado 8 m acima em uma rampa sob uma força<br />

constante de 200 N aplicada em um ângulo de 25° com a rampa. Calcule o trabalho realizado.<br />

SOLUÇÃO Se F e D são os vetores força e deslocamento, respectivamente, como<br />

mostrado na Figura 7, então o trabalho realizado é<br />

w = F , D ~ I F li DI cos 25°<br />

~ (200)(8) cos 25° = 1450 N·m ~ 1450 J<br />

EXEMPLO 8 CJ<br />

ponto (2, 1, O) para o ponto Q(4, 6, 2). Detennine o trabalho realizado.<br />

Uma força dada pelo vetor F ~ 3 i + 4 j + 5 k move urna partícula do<br />

--7<br />

SOLUÇÃO O vetor deslocamento é D ~ PQ ~ (2, 5, 2); portanto, utilizando a Equação<br />

12, o trabalho realizado é<br />

w~ F· D = (3,4,5) · (2,5,2)<br />

~6+20+10~36<br />

Se a unidade de comprimento é o metro e a força é medida em newtons, o trabalho realizado<br />

é de 36 joules.


g12 c CÁLCULO Editora Thomson<br />

Exercícios<br />

1. Quais das seguintes expressões têm significado Quais não<br />

fazem sentido Explíque.<br />

(a) (a • b) · c<br />

(b) (a · b)c<br />

(c) lal(b ·c)<br />

(e) a · b + c<br />

(d) a · (b + c)<br />

(f) I a I · (b + c)<br />

2. Determine o produto escalar de dois vetores cujas normas são<br />

respectivamente 6 e 1 e o ângulo entre eles é 11/4.<br />

3---w Determine a · b.<br />

3. a~ (4, -l ), b ~ (3, 6)<br />

4. a~ (l,4), b ~ (-8, -3)<br />

5. a~ (5,0, -2), b ~ (3, -1, 10)<br />

6. a~ (s, 2s, 3s), b ~ (1, -t, 5t)<br />

7. a~ i- 2j + 3k, b ~Si+ 9k<br />

8. a~ 4j - 3k, b ~ 2i + 4j + 6k<br />

9. I a I ~ 12, I b I ~ 15, o ângulo entre a e b é 1r/6<br />

10. I a I ~ 4, I b I ~ lO, o ângulo entre a e b é !20°<br />

íí-12 c..: Seu é um vetor unitário, determine u · v eu · w.<br />

u<br />

21-22 ·· Determine, aproximando o valor até o grau mais próximo.<br />

os três ângulos do triângulo cujos vértíces são dados.<br />

21. A(l, O), 8(3, 6), C( -I, 4)<br />

22. D(O, l, l), E(-2,4. 3). F(!, 2, -I)<br />

z:;-;.w :-<br />

Determine se os vetores dados são ortogonais, paralelos<br />

ou nenhum dos dois.<br />

23. (a) a~ ( -5, 3. 7), b ~ (6, -8, 2)<br />

(b)a~(4,6),<br />

b~(-3,2)<br />

(c) a~ -i+ 2j + 5k, b ~ 3i + 4j - k<br />

(d) a~ 2i + 6j- 4k. b ~ -3i- 9j + 6k<br />

24. (a)u ~ (-3,9.6), v~ (4, -12, -8)<br />

(b) u ~i- j + 2k, v~ 2i - j + k<br />

(c)u~(a,b,c),<br />

v~(-b,a,O)<br />

25. Use os valores para dccidír se o triângulo com vértices<br />

P(l, -3, -2), Q(2, O, -4), e R(6, -2, -5) é retângulo.<br />

26. Para que valores de b são os vetores ( ~6, b, 2) e (b, b 2 , b)<br />

ortogonais<br />

>'tt--: Determine um vetor unitário ortogonal i + j e i + k.<br />

28. Ache dois valores unitários que façam um ângulo de 60° com<br />

v~ (3,4).<br />

u<br />

29----33 ~ Detennine os cossenos diretores e os ângulos diretores do<br />

vetor. (Forneça o ângulo diretor aproximado até o grau mais próximo.)<br />

w<br />

w<br />

29. (3,4,5)<br />

31. 2i + 3j- 6k<br />

33. (c,c,c), ondec>O<br />

30. (1,-2,-1)<br />

32. 2i- j + 2k<br />

13. (a) Mostre que i · j ~ j · k ~ k ·i ~ O.<br />

(b) Mostre que i · i ~ j · j ~ k · k ~ I.<br />

14. Um vendedor vende a hambúrgueres, b cachorros-quentes e c<br />

refrigerantes em um determinado dia. Ele cobra $ 2 o<br />

hambúrguer,$ 1,50 o cachorro-quente e$ 1 o refrigerante. Se<br />

A~ (a, b, c) e P ~ (2, 1,5, l ), qual o significado do produto<br />

escalar A · P<br />

í5-2D , . Detennine o ângulo entre os vetores. (Estabeleça inicialmente<br />

uma expressão exata e depois aproxime o valor até o grau mais próximo.)<br />

15. a~ (3, 4), b ~ (5, 12)<br />

16. a~ (J3, !), b ~(O, 5)<br />

17. a ~ ( 1, 2, 3), b ~ ( 4, O, -l)<br />

18. a~ (6, -3, 2), b ~ (2, l, -2)<br />

a~ j + k, b ~i+ 2j- 3k<br />

20. a~ 21- j + k, b ~ 3i + 2j- k<br />

34. Se um vetor tem ângulos diretores a = 71/4 e {3 = 7r/3, deter~<br />

mine o terceiro ângulo diretor y.<br />

35-IID ~--, Detennine o vetor projeção e a projeção escalar de b sobre a.<br />

35. a~ (3, -4), b ~ (5, O)<br />

36. a ~ (l, 2), b ~ ( -4, 1)<br />

37. a~ (4, 2, O), b ~ (1, 1, 1)<br />

38. a~ (-1,-2,2), b~ (3,3,4)<br />

39. a ~ i + k, b ~ i - j<br />

40. a~ 2i- 3j + k, b ~i+ 6j - 2k<br />

Mostre que o vetor orthb b = b - proj 2 b é ortogonal a a.<br />

(Esse vetor é chamado projeção ortogonal de b.)<br />

42. Para os vetores do Exercício 36, detennine ortha b e ilustre<br />

esboçando os vetores a, b, proja b e orth 3 b.<br />

Se a = (3, O, -1), determine um vetor b tal que compu b = 2.


James Stewart<br />

CAPÍTULO 12 VETORES E A GEOMETRIA DO ESPAÇO :--1 813<br />

44. Suponha que a e b sejam vetores não-nulos.<br />

(a) Sob quais circunstâncias compd b = compb a<br />

(b) Sob quais circunstâncías proja b = proj 0 a<br />

45. Uma força constante com representação vetorial<br />

F= I Oi + l8j ~ 6k move um objeto em linha reta do ponto<br />

(2, 3, 0) ao ponto (4, 9, 15). Calcule o trabalho realizado se a<br />

distância for medida em metros e a grandeza da força for<br />

medida em newtons.<br />

46. Calcule o trabalho realizado por uma força de 20 lb agindo na<br />

direção N50°W para mover um objeto 4 pés no sentido oeste.<br />

47. Uma mulher exerce uma força horizontal de 25 !bem um<br />

engradado quando ela o empurra para subir uma rampa de lO<br />

pés de comprimento c com um ângulo de inclinação de 20°<br />

acima da horizontaL Calcule o trabalho realizado sobre a caixa.<br />

48. Um vagão é puxado a uma dístância de 100 m ao longo de um<br />

caminho horizontal por uma força constante de 50 N. O cabo<br />

do vagão é mantido em um ângulo de 30° para cima em<br />

relação à horizontal. Quanto trabalho é realizado<br />

49. Use projeção escalar para mostrar que a distância de um ponto<br />

P1(.-r1,)'1) àretaax + by +c= O é<br />

lax,+hy,+cl<br />

·./a 2 + b 2<br />

Use essa fórmula para determinar a distância do ponto (-2, 3)<br />

àreta3x- 4y + 5 =O.<br />

50. Se r= (x, y, z), a= \a], a2, a,) e b = (b1. b2, b_,), mostre<br />

que a equação vetorial (r - a) · (r - b) = O representa uma<br />

esfera e determina seu centro e raio.<br />

~l·I: Calcule o ângulo entre a diagonal de um cubo e uma de suas<br />

arestas.<br />

52. Calcule o ângulo entre a diagonal de um cubo e a diagonal de<br />

uma de suas faces.<br />

53. Uma molécula de metano, CH4, é estruturada com os quatro<br />

átomos de hidrogênio nos vértices de um tetraedro regular e o<br />

carbono no centro. O ângulo de vínculo é o ângulo formado<br />

pela combinação H~C-H; é o ângulo entre as retas que<br />

ligam o carbono a dois átomos de hidrogênio. Mostre que esse<br />

ângulo de vínculo é de aproximadamente 109,5°. [Dica: Tome<br />

os vértices do tetraedro em (1, O, 0), (0, 1, 0), (0, O, 1) e<br />

( l, 1, l). como exposto na figura. Mostre então que o centro é<br />

(' ' ') l 2' 2, 2 .<br />

X<br />

54. Se c = j a I b + I b I a, onde a, b c c são vetores não-nulos,<br />

mostre que c é a bissetriz do ângulo entre a e b.<br />

55. Prove as Propriedades 2, 4 e 5 do produto escalar (Teorema 2).<br />

56. Suponha que todos os lados de um quadrilátero tenham o<br />

mesmo comprimento e que os lados opostos sejam paralelos.<br />

Use vetores para provar que as diagonais são perpendiculares.<br />

57. Utilize o Teorema 3 para provar a Desigualdade de Cauchy­<br />

Schwarz:<br />

58. A De:úgualdade Triangular para vetores é<br />

(a) Dê urna interpretação geométrica para a Desigualdade<br />

Triangular.<br />

(h) Use a Desigualdade de Cauchy-Schwarz do Exercício 57<br />

para provar a Desigualdade Triangular. [Dica: Use o fato<br />

de que I a + b I'~ (a + b) , (a + b) e utilize a<br />

Propriedade 3 do produto escalar.]<br />

59. A Lei do Paralelogramo estabelece que<br />

I a + b I' + I a - b I' ~ 21 a I' + 21 b I'<br />

(a) Dê urna interpretação geométrica da Lei do Paralelogramo.<br />

(b) Prove a Lei do Paralelogramo. (Veja a dica do Exercício 58.)<br />

y<br />

O Produto Vetorial<br />

O produto vetorial a X b de dois vetores a e b, ao contrário do produto escalar, é um vetor,<br />

por isso seu nome. Note que só é definido a X b se a e b são vetores tridimensionais.<br />

Se a~ (a,, a,, a1) e b ~ (b, b,, b,), então o produto vetorial de<br />

aebéovetor


814 o CÂLCUI.O Editora Thomson<br />

Pode parecer um modo estranho de definir um produto. A razão de tal definição é que<br />

o produto vetorial assim definido tem muitas propriedades úteis, como veremos adiante.<br />

Em particular, veremos que o vetor a X b é perpendicular tanto a a quanto a b.<br />

Para ajudar a memorização, vamos usar a notação de determinantes. O determinante<br />

de ordem 2 é definido por<br />

Por exemplo,<br />

1-~<br />

I a b I<br />

1 ,:~ad-bc<br />

1 c d<br />

1 i<br />

41 ~ 2(4) - 1( -6) ~ 14<br />

O determinante de ordem 3 pode ser definido em termos dos detenninantes de segunda<br />

ordem, como:<br />

b, I<br />

c,<br />

Observe que a cada tenno do lado direito da Equação 2 aparece um número a; da primeira<br />

linha do detenninante, e ai é multiplicado por um determinante de segunda ordem obtido<br />

do determinante do lado esquerdo, onde é retirada a linha e a coluna em que aparece o elemento<br />

a;. Note também que o sinal de menos aparece no segundo termo. Por exemplo,<br />

I 2<br />

3 o<br />

-5 4<br />

-I<br />

1<br />

2<br />

~110 11-21 3<br />

4 21 -5<br />

I I + (-I) I 3 o I<br />

2 -5 4<br />

~ 1(0- 4)- 2(6 + 5) + (-1)(12- O)~ -38<br />

Se reescrevermos a Definição 1 utilizando detenninantes de segunda ordem e a base<br />

canônica de vetores i, j e k, veremos que o produto vetorial do vetor a = a 1 i + a 2 j + a 3 k<br />

por b ~ h i + b,j + b3 k é<br />

a X b<br />

I a, a, I . I a,<br />

=I q-<br />

1 b, b2 I b,<br />

' !<br />

a, I k<br />

b,<br />

Em vista da semelhança entre as Equações 2 e 3, escrevemos<br />

j<br />

k<br />

a X b = a1 a2 a:;<br />

b, b, b,<br />

Apesar de a primeira linha do determinante simbólico da Equação 4 ser constituída de<br />

vetores, se :fizermos a expansão como se fosse um determinante ordinário usando a regra<br />

dada pela Equação 2, obteremos a Equação 3. A fórmula simbólica dada pela Equação 4 é<br />

provavelmente o modo mais fácil de lembrannos e calculannos o produto vetorial.


James Stewart CAPÍTULO 12 VETORES E A GEOMETRIA DO ESPAÇO LJ 815<br />

EXEMPlO 1<br />

Se a~ (l, 3, 4) e h~ (2, 7, -5), então<br />

j k<br />

aXIJ~ 3 4<br />

2 7 -5<br />

I 3 4,.<br />

li<br />

~ 17 -5 'i- 2<br />

~ ( -15 - 28) i - ( -5 - 8) j + (7 - 6) k ~ -43i + 13j + k<br />

Mostre que a X a = O para o vetor a em V3.<br />

SOLUÇÃO Se a~ (a,,a,,a 3 ),então<br />

j<br />

k<br />

~ (a,aJ- a,a,)i- (a,aJ- a,a,)j + (a 1 a 2 - a,a,)k<br />

~Oi - Oj + Ok ~O<br />

Uma das propriedades mais importantes do produto vetorial é dada pelo seguinte teorema.<br />

L!] TBJ.H'ema O vetor a X b é ortogonal a a e b.<br />

Pn:wE! Para mostrar que a X b é ortogonal a a, vamos efetuar seu produto escalar com a:<br />

(a X b) . a ~ I<br />

a, a, I a, -I a, a, I a, + I a, a,, a.<br />

b, b, b, b,l . I b, b, I •<br />

~ a 1 (a 2 b, - a 3 b 2 ) - a 2 (a,b, - a 3 b,) + a 3 (a 1 b 2 - a 2 b 1 )<br />

=O<br />

De forma semelhante mostramos que (a X b) · b =O. Portanto, a X b é ortogonal tanto<br />

a a quanto a b.<br />

axb<br />

Se a e b são representados por segmentos de retas orientados, com mesma origem<br />

(como na Figura 1), então o Teorema 5 diz que o produto vetorial a X b resulta em um<br />

vetor com direção perpendicular ao plano que passa por a e b. O sentido desse vetor é<br />

detenninado pela regra da mão direita: com os dedos da mão direita curvados girando no<br />

sentido de a para b (através de um ângulo menor que 180°), seu polegar estará apontando<br />

no sentido do vetor a X b.<br />

Conhecendo o sentido e a direção do vetor a X b, resta a descrição geométrica de seu<br />

módulo. Isso é dado pelo teorema seguinte.<br />

FIGURA 1<br />

l!J Toorema Se e é o ângulo entre a e b (portanto O ,;; 8 ,;; 71'), então<br />

la X bl =<br />

lallblsen8


816 o CÁLCUlO Editora Thomson<br />

~~c;;J:'<br />

Das definições de produto vetorial e norma de um vetor, temos<br />

= a~b} - 2a2a3b2b3 + aib~ + a3bT - 2a 1 a3btb3 + aTb}<br />

+ aTbi - 2a1a2bib2 + aibT<br />

~ lal 2 lbl 2 - (a· b)'<br />

~ lal 2 lbl' -lal'[bj 2 COS 2 8<br />

~ I a 1'1 b l'(l - cos'B)<br />

~ I a 1'1 b l'sen 2 8<br />

Elevando ao quadrado e observando que ,Ysen 2 8 =senO porque senO~ O quando<br />

o :Se; e :Se; 1T, temos<br />

j a X b I ~ I a li b I sen 8<br />

Como um vetor fica completamente determinado se conhecermos seu módulo, direção<br />

e sentido, podemos dizer que o vetor a X b é perpendicular aos vetores a e b, o sentido é<br />

dado pela regra da mão direita e seu módulo é I a li b \ sen 8. De fato, é assim que por vezes<br />

definimos o vetor a X b.<br />

G::cnJítiriu<br />

Dois vetores a e b são paralelos se e somente se<br />

axb~O<br />

F'rtNa<br />

Dois vetores não-nulos a e b são paralelos se e somente se O = O ou 1T. Em qualquer<br />

dos casos sen e ~ O, assim I a X b I ~ O e, portanto, a X b ~ O.<br />

A interpretação geométrica do Teorema 6 pode ser vista examinando-se a Figura 2. Se<br />

a e b são tomados como segmentos de reta orientados com o mesmo ponto inicial, determinam<br />

um paralelogramo cuja base é I a\, a altura é I b I sen 8, e com área dada por<br />

A~ lal(lblsene) ~la X bl<br />

Então temos a seguinte forma de interpretar o módulo do produto escalar.<br />

FIGURA 2<br />

módulo do produto escalar a X b é igual à área do paralelogramo determinado<br />

a e b.<br />

EXEMPLC 3 - Ache um vetor perpendicular ao plano que passa através dos pontos<br />

P(1, 4, 6), Q( -2, 5, -1) e R(1, -1, 1).<br />

--'i> --'i> --'i> --'i><br />

SOLUÇÃO O vetor PQ X PRé perpendicular a ambos PQ e PR e, portanto, perpendicular<br />

ao plano que passa por P, Q e R. Sabemos de (12.2.1) que<br />

_,<br />

PQ ~ (-2- I) i+ (5- 4)j +(-I- 6)k = -3i + j- 7k<br />

_,.<br />

PR =(l-I) i+(-!- 4)j + (í- 6)k = -5j- 5k


James Stewart CAPÍTULO 12 VETORES E.~ GEOMETRIA DO ESPAÇO 817<br />

Calculando o produto vetorial desses vetores:<br />

j k<br />

__, -7<br />

PQXPR= -3 l -7<br />

o -5 -5<br />

= (-5- 35)i- (!5- O)j +(!5-O) k = -40i- l5j + l5k<br />

Logo, o vetor ( -40, -15, 15) é perpendicular ao plano dado. Qualquer escalar não-nulo<br />

que seja múltiplo desse vetor, tal como ( -8, -3, 3), é também perpendicular ao plano.<br />

t'J(fiW'U: •' - Determine a úrea do triângulo com vértices P(l, 4, 6), Q( -2, 5, -I) e<br />

R(l, -1, 1).<br />

-7 --7<br />

SOLUÇÃO No Exemplo 3 calculamos PQ X PR = ( -40, -15, 15). A área do paralelogramo<br />

com lados adjacentes PQ e PRé o comprimento do produto vetorial:<br />

A área A do triângulo PQR é metade da área desse paralelogramo, ou seja, i -/82.<br />

7r/2, obte­<br />

Se aplicarmos os Teoremas 5 e 6 aos vetores da base-padrão i, j e k com () =<br />

remos<br />

iXj=k<br />

j X i= -k<br />

j X k =i<br />

k X j = -i<br />

k X i= j<br />

i X k = -j<br />

Observe que<br />

iXj7"jXi<br />

Portanto, o produto vetorial não é uma operação comutativa. Temos ainda que<br />

enquanto<br />

i X (i X j) =i X k = -j<br />

(i X i) X j = 0 X j = 0<br />

Então, a lei associativa para multiplicação também não vale obrigatoriamente aqui; em<br />

geral, temos,<br />

(a X b) X c 7" a X (b X c)<br />

Entretanto, algumas das propriedades usuais da álgebra valem para o produto vetorial. O<br />

teorema a seguir resume as propriedades dos produtos vetoriais.<br />

T0orema Se a, b e c são vetores e c é um escalar, então<br />

1. a x b = -b x a<br />

2. (ca) X b = c(a X b) =a X (cb)<br />

3. a X (b + c) = a X b + a X c<br />

4. (a+ b) X C= a X c + 1J X C<br />

5. a· (b X c) = (a X b) ·c<br />

6. a x (b x c) =(a· c)b - (a· b)c


818 C CÁlcuLO Editora Thomson<br />

Podemos provar essas propriedades escrevendo os vetores em termos de seus componentes<br />

e usar a definição de produto vetoriaL Faremos, a seguir, a prova da Propriedade 5<br />

e deixaremos as outras como exercício.<br />

5 Se a~ (a, a 2 , a 3 ), b ~ (b1, b 2 , b,) e c~ (c, c 2 , c 2 ), então<br />

a· (b X c)= a,(b 2 c 3 - b1c2) + a 2(b1c1 - b,c,) + a 3(b 1c2 - b,c,)<br />

= a1b:c3 - a1b3c2 + azb3c1 - azh1c, + a3b,cz - a3b2c1<br />

~ (a2b1 - a1b,)c, + (a1b1 - a,b,)c, + (a 1 bz - a,b,)c,<br />

~(a X b) ·c<br />

O produto a · (b X c) que aparece na Propriedade 5 é chamado produto misto de a, b<br />

e c. Note que, da Equação 9, podemos escrever o produto misto como o determinante:<br />

a1 az a3<br />

a • (b x c) ~ b, b, b1<br />

FIGURA 3<br />

b<br />

O significado geométrico do produto misto pode ser visto considerando-se o paralelepípedo<br />

determinado pelos vetores a, b e c (Figura 3). A área da base do paralelepípedo<br />

é A ~ I b X c 1- Se e é o ângulo entre a e b X c, então a altura h do paralelepípedo é<br />

h ~ I a li cos e 1- (Precisamos usar I cos e I em vez de cos e caso e> r,/2.) Portanto, o<br />

volume do paralelepípedo é<br />

V~ Ah ~ I b X c li a li cos OI ~ I a • (b X c) I<br />

Assim, provamos a fórmula seguinte.<br />

[!j] O volume do paralelepípedo detenninado pelos vetores a. b e c é o módulo<br />

do produto misto:<br />

V~ I a· (b X c) I<br />

Se usamos a fórmula (li) e descobrimos que o volume do paralelepípedo detenninado<br />

pelos vetores a, b e c é O, os três vetores precisam pertencer ao mesmo plano; isso quer<br />

dizer que eles são coplanares.<br />

EXEMPLO 5 :J Utilize o produto misto para mostrar que os vetores a ~ (I, 4, -7),<br />

b ~ (2, -1,4) e c~ (O, -9, 18) são coplanares.<br />

SOLUÇÃO Se usarmos a Equação lO para calcular o produto misto, teremos:<br />

l 4 -7<br />

a· (b x c)= 2 -! 4<br />

o -9 18<br />

-1 41 Í2 41 4<br />

Í2<br />

1<br />

~ I -9 18 - 1 O 18 I - 7 1 O<br />

~ 1(18) - 4(36) - 7( -18) =o<br />

Portanto, por ( ll) o volume do paralelepípedo determinado por a, b e c é O. Isso<br />

significa que os vetores a, b e c são coplanares.


James Stewart CAPÍTUlO 12 VETORES E fi. GEOMEíRI/l. DO ESPAÇO ':J 819<br />

A idéia de produto vetorial aparece muito freqüentemente em física. Em particular, considere<br />

uma força F agindo em um corpo rígido em um ponto fixado dado pelo vetor de<br />

posição r. (Por exemplo: se apertarmos um parafuso utilizando uma chave de boca como<br />

na Figura 4, conseguiremos o efeito de girá-lo.) O torque T (em relação à origem) é<br />

definido pelo produto vetorial dos vetores de posição e força<br />

FIGURA 4<br />

e mede a tendência de um corpo rodar em torno da origem. A direção do vetor torque<br />

indica o eixo de rotação. De acordo com o Teorema 6, o módulo do torque é<br />

onde 8 é o ângulo entre o vetor de posição e o vetor força. Observe que o único componente<br />

da força F que pode causar a rotação do objeto é o perpendicular a r, ou seja, ! F I sen B.<br />

O módulo do torque é igual à área do paralelogramo determinado por r e F.<br />

EXEMPLO 6 Um parafuso é apertado por uma chave de boca que aplica uma força de<br />

40 Nem uma chave de 0,25 m, como mostrado na Figura 5. Determine o módulo do<br />

torque em tomo do centro do parafuso.<br />

SOLUÇÃO O módulo do vetor torque é<br />

I TI ~ I r X F I ~ I r li F I sen 75° ~ (0,25)(40) sen75'<br />

~ 10 sen 75° = 9,66 N·rn ~ 9,66 J<br />

Se o parafuso tem a rosca direita, o vetor torque é<br />

FIGURA 5<br />

,-~ ITI n = 9,66n<br />

onde n é um vetor unitário com direção perpendicular à página e sentido de entrar no<br />

papel.<br />

Exercícios<br />

1-7 c Determine o produto vetorial a X b e verifique que ele é<br />

ortogonal a e b.<br />

1. a~(l,2,0), b~(0,3,1)<br />

2. a~(5,1,4), b~(-1,0,2)<br />

3. a~ 2i + j - k, b ~ j + 2k<br />

4.a~i-j+k,<br />

b~i+j+k<br />

5. a~ 3i + 2j + 4k, b ~i- 2j- 3k<br />

6. a= i+ e 1 j + e- 1 k, b = 2i + e 1 j- e- 1 k<br />

(c) a X (b X c)<br />

(e) (a · b) X (c · d)<br />

(d) (a · b) x c<br />

(f) (a X b) · (c X d)<br />

10-11 2 Calcule I li X v I e detenníne se li X v tem o sentido de<br />

entrar na página ou o contrário.<br />

lO. lul=5 [<br />

60' I vi= lO<br />

a~ (t,t',t 3 ), b~ (l,2t,3t 2 )<br />

8. Se a= i- 2k e b = j + k, determine a X b. Esboce a, h e<br />

a x b como vetores com início na origem.<br />

Diga se as afirmações a seguir fazem sentido. Se não fizerem,<br />

explique por quê. Se fizerem, diga se correspondem a um vetor<br />

ou a um escalar.<br />

(a) a · (b X c) (b) a X (b • c)<br />

11. lul=6<br />

150'<br />

lvi=S


820 LJ CÁlCUlO Editora Thomson<br />

1:- A figura mostra um vetor a pertencente ao plano .\)' e um vetor<br />

b na direção de k. Seus módulos são \a I = 3 e I b l = 2.<br />

(a) Calcule I a X b 1-<br />

(b) Utilize a regra da mão direita para decidír se os<br />

componentes de a X h são positivos, negativos ou nulos.<br />

32. P(O, l, 2), Q(2, 4, 5), R(- I, O, 1}, S(6, -I, 4)<br />

33. Utilize o produto misto para verificar se os vetores<br />

a~ 2i + 3j + k, b ~i - j e c~ 71 + 3j + 2k<br />

são coplanares.<br />

34. Use o produto misto para determinar se os pontos P(1, O, I),<br />

Q(2, 4, 6}, R(3, -I, 2) e S(6, 2, 8) pertencem ao mesmo plano.<br />

35. O pedal de uma bicicleta é empurrado por um pé com uma<br />

força de 60 N, como mostrado. A haste do pedal tem 18 em de<br />

comprimento. Determine o módulo do torque em P.<br />

13. Se a~ (1,2, 1) eb~ (0, 1,3),calculea X beb X a.<br />

14. Se a~ (3, 1, 2), b ~ (-I, I, O) e e~ (0, O, -4), mostre<br />

que a X (b x c) '1" (a X b) X c.<br />

·15. Determine dois vetores unitários que sejam ortogonais tanto a<br />

( 1, -I, l) quanto a (O, 4, 4).<br />

16. Determine dois vetores unitários que sejam ortogonais tanto a<br />

i +j + kquantoa2i + k.<br />

60<br />

36. Determine a intensidade do torque em P se for aplicada uma<br />

força de 36 lb, como mostrado.<br />

p<br />

17. Mostre que O X a =O = a X O para qualquer vetor a em V 3 •<br />

18. Mostre que (a X h) · h = O para todos os vetores a e bem V 3 .<br />

19. Prove a Propriedade 1 do Teorema 8.<br />

20. Prove a Propriedade 2 do Teorema 8.<br />

21. Prove a Propriedade 3 do Teorema 8.<br />

22. Prove a Propriedade 4 do Teorema 8.<br />

23. Detennine a área do paralelogramo com vértices em A( -2, l),<br />

B(O, 4}, C(4, 2), e D(2, -1).<br />

24. Determine a área do paralelogramo com vértices em K(l, 2, 3},<br />

L( I, 3, 6), M(3, 8, 6}, e N(3, 7, 3}.<br />

25-·23 :: (a) Ache um vetor ortogonal ao plano que passa pelos<br />

pontos P, Q c R e (b) calcule a área do triângulo PQR.<br />

P(l, O, O}, Q(O, 2, 0}, R(O, O, 3}<br />

26. P(2, l, 5}, Q(-1,3,4}, R(3, O, 6}<br />

27. P(O, -2, O), Q(4, l, -2), R(5, 3, 1}<br />

28. (2, O, -3}, Q(3, 1, 0}, R(5, 2, 2}<br />

29-30 :::::: Calcule o volume do paralelepípedo determinado pelos<br />

vetores a, b e c.<br />

29. a~ (6,3, -I), b~ (0, 1,2), c~ (4,-2,5)<br />

30. a~ i+ j- k, b ~i- j + k, c~ -i+ j + k<br />

31-32 c~, Calcule o volume do paralelepípedo com lados adjacentes<br />

PQ, PR e PS.<br />

31. (2, O, - 1), Q(4, 1, O), R(3, -I, !), S(2, -2, 2)<br />

37, Uma chave de boca com 30 em de comprimento posicionada ao<br />

longo do eixo y aperta um parafuso colocado na origem.<br />

Considere uma força aplicada no final do cabo da chave com<br />

direção dada por (O, 3, -4). Detennine o módulo da força<br />

necessária para que o torque resultante no parafuso seja de 100 J.<br />

38. Seja v = 5 j e seja u um vetor com norma 3 com início na<br />

origem e que gira no plano xy. Determine o máximo e o mínimo<br />

valor possível para u X v. Qual a direção e o sentido de<br />

u x v<br />

(a) Seja P um ponto não pertencente à reta L que passa pelos<br />

pontos Q e R. Mostre que a distância d do ponto P até a<br />

reta L é<br />

~ ~<br />

onde a ~ QR e b ~ QP.<br />

(b) Utilize a fórmula da parte (a) do exercício para determinar<br />

a distância do ponto P(l, 1, 1) à reta que passa por<br />

Q(O, 6, 8) e R( -l, 4, 7).


James Stewart<br />

CAPÍTUlO 12 VETORES E A GEOf·v1ETRIA DO ESPAÇO<br />

821<br />

40. (a) Seja P um ponto não pertencente ao plano que passa pelos<br />

pontos Q, R c S. Mostre que a distância d de P ao plano é<br />

d ~ j( a X b) · c I<br />

ja X bj<br />

~ ~ ~<br />

onde a ~ QR, b ~ QS e c ~ QP.<br />

(b) Utilize a fórmula dada na parte (a) para calcular a distância<br />

de (2, 1, 4) ao plano definido pelos pontos Q(l, O, 0),<br />

R(O. 2, O) e S(O. O. 3)<br />

41. Prove que (a - b) X (a + b) - 2(a X b).<br />

42. Prove a parte 6 do Teorema 8. ou seja,:<br />

a X (b X c) ~ (a · c)b -<br />

43. Utilize o Exercício 42 para provar que<br />

44. Prove que<br />

(a · b)c<br />

aX~Xcl+bX~X~+cX~X~~U<br />

(a X b) · (c X d) ~<br />

a·c<br />

a·d<br />

45. Suponha que a eF O.<br />

(a) Se a • h = a • c, é verdade que b = c<br />

{b) Se a x b = a X c, é verdade que b = c<br />

(c) Sea·b=a·cea X b=a X c,éverdadequcb=c<br />

46. Se v 1 , v 2 e v_, são vetores não-coplanares e se<br />

(Esses vetores aparecem no estudo de cristalografia. Vetores da<br />

fonna n1 v 1 + n 2v2 + n 3 v~h onde cada n, é um inteiro, fonnam<br />

um reticulado para o cristal. Vetores escritos de modo<br />

semelhante para k 1 , k2 e k 3 formam o reticulado recíproco.)<br />

(a) Mostre que k, é perpendicular a v 1<br />

se i ,L j.<br />

(b) Mostre que k, ·v,~ I para i~ I, 2, 3.<br />

I<br />

(c) Mostre que k, · (k, X k;) ~ ( . ) .<br />

V1 • V1 X V1<br />

A Geometria do Tetraedro<br />

Um tetraedro é um sólido com quatro vé11ices, P, Q, R e S, e quatro faces triangulares:<br />

Q<br />

/\\\<br />

L i\<br />

p<br />

~~~~~--~~\<br />

~'<br />

1. Sejam v 1 , _v 2 , v 3 e v 4 vetores de comprimentos iguais à área das faces opostas aos vértices P,<br />

Q, R e S, respectivamente, direções perpen9,iculares às respectivas faces e seÍltido apontando<br />

para fora do tetraedro.J~ .fostre que<br />

R


Editora Thomson<br />

Uma reta no plano xy é detenninada quando um ponto e uma direção (inclinação ou<br />

coeficiente angular da reta) são dados. A equação da reta pode ser então escrita utilizandose<br />

a forma ponto-inclinação.<br />

Da mesma maneira, uma reta L no espaço tridimensional é determinada quando conhecemos<br />

um ponto P 0 (.-r 0 , y 0 , zo) em L e a direção de L. Em três dimensões a direção de<br />

uma reta é descrita de forma muito conveniente por um vetor; assim, seja v um vetor paralelo<br />

a L. Seja P(x, y, z) um ponto arbitrári~m L ~ejam r 0 e r os vetores de posição de<br />

P 0 e P (ou seja, eles têm representantes OPo e OP ). Se a é o vetor com representante<br />

~<br />

P 0 P, como na Figura l, pela Regra do Triângulo para sOina de vetores temos r= r 0 +a.<br />

Mas, como a e v são vetores paralelos, existe um escalar t tal que a = tv. Assim<br />

X<br />

FIGURA<br />

r= r 0 + tv<br />

que é a equação vetorial de L. Cada valor do parâmetro t fornece um vetor de posição r<br />

de um ponto de L. Em outras palavras, à me.~ida que t varia, a reta é traçada pelo ponto do<br />

vetor r. Como a Figura 2 indica, valores positivos de t correspondem a pontos de L pertencentes<br />

a um lado em relação a P 0 , ao passo que valores negativos de t referem-se a pon~<br />

tos pertencentes ao outro lado de Po.<br />

Se o vetor v que fornece a direção da reta L é escrito sob a forma de componente<br />

v= (a, b, c), temos que tv = (ta, tb, te), Podemos também escrever r= (x, y, z) e<br />

ro = (x 0 , y 0 , zo), e assim a equação vetorial (1) se torna<br />

FIGURA 2<br />

(x,y,z) = (xo + ta,yo + tb,zo +te)<br />

Dois vetores iguais têm os correspondentes componentes iguais. Assim, temos três<br />

equações escalares:<br />

x = x 0 + at Y = Yo + bt z = zo + ct<br />

onde t E IR:. Essas equações são chamadas equações paramétricas da reta L que passa<br />

pelo ponto Po(xo, yo, zo) e é paralela ao vetor v = (a, h, c), Cada valor do parâmetro t<br />

fornece um ponto (x, y, z) em L.<br />

:-:= A Figura 3 mostra a reta L do Exemplo<br />

1 e sua relação com o ponto dado e o<br />

vetor direção.<br />

,,<br />

~roI<br />

(5, l, 3) ·,~::__,,L,~<br />

FIGURA 3<br />

~-2k<br />

y<br />

EXEMPlO 1 u<br />

(a) Determine as equações vetorial e paramétrica de uma reta que passa pelo ponto<br />

(5, 1, 3) e são paralelas ao vetor i + 4j - 2k<br />

(b) Determine outros dois pontos na reta.<br />

SOLUÇÁO<br />

(a) Aqui r 0 = (5, l, 3) =Si+ j + 3k e v= i+ 4j- 2k, de forma que a equação<br />

vetorial (l) se toma<br />

r= (5i + j + 3k) + t(i + 4j - 2k)<br />

ou r = (5 + t) i + (l + 4t) j + (3 - 2t) k<br />

As equações paramétricas são<br />

x=5+t y = l + 4t z = 3- 21


James Stewart CAPÍTULO 12 VETORES E A GEOMETRIA DO ESPAÇO U 823<br />

(b) Escolhendo o valor do parâmetro t ~ l temos x = 6, y ~ 5 e z ~ l, assim (6, 5, I J<br />

é um ponto da reta. Da mesma forma, t = -1 fornece o ponto (4, -3, 5).<br />

A equação vetorial e as equações paramétricas de uma reta não são únicas. Se trocarmos<br />

o ponto ou o parâmetro ou escolhermos um vetor paralelo diferente, a equação muda.<br />

Por exemplo, se, em vez do ponto (5, l, 3), escolhermos o ponto (6, 5, I) no Exemplo I,<br />

as equações paramétricas da reta se tomam<br />

x=6+t y ~ 5 + 4t z ~ ] - 21<br />

Ou, se mantivermos o ponto (5, 1, 3), mas escolhennos o vetor paralelo 2i + Sj - 4k.<br />

chegaremos às equações<br />

X~ 5 + 21 y = I + 8t z ~ 3 - 4t<br />

Em geral, se o vetor v= {a, b, c) é usado para descrever a direção da reta L, então os<br />

números a, b e c são as componentes do vetor diretor de L. Como qualquer vetor paralelo<br />

a v pode ser usado, quaisquer três números proporcionais a a, b e c podem ser usados<br />

como componentes do vetor diretor de L.<br />

Outra maneira de descrever uma reta L é eliminar o parâmetro t da Equação 2. Se nenhum<br />

dos números a, b e c for O, podemos resolver cada uma das equações para te igualar<br />

os resultados. obtendo<br />

L_-'_,_~_x_"_~_}_' -~-Yo_=_-_ 7 _-_c_z_o ___ _,<br />

Essas equações são chamadas equações simétricas de L. Note que os números a, b e c que<br />

aparecem no denominador da Equação 3 são as componentes do vetor diretor de L, ou seja,<br />

as componentes de um vetor paralelo a L. Mesmo que uma das componentes desse vetor<br />

seja nula, podemos eliminar o parâmetro t. Por exemplo, se a = O, podemos escrever as<br />

equações de L como<br />

- A Figura 4 mostra a reta L do Exemplo<br />

2 e o ponto P de intersecção com o<br />

piano xy.<br />

X= Xo<br />

y-yo=z-zo<br />

b c<br />

Isso indica que a reta L pertence ao plano vertical x = x 0 •<br />

.EXEMPLO 2 c:,<br />

(a) Determine as equações paramétricas e simétricas da reta que passa pelo ponto<br />

A(2, 4, -3) e B(3, -1, 1).<br />

(b) Qual a interseção dessa reta com o plano "'Y"<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Não nos foi dado~ forma explícita o vetor paralelo à reta, mas observe que o vetor<br />

v com representação AB é paralelo à reta e<br />

v= (3- 2, -!- 4, l- (-3)) ~ (!, -5,4)<br />

FIGURA 4<br />

Então as componentes do vetor diretor são a= 1, b = -5 e c= 4. Tomando o ponto<br />

(2, 4, -3) como Po,temos as equações paramétricas (2):<br />

x=2+1 y ~ 4- 51 z = -3 + 41


824 :J CÁLCULO Editora Thomson<br />

c as equações simétricas (3) são<br />

X- 2 -4 z + 3<br />

-5 4<br />

(b) A reta intercepta o plano J.y quando z = O. Tomando z = O nas equações simétricas,<br />

obtemos:<br />

x-2 v-4 3<br />

~-~--~<br />

-5 4<br />

o que fornece x = 4<br />

!!<br />

e y = 4,<br />

l<br />

portanto a reta Intercepta<br />

.<br />

o plano xy no ponto ('''o) , T, 1, .<br />

Em geral, o procedimento do Exemplo 2 mostra que as componentes do vetor diretor<br />

da reta L que passa pelos pontos Po(x 0 , y 0 , zo) e P1(x1, }'1, z1) são Xt ~ Xo, y 1 - Jo e z1 - zo<br />

e as equações simétricas de L são<br />

X - Xo Y- Yo z- zo<br />

c:::: As retas L; e L 1 do Exemplo 3 são<br />

retas reversas e estáo mostradas na<br />

Figura 5.<br />

XJ - Xo )'1 - Yo Z1 - Zo<br />

Freqüentemente, precisamos de uma descrição, não de uma reta inteira, mas de apenas<br />

um segmento de reta. Como podemos descrever o segmento de reta AB no Exemplo 2 Se<br />

fizermos 1 = O nas equações paramétrícas no Exemplo 2(a), obteremos o ponto (2, 4, - 3)<br />

e se fizermos 1 = 1, teremos (3, -1, 1). Assim, o segmento de AB é descrito pelas<br />

equações paramétricas<br />

x=2+t y = 4 - St z = -3 + 4t Ü"'t"'l<br />

ou pela equação vetorial conespondente<br />

r(t) = (2 + t, 4 - St,-3 + 4t) O::st::sl<br />

Em geral, sabemos da Equação I que a equação normal de uma reta partindo (do fim)<br />

de um vetor r 0 na direção v é r = r 0 + tv. Se a reta também passa por r 1 , então podemos<br />

fazer v = r 1 - r 0 e assim sua equação normal será<br />

r= ro + t(r 1 - r 0 ) ~ (I - t)ro + tr 1<br />

O segmento de reta de r 0 para r1 é dado pelo intervalo O ~ 1 ~ 1.<br />

FIGURA 5<br />

FIGURA 6<br />

t:XEMPtü 3 '--:<br />

O segmento de reta de r 0 para r 1 é dado pela equação normal<br />

r(t) = (I - t)ro + tr,<br />

Mostre que as retas L 1 e L 2 com as equações paramétricas dadas por<br />

x=l+t<br />

x = 2s<br />

y = -2 + 3t<br />

y=3+s<br />

z=4-t<br />

z=-3+4s<br />

são retas reversas, isto é, são retas que não se interceptam e não são paralelas (não<br />

pertencendo, portanto, a um mesmo plano).<br />

SOLUÇÃO As retas não são paralelas, pois seus vetores diretores (1, 3, -I) e (2, l, 4)<br />

não são paralelos. (Seus componentes não são proporcionais.) Se L1 e L1 tivessem um<br />

ponto em comum, existiriam valores para te s tais que<br />

1 + t ~ 2s<br />

-2 + 3t = 3 + s<br />

4- t ~ -3 + 4s<br />

Mas, se resolvermos as primeiras duas equações, obteremos t = 1 } e s = ~' que não<br />

satisfazem a terceira equação. Não existem valores para t e s que satisfaçam as três<br />

equações simultaneamente. Portanto, L1 e Lz são retas reversas, não se interceptam. :~-


James Stewart CAPÍTULO 12 VETORES E A GEOfvlETRiA DO ESE!\,ÇO ,-l 825<br />

Planos<br />

Enquanto as retas no espaço são facilmente determinadas por um ponto e um vetor diretor,<br />

um plano é um pouco mais complicado de descrever. Um único vetor paralelo ao plano<br />

desejado não é suficiente para fixar a "direção" do plano, mas um vetor que seja perpendicular<br />

a esse plano define de modo completo sua "direção". Então, um plano no espaço<br />

fica determinado se conhecermos um ponto Po(xo, yo, z 0 ) do plano e um vetor n que seja<br />

ortogonal ao plano. Esse vetor n ortogonal ao plano é chamado vetor normaL Seja<br />

P(x, y, z) um ponto qualquer do plano ___, e sejam r o e r os vetores de posição de Po e P. Então<br />

o vetor r - r 0 é representado por P 0 P (veja a Figura 6). O vetor normal n é ortogonal a<br />

todo vetor do plano. Em particular, n é ortogonal a r - ro, e assim temos<br />

n ·(r- r 0 ) ~O<br />

que pode ser reescrita como<br />

n ·r= n · ro<br />

(0, O, 3)<br />

As Equações 5 e 6 são chamadas equações nonnais do plano.<br />

Para obter a equação escalar para o plano utilizando as coordenadas cartesianas, escrevemos<br />

n ~ (a, b, c), r ~ (x, y, z) e r o ~ (xo, yo, zo). A Equação (5) se transforma em<br />

(a, b, c)· (x- Xo,y- yo, z- z0) ~O<br />

(6, 0,0)<br />

/<br />

/<br />

;_L__ (0, 4, 0)<br />

/"---·-~<br />

y<br />

ou<br />

a(x - xo) + b(y -<br />

yo) + c(z - zo) ~ O<br />

X<br />

FIGURA 7<br />

A Equação 7 é denominada equação exata do plano que passa por Po(xo, yo, zo) com<br />

vetor normal n ~ (a, b, c).<br />

EXEMPLO 4 o Determine a equação do plano que passa pelo ponto (2, 4, -1) e tem<br />

como vetor normal n = ( 2, 3, 4). Estabeleça também suas interseções com os planos<br />

coordenados e faça o esboço do plano.<br />

SOLUÇÃO Tomando a~ 2, b ~ 3, c~ 4, x 0 ~ 2, Yo = 4 e z 0 ~ -1 na Equação 7,<br />

vemos que a equação do plano é<br />

2(x - 2) + 3(y - 4) + 4(z + 1) ~ O<br />

ou 2x + 3y + 4z ~ 12<br />

Para achar a interseção com o plano x, impomos y = z = O nessa equação e obtemos<br />

x = 6. Da mesma forma, o intercepto y é 4 e o intercepto z é 3. Isso nos permite esboçar<br />

a porção do plano pertencente ao primeiro octante (veja a Figura 7).<br />

Coletando os termos na Equação 7 como fizemos no Exemplo 4, podemos reescrever a<br />

equação do plano como<br />

;~------ax---+--b-y-~-.-C-Z-T-.-d--~--0------,<br />

onde d ~ -(axo + byo + czo). A Equação 8 é chamada equação linear em x, y e z.<br />

Reciprocamente, pode ser mostrado que, se a, b e c não são todos nulos, a equação linear<br />

(8) é a equação geral que representa um plano cujo normal é o vetor (a, b, c). (Veja o<br />

Exercício 73.)


826 O CÁlCUlO Editora Thomson<br />

= A Figura 8 mostra a porção do piano<br />

do Exemplo 5 contendo o triângulo<br />

PQR.<br />

'i<br />

I<br />

~<br />

Q(3., -L 6)<br />

\ lLP(!, 3, 2)<br />

\// --<br />

X/~ ~<br />

RtS, 2, 0)<br />

FIGURA 8<br />

EXEMPLO 5 Determine a equação do plano que passa pelos pontos P(L 3, 2),<br />

Q(3, -1, 6) e R(5, 2, O).<br />

__, __,<br />

SOLUÇÃO Os vetores a e IJ correspondentes a PQ e PR são<br />

a~ (2, -4,4) b ~ (4, -!, -2)<br />

Como tanto a quanto b pertencem ao plano, seu produto vetorial a X h é qrtogonal ao<br />

plano e pode ser tomado corno o vetor normaL Assim<br />

j<br />

n ~a X b ~ 2 -4 4 ~ l2i + 20j + 14k<br />

4 -1 -2<br />

com o ponto P(l, 3, 2) e o vetor normal n, urna equação do plano é<br />

ou<br />

12(x- 1) + 20(y - 3) + 14(z - 2) ~O<br />

k<br />

6x + !Oy + 7z ~50<br />

EXEMPLO 6 - Determine o ponto onde a reta com equação paramétrica x = 2 + 3t,<br />

y ~ -41, z ~ 5 + t intercepta o plano 4x + Sy- 2z ~ 18.<br />

SOLUÇÃO Substituindo a expressão de x, y e z das equações paramétricas na equação do<br />

plano:<br />

FIGURA 9<br />

:-::-j A Figura 1 O mostra os planos do<br />

Exemplo 7 e a reta de interseção L.<br />

4(2 + 31) + 5(-41)- 2(5 + 1) ~ 18<br />

que pode ser simplificada para -I Ot ~ 20, ou seja, t ~ -2. Portanto o ponto de<br />

interseção ocorre quando o parâmetro vale t ~ -2. Ou seja, x ~ 2 + 3(-2) ~ -4,<br />

y ~ -4( -2) ~ 8, z ~ 5 - 2 ~ 3 e o ponto de interseção é ( -4, 8, 3).<br />

Dois planos são paralelos se seus vetores normais são paralelos. Por exemplo: os<br />

planos x + 2y - 3z = 4 e 2x + 4y - 6z = 3 são paralelos, pois seus vetores normais são<br />

n, ~ (I, 2, -3) e n 2 ~ (2, 4, -6) e n 2 ~ 2n,. Se dois planos não são paralelos, eles se<br />

interceptam em uma reta, e o ângulo entre os dois planos é definido como o ângulo entre<br />

os vetores normais aos planos (veja o ângulo O na Figura 9).<br />

EXEMPlO 7 :c<br />

(a) Estipule o ângulo entre os planos x + y + z = I ex - 2y + 3z ~ I.<br />

(b) Determine na forma simétrica a equação da reta interseção L desses dois planos.<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Os vetores normais a esses planos são<br />

n,~(J,l,l)<br />

Portanto, se 8 é o ângulo entre os dois planos, o Corolário 12.3.6 fornece<br />

n, • n2 1(1) + I( -2) + 1(3) 2<br />

cos 8~ ln,jln,l ~ ,/1 +I+ !)I+ 4 + 9 ,142<br />

FIGURA 10<br />

:...J Outro modo de determinar a reta<br />

interseção é resolver a equação do<br />

plano para duas variáveis em função da<br />

terceira, que será tomada como<br />

parâmetro.<br />

e= cos-'( }z) ~ 72"<br />

(b) Vamos achar primeiro um ponto em L. Por exemplo, podemos achar o ponto onde a<br />

reta intercepta o plano xy tomando z = O na equação dos dois planos. Isso nos fornece as<br />

equações x + y ~ l ex - 2y ~ 1, cuja solução é x ~ l, y ~O. Portanto o ponto (1, O, 0)<br />

pertence a L.


James Stewart CAPÍTULO 12 VETORES E A GE01v'lETRI/\ DO ESP .G.ÇO 827<br />

Observe que, como L pertence a ambos os planos, é perpendicular ao vetor normal de<br />

ambos os planos. Então, um vetor v paralelo a L é dado pelo produto vetorial<br />

j<br />

k<br />

l = Si- 2j- 3k<br />

-2 3<br />

e assim as equações paramétricas de L podem ser escritas como<br />

FIGURA 11<br />

-- A Figura 11 mostra que a reta L do<br />

Exemplo 7 pode ser vista como a<br />

interseçao dos planos derivados de<br />

suas equaçóes na forma simétrica<br />

X- l V Z<br />

--=-


828 o CÁlCULO Editora Thomson<br />

EXEMPUJ 9 :::-, Determine a distância entre os dois planos paralelos lüx + 2y - 2z = 5<br />

e5x+y-z~l.<br />

SOLUÇÃO Notemos primeiro que os dois planos são paralelos, pois seus vetores normais<br />

(I O, 2, -2) e ( 5, l, -I) são vetores paralelos. Para achar a distância D entre os planos,<br />

escolhemos um ponto qualquer em um plano e calculamos sua distância ao outro plano.<br />

Em particular, se tomarmos y = z = O na equação do primeiro plano, obteremos<br />

JOx = 5, e portanto (j, O, O) é um ponto desse plano. Pela Fórmula 9, a distância entre<br />

(j,O,O)eoplano5x + y- z- 1 ~O é<br />

D~<br />

ls(D + l(O) - l(O) - 11<br />

-./5 2 + ]2 + (-1)'<br />

Assim a distância entre os planos é -/3/6.<br />

EJt:t:MLiJ 1D - No Exemplo 3 mostramos que as retas<br />

L,: X~ 1 + t<br />

L,:<br />

x ~ 2s<br />

)' ~ -2 + 3t<br />

y=3+s<br />

são retas reversas. Determine a distância entre elas.<br />

z=4-t<br />

z ~ -3 + 4s<br />

SOLUÇÃO Como as retas L1 e Lz são reversas, elas podem ser vistas como pertencentes<br />

aos planos paralelos P1 e Pz, respectivamente. A distância entre L 1 e L 2 é igual à distância<br />

entre P1 e P2, que pode ser calculada como no Exemplo 9. O vetor normal a ambos<br />

os planos precisa ser ortogonal aos vetores v, ~ (1, 3, -I) (vetor diretor de L,) e<br />

v,~ (2, 1, 4) (vetor diretor de L 2 ). Assim, o vetor normal é dado por<br />

n~v,xv 2<br />

j<br />

k<br />

= 3 -1 13i - 6j - 5k<br />

2 4<br />

Se impusermos s ~O na equação de L 2 , obteremos o ponto (O, 3, -3) pertencente a L 2 ,<br />

e a equação de P 2 fica sendo<br />

13(x - O) - 6(y - 3) - 5(z + 3) ~ O ou 13x-6y-5z+3~0<br />

Tomando agora t ~ O na equação de L,, obtemos o ponto (I, -2, 4) em P 1 • A distância<br />

entre L, e L, é igual à distància de (I, -2, 4) até 13x -<br />

9 essa distância é<br />

D~<br />

jl3(1)- 6(-2)- 5(4) + 3j<br />

-./13 2 + ( -6) 2 + ( -5)'<br />

6y + 5z + 3 ~O. Pela Fórmula<br />

8<br />

~--=053<br />

J23õ '<br />

Exercícios<br />

1. Determine se são verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações.<br />

(a) Duas retas paralelas a uma terceira são paralelas.<br />

(b) Duas retas perpendiculares a uma terceira são paralelas.<br />

(c) Dois planos paralelos a um terceiro são paralelos.<br />

{ d) Dois planos perpendiculares a um terceiro são paralelos.<br />

(e) Duas retas paralelas a um plano são paralelas.<br />

(f) Duas retas perpendiculares a um plano são paralelas.<br />

(g) Dois planos paralelos a uma reta são paralelos.<br />

{h) Dois planos perpendiculares a uma reta são paralelos.<br />

(i) Dois planos ou se interceptam ou são paralelos.<br />

(j) Duas retas ou se interceptam ou são paralelas.<br />

(k) Um plano e uma reta ou se interceptam ou são paralelos.<br />

2-5 o Determine uma equação vetorial e equações paramétricas<br />

para a reta.<br />

2. A reta que passa pelo ponto (1, O, -3) e é paralela ao vetor<br />

2i-4j+5k<br />

3. A reta que passa pelo ponto ( -2, 4, 10) e é paralela ao vetor<br />

(3, l, -8)


James Stewart CAPÍTUlO 12 VETORES E A GEOMETRIA DO ESPAÇO n 829<br />

4. A reta que passa pela origem e é paralela à reta x = 2t,<br />

y ~ l - t, z ~ 4 + 3t<br />

A reta que passa pelo ponto (1, O, 6) e é perpendicular ao plano<br />

X+ 3y + Z = 5<br />

23-33 o Determine a equação do plano.<br />

5-12 ~~-~ Determine as equações paramétricas e na forma simétrica<br />

41. x<br />

21, L,, X ~ y - l ~ 2z; 4x - y + 3z ~ 8<br />

42. Onde a reta que passa pelos pontos (l, O, 1) e (4, -2, 2)<br />

para a reta.<br />

6. Reta que passa pela origem e pelo ponto (1, 2, 3)<br />

7, Reta que passa pelos pontos (I, 3, 2) e (-4, 3, O)<br />

8, Reta que passa pelos pontos (6, I, - 3) e (2, 4, 5)<br />

9, Reta que passa pelos pontos (o, l, 1) e (2, 1, -3)<br />

10. Reta que passa por (2, 1, O) e é perpendicular à reta i + j<br />

23. O plano que passa pelo ponto (6, 3, 2) e é perpendicular ao<br />

vetor ( -2, 1, 5)<br />

24. O plano que passa pelo ponto (4, O, -3) e cujo vetor normal é<br />

j + 2k<br />

25. O plano que passa pelo ponto (1, -1, 1) e cujo vetor normal é<br />

i+j-k<br />

ej + k<br />

26. O plano que passa pelo ponto (-2, 8, 10) e é perpendicular à<br />

reta x = 1 + t, y = 2t, z = 4 - 3t<br />

11. Reta que passa por ( 1, -1, 1) e é paralela à reta<br />

x + 2 = }-y = z- 3<br />

27. O plano que passa pela origem e é paralelo ao plano<br />

2x-y+3z~l<br />

12 Reta que é a interseção dos planos x + y + z = I e<br />

x+z=O<br />

28. O plano que passa pelo ponto (-1, 6, - 5) e é paralelo ao<br />

-~~-; A reta que passa pelos pontos (-4, -6, I) e (-2, O -3) é<br />

paralela à reta que passa pelos pontos (lO, 18, 4) e (5, 3, 14).<br />

planox+y+z+2=0<br />

29. O plano que passa pelo ponto (4, -2, 3) e é paralelo ao plano<br />

3x-7z~12<br />

14, A reta que passa pelos pontos (4, I, -I) e (2, 5, 3) é<br />

30. O plano que contém a retax = 3 + 2t,y = t, z = 8- te é<br />

perpendicular à reta que passa pelos pontos (-3, 2, O) e (5, 1, 4)<br />

paralelo ao plano 2x + 4 y + Sz = 17<br />

15. (a) Determine as equações na forma simétrica da reta que<br />

passa pelo ponto (0, 2, -l) e é paralela à reta com<br />

O plano que passa pelos pontos (O, I, 1), (1, O, 1) e (1, 1, O)<br />

32. O plano que passa pela origem e pelos pontos (2, -4, 6) e<br />

equações paramétricas x = l + 2t, y = 3t, z = 5 - 7t.<br />

(5, 1,3)<br />

(b) Determine os pontos nos quais a reta da parte (a) intercepta<br />

33. O plano que passa pelos pontos (3, -I, 2), (8, 2, 4) e<br />

os planos coordenados.<br />

(-1, -2, -3)<br />

16. (a) Determine as equações paramétricas da reta que passa pelo ponto 34. O plano que passa pelo ponto (1, 2, 3) e contém a reta x = 3t,<br />

(5, 1, O) e que é petpendicular ao plano 2x - y + z ~ I,<br />

y ~ 1 + t, z ~ 2 - t<br />

(b) Em que pontos essa reta intercepta os planos coordenados 35. O plano que passa pelo ponto (6, O, -2) e contém a reta<br />

X ~ 4 - 2t, y ~ 3 + 5t, z ~ 7 + 41<br />

17. Ache a equação normal para o segmento de reta de (2, -1, 4)<br />

a (4, 6, 1).<br />

18. Ache as equações paramétricas para o segmento de reta de<br />

(lO, 3, I) a (5, 6, -3).<br />

36. O plano que passa pelo ponto (1, -1, 1) e contém a reta com<br />

equação na forma simétrica x = 2y = 3z<br />

31. O plano que passa pelo ponto (-1, 2, 1) e contém a reta obtida<br />

pela interseção dos planos x + y - z = 2 e 2x - y + 3z = 1<br />

19-22 r::J Determine se as retas L1 e L2 são paralelas, reversas<br />

ou concorrentes. Se forem concorrentes, determine seu<br />

38. Plano que passa pela reta obtida pela interseção dos planos<br />

ponto de interseção.<br />

x - z = 1 e y + 2z = 3 e é perpendicular ao plano<br />

x+y-2z=l<br />

LI: X= -6t, y = 1 + 9t, z = -3t<br />

39-41 c Determine o ponto dado pela interseção da reta e do plano<br />

L 1 : x = 1 + 2s, )' = 4 - 3s, z = s<br />

especificados.<br />

20. LI: X= 1 + 2t, )' = 3t, z = 2 - t<br />

39, x ~ 3 - t, y ~ 2 + t, z ~ 5t; x - y + 2z ~ 9<br />

L 2 : x = ~ 1 + s, y = 4 + s, z = 1 + 3s<br />

40, X~ I + 2t, y ~ 41, z ~ 2 - 3t; X + 2y - z + I ~o<br />

intercepta o plano x + y + z = 6


830 .J CÁLCUlO Editora Thomson<br />

43. Determine as coordenadas do vetor diretor da reta obtida pela<br />

interseção dos planos x + y + z = 1 ex + z = O.<br />

44. Determine o cosseno do ângulo entre os planos<br />

x + y + z = 0 e X + 2y + 3z = L<br />

45-51} Determine se os planos são paralelos, perpendiculares ou<br />

nenhum dos dois. No caso de nenhum dos dois, calcule o ângulo<br />

entre eles.<br />

-:~~.x+4y<br />

3z=l, ~3x+6y+7z=O<br />

46. 2z ~ 4y- x, 3x- 12y + 6z ~I<br />

41.x+y+z=1, x-y+z=l<br />

48. 2x - 3y + 4z = 5, x + 6y + 4z = 3<br />

49. x = 4y ~ 2z, 8y = 1 + 2x + 4z<br />

50. x + 2y + 2z = 1, 2x- y + 2z = I<br />

~H-!i2 --: (a) Determine a equação na forma simétrica da reta de<br />

interseção dos planos e (b) determine o ângulo entre os planos.<br />

51. x + y - z = 2, 3x - 4y + 5z = 6<br />

52. x - 2y + z = l, 2x + y + z = I<br />

62. Quais das quatro retas seguintes são paralelas Existem duas<br />

coíncidentes<br />

LI: X = 1 + !, y = t. z = 2 ~ St<br />

LJ: X + 1 = y - 2 = 1 - z<br />

L3: X= 1 + t, y = 4 + t, z =I~ t<br />

L,: r~ (2, I, -3) + t(2. 2, -10)<br />

6:3-64 ___: Utilize a fómmla que aparece no Exercício 39 da Seção l2A<br />

para determinar a distância do ponto à reta dada.<br />

63. (I, 2, 3); X~ 2 +f, y ~ 2- 3t, Z ~51<br />

64. (1,0,-1); x~S-t, y~3t, z~ I +2t<br />

65-66 Determine a distância do ponto ao plano dado.<br />

65. (2, 8, 5), x - 2y - 2z = l<br />

66. (3, -2, 7), 4x- 6y + z ~ 5<br />

57-Df\ -<br />

Determine a distância entre os planos paralelos dados<br />

67. z = x + 2y + 1, 3x + 6y - 3z = 4<br />

68. 3x + 6y - 9z ~ 4, x + 2y - 3z ~ I<br />

5.3-54 ~= Determine as equações na forma paramétrica da reta<br />

obtida pela interseção dos planos.<br />

53. z = x + y, 2x - Sy - z = 1<br />

54. 2x + 5z + 3 =O, x - 3y + z + 2 =O<br />

55. Determine a equação do plano constituído de todos os pontos<br />

que são eqüidistantes dos pontos (1, 1, O) e (0, 1, 1).<br />

56. Determine a equação do plano constituído de todos os pontos<br />

que são eqüidistantes dos pontos ( -4, 2, I) e (2, -4, 3).<br />

;{@fi Determine a equação do plano x que intercepta a, o plano que<br />

intercepta b e o plano z que intercepta c.<br />

58. (a) Determine o ponto dado pela interseção das retas:<br />

r~ (1, I, O) + 1(1, -I, 2)<br />

e r~ (2,0,2) + s(-1, 1,0)<br />

(b) Determine a equação do plano que contém essas retas.<br />

59. Determine se as equações paramétricas da reta, que passam<br />

pelo ponto (0, 1, 2), são paralelas ao plano x + y + z = 2 e<br />

perpendiculares à reta x = I + t, y = 1 - t, z = 2t.<br />

60. Determine se as equações paramétricas da reta, que passam<br />

pelo ponto (O, 1, 2), são perpendiculares à reta x = l + t,<br />

y = 1 - t, z = 2t, e interceptam essa reta.<br />

61. Quais dos quatro planos seguintes são paralelos Existem<br />

dois coincidentes<br />

P,' 4x - 2y + 6z ~ 3<br />

P,: -6x + 3y - 9z ~ 5<br />

Pz: 4x - 2y - 2z ~ 6<br />

P4: z = 2x - y - 3<br />

iJ"~~g<br />

Mostre que a distância entre os planos paralelos<br />

ax + by + cz + d 1 = O e ax + by + cz + d 2 = O é<br />

D ~<br />

id,- dd<br />

..ja1 + b2 + c1<br />

70. Determine as equações dos planos que são paralelos ao plano<br />

x + 2y - 2z = l e distantes duas unidades um do outro.<br />

71. Mostre que as retas com equações simétricas x = y = z e<br />

x + l = y/2 = z/3 são reversas e determine a distância entre<br />

elas.<br />

72. Determine a distância entre as retas reversas com equações<br />

paramétricas x = 1 + t, y = l + 6t, z = 2t<br />

ex= l + 2s, y = 5 + 15s, z = ~2 + 6s<br />

73. Se a, b e c não são todos nulos, mostre que a equação<br />

ax + by + cz + d =O representa um plano e (a, b, c/ é o<br />

vetor normal ao plano.<br />

Dica: Suponha a ~ O e reescreva a equação na forma<br />

a( x + ~) + b(y - O) + c(z - O) ~ O<br />

14. Dê a interpretação geométrica de cada fanúlia de planos.<br />

(a) x + y + z ~c<br />

(b) X + _}' + CZ = 1<br />

(c) ycosO+zsenO= 1


James Stewart CAPÍTULO 12 VETORES E A GEOMETRiA DO ESPP..ÇO 831<br />

Pondo 3D em Perspectiva<br />

Os programadores de computação gráfica encaram o mesmo desafio que os grandes pintores do<br />

passado: Como representar uma cena tridimensional como uma imagem plana em um plano (um<br />

monitor ou uma tela). Para criar a ilusão de perspectiva, na qual os objetos próximos parecem<br />

maiores que aqueles mais distantes, os objetos tridimensionais na memória do computador são<br />

projetados em uma tela retangular a partir do ponto de visão onde o olho ~ a câmera ~ está<br />

localizado. O volume de visão~ a porção do espaço que estará visível -é a região contida nos<br />

quatro planos que passam através do ponto de visão e uma aresta da tela retangular. Se os objetos<br />

na cena se estendem além dos quatro planos, eles são truncados antes que os dados sejam<br />

enviados para a tela. Esses planos são, portanto, chamados planos cortantes.<br />

1. Suponha que a tela seja representada por um retângulo no plano yz com vértices<br />

(0, :'::400, O) e (O, :'::400, 600), e a câmera esteja localizada em (1000, O, O). Uma reta L na<br />

cena passa através dos pontos (230, -285, 102) e (860, 105, 264). Em quais pontos L será<br />

contada pelos planos cortantes<br />

2. Se o segmento de reta cortado é projetado na tela, identifique o segmento de reta resultante.<br />

3. Use equações paramétricas para plotar as arestas da tela, o segm.ento de reta cortado e sua<br />

projeção na tela. Logo após, adicione retas que conectem o ponto :de visãÓ a cada término<br />

dos segmentos cortados para verificar que a projeção está correta._<br />

4, Umretângulo com vértices(621Ji-1:1, ~Ç6), (563, 31, 242), (657, -lll, 86), e<br />

-::-- ,~, , ~599


832 O CÁlCUlO Editora Thomson<br />

parábohco, feito de um número infinito de cópias deslocadas da mesma parábola. Aqui<br />

as geratrizes da superfície cilíndrica são paralelas ao eixo y.<br />

Notemos que a variável y não aparece na equação da superfície cilíndrica do Exemplo<br />

1. Esse fato é comum às superfícies cilíndricas cujas geratrizes são paralelas a um dos<br />

eixos coordenados. Se uma das variáveis x, y ou z está faltando na equação da superfície.<br />

a superfície obtida é cilíndrica.<br />

EXEMPLO 2 '' Identifique e esboce as superfícies.<br />

(a) x 2 + y 2 = 1 (b) y 2 + z 2 = 1<br />

1, z = k, representam urna circunfe­<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Como z não aparece e as equações x~ + y 2 =<br />

rência de :mio 1 no plano z = k, a superfície x 2 + y 2 = 1 é um cilindro circular cujo<br />

eixo de rotação é o eixo z (veja a Figura 2). Aqui as geratrizes da superfície cilíndrica<br />

são retas verticais.<br />

(b) Nesse caso a variável x é que está faltando, e a superfície é um cilindro circular cujo<br />

eixo de rotação é o eixo x (veja a Figura 3). Ela é obtida tomando-se a circunferência<br />

y 2 + z 2 = 1, x =O, no plano yz e deslocando-a paralelamente ao eixo x.<br />

X<br />

y<br />

FIGURA 2 x' + y' = 1 FIGURA 3 y 2 + z 2 = 1<br />

~ NOTA o Quando estamos tratando de superfícies, é importante reconhecer que uma<br />

equação como x 2 + y 2 = 1 representa uma superfície cilíndrica e não uma circunferência.<br />

O traço dessa superfície cilíndrica x 2 + y 2 = 1 no plano ..\)1 é a circunferência de equação<br />

x 2 + y 2 = 1, z = O.<br />

Quádricas<br />

Uma superfície quádrica é o gráfico de uma equação de segundo grau nas três variáveis<br />

x, y e z. A forma mais geral dessa equação é dada por<br />

Ax 2 + By 2 + Cz 2 + Dxy + Eyz + Fxz + Gx + Hy + Iz + J = O<br />

onde A, B, C, ... , J são constantes. Por rotação e translação essa equação pode ser posta<br />

na forma padrão<br />

Ax 2 + By 2 + Cz 2 + J = O ou Ax 2 + By 2 + Iz ~ O<br />

As superfícies quádricas são as correspondentes tridimensionais das cônicas no plano.<br />

(Veja a Seção 10.5 para uma revisão das cônicas.)


James Stewart CAPÍTULO 12 VETORES E A GEOMETRiA DO ESPAÇO U 833<br />

3, 0)<br />

EXEMPlO 3<br />

Utilize traços para fazer o esboço da quádrica com equação<br />

r '<br />

+-~<br />

4<br />

SOLUÇÃO Substituindo z ~O, determinamos que o traço no plano xy é x 2 + y 2 /9 ~ I,<br />

que reconhecemos ser a equação de uma elipse. Em geral, o traço horizontal no plano<br />

z ~ ké<br />

z~k<br />

FIGURA 4<br />

Elipsóide x 2 + ~'!:__ + f = 1<br />

que é uma elipse, desde que k 2 < 4, ou seja, -2 < k < 2.<br />

Da mesma forma, os traços verticais também são elipses:<br />

x~k (if -I < k < 1)<br />

k'<br />

9<br />

y~k (if-3 < k< 3)<br />

A Figura 4 mostra como representar no esboço alguns traços para indicar a forma da<br />

superfície. Essa superfície é chamada elipsóide, visto que todos os seus traços são<br />

elipses. Note a simetria em relação a cada plano coordenado; isto é reflexo do fato de só<br />

aparecerem potências positivas de x, y e z.<br />

FIGURA 5<br />

A superfície z = 4x' + f é um<br />

parabolóide elíptico. Os traços<br />

horizontais são elipses e os traços<br />

verticais são parábolas.<br />

y<br />

EXEMPlO 4 n Utilize os traços para esboçar a superfície z = 4x 1 + y 2 •<br />

SOLUÇÃO Impondo x ~ O, obtemos z ~ y 2 , de forma que no plano yz a interseção da<br />

superfície é uma parábola. Se tomarmos x = k (uma constante), obteremos z = y 2 + 4k 2 •<br />

Isso significa que se deslocarmos o gráfico para um plano paralelo ao plano yz<br />

obteremos uma nova parábola com concavidade para cima. Da mesma forma, tomando<br />

y = k, o traço é z = 4x 2 + k 2 , que corresponde novamente a uma parábo]a com<br />

concavidade para cima. Impondo z = k, obteremos os traços horizontais 4x 2 + y 2 = k,<br />

que reconhecemos como uma fanulia de elipses. Sabendo a forma dos traços, podemos<br />

esboçar o gráfico da Figura 5. Pelo fato de os traços serem parábolas e elipses, a<br />

quádrica z ~ 4x 2 + y 2 é denonúnada parabolóide elíptico.<br />

Eli:EI\I!PlO 5 cc Esboce a superfície z ~ y 2 - x 2<br />

SOLUÇÃO Os traços nos planos verticais x ~ k são parábolas z ~ y 2 - k 2 ,<br />

com concavidade para cima. Os traços em y = k são parábolas z = -x 2 + k 2 , com<br />

concavidade para baixo. Os traços horizontais são y 2 - x 2 = k, uma família de<br />

hipérboles. Na Figura 6 desenhamos esses traços e mostramos como eles aparecem<br />

quando colocados nos planos corretos na Figura 7.<br />

FIGURA 6<br />

Traços verticais são parábolas;<br />

traços horizontais são<br />

hipérboles. Todos os traços<br />

são identificados com o valor<br />

de k.<br />

)'<br />

Traçosemx = ksãoz = y"- k" Traços emx = k são z = -x 2 + k!- Traços emz = ksãoy 2 - x" = k<br />

X


834 !J CÁlCUlO Editora Thomson<br />

FIGURA 7<br />

Traços movidos para suas<br />

posições nos planos corretos<br />

\'i<br />

\_I<br />

I<br />

I<br />

o<br />

~!<br />

~!<br />

'i<br />

í\ I<br />

I,~<br />

I//\<br />

IX<br />

! f<br />

o<br />

I<br />

Traços em x = k Traços em y = k Traços em z = k<br />

y<br />

z<br />

~l<br />

Na Figura 8 colocamos juntos os traços da Figura 7 para formar a superfície<br />

z = y 2 - x 2 , um parabolóide hiperbólico. Observe que o formato da superfície perto da<br />

origem se assemelha a uma sela. Essa superfície será alvo de estudos futuros na Seção<br />

14.7. quando discutirmos os pontos de sela.<br />

FIGURA 8<br />

A supctfície z = y 2 - x 2 é um<br />

parabolóide hiperbólico.<br />

x2<br />

EXEMPlO 6 -c Desenhe a superfície 4 + y 2 -<br />

z2<br />

4 ~ L<br />

SOLUÇÃO O traço em qualquer plano horizontal z ~ k é a elipse<br />

x'<br />

k'<br />

- + y' ~ 1 +-<br />

4<br />

4<br />

z=k<br />

mas os traços nos planos xz e yz são as hipérboles<br />

e<br />

z'<br />

y2--~l<br />

4<br />

x~o<br />

Essa superfície é chamada hiperbolóide de uma folha e está esboçada na Figura 9.<br />

FIGURA 9<br />

A idéia de usar os traços para desenhar a superfície é empregada em programas de computadores<br />

que fazem gráficos tridimensionais. Na maioria desses programas os traços nos<br />

planos verticais x = k e y = k são apresentados para valores de k igualmente espaçados,<br />

e partes do gráfico são eliminadas utilizando-se a técnica de remover linhas escondidas. A<br />

Tabela 1 mostra gráficos de computador de seis quádricas básicas na forma padrão. Todas<br />

as superfícies são simétricas em relação ao eixo z. Se uma quádrica é simétrica em relação<br />

a um eixo diferente, sua equação se modifica de modo apropriado.


James Stewart<br />

CAPÍTULO 12 VETORES E,_,.,_ GEOMETRIA DO ESPAÇO C 835<br />

TABELA<br />

Gráfico de Quádricas<br />

Superlk<br />

EquaçJ:o<br />

x- v- z-<br />

~_.._.::.........__.._ __<br />

a 2 ' h" ' c 2 -<br />

Todos os traços são elipses.<br />

Se a = b = c. o elipsóide é<br />

uma esfera.<br />

Equação<br />

Traços horizomaís são elipses.<br />

Traços verticais nos planos<br />

x = k e y = k são hipérboles<br />

se k =I= O, mas são um par de<br />

retas quando k = O.<br />

-;;arabo:óide E!iptic:o<br />

z<br />

c<br />

X<br />

V'<br />

+~<br />

b'<br />

Traços horizontais são elipses.<br />

Traços verticais são parábolas.<br />

A variável elevada à ptimeira<br />

potência indica o eixo do<br />

parabolóide.<br />

x 2<br />

v<br />

a2 + bc-<br />

~ 1<br />

Traços horizontais são elipses.<br />

Traças verticais são hipérboles.<br />

O eixo de simetria<br />

corresponde à variável cujo<br />

coeficiente é negativo.<br />

v<br />

Parabolóide Hiperbólico<br />

c<br />

Traços horizontais são<br />

hipérboles.<br />

Traços verticais são parábolas.<br />

O caso aqui ilustrado<br />

corresponde a c < O<br />

Hiperbolóide de Duas Folhas<br />

x2 y2 2<br />

----+ 2<br />

~ 1<br />

a2 b2<br />

Traços horizontais em z = k<br />

são elipses se k > c ou se<br />

k


836 O CÂI..CUI..O Editora Thnmson<br />

A superfície não tem traço no plano xz, mas os traços nos planos verticais y = k para<br />

i k I > 2 são as elipses<br />

que podem ser escritas como<br />

y=k<br />

y=k<br />

FIGURA 10<br />

4x 2 - y 2 + 2z' + 4 =O<br />

Esses traços são usados para fazer o esboço na Figura lO.<br />

EXEMPLO 8 c: Classifique a quádrica x' + 2z 2 - 6x - y + lO = O.<br />

SOLUÇÃO Completando os quadrados, reescrevemos a equação como<br />

y - I = (x - 3) 2 + 2z 2<br />

y<br />

Comparando essa equação com a Tabela l, vemos que se trata de um parabolóide elíptico.<br />

Aqui, entretanto, o eixo de rotação do parabolóide é paralelo ao eixo y, e foi<br />

transladado de forma que o vértice é o ponto (3, I, O). Os traços nos planos<br />

y = k (k > I) são elipses<br />

X<br />

FIGURA 11<br />

x'+2z"-6x-y+l0=0<br />

(x - 3) 2 + 2z 1 = k - l y = k<br />

O traço no plano xy é uma parábola com equação y = I + (x -<br />

do parabolóide está esboçado na Figura li.<br />

3) 2 , z = O. O desenho<br />

Exercícios<br />

1. (a) O que a equação y = x 2 representa como uma curva em !R 2 <br />

(b) O que ela representa como uma superfície em IR 3 <br />

(c) O que a equação z = y 2 representa<br />

2. (a) Esboce o gráfico de y = e" como uma curva em ~ 2 .<br />

(b) Esboce o gráfico de y =e" como uma superfície em !R 3 •<br />

(c) Descreva e esboce a superfície z = é'.<br />

3-8 CJ Descreva e esboce o gráfico da superfície.<br />

3.<br />

2<br />

+ 4z 1 = 4 4. z=4 - xl<br />

Y"<br />

5. X- y 2 = Ü 6. yz = 4<br />

2<br />

7. z = cosx 8. X" - )'2 = I<br />

9. (a) Ache e identifique os traços da superfície quádrica<br />

x 2 + y 2 - z 2 = 1 e explique por que o gráfico parece com o<br />

gráfico do hiperbolóide de uma folha da Tabela I.<br />

(b) Se trocarmos a equação em (a) para x 2 - y 2 + z 2 = 1,<br />

como isso afeta o gráfico<br />

(c) E se trocarmos a equação em (a) para<br />

x2 + Y2 + 2y - z2 = O<br />

10. (a) Ache e identifique os traços da superfície quádrica<br />

- x 2 - l + z" = l e explique por que o gráfico parece com o<br />

gráfico do hiperbolóide de duas folhas da Tabela 1.<br />

(b) Se a equação na parte (a) for trocada para x 2 -i - z 2 = 1<br />

, o que acontece com o gráfico Esboce o novo gráfico.<br />

11-20 o Determine o traço da superfície dada nos planos x = k, y = k,<br />

z = k. Identifique a superfície e faça um esboço dela.<br />

11. 4x 2 + 9y 2 + 36z 2 = 36 12. 4y = x 2 + z 2<br />

13. y2 = x2 + 2 2 14. z = x-' - )'2<br />

15. -x 2 + 4y 2 - z 2 = 4 16. 25y 2 + z 2 = !00 + 4x 2<br />

17. x 2 + 4z 2 - y =O 18. x 1 + 4y 2 + z' = 4<br />

y = z2- x2 20. 16x 2 = y 2 + 4z 2


James Stewart CAPÍTULO 12 VETORES E A GEOMETRIA DO ESPAÇO 837<br />

2:1-23 -- Case a equação com seu gráfico (identificado por I~ VIII).<br />

Dê razões para sua escolha.<br />

21. x 2 + 4y 2 + 9z 2 =<br />

23. x 2 - y 2 + z 2 =<br />

25. y = 2x 2 + z 2<br />

27. x 2 + 2z 2 = 1<br />

24. -x 2 + y 2 - z 2 =<br />

26. y" =x 2 + 2z 2<br />

28. y = x 2 - z 2<br />

li<br />

34. 4y 2 + z 2 - x- l6y- 4z + 20 ~O<br />

35. x 2 - y 2 + z 2 - 4x - 2y - 2z + 4 = O<br />

36. x 2 - i + z 2 - 2x + 2y + 4z + 2 = O<br />

37-40 Use o computador com um programa que trace superfícies<br />

tridimensionais. Experimente diversos pontos de vista e diversos<br />

tamanhos de janela de inspeção até conseguir uma boa visão da<br />

superfície.<br />

~<br />

37. z 3x 2 - ~<br />

Sy' 38. 8x" + !Sy' + Sz' !00<br />

39.<br />

~· =xz + 4y' 40. z ~ y' + xy<br />

lli<br />

IV<br />

41. Desenhe a região delimitada pela superfície z =<br />

x 2 + y 2 = 1 para I ~ z ~ 2.<br />

c<br />

v<br />

VI<br />

42. Desenhe a região delimitada pelos parabolóides z = x 2 + y 2 c<br />

z = 2- x 2 - y 2 •<br />

43. Determine a equação da superfície obtida pela rotação da<br />

parábola y = x 2 em tomo do eixo y.<br />

44. Determine a equação da superfície obtida pela rotação da reta<br />

x = 3y em tomo do eixo x.<br />

VII<br />

X<br />

X<br />

VIU<br />

29-36 o Coloque a equação na forma padrão, classifique a superfície<br />

e faça o esboço.<br />

29. z 2 = 4x 2 + 9/ + 36<br />

31. x = 2y 2 + 3z 2<br />

33. 4x' + y' + 4z 2 - 4y - 24z + 36 ~O<br />

X<br />

45. Determine a equação da superfície constituída de todos os<br />

pontos que são eqüidistantes do ponto (-L O, O) e do plano<br />

x = 1. Identifique essa superfície.<br />

46. Determine a equação da superfície constituída de todos os<br />

pontos P para os quais a distância de P ao eixo x é o dobro da<br />

distância de P ao plano yz. Identifique a supetfície.<br />

47. Mostre que, se o ponto (a, b, c) pertence ao parabolóide<br />

hiperbólico z = y 1 - x 1 , então as retas com equação<br />

paramétrica x =a + t, y = b + t, z =c + 2(b - a)t e<br />

x = a + t, y = b - t, z = c - 2(b + a)t estão contidas<br />

inteira,mente no parabolóide. (Isso mostra que o parabolóide<br />

hiperbólico é o que é chamado superfície regrada; ele pode<br />

ser gerado pelo movimento de uma reta. De fato, esse<br />

exercício mostra que passando emr cada ponto do<br />

parabolóide hiperbólico existem duas retas geradoras.<br />

As únicas outras quádricas que têm superfície regrada são<br />

cilíndros, cones e hiperbolóides de uma folha.)<br />

48. Mostre que a curva obtida pela interseção das superfícies<br />

x 1 + 2y 2 - z 1 + 3x = 1 e 2x 2 + 4y 2 - 2z 2 - 5y =O<br />

pertence a um plano.<br />

U 49. Desenhe as superfícies z = x 2 + y 2 e z = 1 - y 2 em uma<br />

mesma tela usando uma janela de tamanho I x I .s:: 1.2,<br />

j y I ~ 1.2, e observe a curva da interseção. Mostre que a<br />

projeção dessa curva no plano xy é uma elipse.


838 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

''Jfl~'l<br />

Coordenadas Cilíndricas e Esféricas<br />

Lembre-se de que em geometria plana introduzimos o sistema de coordenadas polares para<br />

dar uma descrição conveniente de certas curvas e regiões (ver a Seção 10.3). Em três<br />

dimensões existem dois sistemas de coordenadas semelhantes às coordenadas polares que<br />

fornecem uma descrição conveniente de algumas superfícies e sólidos que aparecem geralmente.<br />

Esses sistemas serão especialmente úteis no Capítulo 15, quando calcularemos vo~<br />

lumes e integrais triplas.<br />

Quádricas<br />

No sistema de coordenadas cilíndricas, um ponto P no espaço tridimensional é representado<br />

pela tripla ordenada (r, 8, z), onde r e 8 são as coordenadas polares da projeção<br />

de P sobre o plano .\)1 e z é a distância direta do plano Ã)l ao ponto P (veja a Figura 1).<br />

FIGURA<br />

Coordenadas cílíndricas de um ponto<br />

Para converter de coordenadas cilíndricas para coordenada


James Stewart CAPÍTUlO 12 VETORES E A GEOMETRiA DO ESPAÇO 839<br />

Coordenadas cilíndricas são úteis em problemas que envolvem simetria em tomo de um<br />

eixo, e o eixo z é escolhido para coincidir com o eixo de simetria. Por exemplo, o eixo do<br />

cilindro circular com equação em coordenadas cartesianas x 2 + y 2 = c 2 é o eixo z. Em coordenadas<br />

cilíndricas ele tem uma equação muito simples dada por r= c. (Veja a Figura 3.)<br />

Esta é a razão para o nome coordenadas "dlíndricas".<br />

Descreva a superfície cuja equação em coordenadas cilíndricas é z = r.<br />

FIGURA 3<br />

r =<br />

c, um cilindro<br />

SOLUÇÃO A equação diz que o valor z, ou superior, de cada ponto na superfície é igual a<br />

r, a distância do ponto ao eixo z. Como O não aparece, ele pode variar. Então qualquer<br />

traço horizontal no plano z = k (k > O) é um círculo de raio k, Esses traços sugerem que<br />

a supe1fície é um cone. Isso pode ser confirmado convertendo-se a equação em<br />

coordenadas retangulares. Da primeira equação em (2). temos<br />

Reconhecemos a equação z 2 ~ x 2 + y 2 (comparando com a Tabela I da Seção 12.6)<br />

como um cone cujo eixo é o z (veja a Figura 4).<br />

X<br />

FIGURA 4<br />

z=r,umcone<br />

X<br />

'I<br />

o<br />

8<br />

I<br />

I IA<br />

lY<br />

f"'<br />

P/<br />

FIGURA 5<br />

Coordenadas esféricas de um ponto<br />

z<br />

y<br />

EXtfvlPUJ 3 - Determine a equação em coordenadas cilíndricas para o elipsóide<br />

4x 2 + 4y 2 + z 2 = 1.<br />

SOLUÇÃO Como r 2 = x 2 + y 2 , da Equação 2, temos<br />

z 2 ~ 1 - 4(x 2 + y 2 ) = 1 - 4r 2<br />

Assim, uma equação do elipsóide em coordenadas cilíndricas é z 2 = 1 - 4r 2 .<br />

Coordenadas Esféricas<br />

As coordenadas esféricas (p, e, ) de um ponto P no espaço são indicadas na Figura 5,<br />

onde p = I OP I é a distância da origem a P, e é o mesmo ângulo que em coordenadas<br />

cilíndricas, e


840 o CÁlCUlO<br />

Editora Thomson<br />

(veja a Figura 7), e a equação cjJ = c representa um semicone com eixo z como seu<br />

eixo (veja a Figura 8).<br />

A relação entre as coordenadas retangulares e as coordenadas esféricas pode ser vista<br />

da Figura 9. Dos triângulos OPQ e OPP', temos<br />

z = pcos <br />

r= psen<br />

Mas x = r cos e e y = r sen 8; assim, para converter de coordenadas esféricas para retangulares<br />

utilizamos as equações<br />

x=psencose y = psen sen e z = pcos <br />

FIGURA 9<br />

Também, a fórmula da distância mostra que<br />

Usamos essas equações para converter de coordenadas retangulares para esféricas.<br />

UEMPlO 4 ,~ O ponto (2, Tr/4, Tr/3) é dado em coordenadas esféricas. Plote o ponto e<br />

detennine suas coordenadas retangulares.<br />

SOLUÇÃO Plotamos o ponto na Figura 10. Das Equações 3, temos<br />

(2, rr/4, rr/3)<br />

x = p sen cos e= 2 sen ; cos ; = 2( '7)()z) = ~<br />

X<br />

E_<br />

4<br />

FIGURA 10<br />

2<br />

y<br />

y=psensene=2sen;sen; =2('7)(Jz)= ~<br />

z=pcos=2cos; =2(l)= I<br />

Assim, o ponto (2, Tr/4, Tr/3) tem coordenadas retangulares dadas por ()3fi, )3fi, I).<br />

EXEMPLO 5 u O ponto (0, 2.,J3, -2) é dado em coordenadas retangulares. Determine as<br />

coordenadas esféricas desse ponto.<br />

SOLUÇÃO Da Equação 4, temos<br />

p= = .JO + 12 + 4 = 4<br />

e as Equações 3 fornecem<br />

z -2 l<br />

cos=-=-= --<br />

P 4 2<br />

2'1T<br />

=-<br />

3<br />

X<br />

cose= =O<br />

psen<br />

(Note que O 'i' 3Tr/2 porque y = 2.j3 > 0.) Assim, as coordenadas esféricas do ponto<br />

dado são (4, Tr/2, 271'/3).


James Stewart CAPÍTULO 12 VETORES E A GEOMETRiA DO ESPAÇO 841<br />

EXEMPlO 6 Determine uma equação em coordenadas esféricas para o hiperbolóide de<br />

duas folhas com equação x 2 - y 2 - z 2 = 1.<br />

SOLUÇÃO<br />

Substituindo as expressões da Equação 3 na equação dada, temos<br />

p 2 [sen 2 4> (cos 2 8- sen 2 11) -<br />

cos 2 ] = l<br />

ou p 2 (sen'-<br />

SOLUÇÃO Das Equações 4 e 3, temos<br />

ou<br />

x 2 + y 2 + z 2 = p 2 = p sen 11 sen 4> = y<br />

que é a equação de uma esfera com centro (O, i, O) e raio J.<br />

txEMPUl 8 c: Utilize o computador para desenhar um retrato do sólido que permanece<br />

quando um buraco de raio 3 é retirado do centro de uma esfera de raio 4.<br />

A maioria dos programas para gerar<br />

gráficos tridimensionais pode desenhar<br />

superfícies que são dadas em<br />

coordenadas cilíndricas ou esféricas.<br />

Como o Exemplo 8 demonstra, isso é<br />

um modo muito conveniente para<br />

desenhar sólidos.<br />

SOLUÇÃO Para deixar as equações simples, vamos escolher o sistema de coordenadas de<br />

forma que o centro da esfera esteja na origem e o eixo do cilindro formado pelo furo seja<br />

o eixo z_. Podemos usar tanto as coordenadas cilíndricas quanto as esféricas para<br />

descrever o sólido, mas a descrição fica muito mais simples se usarmos as coordenadas<br />

cilindricas. Assim a equação do cilindro é r = 3 e a equação da esfera é<br />

x 2 + y 2 + z 2 = 16, ou r 2 + z 2 = 16. Os pontos do sólido são os que estão fora do furo<br />

e dentro da esfera, e portanto satisfazem as inequações<br />

3 ,:; r,:; )16 - z 2<br />

Para garantir que o computador desenhe somente as partes apropriadas dessa superfície,<br />

detenninamos sua interseção resolvendo as equações r= 3 e r= .J16 - z 2 :<br />

)16 - z 2 = 3 :: 16 - z 2 = 9 :: z 2 = 7 :: z = :!:.,fi<br />

O sólido está entre z = --/7 e z = J7, e então pedimos ao computador o gráfico da<br />

superfície com as seguintes equações e janela de inspeção:<br />

r=3<br />

r= )16 z 2<br />

FIGURA 11<br />

O retrato resultante, mostrado na Figura 11, é exatamente o que queríamos.


842 li CÁLCULO Editora Thomson<br />

.,<br />

I<br />

-===-~~-<br />

Exercícios<br />

1. O que são as coordenadas cilíndrica;;; Para que tipo de<br />

superfícies elas fornecem uma descrição conveniente<br />

2. O que são as coordenadas esféricas Para que tipo de<br />

superfícies elas fornecem uma descrição conveniente<br />

:3--B Plote o ponto cujas coordenadas cilíndlicas são dadas.<br />

Depois, determine as coordenadas retangulares do ponto.<br />

3. (2. 1T/4. l) 4. (I, 37r/2, 2)<br />

5. (3, O, -6) 6. (I,"· e)<br />

7. (4, -1T/3, 5) 8. (5, 1T/6, 6)<br />

~--12 Converta de coordenadas retangulares para coordenadas<br />

cilíndricas.<br />

9. (I,-!, 4)<br />

11. ( -!, -../3. 2)<br />

10. (3, 3, - 2)<br />

12. (3, 4, 5)<br />

13-Hi Plote o ponto cujas coordenadas esféricas são dadas.<br />

Depois, determine as coordenadas retangulares do ponto.<br />

13; (I, O, O) 14. (3, O, 1r)<br />

15. (I. 71"/6, 71"/6) 16. (5, 71", 71"/2)<br />

17. (2, 1T/3, 71"/4) 18. (2, 1T/4, 1T/3)<br />

19-22 Converta de .coordenadas retangulares para coordenadas<br />

esféricas.<br />

19. (!, ../3, 2../3)<br />

21. (O, -1, -I)<br />

20. (o,../3, 1)<br />

22. (-I.l.Jii)<br />

23-26 ':":' Converta de coordenadas cilíndricas para coordenadas<br />

esféricas.<br />

23. (I. 1T/6, ../3)<br />

25. (../3,1T/2, -1)<br />

24. (.;6. 71"/4, v'2)<br />

26. (4, 71"/8, 3)<br />

2:7-3fi :::~ Converta de coordenadas esféricas para coordenadas<br />

cilíndricas.<br />

27. (2, O, O)<br />

29. (8, 1T/6, 1T/2)<br />

28. (2.,/2, 31T/2, 1T/2)<br />

30. (4, 1T/4. 1T/3)<br />

31-36 c-: Descreva em palavras a superfície cuja equação é dada a<br />

seguir.<br />

31. r= 3 32. p~3<br />

33. ~O 34. "'~ 1T/2<br />

"'~ 71"/3<br />

36. 8 ~ "JI"/3<br />

37-48 ;::::; Identifique a superfície cuja equação é dada.<br />

37. z=r 1 38. r=4sene<br />

39. pcos= 2<br />

r=2cose<br />

40.<br />

42.<br />

psen~2<br />

p~2cos<br />

43. r 2 + z 2 = 25<br />

44. r 2 - 2z 2 = 4<br />

45. p 2 (sen' cos'8 + cos 2 ) ~ 4 46. p 2 (sen':55. x 2 + y" = 2y<br />

50. x 2 + y 2 + z 2 = 2<br />

52. x" + y 2 + z 2 + 2z =O<br />

54. y~ + z" = l<br />

56. z = x"- y~<br />

57--32 '- Esboce o desenho do sólido descrito pelas desigualdades.<br />

57. r 2 ~ z ~ 2 - r 2<br />

58. O ~ 8-:::;:;: r./2. r-:::;:;: z ~ 2<br />

59. p >'S 2. o >'S 'S r./2, o ~o ~ Tr/2<br />

60. 2 ~ p ~ 3, 71/2 ~ ~ 7r<br />

61. -n/2-:::;:;: O~ n/2, O-:::;:;: çf; ~ n/6. O ~p .s; secrjJ<br />

62. o oS "' oS 71"/3, p oS 2<br />

63. Uma concha cilíndrica tem 20 em de comprimento, com raio<br />

interno de 6 em, e raio externo de 7 em. Escreva as ínequações<br />

que descrevem a concha em um sistema de coordenadas<br />

apropriado. Explique como você posicionou o sistema de<br />

coordenadas com respeito à concha.<br />

64. (a) Ache as inequações que descrevem uma bola oca com<br />

diâmetro de 30 em e espessura de 0,5 em. Explique como você<br />

posicionou o sistema de coordenadas que escolheu.<br />

(b) Suponha que a bola seja cortada pela metade. Escreva as<br />

inequações que descrevem uma das metades.<br />

Um sólido é constituído do conjunto de pontos que está acima<br />

do cone z = e abaixo da esfera x 1 + y 2 + z 2 = z.<br />

Descreva o sólido utilizando inequações envolvendo<br />

coordenadas esféricas.<br />

66. Utilize um dispositivo gráfico para desenhar o sólido envolvido<br />

pelos parabolóides z = x 2 + y 2 e z = 5 - x 2 - y 2 .<br />

=~67. Utilize um dispositivo gráfico para desenhar um silo<br />

constituído de um cilindro com raio 3 e altura 10 sobreposto<br />

por um hemisfério.<br />

68. A latitude e a longitude de um ponto P no hemisfério norte estão<br />

relacionadas às coordenadas esféricas p, 8, 4> como se segue.<br />

Tomamos a origem como o centro da Terra e a orientação<br />

positiva do eixo z passa pelo pólo norte. A orientação positiva do<br />

eixo x passa pelo ponto onde o primeiro meridiano (o meridiano<br />

de Greenwich, na Inglaterra) intercepta o equador. Assim a<br />

latitude de Pé a = 90° - r:Po e a longitude é f3 = 360° - 8°.<br />

Detennine a distância no grande círculo entre Los Angeles (lat.<br />

34.06° N, long. 1!8.25° W) e Montreal (lat. 45·50° N, long.<br />

73·60° W). Tome o raio da Terra como sendo 3.960 mi. (Um<br />

grande círculo é a circunferência obtida pela interseção da esfera<br />

que representa o globo terrestre com um plano que passa pelo<br />

centro da Terra.)


James Stewart CAPÍTULO 12 VETORES E _A GOMETRIA DO ESPAÇO lJ 843<br />

Famílias de Superfícies<br />

Neste projeto descobriremos as formas que membros de famílias de superfícies podem tomar.<br />

Veremos o que acontece com as formas quando modificamos gradativamente algumas constantes.<br />

1. Utilize um computador para analisar a família de superfícies<br />

z = (ax 2 + by 2 )e~-;_"--" 1<br />

Como se altera a forma do gráfico variando os valores das constantes a e b<br />

2. Use um computador para analisar a famllia de superfícies z = x 2 + y 2 + cxy. Determine para<br />

que valor da constante c a superlície se modifica de um tipo de quádrica para outro.<br />

3. Membros da família de superfícies dadas em coordenadas esféricas pela equação<br />

p = 1 + 0,2 sen me sen ncf;<br />

foram sugeridos como modelo para tumores e sã~:;c~h:a~m~a;d:o~:';.~~g::!~J:~~~~~~~~,~~<br />

esferas enrugadas. Utilize um computado! para<br />

e n como inteiros positivos. Qtial o papel dos -yalores _


844 fJ CÁlCUlO Editora Thomson<br />

TESTES FALSO~VERDADEIRO<br />

Determine se as afirmações são falsas ou verdadeiras_ Se verdadeira, explique<br />

a razão. Se falsa, explique por que ou forneça um contra~exemplo.<br />

1. Para quaisquer vetores u e v em V3, u · v = v · u.<br />

2. Para quaisquer vetores u e v em V3 , u X v = v X u.<br />

3. Para quaisquer vetores u c v em V3, I u X v I = I v X uI·<br />

4. Para quaisquer vetores u e v em V 3 e qualquer escalar k,<br />

k(u · v) ~ (ku) · v.<br />

5. Para quaisquer vetores u e v em V3 e qualquer escalar k,<br />

k(u x v) ~ (ku) X v.<br />

6. Para quaisquer vetores u, v e w em V3,<br />

(u + v) X W = u X w + v X \'\'.<br />

7. Para quaisquer vetores u, v e w em V 3 ,<br />

u · (v X w) ~ (u X v) · w.<br />

8. Para quaisquer vetores u, v e w em \1 3 ,<br />

u X (v X w) ~ (u X v) X w.<br />

9. Para quaisquer vetores u e v em V 3 , (u X v) · u = O.<br />

10. Para quaisquer vetores u e v em V3, (u + v) X v = u X v.<br />

11. O produto vetorial de dois vetores unitários é um vetor unitário.<br />

12. A equação linear Ax + By + Cz + D = O representa uma reta<br />

no espaço.<br />

13. O conjunto de pontos { (x, y, z) I x 2 + y 2 = i} é wnacircunferência.<br />

14. Seu= (u~, u2) e v= (v~, v2), então u ·v= (utVI, u2v1).<br />

EXERCÍCIOS<br />

1. (a) Determine a equação da esfera de centro (1, -1, 2) e raio 3.<br />

(b) Determine o centro e o raio da esfera<br />

x 2 + y 2 + z 2 + 4x + 6y -<br />

lOz + 2 = O<br />

2. Copíe os vetores da figura c utílizeHos para desenhar os<br />

seguintes vetores.<br />

(a) a + b<br />

(b) a - b<br />

(c) -~a<br />

(d) 2a + b<br />

5. Delermíne os valores de x tais que o vetor (3, 2, x) e<br />

(2x, 4, x) sejam ortogonais.<br />

6. Determine dois vetores unitários que sejam ortogonais a<br />

j+2kei-2j+3k.<br />

7. Suponha que u · (v X w) = 2. Determine<br />

(a) (u X v) · w (b) u · (w X v)<br />

(c)v·(uxw) (d)(uxv)·v<br />

8. Mostre que, se a, b e c estão em V 3 , então<br />

(a X b) · [(b X c) X (c X a)] ~ [a · (b X c)]'<br />

3. Se u e v são vetores mostrados na figura, detennine u · v e<br />

I u X v 1. O sentido do vetor u X v é entrando ou saindo do<br />

papel<br />

4. Calcule a quantidade dada se<br />

zj<br />

oi/<br />

-;r----<br />

a= i+ j - 2k c~ j- 5k<br />

(a)2a+3b<br />

(c) a · b<br />

(bJibl<br />

(d) a X b<br />

(e) I b X c I (f) a • (b X c)<br />

(g) c X c (h) a X (b X c)<br />

(i) comp, b<br />

(j) proj, b<br />

(k) O ângulo entre a e b (com precisão até os graus)<br />

9. Determine o ângulo agudo entre duas diagonais de um cubo.<br />

10. Dados os pontos A(l, O, 1), 8(2, 3, 0), C( -1, 1. 4) e D(O. 3, 2),<br />

determine o volume do paralelepípedo com lados adjacentes<br />

AB. ACeAD.<br />

11. (a) Determine um vetor perpendicular ao plano que passa<br />

pelos pontos A(l, O, O). B(2. O, -I) e C(l, 4, 3).<br />

(b) Determine a área do triângulo ABC.<br />

12. Uma força constante F= 3i + 5j + lOk move um objeto ao<br />

longo de um segmento de reta de (1, O, 2) a (5, 3, 8). Determine<br />

o trabalho realizado se a distância é medida em metros e a força<br />

em newtons.<br />

13. Um barco é puxado para a praia usando duas cordas, como<br />

mostrado no diagrama. Se é necessária uma força de 255 N,<br />

determine a grandeza da força exercida em cada corda.


James Stewart CAPÍTUlO 12 VETORES E A GOMETRIA DO ESPAÇO ,., 845<br />

14. Determine a módulo do torque no ponto P se uma força de 50<br />

N é aplicada como mostrado.<br />

50<br />

24. (a) Mostre que os planos x + y - z = I e 2x - 3y + 4z = 5<br />

não são nem paralelos nem perpendiculares.<br />

(b) Determine, com precisão até graus, o ângulo entre os<br />

planos.<br />

25. Determine a distância entre os planos 3x + y - 4z = 2 e<br />

3x + y - 4z ~ 24.<br />

26-34 c~ Identifique e esboce o gráfico de cada superfície.<br />

26. x ~ 3 31. -4x' + y 2 - 4z 2 ~ 4<br />

27. X= Z 32. y 2 + z 2 = l + x 2<br />

,:::-·J,<br />

Determine as equações paramétricas da reta.<br />

15. Passa pelo ponto (4. -1, 2) e (1, 1, 5) ·<br />

16. Passa pelos pontos (1, O, -1) e é paralela à reta<br />

~(x - 4) = i.v = z + 2<br />

17. Passa por ( -2, 2, 4) e é perpendicular ao plano<br />

2x- y + Sz ~ 12<br />

·;;:: ··2TI _ Determine a equação do plano que satisfaz as condições.<br />

18. Passa por (2, l, O) e é paralelo a x + 4y - 3z ~ 1<br />

19. Passa por (3, -I, 1), (4, O, 2), e (6, 3, I)<br />

20. Passa por (1, 2, -2) e contém a reta x = 2t, y = 3 - t,<br />

z ~ I + 3t<br />

21. Detennine o ponto no qual a reta com equações paramétricas<br />

x = 2 - t, y = 1 + 3t, z = 4t, intercepta o plano<br />

2x- y + z = 2.<br />

22. Detennine a distância da origem até a reta x = 1 + t,<br />

y = 2 - t, z = -1 + 2t.<br />

23. Determine se as retas dadas pelas equações simétricas<br />

e<br />

X- J<br />

2<br />

6<br />

v-2 z-3<br />

~-·----~-----<br />

3 4<br />

-1 2<br />

são paralelas, simétricas ou concorrentes.<br />

28. y = z 1 33. 4x' + 4y 2 - 8y + z' ~O<br />

29. x 2 . =i' + 4z 1 34. x ~ y 2 + z' - 2y - 4z + 5<br />

30. 4x - y + 2z ~ 4<br />

35. Um elipsóide é gerado pela rotação da elipse 4x 2 + y 2 = 16<br />

em tomo do eixo x. Determine uma equação do elipsóide.<br />

36. Uma superfície é constituída de todos os pontos P tais que a<br />

distância de P ao plano y = 1 é o dobro da distância de P ao<br />

ponto (0, ~ 1, O). Determine a equação dessa superlície c<br />

identifique-a.<br />

37. As coordenadas cilíndricas de um ponto são (2)3, Tr/3, 2).<br />

Determine suas coordenadas retangulares c esféricas.<br />

38. As coordenadas retangulares de um ponto são (2, 2, ~ 1).<br />

Determine suas coordenadas cilíndricas e esféricas.<br />

39. As coordenadas esféricas de um ponto são (8, 1T/4, 1r/6).<br />

Determine suas coordenadas retangulares e cilíndricas.<br />

40-43 o Identifique a superfície cujas equações são dadas.<br />

40 . .p ~ 1T/4 41. 8 ~ 1T/4<br />

42. r=cose<br />

M-4$ ::J Escreva a equação dada em coordenadas cilíndricas e em<br />

coordenadas esféricas.<br />

44. xz + yz = 4<br />

45. x2 + Yz + zz = 4<br />

46. x 2 + y 1 + z 1 = 2x<br />

47. Escreva a equação da supetfícic obtida pela rotação da<br />

parábola z = 4y 2 , x = O, em tomo do eixo z em coordenadas<br />

cilíndricas.<br />

48. Faça o esboço do sólido constituído por todos os pontos com<br />

coordenadas esféricas (p, 8,


lm<br />

1. Cada lado de uma caíxa cúbica mede l m. A caixa contém nove bolas de mesmo raio r. O<br />

centro de uma das bolas está no centro da caixa, e essa bola encosta em todas as outras oito<br />

bolas. Cada uma das oito bolas toca 3 lados da caixa. As bolas estão finnernente dispostas na<br />

caixa. (Veja a figura.) Determine o raio r. (Se você tiver problemas com este exercício, leia<br />

sobre a estratégia de resolver problemas em uso análogo na página 80 do Volume L)<br />

2. Seja B uma caixa sólida de comprimento L, largura W e altura H. Seja S o conjunto de todos os<br />

pontos que estão a uma distância de no máximo l de algum ponto de B. Expresse o volume de<br />

Sem função de L, W e H.<br />

FIGURA PARA O PROBLEMA 1<br />

FIGURA PARA O PROBLEMA 5<br />

3. Seja -L a reta obtida pela interseção dos planos ex + y + z = c e x - cy + cz = - 1 , onde c é<br />

um número real.<br />

(a) Determine as equações simétricas da reta L.<br />

(b) Quando o número c varia, a reta L descreve uma superfície S. Determine a equação da curva<br />

resultante da interseção de S com o plano horizontal z = t (traço de S no plano z = t).<br />

(c) Determine o volume do sólido limitado por Se pelos planos z =O e z = l.<br />

4. Um avião é capaz de viajar a 180 kmlh em condições normais. O piloto decola para o norte<br />

guiado pela bússola do avião. Depois de 30 minutos de vôo, o piloto constata que, em<br />

decorrência do vento, viajou 80 km a 5° para o leste.<br />

(a) Qual a velocidade do vento<br />

(b) Em que direção o piloto deveria ter encabeçado o avião para alcançar o destino pretendido<br />

5. Suponha que um bloco de massa m seja colocado em um plano inclinado, como mostrado na<br />

figura. A descida do plano inclinado pelo bloco é reduzida pela força de atrito; se e não for muito<br />

grande, o atrito impedirá o deslocamento para baixo do bloco. As forças que agem sobre o bloco<br />

são seu peso W, onde I w·1 = mg (g é a aceleração da gravidade); a força normal N,<br />

(a componente normal da força reacionária no plano do bloco) onde IN j = n; e a força F devida<br />

ao atrito, que age paralelamente ao plano inclinado, no sentido contrário ao movimento. Se o<br />

bloco estiver parado e () for aumentado, I F I aumentará até atingir seu valor máximo, além do<br />

qual o bloco começará a deslizar. Nesse ângulo e" pode ser observado que I F i é proporcional a<br />

n. Então, quando i F I é máximo, podemos dizer que I F I = JLsn, onde JLs é chamado coeficiente<br />

de atrito estático e depende dos materiais que estão em contato.<br />

(a) Observe que N +F+ W ~O e deduza que /L,~ Ig (OJ.<br />

(b) Suponha que, para e> 8_,, uma força externa H seja aplicada ao bloco, horizontalmente da<br />

esquerda para a direita, e seja I H I = h. Se h for pequeno, o bloco poderá ainda deslizar; se<br />

h for suficientemente grande, o bloco subirá o plano inclinado. Seja hm;" o menor valor de h<br />

que permita ao bloco permanecer parado (logo, I F I é máximo).<br />

Escolhendo os eixos coordenados de modo que F esteja na direção do eixo x, determine<br />

para cada força atuante seus componentes paralelo e perpendicular ao plano inclinado e<br />

mostre que<br />

hmín sene + mg cos e = n<br />

hmh cos (} + JL,n = mg sen (}<br />

(c) Mostre que<br />

hmcc ~ mg tg(e- e,)<br />

Isso parece razoável Parece razoável para 8 = Os E quando (J.......,.. 90° Explique.<br />

(d) Seja hmh o maior valor de h que permita ao bloco permanecer parado. (Nesse caso, qual o<br />

sentido de F) Mostre que<br />

Essa equação parece razoável Explique.<br />

846


13<br />

Funções Vetoriais<br />

O cálculo de funções a valores<br />

vetoriais é usado na Seção 13.4<br />

para provar as leis de Kepler. Essas<br />

leis descrevem o movimento dos<br />

planetas em torno do Sol<br />

e também se aplicam à<br />

órbita de um satélite<br />

em torno da Terra, como o<br />

Telescópio Espacial Hubble.


848 LJ CÁlCULO Editora Thomson<br />

As funções que usamos até aqui eram funções reais a valores reais. Estudaremos<br />

agora as funções cujos valores são vetores, pois tais funções serão úteis para<br />

descrever superfícies e curvas espaciais. Usaremos também funções vetoriais<br />

para descrever o movimento de objetos no espaço. Em particular, elas serão<br />

úteis para derivar as leis de Kepler sobre o movimento planetário.<br />

"''1 '· · • Funções Vetoriais e Curvas Espaciais<br />

=-'"''='"=='==='=-=~='""~"'=-""""=""'~""--==-==~=-=~=~=""""~- ~---- ~------- ~---- -----~~- "'""=='='~'-'-===,----~---"'-~-3k=-~---<br />

Em geral, uma função é uma regra que associa a cada elemento de seu dorrúnio um elemento<br />

de sua imagem. Uma função vetorial, ou função de valor vetorial, é uma função<br />

cujo domínio é um conjunto de números reais e cuja imagem é um conjunto de vetores.<br />

Em particular, estamos interessados nas funções r cujos valores são vetores tridimensionais.<br />

Isso significa que para todo número t no dorrúnio de r existe um único vetor de V:;<br />

denotado por r(t). Se f(t), g(t) e h(t) são os componentes do vetor r(t), então f, g e h são<br />

funções de valor real chamadas funções componentes de r e escrevemos<br />

r(t) ~ (J(t), g(t), h(t)) ~ f(t)i + g(t)j + h(t)k<br />

Como na maioria das aplicações a variável independente é o tempo, utilizaremos a letra t<br />

para indicá-la.<br />

então as funções componentes são<br />

r(t) ~ (t 3 , ln(3 -<br />

t), Jí)<br />

J(t) ~ (3 g(t) ~ ln(3 - t) h(t) ~ Jí<br />

Pela convenção usual, o donúnio de r é constituído por todos os valores de t para os<br />

quais a expressão r(t) está definída. As expressões t 3 , ln(3 - t) e .jí estão todas definidas<br />

para 3 - t > O e t ;;;. O. Portanto o domfuio de r é o intervalo [0, 3).<br />

O limite de uma função vetorial r é definido tomando-se os limites de suas funções<br />

componentes como se segue.<br />

~ Se lim,-~a r(t) = L, essa definição<br />

equivale a dizer que o comprimento, a<br />

direçâo e o sentido do vetor r(t) se<br />

aproximam do comprimento, da<br />

direção e do sentido do vetor L.<br />

Se r(t) = (j(t), g(t), h(t)), então<br />

~~ r(t) = (!~ f(t), ~~ g(t), ~~ h(tl)<br />

desde que os limites das funções componentes existam.<br />

Da mesma forma, poderíamos escrever a definição usando os e-O (ver o Exercício 43).<br />

Os limites da função vetorial obedecem às mesmas regras dos limites da função real (ver<br />

o Exercício 41).<br />

EXEMPLO 2 - Detennine lim r(t) onde r(t) = (1 + t 3 )i + te-'j + sen t k.<br />

t-o<br />

t<br />

SOLUÇÃO De acordo com a Definição 1, o limite de r é o vetor cujos componentes são os<br />

limites das funções componentes de r:<br />

limr(t) = (Iim(l + t 3 )li + [limte-']j + [lim sent] k<br />

t--c>O t--c>O J 1-00 t__,O f<br />

=i+ k


James Stewart CAPÍTUlO 13 FUNÇÓES VETORIAIS 849<br />

Uma função vetorial r é contínua em a se<br />

lim r(t) ~ r(a)<br />

Em vista da Definição 1, vemos que r é contínua em a se e somente se suas funções componentes<br />

f, g e h são contínuas em a.<br />

As curvas espaciais e as funções vetoriais contínuas estão intimamente relacionadas.<br />

Suponha que f, g e h sejam funções reais contínuas em um intervalo L Então o conjunto<br />

C de todos os pontos (x, y, z) no espaço para os quais<br />

X~ j(t) y ~ g(t) z ~ h(t)<br />

FIGURA 1<br />

C é traçada pelo movimento da<br />

ponta do vetor de posição r(t).<br />

e t varia no intervalo I é chamado curva espaciaL As equações em (2) são denominadas<br />

equações paramétricas de C e t é conhecido como parâmetro. Podemos pensar em C<br />

como tendo sido traçado pelo movimento de uma partícula cuja posição no instante t é<br />

(J(t), g(t), h(t) ). Se consideramos a função vetorial r(t) ~ (f(t), g(t), h(t)), então r(t) é um<br />

vetor de posição do ponto P(f(t), g(t), h(t)) sobre C. Assim, qualquer função vetorial r<br />

define uma curva espacial C que é traçada pela ponta do vetor em movimento r(t), como<br />

mostrado na Figura 1.<br />

EXB!lPUJ 3 _ Descreva a curva definida pela função vetorial<br />

r(t) ~ (I + t, 2 + St, -I + 6t)<br />

SOLUÇÃO As equações paramétricas correspondentes são<br />

X~ I+ t y ~ 2 + St z~-1+6t<br />

que são reconhecidas da Equação 12.5.2 como as equações paramétricas de uma reta<br />

passando pelo ponto (1, 2, -I) e paralela ao vetor (I, 5, 6). Outro modo de ver é<br />

observar que a função pode ser escrita como r ~ ro + tv, onde r 0 ~ (I, 2, -I)<br />

e v ~ (1, 5, 6) e esta é a equação vetorial dareta dada pela Equação 12.5.1.<br />

Curvas planas podem ser representadas utilizando-se notação vetoriaL Por exemplo, a<br />

curva dada pelas equações paramétricas x ~ t 2 - 2t e y ~ t + I (ver o Exemplo I na<br />

Seção I O .I) pode ser descrita pela equação vetorial<br />

onde i~ (1,0) ej ~ (0, 1).<br />

r(t) ~ (t 2 - 2t,t +I)~ (t 2 - 2t)i + (t + l)j<br />

EXEMPLO 4 o Esboce a curva cuja equação vetorial é dada por<br />

r(t) ~ cos ti + sen t j + t k<br />

SOLUÇÃO As equações paramétricas para essa curva são<br />

x = cost y = sen t z = t<br />

Como x 2 + y 2 = cos 2 t + sen 2 t = 1, a curva precisa pertencer ao cilindro circular<br />

x 2 + y 2 ~ l. O ponto (x, y, z) está diretamente acima do ponto (x, y, O), que se move<br />

no sentido anti-horário em torno da circunferência x 2 + y 2 = 1 no plano xy (veja o<br />

Exemplo 2 da Seção 10.1). Como z ~ t, a curva faz uma espiral para cima ao redor de<br />

um cilindro quando t aumenta. A curva, mostrada na Figura 2, é chamada hélice.


850 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

FIGURA 2<br />

A forma de saca-rolha da hélice circular do Exemplo 4 é a mesma das molas espirais.<br />

Elas também aparecem no modelo do DNA (ácido desoxirribonucléico, material genético<br />

de células vivas). Em 1953 James Watson e Francis Crick mostraram que a estrutura da<br />

molécula de DNA é de duas hélices circulares paralelas interligadas, como na Figura 3.<br />

Nos Exemplos 3 e 4 demos as equações vetoriais das curvas e pedimos uma descrição<br />

geométrica ou esboço delas. Nos dois exemplos a seguir daremos uma descrição geométrica<br />

da curva e pediremos para determinar suas equações paramétricas.<br />

~;x;;rvJH_D 5 -- Determine a equação vetorial e as equações paramétricas para o segmento<br />

de reta ligando o ponto P(l, 3, -2) ao ponto Q(2, -I, 3).<br />

FIGURA 3<br />

- A Figura 4 mostra o segmento<br />

de reta PQ do Exemplo 5.<br />

QI2,-J,3) '1<br />

,, I<br />

\<br />

\<br />

SOLUÇÃO Na Seção 12.5 encontramos uma equação vetorial para o segmento de reta que<br />

une a extremidade do vetor r o à extremidade do vetor r I·<br />

r(t) ~ (l - t)ro + tr 1<br />

(Veja a equação 12.5.4.) Aqui tornamos r 0<br />

= e r 1<br />

= para obter<br />

uma equação para o segmento de reta de P a Q:<br />

ou<br />

r(t) ~(I - 1) (1, 3, -2) + 1(2, -I, 3)<br />

r(l) = ( 1 + I, 3 - 41, -2 + 51)<br />

As equações paramétricas correspondentes são:<br />

X= I +I y = 3-41 z = -2+51 o~ t ~I<br />

EXEMPUJ &<br />

o~ t ~ 1<br />

Determine a equação vetorial que representa a curva obtida pela interseção<br />

do cilindro x 1 + y 2 = 1 com o plano y + z = 2.<br />

X<br />

FIGURA 4<br />

'\.\,<br />

P(J, 3, -2) ·,<br />

y<br />

SOLUÇÃO A Figura 5 mostra como o plano intercepta o cilindro, e a Figura 6 mostra que<br />

a curva de interseção C é uma elipse.


James Stewart CAPÍTUlO 13 FUNÇÕES VETORiAiS 851<br />

A projeção de C sobre o plano xy é a circunferência x 2 + y 2 = 1, z =O. Assim sabe­<br />

.mos do Exemplo 2 da Seção lO.! que podemos escrever<br />

Da equação do plano, ternos<br />

X= COS l<br />

y::::: sen t<br />

z = 2 - y = 2 - sen t<br />

Escrevendo as equações paramétricas para C, obtemos<br />

X= COS l y = sen t z = 2- sen t<br />

A equação vetorial correspondente é<br />

r(t)=costi+sentj+(2<br />

sent)k<br />

Essa equação é chamada parametrização da curva C. As setas na Figura 6 indicam .o<br />

sentido em que a curva C é percorrida quando o valor do parâmetro t cresce.<br />

Utilizando Computadores para Traçar Curvas Espaciais<br />

As curvas espaciais são inerentemente mais difíceis de serem desenhadas que as curvas<br />

planas. Para uma representação mais acurada precisamos utilizar alguma tecnologia. Por<br />

exemplo, a Figura 7 mostra o gráfico gerado por computador da curva com equações<br />

paramétricas<br />

x = (4 + sen 20t) cos t y = (4 + sen 20t) sen t z = cos 20t<br />

Essa curva é denominada toróide espiral, porque sua envoltória é um toro. Outra curva<br />

interessante, o nó trevo, com equações<br />

x = (2 + cos J,St) cos t y = (2 + cos I ,5t) sen t z = sen 1,51<br />

está ilustrada na Figura 8. Seria muito difícil traçar qualquer dessas curvas a mão.<br />

'1<br />

FIGURA 7 X<br />

Toróide espiral<br />

Nó trevo<br />

Mesmo com o auxílio de computador no desenho de curvas espaciais, a ilusão óptica<br />

toma difícil entender a forma real da curva. (Isso é verdadeiro em especial na Figura 8.<br />

Veja o Exercício 42.) O próximo exemplo mostra como tratar esse problema.<br />

EXEMPlO 7 o Utilize um computador para traçar a curva com equação vetorial<br />

r(t) = (r, t 2 , t 3 ). Essa curva é chamada cúbica retorcida.<br />

SOLUÇÃO Começaremos plotando, com o auxílio do computador, a curva com equações<br />

paramétricas x = t, y = t 2 , z = t 3 para -2 :::s t ~ 2. O resultado é apresentado na Figura<br />

9(a), mas enxergá-la através desse único gráfico é muito difícil, em virtude da natureza da<br />

curva. A maioria dos programas de computador para desenhar em três dimensões permite,<br />

em vez de utilizar os eixos coordenados, colocar uma caixa envolvendo a curva ou superfície.<br />

Quando olhamos a mesma curva na caixa na Figura 9(b ), conseguimos visualizar melhor sua<br />

forma. Podemos ver que a curva se eleva do canto inferior da caixa para o canto superior<br />

mais próximo de nós, torcendo-se à medida que sobe.


852 o CÁLCULO<br />

Editora Thomson<br />

o<br />

FIGURA 9<br />

Vistas da cúbica retorcida<br />

(a)<br />

2<br />

y<br />

(d)<br />

4<br />

(b)<br />

,f:~-,-<br />

-4+ \<br />

j . \<br />

-8-<br />

2 . o -! -2<br />

X<br />

(e)<br />

6 F-;=~:;:>1<br />

'"I=


James Stewart CAPÍTULO 13 FUNÇÓES VETORIAIS :--1 853<br />

estudada na Seção 10.1 [Figura l2(a)] ou é uma curva cuja projeção é a tricóide investigada<br />

no Exercício 38 da Seção 10.1 [Figura 12 (b)].<br />

(a) r(t) = Ü<br />

. (e'-1 ,fl+l-1 3 )<br />

4. hm ---, , --<br />

,_,.o t t 1 + t<br />

5. lim ([,+3 i + 1 1<br />

2 - 1 j + ~ k)<br />

1-> I f - f<br />

6. lim / arctg t, e-- 21 , ~)<br />

f-CE \<br />

t<br />

1--14 '.:J Esboce o gráfico da curva cuja equação vetorial é dada.<br />

Indique com seta a direção na qual o parâmetro cresce.<br />

7. r(t) ~ (t' + l, 1) 8. r(t) ~ (1 2 , 1 2 )<br />

9. r(l) ~ (t, cos 2t, sen 21) 10. r(t) ~ (! + 1, 31, -t)<br />

21.1; r(t) ~ (sen t, 3, cos t)<br />

i~!!!:<br />

r(t) ~ t 2 i + t'j + t 6 k<br />

14. r(t) = senti + sen t j + J2 cos t k<br />

12. r(t)~ti+tj+costk<br />

~~15-Ul c.: Encontre uma equação vetorial e equações paramétricas<br />

para o segmento de reta que liga P e Q.<br />

15, P(O, O, O), Q(l, 2, 3)<br />

17, P(l, -1, 2), Q(4, l, 7)<br />

16, P(l, O, 1), Q(2, 3, l)<br />

18, P( -2,4, 0), Q(6, -I, 2)<br />

19-24 Case as equações paramétricas com os gráficos (identificados<br />

com números de I-VI). Explique a razão de sua escolha.<br />

%19: x = cos 4t, y = t, z = sen 4t<br />

20. x=t, y=t 2 , z=e-'<br />

X~ I, y ~ lj(l + 1 2 ), Z ~ 1 2<br />

22. x = e- 1 cos 101, y = e-' sen 10!, z =e-'<br />

23. x = cos t, y = sen t, z = sen St<br />

24. x = cos t, y = sen t, z = In t


854 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

X<br />

y<br />

33. Mostre que a curva com equações paramétricas x = i 2 •<br />

y = 1 - 3t, z = 1 + t' passa pelos pontos (L 4, 0) e (9, -8, 2g)<br />

e não passa pelo ponto (4, 7, -6).<br />

34---36 .::J Determine a função vetorial que representa a curva obtida<br />

pela interseção de duas superfícies.<br />

34. O cilindro x 2 + y" = 4 e a superfície z = xy<br />

·,$) O cone z = e o plano z = I + y<br />

36. O parabolóide z = 4x 2 + y 2 e o cilindro parabólico)'= x='<br />

37. Tente esboçar à mão a curva obtida pela interseção do cilindro<br />

circular x 2 + y 2 = 4 com o cilindro parabólico z = x 2 •<br />

Determine então as equações paramétricas dessa curva e utilize<br />

um computador para desenhá-la.<br />

38. Tente esboçar à mão a interseção do cilindro parabólico y = x 2<br />

com a metade superior do elipsóide x 2 + 4/ + 4z 2 = 16.<br />

Escreva então as equações paramétricas para a curva e utilize o<br />

computador para traçá-la.<br />

-25, Mostre que a curva com equações paramétricas x = t cos t,<br />

y = t sen t, z =testá no zz = x 2 + y 2 , e use esse fato para<br />

esboçar a curva.<br />

26. Mostre que a curva com equações paramétricas x = sen t,<br />

y = cos t, z = sen 2 t é a curva de interseção das superfícies<br />

z = x 1 e x 2 + y 2 = 1. Use esse fato para esboçar a curva.<br />

2.7-30 c Utilize computador para traçar a curva da equação<br />

vetorial dada. Escolha o domínio do parâmetro e ponto de vista de<br />

forrna a garantir que a visualização é a verdadeira.<br />

27. r(t) ~ (sen t, cos t, t 2 )<br />

28. r(t) ~ (t 4 - t 2 + I, t, t')<br />

29. r(t) ~ (t', ,;t=l, ,;s:::l)<br />

30. r(t) ~ (sen 1, sen 21, sen 3t)<br />

31. Trace a curva com equações paramétricas<br />

x = (1 + cos l6t) cos t, y =- (1 + cos 16t) sen t,<br />

z = 1 + cos l6t. Explique sua aparência mostrando que a<br />

curva se desenvolve em um cone.<br />

32. Trace a curva com equações paramétricas<br />

x = Jt - 0,25 cos 1 10t cos t<br />

y=~l<br />

z = 0,5 cos lOt<br />

0,25cos 2 l0tsent<br />

Explique a aparência da curva mostrando que ela se desenvolve<br />

em uma esfera.<br />

39. Se dois objetos viajam pelo espaço ao longo de duas curvas<br />

diferentes, é sempre importante saber se eles vão se colidir.<br />

(Um míssil vai atingir seu alvo móvel Duas aeronaves vão se<br />

colidir) As curvas podem se interceptar, mas precisamos saber<br />

se os objetos estarão na mesma posição no mesmo instante.<br />

Suponha que as trajetórias das duas sejam dadas pelas<br />

seguintes funções vetoriais<br />

r, (t) ~ (t 2 , 7t - 12, t 2 ) r 2 (t) ~ (4t- 3, t 2 , St- 6)<br />

para t ~O. As partículas colidem<br />

40. Duas partículas viajam ao longo das curvas espaciais<br />

r, (t) ~ (t, t', t 3 ) r,(t) ~(I + 2t, I + 6t, I + 14t)<br />

As partículas colidem Suas trajetórias se interceptam<br />

41. Suponha que u e v sejam funções vetoriais que possuem<br />

limites quando t .......;. a e seja c uma constante. Prove as<br />

seguintes propriedades de limites.<br />

(a) lím [u(t) + v(t)] ~ lím u(t) + lím v(t)<br />

i___,a /->a 1->a<br />

(b) lím cu(t) ~ clím u(t)<br />

!--+a<br />

1->a<br />

(c) lím [u(t) · v(t)] ~ lím u(t) · lím v(t)<br />

1->a 1---'>a 1-•a<br />

(d) lím [u(t) X v(t)] ~ lím u(t) X lím v(t)<br />

t_,a 1->a t-->a<br />

42. A visão do nó trevo apresentada na Figura 8 é correta, mas não<br />

muito reveladora. Use as equações paramétricas<br />

X= (2 + COS 1,5!) COS t y = (2 + cos 1,5t) sen t<br />

z = sen 1,5t<br />

para esboçar a curva à mão vista de cima deixando em branco<br />

os pontos onde a curva se sobrepõe. Comece mostrando que


James Stewart CAPÍTULO 13 FUhlÇÕES VETORIAiS 855<br />

sua projeção sobre o plano xy tem coordenadas polares<br />

r = 2 + cos 1 ,St e e = t, de forma que r varia entre 1 e 3.<br />

Mostre então que z tem um valor máximo c um mínimo<br />

quando a projeção está entre r = I e r = 3.<br />

Quando você terminar o esboço à mão livre, utilize o computador<br />

para traçar a curva com o observador vendo de cima e compare<br />

com seu desenho. Trace a curva sobre outros pontos de vista.<br />

Você alcançará melhor resultado se plotar um tubo de raío 0,2 em<br />

torno da curva. (Utilize o comando tubleplat no Maplc.)<br />

43. Mostre que 1im,~'" r(t) = b se e somente se para todo e > O<br />

existe um número 8 >O tal que] r(t) ~ b I < E para todo<br />

O


856 O CÁLCUlO Editora Thomson<br />

O teorema seguinte fornece um método conveniente para calcular a derivada de uma<br />

função vetorial r por diferenciação de cada componente de r.<br />

~ Teorema Se r(t) ~ íf(t), g(t), h(t)) ~ f{t)i + g(t)j + h(t)k, onde f, g e h são<br />

funções diferenciáveis, então<br />

r'(t) ~ (!'(!), g'(t), h'(t)) ~ f'(t)i + g'(t)j + h'(t) k<br />

l<br />

r'(t) ~ 1im -:;- [r(l + tlt) -<br />

.lt---•0 ut<br />

r(t)]<br />

I<br />

~ H'o b:{ [ (J(t + tlt), g(t + tlt), h(t + tlt)) - (j(t), g(t), h(t))]<br />

- . \ f{t + tlt) - f(t) g(t + tlt) - g(t) _h.c..(t_+_li-'.t)_-_he.:(.c..t))<br />

- hm , ,<br />

;,-o tlt tlt tlt<br />

_ ( . f(t + At) - j(t) . g(t + At) - g(t) . .:.:.h.:.:.(t.:.:.+_::tl:::.tl:_-__:.:_h(=t))<br />

- 1 ® ,rm 1 .~<br />

.:l.t-o At 1.1----.o At j,t----o ô.t<br />

~ (J'(t), g'(t), h'(t))<br />

EXEMPLO 1 c:<br />

(a) Determine a derivada de r(t) = (1 + t'l)i = te- 1 j +seu 2t k.<br />

(b) Encontre o versor tangente no ponto onde t = O.<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) De acordo com o Teorema 2, diferenciando cada componente de r, obtemos:<br />

r'(t) = 3t 2 i + (1 -<br />

t)e-'j + 2 cos 2t k<br />

(b) Como r( O)= i e r'( O)= j + 2k, o versor tangente no ponto (I, O, O) é<br />

r'(O) j + 2k 1 . 2<br />

T(O) = I r'( O) I ~ Jl+4 = ,j5 J + ,j5 k<br />

EXEMPLO 2 '' Para a curva r(t) = ,fi i + (2 - t)j, determine r'(t) e desenhe o vetor de<br />

posição r(l) e o vetor tangente r'(!).<br />

SOLUÇÃO Temos<br />

l . .<br />

I )<br />

" 2.yt<br />

r' t = ---r' - J<br />

=-·-<br />

e ''!) 1 . .<br />

r( 2 J


James Stewart CAPÍTULO 13 FUNÇÕES VETORiAiS 857<br />

A curva é plana, e a eliminação do parâmetro da equação x = ji, y = 2 - t nos dá<br />

y = 2 - x 2 , x ~O. Na Figura 2 desenhamos o vetor de posíção r(l) =i + j começando<br />

na origem e o vetor tangente r'(l), começando no ponto correspondente (l, 1).<br />

FIGURA 2<br />

A hélice e a reta tangente do<br />

Exemplo 3 estão mostradas na Figura 3.<br />

EXHJIPtú 3 - Determine as equações paramétricas para a reta tangente à hélice com<br />

equações paramétricas<br />

no ponto (O, I, r,/2).<br />

x=2cost y = sen t z=t<br />

SOLUÇÃO A equação vetorial da hélice é r(f) ~ (2 cos f, sen f, t), de modo que<br />

r'(t) ~ ( -2 sen t, cos t, I)<br />

O valor do parâmetro correspondente ao ponto (O, I, n/2) é f ~ 7T/2, e o vetor tangente é<br />

r'( 7T/2) = ( -2, O, I). A reta tangente passa por (O, I, n/2) e é paralela ao vetor<br />

( -2, O, 1), então, pela Equação 12.5.2, suas equações paramétricas são<br />

FIGURA 3<br />

X~ -21<br />

y ~ I<br />

7r<br />

z ~-+f<br />

2<br />

Do mesmo modo para as funções reais, a derivada segunda da função vetorial r é a<br />

derivada de r', ou seja, e' = (r')'. Por exemplo, a derivada segunda da função do Exemplo<br />

3é<br />

r"(t) = ( -2 cos t, -sen t, O)<br />

Uma curva dada por uma função vetorial r(t) em um intervalo I é denominada lisa se<br />

r' for contínua e r'(t) ':rf O (exceto possivelmente nos pontos tenninais de l). Por exemplo,<br />

a hélice é lisa porque r'(t) é sempre diferente de O.<br />

EXEMPLO 4 C' Determine se a parábola senúcúbica r(f) ~ (I + t 3 , t 2 ) é lisa .<br />

.- SOLUÇÃO Como<br />

r'(t) ~ (31 2 , 21)<br />

FIGURA 4<br />

A curva r(t) = \1 + t\ t 1 ,)<br />

não é lisa.<br />

X<br />

temos r'( O) = (0, O) ~O, e então a curva não é lisa. O ponto que corresponde a f~ O é<br />

(l, 0), e podemos ver do gráfico na Figura 4 que existe um bico agudo, chamado<br />

cúspide, em (1, 0). Qualquer curva com esse tipo de comportamento- uma mudança<br />

abrupta de direção - não é lisa.<br />

Uma curva, como a semicúbica, que é feita de um número finito de pedaços lisos, é<br />

chamada lisa por partes.


858 o CÁLCUlO Editora Thomson<br />

Regras de Diferenciação<br />

O próximo teorema mostra que as fórmulas de diferenciação para funções reais têm suas<br />

equivalentes para as funções vetoriais.<br />

Teorema Suponha que u e v sejam funções vetoriais diferenciáveis, c é um<br />

escalar e f, uma função real. Então, ,<br />

d<br />

1. - [u(l) + v(t)] ~ u'(t) + v'(t)<br />

dt<br />

d<br />

2. dt [cu(!)]~ cu'(!)<br />

d<br />

3. - [f(t)u(l)] ~ f'(t)u(t) + f(t)u'(t)<br />

dt .<br />

4 . .!._ [u(t) · v(t)] ~ u'(t) · v(t) + u(t) · v'(!)<br />

dt<br />

d<br />

5. - [u(t) X v(t)] ~ u'(t) X v(t) + u(t) X v'(t)<br />

dt<br />

d<br />

6. - [u(f(t))] ~ f'(t)u'(f(t)) 'R'P' do Codcic)<br />

dt<br />

l.!<br />

Esse teorema pode ser provado ou usando-se diretamente a Definição ] ou empregandose<br />

o Teorema 2 e as fórmulas de diferenciação correspondentes para a função reaL As<br />

provas das Fórmulas l, 2, 3, 5 e 6 são deixadas como exercício.<br />

Prova da Fórmula 4 Seja<br />

Então<br />

u(t) ~ (!J(t), .h(t), h(t))<br />

u(t) · v(t) = jj(t)g 1 (r) + f,(t)g 2 (t) + !J(t)g2(1) = 2: f;(t)g 1 (1)<br />

i=l<br />

e as regras ordinárias de diferenciação do produto fornecem<br />

3 3<br />

d<br />

d<br />

dt [u(t) . v(t)] = dt ~ f;(t)g,(t) = ~~<br />

d<br />

dt [f;(t)g,(t)]<br />

3<br />

= 2: [!;(t)g,(t) + fi(t)g;(t)]<br />

i=l<br />

3 3<br />

~ 2: t:(t)g,(t) + 2: f;(t)g;{t)<br />

i=l<br />

i=l<br />

~ u'(t) • v(t) + u(t) · v'(t)<br />

EXEII/lPUJ 5 o Mostre que, se I r(t) I ~c (uma constante). então r'(t) é ortogonal a r(t)<br />

para todo t.<br />

SOLUÇÃO Como<br />

r(t) · r(t) = I r(t) 1 2 = c'


James Stewart CAPÍTUlO 13 FUNÇÕES VETORIAIS 859<br />

e c 2 é uma constante, da Fórmula 4 do Teorema 3 vem<br />

O~!!_ [r(t) · r(t)] ~ r'(t) · r(t) + r(t) · r'(t) ~ 2r'(t) • r(t)<br />

dt<br />

Então. r'(t) · r(t) ~ O. o que implica que r'(t) é ortogonal a r(t).<br />

Geometricamente, esse resultado indica que, se a curva está em uma esfera com o cenlro<br />

na origem, então o vetor tangente r'(t) é sempre perpendicular ao vetor posição r(t).<br />

Integrais<br />

A integral definida de urna função vetorial contínua r(t) pode ser estabelecida da mesma<br />

fonna que para a função real, exceto que a integral resulta em um vetor. Mas podemos<br />

expressar a integral de r como a integral de suas funções componentes f, g e h como se<br />

segue. (Utilizamos a notação do Capítulo 5 do Volume I.)<br />

Então<br />

~o "<br />

t r(t) dt ~ !~ ,~ r(t~) l.lt<br />

~ !~ [c~ !(ti) t.r) i+ c~ g(ti) !!.t) j +c~ h(t7) t.t) k]<br />

f r(t) dt ~ (f: f(t) dt) i + (r g(t) dt) j + (f: h(t) dt) k<br />

Isso mostra que podemos calcular a integral da função vetorial integrando cada componente<br />

da mesma.<br />

Podemos estender o Teorema Fundamental do Cálculo para as funções vetoriais contínuas<br />

como se segue:<br />

fb r(t) dt ~ R(t)J: ~ R(b) - R(a)<br />

'"<br />

onde R é urna primitiva de r. ou seja, R'(t) = r(t). Usaremos a notação f r(t) dt para as<br />

integrais indefinidas (primitivas).<br />

EXEI!IIPLO 6 u Se r(t) = 2 cos ti + sen t j + 2t k, então<br />

= 2 sen ti - cos t j + 1 2 k + C<br />

onde C é um vetor constante de integração, e<br />

f<br />

' 12 r(t)dt~ [2senti- costj + t 2 k]~ 12 = 2i + j + -'Ck<br />

o 4<br />

'


860 CÁLCULO Editora Thomson<br />

~~~~2 Exercícios<br />

1. A figura mostra uma curva C dada pela função vetorial r(t).<br />

(a) Desenhe os vetores r(4,5)- r(4) e r(4,2) - r(4).<br />

(b) Esboce os vetores<br />

r(4,5) -<br />

0,5<br />

r(4)<br />

e<br />

r(4,2) - r(4)<br />

(c) Escreva a expressão para r'(4) e para seu versar da tangente T(4).<br />

(d) Desenhe o vetor T(4).<br />

r(4,5) · \<br />

r(4.2)<br />

I . .<br />

JQ<br />

. JP<br />

I<br />

F t::;JJ:--·r(:(y<br />

_ ............. _""I<br />

2. (a) Faça um esboço grande da curva descrita pela função<br />

vetorial r(t) = {t 2 , t), O :s::: t ~ 2, e desenhe os vetores<br />

r(l), r(l,l) e r(l,l)- r(!).<br />

(b) Desenhe o vetor r'{l) começando em (l, l) e o compare<br />

com o vetor<br />

r(!,!)- r(!)<br />

O,l<br />

3-8 u<br />

(a) Esboce o gráfico da curva plana com a equação vetorial dada.<br />

(b) Detennine r'(t).<br />

(c) Desenhe o vetor de posição r(t) e o vetor tangente r'(t) para o<br />

valor dado de t.<br />

0,2<br />

Explique por que esses vetores estão tão próximos um do<br />

outro tanto em módulo quanto em direção.<br />

3. r(t) ~ (cost,sent), t~ 1T/4<br />

4. r(t)~ (1 + t,/i). t~ I<br />

r( I) ~ (l + t) i + t 2 j, t ~ l<br />

6. r(t) = e' i + "'' j, t = O<br />

7. r(t) =e' i+ e 31 j, t =O<br />

8. r(t) ~ 2sen ti+ 3 cos tj, t ~ 7r/3<br />

3-16 o Determine a derivada da função vetorial.<br />

9. r(t) ~ (t 2 , l-I, /i) 10. r(t) ~ (cos 3t, t,sen3t)<br />

11. r(t) =i - j + e 41 k<br />

X<br />

12. r(t) ~ sen''t i+ jl'={i j + k<br />

13. r(t) ~ e''i - j + ln(l + 3t) k<br />

14. r(t) = at cos 3t i + b sen 3 t j + c cos 3 t k<br />

()í~;<br />

r(t) ~a+ tb + t 2 c<br />

16. r(t) ~ta X (b +te)<br />

17-25 -- Determine o versor tangente T(t) no ponto com valor de<br />

parâmetro t dado.<br />

17. r(t) ~ (6t 5 , 4t 3 , 2t), t ~ 1<br />

18. r(t) = 4J[ i + t 1 j + t k, t = 1<br />

~!$, r(t) = cos ti + 3t j + 2 sen 2t k, t ~ O<br />

20. r(t)~2senti+2costj+tgtk, t~'ff/4<br />

21. Se r(t) ~ (t, t 2 , t 2 ), encontre r' (t), T(l ), r"(t) e r'(t) X r"(t).<br />

22. Se r(t) ~ (e", e' 2 ', te 2 '), detennine T(O), r"(O) e r'(t) · r"(t).<br />

2:i~20 Determine as equações paramétricas para a reta tangente<br />

à curva dada pelas equações paramétricas, no ponto especificado.<br />

23. x = ! 5 , y = t\ z = t 3 ; (1, I, 1)<br />

24. x~t'-1, y~t 2 +1, z~t+1; (-J,l,l)<br />

~; x =e-r cos t, y = e- 1 sen t, z = e- 1 : (1, O, I}<br />

26. x ~ ln t, y ~ 2/i, z ~ t 2 ; (O, 2, J)<br />

~~ 27-28 c Estabeleça as equações paramétricas para a reta tangente<br />

à curva dada pelas equações paramétricas, no ponto especificado.<br />

Ilustre traçando o gráfico da curva e da reta tangente em uma<br />

mesma tela.<br />

VJi~<br />

m<br />

E<br />

27. x~t, y~./2cost, z~J2sent; (7r/4,l,l)<br />

28. x = cos t, y = 3e 21 , z = 3e- 2 '; (1, 3, 3)<br />

Detennine se as curvas são lisas.<br />

(a) r(t) ~ (1 3 , t', ! 5 ) (b) r(t) ~ (1 3 + t, t', t 5 )<br />

(c) r(t) ~ (cos't, sen 3 t)<br />

30. (a) Determine o ponto de interseção das retas tangentes à<br />

curva r(t) = (sen 7Tt, 2 sen 1rt, cos 1rt) nos pontos t = O<br />

e t ~ 0,5.<br />

(b) Ilustre traçando o gráfico da curva e ambas as tangentes.<br />

31. As curvas r,(t) ~ (t, t 2 , t 3 ) e r,(t) ~ ( sent, sen 2t, t) se<br />

encontram na origem. Detennine o ângulo de interseção<br />

destas com precisão de graus.<br />

32. Em que ponto as curvas r,(t) ~ (t, 1 - t, 3 + t 3 ) e<br />

r 2 (s) = (3 - s, s - 2, s 2 ) se encontram Encontre o ângulo<br />

entre elas no ponto de encontro, com precisão de graus.


T<br />

' :<br />

James Stewart CAPÍTUlO 13 FUNÇÕES VETORIAiS u 861<br />

33-38 CJ Calcule a integraL<br />

33. l'l (16t' i - 9t 2 j + 25! 4 k) dt<br />

• o<br />

34 [' (-4-. +<br />

' • o l<br />

21<br />

+ t 2 J l +<br />

35. J<br />

0 "-';(3sen~tcosti + 3sentcos2 tj + 2sentcostk)dt<br />

36. f(/íi+te'j+ 1<br />

1 ,k)dr<br />

37. f (e'i + 2tj + lntk)dl<br />

38. J (cos 1rti + scn1rtj + tk)dt<br />

39. Determine r(t) se r'(t) ~ 1 2 i + 4t 3 j - 1 2 k e r(O) ~ j.<br />

40. Detennine r(t) se r'(t) =senti cos t j + 2t k e<br />

r( O) ~ i + j + 2 k.<br />

41. Prove a Fótmula 1 do Teorema 3.<br />

42. Prove a Fónnula 3 do Teorema 3.<br />

43. Prove a Fórmula 5 do Teorema 3.<br />

44. Prove a Fórmula 6 do Teorema 3.<br />

45. Seu(t) =i~ 2t"j + 3t 3 kev(t) =ti+ costj + sen t k<br />

determine (d/dt) (u(t) · v(t)].<br />

46. Seu e v são funções vetoriais no Exercício 45, encontre<br />

(d/dt) [u(t) X v(t)J<br />

41. Mostre que se r é uma função vetorial tal que exista r", então<br />

_


862 U CÁlCUlO Editora Thomson<br />

porque, para as curvas planas r(t) = f(t)i + g(t)j,<br />

1 r'(tl 1 = I f'(tli + g'(t)j 1 = )[f'(tlF + [g'(tll'<br />

enquanto para as curvas espaciais r(t) = f(t)i + g(t)j + h(t)k,<br />

lr'(IJI = lf'(t)i + g'(t)j + h'(t)kl = )[f'(t)]' + [g'(t)] 2 + [h'(t)] 2<br />

· A Figura 2 mostra o arco de hélice<br />

cujo compnmento é calculado no<br />

Exemplo 1.<br />

EXEMPlO 1 ,, Calcule o comprimento do arco de curva da hélice circular de equação<br />

r(t) =costi + sentj + tkdoponto(l,O,O)atéoponto (l,0,27T),<br />

SOLUÇÃO Como r'(t) =<br />

-senti + cos t j + k, temos<br />

I r'(t) I = J( -sen 1)2 + cos 2 t + 1<br />

O arco de (1, O, O) até (I, O, 27T) é descrito pelo parâmetro percorrendo o intervalo<br />

O ~ t ~ 21T; assim, da Fórmula 3, temos<br />

L= j''c I r'(t) I dt = j''" ,fi dt = 2,fi1T<br />

.,o ~O<br />

FIGURA 2<br />

Uma única curva C pode ser representada por mais de uma função vetorial. Por exemplo,<br />

a cúbica retorcida<br />

r 1 (t) = (1, 1 2 , 1 3 ) 1 ~ t ~ 2<br />

poderia ser representada também pela função<br />

r 2 (u) = (e", e 2 ", e 3 ") O~u-:s;;ln2<br />

:"-; Curvas lisas por trechos foram<br />

introduzidas na Seção 13.2.<br />

X<br />

FIGURA 3<br />

't<br />

s(t)~<br />

I<br />

/(t) ~<br />

--­y<br />

onde a relação entre os parâmetros t e u é dada por t = eu. Podemos ver que as Equações<br />

4 e 5 são parametrizações da curva C. Se fôssemos usar a Equação 3 para calcular o comprimento<br />

de C, obteríamos o mesmo resultado obtido usando-se as Equações 4 ou 5. Em<br />

geral, pode ser mostrado que, quando a Equação 3 é utilizada para calcular o comprimento<br />

de uma curva lisa por trechos, o comprimento do arco é independente da parametrização<br />

empregada.<br />

Suponhamos agora que C seja uma curva lisa por trechos dada pela função vetorial<br />

r(t) = f(t)i + g(t)j + h(t)k, a ,o; t ,o; b, onde pelo menos uma das f, g, h seja injetora em<br />

(a, b), Definiremos a função comprimento de arco por s<br />

f<br />

f ' l(dx)' (dy )' (dz)'<br />

[6] s(t) = ~I r'(u) I du = " \ du + du + du du<br />

Então, s(t) é o comprimento da parte de C entre r( a) e r(t), (Veja a Figura 3.) Se diferenciarmos<br />

os dois lados da Equação 6 usando a Parte I do Teorema Fundamental do Cálculo,<br />

obteremos<br />

IIl<br />

ds<br />

- = lr'(t)l<br />

dt<br />

É freqüentemente útil parametrizar uma curva em relação ao comprimento do arco,<br />

pois o comprimento de arco aparece naturalmente da forma da curva e não depende do sistema<br />

de coordenadas utilizado. Se uma curva r(t) já está dada em termos de um parâmetro<br />

t e s(t) é a função comprimento de arco dada pela Equação 6, podemos resolver para t<br />

como uma função de s: t = t(s). A curva pode ser então reparametrizada em termos de s


James Stewart CAPÍTUlO 13 FUNÇÓES VETORIAIS C1 863<br />

substituindo~se o parâmetro t: r~ r(t(s)). Assim, se s ~ 3, por exemplo, r(t(3)) é a<br />

posição do ponto que está a três unidades de comprimento do início da curva.<br />

EXEMPLO 2 Reparametrize a hélice circular r(t) = cos ti + sen t j + t k utilizando a<br />

medida de comprimento de arco de (1, O, O) na direção de crescimento de t.<br />

SOLUÇÃO O ponto inicial (1, O, O) corresponde ao valor do parâmetro t ~ O. Do Exemplo<br />

1, temos<br />

ds ~ I r'(t) I ~ j2<br />

dt<br />

e assim<br />

s ~ s(t) ~ j'' I r'(u) I du ~ f' .J2 du ~ ,fit<br />

O<br />

wÚ<br />

Portanto, t = s/ J2, e a reparametrização pedida é obtida substituindo-se o valor de t:<br />

Curvatura<br />

r(t(s)) ~ cos(s/!:2) i+ sen(s/f:2)j + (s/JZ) k<br />

X<br />

FIGURA 4<br />

Versar da tangente em pontos igualmente<br />

espaçados de C.<br />

Se C é uma curva lisa definida por uma função vetorial r, então r'(t) ::;6. O. Lembremo-nos<br />

de que o versor da tangente T(t) é dado por<br />

T(t) ~ _t:1tL<br />

I r'(rJ I<br />

e indica a direção da curva. Da Figura 4, podemos ver que T(t) muda de direção muito<br />

devagar quando a curva C é razoavelmente reta, mas muda de direção mais rapidamente<br />

quando a curva C se dobra ou retorce mais acentuadamente.<br />

A curvatura de C em um dado ponto é a medida de quão rapidamente a curva muda de<br />

direção no ponto. Especificamente, definimos a curvatura como o módulo da taxa de variação<br />

do versar da tangente com relação ao comprimento do arco. (Utilizamos o comprimento<br />

de arco, pois assim a curvatura independe da parametrização.)<br />

I<br />

[!i] Deiiniçilo A curvatura de uma curva é<br />

Londe T é o versor da tangente.<br />

I<br />

--~-·.J<br />

A curvatura é simples de calcular se expressa em termos do parâmetro t em vez de s.<br />

Assim, usamos a Regra da Cadeia (Teorema 13.2.3, Fórmula 6) para escrever<br />

dT<br />

dt<br />

dT ds<br />

ds dt<br />

e<br />

Mas dsídt ~ I r'(t) I da Equação 7, e então<br />

K(t) ~<br />

I T'(t) I<br />

I r'(tl I


864 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

EXE!VJPUJ 3 _J Mostre que a curvatura de um círculo de raio a é 1/ a.<br />

SOLUÇÃO Podemos tomar o círculo com centro na origem, e parametli.Zado como<br />

r(t) ~ a cos ti + a sen t j<br />

Assim<br />

portanto<br />

e<br />

r'(t) ~ -asenti + acostj e I r'(t) I ~ a<br />

r'(t) . .<br />

T(t) ~ ---<br />

~ -sen 11 + cos IJ<br />

r'(t)<br />

1<br />

1<br />

T'(t) ~ -cos ti- sen tj<br />

Isso nos dá I T'(t) I ~ 1; então, usando a Equação 9. temos<br />

I T(tJI 1<br />

K(l) ~- '()' ~-<br />

r f 1 a<br />

1<br />

O resultado do Exemplo 3 mostra que pequenos círculos têm uma grande curvatura,<br />

enquanto grandes círculos têm uma pequena curvatura, como nossa intuição indica.<br />

Podemos ver diretamente da definição que a curvatura de uma reta é sempre O, pois o vetor<br />

tangente é constante.<br />

Apesar de a Fórmula 9 ser utilizada em qualquer caso para calcular a curvatura, em<br />

geral é mais conveniente aplicar a fórmula dada pelo teorema que se segue:<br />

[!]!J Teoremfl A curvatura de uma curva dada pela função vetorial r é<br />

K(l) ~<br />

I r'(t) X r"(t) I<br />

I r'(t) IJ<br />

Prova Como T ~ r'/1 r' I e I r' I ~ ds/dt, temos<br />

ds<br />

r'~ lr'IT ~ -T<br />

dt<br />

e pela Regra do Produto (Teorema 13.2.3, Fórmula 3), temos<br />

d 2 ds<br />

ru=_s T +-T'<br />

dt 2 dt<br />

Usando o fato de que T X T ~ O (veja o Exemplo 2 da Seção 12.4). temos<br />

r' X r"~ ( ~; r(T X T')<br />

Agora I T(t) I ~ l para todo t, e então T e T' são ortogonais pelo Exemplo 5 da Seção<br />

13.2. Portanto, pelo Teorema 12.4.6,<br />

I d )' ( ds \ 2 (<br />

I r'<br />

d )'<br />

X r" I ~ \ d; I T X T' I ~ dt} I T li T' I ~ Jr I T' I


T<br />

James Stewart<br />

CAPiTUlO 13 FUNÇÜES VETORIAiS<br />

865<br />

Então<br />

. Ir' x r" I<br />

IT'i ~ (ds/dt) 2<br />

e<br />

Ir' X r" I<br />

I r' 11<br />

EXErv1PUJ 4 : Determine a curvatura da cúbica retorcida r(t) =<br />

genérico e em (O, O, O).<br />

(!, t 2 , t 3 ) em um ponto<br />

SOLUÇÃO Calculemos inicialmente os ingredientes:<br />

r'(t) ~ í l, 2t, 3t 2 ) r"(t) ~ (O, 2, 6t)<br />

I r'(tJ 1 ~ .Jl + 4t' + 9t'<br />

j<br />

r'(t) X r"(t) ~ 21 3t 2 ~ 6t 2 i- 6tj + 2k<br />

o 2 6t<br />

k<br />

I r'(t) X r"(t) I ~ .j36t' + 36t 2 + 4 ~ 2.j9t 4 + 9t 2 + l<br />

Então, aplicando o Teorema 1 O temos<br />

K(l) ~<br />

I r'(t) X r"(t) I<br />

I r'(tl I]<br />

2'


---------------------------------<br />

866 O CÁLCULO Editora Thomson<br />

c Podemos pensar no vetor normal<br />

como indicador da direção na qual a<br />

curva está se virando em cada ponto.<br />

Vetores Normal e Binormal<br />

Em urri ponto dado de uma curva lisa r(t) existem muitos vetores que são ortogonais ao<br />

versor da tangente T(t). Do mesmo modo que I T(t) I ~ l para todo t. temos<br />

T(t) · T'(t) ~ O do Exemplo 5 da Seção 13.2. e então T'(t) é ortogonal a T(t). Observe, no<br />

entanto, que T'(t) pode não ser um vetor unitário. Mas, se r' também for lisa, definiremos<br />

o vetor normal principal unitário N(t) (ou simplesmente normal unitário) corno<br />

N(t) ~<br />

T'(t)<br />

I T(t) I<br />

O vetor B(t) ~ T(t) X N(t), denominado vetor binormal, é perpendicular aTe N c também<br />

é unitário (veja a Figura 6).<br />

FIGURA 6<br />

EXEMPlO 5 :~<br />

Determine os vetores normal e binorrnal da hélice circular<br />

r(t) ~costi + sentj + t·k<br />

~ A Figura 7 ilustra o Exemplo 6<br />

mostrando os vetores T, N e B em<br />

dois pontos da hélice circular. Em<br />

geral, os vetores T, N e B começando<br />

nos vários pontos da curva. formam<br />

um conjunto de vetores ortogonais,<br />

denominados triedro TNB, que se<br />

move ao longo da curva quando t varia.<br />

Esse triedro TNB tem um papel<br />

importante em um ramo da<br />

matemática chamado geometria<br />

diferencial e em suas aplicações em<br />

movimento de naves espaciaJs.<br />

SOLUÇÃO Vamos, inicialmente, computar os ingredientes necessários para o cálculo do<br />

vetor unitário normal:<br />

r'(t) ~-senti+ costj + k<br />

I r'(tl I ~ ..fi<br />

r'(t) I<br />

T(t) ~ - '()I ~--;;;-- (-senti + cos t j + k)<br />

1 r t v2<br />

T'(t) ~ -i-(-cos ti - sen t j)<br />

../2<br />

. T'(t)<br />

N(t) ~ I T'(t) I<br />

IT'(tll ~ ~<br />

;12<br />

-costi- sentj ~ (-cost, -sent,O)<br />

X<br />

FIGURA 7<br />

Isso mostra que o vetor normal em um ponto da hélice circular é horizontal e aponta em<br />

direção ao eixo z. O vetor binormal é<br />

B(t) ~ T(t) X N(t) ~ +<br />

[-s!n t<br />

,2<br />

-cos t<br />

J . k] 1<br />

cos t 1 ~ - - 1<br />

(sen t, -cos t, I)<br />

-sen t<br />

O plano detenninado pelos vetores normal e binormal N e B em um ponto P sobre a<br />

curva C é chamado plano normal de C em P. Ele consiste em todas as retas que são ortogonais<br />

ao vetor tangente T. O plano estabelecido por T e N é denominado plano osculador<br />

de C em P. O nome vem do latim osculum, que significa "beijo". É o plano que mais<br />

se aproxima de conter a parte da curva próxima ao ponto P. (Para uma curva plana, o plano<br />

osculador é aquele que contém a curva.)<br />

O círculo do plano osculador de C em P tem a mesma tangente que C em P, e fica do<br />

lado côncavo de C (em direção ao qual N aponta), seu raio p ~ 1/ K (o recíproco da curvatura)<br />

é conhecido como círculo osculador (ou círculo da curvatura) de C em P. É o<br />

círculo que melhor descreve o comportamento da curva C perto de P; e tem em comum<br />

com a curva a mesma tangente, normal e curvatura em P.<br />

O<br />

,2<br />

EXEMPU!J o Determine as equações do plano normal e do plano osculador da hélice<br />

circular do Exemplo 6 no ponto P(O, 1, 7r/2).


James Stewart CAPÍTUlO 13 FUNÇÕES VETORiAiS u 867<br />

c A Figura 8 mostra a hélice e o plano<br />

osculad.or do Exemplo 7.<br />

SOLUÇÃO O plano nonnal em P tem vetor normal r'( 7r/2) ~ ( -1, O, l ), portanto sua<br />

equação é<br />

ou<br />

7f<br />

z=x+~<br />

2<br />

O plano osculador em P contém os vetores T e N, e assim seu vetor normal é<br />

T X N ~ B. Do Exemplo 6, temos<br />

B(t) ~ Jz ( sen t, -cos t, 1)<br />

FIGURA 8<br />

Um vetor normal mais simples é < 1, O, 1), então urp.a equação do plano osculador é<br />

l(x- O)+ O(y- 1) + l(z- ; ) ~O<br />

ou<br />

7f<br />

7 = -x + ~<br />

- 2<br />

\<br />

\<br />

FIGURA 9<br />

Vj<br />

círculo 'I<br />

osculador<br />

/<br />

v<br />

I<br />

l<br />

2<br />

y = x•/<br />

I<br />

I<br />

EXEMPlOS<br />

Determine e desenhe o círculo osculador da parábola y = x 2 na origem.<br />

SOLUÇÃO Do Exemplo 5, a curvatura da parábola na origem é K(O) ~ 2. Dessa fonna, o<br />

raio do círculo osculador é 1/K =i e seu centro é (o,~)- Sua equação é, portanto,<br />

x-<br />

,<br />

+<br />

(<br />

Y - 2<br />

l )'<br />

- = 4<br />

l<br />

Para o gráfico da Figura 9 usamos as equações paramétricas do círculo:<br />

x=icost<br />

v=.!.+.!.sent<br />

' 2 2<br />

Resumimos aqui as fórmulas para o vetor da tangente, os vetores normal e binormal e<br />

a curvatura.<br />

r'(t)<br />

T(t) ~ I r'(t) I<br />

N(t) ~<br />

T'(t)<br />

I T'(t) I<br />

K ~ I dT I ~ I T'(t) I ~ I r'(t) X r"(t) I<br />

ds 1 1 r'(t) 1 1 r'(tl 1'<br />

B(t) ~ T(t) X N(t)<br />

Exercícios<br />

1-6 c Determine o comprimento da curva dada. 7. Use a regra de Simpson com n = 10 para estimar o<br />

1. r(t) ~ (2sent,5t,2cost), -10"' '"'lO<br />

2. r(t) = (t 2 , sent- tcos t, cos t + t sent), O~ tE 1T<br />

r(t) = -/2ti + e 1 j + e-~~ k, O E tE 1<br />

4. r(t) = t 2 i + 2t j + ln t k, 1 E tE e<br />

5. r(t) ~ i+t 2 j + t 3 k, o"''"' 1<br />

6. r(t) ~ 121 i + 8t 31 ' j + 3t 2 k, O "' t"' l<br />

comprimento do arco da cúbica retorcida x = t, y = t\ z = t 3<br />

da origem até o ponto (2, 4, 8).<br />

U 8. Utilize o computador para traçar o gráfico da curva com equações<br />

paramétricas x = cos t, y = sen 3t, z = sen t. Detennine o<br />

comprimento total da curva com precisão de quatro casas decimais.<br />

3-11 o Reparametrize a curva em relação ao comprimento do arco<br />

do ponto onde t = O na direção crescente de t.<br />

9. r(t) ~ 2t i + (l - 3t) j + (5 + 4t) k


868 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

10. r(t) =e 21 cos2ti + 2j + e 2 'sen2tk<br />

11. r(t) = 3 sen t i + 4t j + 3 c os t k<br />

12. Reparametrize a curva<br />

r(t\<br />

2 ) . 21<br />

~ -.---I<br />

(<br />

I+ --j<br />

' t" + 1 t 2 + 1<br />

em relação ao comprimento do arco medido do ponto (1, O) na<br />

direção crescente de t. Expresse a reparJmetrização na fom1a<br />

mais simples. O que você pode concluir sobre a curva<br />

13-16<br />

(a) Determine os vetores tangente e nomml T(t) e N(t).<br />

(b) Utilize a Fórmula 9 para achar a curvatura.<br />

~ r(t) ~ (2sen t, 5t, 2 cos t)<br />

=<br />

14. r(!)= (t 2 ,senf- tcost,cost + tsent), t>O<br />

15. r(t) ~ (.fit, e', e-•)<br />

16. r(t) ~ (t', 2t, In t)<br />

17-19 c Utilize o Teorema 1 O para achar a curvatura.<br />

17. r(t) ~ t 2 i + t k<br />

18. r(t) ~ti+ tj + (1 + t 2 )k<br />

19. r(t) ~ 3t i + 4 sin t j + 4 cost k<br />

20. Determine a curvatura de r{t) = (e r cos t, e' sent, t) no ponto<br />

(1, o. 0\.<br />

21. Estabeleça a curvatura de r(t) = ( t, t 2 , t 3 ) no ponto (1, l, 1).<br />

22. Trace o gráfico da curva com equações paramétricas<br />

x=t y = 4t3/1<br />

e calcule a curvatura no ponto (1, 4, -1).<br />

23-25 o Use a Fórmula 11 para achar a curvatura.<br />

21. y = x 3 22. y = cosx 23. y = 4x 5 -' 2<br />

26--27 o Em que ponto a curva tem curvatura máxima O que<br />

acontece com a curvatura quando x --;.. oo<br />

26. y = ln x 11_1 Y = e~<br />

28. Determine a equação de urna parábola que tenha curvatura 4<br />

na origem.<br />

11.1 (a) A curvatura da curva C mostrada na figura é maior em P<br />

ou em Q Explique.<br />

o<br />

(b) Estime a curvatura em P e Q desenhando o círculo<br />

osculador nesses pontos.<br />

~ 30-31 :.= Utilize uma calculadora gráfica ou um computador para<br />

traçar na mesma teia a curva e sua função curvatura K(x). Esse é<br />

o gráfico que você esperava<br />

30. y = xe-x 31. y = x 4<br />

32-33 L-~ Dois gráficos, a e b são mostrados. Um é a curva y = j(x)<br />

e o outro é o gráfico da sua função curvatura y = K(x). Identifique<br />

cada uma e justifique suas escolhas.<br />

32. Y+<br />

I<br />

a I<br />

T~<br />

I /<br />

X<br />

/Í \-....<br />

I i \,\a<br />

, I b\ \<br />

I I \ \<br />

I ,""- \<br />

J7LJ34. (a) Faça o gráfico da curva r(t) = {sen 3r, sen 2t, sen 3t). Em<br />

quantos pontos da curva tem~se a impressão de que a<br />

curvatura possui um máximo local ou absoluto<br />

(b) Use CAS para determinar e fazer o gráfico da função<br />

curvatura. Esse gráfico confirma sua conclusão da parte( a)<br />

[-{A~)5. O gráfico de r(t) = \t- ~ sen t, l - ~ cos t, t) é ilustrado na<br />

Figura 12(b) da Seção 13.1. Onde que você acha que a curvatura<br />

é maior Use um CAS para determinar e fazer o gráfico da<br />

função curvatura. Para quais valores de t a curvatura é maior<br />

36. Use o Teorema 10 para mostrar que a curvatura da curva plana<br />

parametrizada x ~ f(t), y ~ g(t), é<br />

lxY-.Yxl<br />

K = [i2 + )'2]3/2<br />

onde os pontos indicam as derivadas em relação a t.<br />

g:; -3-Il iJ Use a fórmula do Exercício 36 para calcular a curvatura.<br />

37. x = e 1 cos t, y = e' sen t<br />

38. X= 1 + ! 3 , y = 1 + t 2<br />

3~-4{! c Encontre os vetores T, N e B no ponto indicado.<br />

B r(t) ~ (t 2 ,\t 3 , t). (!,l, l)<br />

40. r(t) = (e', e' sen t, e 1 cos t), (1, O, 1)<br />

!!1-42 o Determine as equações dos planos normal e osculador da<br />

curva no ponto indicado.<br />

41. x ~ 2 sen 31, y ~ t, z ~ 2 cos 3t; (O. 7T, -2)<br />

42. X~ t, y ~ 1 2 , z ~ 1 3 ; (!,I' l)<br />

li 43. Determine as equações para o círculo osculador da elipse<br />

9x 3 + 4y 2 ~ 36 nos pontos (2, O) e (0, 3). Utilize uma<br />

calculadora gráfica ou computador para traçar a elipse e ambos<br />

os círculos osculadores na mesma tela.<br />

44. Estabeleça as equações para o círculo osculador da parábola<br />

y = !x 2 nos pontos (0, O) e (1,!). Trace os dois círculos<br />

osculadores e a parábola na mesma tela.<br />

X


James Stewart<br />

CAPÍTUlO 13 FUr'-iÇÓES VETORIAIS<br />

869<br />

• Em que ponto da curva x = t 3 , ;r = 3t, z = t 4 é a normal<br />

paralela ao plano 6x + 6y - 8z = 1<br />

46. Existe um ponto da curva do Exercício 45 onde o plano<br />

osculador é paralelo ao plano x + y + z = 1 (Nota: Você<br />

precisará de um CAS para diferenciar, simplificar e calcular<br />

um produto vetoriaL)<br />

~'"Al-:<br />

Mostre que a curvatura K está relacionada com os vetores<br />

tangente e normal pela equação<br />

dT = KN<br />

ds<br />

48. Mostre que a curvatura de uma curva plana é K = j dtf>/ ds!,<br />

onde 4> é o ângulo entre Te i, isto é. cjJ é o ângulo de<br />

inclinação da reta tangente. (Isso mostra que a definição de<br />

curvatura é consistente com a definição dada para curvas<br />

planas no Exercício 69 da Seção 10.2.)<br />

49. (a) Mostre que dB/ds é perpendicular a B.<br />

(b) Mostre que dB/ds é perpendicular a T.<br />

(c) Deduza das partes (a) e (b) que dB/ds ~ - T(s)N para<br />

algum número T(s) chamado torção da curva. (A torção<br />

mede quanto a curva é retorcida.)<br />

(d) Mostre que para uma curva plana a torção é T(s) =O.<br />

50. As fórmulas seguintes, chamadas fórmulas de Frenet-Serret,<br />

são de fundamental importância em geometria diferencial:<br />

L dT/ds ~ KN<br />

2. dN/ds ~ -KT + TB<br />

3. dB/ds ~ - TN<br />

(A Fórmula 1 vem do Exercício 47, e a Fórmula 3, do<br />

Exercício 49.) Use o fato de que N = B X T para deduzir a<br />

Fórmula 2 das Fórmulas l e 3.<br />

51. Utilize as fórmulas de Frenet-Serret para provar cada um dos<br />

seguintes itens. (Aqui as linhas indicam as derivadas com<br />

rel-ação a t. CDmece comD na prova do Teorema 10.)<br />

X<br />

z<br />

FIGURA 1<br />

-<br />

Movimento<br />

-.·.~·.".F.·<br />

r(t +h)- r(t)<br />

h<br />

y<br />

(a) r" = s"T + K(s') 2 N<br />

(b) r' X r" ~ K(s')' B<br />

(c) r"'~ [s"'- K 2 (s')' ]T + [3KS's" + K'(s')']N + KT(s')'B<br />

X • r"'<br />

(d) T ~ ..':_~...!._~-<br />

52. Mostre que a hélice circular r(t) = {a cos t, a sent, bt) onde a<br />

e b são as constantes positívas, tem curvatura e torção<br />

constantes. [Use o resultado do Exercício 51(d). 1<br />

53. Utilize a fóm1Ula do Exercício 5l(d) para calcular a torção da<br />

curvar(!)= {t,~t",~t 3 ).<br />

54. Detennine a curvatura e a torção da curva x = senh r,<br />

_v= cosh t, z = t no ponto (0, 1, 0).<br />

55. A molécula de DNA tem a forma de duas hélices circulares<br />

(veja a Figura 3 na Seção 13.1). O raio de cada uma das<br />

hélices é de cerca de 1 O angstrOms (1 angstrüm = lO -g em).<br />

Cada hélice, em um giro completo, sobe 34 angstrOms, e<br />

existem cerca de 2,9 X 10 8 giros completos em uma molécula.<br />

Estime o comprimento de cada hélice circular.<br />

56. Consideremos o problema de projetar uma linha férrea onde<br />

precisamos fazer com as seções de trilhos retos sejam<br />

ligadas por meio de uma curva suave. Um trilho existente ao<br />

longo da parte negativa do eixo x precisa ser ligado a um trilho<br />

que corre ao longo da reta y = l para x ~ 1.<br />

(a) Detennine um polinômio P = P(x) de grau 5 tal que a<br />

função F definida por<br />

O<br />

se x,.; O<br />

F(x) ~ P(x) se O < x < l<br />

{<br />

1 sex;cl<br />

seja contínua e tenha derivada e curvatura contínuas.<br />

== (b) Utilize uma calculadora gráfica ou um computador para<br />

traçar o gráfico de F.<br />

no Espaço: Velocidade e Aceleração<br />

Nesta seção mostraremos como as idéias dos vetores tangente e normal, assim como os de<br />

curvatura, podem ser usadas na física para estudar o movimento de objetos, sua velocidade<br />

e sua aceleração, quando estão se movendo ao longo de uma curva espaciaL Em particular,<br />

seguiremos os passos de Newton, usando seu método para derivar a Primeira Lei de<br />

Kepler para o movimento planetário.<br />

Suponha que uma partícula se mova no espaço de forma que seu vetor posição no<br />

instante t seja r(t). Note da Figura l que, para pequenos valores de h, o vetor<br />

r(t + h) - r(t)<br />

[I]<br />

h<br />

se aproxima da direção de movimento da partícula que se move ao longo da curva r(t). Seu<br />

módulo mede o tamanho do vetor deslocamento por unidade de tempo. O vetor (1) fornece<br />

a velocidade média no intervalo de tempo de comprimento h e seu limite é o vetor velocidade<br />

v(t) no instante t:<br />

,~---~~·····~·~----~--··~~--,<br />

r(t + h) -<br />

v(t) = lim<br />

h_._O h<br />

r(t)<br />

= r'(t)


870 rJ CÁLCULO Editora Thomson<br />

Portanto, o vetor velocidade é também o vetor tangente e tem a direção da reta tangente<br />

à curva.<br />

A rapidez da partícula no instante t é o módulo do vetor velocidade, ou seja, I v(t) j.<br />

Isso é apropriado, pois, de (2) e da Equação 133.7, temos<br />

I v(l) 1 = 1 r'(l) I = ds =taxa de variação da distância com relação ao tempo<br />

dt<br />

Como no caso de movimento unidimensional, a aceleração da partícula é definida corno<br />

a derivada da velocidade:<br />

a(t) = v'(1) = r"(t)<br />

'1<br />

(I, l)<br />

EXEMPLO 1 O vetor de posição de um objeto se movendo em um plano é dado por<br />

r(t) = t 3 i + t 2 j. Determine a velocidade, a rapidez e a aceleração do objeto no instante<br />

t = 1 e ilustre geometricamente.<br />

SOLUÇÃO A velocidade e a aceleração no instante t são<br />

e a rapidez é<br />

Quando t =<br />

1, temos<br />

v( I) = r'(l) = 31 2 i + 21 j<br />

a(1) = r"( I) = 61 i + 2j<br />

I v(1) 1 = .J(31'l' + (21)2 = )91 4 + 4t'<br />

v(l) = 3i + 2j a(l) = 6i + 2j I v(l) I = Ji3<br />

FIGURA 2<br />

Os vetores velocidade e aceleração estão mostrados na Figura 2.<br />

EXEMPLO 2 '' Determine a velocidade, a aceleração e a rapidez de uma partícula com<br />

vetor de posição r(1) = (1 2 , e', te'),<br />

SOLUÇÃO<br />

v(1) = r'(1) = (21, e', (1 + l)e')<br />

a(1) = v'( I) = (2, e', (2 + t)e')<br />

I v(1) I = )41 2 + e 2 ' + (1 + 1) 2 e"<br />

'i<br />

i<br />

O A Figura 3 mostra a trajetória da<br />

partícula do Exemplo 2 com vetores<br />

velocidade e aceieraçào quando t = L<br />

FIGURA 3


James Stewart CAPÍTULO 13 FUNÇÕES VETORIAIS 871<br />

A integração de vetores introduzida na Seção 13.2 pode ser usada para achar o vetor<br />

posição quando os vetores de velocidade ou aceleração são conhecidos, como no ·seguinte<br />

exemplo.<br />

UEMPlO 3 c: Uma partícula se move de uma posição inicial r( O) ~ ( 1. O, O) com<br />

velocidade inicial v( O) ~ i - j + k. Sua aceleração é dada por a(t) ~ 4t i + 6t j + k<br />

Determine sua velocidade e posição no instante t.<br />

SOLUÇÃO Como a(t) ~ v'(t), temos<br />

v(t) ~f a(t)dt ~f (4ti + 6tj + k)dt<br />

~2t 2 i+3t 2 j +tk+ c<br />

Para determinar o valor do vetor constante C, usaremos o fato de que Y(O) = i ~ j + k.<br />

A equação anterior nos dá v( O) ~ C, assim C ~ i - j + k e<br />

Como v(t) ~ r'( r), temos<br />

v(t) ~ 21 2 i + 3t 2 j + t k + i - j + k<br />

~ (21 2 + !)i+ (31 2 - l)j + (t + l)k<br />

r(t) ~ f v(t) dt<br />

~f [(21 2 +I) i+ (31 2 - l)j + (t + l)k]dt<br />

~ {lt 3 + t)i + (t' - t)j + Gr' + t)k + D<br />

Tomando t ~ O, achamos que D ~ r( O) ~ i. Então,<br />

r(t) ~ {lt 3 + t +!)i+ (1 3 -<br />

t)j + (lr 2 + r)k<br />

LJ A expressão para r(t) que obtivemos<br />

no Exemplo 3 foi usada para traçar a<br />

trajetória da partícula na Figura 4 para<br />

o o:S: r o:S: 3.<br />

FIGURA 4<br />

Em geral, por integração vetorial podemos recuperar a velocidade quando a aceleração<br />

for conhecida e a posição quando a velocidade for conhecida:<br />

v(t) ~ v(t 0 ) + j'' a(u) du<br />

'o<br />

"'<br />

r(t) ~ r(t 0 ) + J v(u) du<br />

,,


872 CJ CÁLCULO Editora Thomson<br />

Se a força que age sobre a partícula é conhecida, então a aceleração pode ser determinada<br />

a partir da Segunda Lei de Newton para Movimento. A versão vetorial dessa lei nos diz<br />

que, se em qualquer instante de tempo t, urna força F(t) age sobre um objeto de m produzindo<br />

uma aceleração a(t), então<br />

u A velocidade angular do objeto<br />

movendo com posição Pé w = dO/dt,<br />

onde e é o ángulo mostrado na Figura 5.<br />

y<br />

p<br />

\<br />

\ o +-:<br />

'<br />

FIGURA 5<br />

F(t) = ma(t)<br />

EXEMPlO 4 2 Um objeto de massa m que se move em uma trajetória circular com<br />

velocidade angular constante w tem vetor de posição dado por<br />

r(t) =a cos wt i + a sen wt j. Determine a força que age sobre o objeto e mostre que<br />

sua direção e sentido são dados pela reta que passa pela origem, apontando para esta.<br />

SOLUÇÃO<br />

v(t) = r'(t) = -awsen wt i + aw cos wt j<br />

a(t) = v'(t) = -aw 2 cos wt i -<br />

Portanto, pela Segunda Lei de Newton, temos a força<br />

aw 2 sen wt j<br />

F(t) = ma(t) = -mw 2 (a cos wt i + a sen wt j)<br />

Note que F(t) = -mw 2 r(t). Isso mostra que a força age na direção oposta ao vetor radial r(t)<br />

e, portanto, aponta para a origem (veja a Figura 5). Essa força é chamada força centripeta. •-<br />

y<br />

FIGURA 6<br />

c Se você eliminar t na Equação 4,<br />

verá que y é uma função quadrática de<br />

x. Logo a trajetória da partícula é uma<br />

parábola.<br />

d<br />

X<br />

EXEMPlO 5 u Um projétil é disparado com ângulo de elevação a e velocidade inicial V o<br />

(veja a Figura 6). Assumindo que a resistência do ar seja desprezível e que a única força<br />

externa seja devida à gravidade, determine a função posição r(t) do projétiL Para qual<br />

valor de a obtemos maior alcance (distância horizontal percorrida)<br />

SOLUÇÃO Fixamos os eixos coordenados de forma que a origem coincida com o ponto<br />

inicial da trajetória do projétil. Como a força devida à gravidade age para baixo, temos<br />

onde g = I a I = 9,8 m/s 2 Então<br />

Como v'(t) = a, temos<br />

onde C = v( O) = Vo. Portanto<br />

Integrando novamente, obtemos<br />

F= ma= -mgj<br />

a= -gj<br />

v(t) = -gtj +C<br />

r'(t) = v(t) = -gt j + V o<br />

r(t) = -jgt 2 j +IVo+ D<br />

Mas D = r( O) = O, e então o vetor de posição do projétil é dado por<br />

r(t) = -jgt 2 j + Ivo<br />

Se escrevermos IVo I = v 0 (a velocidade inicial do projétil), então<br />

e a Equação 3 se torna<br />

As equações paramétricas da trajetória são<br />

Vo = vocos ai+ Voscnaj<br />

r(t) = (v 0 cos a)ti + [(vosena)t -jgt 2 ]j<br />

x = (vocos cx)t y = (vosena)t -jgt 2


James Stewart CAPÍTULO 13 FUNÇÜES VETORIAIS 873<br />

A distância horizontal d é dada pelo valor de x quando y = O. Impondo y = O, obtemos<br />

I = O ou 1 = (2vo sen a)/ g. O último valor de 1 fornece<br />

( ) 2v 0 sen a vÕ (2 sen a cos a) vÕ sen2a<br />

d=x=vocosa =<br />

g g g<br />

Claramente, d tem valor máximo quando sen 2a =<br />

1, ou seja, quando, a= 7i/4.<br />

EXEMPlO 6 o Um projétil é lançado com velocidade, da boca do canhão. de 150 mls e<br />

ângulo de elevação de 45° de um ponto 10m acima do nível do chão. Onde o projétil vai<br />

atingir o chão e com que rapidez<br />

SOLUÇÃO Se tomarmos a origem no nível do chão, então a posição inicial do projétil é<br />

(0, 10) e, portanto, precisamos adequar a Equação 4 adicionando lO na expressão para y.<br />

Como v 0 = 150 m/s, a= 45', e g = 9,8 m/s 2 , temos<br />

x = 150 cos( T/4)1 = 75/21<br />

y = 10 + 150 sen(T/4)1- j(9,8)1 2 = 10 + 75[21- 4,91 2<br />

O impacto ocorrerá quando y =O, isto é, quando 4,9t 2 - 75fit 10 =O. Resolvendo<br />

essa equação quadrática (e us'ando somente valores positivos para t), temos<br />

1=<br />

75[2 + ,111,250 + 196<br />

9,8 = 21,74<br />

Então x = 75[2 (21,74) = 2306, assim o projétil atinge o solo a uma distância em torno<br />

de 2.306 m.<br />

A velocidade do projétil é v(l) = r'(t) = 75[2 i + (75[2- 9,81) j<br />

Portanto, sua rapidez no impacto é<br />

I v(21, 74) I = .j"( 7-5 /2"2=)',_+-,( 7-5 /2"2~--9.-8-. 2-1-, 7""4 ) 2 = 151 m/ s<br />

Componentes Tangencial e Normal da Aceleração<br />

Quando estudamos o movimento de uma partícula, é freqüentemente útil decompor a aceleração<br />

em duas componentes, uma na direção da tangente e outra na direção da normal.<br />

Se escrevemos v = I v I para a rapidez da partícula, então<br />

r'(t) v(1) v<br />

T(l) = I r'(t) I = I v(l) I = -;;<br />

e assim<br />

v= vT<br />

Se diferenciarmos ambos os lados em relação a t, obteremos<br />

a = v' = v'T + vT'<br />

Se usarmos a expressão da curvatura dada pela Equação 13.3.9, temos<br />

IT'I<br />

IT'I<br />

K=--=--<br />

1 r' I v<br />

e então<br />

IT' I= KV


S74 ::::: CÁLCULO Editora Thomson<br />

O vetor normal foi definido na seção anterior como N ~ T/1 T' 1. portanto de (6) vem<br />

e a Equação 5 se toma<br />

T' ~ IT'IN ~ KVN<br />

Escrevendo ar e aN para as componentes tangencial e nonnal da aceleração, temos<br />

onde<br />

a= arT + a,vN<br />

FIGURA 7<br />

ar= v'<br />

e<br />

Essa resolução está ilustrada na Figura 7.<br />

Vamos olhar agora o que a Fórmula 7 nos diz. A primeira coisa a notar é que o vetor<br />

binonnal B não aparece. Independentemente de como o objeto se move no espaço, sua<br />

aceleração sempre está nos planos de Te N (o plano osculador). (Lembre-se de que T<br />

fornece a direção e sentido do movimento e N aponta a direção em que a curva está entortando.)<br />

Em seguida, notamos que a componente tangencial da aceleração é v', a taxa de<br />

variação da rapidez, e a componente normal da aceleração é KV 2 , a curvatura vezes o<br />

quadrado da rapidez. Isso explica o que acontece com um passageiro em um carro~- uma<br />

virada brusca em uma rua pode ser vista como um valor grande de curvatura K, de forma<br />

que a componente da aceleração perpendicular ao movimento é grande e o passageiro é<br />

jogado contra a porta do carro. A alta velocidade em uma curva tem o mesmo efeito: de<br />

fato, se dobrarmos nossa rapídez, aN será aumentado por um fator de 4.<br />

Apesar de termos uma expressão para as componentes tangencial e normal da aceleração<br />

na Equação 8, é desejável obter as expressões que dependam somente de r, r' e r 11 • Com essa<br />

finalidade, tomamos o produto escalar de v ~ vT com a, como dado na Equação 7:<br />

Portanto<br />

v · a ~ vT • (v'T + Kv 2 N)<br />

~ vv'T · T + Kv 3 T · N<br />

= vv'<br />

v· a<br />

ar= v'=--~<br />

v<br />

(como T · T = l e T • N = O)<br />

r'(t) · r"(t)<br />

I r'(rJ I<br />

Usando a fórmula da curvatura dada pelo Teorema 13.3.10, temos<br />

I _<br />

2 _ r'(t) X r"(t) I , 2<br />

_ I r'(t) X r"(t) I<br />

aN - KV - I r'(t) !' I r (t) I - I r'(t) I<br />

EUMPUJ 7 u Uma partícula se move com função de posição r(t) ~ (t 2 , t 1 , t 3 ).<br />

Determine as componentes tangencíal e normal da aceleração.<br />

SOLUÇÃO<br />

r(t) ~ t 2 i + t 2 j + t 3 k<br />

r'(t) ~ 2ti + 2tj + 3t 2 k<br />

r"(t) ~ 2i + 2j + 6t k<br />

I r'(t) I ~ )8t 1 + 9t 4<br />

Portnnto, da Equação 9 vem que a componente tangencial é<br />

r'(t) · r"(t) 81 + l8t 3<br />

ar=<br />

I r'(rJ I J&t 2 + 9t 4


James Stewart CAPÍTUlO 13 FUNÇÕES VETOHIA.IS U 875<br />

j<br />

Como r'(t) X r"(t) ~ 2t 2t<br />

2 2<br />

da Eqljação lO obtemos o componente normal<br />

I r'(t) X r"(t) I<br />

I r'(tJ I<br />

k<br />

3! 2 ~ 6t 2 i - 61 2 j<br />

6t<br />

,i8t 2 + 91' 1<br />

Leis de Kepler sobre o Movimento Planetário<br />

Descreveremos agora um dos principais feitos do cálculo mostrando como o material deste<br />

capítulo pode ser usado para provar as leis de Kepler sobre o movimento planetário.<br />

Depois de 20 anos estudando as observações do astrônomo dinamarquês Tycho Brahe, o<br />

astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler (1571-1630) formulou as seguintes três<br />

leis-:<br />

•<br />

Loi• do Kopior<br />

1. Um planeta gira em torno do Sol em uma órbita elíptica com o Sol em um dos focos.<br />

2. A reta que liga o Sol


876 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

Assim<br />

!!_(r X v) ~ r' X v + r x v'<br />

dt<br />

~vxv+rxa~o +O~O<br />

rxv~h<br />

onde h é um vetor constante. (Podemos presumir que h :rf O: ou seja, r e v não são paralelos.)<br />

Isso significa que o vetor r ~ r(t) é perpendicular a h para todos os valores de t.<br />

portanto o planeta está sempre em um plano que passa pela origem e é perpendicular a h.<br />

Dessa forma, a órbita do planeta é uma curva plana.<br />

Para provar a Primeira Lei de Kepler, vamos reescrever o vetor h corno se segue:<br />

Então<br />

axh~-- 2<br />

h =r X v= r X r' = ru X (ru)'<br />

~ ru X (cu' + r'u) ~ r 2 (u X u') + rr'(u X u)<br />

~ r 2 (u X u')<br />

-GM ( , ') ( ,<br />

-ux ruxu ~-GMuX uXu)<br />

r<br />

= -GM[(u · u')u- (u · u)u'] 1pcio1Corcma 12.'-1-.S.Propriedadeói<br />

Mas u · u ~ I uI' ~ I e, como I u(t) I ~ I, segue do Exemplo 5 da Seção 13.2 que<br />

u · u' = O. Portanto<br />

e então<br />

a X h~ GMu'<br />

(v X h)'~ v' X h~ a X h~ GMu'<br />

Integrando ambos os lados da equação, obtemos<br />

X<br />

FIGURA 8<br />

h<br />

c 'ieç-----~<br />

y<br />

r<br />

~v<br />

u<br />

v X h~ GMu +c<br />

onde c é um vetor constante.<br />

Neste ponto é conveniente escolher os eixos coordenados de forma que o vetor da base<br />

padrão k aponte na direção do vetor h. O planeta se move assim no plano xy. Como v X h<br />

eu são perpendiculares a h, a Equação li mostra que c pertence ao plano xy. Isso significa<br />

que podemos escolher os eixos x e y de forma que i esteja na direção de c, como mostrado<br />

na Figura 8.<br />

Se 8 é o ângulo entre c e r, então (r. &) são as coordenadas polares do planeta. Da<br />

Equação 11. temos<br />

onde c= I c 1. Então<br />

onde e= c/(GM). Mas<br />

r· (v X h)= r· (GMu +c)~ GMr · u +r· c<br />

= GMr u . n + I r li c I cos e= GMr + rc cos e<br />

r~<br />

r· (v X h)<br />

GM+ccose<br />

I r· (v x h)<br />

GM I+ ecos&<br />

onde h = I h 1- Desse modo,<br />

r· (v X h) = (r X v)· h~ h ·h= I h I'= h 2<br />

h 2 /(GM) eh 2 /c<br />

r= J+ecose +ecos e


James Stewart CAPÍTUlO 13 FUNÇÕES VETORIAiS 877<br />

Escrevendo d = h 2 /c, obtemos a equação<br />

ed<br />

r = _ _::_::_ __<br />

+ecos O<br />

Comparando com o Teorema 10.6.6, vemos que Equação 12 é aquela da forma polar da<br />

seção cônica com foco na origem e excentricidade e. Sabemos que a órbita de um planeta<br />

é uma curva fechada e, portanto, precisa ser uma elipse.<br />

Isso completa a derivação da Primeira Lei de Kepler. Guiaremos você na derivação<br />

da Segunda e da Terceira Lei no Projeto Aplicado na página 877. As provas dessas três<br />

leis mostram que o método deste capítulo fornece uma ferramenta potente na descrição<br />

de leis da natureza.<br />

Exercícios<br />

1. A tabela fornece coordenadas de partículas movendo~se no<br />

espaço ao longo de uma curva lísa.<br />

(a) Determine a velocidade média nos intervalos de tempo<br />

[O;!], [0,5; 1], [l; 2] e[!; 1,5].<br />

(b) Estime a velocidade e a rapidez da partícula no instante t = l.<br />

I ! X<br />

I v I '<br />

o 2.7 ! 9.8<br />

..<br />

.), '<br />

0,5 3,5 7,2 3.3<br />

1.0 4,5 6,0 3.0<br />

' i<br />

!,5 5,9 6.4 2.8<br />

I<br />

i<br />

I 2,0 I 7,3 I 7,8 I 2.7 I<br />

2. A figura mostra o caminho de uma partícula que se move com<br />

vetor posição r(t) no instante t.<br />

(a) Desenhe um vetor que represente a velocidade média da<br />

partícula no intervalo de tempo 2 ~ t ~ 2,4.<br />

(b) Desenhe um vetor que represente a velocidade média da<br />

partícula no intervalo de tempo 1 ,5 ~ t ~ 2.<br />

(c) Escreva uma expressão para o vetor velocidade v(2).<br />

(d) Desenhe uma aproximação do vetor v(2) e estime a<br />

rapidez da partícula em t = 2.<br />

y<br />

4. r(t) = (2 - t, 4,/t), t = I<br />

5. r(t) = e 1 i + e-- 1 j, t =O<br />

6. r(t} = senti + 2 cos t j, t = 7r/6<br />

z;Ali r(t) = senti + t j + cos t k, t = O<br />

li 8. r(t)=ti+t 2 j+t 3 k, t=I<br />

9-14 ::::; Determine os vetores velocidade e aceleração e a rapidez<br />

de uma partícula cuja função posição é dada.<br />

9. r(t) = (1 2 + 1, 1 3 , 1 2 - I ) 10. r(t) = (2 cos t, 3t, 2 sen t)<br />

r(t)=,/lti + e'j + e-'k<br />

13. r(t) =e'(costi + sentj +tk)<br />

14. r(t}=tsenti+tcostj+t 2 k<br />

12. r(t) =t 2 i + 1ntj + tk<br />

15-16 u Determine os vetores velocidade e de posição de uma<br />

partícula dadas a sua aceleração, velocidade e posição iniciais.<br />

~~ a(t) = k, v(O) = i - j, r(O) = O<br />

16. a(t) ~ -lOk, v(O) =i+ j- k, r(O) ~ 2i + 3j<br />

17-18 o<br />

(a) Determine o vetor posição de uma partícula dada a sua<br />

aceleração, velocidade e posição iniciais.<br />

U (b) Utilize o computador para traçar o caminho percorrido pela<br />

partícula.<br />

17. a(t) ~ i + 2j + 2t k, v( O) ~ O, r( O) = i + k<br />

18. a(t) = ti + t 2 j + cos 2t k, v( O) ~ i + k, r( O) ~ j<br />

3-3 o Determine a velocidade, a aceleração e a rapidez da<br />

partícula cuja função posição é dada. Esquematize o caminho da<br />

partícula e desenhe os vetores velocidade e aceleração para os valores<br />

de t especificados.<br />

3. r(t) ~ (1 2 -l,t), t~ l<br />

X<br />

19. A função posição de uma partícula é dada por<br />

r(t} = {t 1 , 5t, t 2 - 16t). Quando sua rapidez é mínima<br />

20. Qual força é requerida de forma que uma partícula de massa m<br />

tenha a função posição r(t) = t 3 i + t 2 j + t 3 k<br />

21. Uma força com grandeza 20 N age diretamente no sentido<br />

ascendente a partir do plano xy em um objeto com massa 4 kg.<br />

O objeto começa na origem com velocidade inicial<br />

v( O) = i - j. Determine sua função posição e sua rapidez no<br />

instante t.


878 L1 CÁLCUlO Editora Thomson<br />

.22. Mostre que, se uma partícula se move com rapidez<br />

constante, então os vetores velocidade e de aceleração são<br />

ortogonais.<br />

23. Um projétil é disparado com uma rapidez inicial de 500 m!s<br />

e ângulo de elevação de 30"'. Determine (a) o alcance do<br />

projétil, (b) a altura máxima atingida e (c) a rapidez do<br />

impacto.<br />

24. Repita o Exercício 23 considerando agora o projétil disparado<br />

de uma posição 200 m acima do solo.<br />

25. Uma bola é atirada em um ângulo de elevação de 45"' em<br />

relação ao solo. Se a bola cai no solo a uma distância de 90 m,<br />

qual a rapidez inicial da bola<br />

26. Um canhão é disparado com ângulo de elevação de 30°. Com<br />

que velocidade a bala sai pela boca do canhão se o máximo de<br />

altura que ele atinge é de 500 m<br />

27. A rapidez com que uma bala sai pela boca de um canhão é<br />

de 150 m/s. Determine dois ângulos de elevação que podem<br />

ser utilizados para atingir um alvo que está a 800 m de<br />

distância dele.<br />

28. No beisebol, um batedor rebate uma bola, que está a 3 pés<br />

acima do chão, em direção à parte central da cerca do<br />

campo, que tem 10 pés de altura e dista 400 pés da base<br />

do lançamento. A bola deixa o bastão com uma rapidez<br />

de 115 pés e com ângulo de 50o acima da horizontal.<br />

Foi home run (Em outras palavras, a bola passou por cima<br />

da cerca)<br />

'§~..<br />

A água, descendo por um trecho reto de um rio, flui mais<br />

rápida no meio e a rapidez diminui para quase zero nas<br />

margens. Considere um trecho longo de rio dirigindo-se para o<br />

norte com as margens paralelas distando 40 m uma da outra.<br />

Se a rapidez máxima da água é de 3 mls, podemos usar uma<br />

função quadrática como modelo básico para a taxa de fluxo<br />

da água x unidades de distância da margem oeste:<br />

j(x) ~ ~ x(40 - x).<br />

(a) Um barco vai com uma rapidez constante de 5 mls a partir<br />

de um ponto de A na margem oeste enquanto se mantém<br />

direcionado perpendiculannente à margem. A que distância,<br />

rio abaixo, na margem oposta, o barco vai atingir a praia<br />

Faça um gráfico da trajetória do barco.<br />

(b) Suponha que quiséssemos pilotar o barco a fim de atracar<br />

em um ponto B, diretamente oposto ao A, na margem leste.<br />

Se mantivermos a rapidez constante de 5 m/s e um<br />

direcionamento constante, determine o ângulo no qual o<br />

barco deve ser conduzido. Depois faça o gráfico do caminho<br />

real que o barco segue. Essa trajetória parece realista<br />

30. Outro modelo razoável para a rapidez da água do rio no<br />

Exercício 26 é a função senoidal: f(x) = 3 sen(7Txí40). Se o<br />

piloto do barco quiser atravessar o rio de A até B com<br />

direcionamento constante e rapidez constante de 5 m/s,<br />

determine o ângulo no qual o barco deve seguir.<br />

::; - Determine os componentes tangencial e normal do vetor<br />

aceleração.<br />

31. r(t) ~ (31- 1 3 ) i+ 3t 2 j<br />

32. r(l) ~ (l + t) i+ (1' - 2t)j<br />

L3ª~<br />

r(t} = cos ti + sent j + t k<br />

34. r(t) ~ 1 i + t' j + 3t k<br />

35. r(t) = e'i + j2rj + e·'k<br />

36. r(t) = ti + cos 2 t j + sen 2 t k<br />

37. A grandeza do vetor aceleração a é 10 cmís 2 . Use a figura para<br />

estimar as componentes tangencial e nonnal de a.<br />

Yt<br />

o<br />

38. Se uma partícula com massa m se move com vetor posição r(t),<br />

então seu momento angular é definido como<br />

L(t) = mr(t) X v(t) e seu torque é estabelecido como<br />

T(l) ~ mr(t) X a(t). Mostre que L'(t) ~ T(l). Deduza que, se<br />

r(t) = O para todo t, então L(t) é constante. (Esta é a lei de<br />

conservação do momento angular.)<br />

39. A função posição de uma nave espacial é<br />

r(l) ~ (3 + t)i + (2 + ln t)j + (7 -- 4 -) k<br />

t 2 + 1<br />

e as coordenadas de uma estação espacial são (6, 4, 9). O<br />

capitão quer que a nave encoste em uma estação espacial.<br />

Quando as máquinas da nave devem ser desligadas<br />

40. Um foguete que queima o combustível carregado dentro de si<br />

enquanto se move no espaço tem, no instante t, velocidade v(t)<br />

e massa m(t). Se os gases provenientes da combustão escapam<br />

a uma velocidade de V e relativamente ao foguete, deduz-se da<br />

Segunda Lei de Newton do movimento que<br />

(a) Mostre que v(l) ~ v(O) -<br />

X<br />

ln :~~; v,.<br />

(b) Para que, em linha reta, o foguete acelere do repouso para<br />

o dobro da rapidez de saída de seus gases de combustão,<br />

que fração da massa inicial será queimada


James Stewart CAPÍTUlO 13 FUhiÇÓES VETORiAIS 879<br />

Johannes Kep!er estabeleceu três leis sobre o movimento planetário baseadas em quantidades de<br />

dados referentes à posição dos planetas em diferentes instantes de tempo.<br />

1. Um planeta gira em torno do Sol em uma órbita elíptica com o Sol em um dos focos.<br />

2. A reta que liga o Sol a um planeta percorre áreas iguais em intervalos de tempo iguais.<br />

3. O quadrado do período de revolução de um planeta é proporcional ao cubo do comprimento<br />

do maior eixo de sua órbita.<br />

X<br />

Kepler formulou essas leis porque elas serviam para os dados das observações de que ele<br />

dispunha. Ele não foi capaz de provar por que elas valiam nem como elas se relacionavam umas<br />

com as outras. Mas sir Isaac Newton, em seu Principia Mathematica, de 1687, mostrou como<br />

deduzir as três leis de Kepler de duas leis de sua autoria, a Segunda Lei do Movimento e a Lei<br />

Universal da Gravitação. Na Seção 13.4 provamos a Primeira Lei de Kepler usando o cálculo de<br />

funções vetoriais. Neste projeto guiamos você através da prova da Segunda e da Terceira Leis de<br />

Kepler e exploramos suas conseqüências.<br />

1. Utilize os seguintes passos para provar a Segunda Lei de Kepler. A notação será a mesma que<br />

foi empregada na prova da Primeira Lei da Seção 13.4. Em particular, use as coordenadas<br />

polares de modo que r= (rcos O) i+ (rsen O)j.<br />

dO<br />

(a) Mostre que h ~ r 2 - k.<br />

dt<br />

, dO<br />

(b) Deduza que r·-~ h.<br />

dt<br />

(c) Se A = A(t) é a área percorrida pelo vetor radial r = r(t) no intervalo de tempo [t 0 , t]<br />

como mostrado na figura, mostre que<br />

( d) Deduzaque<br />

dA I 2 dO<br />

-=-;;rdt<br />

. dt<br />

dA I<br />

dt = 2 h = constante<br />

Essa eq_Úâção diz que a razão pela qual A é percorrida é constante'e prova a Segunda Lei de<br />

ün\ pláfieta e~ tomo do' Sol; ou seja, T é o tempo r~uerido --:Para o planeta<br />

,, Sql. at,ravés-de $Ua órbita elíptica. Suponha que ()S


880 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

VERIFICAÇÃO DE CONCEITOS<br />

1. O que é uma função vetorial Como calcular sua derivada e<br />

sua integral<br />

2. Qual a relação entre funções vetoriais e curvas espaciais<br />

3. (a) O que é uma curva lisa<br />

(b) Como achar o vetor tangente de uma curva lisa em um<br />

ponto Como achar a reta tangente Como determinar o<br />

versar tangente<br />

4. Se u e v são funções vetoriais diferenciáveis, c é um escalar e<br />

f é uma função real, escreva as regras para diferenciar as<br />

seguintes funções vetoriais:<br />

(a) u(t) + v(t) (b) cu(t)<br />

(c) f(t)u(t)<br />

(d) u(t) · v(t) (e) u(t) X v(t) (f) u(f(t))<br />

5. Corno achar o comprimento de uma curva espacial dada pela<br />

função vetorial r(t)<br />

6. (a) Qual a definição de curvatura<br />

(b) Escreva a fórmula para curvatura em função de r'(!) e T'{t).<br />

(c) Escreva a fórmula para curvatura em função de r'(t) e r"(t).<br />

(d) Escreva a fónnula para curvatura de urna curva plana com<br />

equação y ~ f(x).<br />

7. (a) Escreva as fórmulas para os vetores normal e binonnal de<br />

uma curva lisa espacial r(t).<br />

(b) O que é o plano normal de uma curva em um ponto E o<br />

plano osculador O que é o círculo osculador<br />

8. (a) Como determinar a velocidade, a rapidez e a aceleração de<br />

uma partícula que se move ao longo de uma curva espacial<br />

(b) Escreva a aceleração em termos de seus componentes<br />

tangencial e normal.<br />

9. Quais são as leis de Kepler<br />

TESTES FALSO-VERDADEIRO<br />

Determine se as afirmações a seguir são verdadeiras ou falsas. Se verdadeira,<br />

explique por quê. Se falsa, explique por que ou forneça um contra-exemplo.<br />

1. A curva com equação vetorial r(t) = t 3 i + 2t 3 j + 3t 3 k é uma<br />

reta.<br />

2. A curva com equação vetorial r(t) = (t, t 3 , t 5 ) é lisa.<br />

3. A curva com equação vetorial r(t) = (cos t, t", t 4 ) é lisa.<br />

4. A derivada da função vetorial é obtida diferenciando-se cada<br />

componente da função.<br />

5. Se u(t) e v(t) são funções vetoriais diferenciáveis, então<br />

~ [u(t) X v(t)] ~ u'(t) X v'(t)<br />

dt<br />

6. Se r(t) é uma função vetorial diferenciável, então<br />

d<br />

-[r(t)[ ~ [r'(t)[<br />

dt<br />

7. Se T(t) é o versor tangente de uma curva lisa, então a curvatura<br />

é K ~ [dT/dt[.<br />

8. O vetor binormal é dado por B(t) ~ N(t) X T(t).<br />

9. O círculo osculador de uma curva C em um ponto tem o<br />

mesmo vetor tangente, vetor normal e curvatura que C naquele<br />

ponto.<br />

10. As parametrizações diferentes de uma mesma curva resultam<br />

em vetores tangentes idênticos em um mesmo ponto da curva.<br />

EXERCÍCIOS<br />

1. (a) Esboce o desenho da curva com função vetorial<br />

r(t) =ti+ cos rrtj + sen1rtk<br />

(b) Determine r'(t) e r"(t).<br />

2. Seja r(t) ~ (,/2- t, (e'- 1)/t, ln(t + !)).<br />

(a) Determine o domínio de r.<br />

(b) Determine lim,-o r(t).<br />

(c) Determine r'(t).<br />

t;:;,: O<br />

3. Determine a função vetorial que representa a curva obtida<br />

pela interseção do cilindro x 2 + y 2 = 16 com o plano<br />

X+ Z = 5.<br />

4. Determine as equações paramétricas da reta tangente à curva<br />

x = t 2 , y = t 4 , z = t 3 no ponto (1, 1, 1). Desenhe a curva e a<br />

tangente em uma mesma tela.<br />

5. Se r(t) = t 1 i + t cos 1Tt j + sen 7Tt k, calcule f~ r(t) dt.<br />

6. Seja C a curva com equações x = 2 - t 3 , y = 2t- 1, z =In t.<br />

Determine (a) o ponto de interseção de C com o plano xz, (b)<br />

as equações paramétricas da reta tangente em (l, 1, O) e (c)<br />

uma equação para o plano normal a C em (1, 1, O).<br />

7. Utilize a fórmula de Simpson com n = 4 para estimar o comprimento<br />

do arco de curva com equação x = Ji, y = 4/t,<br />

z ~ t 2 + 1 de (1. 4, 2) até (2, l, 17).<br />

8. Determine o comprimento da curva r(t) = (2t 312 , cos 2t, sen2t),<br />

O~t~l.<br />

9. A hélice r1(t) = cos ti + sen t j + t k intercepta a curva<br />

r 2 (t) ~ (I + t)i + t 2 j + t 2 k no ponto (1, O, O).<br />

Determine o ângulo de interseção dessas curvas.


James Stewart CAPÍTUlO 13 fUhJÇÕES VETORiAiS :..:i 881<br />

10. Reparametrizeacurva r(t) =e' i+ e 1 sentj + e'costk com<br />

respeito ao comprimento do arco de curva medido do ponto<br />

(1, O, 1) na direção de aumento do valor de t.<br />

11. Para a curva dada porr(t) = (}t 3 , ~! 2 , t), detennine (a) o<br />

versor tangente, (_b) o versar normal e (c) a curvatura.<br />

12. Determine a curvatura da elipse x = 3 cos I, y = 4 sen 1 nos<br />

pontos (3, O) e (0. 4).<br />

13. Estabeleça a curvatura da curva y = X 4 no ponto (1, 1).<br />

14. Determine uma equação do círculo osculador da curva<br />

y = x 4 ~t" na origem. Faça o gráfico da curva e do círculo<br />

osculador.<br />

15. Detennine uma equação do plano osculador da curva x = sen 2t,<br />

y = t, z = cos 2t no ponto (0, 17", l).<br />

16. A figura mostra a curva C traçada por uma partícula com vetor<br />

de posição r(t) no instante t.<br />

(a) Desenhe o vetor que representa a velocidade médía da<br />

partícula no intervalo de tempo 3 ~ t ~ 3,2.<br />

(b) Escreva a expressão para a velocidade v(3).<br />

(c) Escreva uma expressão para o versor T(3) e desenhe~o.<br />

17. Uma partícula se move de acordo com a função posição<br />

r(t) = t In ti + t j +e-' .k. Determine a velocidade, a rapidez<br />

e a aceleração da partícula.<br />

18. Uma partícula começa sua trajetória na origem com velocidade<br />

inicial i - j + 3k. Sua aceleração é<br />

a(t) = 6t i + I2t 2 j - 6t k Determine sua função de posição.<br />

19. Um atleta arremessa um disco em um ângulo de 45o em<br />

relação à horizontal com rapidez inicial de 43 pés/s. Sua mão<br />

fica 7 pés acima do chão.<br />

(a) Onde está o disco 2 segundos depois<br />

(b) Qual a altura máxima que o disco atinge<br />

(c) Onde o disco atinge o chão<br />

2lt Determine as componentes tangencial e normal do vetor aceleração<br />

de uma partícula que se move com vetor de posição<br />

r(t) ~ti+ 2tj + t'k<br />

21. Um disco de raio 1 está girando no sentido anti-horário a uma<br />

rapidez angular constante w. Uma partícula inicia no centro do<br />

disco e se move em direção às bordas em uma direção radial<br />

fixa de forma que sua posição no instante t, t ;< O, é dada por<br />

r(t) ~ tR(t), onde<br />

R(t) =<br />

cos wt i + sen wt j<br />

(a) Mostre que a velocidade v da partícula é<br />

22.<br />

y<br />

l<br />

I<br />

o<br />

v= cos wti + sen wtj + tvd<br />

onde v d = R '(t) é a velocidade do ponlo na borda do disco.<br />

(b) Mostre que a aceleração a da partícula é<br />

onde ad = R"(t) é a aceleração na borda do disco. O tenno<br />

extra 2 VJ é chamado aceleração de Coriolis; ele é o<br />

resultado da interação entre a rotação do disco e o movimento<br />

da partícula. Podemos obler uma demonstração física dessa<br />

aceleração andando .em direção à borda de um carrossel.<br />

(c) Detennine a aceleração de Coriolis de uma partícula que<br />

se move em um disco rodando segundo a equação<br />

r(t) =<br />

e·" 1 cos wti + e-'sen wtj<br />

No projeto das cun,as de transferência, usadas para ligar<br />

trechos retos dos trilhos de uma linha férrea, é importante<br />

entender que a aceleração do trem deve ser contínua de modo<br />

que a força reativa exercida pelo trem no trilho seja também<br />

contínua. Por causa das fórmulas obtidas na Seção 13.4 para<br />

as componentes da aceleração, este só será o caso se a<br />

curvatura variar de modo contínuo.<br />

(a) Um candidato lógico à curva de transferência para juntar<br />

dois trilhos existentes dados por y = 1 para x ~ O e<br />

y = .,fi -; x para x ~ 1/ .J2 precisa ser uma função<br />

f(x) = yl- x 2 , O< x < l/JZ, cujo gráfico é um arco<br />

de círculo mostrado na figura. À primeira vista, parece<br />

razoável. Mostre que a função<br />

I sex"'O<br />

F(x) ~ v' I - x 2 se O < x < 1/ .;2<br />

{<br />

v'2- x<br />

se x"' 1/v'l<br />

é contínua e tem derivada contínua, mas não tem<br />

curvatura contínua. Assim, f não é apropriada para a<br />

curva de transferência.<br />

(b) Detennine um polinômio de quinto grau para servir de<br />

curva de transferência entre os dois segmentos de reta;<br />

y = O para x ~ O e y = x para x ;< I. Poderíamos utihzar<br />

um polinômio de quarto grau Use uma calculadora gráfica<br />

ou computador para esquematizar o gráfico da função<br />

"conexão" e verifique se ele se assemelha ao da figura.<br />

y = F(x)<br />

~<br />

Yj<br />

y=O<br />

I<br />

y=x<br />

"curva de<br />

transferência<br />

X o X


y<br />

FIGURA PARA O PROBLEMA 1<br />

F<br />

FIGURA PARA O PROBLEMA 2<br />

X<br />

1. Uma partícula P se move com rapidez angular constante w em torno de um círculo com centro<br />

na origem e raio R. A partícula é dita estar em movimento circular uniforme. Suponha que o<br />

movimento seja no sentido anti~horário e que a partícula está no ponto (R, 0) quando t = O. O<br />

vetor posição no instante t ~ O é r(t) =R cos wt i + R scn wt j.<br />

(a) Detennine o vetor velocidade v e mostre que v · r = O. Conclua que v é a tangente ao<br />

círculo e tem sentido igual ao do movimento.<br />

(b) Mostre que a rapidez I v I da partícula é constante wR. O período T da partícula é o tempo<br />

necessário para que a partícula complete uma volta. Conclua que<br />

T ~ 27TR ~ 27T<br />

lvl<br />

w<br />

(c) Estabeleça o vetor aceleração a. Mostre que ele é proporcional a r e que aponta para a<br />

origem. Uma aceleração com essa propriedade é chamada aceleração centrípeta. Mostre<br />

que o módulo do vetor aceleração é I a I = Rw".<br />

(d) Suponha que a partícula tenha massa m. Mostre que a grandeza da força F que é necessária<br />

para produzir esse m.ovimento, denominada fOrça centrípeta, é<br />

IFI ~ mlvl'<br />

R<br />

2. Uma curva circular de raio R em uma auto-estrada é inclinada em um ângulo de O de modo que<br />

um carro possa passar pela curva sem derrapar quando não existe atrito entre a estrada e os pneus.<br />

A perda de atrito ocorre, por exemplo, se a estrada está coberta com uma fina camada de água ou<br />

de gelo. A rapidez nominal v R associada a uma curva é a rapidez máxima que o can·o pode atingir<br />

na mesma sem derrapar. Suponha que um carro de massa m esteja transpondo a curva com rapidez<br />

nominal v R. Duas forças estarão agindo sobre o carro: a força vertical, mg, em razão do peso do<br />

carro e uma força F exercida pela estrada, perpendicular a ela (veja a figura).<br />

O componente vertical de F contrapõe-se ao peso do carro, de forma que i F I cos O = mg. O<br />

componente horizontal de F produz uma força centrípeta no carro de forma que, pela Segunda<br />

Lei de Newton e parte (d) do Problema L<br />

md<br />

IFisene~R<br />

(a) Mostre que vk = Rg tg O.<br />

(b) Determine a rapidez nominal associada a uma curva circular de raio 400 pés que é inclinada<br />

em um ângulo de 12".<br />

(c) Suponha que os engenheiros projetistas queiram manter a inclinação em 12", mas desejem<br />

aumentar a rapidez nominal em 50%. Nesse caso, qual deve ser o raio da curva<br />

3. Um projétil é disparado da origem com um ângulo de elevação a e rapidez inicial v 0 • Supondo<br />

que a resistência do ar seja desprezível e que a única força que age sobre o projétil seja a<br />

gravidade, g, foi mostrado no Exemplo 5 da Seção 13.4 que o vetor de posição do projétil é<br />

r(t) = (v 0 cos a)t i + [(v 0 sena)t -<br />

tgt 2 ] j. Também foi mostrado que o alcance máximo do<br />

projétil ocorre quando a = 45" e, nesse caso, o alcance é R = võ/g.<br />

(a) Qual é o ângulo no qual o projétil deve ser disparado para atingir a altura máxima e qual é<br />

essa altura<br />

(b) É dada a rapidez inicial v 0 e a parábola x 1 + 2Ry - R 1 = O, cujo gráfico é exposto na figura.<br />

Mostre que o projétil pode atingir qualquer alvo dentro ou na fronteira da região limitada pela<br />

parábola e o eixo x, e que o projétil não pode atingir nenhum alvo fora dessa região.<br />

Y"'<br />

o<br />

D<br />

X<br />

882


J<br />

FIGURA PARA O PROBLEMA 4<br />

3,5 pés<br />

~ I<br />

' e I e<br />

'ffY<br />

I<br />

FIGURA PARA O PROBLEMA 7<br />

X<br />

(c)Suponha que o lançador do projétil tenha um ângulo de elevação a quando mirando um<br />

alvo que esteja suspenso a uma altura h diretamente acima de um ponto D unidades à<br />

frente. O alvo é solto no instante em que o projétil é lançado. Mostre que o projétil sempre<br />

atinge o alvo, independentemente da velocidade vo, desde que o projétil não atinja o chão<br />

"antes" de D.<br />

4. (a) Um projétil é disparado a partir da origem em mn plano inclinado para baixo em um<br />

ângulo ()com a horizontal. O ângulo de elevação do lançador e a rapidez inicial do projétil<br />

são respectivamente a e v 0 . Encontre o vetor posição do projétil e as equações paramétricas<br />

da trajetória do projétil como funções do tempo t. (Despreze a resistência do ar.)<br />

(b) Mostre que o ângulo a de elevação que vai maximizar o alcance do projétil no plano<br />

inclinado é a metade do ângulo entre o plano e a verticaL<br />

(c) Suponha que o projétil seja lançado sobre um plano inclinado para cima cujo ângulo de<br />

inclinação é O. Mostre que, a fim de maximizar o alcance (ladeira acima), o projétil deverá<br />

ser disparado em. direção à metade do ângulo entre o plano e a vertical.<br />

(d) Em um artigo apresentado em 1686, Edmond Halley resumiu as leis da gravitação e<br />

movimento de projéteis e os aplicou à artilharia. Um dos problemas propostos por ele<br />

envolvia disparar um projétil para atingir um alvo a uma distância R em um plano<br />

inclinado para cima. Mostre que o ângulo no qual o projétil deve ser disparado para<br />

atingir o alvo, mas usando a menor quantidade de energia, é o mesmo que o ângulo da<br />

parte (c). (Use o fato de que a energia necessária para disparar o projétil seja proporcional<br />

ao quadrado da velocidade inicial, assim, minimizar a energia é equivalente a minimizar a<br />

velocidade iniciaL)<br />

5. Um projétil de massa m é disparado a partir da origem com um ângulo de elevação a. Além<br />

da gravidade, considere que a resistência do ar gera urna força que é proporcional à<br />

velocidade e que se opõe ao movimento. Então, pela Segunda Lei de Newton, a força total<br />

atuante no projétil satisfaz a equação<br />

d 2 R<br />

dt2<br />

m~- =<br />

dR<br />

-mgj- k--<br />

dt<br />

onde R é o vetor posição c k > O é a constante de proporcionalidade.<br />

(a) Mostre que a Equação 1 pode ser integrada resultando na equação<br />

dR k<br />

-+-R= Va- gt j<br />

dt m<br />

dR<br />

onde v 0 ~ v(O) ~ ~0).<br />

dt<br />

(b) Multiplique ambos os lados da equação da parte (a) por e{kfmll e mostre que o lado esquerdo<br />

da equação resultante é a derivada do produto 11 e( "' 11 R(t). Integre então para obter a<br />

expressão do vetor posição R(t).<br />

ô. Determine a curvatura da curva com equações paramétricas<br />

y ~ f~ cos(bre') de<br />

7. Uma bola cai de urna mesa com uma rapidez de 2 pés/s. A mesa tem 3,5 pés de altura.<br />

(a) Determine o ponto no qual a bola atinge o chão e encontre sua rapidez no instante do<br />

impacto.<br />

(b) Encontre o ângulo O entre a trajetória da bola e a linha vertical que passa pelo ponto de<br />

impacto (veja a figura).<br />

(c) Suponha que a bola repique do chão no mesmo ângulo com o qual ela o atinge, mas que<br />

perca 20% de sua rapidez devido à energia absorvida no impacto. Onde a bola atinge o chão<br />

no segundo repique<br />

8. Um cabo tem raio r e comprimento L e está enrolado, sem sobreposição, em um carretel de raio<br />

R. Qual é o menor comprimento ao longo do carretel que é coberto pelo cabo


14<br />

Derivadas Parciais<br />

Um modo efetivo de visualizar uma<br />

função de duas variáveis é plotar as<br />

curvas de nível (também chamadas<br />

linhas de contorno). Essas curvas<br />

indicam pontos onde a função tem<br />

um mesmo valor.


James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAIS n 885<br />

Até aqui, tratamos o cálculo de funções de uma única variável. No entanto, no mundo<br />

real, quantidades físicas freqüentemente dependem de duas ou mais variáveis, de<br />

modo que, neste capítulo, focalizaremos nossa atenção em funções com diversas<br />

variáveis e estenderemos nossas idéias básicas do cálculo diferencial para tais funções,<br />

Nesta seç-ão estudaremos as funções de duas ou mais variáveis sob quatro pontos de vista<br />

diferentes:<br />

• verbalmente<br />

• numericamente<br />

• algebricamente<br />

• visualmente<br />

(pela descrição em palavras)<br />

(por uma tabela de valores)<br />

(por uma fórmula explícita)<br />

Funções de Duas Variáveis<br />

(por um gráfico ou curvas de nível)<br />

A temperatura T em um ponto da superfície da Terra em um dado instante de tempo<br />

depende da longitude x e da latitude y do ponto. Podemos pensar em T como uma função<br />

de duas variáveis x e y, ou como uma função do par (x, y). Indicamos essa dependência<br />

funcional escrevendo T ~ f(x, y).<br />

O volume V de um cilindro circular depende de seu raio r e de sua altura h. De fato.<br />

sabemos que V= 7ir 2 h. Podemos dizer que V é uma função de r e de h, e escrevemos<br />

V(r, h) ~ r.r 2 h.<br />

Urna função f de duas variáveis é uma regra que associa, a cada par<br />

ordenado de números reais (x, y) de um conjunto D, um único valor real denotado<br />

porf(x, y). O conjunto D é o domínio de f, e sua imagem, o conjunto de valores<br />

possíveis de f, ou seja, {f(x, y) I (x, y) E D}.<br />

Freqüentemente escrevemos z ~ f(x, y) para tomar explícitos os valores tomados por f<br />

em um ponto genérico (x, y). As variáveis x e y são variáveis independentes, e z é a variável<br />

dependente. [Compare com a notação y ~ f(x) para as funções de uma única variável.]<br />

Uma função de duas variáveis é aquela cujo dorrúnio é um subconjunto de IR 2 e cuja<br />

imagem é um subconjunto de lf:R. Uma maneira de visualizar essa função é pelo diagrama<br />

de setas (veja a Figura 1), onde o domínio D é representado como um subconjunto do<br />

plano xy.<br />

z<br />

FiGURA 1<br />

Se a função f é dada por sua fórmula e seu domínio não é especificado, fica entendido<br />

como domínio de f o conjunto de todos os pares de valores (x, y) para os quais a expressão<br />

dada fornece um número real bem-definido.


886 o CÁLCUlO Editora Thomson<br />

x+y+l=O<br />

FlGUR.A 2<br />

(a) f ( x, Y) ~ -"-"--'-:-_:c_<br />

X - J<br />

SOLUÇÃO<br />

Determine os domínios das seguintes funções e ca1culef(3, 2).<br />

+ +<br />

(b) f(x, y) ~ x ln(y 2 - x)<br />

(a) f( 3. 2) ~ )3 + 2 + 1 ~ /6<br />

. 3- 1 2<br />

A expressão para f está bem-definida se o denominador for diferente de O e o número<br />

raiz quadrada será extraída for não-negativo. Portanto, o domínio de f é<br />

D~{(x,y)lx+y+ l ;,o, xrf 1}<br />

y<br />

A desigualdade x + y + 1 ~O, ou y ~ -x- 1, descreve os pontos que estão sobre ou<br />

acima da reta y = -x- 1, ao passo que x :rf 1 significa que os pontos sobre a reta<br />

x ~ 1 precisam ser excluídos do domínio. (Veja a Figura 2.)<br />

(b) f(3, 2) ~ 3 ln(2 2 - 3) ~ 3 In 1 ~ O<br />

X<br />

Como ln(y 2 - x) é definido somente quando y 2 - x > O, ou seja, x < y 2 , o dorninio de<br />

fé D ~ {(x, y) lx < y 2 ). Isso representa o conjunto de pontos à esquerda da parábola<br />

x ~ y 2 (Veja a Figura 3.)<br />

FIGURA 3<br />

Domínio de f(-< y) =x In(y - x)<br />

Nem todas as funções podem ser representadas por fórmulas explícitas. A função do<br />

próximo exemplo é descrita verbalmente e por estimadores numéricos de seus valores.<br />

i:XtlV!PtD Em regiões com inverno severo, o índice sensação ténnica é<br />

freqüentemente utilizado para descrever a severidade aparente do frio. Esse índice W<br />

mede a temperatura subjetiva que depende da temperatura real Te da rapidez do vento v.<br />

Assim W é uma função de Te de v, e podemos escrever W = f(T, v). A Tabela 1<br />

apresenta valores de W compilados pelo Serviço Nacional de Meteorologia dos<br />

Estados Unidos e Serviço Metereológico do Canadá.<br />

TABELA 1 Índice sensação térmica como função da temperatura do ar e rapidez do vento<br />

Velocidade do vento (km/h)<br />

O NOVO ÍNOICE SENSAÇÃO TÉRMICA<br />

Um novo índice denominado sensação<br />

térmica foi introduzido em novembro<br />

de 2001 e é muito mais preciso que o<br />

velho índice de medição de quanto frio se<br />

sente quando está ventando, O novo<br />

índice é baseado em um modelo de quão<br />

rápido um rosto humano perde calor. Foi<br />

desonvo!vido por meio de ensaios clínicos<br />

nos quais voluntários e;am expostos a<br />

uma variedade de temperaturas e rapidez<br />

do vento em um túnel de<br />

vento íefrigerado.<br />

e ~4 '~1]!~: ~~~=4~~;rJ:i:~<br />

!] 1 -w ~-" 1s -17 -1s -19 zo 21 22! n, :3! 241<br />

e '~-::15 -19 -21 23 -24 -25 -26 ·c! --,"4 -30 l . 50 ·31 .<br />

-20<br />

I 241 -27 29l-2o -32 -33 --34' ;s · 36l-37l-3sj<br />

~ -zsl-2o/33 -2s -37,~38 -39 41 ~44431~44T=-~~~<br />

-30 I -36 -391 -41 -43!-44 -46 -43 -4A -50 :-51 I -52 i<br />

. -35 I -41 I -45,48 I 49 I --Si I -52 ~=-:;6 57 • ~;;T_:_60 I<br />

~4151 -54 -561 57 59 I 61 63 -=~4 --651·671


T<br />

James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAIS o 887<br />

Por exemplo, a tabela mostra que, se a temperatura é -5°C e a rapidez do vento,<br />

50 km!h, então subjetivamente parecerá tão frio quanto uma temperatura de cerca de<br />

-1 soe sem vento. Portanto<br />

J(-5, 50)= -15<br />

TABELA 2<br />

~,/ Em 1928, Charles Cobb e Paul Douglas publicaram um estudo no<br />

qual modelavam o crescimento da economia norte-americana durante o período<br />

1899-1922. Eles consideraram uma visão simplificada onde a produção é deternúnada<br />

pela quantidade de trabalho e pela quantidade de capital investido. Apesar de existirem<br />

muitos outros fatores afetando o desempenho da economia, o modelo provou-se<br />

impressionantemente razoáveL A função utilizada para modelar a produção era da forma<br />

P(L, K) = bL"K'-"<br />

onde Pé a produção total (valor monetário dos bens produzidos no ano); L, a quantidade<br />

de trabalho (número total de pessoas-hora trabalhadas em um ano); e K, a quantidade de<br />

capital investido (valor monetário das máquinas, equipamentos e prédios). Na Seção<br />

14.3, vamos mostrar como obter a Equação 1 com algumas hipóteses econômicas.<br />

Cobb e Douglas usaram dados econômicos publicados pelo governo para construir a<br />

Tabela 2. Eles tomaram o ano de 1899 como base, e P, L e K foram tomados valendo<br />

100 nesse ano. Os valores para outros anos foram expressos como porcentagens do valor<br />

de 1899.<br />

Cobb e Douglas utilizaram o método dos mínimos quadrados para ajustar os dados da<br />

Tabela 2 à função<br />

!9]5<br />

i\! i<br />

(Veja o Exercício 71 para detalhes.)<br />

Se usarmos o modelo dado pela função na Equação 2 para calcular a produção nos<br />

anos de 1910 e 1920, obteremos os valores<br />

P(147, 208) = 1,01(147) 0 · 75 (208) 0 ~ 25 = 161,9<br />

P(194, 407) = 1,01(194) 075 (407) 0 • 25 = 235,8<br />

que são muito próximos dos valores reaís, 159 e 231.<br />

A função de produção (1) foi usada posteriormente em muitos ajustes, de firmas individuais<br />

até para questões globais de economia. Ela passou a ser conhecida como função<br />

de produção de Cobb-Douglas. Seu donúnio é {(L, K) I L ;;, O, K;,;, 0}, pois, como L e<br />

K representam trabalho e capital, não podem ser negativos.<br />

SOLUÇÃO O donúnio de g é<br />

Determine o domínio e a imagem de<br />

g(x, y) = v9 X 2 y 2<br />

3 X<br />

D = {(x,y)J9- - y 2 ;,;, O} = {(x, y) I x 2 + y 2 ,;;; 9}<br />

FIGURA 4<br />

Donúnio de g(x, y)<br />

que é o disco com centro (0, O) e raio 3 (veja a Figura 4). A imagem de g é<br />

{zjz = ../9 x 2 y 2 , (x,y) E D}


888 o CÁlCUlO<br />

Editora Thomson<br />

Como z é a raiz quadrada positiva, z ~ O. Temos também<br />

Assim a imagem é<br />

{z!O ""z"" 3} ~(O, 3]<br />

Gráficos<br />

'1<br />

'<br />

s<br />

I<br />

1<br />

I<br />

(x, y,f(x, y))<br />

Outra forma de visualizar o comportamento de uma função de duas variáveis é considerar<br />

seu gráfico.<br />

Se f é uma função de duas variáveis com domínio D, então o gráfico de f é o<br />

conjunto de todos os pontos (x, y, z) em lll: 3 tal que z ~ f(x, y) e (x, y) perten~am a D.<br />

X<br />

FIGURA 5<br />

o<br />

D<br />

(x, y, O)<br />

y<br />

Assim como o gráfico de uma função f de uma única variável é uma curva C com<br />

equação y = f(x), o gráfico de uma função com duas variáveis é uma superfície S<br />

com equação z = f(x, y). Podemos enxergar a superfície S de f como estando diretamente<br />

em cima ou abaixo de seu domínio D que está no plano xy (veja a Figura 5).<br />

~Xfii!!PLO 5 ~ Esboce o gráfico da função j(x, y) ~ 6 - 3x - 2y.<br />

SOLUÇÃO O gráfico de f tem a equação z ~ 6- 3x- 2y, ou 3x + 2y + z ~ 6, que<br />

representa um plano. Para desenhar o plano, primeiro achamos os interceptas. Fazendo<br />

y = z = O na equação obtemos x = 2 como o interceptar. Analogamente, o intercepto y<br />

é 3 e o intercepto z é 6. Isso nos ajuda a esboçar a parte do gráfico que se encontra no<br />

primeiro octante (Figura 6).<br />

l(O, O, 6)<br />

lj \<br />

f I \<br />

! I ,<br />

I I \<br />

f I \\.<br />

----1 ! (0, 3,0)<br />

,' ,---<br />

(2, O, 0) i/ ' ~~---~<br />

y<br />

FIGURA 6<br />

X<br />

A função do Exemplo 5 é um caso especial da função<br />

f(x, y) ~ ax + by + c<br />

e é chamada função linear. O gráfico de uma função tem a equação z = ax + by + c, ou<br />

ax + by - z + c = O, e portanto é um plano. Do mesmo modo que as funções lineares de<br />

urna única variável são importantes no cálculo de uma variável, veremos que as funções<br />

lineares de duas variáveis têm um papel central no cálculo com muitas variáveis.<br />

Desenhe o gráfico de g(x, y) ~


T<br />

i<br />

i<br />

James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCiAiS LJ 889<br />

FIGURA 7<br />

3.<br />

Gráficodeg(x,y)= 9 .\~-i<br />

SOLUÇÃO O gráfico tem a equação z =<br />

Elevando ao quadrado ambos os<br />

lados da equação, obtemos z 2 = 9 - x 2 - y 2 , ou + y 2 + z 2 = 9, que reconhecemos<br />

como a equação da esfera de centro na origem e raio 3. Mas como z ~ O, o gráfico de g<br />

é somente a metade superior da esfera (veja a Figura 7).<br />

Utilize o computador para traçar o gráfico da função de produção de<br />

Cobb-Douglas P(L, K) ~ l,OIL 0·75 K 0·25 .<br />

SOLUÇÃO A Figura 8 mostra o gráfico de P para os valores de trabalho L e capital K que<br />

estão entre O e 300. O computador utilizou os traços verticais para desenhar a superfície.<br />

Vemos desses traços que o valor da produção P aumenta com o crescimento de L ou de<br />

K, como esperado.<br />

300<br />

200<br />

p<br />

FIGURA 8<br />

Determine o dorrúnio e a imagem e esboce o gráfico de<br />

h(x, y) ~ 4x 2 + y 2<br />

SOLUÇÃO Note que h(x, y) é definida para todos os possíveis pares ordenados de<br />

números reais (x, y), e seu domínio é !ll: 2 , o plano xy todo. A imagem de h é o conjunto<br />

[0, ao) de todos os reais não-negativos. [Note que x 2 :;, O e y 2 :;, O, portanto h(x, y) :;, O<br />

para todo x e y.]<br />

O gráfico de h é dado pela equação z ~ 4x 2 + y 2 , que é um parabolóide elíptico que<br />

esboçamos no Exemplo 4 da Seção 12.6. Os traços horizontais são elipses e os verticais,<br />

parábolas (veja a Figura 9).<br />

FIGURA 9<br />

Gráfico de h(x, y) = 4x' + i<br />

J<br />

Existem programas de computador desenvolvidos para traçar os gráficos de funções de<br />

duas variáveis. Na maioria desses programas, são desenhados os traços nos planos verticais<br />

x ~ k e y ~ k para os valores de k igualmente espaçados, e as linhas do gráfico que<br />

estariam escondidas são removidas.


890 Li CÁLCUlO<br />

Editora Thomson<br />

A Figura 1 O mostra uma série de gráficos de diversas funções, gerados por computador.<br />

Note que obtemos uma melhor visão da função quando a rodamos de modo a olhá-la por<br />

diferentes pontos de vista. Nos itens (a) e (b) o gráflco da f é achatado e próximo do piano<br />

xy exceto perto da origem; isso se dá porque ' é muito pequeno quando x ou y é<br />

muito grande.<br />

X<br />

(a)f(x, y) = (x' + 3y')e-•'-•'<br />

(b)f(x. y) = (x' + 3y')e-•'-•'<br />

)'<br />

FIGURA 10<br />

(c)f(x, y) = sen x + sen y<br />

(d)f(x, y) = sen .:/en v<br />

Curvas de Nível<br />

Até aqui vimos dois métodos diferentes para visualizar funções: o diagrama de setas e os<br />

gráficos. Um terceiro método, emprestado dos cartógrafos, é um mapa de contornos, em<br />

que os pontos com elevações constantes são ligados para formar cutTas de contorno ou<br />

curvas de nível.<br />

Definição As curvas de nível de uma função f de duas variáveis são aquelas com<br />

equação f(x, y) ~ k, onde k é uma constante (na imagem de JJ.<br />

Uma curva de nível f(x, y) ~ k é o conjunto de todos os pontos do domínio de f nos<br />

quais o valor de f é k. Em outras palavras, ela mostra onde o gráfico de f tem altura k.<br />

Você pode ver na Figura 11 a relação entre as curvas de nível e os traços horizontais.<br />

As curvas de nívelf(x, y) = k são apenas traços do gráfico de f no plano horizontal z = k<br />

projetado sobre o plano xy. Assim. se você traçar as curvas de nível da função e visualizálas<br />

elevadas para a superfície na altura indicada, poderá imaginar o gráfico da função


45 I<br />

James Stewart<br />

' ' '<br />

CAPÍTUlO 14 DERIVADAS PARCIAIS CJ 891<br />

o<br />

X<br />

y<br />

f(x, y) = 20 _f<br />

I I"<br />

k = .35-<br />

- - k = 30<br />

k"' 25<br />

- k= 20<br />

FIGURA 11<br />

FIGURA 12<br />

colocando as duas informações juntas. A superfície será mais inclinada onde as curvas de<br />

nível estiverem mais próximas umas das outras. Ela é mais ou menos plana onde as curvas<br />

de nível estão distantes umas das outras.<br />

Um exemplo comum de curvas de nível ocorre em mapas topográficos de regiões montanhosas,<br />

como o mapa da Figura 12. As curvas de nível são aquelas em que a elevação em<br />

relação ao nível do mar é constante. Se você andar sobre um desses contornos, nem descerá<br />

nem subirá. Outro exemplo comum é a função temperatura introduzida no parágrafo inicial<br />

desta seção. Aqui as curvas são chamadas curvas isotérmicas e ligam localidades que têm<br />

a mesma temperatura. A Figura 13 mostra um mapa-múndi indicando as temperaturas<br />

médias do mês de janeiro. Isotérmicas são as curvas que separam as bandas destacadas.<br />

FiGURA 13<br />

Temperaturas médias ao nível do mar<br />

no mês de janeiro, em graus Celsius


892 LJ CÁlCULO Editora Thomson<br />

g(x,<br />

Mapa de contorno de<br />

y) ~ ../9 x 2 y 2 EXEMPUJ 9 c: A Figura 14 mostra um mapa de contorno para uma função f Utilize-o<br />

para estimar os valores def(l, 3) ef(4, 5).<br />

f(l, 3) = 73<br />

Da mesma forma, estimamos que<br />

X<br />

/(4, 5) = 56<br />

EXEMPlO 10 CJ<br />

para os valores k = -6, O, 6, 12.<br />

SOLUÇÃO As curvas de nível são<br />

6- 3x- 2y = k ou 3x + 2y + (k - 6) = O<br />

EXEMPLO 11 o Esboce o gráfico das curvas de nível das funções<br />

g(x,y) = ../9- x 1 - y 2 para k ~ O, 1, 2, 3<br />

SOLUÇÃO As curvas de nível são<br />

../9 - x 1 - y 2 ~ k ou<br />

que corresponde a uma fanu1ia de circunferências concêntricas com centro em (0, O) e<br />

raio ~- Os casos k = O, 1, 2, 3 estão mostrados na Figura 16. Tente visualizar<br />

essas curvas de nível elevadas da superfície e compare com o gráfico de g (um hemisfério)<br />

da Figura 7.<br />

'i k=3<br />

k=l<br />

(3, Ü) X<br />

FIGURA 16<br />

o 2 3 4 5<br />

FIGURA 14<br />

FIGURA 15<br />

Mapa de contorno de<br />

J(x, y) ~ 6 - 3x - 2y<br />

SOLUÇÃO O ponto (l, 3) está na parte entre as curvas de nível cujos valores dez são 70 e<br />

80. Estimamos que<br />

Esboce o gráfico das curvas de nível da função f(x, y) = 6 - 3x- 2y<br />

ou seja, uma família de retas com inclinação-~. As quatro curvas de nível particulares<br />

pedidas com k = -6, O, 6 e 12 são 3x + 2y - 12 ~O, 3x + 2y - 6 ~O, 3x + 2y =O<br />

e 3x + 2y + 6 = O. Elas estão apresentadas na Figura 15. As curvas de nível são retas<br />

paralelas, igualmente espaçadas, porque o gráfico de fé um plano (veja a Figura 6).<br />

UEI\ill'lO !2 o Esboce algumas curvas de nível da função h(x, y) = 4x 2 + y 2<br />

SOLUÇÃO As curvas de nível são<br />

4x 2 + y 2 = k<br />

ou<br />

x2 yl<br />

-+-=1<br />

k/4 k


James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAIS D 893<br />

que, para k >O, descrevem uma família de elipses com semi-eixos vk/2 e Jk.<br />

A Figura 17(a) mostra o diagrama de contornos de h desenhado por computador com<br />

curvas de nível correspondendo a k ~ 0,25; 0,5; 0,75, ... , 4. A Figura l7(b) apresenta<br />

essas curvas de nível elevadas para termos o gráfico de h (um parabolóide elíptico) que<br />

coincide com os traços horizontais. Vemos da Figura 17 como o gráfico de h é montado<br />

de suas curvas de níveL<br />

y<br />

FIGURA 17<br />

O gráfico de h(x, y) = 4x" +i<br />

é fonnado levantando-se<br />

as curvas de nível.<br />

(a) Mapa de contornos<br />

(b) Traços horizontais são curvas de nível elevadas<br />

EXEMPLO 13 o Trace as curvas de nível para a função de produção de Cobb-Douglas do<br />

Exemplo 3.<br />

SOLUÇÃO Na Figura 18 usamos o computador para desenhar os contornos da função<br />

produção de Cobb-Douglas<br />

)<br />

FIGURA 18<br />

100 200 300 L<br />

As curvas de nivel estão indicadas com os valores da produção P correspondentes. Por<br />

exemplo, a curva de nível indicada com 140 mostra todos os valores de quantidade de<br />

trabalho L e de capital investido K que resultam na produção P = 140. Vemos que, para<br />

um valor fixo de P, quando L aumenta K diminui, e vice-versa.<br />

Para alguns propósitos, o mapa de contornos (ou diagrama de contornos) é mais útil que<br />

um gráfico. Certamente isso é verdadeiro no Exemplo 13. (Compare a Figura 18 com a<br />

Figura 8.) Isso também é verdadeiro quando queremos fazer uma estimativa de valores,<br />

como no Exemplo 9.


894 o CÁLCUlO Editora Tbomson<br />

A Figura 19 mostra algumas curvas de nível geradas por computador juntamente com<br />

os gráficos correspondentes. Note que as curvas de nível apresentadas na parte (c) da figura<br />

aparecem muito amontoadas perto da origem. Isso corresponde, no gráfico mostrado na<br />

parte ( d), a uma mudança de inclinação muito acentuada nessa região.<br />

z<br />

(a) Curvas de nível def(x, y) = -xyr''- '<br />

(b) Duas vistas de f (x, y) = - xyc'=-<br />

FIGURA 19 (c) Curvas de nível def(x, y)<br />

-3y<br />

X 1 +y'+ 1<br />

( d) f(x, y) = -""'--,<br />

x2 +i+ 1<br />

Funções com Três ou Mais Variáveis<br />

Uma função com três variáveis, f, é uma regra que associa a cada tripla ordenada (x, y, z)<br />

em um donúnio D C ~ 3<br />

um único número real denotado por J(x, y, z). Por exemplo, a<br />

temperatura Tem um ponto da superfície terrestre depende da latitude y e da longitude x<br />

do ponto e do tempo t, de modo que podemos escrever T ~ f(x, y, t).<br />

EXEMPlO 14 o Determine o donúnio de<br />

J(x, y, z) ~ ln(z - y) + xy senz<br />

SOLUÇÃO A expressão para J(x, y, z) é definida desde que z - y > O, de modo que o<br />

donúnio de f seja<br />

D ~ {(x, y, z) E ~ 3 j z > y)<br />

Isso é o semi-espaço constituído por todos os pontos que estão acima do plano z = y.


James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAIS c~ 895<br />

É muito difícil visualizar uma função f de três variáveis por seu gráfico, uma vez que<br />

estaríamos em um espaço de quatro dimensões. Entretanto ganhamos algum conhecimento<br />

de f desenhando suas superfícies de nível, que são as superfícies com equação<br />

f(x, y, z) ~ k, onde k é uma constante. Se um ponto (x, y, z) se move ao longo de uma<br />

superfície de nível, o valor de f(x, y, z) permanece fixo.<br />

EXEMPlO 15<br />

Determine as curvas de superfície da função<br />

f(x, y, z) ~ x 2 + y 2 + z 2<br />

SOLUÇÃO As superfícies de nível são x 2 + y 2 + z 2 ~ k, onde k ;;, O. Elas formam uma<br />

fanu1ia de esferas concêntricas com raio )k. (Veja a Figura 20.) Então, quando (x, y, z)<br />

varia sobre uma das esferas com centro O, o valor de j(x, y, z) permanece fixo.<br />

FIGURA 20<br />

As funções com qualquer número de variáveis também podem ser consideradas. Uma<br />

função com n variáveis é uma regra que associa um número real z = f(x 1 , x 2 , ••• , x,.,.) à<br />

n-upla (xt, X2, ... , x,.,) de números reais. Denotamos por [!:g" o conjunto de todas as n~uplas.<br />

Por exemplo, se uma fábrica de alimentos usa n ingredientes diferentes para manufaturar<br />

um determinado alimento, sendo c; seu custo por unidade do i-ésimo ingrediente, e se são<br />

necessárias x; unidades do i-ésimo ingrediente, então o custo total C dos ingredientes é<br />

uma função de n variáveis xh X2, ... , xn:<br />

A função fé uma função real cujo donúnio é um subconjunto de !Rn. Algumas vezes utilizaremos<br />

a notação vetorial para escrever essas funções de forma mais compacta: se<br />

x ~ (xj, x,, ... , x,), freqüentemente escreveremos f(x) no lugar de f(xj, x,, ... , x,).<br />

Com essa notação podemos reescrever a função definida na Equação 3 como<br />

f(x) ~c· x<br />

onde c= (c1, c2, ... , Cn) e c· x denota o produto escalar dos vetores c ex em Vn.<br />

Tendo em vista a correspondência biunívoca entre os pontos (xh x2, ... , xn) em IR 11 e os<br />

Vetores de posição X~ (X;, X2, ... , X,) em V"' podemos olhar de três formas diferentes<br />

para a função f definida em um subconjunto de IR":<br />

1. Como uma função de n variáveis reais x1, x2, ... , Xn<br />

2. Como uma função de um único ponto variável (xh x 2 , .•. , Xn)<br />

3. Como uma função de um vetor variável x = (x 1 , x 2 , ••• , x 11 )<br />

Veremos que todos os três pontos de vista têm sua utilidade.<br />

Exercícios<br />

No Exemplo 2 consideramos a função W = f(T, v), onde W era<br />

o índice sensação ténnica ocasionado pelo vento; Ta<br />

temperatura real; e v, a rapidez do vento. A representação<br />

numérica foi fornecida pela Tabela 1.<br />

(a) Qual o valor de f( -15, 40) Qual seu significado<br />

{b) Descreva em palavras o significado da questão "Para que<br />

valores de v é f( -20, v) = -30". Em seguida, responda à<br />

questão.<br />

(c) Descreva o significado da questão "Para que valores de T<br />

vale f(T, 20) = -49" Em seguida, responda à questão.<br />

(d) Qual o significado da função W ~f( -5, v) Descreva o<br />

comportamento dessa função.<br />

(e) Qual o significado da função W ~ f(T, 50) Descreva o<br />

comportamento dessa função.


896 o CÁLCUlO Editora Thomson<br />

2. O índice I de temperatura-umidade (ou símplesmcnte Umidex)<br />

em função da umidade f é a temperatura aparente do ar quando<br />

a temperatura real é Te a umidade relativa é h, de modo que<br />

possamos escrever I = f(T, h). A tabela seguínte com os<br />

valores de f foi extraída de uma tabela do Serviço de<br />

Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados<br />

Unidos.<br />

TABELA 3<br />

~<br />

80 77<br />

Temperatura aparenle como função<br />

da temperatura e da umidade<br />

Umidade relativa(%)<br />

20 30 40 50 60<br />

I<br />

78 79 81 82<br />

85 82 I 84 86 88 90<br />

- t '<br />

90 87 90 93 96 100<br />

95 93 96 101 107 114<br />

100 99 104 110 120 132<br />

(a) Qual é o valor de f(95, 70) Qual seu significado<br />

(b) Para que valor de h temos f(90, h) ~ 100<br />

(c) Para que valor de Ttemos f(T, 50) ~ 88<br />

(d) Qual o significado de I~ f(80, h) e I~ f(lOO, h)<br />

Compare o comportamento dessas duas funções de h.<br />

70<br />

83<br />

93<br />

106<br />

124<br />

144<br />

3. Verifique que, para a função de produção de Cobb-Douglas<br />

P(L, K) ~ l,OlL<br />

0·"K<br />

0·"<br />

I>Z<br />

5 I<br />

Duração (horas)<br />

lO 15<br />

10 2 I<br />

2 2<br />

15 4 4 5<br />

f-- ' ---i<br />

20 5 7 8<br />

I<br />

30 9 i 13 16<br />

40 14 I 21 25<br />

50 19 29 i 36 ' I<br />

'<br />

60 24 37 I 47 i<br />

'<br />

6. Seja f(x, y) ~ ln(x + y- l).<br />

(a) Estime f(l, 1).<br />

(b) Estime f(e, 1),<br />

(c) Detennine o domínio de f.<br />

(d) Estabeleça a imagem de f.<br />

7. Seja f(x, y) ~ x'e"'·<br />

(a) Calcule f(2, O).<br />

(b) Detennine o domínio de f.<br />

(c) Estipule a imagem de f.<br />

20 I<br />

2<br />

5<br />

8<br />

17<br />

28<br />

40<br />

54<br />

8. Detennine e esboce o dorrúnio da função<br />

'<br />

30<br />

2<br />

5<br />

9<br />

18<br />

31<br />

45<br />

62<br />

40<br />

!<br />

2<br />

5<br />

9<br />

I 19<br />

'<br />

I 33<br />

f(x, y) ~ v' I + x y'. Qual é a imagem da f<br />

9. Seja f(x, y, z) ~<br />

(a) Calcule f(2, -1, 6).<br />

(b) Estabeleça o domínio de f.<br />

(c) Determine a imagem f.<br />

48<br />

67<br />

50<br />

2<br />

5<br />

9<br />

19<br />

I 33<br />

50<br />

69<br />

discutida no Exemplo 3, a produção dobrará se a quantidade<br />

de trabalho e a de capital investido forem dobradas. É verdade<br />

também para uma função de produção genérica<br />

P(L, K) ~ bL"Kh<br />

4. O índice sensação ténnica W discutido no Exemplo 2 foi<br />

modelado pela seguinte equação:<br />

W(T, v)~ 13,12 + 0,6215T- 11,37v 0·" + 0,3965Tv 0·"<br />

Verifique quão próximo este modelo está dos valores da<br />

Tabela 1 para alguns valores de Te v.<br />

11111 A altura das ondas h em um mar aberto depende da rapidez do<br />

vento v e do intervalo de tempo t no qual está ventando com a<br />

mesma intensidade. Os valores da função h= f( v, t) dados em<br />

pés, são apresentados na tabela que se segue.<br />

(a) Qual é o valor def(40, 15) Qual seu significado<br />

(b) Qual o significado da função h= fi30, t) Descreva seu<br />

comportamento.<br />

(c) Qual o significado da função h =f( v, 30) Descreva seu<br />

comportamento.<br />

10. Seja g(x, y, z) ~ ln(25 - x' - y' - z 2 ).<br />

(a) Calcule g(2. -2, 4).<br />

(b) Determine o donúnio de g.<br />

(c) Estipule a imagem de g.<br />

11-20 o Determine e faça o esboço do domínio da função.<br />

11. f(x, y) ~ v'x + y 12. f(x, y) ~ JX + JY<br />

ll!ll! f(x, y) ~ ln(9- x 2 - 9y 2 )<br />

3x + 5y<br />

15, f(x,y) ~<br />

2 2<br />

X + y -4<br />

16. f(x, y) ~ y'y - x ln(y + x)<br />

x-<br />

14. f(x,y) ~<br />

X<br />

+ 3 y<br />

18, f(x, y) ~ .,; x' + y' 1 + ln(4 - x 2 - y 2 )<br />

19. f(x, y, z) ~<br />

20. f(x, y, z) ~ ln(l6 - 4x 2 - 4y 2 - z 2 )


Ao -<br />

James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAIS 897<br />

21-29 L: Esboce o gráfico da função.<br />

21. f(x, y)·~ 3 22. f(x, y) ~ y<br />

f(x, y) ~ 1 - x - y<br />

24. f(x, y) ~ cos x<br />

25. f(x,y) ~ 1- x' 26. f(x,y) ~ 3- x 2 - y 2<br />

27. j(x, y) = 4x 2 + y 2 +<br />

28. f(x, y) ~ v 16 x 2 16y 2<br />

29. f(x, y) ~<br />

30. Case a função com o gráfico (indicado por I~ VI). Dê razões<br />

para sua escolha.<br />

(a) f(x,y) ~ lxl + IYI<br />

1<br />

f(x,y) ~<br />

1 + +<br />

(e) f(x, y) ~ (x- y) 2<br />

lll\1 f(x,y) ~ lxyl<br />

(d) f(x, y) ~ (x'- y 2 ) 2<br />

f(x,v) ~sen(lxl<br />

+ IYI)<br />

32. Dois mapas de contorno são mostrados na figura. Um é da<br />

função f cujo gráfico é um cone. O outro é para uma função g<br />

cujo gráfico é um parabolóide. Qual é qual Por quê<br />

Gfi: Localize os pontos A e B no mapa das Montanhas de<br />

Lonesome (Figura 12). Qual a descrição do terreno perto de A<br />

E perto de 8'<br />

34. Faça um esboço do diagrama de contorno da função cujo gráfico<br />

é mostrado.<br />

35-36 o Um mapa de contorno de uma função é mostrado. Use-o<br />

para fazer um esboço do gráfico da f.<br />

35.<br />

36.<br />

X<br />

31. É mostrado o mapa de contorno para a função f Use-o para<br />

estimar o valor de f( -3, 3) e f(3, -2). O que você pode dizer<br />

sobre a forma do gráfico<br />

I Yf<br />

37-44 o Faça o mapa de contornos da função mostrando várias<br />

curvas de níveL<br />

37. f(x, y) ~ xy<br />

38. f(x, y) ~ x 2 - y 2<br />

39. f(x,y) ~ y -1nx<br />

40. f(x, y) ~ e' 1 '<br />

41. f(x,y)~.,lx+y<br />

42. f(x, y) ~ y sec x<br />

43. f(x, y) ~ x - y 2 44. f(x, y) ~ yi(x' + y')<br />

45-46 o Faça o esboço do diagrama de contornos e do gráfico da<br />

função e compare-os.<br />

45 f(x, y) ~ x 2 + 9y 2<br />

40. f(x, y) ~ vM3 7 6--'-9;;:x"C;2-4 7 y'·2


898 u CÁLCUlO Editora Thomson<br />

47. Uma camada fina de metal, localizada no plano xy, tem<br />

temperatura T(x, y) no ponto (x, y). As curvas de nível de T<br />

são chamadas isoténnicas porque todos os pontos em uma<br />

isotérmica têm a mesma temperatura. Faça o esboço de<br />

algumas isotérmicas se a função temperatura for dada por<br />

T(x, y) ~ 100/(1 + x' + 2y')<br />

48. Se V(x, y) é o potencial elétrico de um ponto (x, y) do plano X)',<br />

as curvas de nível de V são chamadas curvas equí'potenciais,<br />

porque nelas todos os pontos têm o mesmo potencial elétrico.<br />

Esboce algumas curvas equipotenciais de<br />

V(x, y) = c/Jr1- x 2 y 2 , onde c é uma constante positiva.<br />

; ·C:. Use um computador para traçar o gráfico da função<br />

utilizando vários pontos de vista. Imprima a que, em sua opinião,<br />

saiu melhor. Se seu programa também produz curvas de nível, trace<br />

o diagrama de contornos da mesma função e compare.<br />

49. j(x, y) ~ x' + y' 50. f(x, y) ~ sen(ye · ')<br />

51. j(x, y) = xy 2 - x 3 (sela do macaco)<br />

52. f(x, y) = xy 3 = yx 3 (sela do cachorro)<br />

-- Case a função (a) com seu gráfico (indicado por A-F na<br />

página 899) e (b) com seus mapas de contorno (indicado por I-VI).<br />

Dê razões para sua escolha.<br />

53. z =sen Jx 1 + y 2 54. z = x2y2e -,'--_v2<br />

'!i5;'' z~<br />

x' + 4y2<br />

50. z = x 3 - 3xy 2<br />

573 z=senxseny 58. z =sen 2 x + ~y 2<br />

S:S-·-32 ::: Descreva as superfícies de nível da função.<br />

59i f(x, y, z) ~ x + 3y + 5z<br />

60. f(x, y, z) ~ x' + 3y' + 5z'<br />

61. f(x, y, z) = x 2 - y 2 + Z 2<br />

62. f(x, y, z) ~ x' - y'<br />

S:J-- 54 ·- Descreva como o gráfico de g<br />

de f.<br />

jiS, (a) g(x, y) ~ f(x, y) + 2<br />

(c) g(x, y) ~ -f(x, y)<br />

é obtido a partir do gráfico<br />

(b) g(x, y) ~ 2f(x, y)<br />

(d) g(x, y) ~ 2 - f(x, y)<br />

64. (a) g(x, y) ~ f(x - 2, y) (b) g(x, y) ~ f(x, y + 2)<br />

(c) g(x,y) ~ j(x + 3,y- 4)<br />

,3::> SS __ Faça uso do computador para traçar o gráfico da função,<br />

utilizando vários pontos de visla e tamanhos de janela. Imprima aquela<br />

que apresente melhor os "picos e vales". Você acha que essa função<br />

tem um valor máximo Você poderia identificar os pontos do gráfico<br />

correspondentes aos "máximos locais" E os "núnimos locais"<br />

65. j(x, y) ~ 3x - x' - 4y' - !Oxy<br />

66. f(x, y) ~ xye ,• •'<br />

z:;-Sz _ Utilíze o computador para traçar o gráfico da função,<br />

usando vários pontos de vista e tamanhos de janela. Comente o<br />

comportamento da função no limite. O que acontece quando x e y<br />

se tornam muito grandes O que acontece quando (x, y) se<br />

aproxima da origem<br />

X + V<br />

67. f(x, y) ~ -,-·,<br />

x- + y-<br />

xv<br />

68. f(x, v) ~ ~.-· -<br />

. x"" + y2<br />

69. Utilize o computador para estudar o comportamento da família<br />

de funções f(x, y) = e'x'+r'. Como a forma da função é<br />

afetada por uma mudança do valor de c<br />

70. Esboce o gráfico das funções<br />

e<br />

f(x, y) ~<br />

f(x, y) ~ é•''•'<br />

f(x, y) ~ In#+ y 2 f(x,y) ~sen(v'x' + y 1 )<br />

Em geral, se g é uma função de uma variável, como obter o<br />

gráfico de f(x, y) ~ g( v x 2 + y') a partir do gráfico de g<br />

71. (a) Mostre que, tomando logaritmos, uma função generalizada<br />

de Cobb-Douglas P = bU'-K 1 -"' pode ser expressa como<br />

p<br />

L<br />

ln-=lnb+aln~<br />

K<br />

K<br />

(b) Se tomarmos x ~ ln(L/ K) e y ~ In( P/ K), a equação da<br />

parte (a) se tornará uma equação linear y = ax + In b.<br />

Utilize a Tabela 2 (do Exemplo 3) para fazer uma tabela de<br />

valores de ln(L/K) e ln(P/K) para os anos de 1899-1922.<br />

Use então um computador ou calculadora gráfica para<br />

achar, pelo método dos rrúnimos quadrados, a reta de<br />

regressão através dos pontos (ln(L/K) e ln(P/K)).<br />

(c) Deduza que a função de produção de Cobb-Douglas é<br />

p = l,OlLo,7sKo,zs_<br />

IID Limites e Continuidade<br />

Vamos comparar o comportamento das funções<br />

sen(x' + y 2 ) x' - y 2<br />

f(x, y) ~ x' + y' e g(x, y) ~ x' + y'<br />

quando x e y se aproximam de O [e portanto o ponto (x, y) se aproxima da origem].


T I<br />

James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAiS 899<br />

A<br />

y<br />

)<br />

D<br />

y<br />

F<br />

X<br />

y<br />

!I<br />

X<br />

X<br />

IV v VI


o.2<br />

-~<br />

900 O CÁlCUlO Editora Thomson<br />

-t,O -0,5<br />

-t,O 0,455 0,759<br />

-0,5 0,759 0,959<br />

-0,2 0.829 0,986<br />

o 0.841 0,990<br />

TABELA 1 Valores dej(x, y) TABELA 2 Valores de g(x.y)<br />

1<br />

-0,2 o 1.- o.5 I 1.0<br />

t,O -0.5<br />

i "><<br />

'<br />

' '<br />

0,829<br />

-t,O 0,000 0,600<br />

0,986<br />

0,999<br />

!,000<br />

0,841 I 0,829 I 0,759 I OA55<br />

o.99o .i o.9s6 I o.959 I o.759<br />

'<br />

1,000 1 0.999 1 0.986 1 0.829<br />

1.000 I 0,990 I 0.84!<br />

1 __ o,~,.2-t-'-'·s_,_o+_o_.o_s_6+_o._o9_9-+_'_·ooo-+o_._99_9_t! _o~.986 1 o.s29<br />

'<br />

-0,5 -0.600 0.000<br />

-0,2 -0.923! -0,7241<br />

I ,<br />

o -I ,000 1-!,000<br />

-0,2 o I 0.2 I 0.5 I LO<br />

0.923 t,OOO 0.923 0,600<br />

I<br />

i 0,000<br />

0,724 i 1,000 0.724 0,000 -0.600<br />

o.ooo I 1,000 0,000 -0,724 -(\923<br />

-1,000 -1,000 -1.000 -·-!JJOU<br />

0,2 -0,9231-0.7241 0.000 !,000 0,000 -0,724 -0,923<br />

r -1~<br />

0.759 0.959 0.5 -o.6oo 1 0.000 0.724 1.000 0.724 0.000 --0.600<br />

~-o_,o_·1---t~---+-o._o._s6-tl_o_.9_9_o+o_._9s_'6-tl_o_.o_s;l 0,759<br />

1,0 0,455 I 0.759 0.829 i 0.841 0.829 I 0.759 I 0,455 1,0 0,000 i o.6oo 1 0.923 1,000 0,923 0,600 0,000<br />

As Tabelas 1 e 2 mostram valores de f (x, y) e g(x, y), com precisão até três decimais,<br />

para os pontos (x, y) próximos da origem. (Note que a função não está definida na origem.)<br />

Parece que, quando (x, y) se aproxima de (0, 0), os valores def(x, y) se aproximam de l,<br />

ao passo que os valores de g(x, y) não se aproximam de valor algum. Essa nossa observação<br />

baseada em evidências numéricas está correta, e podemos escrever<br />

sen(x 2 + y 2 )<br />

lim --',--~'--'. ~ 1<br />

(x,y)·-•(0,0) x 2 + y 2 e<br />

Em geral, usamos a notação<br />

lim<br />

(x.y)_,.(a. b)<br />

xz _ yz<br />

lim<br />

2<br />

, não existe<br />

(x.y}--"(0,0) X + y-<br />

f(x, y) ~ L<br />

para indicar que os valores de f (x, y) se aproximam do número L quando o ponto (x, y) se<br />

aproxima do ponto (a, b) ao longo de qualquer caminho contido no domínio da função f<br />

Em outras palavras, podemos tomar os valores def(x, y) tão próximos de L quanto o desejado<br />

escolhendo pontos (x, y) suficientemente próximos do ponto (a, b), mas não iguais a<br />

(a, b). Uma definição mais precisa é a seguinte:<br />

[1] Definição* Seja/uma função de duas variáveis cujo domínio D contém pontos<br />

arbitrariamente próximos de (a, b). Dizemos que o limite def(x,y) quando (x,y)<br />

tende a (a, h) é L e escrevemos<br />

lim f(x, y) ~ L<br />

(x,y)....,.\a.b)<br />

se para todo número e > O existe um número correspondente O > O tal que<br />

I f(x, y) - L I


James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCiAIS [i 901<br />

tomarmos a distância de (x, y) a (a, b) suficientemente pequena (mas não nula). A Figura<br />

1 ilustra a Definição 1 por meio de um diagrama de setas. Se nos é dado um pequeno inter~<br />

valo (L - E, L + E) em tomo de L, então podemos determinar uma bola abena D, com<br />

centro em (a, b) e raio ô >O tal que f leve todos os pontos de D 5 [exceto possivelmente<br />

(a, b)] no intervalo (L- E, L+ E).<br />

f<br />

~<br />

X<br />

o L-ê L L+t<br />

FIGURA 1<br />

X<br />

FIGURA 2<br />

y<br />

(a,<br />

X<br />

Outra ilustração da Definição 1 é dada na Figura 2, onde a superfície S representa o gráfico<br />

de f Se E > O é dado, podemos achar 8 > O tal que, se (x, y) pertence à bola aberta D, e<br />

(x, y) ;6 (a, b ), sua imagem em S estará entre os planos horizontais z == L - E e z == L + E.<br />

Para as funções de uma única variável, quando fazemos x se aproximar de a, só existem<br />

duas direções possíveis de aproximação: pela esquerda ou pela direita. Lembremos do<br />

Capítulo 2 (Volume I) que, selim"_" f(x) ,P lim,.~ a' f(x), então lim".-' f(x) não existe.<br />

Já para as funções de duas variáveis essa situação não é tão simples porque existem<br />

infinitas maneiras de (x, y) se aproximar de (a, b) por uma quantidade infinita de direções<br />

e de qualquer maneira que se queira (veja a Figura 3), bastando que (x, y) se mantenha no<br />

dorrúnio de f<br />

A Definição 1 diz que a distância entre f (x, y) e L pode se tomar arbitrariamente<br />

pequena fazendo a distância de (x, y) a (a, b) suficientemente pequena (mas não nula). A<br />

definição se refere somente à distância entre (x, y) e (a, b); não se refere à direção de<br />

aproximação. Portanto, se o limite existe,f(x, y) deve se aproximar do mesmo valor-limite,<br />

independentemente do modo como (x, y) se aproxima de (a, b). Assim, se acharmos dois<br />

caminhos diferentes de aproximação ao longo dos quais f (x, y) tem limites diferentes,<br />

segue então que lim(x, v)-'>(a,b} f(x, y) não existe.<br />

FIGURA 3<br />

Se f(x, y)-> L, quando (x, y) _,(a, b) ao longo do caminho C, e f(x, y) _, L 2<br />

quando (x, y) _,(a, b) ao longo do caminho C,, com L 1 ,P L 2 , então<br />

lim(x, y) ---'(a, b) f(x, y) não existe.<br />

EXEMPlO 1 o Mostre que<br />

lim<br />

(x.y).....,.(O,O) X<br />

xz _ y2<br />

não existe.<br />

2 2<br />

+ )'<br />

y<br />

SOLUÇÃO Seja f(x, y) == (x 2 - y 2 )/(x 2 + y 2 ). Vamos primeiro aproximar (0, O) ao longo<br />

do eixo x. Tomando y ==O, temos f(x, O)== x 2 /x 2 == 1 para todo x ,P O, logo<br />

J=~l<br />

f(x, y)-> l quando (x, y) _,(O, O) ao longo do eixo x<br />

Agora, vamos nos aproximar ao longo do eixo y colocando x = O. Assim<br />

f=l<br />

X<br />

f(O,y) ==<br />

= -1 para todo y ;6 O, logo<br />

f(x, y) _, -1 quando (x, y) _,(O, O) ao longo do eixo y<br />

FIGURA 4<br />

(Veja a Figura 4.) Como f tem dois limites diferentes ao longo de duas retas diferentes, o<br />

limite não existe. (Isso confirma a conjectura que fizemos com base na evidência<br />

numérica no início desta seção.)


902 lJ CÁlCUlO Editora Thomson<br />

EXEMPlO 2 Se J(x, y) ~ xy/(x 2 + y 2 ), será que lim f(x, y) existe"<br />

Lt,yl---•(0,0_)<br />

SOLUÇÃO Se y ~O, temos f(x, O) = O/x 2 ~O. Portanto<br />

f(x. y) -+O quando (x, y)-+ (O, O) ao longo do eixo x<br />

Se x ~ O, então f( O, y) ~ O/y 2 ~ O. Assim<br />

f(x,y)-+ O quando (x, y) _,(O, O) ao longo do eixo y<br />

Apesar de termos encontrado valores idênticos caminhando sobre os eixos, não podemos<br />

afirmar que esse limite exista, dado por O. Vamos agora aproximar de (0, O) ao longo de<br />

outra reta; por exemplo, y = x. Para todo x of::. O,<br />

FIGURA 5<br />

Logo, f(x, y) _, j quando (x, y)-+ (O, O) ao longo de y ~ x<br />

(Veja a Figura 5.) Como obtivemos valores diferentes para o limite ao longo de caminhos<br />

diferentes, podemos afirmar que o limite dado não existe.<br />

A Figura 6 nos dá uma idéia do que acontece no Exemplo 2. A cumeeira que ocorre<br />

acima da reta y ~ x corresponde ao fato de que f(x, y) ~ ~ para todos os pontos (x, y)<br />

dessa reta, exceto na origem.<br />

I<br />

2<br />

J(x, y)<br />

FIGURA 6<br />

-'2'<br />

EXEMPLO 3 u Se f(x, y) ~<br />

xy 2 _. . .<br />

2 4<br />

, sera que hm f(x, y) exrste0<br />

X + y (_x,y)----;(0.0)<br />

SOLUÇÃO Considerando a solução do Exemplo 2, vamos tentar economizar tempo<br />

fazendo (x, y)-+ (O, O) ao longo de uma reta não-vertical que passa pela origem.<br />

Tomemos y = mx, onde m é a inclinação da reta e<br />

·::J A Figura 7 mostra o gráfico da<br />

funçâo do Exemplo 3. Note a cumeeira<br />

sobre a parábola x = y 2 .<br />

I<br />

-0,5 ~--:;----;;---;:~__[<br />

FIGURA 7<br />

X<br />

x(mx) 2<br />

J(x, y) = J(x, mx) ~ x' + (mx)'<br />

Portanto f(x, y) -+ O quando (x, y)-+ (O, O) ao longo de y = m.x<br />

Logo, f tem o mesmo limite ao longo de qualquer reta não-vertical que passe pela<br />

origem. Mas isso ainda não garante a existência do limíte com valor O, pois, se<br />

tomarmos agora (x, y)-+ (O, O) ao longo da parábola x ~ y', teremos<br />

y2. y2<br />

J(x, y) ~ f(y', y) = (y')' + y'<br />

E assim J(x, y) -> l quando (x, y)-+ (O, O) ao íongo de x ~ y'<br />

Como caminhos diferentes levaram a resultados diferentes, o limite não existe.


T<br />

!<br />

James Stewart CAPÍTULO 14 DERiV.4D.4S PARCIAIS L.l 903<br />

Vamos agora olhar o caso onde o limite existe. Como para a função de uma única variável,<br />

o cálculo do limite de funções com duas variáveis pode ser muito simplificado<br />

usando-se as propriedades dos limites. As Leis do Limite listadas na Seção 2.3 do Volume<br />

I podem ser estendidas para as funções de duas variáveis. O limite da sorna é a soma dos<br />

limites; o limite do produto é o produto dos limites; e assim por diante. Em particular, as<br />

seguintes equações são verdadeiras:<br />

lim<br />

(x, y!,-•!a. b!<br />

x=a<br />

lim<br />

Í;., y)--->(a. b) <<br />

v~ b<br />

lim<br />

i.x.y)-- {a.b)<br />

4<br />

c= c<br />

O Teorema do Confronto também vale.<br />

3x 2 y<br />

EXEMPLO 4 cJ Determine, se existir, lim , •<br />

{x.y)-->W,O) x- + y-<br />

SOLUÇÃO Como no Exemplo 3, podemos mostrar que o limite ao longo de uma reta<br />

qualquer que passa pela origem é O. Isso não prova a existência do limite igual a O, mas<br />

ao longo das parábolas y = x 2 ex = y 2 também obtemos o limite O, o que nos leva a<br />

suspeitar que o limite exista e seja igual a O.<br />

Seja e > O. Queremos achar o > O tal que<br />

sempre que<br />

ou seja,<br />

3x'IYI<br />

~ ~


904 G CÁlCUlO Editora Thomson<br />

O significado intuitivo de continuidade é que, se o ponto (x, y) varia de uma pequena<br />

quantidade, o valor de f (x, y) variará de uma pequena quantidade. Isso quer dizer que a<br />

superfície que corresponde ao gráfico de uma função contínua não tem buracos ou ruptura.<br />

Usando as propriedades de lirrrites, podemos ver que sorna, diferença, produto e quociente<br />

de funções contínuas são contínuos em seus domínios. Vamos usar esse fato para dar<br />

exemplos de funções contínuas.<br />

Uma função polinomial de duas variáveis (ou simplesmente polinômio) é uma<br />

soma de termos da forma cxmyn, onde c é uma constante e m e n são números inteiros<br />

não-negativos. Uma função racional é uma razão de polinômios. Por exemplo,<br />

é um polinôrrrio, ao passo que<br />

f(x, y) ~ x 4 + 5x 3 y 2 + 6xy 4 - 7y + 6<br />

2xy +I<br />

g(x, y) ~ x' + y'<br />

é uma função racional.<br />

Os limites em (2) mostram que as funções f(x, y) ~ x, g(x, y) ~ y e h(x, y) ~c são<br />

contínuas. Como qualquer polinômio pode ser obtido a partir das funções f, g e h por multiplicação<br />

e adição, segue que todos os polinômios são funções contínuas em IR: 2 . Da<br />

mesma forma, qualquer função racional é contínua em seu donúnio, porque ela é o quociente<br />

de funções contínuas.<br />

EXEMPlO 5 u Calcule. lim . (x 2 / - x 3 y' + 3x + 2y).<br />

\X. y)---;o(J. 2)<br />

SOLUÇÃO Como f(x, y) ~ x 2 y 3 - x 3 y 2 + 3x + 2y é um polinômio, ela continua em<br />

qualquer lugar, portanto podemos calcular seu limite pela substituição direta:<br />

lim (x 2 y 3 - x 3 y 2 + 3x + 2y) ~ 1 2 • 2 3 - 1 3 • 2 2 + 3 • 1 + 2 • 2 ~ 11<br />

(x. y)---+(1. 2)<br />

é contínua<br />

SOLUÇÃO A função f é descontínua em (0, 0), pois ela não está definida nesse ponto.<br />

Como f é uma função racional, ela é contínua em seu dorrúnio, o que corresponde ao<br />

conjunto D ~ {(x, y) I (x, y) -;6 (O, O)}.<br />

o<br />

EXEMPlO 7 o Seja<br />

g(x, y) ~ { ;: : ~:<br />

se (x, y) -;6 (0, O)<br />

se (x, y) ~ (O, O)<br />

Aqui g está definida em (0, 0), mas ainda assim g é descontínua em O, porque<br />

lim'"·')~(o,o) g(x, y) não existe (veja o Exemplo 1).<br />

EXEMPlO 8 o Seja<br />

f(x,y) ~<br />

3x 2 y<br />

;' + y'<br />

{<br />

se (x, y) -;6 (O, O)<br />

se (x, y) ~ (O, O)


~T<br />

James Stewart<br />

CAPÍTULO 14 DERiVADAS PARCIAiS<br />

905<br />

c; A Figura 8 mostra o gráfico da<br />

função contínua do Exemplo 8<br />

Sabemos que f é contínua para (x, y) r' (0, O) uma vez que ela é uma função racional<br />

definida nessa região. Do Exemplo 4 ternos que<br />

3x 2 y<br />

lim f(x, y) ~ . lim , , = O ~f( O, O)<br />

íx,y)~!O,OI p,y)---,.10.0) .:C+ y-<br />

Portanto fé contínua em (0, 0), e, conseqüentemente, contínua em IR1 2 .<br />

FIGURA 8<br />

Como para as funções de uma variável, a composição é outra maneira de combinar<br />

funções contínuas para obter outra também contínua. De fato, pode ser mostrado que, se f<br />

é uma função contínua de duas variáveis e g é uma função contínua de uma única variável<br />

definida na imagem de f, a função composta h= g o f definida por h(x, y) = g(J(x, y)) é<br />

também contínua.<br />

EXEMPlO 9 o Onde a função h(x, y) ~ arctg(yjx) é contínua"<br />

SOLUÇÃO A função f(x, y) = y/x é racional e, desse modo, contínua em todo lugar,<br />

exceto sobre a reta x =O. A função g(t) = arctg t é contínua em qualquer lugar. Logo. a<br />

função composta<br />

g(j(x, y)) = arctg(y/x) = h(x, y)<br />

y<br />

o<br />

o<br />

X<br />

FIGURA 9<br />

A função h(x, y) ~ arctg(y/x) é<br />

descontínua onde x = O.<br />

é contínua, exceto onde x = O. O desenho da Figura 9 mostra a ruptura existente no<br />

gráfico da função h acima do eixo y.<br />

Funções com Três ou Mais Variáveis<br />

Tudo o que fizemos até aqui pode ser estendido para as funções com três ou mais variáveis.<br />

A notação<br />

lim<br />

(_cy,z)---c>(a.b,c)<br />

f(x, y, z) = L<br />

significa que os valores de f(x, y, z) se aproximam do número L quando o ponto (x, y, z)<br />

se aproxima do ponto (a, b, c) ao longo de um caminho qualquer no domínio de f<br />

Como a distância entre os dois pontos (x, y, z) e (a, b, c) em IR 3 é dada por<br />

v(x - a)2 + (y- b)' + (z- c) 2 , podemos escrever em uma forma precisa a definição<br />

como se segue: para todo número e > O existe um número correspondente O > O tal que<br />

I f(x, y, z) - L I < e sempre que O< ,/(x- a)2 + (y- b)' + (z c) 2 < 3<br />

e (x, y, z) pertence ao domínio de f<br />

A função f é contínua em (a, b, c) se<br />

Por exemplo, a função<br />

lim f(x, y, z) ~f( a, b, c)<br />

(x, y, z)-(a, b, c)<br />

1<br />

f(x, y, z) = 2 + ' -'- 2<br />

X y- , Z -<br />

é racional em três variáveis, e portanto é contínua em todo ponto de IR. 3 , exceto onde<br />

x 2 + y 2 + z 2 = 1. Ou seja. é descontínua na esfera de centro na origem e raio 1.


906 CÁLCULO Editora Thomson<br />

Se usarmos a notação vetorial introduzida no final da Seção 14.1, poderemos escrever<br />

as definições de limite para as funções de duas ou três variáveis de uma fonna compacta,<br />

como se segue.<br />

[5] Se f é definida em um subconjunto D de IR", então lirn,~, J(x) ~ L significa<br />

que para todo número e > O existe um número correspondente 8 > O tal que<br />

[ f(x) - L [ < e sempre que x E D e O < [ x - a [ < il<br />

Note que se n = 1, então x = x e a= a, e (5) é exatamente a definição do limite para<br />

as funções de uma única variável simples. Para o caso n = 2, temos x = (x, y),<br />

a~ (a, b) e [x-a[~ -y(x- a) 2 + (y- b)', de modo que (5) se toma a Definição 1.<br />

Se n ~ 3, então x ~ (x, y, z), a~ (a, b, c), e (5) é a definição de limite de uma função<br />

de três variáveis. Em cada caso a definição de continuidade pode ser escrita como<br />

lim f(x) ~f( a)<br />

x ---•a<br />

1. Suponha que lim(x,yJ-•O, n f(x, y) = 6. O que podemos dizer do<br />

valor de /(3, l) E se a função f for contínua 15. lim<br />

(x,y)~(O,O) - I<br />

2. Explique por que cada função é contínua ou descontínua.<br />

(a) A temperatura externa como função da latitude, longitude<br />

e tempo.<br />

(b) Elevação (altura acima do nível do mar) como função da<br />

longitude, latitude e tempo.<br />

(c) Custo da tarifa do táxi como função da distância percorrida<br />

e tempo gasto.<br />

13.<br />

. 2x 2 y<br />

x 2 sen 2 y<br />

hm -,--.<br />

14. lim<br />

(x.y)---•(0,0) X + )'~ (x.y}---->(0,0) x 2 + 2y 1 17. lÍffi e··xygen(7Tz/2}<br />

{.(5, -2)<br />

(x,y)---->{ó, 3)<br />

22. lim _-.-·--,<br />

x'<br />

x 1 + sen 1 y<br />

{x,y)-•(0, 01 X~ + y<br />

lim - -- 2 2<br />

8. lim<br />

(.:r, yJ ~.;.{0, OJ X + )' {x.y)---;.(0,0) 2x1 + y2<br />

xy cos y<br />

6x 3 y<br />

9. lim<br />

10, lim<br />

( .-.y)---->{0, 0) 3x2 + y2 (x,y)--"10,0) 2x4 + )'4<br />

g(t) ~ t' + jl, f(x,y) ~ lx + 3y- 6<br />

lim 12. lim<br />

jl- J<br />

(x,y)-->(0,0)<br />

{x,y)---->(0,0)<br />

24. g(t) ~ jl + , 1<br />

f(x, y) ~ x' - y<br />

6 21-22 Utilize um gráfico feito por computador para explicar por<br />

que o limite não existe.<br />

23-24 c! Determine h(x, y) ~ g(f(x, y)) e o conjunto no qual h é<br />

contínua.


James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAiS CJ 907<br />

25~25 c Trace o gráfico da função e observe onde ela é descontínua.<br />

Em seguida utilize fómmlas para explicar o que você observou.<br />

37


908 c CÁLCULO Editora Thomson<br />

Se nos concentra.rmos na coluna assinalada da tabela que corresponde à umidade relativa<br />

de H= 70%, consideraremos o índice de calor como função da única variável T para<br />

um valor fixo de H. Vamos escrever g(T) ~ f(T, 70). Assim g(T) descreve como o índice<br />

I de calor aumenta com a elevação da temperatura Tpara uma umidade relativa de 70%. A<br />

derivada de g quando T = 96 °F é a taxa de variação de I com relação a T quando<br />

T~ 96'F:<br />

g'( ) ~ lim g(96 96<br />

+ h) -<br />

h->{) h<br />

g(96)<br />

~ lim "'-f-"(9-'6_+__:.h:_c, 7-"0'-) --"'-J-"-(9_:_6,'-'7-'-'-0)<br />

11--·>0 h<br />

Podemos aproximar seu valor usando a Tabela 1 tomando h = 2 e -2:<br />

'(96) = g(98) - g(96) !(98, 70) - !(96, 70) 133 - 125<br />

~4<br />

g 2 2 2<br />

g'(96) = g(94) - g(96) !(94, 70) - !(96, 70) 118 - 125<br />

-2 -2 -2<br />

~ 3,5<br />

Tomando a média desses valores, podemos dizer que a derivada g'(96) é aproximadamente<br />

3,75. Isso significa que, quando a temperatura real é de 96 °F e a umidade relativa é de<br />

70%, o índice de calor aumenta a sensação de temperatura de 3,75 °F para cada grau que<br />

a temperatura real aumenta!<br />

Olhemos agora para a linha assinalada da Tabela I, que corresponde à temperatura fixa<br />

de T ~ 96 'F. Os números da linha correspondem aos valores da função G(H) ~ f(96, H),<br />

que descrevem como o índice de calor sobe com o aumento de umidade relativa H quando<br />

a temperatura real é de T ~ 96 °F. A derivada dessa função quando H ~ 70% é a taxa de<br />

variação de l com relação a H quando H ~ 70%:<br />

. G(70 + h) - G(70)<br />

G'70 ( ) ~ hm h<br />

h~o<br />

r J(96, 7o + h) - !(96, 70)<br />

h~ h<br />

Tomando h~ 5 e -5, aproximamos o valor de G'(70) usando os valores tabelados:<br />

G'( 0) 7<br />

= G(75) -<br />

5<br />

G(70)<br />

f(96, 75) - !(96, 70)<br />

5<br />

130- 125<br />

5<br />

G'( 0) = G(65) - G(70)<br />

7<br />

-5<br />

f(96, 65) - !(96, 70)<br />

-5<br />

121 - 125 ~o 8<br />

-5 ,<br />

Tomando a média desses valores obtemos uma estimativa para G'(70) = 0,9. Isso nos diz<br />

que, quando a temperatura é de 96 'F e a umidade relativa é de 70%, o índice de calor<br />

aumenta em cerca de O, 9 °F para cada ponto porcentual que a umidade relativa aumenta.<br />

Em geral, se f é uma função de duas variáveis x e y, suponha que deixemos somente x<br />

variar enquanto mantemos fixo o valor de y; por exemplo, fazendo y = b, onde b é uma<br />

constante. Estaremos então considerando, realmente, uma função de uma única variável x,<br />

a saber, g(x) ~ f(x, b). Se g tem derivada em a, nós a chamaremos derivada parcial de f<br />

em relação a x em (a, b) e a denotaremos por j;(a, b). Assim,<br />

j;(a, b) ~ g'(a) onde g(x) ~ j(x, b)


James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAIS 909<br />

Pela definição de derivada, temos<br />

'( )<br />

g a =<br />

11m<br />

. g(a + h) - g(a)<br />

h·-·0 h<br />

e assim a Equação 1 fica<br />

f,( a, b) ~ lim f( a+ h, b) -f( a, b)<br />

h_,.O h<br />

Da mesma forma, a derivada parcial de f em relação a y em (a, b ), denotada por f,(a, b ).<br />

é obtida mantendo-se x fixo (x = a) e determinando-se a derivada ordinária em h da<br />

função G(y) ~ f(a, y):<br />

'(. b) ~ . f( a, b +h) -f( a, h)<br />

Jy a, 1 1m<br />

h_,.O h<br />

Com essa notação para as derivadas parciais, podemos escrever as razões de variação<br />

do índice de calor I com relação à temperatura real T e umidade relativa H quando<br />

T ~ 96 'F e H ~ 70% como se segue:<br />

/T(96, 70) = 3,75 fu(96, 70) = 0,9<br />

Se agora deixamos o ponto (a, b) variar nas Equações 2 e 3, j; e f, se tomam funções<br />

de duas variáveis.<br />

Se f é uma função de duas variáveis, suas derivadas parciais são as funções<br />

j; e ;; definidas por<br />

_ . f(x + h,y)- f(x,y)<br />

j;x,y-hm<br />

( ) h<br />

HO<br />

,. ( •) ~ r f(x, y + h) - f(x, y)<br />

)y x,) h~ h<br />

Existem diversas notações alternativas para as derivadas parciais. Por exemplo, em vez<br />

de fx, podemos escrever /1 ou Dd (para indicar a diferenciação em relação à primeira variável)<br />

ou of/ox. Mas afjax não pode ser interpretada corno a razão dos diferenciais.<br />

rl


910 o CÂlCUlO Editora Thomson<br />

Para calcular as derivadas parciais, tudo o que temos a fazer é nos lembrarmos de que<br />

da Equação 1 a derivada parcial com relação a x é a derivada ordinária da função g de uma<br />

única variável obtida, mantendo-se fixo o valor de y. Então~ temos a seguinte regra.<br />

fHlTR Determinar a O®rivada PmcJa! d~:: = fCL<br />

1. Para achar f,, olhe y como uma constante e diferencie j(x, y) com relação a x.<br />

Para achar f.,, olhe x como uma constante e diferencie f(x, y) com relação a y.<br />

Se f(x, y) ~ x 1 + x\ 1 - 2y 2 , determine fc(2, 1) e J;(2, 1),<br />

SOLUÇÃO Mantendo ~v constante e diferenciando em relação a x, obtemos<br />

j;(x, y) ~ 3x 2 + 2xy 3<br />

e assim j;(2, 1) ~ 3 , 2' + 2 ' 2, 1 J ~ 16<br />

Mantendo x constante e diferenciando em relação a y, obtemos<br />

J;(x, y) ~ 3x 2 y 2 - 4y<br />

J;(2, 1) ~ 3 • 2' • 1 J 4 . 1 ~ 8<br />

Interpretação das Derivadas Parciais<br />

X<br />

(a, b, 0)<br />

FIGURA 1<br />

As derivadas parciais de f em (a, h) são<br />

as inclinações das retas tangentes<br />

C, e C,<br />

Para dar uma interpretação geométrica para as derivadas parciais, lembremo-nos de que a<br />

equação z ~ f(x, y) representa a superfícieS (o gráfico de f), Se f(a, b) ~ c, então o ponto<br />

P(a, b, c) pertence a S. Fixando y = b, restringimos nossa atenção à curva C 1 na qual o<br />

plano vertical y = b intercepta S. (Ou seja, C, é o traço de S no plano y = b.) Da mesma<br />

forma, o plano vertical X= a interceptas na curva Cz. As curvas cl e c2 passam pelo<br />

ponto P (veja a Figura l),<br />

Note que a curva C 1 é o gráfico da função g(x) = f(x, b), de modo que a inclinação da<br />

tangente T 1 em Pé g'(a) = j;(a, b). A curva C, é o gráfico da função G(y) = f(a, y), de<br />

modo que a inclinação da tangente T, em Pé G'(b) = J;(a, b),<br />

Então, as derivadas parciais j;(a, b) e J;(a, b) podem ser interpretadas geometricamente<br />

como as inclinações das retas tangentes em P(a, b. c) aos traços C1 e C2 de S nos planos<br />

y = b ex= a.<br />

Como vimos no caso da função índice de calor, as derivadas parciais podem ser interpretadas<br />

como taxas de variação. Se z ~ f(x, y), então oz/ax representa a taxa de variação<br />

dez com relação ax quando y é mantido fixo. Da mesma forma, azjay representa a taxa<br />

de variação de z em relação a y quando x é mantido fixo.<br />

EXEMPUJ 2 c:1 Se f(x, y) ~ 4- x 2 - 2y 2 , ache f,( I, 1) e fr(l, I) e interprete esses<br />

números como inclinações.<br />

SOLUÇÃO Ternos<br />

fAx,y) = -2x<br />

,t;(l, 1) = -2<br />

J;(x, y) ~ -4y<br />

J;(1, 1) = -4<br />

O gráfico de f é o parabolóide z = 4 - x 2 - 2y 2 , e o plano vertical y ~ 1 intercepta-o<br />

na parábola z = 2 - x 2 , y = 1. (Como na discussão precedente, indicamos por cl na<br />

Figura 2.) A inclinação da reta tangente à parábola no ponto(!, I, 1) é f,(l, 1) = -2.


T<br />

I<br />

Da mesma fonna, a curva C 2 na qual o plano x =<br />

James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAIS lJ 911<br />

1 intercepta o parabolóide é a parábola<br />

z = 3 - 2y 2 , x = l, e a inclinação da reta tangente em (l, l, 1) é j,(l, 1) = -4. (Veja a<br />

Figura 3.)<br />

z=4~x"~2y"<br />

FIGURA 2 FIGURA 3<br />

X<br />

A Figura 4 nos mostra o gráfico desenhado pelo computador correspondente à Figura 2.<br />

A Parte (a) exibe o plano y = 1 interceptando a superfície para formar a curva C, e a Parte<br />

(b) mostra C, e T 1 • [Usamos a equação vetorial r(t) = (1, I, 2- t 2 ) para c, e<br />

r(t) = O + t, I, I - 2t) para T,.] Do mesmo modo, a Figura 5 corresponde à Figura 3.<br />

4-<br />

3<br />

z 2<br />

o o<br />

o<br />

X<br />

(a)<br />

(b)<br />

FIGURA 4<br />

FIGURA 5


912 CÁLCULO Editora Thomson<br />

Se f(x, y) ~ sen(-x_· -).calcule a( e of.<br />

. 1 + y Jx ay<br />

SOLUÇÃO Usando a Regra da Cadeia para a função de uma variável, temos<br />

Jj ( X ) J ( X ) ( X ) 1<br />

ax ~ cos I+Y , ax<br />

1 + y ~ cos l+Y , I+Y<br />

i!f (x)J(x) (x) x<br />

ay ~ cos I+Y , ay l + y ~ -cos .l+Y , (I + y)'<br />

Alguns S!Stemas algébricos<br />

computacionaiS podem plotar<br />

superfícieS definidas por equações<br />

implícitas com três variáveis. A Figura 6<br />

mostra o desenho da superfície definida<br />

implicitamente, dada no Exemplo 4.<br />

Determine dzjax e azjay se z é definido implicitamente como uma<br />

função de x e y pela equação<br />

SOLUÇÃO Para achar azj ax, derivamos implicitamente em relação a x, tomando o<br />

cuidado de tratar y como constante:<br />

) ') az az<br />

ax . ax<br />

3r + 3r -<br />

+ 6n + 6xy- = O<br />

Resolvendo essa equação em relação a az/ax, obtemos<br />

FIGURA 6<br />

az x 2 + 2yz<br />

ax z 2 + 2xy<br />

Da mesma fonna, derivando implicitamente em relação a y temos<br />

az<br />

ay<br />

+ 2xz<br />

+ 2xy<br />

Função de Mais do Que Duas Variáveis<br />

Derivadas parciais podem ser definidas para funções de três ou mais variáveis. Por exemplo,<br />

se f é uma função de três variáveis x, y e z, então sua derivada parcial em relação a x<br />

é definida como<br />

F ( ·) _ . f(x + h, y, z) - f(x, y, z)<br />

Jx x,y, L. - 1 lm<br />

h--'>0<br />

h<br />

e pode ser encontrada, olhando-se y e z como constantes e diferenciando-se f(x, y, z) com<br />

relação a x. Se w ~ j(x, y, z), então h~ awjax pode ser interpretada como a taxa devariação<br />

de w em relação a x quando y e z são mantidos fixos. Entretanto, não podemos interpretar<br />

geometricamente, porque o gráfico de f pertence ao espaço de dimensão quatro.<br />

Em geral, seu é uma função de n variáveis, u = j(x1, x,, ... , x,), sua derivada parcial<br />

em relação à i-ésima variável X; é


- ~<br />

James Stewart CAPÍTUlO 14 DERIVADAS PARCIA!S 913<br />

e podemos escrever<br />

iiu<br />

af<br />

-" ~-~J,c ~J,=D,f<br />

dX; ax; '<br />

tXE~;il1Lü C - Determine J_~, J;., e f: se f(x, y, z) = exy In z.<br />

SOLUÇÃO Mantendo constantes y e z e diferenciando em relação a x, ternos<br />

Da mesma forma, J;. = xex"lnz e J>- z<br />

ex'<br />

Derivadas de Maior Ordem<br />

Se f é uma função de duas variáveis, suas derivadas parciais j~ e h- são funções de duas variáveis,<br />

de modo que podemos considerar novamente suas derivadas parciais (!J, (f,)"<br />

(f,), e (f,),, chamadas derivadas parciais de segunda ordem de f Se z = f(x, y), usamos<br />

a seguinte notação:<br />

( ar) a'f a'z<br />

o a<br />

(f,),~ f=~ J" =-a -;- ~-:;--; ~<br />

(/,), =f,, =h ~ -0<br />

X uX vxa<br />

( Jf) a'j a'z<br />

--= --<br />

iiy ax ay ax ay ax<br />

a ( Jf) a'j a'z<br />

(f,),=f,,=fn ~- - =--~--<br />

" ax ay ax ay ax ay<br />

Portanto a notação /,c, (ou a'fi ay Jx) significa que primeiro derivamos com relação a x e<br />

depois em relação a y, ao passo que no cálculo de fyx a ordem é invertida.<br />

EXEMPlO 6 s Determine as derivadas parciais de segunda ordem de<br />

SOLUÇÃO No Exemplo I achamos que<br />

f(x, y) ~ x 3 + x 2 y 3 - 2y 2<br />

fAx, y) = 3x 2 + 2xy'<br />

f,(x, y) = 3x 2 y' - 4y<br />

Logo,<br />

a ( ' , J<br />

f==- 3x + 2xy-') = 6x + 2y<br />

ax<br />

a ( , , ,<br />

f,, = ax 3x-y- - 4y) = 6xy'<br />

f,, =<br />

a , 2<br />

ay (3x- + 2xr) = 6xy<br />

f,, = _____ (3x 2 y 2 - 4y) = 6x 2 y - 4<br />

iiy


914 u CÁlCULO Editora Thomson<br />

:J A Figura 7 mostra o gráfico da<br />

função I do Exemplo 6 e os gráficos de<br />

suas derivadas parciais de primeira e<br />

segunda ordens para -2 ~ x $:: 2,<br />

-2 ~ r ,; 2_ Note que esses gráficos<br />

sao consistentes com nossa Interpretação<br />

de f, e I como inc!inaçao da reta<br />

tangente aos traços do gráfico de f<br />

Por exemplo: o gráfico de f decresce<br />

se iniciamos em (O, - 2) e nos movemos<br />

no sentido de x positivo. Isso é<br />

refletido nos valores negativos de f.<br />

Devemos comparar os gráficos de f,., e<br />

f,,, com f. para ver as relaçóes.<br />

20<br />

z o<br />

-20<br />

-40<br />

f<br />

40<br />

2 2<br />

4otf------__-<br />

20<br />

z<br />

-20<br />

-40<br />

o 2 2<br />

y<br />

FIGURA 7<br />

Note que fxy = hx no Exemplo 6. Isso não é só uma coincidência. As derivadas parciais<br />

mistas fxy e hx são iguais para a maioria das funções que encontramos na prática. O próximo<br />

teorema, do matemático francês Alexis Clairaut (!713-1765), fornece condições sob<br />

as quais podemos afirmar que j;, = /,'"" A prova é feita no Apêndice F.<br />

c Alexis Clairaut foi uma criança<br />

prodígio na matemática: aos 10 anos<br />

leu o texto de cá!culo de L'Hôspital, e<br />

aos 13 apresentou um artigo sobre<br />

geometria na Academia Francesa de<br />

Ciências. Aos 18 anos Clairaut publicou<br />

Recherches sur !es courbes à douóle<br />

courbure. o primeiro tratado<br />

sistemático em geometria analítica<br />

tridimensional, em que incluiu o cálculo<br />

de curvas espaciais<br />

Teorema da Clairaul Suponha que f seja definida em uma bola aberta D que contenha<br />

o ponto (a, b). Se as funções J;, e J;x forem ambas contínuas em D, então<br />

j;,(a, b) = J;Aa, b)<br />

As derivadas parciais de ordem 3 ou maior também podem ser definidas. Por exemplo,<br />

- - _i!_ ( a'f ) - a'f<br />

"'-(,.).- -<br />

t,. J;,' Jy ayax ay 2 Jx


T<br />

!<br />

James Stewart CAPÍTUlO 14 DERIVADAS PARCIAIS U 915<br />

e usando o Teorema de Clairaut podemos mostrar que fxrY = jy"'Y = fn" se essas funçúcs<br />

forem contínuas.<br />

EXEMPlO 7 - Calcule fu, se J(x, y, z) = sen(3x + yz).<br />

SOLUÇÃO<br />

j; = 3 cos(3x + yz)<br />

/u = -9 sen(3x + yz)<br />

fu, = -9z cos(3x + yz)<br />

.fu,, =<br />

-9 cos(3x + yz) + 9yz sen(3x + yz)<br />

Equações Diferenciais Parciais<br />

As derivadas parciais ocorrem em equações diferenciais parciais que exprimem algumas<br />

leis físicas. Por exemplo, a equação diferencial parcial<br />

é denominada equação de Laplace em homenagem a Pierre Laplace (1749-1827). As<br />

soluções dessa equação são chamadas funções harmônicas e são muito importantes no<br />

estudo de condução de calor, escoamento de fluidos e potencial elétrico.<br />

EXEMPLO 8 c Mostre que a função u(x, y) = e' seny é solução da equação de Laplace.<br />

SOLUÇÃO<br />

Uy = CxCOS)'<br />

u= =ex seny<br />

U:u + Uyy = Cx seny - Cx seny = Ü<br />

Portanto, u satisfaz a equação de Laplace.<br />

A equação da onda<br />

~<br />

f


916 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

A Função de Produção de Cobb-Douglas<br />

No Exemplo 3 da Seção 14.1 descrevemos o trabalho de Cobb e Douglas para modelar a produção<br />

total P de um sistema econômico como função da quantidade de trabalho L e do capital<br />

investido K. Usaremos agora as derivadas parciais para mostrar como a forma particular<br />

de modelo que eles tomaram segue de certas hipóteses que eles fizeram sobre economia.<br />

Se a função de produção é denotada por P ~ P(L, K), a derivada parcial aPíaL é a taxa<br />

de variação da produção em relação à quantidade de trabalho. Os economistas chamam<br />

isso de produção marginal em relação ao trabalho, ou produtividade marginal do trabalho.<br />

Da mesma forma, a derivada parcial aPjaK é a taxa de variação da produção em relação<br />

ao capital investido, e é denominada produtividade marginal do capital. Nesses termos, as<br />

hipóteses feitas por Cobb e Douglas podem ser estabelecidas da seguinte forma:<br />

(i) Se ou o trabalho ou o capital desaparecem, o mesmo acontece com a produção.<br />

(ii) A produtividade marginal do trabalho é proporcional à quantidade de produção<br />

por unidade de trabalho.<br />

(iii) A produtividade marginal do capital é proporcional à quantidade de produção<br />

por unidade de capital.<br />

Como a produção por unidade de trabalho é P/L, a hipótese (ii) diz<br />

aP P<br />

-=aaL<br />

L<br />

para alguma constante a. Se mantivermos K constante (K = K 0 ), então essa equação diferencial<br />

parcial se transforma na equação diferencial ordinária:<br />

dP P<br />

-=adL<br />

L<br />

Se resolvermos essa equação diferencial separável pelos métodos da Seção 9.3 (veja também<br />

o Exercício 75), obteremos<br />

Note que escrevemos a constante C1 como função de Ko porque ela pode depender do valor<br />

de Ko.<br />

Igualmente, a hipótese (iii) diz que<br />

e podemos resolver essa equação diferencial obtendo<br />

P(Lo, K) ~ C 2 (L 0 )KP<br />

Comparando as Equações 6 e 7, temos<br />

P(L, K) ~ bL "KP


James Stewart CAPÍTUlO 14 DER!VADAS PARCIAIS 917<br />

onde b é uma constante independente de L e de K. A hipótese (i) mostra que a > O e fJ > O.<br />

Note da Equação 8 que, se o trabalho e o capital- são ambos aumentados por um fator<br />

m, temos<br />

Se a + f3 = 1, então P(mL, rnK) = mP(L, K), o que significa que a produção também é<br />

aumentada pelo fator m. Essa é a razão pela qual Cobb e Douglas supuseram que<br />

a + fJ = 1 e portanto<br />

P(L, K) = bL"K 1 "<br />

Essa é a função de produção discutida na Seção 14.1.<br />

Exercícios<br />

1. A temperatura T de uma localidade do Hemisfério Norte<br />

depende da longitude x, da latitude y e do tempo t, de modo<br />

que podemos escrever T = f(x, y, t). Vamos medir o tempo em<br />

horas do princípio de janeiro.<br />

(a) Qual é o significado das derivadas parciais aTjax, dT/dy e<br />

aT(at<br />

(b) Honolulu tem longitude de 158 OW e latitude de 21 °N.<br />

Suponha que às 9 horas em 1 º de janeiro esteja ventando<br />

do noroeste uma brisa quente, de forma que a oeste e a sul<br />

o ar esteja quente e a norte e leste o ar esteja frio. Você<br />

esperaria .fAI58, 21, 9), .f,(! 58, 21, 9) e };(!58, 21, 9)<br />

serem positivos ou negativos Explique.<br />

2. No começo desta seção discutimos a função I = f(T, H), onde<br />

I era o índice de calor; T, a temperatura; e H, a umidade relativa.<br />

Utilize a Tabela I para estimar .fr(92, 60) e fH(92, 60).<br />

Quais são as interpretações práticas desses valores<br />

3. O índice sensação térmica W é a temperatura que se sente<br />

quando a temperatura real for T e a rapidez do vento, v,<br />

portanto podemos escrever W = f(T, v). A Tabela de valores a<br />

seguir foi extraída da Tabela I da Seção 14.L<br />

(b) Em geral, o que se pode dizer sobre o sinal de a W J a T<br />

caw;av<br />

(c) Qual parece ser o valor do seguinte limite<br />

JW<br />

lim­<br />

"--" av<br />

4. A altura h das ondas em mar aberto depende da velocidade v<br />

do vento e do tempo t durante o qual o vento se manteve<br />

naquela intensidade. Os valores da função h =f( v, t) são<br />

apresentados em pés na tabela.<br />

>.z<br />

5 I<br />

Duração (horas)<br />

lO 15 20 30 40 50<br />

lO 2 2 I 2 1 2 2 2 i 2<br />

-<br />

15 4 4 5 5 5 5 5<br />

1<br />

1<br />

20 5 I 7<br />

I<br />

8 8 9 9 9<br />

1<br />

30 9 13 I<br />

1 16 17 !8 19 19<br />

;--<br />

40 14 21 25 I 28 31 33 1 33<br />

50 19 29 36 40 45 48 50<br />

60 24 37 47 54<br />

I<br />

1 62 67<br />

I i<br />

69<br />

(a) Qual o significado das derivadas parciais ahjav<br />

e Jh/Jt<br />

(b) Estime os valores de fJ40, 15) e }:(40 1<br />

!5). Quais são as<br />

interpretações práticas desses valores<br />

(c) Qual parece ser o valor do seguinte limite<br />

(a) Estime os valores defr(-!5, 30) efe(-15, 30). Quais são<br />

as interpretações práticas desses valores<br />

. ah<br />

hm~<br />

!-~>x at


918 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

5-6 o Determine os sinais das derivadas parciais da função f cujo<br />

gráfico está mostrado.<br />

9. Se f(x, y) ~ 16- 4x'- v 2 , determine M1, 2) c /,(1, 2) e<br />

interprete esses números como inclinações. Ilustre ou com um<br />

esboço à mão ou utilizando o computador.<br />

10. Sef(x,y)~J4 x' 4y 2 ,determinej;(1,0)ef,(l,O)e<br />

interprete esses números como inclinações. Ilustre ou com um<br />

esboço à mão ou utilizando o computador.<br />

~~ 11-12 o Determine fx e h· e faça o gráfico de f, fx e J;. com<br />

donúnios e pontos de vista que pennitam ver a relação entre eles.<br />

1


T<br />

47-52<br />

,-~<br />

Determine as derivadas parciais de segunda ordem.<br />

47, f(x,y) ~x' ~ 48, f(x, y) ~ ln(3x + Sy)<br />

49, z~x/(x + y) 50. z = ytg2x<br />

51. u = e·-s sent 52. v=yx+y 2<br />

53-56 c Verifique se as conclusões do Teorema de Clairaut são<br />

verdadeiras, isto é, se u,r = Uyx·<br />

53. u = xsen(x + 2y)<br />

55. u =In Jx 2 + yz<br />

54 u = x 4 y 2 - 2xy 5<br />

56 u = xyeY<br />

57-64 o Determine as derivadas parciais indicadas.<br />

57. f(x, y) ~ 3xy' + x 3 y 2 ; f,,, f,<br />

58. f(x, t) ~ x'e "; .fc", .fc.,<br />

59. f(x, y, z) ~ cos(4x + 3y + 2z); f." /,"<br />

60. f(r, s, t) ~ rln(rs 2 t 3 );<br />

X<br />

63. w~ y+2z;<br />

a'u<br />

àz ày ax<br />

a'u<br />

~ Use a tabela de valores de j(x, y) para estimar os valores de<br />

,1;(3, 2), f(3, 2.2) e f,,(3, 2).<br />

'>z<br />

1,8 2,0 2,2<br />

2,5 12,5 !0,2 9,3<br />

3,0 18,1 !7.5 15,9<br />

3,5 20.0<br />

I<br />

22,4 26.1<br />

66. São mostradas as curvas de nível de uma função f Determine<br />

se as seguintes derivadas parciais são positivas ou negativas no<br />

ponto P.<br />

(a) f,<br />

(d) f,,<br />

(b) /,<br />

(e) ;;,<br />

(c) /u<br />

James Stewart CAPÍTUlO 14 DERIVADAS PARCIAIS O 919<br />

67. Verifique se a função u = e-a"k"rsenh é solução da equação<br />

de condução do calor u, = c/u-"-'.<br />

68. Determine se cada uma das seguintes funções é solução da<br />

equação de Laplace U:a: + Uyy = O.<br />

(a) u = x 1 + y 1<br />

(b) u ~ x 2 - y 2<br />

(c) u = x 3 + 3xy 2<br />

(d) u ~ ln.jx 2 + y 2<br />

(e) u = senxcoshy + cosxsenhy<br />

(f) u=e~xcosy-e-ycosx<br />

69. Verifique se a função u = 1/ y x 1 + y 2 + z 2 é a solução da<br />

equação de Laplace tridimensional Uxx + Uyy .+ U:; = O.<br />

70. Mostre que cada uma das seguintes funções é a solução da<br />

equação da onda U11 = a 2 uxx.<br />

(a) u ~.sen(kx)sen(akt)<br />

(b) u ~ t/(a 2 t 2 - x 2 )<br />

(c) u ~ (x - at) 6 + (x + at)'<br />

(d) u ~sen(x- at) + 1n(x + at)<br />

71. Se f e g são funções duas vezes diferenciáveis de uma única<br />

variável, mostre que a função<br />

u(x, 1) ~ f(x + at) + g(x - at)<br />

é solução da equação de onda dada no Exercício 70.<br />

mostre que<br />

iJ 2 u iJ 2 u a 1 u<br />

-.-,+--2+···+-- 2 =u<br />

ax! axz axn<br />

73. Mostre que a função z = xe'' + yex é uma solução da equação<br />

iJ 3 z a-'z iJ 3 z iJ 3 z<br />

iJX 3 + iJy 3 =X iJx iJy 2 + y iJy<br />

74. Mostre que a função produção de Cobb-Douglas P ~ bUK'<br />

satisfaz a equação<br />

aP aP<br />

L aL + K aK ~ (a + f3)P<br />

75. Mostre que a função produção de Cobb-Douglas satisfaz<br />

P(L, Ko) = CJ(Ko)L"' resolvendo a equação diferencial<br />

dP P<br />

-=adL<br />

L<br />

(Veja a Equação 5.)<br />

76. A temperatura em um ponto (x, y) de uma placa plana de metal<br />

é dada por T(x, y) ~ 60/(1 + x' + y 2 ), onde T é medido em<br />

°C ex, y em metros. Determine a taxa de variação da<br />

temperatura com relação à distância no ponto (2, I) em (a)<br />

a direção do eixo x e (b) a direção do eixo y.<br />

A resistência total R produzida por três condutores com<br />

resistência R1, R2 e R1 conectados em paralelo em um circuito<br />

elétrico é dada pela fórmula<br />

1 1 l 1<br />

-~-+-+­<br />

R Rt R 2 R]<br />

Determine àR/àR,.


920 o CÁlCULO Editora Thomson<br />

78. A lei dos gases para uma ma


T<br />

'<br />

James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAIS U 921<br />

diferenciável de duas variáveis, a superfície parece mais e mais com um plano (seu plano<br />

tangente) e podemos aproximar a função, nas proximidades do ponto, por uma função linear<br />

de duas variáveis. Estenderemos também a idéia de diferenciais para as funções de<br />

duas ou mais variáveis.<br />

Planos Tangentes<br />

FIGURA 1<br />

O plano tangente contém as<br />

retas tangentes Tl e T2<br />

Suponha que a superfície S tenha equação z = f(x, y ), onde f tem derivadas parciais de<br />

primeira ordem contínuas, e seja P(xo, yo, zo) um ponto em S. Como na seção anterior,<br />

sejam cl e c2 curvas obtidas pela interseção de s com os planos verticais y = Yo e X<br />

O ponto P pertence à interseção de C1 com Cz. Sejam T 1 e T 2 as retas tangentes às curvas<br />

C 1 e C 2 no ponto P. Então, o plano tangente à superfícieS no ponto Pé definido como o<br />

plano que contém as duas retas tangentes Ti e Tz. (Veja a Figura 1.)<br />

Veremos na Seção 14.6 que, se C é outra curva qualquer que esteja contida na superfície<br />

S e que passe pelo ponto P, então sua reta tangente no ponto P também pertence ao<br />

plano tangente. Portanto podemos pensar no plano tangente a S em P como o plano que<br />

contém todas as retas tangentes a curvas contidas em S que passam pelo ponto P. O plano<br />

tangente em Pé o plano que mais se aproxima da superfícieS perto do ponto P.<br />

Sabemos da Equação 12.5.7 que qualquer plano passando pelo ponto P(x 0 , y 0 , zo) tem<br />

equação da forma<br />

A(x - xo) + B(y - Yo) + C(z - zo) =O<br />

Dividindo essa equação por C e tomando a= -A/C e h= -B/C, podemos escrevê-la<br />

como<br />

z - zo = a(x - xo) + b(y - Yo)<br />

Xo.<br />

Se a Equação l representa o plano tangente em P, sua interseção com o plano y = y 0 precisa<br />

ser a reta T1. Impondo y =}'o na Equação 1, obtemos<br />

- Note a semelhança entre a equaçáo<br />

do plano tangente e a equação da reta<br />

tangente<br />

y -)'o= f'(xo)(x- Xo)<br />

z - zo = a(x - xo) Y = Yo<br />

que reconhecemos como a equação da reta (na forma de ponto, inclinação) com inclinação<br />

a. Mas da Seção 14,3 sabemos que a inclinação de T, é fAxo, Yo). Assim, a= j;(xo, yo).<br />

Da mesma forma, tomando x = xo na Equação 1, obtemos z - zo = b(y - Yo), que<br />

precisa representar a reta tangente T, e portanto b = j,(x 0 , y 0<br />

J<br />

).<br />

, 1Ii Suponha que f tenha denvadas parciais contínuas. Uma equação do plano I<br />

tangente à superfície z = f(x, y) no ponto P(xo, yo, zo) é dada por<br />

1<br />

~~--~·~--- z - zo = fbo, Yo)(x- xo) + ~(xo~~)~v __ -:_!~~----~~-~<br />

EXEMPlO í _ Determine o plano tangente ao parabolóide elíptico z = 2x 2 + y 2 no<br />

ponto (1, I, 3).<br />

SOLUÇÃO Seja f(x, y) = 2x 2 + y 2 Então<br />

j;(x, y) = 4x<br />

f,( I, l) = 4<br />

jy(x,y) = 2y<br />

f,(!, 1) = 2<br />

Portanto, por (2), temos a equação do plano tangente em (1, 1, 3)<br />

z- 3 = 4(x- 1) + 2(y - 1)<br />

ou z = 4x + 2y- 3


922 O CÁLCUlO Editora Thomson<br />

A Figura 2(a) mostra o parabolóide elíptico e seu plano tangente em (l, !, 3) que encontramos<br />

no Exemplo I. Na parte (b) e (c) fazemos uma ampliação da região em torno do<br />

ponto (1, l, 3) diminuindo a janela de inspeção da função f(x, y) = 2x 2 + y 2 Note que,<br />

quanto mais ampliamos a região próxima ao ponto, mais plano parece o gráfico da superfície<br />

se confundindo com o plano tangente.<br />

z<br />

4 4<br />

2 2<br />

(a)<br />

FIGURA 2 O parabolóide elíptico z = 2x 1 +i parece coincidir com o plano tangente quando ampliamos a região próxima de (l, 1, 3).<br />

1,5<br />

(b)<br />

Na Figura 3 reforçamos essa impressão fazendo uma ampliação das curvas de contorno<br />

da função f(x, y) = 2x 2 + y 2 próximas ao ponto (I, 1). Observe que, quanto mais ampliamos,<br />

mais as curvas de nível parecem retas igualmente espaçadas, o que caracteriza uma<br />

região plana.<br />

(c)<br />

FIGURA 3<br />

Ampliando perto do ponto<br />

(1, l) no diagrama de<br />

contorno de f (x, y) = 2x' + f<br />

1.5<br />

Aproximação Linear<br />

No Exemplo I achamos que a equação do plano tangente ao gráfico da função<br />

f(x, y) = 2x 2 + y 2 no ponto (l, I, 3) é z = 4x + 2y - 3. Portanto, em vista da evidência<br />

visual nas Figuras 2 e 3, a função linear de duas variáveis<br />

L(x, y) = 4x + 2y - 3<br />

é uma boa aproximação de f(x, y) quando (x, y) está próximo de (I, 1). A função L é<br />

chamada linearização de f em (1, 1), e a aproximação<br />

f(x, y) = 4x + 2y - 3<br />

é denominada aproximação linear ou aproximação pelo plano tangente de f em (1, 1).<br />

Por exemplo, no ponto (1,1; 0,95), a aproximação linear fornece<br />

j(l,J; 0,95) = 4(1,1) + 2(0,95)- 3 = 3,3


James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAIS C 923<br />

que está bastante próximo do valor verdadeiro de f(l, I, O, 95) = 2( l, !) 2 + (0, 95) 2 = 3,3225.<br />

Se entretanto tomarmos um ponto longe de (1, 1), corno (2, 3), não teremos mais uma boa<br />

aproximação. De fato, L(2, 3) = 11 ao passo que /(2, 3) = 17.<br />

Em geral sabemos de (2) que uma equação do plano tangente ao gráfico de uma função<br />

que tem derivadas parciais contínuas f de duas variáveis em um ponto (a, b,f(a, b)) é<br />

z =f( a, b) + f,(a, b)(x- a) +f,( a, b)(y- b)<br />

A função linear cujo gráfico é esse plano tangente, a saber,<br />

L(x, y) = f(a, b) + j;(a, b)(x -a) + fr(a, b)(y - b)<br />

é denominada linearização de f em (a, b ), e a aproximação<br />

f(x, y) = f(a, b) + j;(a, b)(x- a) + J,.(a, b)(y - b)<br />

é chamada aproximação linear ou aproximação pelo plano tangente de f em (a, b).<br />

Temos definido o plano tangente para as superfícies z = f(x, y), onde f tem derivadas<br />

parciais de primeira ordem contínuas. O que acontece se fx e f.. não são contínuas A<br />

Figura 4 apresenta uma tal função. Sua equação é<br />

FIGURA 4<br />

j(x, v)=~ se<br />

· r+i<br />

(x, y) * (0, 0),<br />

f(O, O)= O<br />

o Esta é a Equação 3.5.7.<br />

xy<br />

• ' 2<br />

f(x, y) ~ ;- + y-<br />

{<br />

se (x, y) "'" (0, O)<br />

se (x, y) = (0, O)<br />

Podemos verificar (veja o Exercício 42) que suas derivadas parciais existem na origem e<br />

são _t(O, O) = O e fr(O, O) = ~·mas _te h não são contínuas. A aproximação linear seria<br />

f(x, y) = O, porém f(x, y) = 2 para todos os pontos da reta y = x. Portanto uma função de<br />

duas variáveis pode se comportar muito mal, mesmo se suas derivadas parciais existirem.<br />

Para evitar esse comportamento, introduzimos a idéia de função diferenciável de duas variáveis.<br />

Lembremo-nos de que para uma função de uma variável, y = f(x), se x varia de a para<br />

a + Áx, definimos o incremento de y como<br />

6.y = f(a + 6.x) -f( a)<br />

No Capítulo 3 do Volume I mostramos que, se f é diferenciável em a, então<br />

6.y ~ j'(a) Ax + e Ax onde e --> O quando & --> O<br />

Considere agora uma função de duas variáveis, z ~ f(x, y), e suponha que x varie de a<br />

para a + Âx e y varie de b para b + A y. Então o incremento correspondente de z é<br />

Az = f(a + 6.x, b + Ay) - f(a, b)<br />

Portanto o incremento 6.z representa a variação de valor de f quando (x, y) varia de (a, b)<br />

para (a + ux, b + Ay). Por analogia a (5) definimos a diferenciabilidade de uma função<br />

de duas variáveis como se segue.<br />

[I] llelinição Se z = f(x, y), então fé diferenciável em (a, b) se uz pode ser<br />

expresso na forma<br />

uz = t(a, b) ux + fr(a, b) Ày + e, Àx + e, Ay<br />

onde e, e e,-> O quando (Ax, áy)-> (O, O).


924 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

A Definição 7 diz que uma função diferenciável é aquela para a qual a aproximação linear<br />

(4) é urna boa aproximação quando (x, y) está próximo de (a, b). Em outras palavras,<br />

o plano tangente aproxima bem o gráfico de f perto do ponto de tangência.<br />

Algumas vezes é difícil usar a Definição 7 diretamente para checar a diferenciabilidade<br />

da função, mas o próximo teorema nos dá uma condição suficiente de forma conveniente<br />

para verificar a diferenciabilidade.<br />

- O Teorema 8 será provado no<br />

Apênd1ce F<br />

Teorema Se as derivadas parciais fr e fv existem perto do ponto (a, b) e são<br />

contínuas em (a, b), então fé diferenciável em (a, b).<br />

EXEMPlO 2 rJ Mostre que j(x, y) ~ xe'Y é diferenciável em (1, O) e detennine sua linearização<br />

ali. Em seguida use a linearização para aproximar f(l,l, -0,1).<br />

SOLUÇÃO As derivadas parciais são<br />

L A Figura 5 mostra o gráfico da<br />

função f e sua !inearização L no<br />

Exemplo 2.<br />

.W.o)~ l<br />

j,(x, y) ~ x 2 e"<br />

j,(l, O) = l<br />

Ambas fx e h- são funções contínuas. Portanto, peJo Teorema 8, f é diferenciáveL A linearização<br />

é dada por<br />

L(x, y) ~ J(l, O) + .W. O)(x- I) +f,( I, O)(y - O)<br />

~ I + l(x- l) + I · y ~ x + y<br />

A aproximação linear correspondente é<br />

XC'Y =X+ y<br />

portanto<br />

j(l, l, -0,1) = 1.1 -O .I ~ I<br />

FIGURA 5<br />

Compare esse valor com o valor real de J(l,l, -0,1) ~ l ,I e -o.ll = 0,98542.<br />

EXEMPUJ3 o No início da Seção 14.3 discutimos o índice de calor (sensação de calor) l<br />

como uma função da temperatura real Te da umidade relativa H e fornecemos a seguinte<br />

tabela de valores do Serviço Nacional de Previsão do Tempo norte-americano.<br />

Umidade relativa(%)<br />

50 55 60 65 75 80 85 90<br />

96 98 100 112 J 15 119<br />

Temperatura<br />

real<br />

CF)<br />

103 l 05 119 123 128<br />

Detennine a aproximação linear para o índice de calor I ~ f(T. H) quando Testá próximo<br />

de 96 op e H está próximo de 70%. Use essa estimativa do índice de calor quando<br />

a temperatura estiver a 97 °F e a umidade relativa for 72%.


T<br />

i<br />

James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAiS U 925<br />

SOLUÇÃO Lemos na tabela que f(96, 70) = 125. Na Seção 14.3 usamos os valores<br />

tabelados para estimar fr(96, 70) = 1,75 e fn(96, 70) = 0,9 (veja páginas 907-908).<br />

Assim a aproximação linear é<br />

Em particular,<br />

f(T, H) = /(96, 70) + fr(96, 70)(T- 96) + /H(96, 70)(H- 70)<br />

= 125 + 3,75(T- 96) + 0,9(H - 70)<br />

f(97, 72) = 125 + 3,75(1) + 0,9(2) = 130,55<br />

Portanto, quando T = 97 oF e H= 72%, o índice de calor é<br />

Diferenciais<br />

/=131"F<br />

Para uma função de uma única variável, y = f(x), definimos o diferencial dx como uma<br />

variável independente; ou seja, dx pode valer qualquer número reaL O diferencial de y é<br />

definido corno<br />

dv = f'(x) dx<br />

(Veja a Seção 3.11 no Volume L) A Figura 6 mostra as relações entre o incremento L1y e o<br />

diferencial dy: .1y representa a variação de altura da curva y = f(x) e dy representa a variação<br />

de altura da reta tangente quando x varia da quantidade dx = .1x.<br />

FIGURA 6<br />

a a + 6.x<br />

reta tangente<br />

y =J(a) + f'(a)(x-a)<br />

X<br />

Para uma função de duas variáveis, z = f(x, y ), definimos os diferenciais dx e dy como<br />

variáveis independentes; ou seja, podem ter qualquer valor. Então o diferencial dz, também<br />

chamado diferencial total, é definido por<br />

dz = JAx,y) dx + fy(x,y) dy = -dx + -dy<br />

ax ay<br />

dZ<br />

dZ<br />

(Compare com a Equação 9.) Algumas vezes a notação df é usada no lugar de dz.<br />

Se tomamos dx = Li.x = x - a e dy = Li.y = y - b na Equação 10, então a diferencial<br />

dez é<br />

dz =};(a, b)(x - a) +};(a, b)(y - b)<br />

E assjm, com a notação de diferencial, a aproximação linear (4) pode ser escrita como<br />

f(x, y) = f(a, b) + dz


926 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

A Figura 7 é a versão tridimensional da Figura 6 e mostra a interpretação geométrica do<br />

diferencial.dz e do incremento ô.z: dz representa a variação na altura do plano tangente, ao<br />

passo que h.z representa a variação da altura da superfície z = f(x, y) quando (x, y) varia<br />

de (a, b) para (a + L\.x, b + L\.y),<br />

(a+ .ó.x. b + .ó.y, j(a + Llx. b + .::ly))<br />

~ .::lz<br />

dz I<br />

f(a, b)<br />

X<br />

(a, b, 0)<br />

ôy = dy<br />

plano tangente<br />

FIGURA 7<br />

z-f(a, h)=Jx


James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAIS c 927<br />

SOLUÇÃO O volume V do cone com raio da base r e altura h é V~ Trr 2 h/3. Logo o<br />

diferencial de V é<br />

av av 2nrh 7rr 2<br />

dV ~ -dr + -dh = --dr + -dh<br />

ar ah 3 3<br />

Como cada erro é de, no máximo, 0,1 em, temos I âr I ,;; 0,1, I âh I ,;; 0,1. Para achar o<br />

erro máximo no volume, tomamos o maior erro nas medidas de r e de h. Portanto<br />

tomamos dr = 0,1 e dh =O, 1 para r= 10, h= 25. Isso dá<br />

dV = -<br />

50017 10011"<br />

- (0,1) = 207r<br />

3 - (0,1) + - 3<br />

Assim, o erro máximo cometido no cálculo do volume é de 207T cm 3 = 63 cm 3 •<br />

Funções de Tr.ês ou Mais Variáveis<br />

Aproximações lineares, diferenciabilidade e diferenciais podem ser definidos de uma<br />

maneira análoga para as funções de mais do que duas variáveis. Uma função diferenciável<br />

é definida por uma expressão semelhante àquela_ da Definição 7. Para essas funções a<br />

aproximação linear é<br />

f(x, y, z) = f(a, b, c) +f,( a, b, c)(x- a) +!,(a, b, c)(y- b) + J,(a, b, c)(z- c)<br />

e a linearização L(x, y, z) é o lado direito dessa expressão.<br />

Se w = f(x, y, z), então o incremento de w é<br />

âw = f(x + âx, y + ây, z + llz) - f(x, y, z)<br />

O diferencial dw é definido em termos dos diferenciais dx, dy e dz das variáveis independentes<br />

por<br />

aw<br />

dw~-dx+<br />

ax<br />

aw<br />

ay<br />

aw<br />

az<br />

dy + -dz<br />

EXEMPLO 6 o As dimensões de uma caixa retangular são medidas como 75 em, 60 em e<br />

40 em, e cada medida feita com precisão de até 0,2 em. Use diferenciais para estimar o<br />

maior valor possível do erro quando calculamos o volume da caixa usando essas medidas.<br />

SOLUÇÃO Se as dimensões da caixa são x, y e z, seu volume é V= xyz e<br />

av av av<br />

dV= -dx + -dy + -dz ~ yzdx + xzdy + xydz<br />

ax ay i!z<br />

Foi-nos dado que I Ll.x I ,;; 0,2, I Ll.y I ,;; 0,2 e I âz I ,;; 0,2. Para determinar o maior erro<br />

no volume, usamos dx = 0,2, dy ~ 0,2 e dz = 0,2 ex= 75, y = 60 e z = 40:<br />

ó. V= dV = (60)(40)(0,2) + (75)(40)(0,2) + (75)(60)(0,2)<br />

= 1980<br />

Portanto, o erro de só 0,2 em nas medidas de cada dimensão pode nos levar a um erro da<br />

ordem de 1.980 cm 3 no cálculo do volume! Isso pode parecer um erro muito grande, mas<br />

de fato é um erro de 1% do volume da caixa.<br />

O


928 C] CÁlCUlO Editora Thomson<br />

Exercícios<br />

1-6 CJ Determine uma equação do plano tangente à superfície no<br />

ponto especificado.<br />

1. z ~ 4x'- y' + 2y. (-I. 2, 4)<br />

2. z ~ 9x' + y' + 6x- 3v + 5, (I, 2, 18)<br />

3. z ~ ,!4- x'- 2y', (I, -1, 1)<br />

4. z~ylnx, (1,4,0)<br />

5. z ~ y cos(x - y), (2, 2, 2)<br />

6. z = e'~-Y", (1, ~ l, 1)<br />

H 7-8 ;-] Desenhe a superfície e o plano tngente no ponto dado.<br />

(Escolha o tamanho da janela de inspeção e o ponto de vista de<br />

modo a ver tanto a superfície quanto o plano tangente.) Em seguida<br />

amplie até que a superfície e o plano tangente perto do ponto se<br />

tornem indistinguíveis.<br />

7. z ~ x' + xy + 3y 1 , (I, 1, 5)<br />

8. z ~ arctg (xy'), (1, 1, 1T/4)<br />

9-10 '--'Desenhe o gráfico de f e de seu plano tangente no ponto<br />

dado. (Utilize um sistema algébrico computacional tanto para<br />

computar as derivadas parciais quanto para traçar os gráficos da<br />

função e de seu plano tangente.) Em seguida faça uma ampliação<br />

até que a superfície e o plano tangente se tomem indistinguíveis.<br />

9. f(x, y) ~ e.,,,,,,,;,(sen'x + cos'y), (2, 3,f(2, 3))<br />

10. f(x,y) ~<br />

.yl + 4x 2 + 4y 2<br />

1 + x' + y' (1, !, 1)<br />

11-16 o Explique por que a função é diferenciável no ponto dado.<br />

Faça então a linearização L(x, y) da função no ponto.<br />

J(x, y) ~ x../Y, (1, 4) 12. J(x, y) ~ x/y, (6, 3)<br />

13. j(x,y) ~ e'cosxy, (O, O) 14. f(x,y) ~ )x +e'', (3,0)<br />

15. f(x, y) ~ tg- 1 (x + 2y), (1, O)<br />

16. f(x,y) ~sen(2x + 3y), (-3, 2)<br />

17. Determine a aproximação linear da função<br />

J(x, y) = )20 x2 7y 2 em (2, 1) e use-a para aproximar<br />

=<br />

J(l,95, 1,08).<br />

18. Determine a aproximação linear da função<br />

f(x, y) = ln(x- 3y) em (7, 2) e use-a para aproximar<br />

f(6,9, 2,06). Ilustre traçando o gráfico da função e do plano<br />

tangente.<br />

Determine a aproximação linear da função<br />

f(x, y, z) = .Jx1 + y 2 + z 2 em (3, 2, 6) e use-a para aproximar<br />

)(3,02)' + (1,97)2 + (5,99)'.<br />

20. A altura h de ondas em mar aberto depende da rapidez do vento v e<br />

do tempo t dunmte o qual o vento se manteve naquela intensidade. Os<br />

valores da função h = j(v, t) são apresentados na seguinte tabela.<br />

g~i~~v~'tl __<br />

Duração (horas)<br />

s-41 __ 1_o~j _I_s-+j__<br />

z_o~[_3_o~_4_o-4 __ 5_o~<br />

~ 20 5 .1. ~ I ~- ~l__ 9 +· 9<br />

~ 30 9 I !1116 ~7 I 18 !9 19<br />

.g r·-....... " .. ~·- -~·-.--~ -- ~ ; -- -r '------- --- .... ··-j---..<br />

~ I 40 !4 i 2! I 25 I 28 :, ! .i.i<br />

~ ur -~;~rmi ::_· i···-~~=r~~<br />

i 11<br />

·r<br />

50<br />

t I<br />

69 i<br />

---·<br />

'<br />

Use a tabela para determinar uma aproximação linear da<br />

função altura da onda quando v está próximo de 40 nós e t está<br />

próximo de 20 horas. Em seguida, estime a altura das ondas<br />

quando está ventando por 24 horas a 43 nós.<br />

21. Utilize a tabela do Exemplo 3 e determine a aproximação<br />

linear do índice de calor quando a temperatura se aproxima de<br />

94 oF e a umidade relativa do ar é de aproximadamente 80%.<br />

Estime também o índice quando a tempera.tura é de 95 °F e a<br />

umidade relativa, 78% .<br />

22. O índice sensação ténnica W é a temperatura que se sente<br />

quando a temperatura real for Te a rapidez do vento, v;<br />

portanto podemos escrever W = f(T, v). A tabela de valores a<br />

seguir foi extraída da Tabela 1 da Seção 14.1.<br />

'rz<br />

---40:so-6o '<br />

[_70 !<br />

Velocidade do vento (km/h)<br />

-<br />

20 30<br />

-10 -18 . -20 i -<br />

I<br />

11 ~ 2lj -22 -23 :~<br />

e 15 , 24 26 27 I -29 -30 1 ·30 I<br />

J_-=;o-! - )<br />

- - -<br />

-30! -33 -~~L-3sj -361-371<br />

F' r -25 37! -39 -41 I -42 I -43 i 44 i<br />

L __::_.L_ -~~J -~·-~~-L. ~~~-~--- > -·-·-j<br />

Use essa tabela para determinar a aproximação linear da função<br />

sensação térmica quando T estiver a -15°C e v estiver próximo de 50<br />

kmlh. Estime também quando a temperatura estiver a -] 7oC e a rapidez<br />

do vento for de 55 kmlh.


James Stewart CAPÍTULO 14 DERiVADAS PARCIAIS c 929<br />

2.3~23 c Detenníne o díferencial da função.<br />

23. z = x 3 ln(y 2 ) 24. v = y cos xy<br />

25. u = e 1 sene 26. u ~ r/(s + 2t)<br />

27. w = 1nJx 2 + y 2 + z 2 28. w = xyex'<br />

:zg_.<br />

Se z = Sx 1 + y 2 e (x, y) varia de (1, 2) a (l ,05; 2, 1), compare<br />

os valores de Llz e dz.<br />

30. Se z ~ x 2 - xy + 3y 2 e (x, y) varia de (3, -1) a (2,96, -0.95),<br />

compare os valores de Llz e dz.<br />

31. O comprimento e a largura de um retângulo foram medidos<br />

como 30 em e 24 em, respectivamente, com um erro de medida<br />

de, no máximo, O, 1 em. Utilize os diferenciais para estimar o<br />

erro máximo cometido no cálculo da área do retângulo.<br />

32. As dimensões de uma caixa fechada retangular foram medidas<br />

como 80 em, 60 em e 50 em, respectivamente, com erro<br />

máximo de 0,2 em em cada dimensão. Utilize os díferenciaís para<br />

estimar o máximo erro no cálculo da área da superfície da caixa.<br />

33. Utilize os diferenciais para estimar a quantidade de estanho em<br />

uma lata cilíndrica fechada com 8 em de diâmetro e 12 em de<br />

altura se a espessura da folha de estanho for de 0,04 em.<br />

34. Use o diferencial para estimar a quantidade de metal em uma<br />

lata cilíndrica fechada de 10 em de altura e 4 em de diâmetro<br />

se o metal das tampas de cima e de baixo possui O, l em de<br />

espessura e o das laterais tem espessura de 0,05 em.<br />

35. Uma faíxa de 3 polegadas de largura é pintada ao redor de um<br />

retângulo de dimensões l 00 pés por 200 pés. Utilize os diferenciaís<br />

para aproximar a área em pés quadrados pintada na faixa.<br />

36. A pressão, o volume e a temperatura de um moi de um gás<br />

ideal estão relacionados pela equação PV = 8,31 T, onde Pé<br />

medida em quilopascals, V em litros e T em kel vins. Utilize os<br />

diferenciais para determinar a variação aproximada da pressão<br />

se o volume aumenta de 12 L para 12,3 L e a temperatura<br />

diminui de 31 O K para 305 K<br />

37. Se R é a resistência equivalente de três resistências conectadas<br />

em paralelo, com valores R 1 , R 2 e R 3 , então<br />

1 1 1 1<br />

-~-+-+­<br />

R R1 Rz R3<br />

Se as resistências medem em ohms R 1 = 25 !1, R:. = 40 !1 c<br />

R 3 = 50 f!, com precisão de 0,5% em cada uma, estime o erro<br />

máximo no cálculo da resistência equivalente de R.<br />

38. Quatro números positivos, cada um menor que 50, são<br />

arredondados até a primeira casa decimal e depois<br />

multiplicados. Utilize os diferenciais para estimar o máximo<br />

erro possível no cálculo do produto que pode resultar do<br />

arredondamento.<br />

39-40 :-.::; Mostre que a função é diferenciável achando valores 101 e<br />

e 2 que satisfaçam a Definição 7.<br />

!ll!f, f(x, y) ~ x 2 + )' 2 40. f(x, y) ~ xy - 5y 2<br />

Mf1%<br />

Prove que, se f é uma função de duas variáveis diferenciável<br />

em (a, b), então fé contínua em (a, b). Dica: Mostre que<br />

42. (a) A função<br />

lim /(a + il.x, b + i\. v)~ f(a, b)<br />

LI:u. i'ly; --->tO. O) -<br />

xy<br />

f(x,y) ~ ;' + y'<br />

{<br />

se (x, y) # (0, O)<br />

se (x, y) ~ (O, O)<br />

corresponde ao gráfico da figura 4.<br />

Mostre que j'x(O, O) e f_,( O, O) existem, mas f não é diferenciável<br />

em (0, 0). [Dica: Utilize o resultado do Exercício 41.]<br />

(b) Explique por que fx e jy não são contínuas em (O, O).<br />

Regra da Cadeia<br />

Lembremo-nos de que a Regra da Cadeia para uma função de uma única variável nos dava<br />

uma regra para diferenciar uma função composta: se y = f(x) e x = g(t), onde f e g são<br />

funções diferenciáveis, então y é indiretamente uma função diferenciável de te<br />

dy<br />

dt<br />

dy dx<br />

dx dt<br />

Para as funções de mais do que uma variável, a Regra da Cadeia tem muitas versões,<br />

cada uma delas fornecendo urna regra de diferenciação de uma função composta. A<br />

primeira versão (Teorema 2) diz respeito ao caso onde z = f(x, y) e cada uma das variáveis<br />

x e y é, por sua vez, função de uma variável t. Isso significa que z é indiretamente uma<br />

função de t, z = f(g(t), h(t)), e a Regra da Cadeia dá uma fórmula para diferenciar z<br />

em função de t. Estamos admitindo que f seja diferenciável (Definição 14.4. 7). Lembremonos<br />

de que este é o caso quando h e f,, são contínuas (Teorema 14.4.8).


930 O CÁlCUlO Editora Tbomson<br />

IIJ Regra da Cadeia (Caso 11 Suponha que z = f(x, y) seja uma função<br />

diferenciável de x e y, onde x = g(t) e y = h(t) são funções diferenciáveis de t,<br />

Então z é uma função diferenciável de t e<br />

dz Jf dx Jf dy<br />

-=--+--<br />

dt ax dt ay dt<br />

Prova Uma variação de D.t em t produz uma variação de ó..x em x e D.y em y. fsso, por<br />

sua vez, produz uma variação de D.z em z, e da Definição 14.4.7 temos<br />

Jf Jf<br />

L'.z = -L'.x + -L'.v + e,Âx + e,L'.y<br />

ax ay '<br />

onde s,-> O e s,-" O quando (L'.x, L'.y)-" (O, O). [Se as funções s 1 e e 2 não forem<br />

definidas em (0, 0), poderemos defini-las como O lá.] Dividindo ambos os lados da<br />

equação por ilt, temos<br />

Âz Jf L'.x Jf Ây Âx L'.y<br />

-=--+--+e 1 -+e 2 -<br />

Llt ax L'.t ay M M L'.t<br />

Se fizermos L'.t-" O, então Âx = g(t + L'.t) - g(t)-" O porque g é diferenciável e<br />

portanto contínua. Da mesma forma, D.y -7 O. Por outro lado, isso implica que e 1 -O e<br />

e2 .........:;. O, de modo que<br />

dz Âz<br />

-= limdt<br />

~/-->0 ilt<br />

Jf . L'.x Jf . Ây<br />

1 . . Âx Ây<br />

= - hm - + - hm - + nn e1 11m - + lim e2 lim -<br />

êJX j.r--->0 Ô.f éJy At--->0 Âf M-~>0 1-t~->O ilt M--->0 ó.t-""'"0 Â.f<br />

at dx at dy dx dy<br />

=--+--+0·-+0·-.<br />

ax dt ay dt dt dt<br />

= Jf dx + àf dy<br />

ax dt ay dt<br />

o Note a semelhança com a definiçáo<br />

do diferencial:<br />

az i)z<br />

d,~-dx+-dy<br />

àx iJy<br />

Como freqüentemente escrevemos Jz/Jx no lugar de Jf/Jx, podemos reescrever a<br />

Regra da Cadeia na forma<br />

dz Jz dx Jz dy<br />

-=--+--<br />

dt Jx dt Jy dt<br />

EXEMPlO 1 o Se z = x 2 y + 3xy', onde x = sen 2t e y = cos t, detennine dz/dt quando<br />

t =O.<br />

SOLUÇÃO A Regra da Cadeia fornece<br />

dz az dx Jz dy<br />

-=--+--<br />

dt ax dt ay dt<br />

= (2xy + 3y 4 )(2cos2t) + (x 2 + l2xy 3 )(-sent)<br />

Não é necessário substituir as expressões de x e de y em função de t. Simplesmente


FIGURA 1<br />

,,<br />

-I<br />

110, l)<br />

X<br />

A curva x = sen 2t, y = cos t<br />

James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCiAIS [1 931<br />

observe que, quando t = O, temos x = sen O = O e y = cos O =<br />

l. Logo,<br />

I<br />

dz I ~ (O + 3)(2 cosO) + (O + O)( -senO) ~ 6<br />

dt t=O<br />

A derivada no Exemplo 1 pode ser interpretada como a taxa de variação de z com<br />

relação a t quando o ponto (x, y) se move ao longo da curva C com equações paramétricas<br />

x ~ sen 2t, y ~ cos t _ (Veja a Figura l ,) Em particular, quando t ~ O, o ponto (x, y) é (0,<br />

l ), e dz/ dt = 6 é sua taxa de crescimento quando nos movemos ao longo da curva C pas~<br />

sando por (0, l)_ Se, por exemplo, z ~ T(x, y) ~ x 2 y + 3xy' representa a temperatura no<br />

ponto (x, y), então a função composta z = T(sen 2t, cos t) representa a temperatura dos<br />

pontos da curva C e sua derivada dz/ dt corresponde à taxa de variação de temperatura ao<br />

longo da curva C<br />

EXEMPlO 2 o A pressão P (em quilopascals), o volume V (em litros) e a temperatura T<br />

(em kelvins) de um molde um gás ideal estão relacionados por meio da fórmula<br />

PV ~ 8,31 T, Determine a taxa de variação da pressão quando a temperatura é de 300 K<br />

e está aumentando com a taxa de O, 1 K/s e o volume é de 100 L e está aumentando com<br />

a taxa de 0,2 L/s_<br />

SOLUÇÃO Se t representa o tempo decorrido, medido em segundos, então em um dado<br />

instante temos T ~ 300, dT/dt ~ 0,1, V~ 100, dV/dt ~ 0,2. Como<br />

pela Regra da Cadeia<br />

p ~ 8,31 ~<br />

dP aP dT àP dV 8,31 dT 8,31T dV<br />

-~--+--~----------<br />

dt ar dt av dt v dt V 2 dt<br />

8,31 8,31(300)<br />

~ 100 (0,1) - 100' (0,2) ~ -0,04155<br />

A pressão está decrescendo com a taxa de 0,042 k:Pa/s,<br />

Vamos considerar agora a situação onde z = f(x, y ), mas x e y são funções de outras<br />

duas variáveis se t: x ~ g(s, t), y ~ h(s, t), Então z é uma função indireta de sete desejamos<br />

determinar iJz/iJs e iJz/iJL Lembremo-nos de que para calcular iJz/iJt mantemos s<br />

fixo e calculamos a derivada ordinária de z em relação a t. Portanto, aplicando o Teorema<br />

2, obtemos<br />

az az ax az ay<br />

-~--+--<br />

iJt ax at ay at<br />

Argumento análogo serve para àz/às e provamos a seguinte versão da Regra da Cadeia.<br />

11] Regra da Cadeia (Caso 2í Suponha que z ~ f(x, y) seja uma função diferenciável<br />

de x e y, onde x ~ g(s, t) e y ~ h(s, t) são funções diferenciáveis de se de t, Então<br />

az Oz ax az ày<br />

-~--+--<br />

as iJx as iJy iJs<br />

!!:_ ~ !!:_ iJx + !!:_ ày<br />

àt iJx iJt ày iJt


932 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

EXEMPlO 3 r_l<br />

Se Z = ex sen y, onde x = st 2 e)' = s 2 t, determine azj as e azjar.<br />

SOLUÇÃO Aplicando o Caso 2 da Regra da Cadeia, obtemos·<br />

az az ax az ay . '<br />

- = --+ --= (e'sen v)(t') + (e'cosv)(2st)<br />

as ax as ay as ' '<br />

= t 2 e 512 sen(s 2 t) + 2ste 511 cos(s 2 t)<br />

az az ax az ay<br />

- = -- + --= (e'seny)(2st) + (e'cosy)(s 2 )<br />

at ax at ay at<br />

z<br />

X<br />

dt \~


James Stewart CAPÍTUlO 14 DERIVADAS PARCIAIS 933<br />

X<br />

I \<br />

' \<br />

I '<br />

r s r<br />

FiGURA 4<br />

u<br />

y<br />

I\<br />

r s t<br />

z<br />

\ \<br />

I \<br />

r s l<br />

em um ramo que liga as folhas y a u a derivada parcial omitida é ày/ au. Com a ajuda do<br />

grafo da árvore, podemos escrever as expressões pedidas:<br />

aw aw ax aw dy aw az aw àt<br />

-~--+--+--+--<br />

ou ax au ay au az au OI au<br />

aw aw ax aw àr àw az dw ar<br />

-~--+--'-+--+-­<br />

av ih av ay av az av àt av<br />

EXEMPlO 5 c: Seu= x 4 y + y 2 z 3 , onde x = rse 1 , y = rs 2 e --;e z = r 2 s sen t, deterrnínc<br />

o valor de ou/as quando r~ 2, s ~ l, 1 ~O.<br />

SOLUÇÃO Com o auxílio do grafo da árvore da Figura 4, obtemos<br />

Quando r = 2, s =<br />

au au ax au av au az<br />

-~--+--' +--<br />

as ax as ay as az as<br />

~ (4x 3 y)(re') + (x 3 + 2yz 3 )(2rse ') + (3y 2 z 2 )(r 2 Sí'n 1)<br />

1 e t = O, temos x = 2, _v = 2 e z = O. Portanto<br />

.iJ":. ~ (64)(2) + (l6)(4) + (0)(0) ~ 192<br />

as<br />

EXEMPlO 6 cc Se g(s, t) ~ f(s 2 - 1 2 , 1 2 - s') e f é diferenciável, mostre que g satisfaz a<br />

equação<br />

SOLUÇÃO Seja x ~ s 2 -<br />

nos fornece<br />

Portanto<br />

EXEMPlO 7 CJ<br />

ag<br />

as<br />

ag<br />

at<br />

r-+s-~o<br />

r 2 e y ~ r' - s 2 Então g(s, 1) ~ f(x, y) e a Regra da Cadeia<br />

ag ~ aj ax + aj ~ ~ aj (Zs) + aj (-Zs)<br />

as ax as ay as ax ay<br />

ag aj ax aj ay aj aj<br />

- ~ -- + -- ~ -(-2r) + -(21)<br />

ar ax ar ay at ax ay<br />

t ag + s !!ff_ ~ (zst aj - 2sr aj) + (-2st aj + 2st Jf) ~O<br />

as oi ax ay ax ay<br />

Se z ~ J(x, y) tem derivadas parciais de segunda ordem contínuas e<br />

X ~ r 2 + S 2 e}' ~ 2rs, determine (a) az/ar e (b) a 2 z/ ar 2 .<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) A Regra da Cadeia fornece<br />

az Jz ax az ay az az<br />

- ~ -- + -- ~ -(2r) + -(2s)<br />

ar ax ar ày ar ax ay<br />

(b) Aplicando a Regra do Produto na expressão da parte (a), obtemos<br />

a'z a ( az az)<br />

-~- 2r-+2sar2<br />

ar ax ay<br />

az a ( az) +2s-- a ( az)<br />

~2-+2r--<br />

ax ar ax ar ay


934 o CÁLCUlO<br />

Editora Thomson<br />

FIGURA 5<br />

'<br />

I<br />

X<br />

\<br />

,,<br />

é}x<br />

s r<br />

y<br />

\<br />

s<br />

Mas, usando a Regra da Cadeia novamente, temos<br />

a ( az ) a ( az) ax a ( az ) ay<br />

ar ax = ax ax ar + ay iJx ar<br />

Colocando essas expressões na Equação 5 e usando a igualdade das derivadas parciais<br />

mistas de segunda ordem, obtemos<br />

a'z az ( a'z a'z ) ( a 2 z a 2 z )<br />

- = 2- + 2r 2r--, + 2s-- + 2s 2r-- + 2s--<br />

Jr2 ax ax- ay ax ax ay oy 2<br />

Derivação Implícita<br />

A Regra da Cadeia pode ser usada para uma descrição do processo de diferenciação<br />

implícita introduzida nas Seções 3.6 (Volume !) e 14.3. Suponhamos que a equação da<br />

forma F(x, y) = O defina y implicitamente como uma função diferenciável de x, ou seja,<br />

y = f(x), onde F(x,f(x)) =O para todo x no donúnio de f Se F é diferenciável, podemos<br />

aplicar o Caso 1 da Regra de Cadeia para diferenciar ambos os lados da equação<br />

F(x, y) = O com relação a x. Como x e y são ambas funções de x, obtemos<br />

aF dx aF dy<br />

--+--=0<br />

ax dx ay dx<br />

No entanto, dx/dx = I; então, se aFjay"" O, resolvemos para dy/dx e obtemos<br />

!]]<br />

a F<br />

dy ax F,<br />

dx a F F,<br />

ay<br />

Para derivar essa equação assunúmos que F(x, y) = O define y implicitamente em<br />

função de x. O Teorema da Função Implícita, provado em cálculo avançado, fornece<br />

condições segundo as quais essa hipótese é válida. Podemos estabelecer que se F é<br />

definida em uma bola aberta contendo (a, b), onde F(a, b) =O, F,(a, b) ""O e F, e F, são<br />

funções contínuas nessa bola, então a equação F(x, y) = O define y como uma função de<br />

x perto do ponto (a, b ), e a derivada dessa função é dada pela Equação 6.<br />

EXEMPlO 8 c Deternúne y' se x 3 + y' = 6xy.


James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAiS 935<br />

SOLUÇÃO A equação dada pode ser escrita como<br />

F(x, y) ~ x 3 + y 3 -<br />

6xy ~ O<br />

e, dessa forma, a Equação 6 nos dá<br />

:.J A solução do Exemplo 8 deve ser<br />

comparada com a do Exemplo 2 da<br />

Seção 3.6 do Volume I.<br />

dy ~ _ F, ~ _ 3x 2 - 6y<br />

dx F, 3y 2 - 6x<br />

x 2 -<br />

y 2 -<br />

2y<br />

2x<br />

Suponha agora que z seja dado implicitamente como uma função z ~ f(x, y) por uma<br />

equação da forma F(x, y, z) ~O. Isso é o mesmo que F(x, y,J(x, y)) ~O para todo (x, y)<br />

no domínio de f Se F e /forem diferenciáveis, utilizamos a Regra da Cadeia para diferenciar<br />

a equação F(x, y, z) = O como se segue:<br />

JF Jx JF Jy JF Jz<br />

--+--+--~o<br />

Jx Jx ay ax Jz Jx<br />

Mas<br />

a<br />

-(x) ~I<br />

ax<br />

e<br />

a<br />

-(v)~ O<br />

ax ~<br />

portanto, essa equação se escreve<br />

aF JF az<br />

-+--~o<br />

ax Jz Jx<br />

Se JF/àz 7' O, resolvemos para Jz/àx e obtemos a primeira fórmula das Equações 7. A<br />

fórmula para Jz/Jy é obtida de modo semelhante.<br />

III<br />

az<br />

ax<br />

a F<br />

ax<br />

aF<br />

az<br />

_i!:_ ~ -<br />

ày<br />

a F<br />

ay<br />

JF<br />

az<br />

Novamente, uma versão do Teorema da l


936 ::J CÁlCULO Editora Thomson<br />

1-6 ::::: Use a Regra da Cadeia para dctenninar dz/dt ou dw/dt.<br />

1. z = x='y + x.v=', x = 2 + t 4 , )' = 1 ~ t'<br />

2. z = .,_/x 2 + y 2 , x = e 21 , y =e·-><br />

3. z =sen xcosy, x = 7Tt, y =_,_,~r<br />

4. z = x ln(x + 2y), x = sen t, y = cos t<br />

··s.w=xe'-·o, x=t 2 , )'=l~t, z=I+2t<br />

6. w = xy +<br />

1~"12 :..... Utilíze a Regra da Cadeia para determinar azjas e azjat.<br />

7. z = x 2 + xy + y 2 , x = s + t, y = st<br />

8. z = x/.v, x = se 1 , y = 1 +se-'<br />

9. z=arctg(2x+y), x=s 2 t, y=slnt<br />

10. z = e'-" tg y, x = s + 2t, y = s/t<br />

111·:- z =e,. cosO, r= st, O= -vis 2 + t 2<br />

12. z = sen a tg {3, a = 3s + t, {3 = s - t<br />

13. Se z ~ j(x, y), onde f é diferenciável x ~ g(t), y ~ h(t),<br />

g(3) ~ 2. g'(3) ~ 5, h(3) ~ 7, h'(3) ~ -4, j,(2, 7) ~ 6, e<br />

};(2, 7) ~ -8, detennine dz/dt quando t ~ 3.<br />

14. Seja W(s, t) = F(u(s, !), v(s, t)), onde F, u, e v são díferenciáveis,<br />

u(l, O) ~ 2, u,(l. O) ~ -2, u,(l, O) ~ 6, v(l, O) ~ 3,<br />

v,(l, O) ~ 5, v,(l, O) ~ 4, F,(2, 3) ~ -l e F,(2, 3) ~ lO.<br />

Determine W,(l, O) e W,(l, 0).<br />

15. Suponha que f seja uma função diferenciável de x e y, e<br />

g(u, v)= f(eu + senv, eu+ cos v). Use a tabela de valores<br />

para calcular g,(O, O) e g,(O, O).<br />

G:o). 1<br />

f I g I f, h<br />

3<br />

I ó I 4 ó<br />

I o. 2 ) I 6 I 3 I 2 5 i<br />

16. Suponha que f seja uma função diferenciável de x e y, e<br />

g(r, s) = f(2r- s, s 2 - 4r). Use a tabela de valores do<br />

Exercício 15 para calcular g,(l, 2) e g,(l, 2).<br />

H-20 ::J Utilize o grafo da árvore para escrever a Regra da Cadeia<br />

para o caso dado. Assuma que todas as funções sejam diferenciáveis.<br />

u ~ j(x, y), onde x ~ x(r, s, t), y ~ y(r, s, r)<br />

18. w ~ j(x, y, z), onde x ~ x(r, u), y ~ y(t, u), z ~ z(t, u)<br />

19. v~ j(p, q, r), onde p ~ p(x, y, z), q ~ q(x, y, z),<br />

r~ r(x, y, z)<br />

20. u = f(s, t), onde s = s(w, x, y, z), t = t(w, x, y, z)<br />

21-25 c Utilize a Regra da Cadeia para determinar as derivadas<br />

parciais indicadas.<br />

x = uv 2 + ur',<br />

y = u + ve"';<br />

(Jz az az<br />

ÓU' ÓV' Dw<br />

22. u = )r 2 + sz,<br />

au au au<br />

quando u = 2, v = 1, w = O<br />

r=y+xcost, s=x+ysent;<br />

- ~- quandox=1,y=2,t=O<br />

ax' ay' ar<br />

23. R= ln(u 2 + v 2 + w 2 ), u = x + 2y, v= 2x- y,<br />

w = 2xy;<br />

aR aR<br />

-- quandox=}·= 1<br />

ax' ay<br />

24. M = xey-.: x = 2uv, y = u - v, z = u + v;<br />

aM aM<br />

- - quando u = 3 v = -1<br />

au ' av ,<br />

25. u = x 2 + yz,<br />

au Ou au<br />

---<br />

ap, ar, a e<br />

x=prcosf),<br />

y=prsenO, z=p+r;<br />

quando p ~ 2, r ~ 3, e ~ o<br />

26. Y = w tg- 1 (uv), u =r+ s, v= s + t, w = t +r;<br />

ar ar ar<br />

--- quandor=l s=Ot=l<br />

ar, as, at ' ,<br />

27-30 c Utilize a Equação 6 para detetminar dy / dx.<br />

27. J;} = 1 + x\ 28. y 5 + x 1 y 3 = I + yex·<br />

29. cos(x - y) = xeY 30. senx + cosy =senx cosy<br />

31-34 ':J Utilize as Equações 7 para determinar azjax e azjay.<br />

31. x 2 + y 2 + z 2 = 3xyz<br />

33. x - z ~ arctg (yz)<br />

~ xyz = cos(x + y + z)<br />

34, yz ~ ln(x + z)<br />

~ A temperatura em um ponto (x, y) é T(x, y), medida em graus<br />

Celsius. Um inseto rasteja de modo que sua posição depois de t<br />

segundos seja dada por x = .jl+l, y = 2 + } t, onde x e y<br />

são medidas em centímetros. A função temperatura satisfaz<br />

1~(2, 3) ~ 4 e T,(2, 3) ~ 3. Quão rápido a temperatura<br />

aumenta no caminho do inseto depois de três segundos<br />

36. A produção de trigo em um determinado ano W depende da<br />

temperatura média Te da quantidade anual de chuva R.<br />

Cientistas estimam que a temperatura média anual está crescendo<br />

à taxa de O, 15 aC/ano, e a quantidade anual de chuva está<br />

decrescendo à taxa de 0,1 em/ano. Eles também estimam que, no<br />

corrente nível de produção, àW/àT ~ -2 e àW/àR ~ 8.<br />

(a) Qual é o significado do sinal dessas derivadas parciais<br />

(b) Estime a taxa de variação corrente da produção de trigo<br />

dW/dt.<br />

37. A rapidez da propagação do som através do oceano com<br />

salinidade de 35 partes por milhar foi modelada pela equação<br />

C~ 1449,2 + 4,6T- 0,055T 2 + 0,00029T 2 + O,Ol6D<br />

onde C é a rapidez do som (em metros por segundo), T é a<br />

temperatura (em graus Celsius) e D é a profundidade abaíxo


T<br />

James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCiAIS ~J 937<br />

do nível do mar (em metros). Um mergulhador começa um<br />

mergulho tranqüilo nas águas oceânicas, e a profundidade do<br />

mergulho e a temperatura da água ao redor são anotadas (veja o<br />

gráfico). Estime a taxa de variação (com relação ao tempo) da<br />

rapidez do som através do oceano experimentada pelo<br />

mergulhador 20 minutos depois do mergulho. Quais<br />

são as unidades<br />

. ) az az<br />

Se z = f(x ~ y , mostre que- + -:-- = O.<br />

Ox Oy<br />

46. Se z = f(x, y), onde x = s + te y = s ~ t, mostre que<br />

47-53 Assuma que todas as funções dadas tenham derivadas<br />

parciais de segunda ordem contínuas.<br />

47. Mostre que qualquer função da forma<br />

z ~ j(x + at) + g(x - at)<br />

!0203040,_ 10203040(<br />

(mm)<br />

(min)<br />

38. O raio de um cone circular reto aumenta a uma taxa de 1,8 pol/s,<br />

ao passo que sua altura está decrescendo à taxa de 2,5 po1/s. A<br />

que taxa o volume do cone está mudando quando o raio vale<br />

120 pol e a altura 140 pol<br />

_3~. O comprimento C, a largura w e a altura h de uma caixa variam<br />

com o tempo. A certo instante as dimensões da caixa são<br />

C = I me w = h = 2m, e f e w estão aumentando a uma taxa<br />

de 2 rn!s. ao passo que h está diminuindo à taxa de 3 m/s.<br />

Nesse instante, determine as taxas nas quais as seguintes<br />

quantidades estão variando.<br />

(a) O volume<br />

(b) A área da superfície<br />

(c) O comprimento da diagonal<br />

40. A voltagem V em um circuito elétrico simples está decrescendo<br />

devagar à medida que a bateria se descarrega. A resistência R<br />

está aumentando devagar com o aumento de calor do resistor.<br />

Use a Lei de Ohm, V= IR, para achar como a corrente I está<br />

variando no momento em que R = 400 O, I = O, 08 A,<br />

dV/dt ~ -0,01 V /se dR/dt ~ 0.03 fi/s.<br />

41. A pressão de um moi de um gás ideal é aumentada à taxa de<br />

0,05 kPals, e a temperatura é elevada à taxa de O, 15 K/s.<br />

Utilize a equação do Exemplo 2 para achar a taxa de variação<br />

do volume quando a pressão é 20 kPa e a temperatura é 320 K<br />

42. Um carro A está viajando para norte na rodovia 16, e um carro<br />

B está viajando para oeste na rodovia 83. Os dois carros se<br />

aproximam da interseção dessas rodovias. Em um certo<br />

momento, o carro A está a 0,3 km da interseção viajando a 90<br />

1an!h, ao passo que o carro B está a 0,4 km da interseção<br />

viajando a 80 km!h. Qual a taxa de variação da distância entre<br />

os carros nesse instante<br />

43-46 c.:: Assuma que todas as funções dadas são diferenciáveis.<br />

~ Se z = f(x,y), onde x = rcos ()e y = r senO, (a) determine<br />

az/àr e azjae e (b) mostre que<br />

44. Seu = f(x, y), onde x = e-' cos te y = e" sen t, mostre que<br />

(au)' +<br />

(au )'~e-''[{'!'!_)'+('!'!_)']<br />

àx ày; \as at<br />

é uma solução da equação de onda<br />

0 2 z 0 2 z --=a2 __<br />

Ot 2 ax 2<br />

[Dica: Seja u = x + at, v = x - at.]<br />

48. Se u = f(x, y), onde x = e-' cos t e y = es sen t, mostre que<br />

a'u a'u 2 [<br />

-- + -- a'u a'u]<br />

= e-~s -- + --<br />

iJx2 a.v 2 as 2 dt 2<br />

49. Se z = f(x, y), onde X= r 2 + s 1 , y = 2rs, detemúne à 2 z/àr as.<br />

(Compare com o Exemplo 7.)<br />

50. Se z = f(x, y), onde x = rcos (J, y = rsen 8, determine (a)<br />

azjar, (b) azjiJOe (c) iJ 2 z/iJr ao.<br />

51. Sez = f(x,y), onde x = rcos (), y·= rsen(), mostre que<br />

d 2 z à 2 z à 2 z 1 d 2 z 1 az<br />

dx 2 + ày 2 = iJr 2 + ~ iJ() 2 + --;a;<br />

52. Suponha z ~ f(x, y), onde x ~ g(s, t) e y ~ h(s, t).<br />

(a) Mostre que<br />

o 2 z a'z (ax)' a'z ax ay a'z (ay)'<br />

-~- - + 2----+- -<br />

at 2 ax 2 ar ax ay ar ar ay 2 ar<br />

az à 2 x az cPy<br />

+ --+--<br />

ax iJt 2 Oy i:Jt 2<br />

(b) Determine uma fórmula semelhante para a 2 zjas àt.<br />

53. Uma função f é dita homogênea de grau n se satisfaz a equação<br />

f(tx, ty) = t"f(x, y) para todo valor de t, onde n é um inteiro<br />

positivo e f tem as segundas derivadas parciais contínuas.<br />

(a) Verifique que f(x, y) ~ x 2 y + 2xy 2 + 5y 3 é homogênea<br />

de grau 3.<br />

(b) Mostre que, se f é homogênea de grau n, então<br />

x at + Y at ~ nf(x,y)<br />

ax ày<br />

[Dica: Utilize a Regra da Cadeia para derivar f(tx, ty) com<br />

relação a t.]<br />

54. Se f é homogênea de grau n, mostre que<br />

2 a'f a'f • a'f<br />

x·- + 2xy-- + y"- ~ n(n- l)f(x,y)<br />

àx 2 ax ély ay 2


938 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

55. Se f é homogênea de grau n, mostre que<br />

f,(tx, ty) ~ t"-'!c(x, y)<br />

56. Suponha que a equação F(x, y, z) = O defina implicitamente<br />

cada uma das três variáveis x, )' e z como função das omras<br />

duas:<br />

z = J(x, y), y = g(x, z), x = h(y, z). Se F for diferenciável e F"<br />

F} e Fz forem todas não-nulas, mostre que<br />

Oz dx ày<br />

---~ ~]<br />

ax dy i)z<br />

Derivadas Direcionais e o Vetor Gradiente<br />

O mapa meteorológico dos estados da Califórnia e Nevada, apresentado na Figura 1, mostra<br />

os contornos da função temperatura T(x, y) às 15 horas de um dia de outubro. As curvas de<br />

nível ou isoténnicas ligam localidades que apresentam a mesma temperatura. A derivada parcial<br />

Tx em um ponto, como o Reno, dá a taxa de variação da temperatura em relação à<br />

distância se viajarmos de Reno para leste; Tr é a taxa de variação da temperatura se viajarmos<br />

para o norte. Mas o que acontece se desejarmos conhecer a taxa de variação da<br />

temperatura quando viajamos para sudeste (indo para Las Vegas) ou em outra direção<br />

qualquer Nesta seção introduzimos um tipo de derivada, chamada derivada direcional,<br />

que nos permite determinar a taxa de variação de uma função de duas ou mais variáveis<br />

em qualquer direção.<br />

FIGURA 1<br />

't I<br />

(x[),ye)<br />

!1<br />

I<br />

sen e<br />

...J. __ _<br />

cose<br />

FIGURA 2<br />

Um vetor unitfuio<br />

u = (a, b) = (cos e, scn e}<br />

Derivadas Direcionais<br />

Lembremo-nos de que, se z ~ f(x, y ), as derivadas parciais fie e f, são definidas como<br />

F ( • ) _ . f(:xo + h, Yo) ~ f(Xo, Yo)<br />

Jx Xo, Yo - 11m<br />

h->0<br />

h<br />

'(<br />

JY Xo,Yo -h~~<br />

) _r f(xo,Yo +h)- f(xo,yo)<br />

e representam as taxas de variação de z na direção positiva dos eixos x e y, ou seja, nas<br />

direções e sentidos dos versares i e j.<br />

Suponha que queiramos determinar a taxa de variação dez no ponto (xo, yo) na direção<br />

e sentido de um vetor unitário arbitrário u ~ (a, b). (Veja a Figura 2.) Para fazê-lo devemos<br />

considerar a superiície S com equação z ~ f(x, y) (gráfico de f) e tomar Zo ~ f(xo, Yo).<br />

O ponto P(xo, yo, zo) pertence a S. O plano vertical que passa por P na direção de n intercepta<br />

h


James Stewart CAPÍTULO 14 DERiVADAS PARCIAIS 939<br />

Sem uma curva C (veja a Figura 3). A inclinação da reta tangente Ta C em Pé a taxa de<br />

variação de z na direção e sentido de u.<br />

FIGURA 3<br />

X<br />

Se Q(x, y, z) é outro ponto sobre C e P', Q' são as projeções de P, Q sobre o plano "Y·<br />

então o vetor P'Q' é paralelo a u, e portanto<br />

____,<br />

P'Q' ~ hu ~ (ha, hb)<br />

para algum valor do escalar h. Dessa forma, x - x 0 ~ ha, y - y 0<br />

~ hb, logo x ~ xo + ha,<br />

y ~ Yo + hb, e<br />

Az<br />

h<br />

z-<br />

h<br />

f(xo + ha, Yo + hb) - f(xo, Yo)<br />

h<br />

Se tomarmos o limite quando h-> O, obteremos a taxa de variação dez (em relação à distància)<br />

na direção e sentido de u, que é chamada derivada direcional de f na direção e sentido de u.<br />

II)Ilelinição A derivada direcional de f em (xo, yo) na direção e sentido do<br />

vetor unitãrio u ~ (a, b) é<br />

se esse limite existir.<br />

D f( ) _li f(xo + ha, Yo + hb) - f(xo, Yo)<br />

u Xo,Yo -h~ h<br />

Comparando a Definição 2 com (1), vemos que, se u ~ i ~ (I, O), então D;f ~ j; e se<br />

u ~ j ~ (O, 1), então D;f = fy Em outras palavras, as derivadas parciais de f com relação<br />

a x e y são casos particulares da derivada direcional.


940 ::J CÁLCULO Editora Thomson<br />

EXEMPlO 1 :-::-: Utilize o mapa meteorológico da Figura 1 para estimar o valor da<br />

derivada direcional da função temperatura em Reno na direção sudeste.<br />

SOLUÇÃO O versar na direção sudeste é dado por u ~ (i - j)/ .fi, mas não necessitaremos<br />

dessa expressão. Em vez disso, inicialmente traçamos uma reta que passa por Reno na<br />

clireção sudeste. (Veja a Figura 4.)<br />

FIGURA 4<br />

Aproximamos a derivada direcional Du T pela taxa média de variação de<br />

temperatura entre os pontos onde a reta traçada intercepta isotérmicas T = 50 e T = 60.<br />

A temperatura no ponto a sudeste de Reno é T = 60 °F, e a temperatura no ponto a<br />

noroeste de Reno é T = 50 °F. A distância aproximada desses pontos é de 75 milhas.<br />

Logo a taxa de variação da temperatura na direção sudeste é<br />

60 - 50 10<br />

D T = ~ - = O 13 °F/mi<br />

" 75 75 ,<br />

Quando computamos a derivada direcional de uma função definida por uma fórmula,<br />

geralmente usamos o seguinte teorema.<br />

rn<br />

~~ ]<br />

Teorema Se f é uma função diferenciável em X e y, então f tem derivada<br />

__<br />

direcional na direção e sentido de qualquer versor u ~ (a, b) e<br />

D,f(x, y) ~ fb, y)a + fy(x, y)b<br />

Prova Se definirmos urna função g de uma única variável h por<br />

g(h) = f(xo + ha, Yo + hb)<br />

então, pela definição de derivada direcional, temos<br />

g'(O) ~ lim g(h) - g(O) = lim<br />

h-->0 h h---c>O<br />

= D,f(xo, Yo)<br />

f(xo + ha, Yo + hb) - f(xo, Yo)<br />

h


T<br />

James Stewart CAPÍTULO 14 DERiV.D,D.l\S PARCIAIS 941<br />

Por outro lado, podemos escrever g(h) = f(x, y), onde x = Xo + ha, y = }'o + hb, e pela<br />

Regra da Cadeia (Teorema 14.5.2), vem<br />

i!] dx<br />

Jx dh<br />

Jf dv<br />

Jy dh<br />

g'(h) ~ - - + - -' ~ '.(x )')a +


942 O CÁlCULO Editora Thomson<br />

I!] Definição Se f é uma função de duas variáveis x e y, o gradiente de f é a<br />

fuução vetorial V f definida por<br />

. af. af.<br />

Vf(x,y) ~ (J,(x,y),j,(x,y)) ~-r+ -J<br />

ax Oy<br />

EXEMPlO 3<br />

Se f(x, y) ~ sen x + e'', então<br />

e Vf(O, 1) ~ (2,0)<br />

V f(x, y) ~ (/,,f) ~ ( cos x + ye'', xe'')<br />

Com a notação de vetor gradiente, podemos reescrever a expressão (7) para a derivada<br />

direcional como<br />

D"f(x, y) ~ V f(x, y) · u<br />

que expressa a derivada direcional na direção e sentido de u como a projeção escalar do<br />

vetor gradiente sobre u.<br />

u O vetor gradiente V /(2, ~I) do<br />

Exemplo 4 é mostrado na Figura 6<br />

com ponto inicial (2, ~I). Também é<br />

mostrado o vetor v, que dá a direção e<br />

sentido da derivada direcionaL Ambos<br />

os vetores estão sobrepostos ao mapa<br />

de contornos do gráfico de f.<br />

EXEMPLO 4 cJ Determine a derivada direcional da função f(x, y) ~ x 2 y 3 - 4y no ponto<br />

(2, -1) na direção do vetor v~ 2i + 5j.<br />

SOLUÇÃO Primeiramente, vamos calcular o gradiente de f no ponto (2, -I):<br />

V f(x, y) ~ 2xy 3 i + (3x 2 y 2 - 4)j<br />

'Vf(2, -I)~ -4i + 8j<br />

Note que v não é um vetor unitário, mas, como I v I = J2§, o vetor unitário na direção e<br />

sentido de v é<br />

X<br />

Portanto, pela Equação 9, temos<br />

D"f(2, -1) ~ 'Vf(2, -1) · u ~ (-4i + 8j) · ( }xg i+ ~ j)<br />

FIGURA 6<br />

-4. 2 + 8. 5 32<br />

.,fi9 .,fi9<br />

Funções de Três Variáveis<br />

Para as funções de três variáveis podemos definir derivadas direcionais de modo semelhante.<br />

Novamente D,f(x, y, z) pode ser interpretado como a taxa de variação da função<br />

na direção e sentido de um versor u.


James Stewart CAPÍTULO 14 DERiVADAS PARCIAIS [; 943<br />

[l]] !lolinição A derivada direcional de uma função f em (xo, y 0 , z 0 ) na direção e<br />

sentido do vetor unitário u = (a, b, c) é<br />

'( . , ) _ . f(xo + ha, Yo + hb, zo + hc) - f(xo, jo, zo)<br />

Duf Xo. \o, Zo - hm<br />

. - h·-·0 h<br />

se o limite existir.<br />

Se usannos a notação vetorial, poderemos escrever tanto a definição (2) quanto a (10)<br />

da derivada direcional na forma compacta<br />

. f(xo + hu) - f(xo)<br />

D,f(xo) ~ bm h<br />

h-O<br />

onde Xo = (xo, yo) se n = 2 e Xo = (xo, Yo, zo) se n = 3. Isso era esperado, porque a<br />

equação vetorial da reta que passa por XD na direção do vetor u é dada por x = x 0 + tu<br />

(Equação 125.1), e portanto f(x 0 + hu) representa o valor de f em um ponto dessa reta.<br />

Se f(x, y, z) for diferenciável eu~ (a, b, c), então o mesmo método usado na prova<br />

do Teorema 3 pode ser usado para mostrar que<br />

D,f(x, y, z) ~ j;(x, y, z)a + J,(x, y, z)b + j;(x, y, z)c<br />

Para uma função f de três variáveis, o vetor gradiente, denotado por V f ou grad j; é<br />

ou, simplificando,<br />

V f(x, y, z) ~ (j;(x, y, z),J,(x, y, z),j;(x, y, z))<br />

of. of. af<br />

V f= (j;,f,,j;) ~-r+ -J + -k<br />

' ax ay az<br />

Então, como para as funções de duas variáveis, a Fórmula 12 para a derivada direcional<br />

pode ser reescrita como<br />

D,f(x, y, z) ~ V f(x, y, z) · u<br />

EXEMPlO 5 o Se f(x, y, z) = x senyz, (a) detennine o gradiente de f e (b) estabeleça a<br />

derivada direcional de f no ponto (l, 3, 0) na direção e sentido de v~ i + 2j - k<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) O gradiente de f é<br />

V f(x, y, z) ~ (fAx, y, z),J,(x, y, z),j;(x, y, z))<br />

= (seu yz, xz cos yz, xy cos yz)


944 :J CÁLCULO Editora Thomson<br />

(b) No ponto ( l, 3, O) temos V J(l, 3, O) ~ (O, O, 3). O vetor unitário na direção e<br />

sentido de v = i + 2j ~ k é<br />

Portanto, da Equação 14, vem<br />

1 2 !<br />

u~-i+-j--k<br />

j6 j6 j6<br />

D,f(l, 3, O)~ Vf(l, 3, O)· u<br />

Maximizando a Derivada Direcional<br />

Suponha uma função f de duas ou três variáveis e considere todas as possíveis derivadas<br />

direcionais de f em um ponto dado. Isso nos dará a taxa de variação da função em todas as direções<br />

possíveis. Podemos então perguntar: em qual dessas direções f varia mais rápido e<br />

qual a máxima taxa de variação A resposta a essas perguntas é dada pelo seguinte teorema.<br />

[1]] Teorema Suponha que f seja uma função diferenciável de duas ou três<br />

variáveis. O valor máximo da derivada direcional D,f(x) é I V f(x) I e ocorre<br />

quando u tem a mesma direção e sentido que o vetor gradiente V f(x).<br />

Prova Da Equação 9 ou 14, temos<br />

D,f~ V f· u ~ lVIII ui cose~ IV fi cose<br />

onde 8 é o ângulo entre V f eu. O valor máximo de cos fJ é 1, e isso ocorre quando<br />

O ~ O. Portanto o valor máximo de D,f é I V f I e ocorre quando 8 ~ O, ou seja, quando<br />

u tem a mesma direção e sentido que V f.<br />

u<br />

EXEMPLO 6 ~<br />

(a) Se f(x, y) ~ xe', determine a taxa de variação de f no ponto P(2, O) na direção de P<br />

a Q(l, 2).<br />

(b) Em que direção f tem a máxima taxa de variação Qual é a máxima taxa de variação<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Primeiro calcularemos o vetor gradiente:<br />

o<br />

FIGURA 7<br />

o No ponto (2, O) a função do Exemplo 6<br />

aumenta mais rapidamente na direção e<br />

sentido do gradiente V f(2, O) = ( 1, 2).<br />

Na Figura 7 note que esse vetor parece<br />

ser perpendicular à curva de nívei que<br />

passa por (2, 0). A Figura 8 mostra o<br />

gráfico de f e o vetor gradiente_<br />

Vf(x, y) ~ (f" f,) ~ (e', xe')<br />

VJ(2, O)~ (U)<br />

O versor da direção PQ = ( -1.5; 2) é u = (-~, S), logo a taxa de variação de f na<br />

direção que vai de P a Q é<br />

D,f(2,0) ~ VJ(2,0) · u ~ (1,2) · (-l,j)<br />

~l(-l)+2(1)~1


I<br />

!<br />

z<br />

FIGURA 8<br />

James Stewart CAPÍTUlO 14 DERIVADAS PARC!AiS U 945<br />

(b) De acordo com o Teorema 15,faurnenta mais depressa na direção e sentido do<br />

gradiente v /(2, O) ~ (1, 2). A máxima taxa de variação é<br />

EXEMPLO 7<br />

I V/(2, O) I~ I< 1,2) I ~ ,f5<br />

Suponha que a temperatura em um ponto (x, y, z) do espaço seja dada por<br />

T(x, y, z) = 80/(1 + x 2 + 2y 2 + 3z 2 ), onde T é medida em graus Celsius ex, y, z em<br />

metros. Em que direção no ponto (1, 1, -2) a temperatura aumenta mais rapidamente<br />

Qual é a taxa máxima de aumento<br />

SOLUÇÃO O gradiente de T é<br />

JT JT JT<br />

vr~-i+-j+-k<br />

Jx Jy az<br />

160 ( . . )<br />

(] , .• ')' -xr- 2yJ - 3zk<br />

+ r + 2r + 3z· ·<br />

No ponto (1, 1, -2), o vetor gradiente é<br />

vT(l, l, -2) ~ l!*(-i- 2j + 6k) = lH- 2j + 6k)<br />

Pelo Teorema 15 a temperatura aumenta mais rapidamente na direção e sentido do<br />

gradiente 'VT(l, 1, -2) ~ 1( -i - 2j + 6k) ou, de modo equivalente, na direção e<br />

sentido de -i - 2j + 6k ou ainda de seu versar (-i - 2j + 6k)/ v'4f. A taxa máxima<br />

de aumento é o módulo do vetor gradiente<br />

lvT(l, I, -211 ~lH- 2j + 6kl ~<br />

5fl<br />

Portanto a taxa máxima de aumento da temperatura é 5v'4f/8 = 4 "C/m.<br />

Plano Tangente às Superfícies de Nível<br />

Suponha que S seja uma superfície com equação F(x, y, z) ~ k, ou seja, uma superfície de<br />

nível da função F de três variáveis, e seja P(xo, Yo, z 0 ) um ponto sobre S. Seja C uma curva<br />

qualquer contida na superfícieS que passe pelo ponto P. Lembre-se de que, da Seção 13.1,<br />

a curva C é descrita por uma função vetorial contínua r(t) ~ (x(t),y(t),z(t)). Seja to o<br />

valor do parâmetro correspondente ao ponto P, ou seja, r(t 0 ) ~ (x 0 , yo, zo). Como C pertence<br />

aS, qualquer ponto (x(t), y(t), z(t)) precisa satisfazer a equação de S, ou seja,<br />

F(x(t), y(t), z(t)) ~ k<br />

Se x, y e z são diferenciáveis como função de te F também é diferenciável, podemos usar<br />

a Regra da Cadeia para diferenciar ambos os lados da Equação 16, corno se segue:<br />

aF dx aF dy aF dz<br />

--+--+--~o<br />

ax dt ay dt az dt<br />

Mas, corno v F~ (F, F,, FJ e r'(t) ~ (x'(t), y'(t), z'(t)), a Equação 17 pode ser escrita<br />

em termos do produto escalar como<br />

v F· r'(t) ~O


946 C CÁLCUlO Editora Thomson<br />

z<br />

Em particular, quando t =lo, temos r(to) = {xo, yo, zo), e assim<br />

V F(xo, Yo, zo) ' r'(to) = O<br />

X<br />

FIGURA 9<br />

A Equação 18 nos diz que o vetor gradiente em P, V F(xo, y 0 , z 0 ), é perpendicular ao<br />

vetor tangente r'(t 0 ) a qualquer curva C em S que passe por P (veja a Figura 9). Se<br />

'i1F(x 0 , y 0 , z 0 ) 'f" O, é natural definir o plano tangente à superfície de nível F(x, y, z) = k<br />

em P(xo, y 0 , z 0 ) como o plano que passa por P e tem vetor normal 'ilF(xo, yo, zo),<br />

Utilizando a equação geral do plano (Equação 12,5,7) podemos escrever a equação do<br />

plano tangente como<br />

[1] FAxo, yo, zo)(x- xo) + F,(xo, yo, zo)(y - Yo) + F,(xo, yo, zo)(z - zo) =O<br />

A reta normal a S em P é a reta que passa por P e é perpendicular ao plano tangente.<br />

A direção da reta normal é, portanto, dada pelo vetor gradiente VF(xo, yo, zo) e, assim, pela<br />

Equação 12.5.3, suas equações na forma simétrica são<br />

X- Xo z-<br />

Fy(xo, Yo, Zo)<br />

FJto, Yo, Zo)<br />

No caso especial em que a equação de uma superfícieS é da forma z = J(x, y) (ou seja,<br />

Sé o gráfico da função f de duas variáveis), podemos reescrever a equação como<br />

F(x, y, z) = J(x, y) -<br />

z = O<br />

e entender S corno urna superfície de nível (com k = 0) de F, Então<br />

logo a Equação 19 se toma<br />

FAxo, yo, zo) = Jbo, Yo)<br />

F.(xo, Yo, zo) = f,(xo, Yo)<br />

F,(xo, Yo, zo) = -I<br />

fixo, Yo)(x - xo) + f,(xo, Yo)(y - yo) - (z - zo) = O<br />

que é equivalente à Equação 14,4,2, Então, nossa nova, mais geral, definição de plano<br />

tangente é consistente com a definição que foi dada no caso especial da Seção 14.4.<br />

EXEMPlO 8 o Detennine as equações do plano tangente e reta normal no ponto<br />

(-2, 1, -3) ao elipsóide<br />

SOLUÇÃO O elipsóide é a superfície de nível (com k = 3) da função<br />

x2 .,.2<br />

F(x, y, z) = 4 + y 2 + ~


James Stewart CAPÍTULO 14 DERiVADAS PARCIAiS U 947<br />

__ A Figura 1 O mostra o elipsóide,<br />

plano tangente e reta normal<br />

do Exemplo 8.<br />

Portanto, temos<br />

X<br />

FAx,y,z) ~ 2<br />

F,(x, y, z) ~ 2y<br />

F)-2, I, -3) ~ 2 F,(-2, J, -3) ~ -j<br />

Então, da Equação 19, temos a equação do plano tangente no ponto (-2, l, -3), como<br />

'-2<br />

-4<br />

-6<br />

-I (x + 2) + 2(y - 1) - l(z + 3) ~ O<br />

que pode ser simplificada para 3x - 6y + 2z + 18 ~ O.<br />

Pela Equação 20, as equações simétricas da reta normal são<br />

y o 2 2<br />

o -2<br />

X<br />

FIGURA 10<br />

X+ 2<br />

-I 2<br />

Importância do Vetor Gradiente<br />

z + 3<br />

Vamos resumir agora os lugares onde o vetor gradiente tem presença importante.<br />

Inicialmente consideraremos uma função f de três variáveis e um ponto P(xo, yo, z 0 ) em<br />

seu domínio. Por um lado, sabemos do Teorema 15 que o vetor gradiente 'V f(x 0 , y 0 , z 0 )<br />

indica a direção e sentido de maior crescimento da função f Por outro, sabemos que<br />

VJ(xo, )'o, zo) é ortogonal às superfícies de nível S de f em P (veja a Figura 9). Essas duas<br />

propriedades são compatíveis intuitivamente porque, quando nos movemos de P em urna<br />

superfície de nível S, o valor da função f não se altera. Parece razoável que, se nos movemos<br />

em uma direção perpendicular, obtemos o maior aumento.<br />

Da mesma maneira podemos considerar urna função de duas variáveis f e um ponto<br />

P(x 0 , y 0 ) em seu donúnio. Novamente o vetor gradiente V J(x 0 , y 0 ) dá a direção e sentido de<br />

maior crescimento de f Também, por considerações semelhantes à nossa discussão sobre o<br />

plano tangente, podemos mostrar que V f(Xo, yo) é perpendicular à curva de nivel f(x, y) ~ k<br />

que passa por P. Mais urna vez, isso é plausível intuitivamente, visto que os valores de f se<br />

mantêm constantes quando nos movemos ao longo da curva de nível. (Veja a Figura 11.)<br />

y<br />

I<br />

FIGURA 11<br />

'Vf(x& Yo)<br />

I<br />

\_ / P(xo, Yo) \<br />

~ffde/~<br />

f(x, y)- k<br />

X<br />

curva<br />

de maior<br />

crescimento<br />

FIGURA 12<br />

'--~ tOO<br />

Se considerarmos um mapa topográfico de um morro e se f (x, y) representar a altura<br />

acima do nível do mar do ponto de coordenadas (x, y), então a curva de maior crescimento<br />

pode ser desenhada como na Figura 12, fazendo-a perpendicular a todas as curvas de contorno.<br />

Esse fenômeno pode ser notado na Figura 12 na Seção 14.1, onde o Riacho<br />

Lonesome segue a curva de maior decrescimento.


948 o CÁlCULO Editora Thomson<br />

Um sistema algébrico computacional tem comandos que plotam alguns vetores<br />

gradientes. Cada vetor gradiente V f(a, h) é plotado partindo-se de um ponto (a, h). A<br />

Figura 13 mostra como fica um desses desenhos (chamados campos de vetores gradientes)<br />

para a função f(x, y) ~ x 2 - y 2 sobreposto a um mapa de contornos de f Como esperado,<br />

os vetores gradientes apontam na direção e sentido de "subida de morro" e são perpendiculares<br />

às curvas de níveL<br />

FIGURA 13<br />

Exercícios<br />

É dado o mapa de contornos mostrando a pressão barométrica<br />

(em milímetros) às 7:00 horas da manhã do dia 12 de setembro<br />

de 1960, quando o Furacão Donna estava ativo. Estime o<br />

valor da função pressão em Raleigh, na Carolina do Norte,<br />

em direção ao olho do furacão. Quais são as unidades da<br />

derivada direcional<br />

derivada direcional da função da precipitação de neve em<br />

Muskegon, Michigan, na direção de Ludington. Quais são<br />

as unidades<br />

2. O mapa de contorno mostra a precipitação média de neve (em<br />

polegadas) perto do Lago Michigan. Estime o valor da<br />

3. A tabela de valores do índice sensação ténnica W = j(T, v) é<br />

dada no Exercício 3 da Seção 14.3. Use-a para estimar o valor de<br />

D,f(-20, 30), onde u ~(i+ j)/;Í2.<br />

4-6 =:J Determine a derivada direcional de f no ponto dado e a direção e<br />

sentido indicada pelo ângulo e.<br />

4. f(x, y) ~ x 2 y 3 - y', (2, !), e~ 'IT/4<br />

5. f(x, y) ~ .j5x - 4y, (4, 1), e~ -'!T/6<br />

6. f(x, y) ~ x sen(xy), (2, O), e~ 7r/3<br />

'•ifu


.•<br />

··r··<br />

James Stewart CAPÍTUlO 14 DERIVADAS PARCI.L\IS 949<br />

~~~~G<br />

(a) Determine o gradicnle de f.<br />

(b) Calcule o gradiente no ponto P.<br />

(c) Determine a taxa de variação de f em P na direção e sentido do<br />

vetor u.<br />

7. f(x, y) = 5xy 2 ~ 4x\·, F( L 2). u = \í\, H)<br />

8.f(x,y)~ylnx,<br />

P(l,-3). u~(-U)<br />

' . . (' -.:.)<br />

9. f(x. y, z) ~ xe·'. P(3, O, 2), u ~ l, .<br />

10. f(x, y, z) ~ ,;:;:-+Yz, P(I, 3, 1), u ~ (), ), Í)<br />

__ Determine a derivada direcional da função no ponto dado<br />

na direção e sentido do vetor v.<br />

11. f(x,y) ~I+ 2x/Y, (3,4), v~ (4, -3)<br />

12. f(x,y)~ln(x'+y'), (2,1), v~(-!,2)<br />

13. g(_s, t) = s 2 e',scn"2, O), v = i + j<br />

14. g(r, e)~ e''sin 8, (0, n/3), v~ 3i- 2j<br />

15. f(x, y, z) ~ (1, 2, -2).<br />

v~ (-6,6, -3)<br />

16. f(x,y,z)~x/(y+z), (4.!,1), v~(l,2,3)<br />

17. g(x, y, z) ~ (x + 2y + 3z)' '. (1, l, 2), v~ 2j - k<br />

18. Use a figura para estimar Du/(2, 2).<br />

_tª Determine a derivada direcional de f(x, y) = .jxy em P(2, 8)<br />

na direção de Q(5, 4).<br />

20. Estipule a derivada direcional de j(x, y, z) = x 2 + y 2 + z 2 em<br />

P(2, 1, 3) em direção à origem.<br />

,;n~2fi - Delennine a taxa de variação máxima de/no ponto dado<br />

e a direção e sentido em que isso ocorre.<br />

21. f(x, y) ~ y 2 /x, (2, 4)<br />

22. J(p, q) ~ qe-' + pe-', (O, O)<br />

~. f(x, y) ~sen(xy), (l, O)<br />

24. f(x, y, z) = x 2 y 3 z 4 , (l, 1, 1)<br />

25. f(x,y,z) ~ ln(xy 2 z 3 ), (l, -2, -3)<br />

26. f(x,y,z) ~ tg (x + 2y + 3z), (-5, l,!)<br />

(a) Mostre que uma função diferenciável f decresce mais<br />

depressa em x na direção e sentido oposto à do vetor<br />

gradiente, ou seja, na direção -V f(x).<br />

(b) Utilize a parte (a) para determinar a direção e sentido<br />

onde J(x, y) = x 4 y - x 2 y 3 decresce mais rápido no ponto<br />

(2, -3).<br />

28. Determine as direções e sentidos em que a derivada direcional<br />

de f(x, y) = x 2 + sen xy no ponto (l, O) tem valor 1.<br />

',~.<br />

Determine todos os pontos nos quais a direção e sentido de maior<br />

variação da função f(x, y) = x 2 + y 2 - 2x- 4y é i + j.<br />

30. Nas proximidades de uma bóia, a profundidade de um lago em um<br />

ponto com coordenadas (x, y) é z = 200 + 0,02x 2 - O,OOiy·\<br />

onde x, y, e z são medidos em metros. Um pescador que está em<br />

um pequeno barco parte do ponto (80, 60) em direção à bóia, que<br />

está localizada no ponto (0, O). A água sob o barco está ficando<br />

mais profunda ou mais rasa quando ele começa a se mover<br />

Explique.<br />

31. A temperatura Tem urna bola de metal é inversamente<br />

proporcional à distância do centro da bola, que tomamos como<br />

sendo a origem. A temperatura no ponto (1, 2, 2) é de 120°.<br />

(a) Delennine a taxa de variação deTem (1, 2, 2) em direção<br />

ao ponto (2, 1, 3).<br />

(b) Mostre que em qualquer ponto da bola a direção de maior<br />

crescimento na temperatura é dada pelo vetor que aponta<br />

para a origem.<br />

32. A temperatura em um ponto (x, y, z) é dada por<br />

T(x,y, z) = 200e-x"-.ly 1 - 90 '<br />

onde T é medido em °C e x, y, z em metros.<br />

(a) Determine a taxa de variação da temperatura no ponto<br />

P(2, -1, 2) em direção ao ponto (3, -3, 3).<br />

(b) Qual é a direção e sentido de maior crescimento da<br />

temperatura em P<br />

(c) Encontre a taxa máxima de crescimento em P.<br />

ili Suponha que em uma certa região do espaço o potencial<br />

elétrico V seja dado por V(x, y, z) = 5x 2 - 3xy + xyz.<br />

(a) Determine a taxa de variação do potencial em (3, 4, 5) na<br />

direção do vetor v = i + j - k.<br />

(b) Em que direção e sentido c sentido V varia mais<br />

rapidamente em P<br />

(c) Qual a taxa máxima de variação em P<br />

34. Suponha que você esteja escalando um morro cujo formato é<br />

dado pela equação z = 1000 - O,Olx 2 - 0,02y 2 onde x, y,<br />

e z são medidos em metros, e você esteja em pé no ponto de<br />

coordenadas (50, 80, 847). O eixo positivo dos x aponta para<br />

o Leste e o eixo positivo dos y aponta para o Norte.<br />

(a) Se você andar exatamente para o Sul, você começará a<br />

subir ou a descer Com que taxa<br />

(b) Se você caminhar em direção ao Noroeste, você<br />

começará a subir ou a descer Com que taxa<br />

(c) Em que direção e sentido a inclinação é maior Qual é a<br />

taxa de elevação nessa direção Qual é o ângulo que o<br />

início desse caminho faz em relação à horizontal<br />

35. Seja fuma função de duas variáveis que tenha derivadas<br />

parciais contínuas e considere os pontos A(l, 3), B(3, 3),<br />

C( I, 7) e D(6, 15). A derivada direcional em A na direção e<br />

sentido do vetor AB é 3, e a derivada direcional em A na<br />

direção e sentido iê é 26. Determine a derivada direcionai de<br />

f em A na direção e sentido do vetor AD.


950 u CÁLCULO Editora Thomson<br />

36. Para o mapa de contorno dado, desenhe as curvas de maior<br />

crescimento em P e em Q.<br />

37. Mostre que a operação de calcular o gradiente de uma função<br />

tem a propriedade fornecida. Suponha que u e v sejam funções<br />

de x e y, diferenciáveis, e a e b sejam constantes.<br />

(a) V(au + bv) ~a Vu +h V v<br />

(b) v(uv) ~ u v v+ v Vu<br />

(d) Vu" ~nu"-' vu<br />

38. Esboce o desenho do vetor gradiente VJ(4, 6) para a função f<br />

cujas curvas de nível são mostradas. Explique como você<br />

escolheu a direção e sentido e o comprimento desse vetor.<br />

39-44 ~ Determine equações de (a) plano tangente e (b) reta<br />

normal a uma superfície dada no ponto especificado.<br />

39. x 2 + 2y 2 + 3z 2 ~ 21. (4, -I, l)<br />

40. x ~ y 2 + z 2 - 2, (-!, 1,0)<br />

41. x 2 - 2y 2 + z 2 + yz ~ 2, (2, I, -I)<br />

42. x - z ~ 4 arctg(yz), (l + 1T, I, I)<br />

li! z + 1 = xeY cos z, (1, O, O)<br />

40. yz ~ ln(x + z), (O, O, I)<br />

IJi 45-46 CJ Utilize o computador para traçar o gráfico da superfície,<br />

plano tangente e reta normal na mesma tela. Escolha o tamanho<br />

da janela de inspeção com cuidado para evitar planos verticais<br />

estranhos. Escolha o ponto de vista de modo que você possa ver<br />

bem os três objetos.<br />

45. xy + yz + zx ~ 3, (!, l, l) 46. xyz ~ 6, (1, 2, 3)<br />

47. Se f(x, y) = x 2 + 4y 2 , determine o vetor gradiente V' /(2, 1) e<br />

use~o para determinar a reta tangente à curva de nível da<br />

função f(x, y) = 8 no ponto (2, 1 ). Esboce as curvas de níveL<br />

reta tangente c vetor gradiente.<br />

48. Se g(x, y) = x- y 2 , determine o vetor gradiente V'g(3. --I) e<br />

use-o para achar a reta tangente à curva de nível g(x, _v) = 2 no<br />

ponto (3, -1). Esboce a curva de nível, a reta tangente c o<br />

vetor gradiente.<br />

49. Mostre que a equação do plano tangente ao elipsóide<br />

x 2 /a 2 + y 2 /b 2 + z 2 /c 1 = l no ponto (x 0 , y 0 , z 0 ) pode ser<br />

escrita como<br />

XXo + YYo + zzo =<br />

a 2 b 2 c 2<br />

50. Detem1ine a equação do plano tangente ao hiperbolóidc<br />

x 2 /a 2 + y 2 /b 2 - z 2 /c 2 = l em (x 0 , y 0 , z 0 ) e expresse-a de<br />

forma semelhante à do Exercício 49.<br />

51. Mostre que a equação do plano tangente ao parabolóide<br />

elíptico z/ c = x 2 / a 2 + y 2 / b 2 no ponto (x 0 , )'o, Zo) pode ser<br />

escrita como<br />

2txo 2yyo z + Zo<br />

--+-~~---<br />

a2 b 2 c<br />

52. Determine os pontos sobre o elipsóide x" + 2y 2 + 3z 2 =<br />

onde o plano tangente é paralelo ao plano 3x - y + 3z = l.<br />

53. Determine os pontos no hiperbolóidc x 2 - y 2 + 2z 2 = 1 onde<br />

a reta normal é paralela à reta que une os pontos (3, -1, O) c<br />

(5, 3, 6).<br />

54. Mostre que o elipsóide 3x 1 + 2y 2 + z 2 = 9 e a esfera<br />

x 2 + y 2 + z 2 - Sx - 6y - 8z + 24 = O se tangenciam no<br />

ponto (1, I, 2). (Isso significa que eles têm urna tangente<br />

comum nesse ponto.)<br />

55. Mostre que todo plano que é tangente ao cone x 2 + y 2 = z 2<br />

passa pela origem.<br />

56. Mostre que a reta normal à esfera x 2 + y 2 + z 2 = r 2 passa<br />

pelo centro da esfera.<br />

Mostre que a soma das interseções com os eixos x, y e z de<br />

qualquer plano tangente à superfície J;: + /Y + JZ = -.[:; é<br />

uma constante.<br />

58. Mostre que o produto das interseções com os eixos x, y e z<br />

de qualquer plano tangente à superfície xyz = c 3 é uma<br />

constante.<br />

59. Determine as equações paramétricas da reta tangente à curva<br />

formada pela interseção do parabolóide z = x 2 + y 2 com o<br />

elipsóide 4x 2 + y 2 + z 2 = 9 no ponto ( -1, 1, 2).<br />

00. (a) O plano y + z = 3 intercepta o cilindro x 2 + y 2 = 5 em<br />

urna elipse. Determine as equações paramétricas da reta<br />

tangente a essa elipse no ponto (1, 2, 1).<br />

~~ (b) Desenhe o cilindro, o plano e a reta tangente na mesma tela.<br />

61. (a) Duas superfícies são ditas ortogonais em um ponto de<br />

interseção se suas nonnaís são perpendiculares nesse<br />

l


ponto. Mostre que superfícíes com equação F(x, y, z) = O<br />

e G(x, y, z) = O são ortogonais em um ponto P onde<br />

VF "':-O e VG "':-O se e somente se, em P,<br />

F"G" + F"G' + F,G, ~ O.<br />

James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADJ1$ PARCIAIS c 951<br />

(b) Trace o gráfico de f perto da orígem e comente como ele<br />

confirma a parte (a).<br />

+U Suponha que as derivadas direcionais de f (x, y) sejam<br />

conhecida~ em um determinado ponto em duas direções não<br />

paralelas dadas por seus versores u e v. É possível determinar<br />

V f nesse ponto Se sim, como fazê-lo<br />

(b) Use a parte (a) para mostrar que as superfícies z 2 = x 2 + y 2<br />

e x 2 + y 2 + z 2 = r 2 são ortogonais em todo ponto de<br />

interseção. Você pode ver isso sem fazer os cálculos 64. Mostre que, se z = j(x, y) for diferenciável em x 0 = (x 0 , y 0 ).<br />

então<br />

62. (a) Mostre que a função j(x, y) = ~/xY é contínua e suas<br />

derivadas parcíais f, e f- existem na origem mas as derivadas<br />

direcionais em todas as outras direções não existem.<br />

. f(x) ~ f(xo) ~ 'Vf(xo) · (x ~ Xo)<br />

~ ~o<br />

,~,, lx ~ xol<br />

[Dica: Use a Definição 14.4.7 diretamente.]<br />

tlrf.:J Valores Máximo e Mínimo<br />

Como vimos no Capítulo 4 do Volume I, um dos principais usos da derivada ordinária é na<br />

determinação dos valores máximo e núnimo. Nesta seção veremos corno usar as derivadas<br />

parciais para localizar os pontos de máximo e mínimo de uma função de duas variáveis.<br />

Em particular, no Exemplo 6 veremos como maximizar o volume de uma caixa sem tampa<br />

se tivermos uma guantidade fixa de cartolina para trabalhar.<br />

j<br />

Uma função de duas variáveis tem um máximo local em (a, h) se<br />

I f(x, y) ""'f(a, b) quando (x, y) está próximo de (a, b). [Isso significa que<br />

I f(x, y) ""'f(a, b) para todo ponto (x, y) em alguma bola aberta com centro em (a,<br />

I b) ] O número f (a, b) é chamado valor máximo local. Se j(x, y) "'f(a, b) quando<br />

á próximo de (a, b), entãof(a, b) é um valor mínimo local.<br />

FIGURA 1<br />

c Note que a conclusáo do<br />

Teorema 2 pode ser colocada em<br />

termos do gradiente como<br />

Vj(a,b) ~O<br />

Se as inequações da Definição I valerem para todos os pontos (x, y) do domínio de f<br />

então f tem um máximo absoluto (ou núnimo absoluto) em (a, b).<br />

O gráfico da função com muitos máximos e mínimos locais é mostrado na Figura 1.<br />

Você pode pensar nos máximos locais como picos de montanhas e nos mínimos locais<br />

como o fundo dos vales.<br />

L§_j Ieurema Se uma função f tem um máximo ou mínimo locais em (a,<br />

derivadas parciais de primeira ordem de f existem nesses pontos, então<br />

e J,(a, b) ~O.<br />

Prava Seja g(x) ~ f(x, b). Se f tem um máximo (ou mínimo) local em (a, b), então g<br />

tem um máximo (ou mínimo) local em a, de modo que g'(a) ~O pelo Teorema de<br />

Fermat (veja o Teorema 4.1.4 no Volume I). Mas g'(a) ~ f,(a, b) (veja a Equação<br />

14.3.1), e assim j;(a, b) ~O. Da mesma forma, pela aplicação do Teorema de Fermat à<br />

função G(y) ~f( a, y), obtemos f,(a, b) ~O.<br />

Se impusermos JAa, b) ~O e j,(a, b) ~O na equação do plano tangente (Equação<br />

14.4.2), obteremos z = z 0 • Assim, a interpretação geométrica do Teorema 2 é que, se o gráfico<br />

de f tem um plano tangente em um ponto de máximo ou mínimo locais, esse plano<br />

precisa ser horizontal.<br />

Um ponto (a, b) é dito ser um ponto crítico (ou ponto estacionário) de f se j;(a, b) ~ O<br />

e /,(a, b) ~O, ou se uma das derivadas parciais não existir. O Teorema 2 diz que, se f tem<br />

um máximo ou mínimo locais em (a, b), então (a, b) é um ponto crítico de f Entretanto,<br />

como no cálculo de uma única variável, nem todos os pontos críticos correspondem a um<br />

máximo ou mínimo. Em um ponto crítico, a função pode ter um máximo local ou um mínimo<br />

local, ou ainda nenhum dos dois.


952 c CÁLCULO Editora Thomson<br />

Seja J(x, y) ~ x' + y 2 -<br />

lx- 6y + 14. Então<br />

fc(x, y) ~ 2x - 2 f,(x,y) ~ 2y- 6<br />

Essas derivadas parciais são nulas quando x =<br />

é (1, 3). Completando os quadrados, achamos<br />

1 e y = 3, portanto o único ponto crítico<br />

X<br />

o<br />

o. 3, 4)<br />

FIGURA 2<br />

Z =A-"+)" -2x-6y + 14<br />

FIGURA 3<br />

f(x, y) ~ 4 + (x - 1)' + (y - 3)'<br />

Como (x- 1) 2 O e (y - 3) 2 O, temos f(x, y) 4 para todos os valores de x e y.<br />

Logo, f(l, 3) ~ 4 é um mínimo local, e de fato é um mínimo absoluto de f Isso pode<br />

ser confirmado geometricamente do gráfico de f, que é mn parabolóide elíptico com<br />

vértice (1, 3, 4), mostrado na Figura 2.<br />

EXH\ilPUJ 2<br />

Determine os valores extremos de f(x, y) = y 2 ~ x 2 •<br />

SOLUÇÃO Como f, ~ -2x e f ~ 2y, o único ponto crítico é (0, 0). Note qne, para os<br />

pontos sobre o eixo x, temos y ~ O, de modo que f(x, y) ~ - x 2 < O (se x r' 0).<br />

Entretanto, para os pontos sobre o eixo y, temos x =O, e então f(x, _y) = y 2 >O (se<br />

y oj::. 0). Logo, todo disco com centro (0, 0) contém pontos onde a função f tem valores<br />

positivos, assim como pontos onde f tem valores negativos. Por conseguinte, f( O, O)= O<br />

não pode ser um valor extremo de f, e f não tem valor extremo.<br />

O Exemplo 2 ilustra o fato de que uma função pode não ter nem máximo nem mínimo<br />

em um ponto crítico. A Figura 3 mostra como isso é possíveL O gráfico de f é o<br />

parabolóide hiperbólico z = y 1 - x 2 , que tem plano horizontal tangente (z = 0) na<br />

origem. Você- pode ver que f( O, O) = O é um máximo na direção do eixo x, mas um mínimo<br />

na direção do eixo y. Perto da origem o gráfico tem o formato de uma sela, e por isso<br />

(0, O) é chamado ponto de sela de f<br />

Precisamos ser capazes de determinar se uma função tem um valor extremo em um<br />

ponto crítico. O teste que se segue, que será provado no final desta seção, é análogo ao<br />

Teste da Segunda Derivada para as funções de uma única variáveL<br />

[1] T~;;ste da ~·~;::; 'di [íuJvarla Suponha que as segundas derivadas parciais de f<br />

sejam contínuas em uma bola aberta com centro em (a, b), e suponha que<br />

f,( a, b) ~O e /,(a, b) ~O [ou seja, (a, b) é um ponto critico de}]. Seja<br />

D ~ D(a, h) ~f=( a, b)J;,(a, b) - [.t;y(a, b)] 2<br />

(a) Se D >O e fu(a, b) >O, então J(a, b) é um mínimo local.<br />

(b) Se D >O e f=(a, b)


T<br />

James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAiS ;_~ 953<br />

u;:r:f'jlfJLü 3<br />

Determine os valores de máximo e núnimo locais e os pontos de sela de<br />

f(x,y) ~ x' + y 4 - 4xy + l.<br />

SOLUÇÃO Vamos inicialmente localizar os pontos críticos:<br />

f,.~ 4x 1 - 4y h~ 4y 1 - 4x<br />

Igualando essas derivadas parciais a zero, obtemos as equações<br />

Para resolvê~ las, substituímos y = x 3 da primeira equação na segunda. Isso dá<br />

e<br />

O~ x 9 - x ~ x(x' - I) ~ x(x 4 - l)(x 4 + I) = x(x 2 - l)(x 2 + l)(x 4 + I)<br />

e existem três raízes reais: x =O, l, -1. Os três pontos críticos são (0, O), (1, I) e<br />

(-1, -1)<br />

Agora vamos calcular as segundas derivadas parciais e D(x, y):<br />

fxx = 12x 2<br />

FIGURA4<br />

z = x' + y~ -4xy + 1<br />

Como D(O, O) ~ -16 O e fu(l, 1) ~ 12 >O, vemos do caso (a) do teste que<br />

j(l, 1) ~ -1 é um minimo locaL Da mesma forma, temos D( -1, -1) ~ 128 >O e<br />

/u( -1, -1) ~ 12 >O, e então f( -1, -I)~ -1 é também um minimo locaL<br />

O gráfico de f é mostrado na Figura 4.<br />

Um mapa de contorno da função f<br />

do Exemplo 3 é mostrado na Figura 5.<br />

As curvas de nível perto de {1, 1) e<br />

(~1, ~1) têm forma oval e indicam<br />

que, quando nos movemos para longe<br />

de (1, 1) ou {-1, -1) em qualquer<br />

direção, os valores de f crescem. As<br />

curvas de nível perto de (0, 0), por<br />

outro lado, parecem hipérboles. Eias<br />

revelam que, quando nos movemos<br />

para longe da origem (onde o valor de f<br />

é 1), os<br />

vaiares de f decrescem em algumas<br />

direções, mas crescem em outras.<br />

Portanto o mapa de contornos sugere<br />

a presença dos mínimos e do ponto de<br />

sela que encontramos no Exemplo 3.<br />

FIGURA 5<br />

EXHw1f'UJ 4 c:::<br />

Determine e classifique os pontos críticos da função<br />

f(x, y) ~ 10x 2 y- 5x 2 - 4y 2 - x 4 - 2y 4<br />

Detennine também o ponto mais alto do gráfico de f


954 o CÁLCUlO Editora Thomson<br />

SOLUÇÃO As primeiras derivadas parciais são<br />

j; ~ 20xy - !Ox - 4x 3<br />

Para achar os pontos críticos precisamos resolver as equações<br />

2x(10y - 5 - 2x 2 ) ~O<br />

5x 2 - 4y - 4y 3 ~ O<br />

Da Equação 4, vemos que<br />

x~O<br />

ou lOy - 5 - 2x 2 ~ O<br />

No primeiro caso (x = 0), a Equação 5 fica -4y(l + y 2 ) = O, assim y = O e temos<br />

um ponto crítico (0, 0).<br />

No segundo caso (!Oy- 5 - 2x 2 ~ 0), temos<br />

x 2 ~ 5y- 2,5<br />

e, substituindo na Equação 5, ternos 25y - 12,5 - 4y - 4y 3 ~O. Logo, temos de<br />

resolver a equação cúbica<br />

4y 3 - 21y + 12,5 ~o<br />

Utilizando uma calculadora gráfica ou um computador para traçar o gráfico da função<br />

g(y) ~ 4y 3 - 2ly + 12,5<br />

como na Figura 6, vemos que a Equação 7 tem três raízes reais. Dando um zoam<br />

podemos achar as raízes com quatro decimais:<br />

y = -2,5452<br />

FIGURA 6<br />

y = 0,6468<br />

y = 1,8984<br />

(Como alternativa, podemos usar o método de Newton ou um programa para localizar as<br />

raízes para determiná-las.) Da Equação 6, os valores de x correspondentes são dados por<br />

x ~ :t..j5y 2,5<br />

Se y ~ -2,5452, então x não tem valor real correspondente. Se y = 0,6468, logo,<br />

x = :!:.0,8567. Se y = 1,8984, então x = :!:.2,6442. Assim temos o total de cinco pontos<br />

críticos, que são analisados na tabela que se segue. Todos os valores estão arredondados<br />

para duas casas decimais.<br />

Ponto crítico Valor de f f,, D Conclusões<br />

I<br />

(0, 0) 0,00 -10,00 80,00 máximo<br />

(±2,64, 1.90) 8,50 -·5,5,93 2A88.7J máximo<br />

(±0,86. 0,65) ! -1,48 -5,87 -187,64 ponto de sela<br />

i !


T<br />

James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAIS CJ 955<br />

As Figuras 7 e 8 mostram o gráfico de f sob dois pontos de vista diferentes, e vemos<br />

que a superfície abre para baixo. Usso pode ser visto da expressão de f (x, y): os termos<br />

dominantes são - 2v' quando I x I e I y I são grandes.] Comparando os valores de f<br />

nos máximos locais, vemos que o máximo absoluto de fé f(::':2,64, 1,90) = 8,50. Em<br />

outras palavras, os pontos mais altos do gráfico de f são (::'::2,64, 1,90, 8,50).<br />

X<br />

FIGURA 7 FIGURA 8<br />

o Os cinco pontos críticos da funçâo f<br />

do Exemplo 4 sáo mostrados no mapa<br />

de contorno de f na Figura 9.<br />

FIGURA 9<br />

EXEMPLO 5 c Detennine a distância mais curta entre o ponto (1, O, -2) e o plano<br />

X+ 2y + Z ~ 4.<br />

SOLUÇÃO A distância entre um ponto qualquer (x, y, z) e o ponto (1, O, -2) é<br />

d ~ v (x - 1) 2 + y 2 + (z + 2) 2<br />

mas, se (x, y, z) pertence ao plano x + 2y + z ~ 4, então z ~ 4 - x - 2y, e assim<br />

temos d ~ )(x- 1) 2 + y 2 + (6 - x- 2y) 2 Podemos minimizar d minimizando a<br />

expressão mais simples<br />

Resolvendo as equações<br />

d' ~ f(x, y) ~ (x- 1) 2 + y 2 + (6 - x- 2y) 2<br />

f; ~ 2(x - l) - 2(6 - x - 2y) ~ 4x + 4y - 14 ~ O<br />

f, ~ 2y - 4(6 - x - 2y) ~ 4x + !Oy - 24 ~ O<br />

achamos que o único ponto crítico é ( _!J, ~ ). Como f= = 4, fxy = 4 e fyy = 10, temos<br />

D(x, y) ~ fuJ;y - (!;,)' ~ 24 > O e fu > O. Portanto, pelo Teste da Segunda Derivada,<br />

f tem um mínimo local em ( ~· ~ ). Intuitivamente podemos ver que esse mínimo local é,


956 U CÁLCULO Editora Thomson<br />

na verdade, um mínimo absoluto, porque precisa haver um ponto no plano dado que<br />

esteja mais próximo de (1, O, -2). Se x =}-e y =~,então<br />

r; O Exemplo 5 poderia ser resolvido<br />

utilizando-se vetores. Compare com os<br />

métodos da Seção 12.5.<br />

d = -v(x- ll" - + y , + (6 - x- -Y r ~ = y !(')' 6- + Cl' 3- + ('t fi-'-= -s,/6<br />

6 -<br />

A distância mais curta de (l, O. -2) ao plano x + 2y + z = 4 é 5,/6/6.<br />

EXEMPLO 6 Uma caixa retangular sem tampa deve ser feita com 12m 2 de papelão.<br />

Determine o volume máximo de tal caixa.<br />

SOLUÇÃO Seja o comprimento, a largura e a altura da caixa (em metros) x, y e z, como<br />

mostrado na Figura 10. O volume dessa caixa é<br />

V=xyz<br />

z<br />

)'<br />

FIGURA 10<br />

Podemos expressar V como função só de x e y usando o fato de que a área dos quatro<br />

lados e do fundo da caixa é<br />

2xz + 2yz + xy = 12<br />

Resolvendo essa equação para z, obtemos z = (12 - xy)/[2(x + y)], e V fica<br />

12 -<br />

V = xy -:-;---';-<br />

2(x + y)<br />

12xy-x2y2<br />

2(x + y)<br />

Se calcularmos as derivadas parciais:<br />

a v<br />

ax<br />

y 2 (12 - 2xy - x 2 )<br />

2(x + y)'<br />

a v<br />

ay<br />

x 1 (12 - 2xy - y 2 )<br />

2(x + y) 2<br />

Se v é um máximo, então av;ax = avjay =O, mas X= o ou y =o fornecem v= O,<br />

dessa forma, precisamos resolver as equações<br />

12 - 2xy - x 2 = O 12 - 2xy - y 2 = O<br />

Isso leva a x 2 = y 2 e portanto x = y. (Note que x e y precisam ser positivos no<br />

problema.) Se substituirmos x = y em uma das equações, obteremos 12 - 3x 2 = O, que<br />

dá x = 2, y = 2 e z = (12 - 2 · 2)/[2(2 + 2)] = 1.<br />

Podemos usar o Teste da Segunda Derivada para mostrar que o ponto obtido é um<br />

máximo local de V, ou podemos argumentar que a natureza física do problema exige a<br />

existência de um máximo absoluto e que, portanto, esse máximo ocorre quando x = 2,<br />

y = 2, z = 1. Assim, V = 2 • 2 • I = 4, e o volume máximo da caixa é 4 m 3 •<br />

Valores Máximo e Mínimo Absolutos<br />

Para uma função f de uma variável, o Teorema do Valor Extremo diz que, se f é contínua<br />

em um intervalo fechado [a, b], então f tem um valor mínimo absoluto e um valor máximo<br />

absoluto. De acordo com o Método dos Intervalos Fechados da Seção 4.1 do Volume l,<br />

achamos esses valores calculando f não somente nos pontos críticos, mas também nos<br />

extremos do intervalo a e b.


T<br />

James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAIS C 957<br />

FIGURA 11<br />

(a) Conjuntos fechados<br />

(b) Conjuntos não fechados<br />

Para as funções de duas variáveis a situação é semelhante, Como para os intervalos<br />

fechados os extremos do intervalo estão contidos no intervalo, um conjunto fechado de<br />

fR: 2 contém todos os seus pontos da fronteira. [Um ponto da fronteira de D é um ponto (a,<br />

b) tal que qualquer bola aberta centro em (a, b) contém pontos de De pontos não pertencentes<br />

a D.] Por exemplo, o disco<br />

D ~ {(x,y)lx' + )' 2 ~ l}<br />

constituído de todos os pontos sobre e dentro da circunferência x 2 + y 2 = 1, é um conjunto<br />

fechado porque contém todos os seus pontos da fronteira (que são os pontos sobre a<br />

circunferência x 2 + y 2 = 1). Mas mesmo que um único ponto da fronteira seja omitido, o<br />

conjunto deixa de ser fechado (veja a Figura 11).<br />

Um conjunto limitado em IR: 2 é aquele que está contido em algum disco. Em outras<br />

palavras, ele é finito em extensão. Então, em tennos de conjuntos fechados e limitados.<br />

podemos estabelecer o correspondente ao Teorema do Valor Extremo para as duas dimensões.<br />

[]]Teorema do Valor Extremo para as Funções de Duas Variáveis Se f for contínua<br />

em um conjunto fechado e limitado D de ~ 2 , então f atinge um valor máximo<br />

absoluto f(x 1 , y 1 ) e um valor mínimo absoluto f(x 2 , y 2 ) em alguns pontos (x, y 1 ) e<br />

(x:, y,) de D.<br />

Para achar os pontos extremos cuja existência é garantida pelo Teorema 8. notamos que,<br />

pelo Teorema 2, se f tem um valor extremo em (x1, }'J), então (x~, y 1) ou é um ponto crítico<br />

de f ou um ponto da fronteira de D. Portanto temos a seguinte extensão do Método dos<br />

Intervalos Fechados.<br />

[[] Para determinar um máximo ou mínimo absolutos de uma função contínua f<br />

em um conjunto fechado e limitado D:<br />

1. Determine os valores de f nos pontos críticos de f no interior de D.<br />

2, Estabeleça os valores extremos de f na fronteira de D.<br />

3. O maior dos valores dos passos 1 e 2 é o valor máximo absoluto; o menor<br />

desses valores é o valor mínimo absoluto.<br />

EXEMPLO 7 2<br />

Determine os valores máximo e mínimo absolutos da função<br />

f(x, y) ~ x' - 2xy + 2y no retângulo D ~ {(x, y) I O ,; x,; 3, O,; y,; 2}.<br />

SOLUÇÃO Como f é um polinômío, é contínua no retângulo fechado e limítado D, e,<br />

portanto, o Teorema 8 nos diz que existem tanto o máximo absoluto quanto o mínimo<br />

absoluto. De acordo com o passo 1 de (9), inicialmente devemos calcular os pontos<br />

críticos. Eles ocorrem quando<br />

h= 2x- 2y =O h~ -2x + 2 ~O<br />

e, assim, o único ponto crítico existente é (1, 1), no qual temos f(l, I) ~ l.<br />

No passo 2 olhamos para os valores de f na fronteira de D, que é constituído por<br />

(3, 2) quatro segmentos de reta L 1 , L 2 , L 3 e L 4 mostrados na Figura 12. Em L 1 , temos y =O e<br />

L, f(x, O)~ x'<br />

x<br />

Isso corresponde a uma função crescente de x, que tem valor mínimo f( O, O) = O e má~<br />

ximo f(3, O) ~ 9. Sobre L 2 , temos x ~ 3 e<br />

FIGURA 12<br />

f(3,y) ~ 9- 4y


958 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

Essa é uma função decrescente de y, portanto seu máximo é f(3, O) = 9 e seu mínimo é<br />

f(3, 2) = l. Sobre L3, temos y = 2 e<br />

f(x, 2) = x 2 - 4x + 4<br />

Pelos métodos do Capítulo 4 do Volume I, ou simplesmente observando que<br />

f(x, 2) = (x - 2)', vemos que o núnimo valor dessa função é f(2, 2) = O, e seu valor<br />

máximo é f( O, 2) = 4. Finalmente, sobre L,, temos x = O e<br />

f( O, y) = 2y<br />

com valor máximo f( O, 2) = 4 e valor núnimo f( O, O) = O. Portanto, na fronteira, o<br />

valor mínimo de f é O e o rnáxiino, 9.<br />

No passo 3 comparamos esses valores com o valor f(l, 1) = 1 no ponto crítico e<br />

concluímos que o valor máximo absoluto de f em D é f(3, O)= 9, e o valor núnimo<br />

absoluto é f( O, O) = j(2, 2) =O. A Figura l3 mostra o gráfico de f<br />

FIGURA 13<br />

f(x, y) =x'- 2xy + 2y<br />

Fechamos esta seção com a prova da primeira parte do Teste da Segunda Derivada. As<br />

partes (b) e (c) têm provas semelhantes.<br />

Prova da Parte (a) do Teorema 3 Vamos calcular a segunda derivada direcional de f na<br />

direção deu= (h, k). A derivada de primeira ordem é dada pelo Teorema 14.6.3:<br />

D.j= j;h + fk<br />

Aplicando esse teorema uma segunda vez, temos<br />

D~j = D.(D,j) = _i_ (D,f)h + _i_ (D,f)k<br />

ax<br />

Jy<br />

(pelo Teorema de C!airaut)<br />

Se completarmos os quadrados na expressão, obteremos


James Stewart CAPÍTUlO 14 DERIVADAS PARCIAIS O 959<br />

Temos que f=( a, b) >O e D(a, b) >O. Mas /u e D ~ /u/, 2<br />

-fi, são funções contínuas,<br />

logo existe uma bola aberta B com centro (a, b) e raio 8 >O tal que f=(x, y) >O e<br />

D(x, y) >O sempre que (x, y) pertencer a B. Portanto, olhando a Equação 10, vemos que<br />

D~f(x, y) >O sempre qoe (x, y) pertencer a B. Isso implica que, se C é uma curva obtida<br />

pela interseção do gráfico de f com o plano vertical que passa por P(a, b,f(a, b)) na<br />

direção de u, então C tem concavidade para cima no intervalo de comprimento 28. Isso é<br />

verdadeiro na direção de todo vetor u; portanto, se restringirmos (x, y) a B, o gráfico de f<br />

permanecerá acima do plano horizontal tangente a f em P. Logo, f(x, y) :;, f(a, b)<br />

sempre que (x, y) estiver em B. Isso mostra quef(a, b) é um rrúnimo local.<br />

Exercícios<br />

Suponha que (1, l) seja um ponto crítico de f com derivadas de<br />

segunda ordem contínuas. Em cada caso. o que se pode dizer<br />

sobre f<br />

(a) j~(l. I) ~ 4,<br />

(b) fn(l, l) ~ 4,<br />

.f,,(l, l) ~ l,<br />

};,(l, l) ~ 3,<br />

J,,(l, l) ~ 2<br />

J,(l. 1) ~ 2<br />

2. Suponha que (0, 2) seja um ponto crítico de g com derivadas<br />

de segunda ordem contínuas. Em cada caso, o que se pode<br />

dizer sobre g<br />

(a) gu(O, 2) ~ -l,<br />

(b) gu(Ü, 2) ~ -],<br />

(c) gu(O, 2) ~ 4,<br />

g,,(O, 2) ~ 6,<br />

g,.(O, 2) ~ 2,<br />

9w(O, 2) ~ 6,<br />

g,(O. 2) ~ l<br />

g,(O, 2) ~ -8<br />

g,.(O, 2) ~ 9<br />

4. f(x,y) ~ 3x- x'- 2y 2 + y'<br />

Yt<br />

3-4 o Utilize as curvas de nível da figura para predizer a<br />

localização dos pontos críticos de f e se f tem um ponto de sela ou<br />

um máximo ou mínimo locais em cada um desses pontos. Explique<br />

seu raciocínio. Em seguida empregue o Teste da Segunda Derivada<br />

para confirmar suas predições.<br />

f(x, y) ~ 4 + x 3 + y 3 -<br />

3xy<br />

5-18 o Determine os valores máximos e núnimos Jocais e pontos<br />

de sela da função. Se você tiver um programa para traçar gráficos<br />

tridimensionais no computador, utilize~o com a janela de inspeção<br />

e o ponto de vista que mostre os aspectos importantes da função.<br />

5. f(x, y) ~ 9 - 2x + 4y - x 2 - 4y 3<br />

6. f(x, y) ~ x 3 y + l2x 2 - 8y<br />

~~~~~~4-=7L~~L_---+<br />

~:~( "<br />

7. f(x, y) ~ x' + y' - 4xy + 2<br />

8. f(x, y) ~<br />

9. f(x, y) ~ (! + xy)(x + y)<br />

10. f(x, y) ~ 2x 3 + xy 2 + 5x 2 + y 2<br />

11. f(x,y) ~ l + 2xy- x 2 - y 2


960 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

=<br />

12. f(x. y) ~ xy(l - x - y)<br />

j(x, y) =<br />

ex cos y<br />

14 . .f(x, y) ~ x 2 + y 2 +<br />

15 . .f(x, y) ~ x seny<br />

16 . .f(x, y) ~ (2x- x 2 )(2y - y')<br />

17. J(x, y) ~ (x' +<br />

18. f(x, y) ~ x 2 ye ,•-,•<br />

19-22 CJ Utilíze o gráfico e/ou curvas de nível para estimar os<br />

valores máximos c mínimos locais e pontos de sela da função. Em<br />

seguid


T '<br />

i<br />

-49. Uma caixa de papelão sem tampa deve ter um volume de<br />

32.000 cm 3 • Determine as dimensões que miniiT'Jzem a<br />

quantidade de papelão utilizado.<br />

50. Um prédio retangular está sendo projetado para minimizar a<br />

perda de calor. As paredes leste e oeste perdem calor a uma<br />

taxa de 10 units/m 2 por dia, as paredes norte e sul, a uma taxa<br />

de 8 units/m 2 por dia, o piso, a uma taxa de l unil/m 2 por dia e<br />

o terraço, a uma taxa de 5 units/m 2 por dia. Cada parede deve<br />

ter, pelo menos, 30 m de comprimento, a altura, no mínimo, 4<br />

m, e o volume exatamente 4.000 m 3 .<br />

(a) Determine e esboce o domínio da perda de calor como uma<br />

função dos comprimentos dos seus lados.<br />

(b) Ache as dimensões que minimizam a perda de calor.<br />

(Analise tanto os pontos críticos como os pontos sobre a<br />

fronteira do donúnio.)<br />

(c) Você poderia projetar um prédio com precisamente a<br />

mesma perda de calor se as restrições sobre os<br />

comprimentos dos lados fossem removidas<br />

51. Se o comprimento da diagonal de uma caixa retangular deve<br />

ser L, qual é o maior volume possível<br />

52. Três alelos (versões alternativas de um gene) A, B e O<br />

determinam os quatro tipos de sangue: A (AA ou AO), B<br />

(BB ou BO), O (00) e AB. A Lei de Hardy-Weinberg<br />

estabelece que a proporção de indivíduos em uma população<br />

que carregam dois alelos diferentes é<br />

P ~ 2pq + 2pr + 2rq<br />

onde p, q e r são proporções de A, B e O na população. Use o<br />

fato de que p + q + r= I para mostrar que Pé no máximo~.<br />

James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCiAIS 961<br />

53. Suponha que um cientista tenha razões para acreditar que duas<br />

quantidades x e y sejam relacionadas linearmente, ou seja,<br />

y = mx + b, pelo menos aproximadamente, para algum valor dC<br />

m e b. O cientista realiza um experimento e coleta os dados na<br />

forma de pontos (x~. }'I). (x 2 , y 2 ), ... , (x,, y,), e então plota-os.<br />

Os pontos não estão todos alinhados, de modo que o cientista<br />

quer determinar as constantes m e b para que a reta y = mx + b<br />

"se aproxime" dos pontos tanto quanto possível (veja a figura).<br />

o<br />

Seja d; = )'; - (mx; + b) o desvio vertical do ponto (x, )' 1<br />

)<br />

reta. O método dos mínimos quadrados determina m e b de<br />

modo a minimizar :Zí'-~1 d, a soma dos quadrados dos desvios.<br />

Mostre que, de acordo com esse método, a reta que melhor<br />

aproxima é obtida quando<br />

" " " " "<br />

m L; x, + bn ~ L; y,<br />

X<br />

da<br />

m L xl + b L x, ~ L x,y,<br />

ic·-1 i~l i=l<br />

Assim, a reta é detenninada resolvendo esse sistema linear de<br />

duas equações nas incógnitas me b. (Veja a Seção 1.2 do Volume<br />

I para mais aplicações do método dos rrúnimos quadrados.)<br />

54. Determine uma equação do plano que passe pelo ponto (l, 2, 3)<br />

que corte o menor volume do primeiro octante.<br />

Projeto Aplicado<br />

Projeto de uma Caçamba<br />

Para esse projetà,_ inicialmente defina a forma na _qual você deseja di111ensionar uma _c~~ba de<br />

entulho com tampa Tentaretnos _então de_tennin;tr f!S __ dimensões de um recipiente :de forma Similar<br />

quf!. minimize o custo de coll§trução.


962 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

l<br />

Projeto Descoberta<br />

Aproximação Quadrática e Pontos Críticos<br />

A aproximação por polinômio de Taylor de uma função de uma variável discutida no Capítulo 1 1<br />

pode ser estendida para as funções de duas ou mais variáveis. Estudaremos aqui a aproximação<br />

quadrática para as funções de duas variáveis e usaremos esse estudo para melhor entender o Teste<br />

da Segunda Derivada para classificar pontos críticos.<br />

Na Seção 14.4 discutimos a linearização de uma função f de duas variáveis em um ponto (a, b):<br />

L(x,y) ~ f(a, h)+ JAa, h)(x- a)+ h(a, b)(y- h)<br />

Lembre-se de que o gráfico de L é o plano tangente da superfície z = f(x, y) em (a, h ,f( a, b)), c<br />

a aproximação linear correspondente é f(x, y) """"L(x, y). A linearização L é também chamada<br />

polinômio de Taylor de primeiro grau de f em (a, b).<br />

1. Se f tiver derivadas parciais de segunda ordem contínuas em (a, b), então o polinômio de<br />

Taylor de segundo grau de f em (a, h) é<br />

Q(x, y) ~ f(a, h) + j;(a, b)(x -a) + j,(a, b)(y - b)<br />

+ lfu(a, b)(x- a)'+ j;,(a, b)(x- a)(y- b) + lfry(a, b)(y- b) 2<br />

e a aproximação f(x, y) = Q(x, y) é denominada de aproximação quadrática de f em (a, b).<br />

Verifique que Q tem as mesmas derivadas parciais de primeira c segunda ordens que f em (a, b).<br />

~-- (a) Detenníne os poJinômios de Taylor de primeiro e segundo graus L e Q para<br />

j(x,y) ~e-• -, em(O,O).<br />

·:11 (b) Trac,e _o gráfico de f, L e Q. Comente quão boas são essas aproximações.<br />

Estabéleç*os polinômios de Taylor de primeíro e segundo graus L e Q para f(x, y) ~ xe'


James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIA.iS 963<br />

Multiplicadores de Lagrange<br />

FIGURA 1<br />

No Exemplo 6 da Seção 14.7 maximizamos a função volume V = xyz sujeita à restrição<br />

2xz + 2yz + xy = 12, que expressa a condição da área da superfície ser de ] 2 m 2 • Nesta<br />

seção apresentaremos o método de Lagrange para maximizar uma função genérica<br />

f(x, y, z) sujeita a uma restrição (ou condição) da forma g(x, y, z) = k.<br />

É fácil explicar a base geométrica do método de Lagrange para as funções de duas<br />

variáveis. Então vamos começar tentando determinar os valores extremos de f (x, y)<br />

sujeita à restrição da forma g(x, y) = k. Em outras palavras, queremos achar os valores<br />

extremos def(x, y) quando o ponto (x, y) pertencer à curva de nível g(x, y) = k, A Figura<br />

1 mostra essa curva juntamente com várias outras curvas de nível da função f Essas curvas<br />

de nível têm equação f(x, y) =c, onde c= 7, 8, 9, 10, 1 L Maximizarf(x, y) sujeita<br />

a g(x, y) = k é achar qual o maior valor de c tal que a curva de nível f(x, y) =c intercepte<br />

g(x, y) = k. Parece, da Figura 1, que isso acontece quando essas curvas se tocam,<br />

ou seja, quando essas curvas têm uma reta tangente em comum. (Caso contrário,<br />

poderíamos aumentar o valor de c.) Isso significa que as retas normais ao ponto (xo, yo)<br />

onde as duas curvas se tocam devem ser as mesmas. Logo os vetores gradientes são paralelos:<br />

ou seja, 'Vf(xo, }'o)= À Vg(xo, }'o) para algum escalar À.<br />

'I<br />

I<br />

g(x, y) = k1í~· --------.. ·;--. '' f(x. y) = li<br />

' i ' \) f(x, y) = lO<br />

o<br />

,I ---j(x.y)=8<br />

f(x, y) = 7<br />

' ' ·- f(x. y) = 9<br />

X<br />

Esse argumento também se aplica ao problema de achar os valores extremos de<br />

f(x, y, z) sujeita à restrição g(x, y, z) = k. Assim, o ponto (x, y, z) está restrito a pertencer<br />

à superfícieS com equação g(x, y, z) = k. Em vez das curvas de nível da Figura 1, devemos<br />

considerar as superfícies de nível f(x, y, z) = c e argumentar que, se o valor máximo<br />

de fé f(xo, yo, zo) =c, então a superfície de nível f(x, y, z) =c é tangente à superfície de<br />

nível g(x, y, z) = k, e então os correspondentes gradientes são paralelos.<br />

Esse argumento intuitivo pode ser colocado de forma precisa como se segue. Suponha<br />

que uma função f tenha um valor extremo no ponto P(x 0 , y 0 , z 0 ) sobre a superfícieS e seja<br />

C a curva com equação vetorial r(t) = (x(t), y(t), z(t)) que pertença aS e passe pelo ponto<br />

P. Se lo é o valor do parâmetro correspondente ao ponto P, então r(to) = (xo, yo, zo). A<br />

função composta h(t) = f(x(t), y(t), z(t)) fornece os valores de f sobre a curva C. Como f<br />

tem um valor extremo em (x 0 , yo, z 0 ), segue que h tem um valor extremo em t 0 , e, portanto,<br />

h'(to) = O. Porém, se f for diferenciável, usando a Regra da Cadeia podemos escrever<br />

O = h'(to) = f,{xo, Yo, zo)x'(to) + f(xo, yo, zo)y'(to) + f(xo, yo, zo)z'(to)<br />

= 'Vf(xo,yo, zo) · r'(to)<br />

Isso mostra que o vetor gradiente V f(xo, Yo. zo) é ortogonal ao vetor tangente r'(t 0 ) para<br />

toda curva C assim obtida. Mas já vimos na Seção 14.6 que o vetor gradiente de g,<br />

'Vg(xo, yo, zo), também é ortogonal a r'(to) (veja a Equação 14.6.18). Isso significa


964 CJ CÁLCUlO Editora Thomson<br />

o Multiplicadores de Lagrange têm<br />

esse nome em homenagem ao<br />

matemático franco-italiano Joseph­<br />

Louis Lagrange {1736-1813). Veja no<br />

Volume !, à págína 292, uma pequena<br />

biografia de Lagrange.<br />

que os vetores V f(xo, )'o, zo) e \7 g(x 0 , y 0 , zo) precisam ser paralelos. Portanto, se<br />

Vg(xo, y 0 , z 0 ) #O, existe um número Á tal que<br />

O número Á na Equação 1 é chamado multiplicador de Lagrange. O procedimento<br />

baseado na Equação 1 é o seguinte:<br />

o Ao derivar o Método de Lagrange,<br />

supusemos que Vg rio O. Em cada um<br />

de nossos exemplos você pode<br />

verificar que Vg rio O em todos os<br />

pontos onde g(x, y, z) = k.<br />

Método dos Multiplicadores de lagrange Para determinar os valores máximo e<br />

mínimo de J(x, y, z) sujeita a g(x, y, z) ~ k [supondo que esses valores extremos<br />

existam e que Vg # O sobre a superfície g(x, y, z) ~ k]:<br />

(a) Determine todos os valores de x, y, z e À tal que<br />

(b)<br />

e<br />

Vj(x,y,z) ~Á Vg(x,y,z)<br />

g(x,y, z) ~ k<br />

Calcule f em todos os pontos (x, y, z) que resultaram do passo (a). O maior<br />

desses valores será o valor máximo de f, e o menor será o valor mínimo de f<br />

Se escrevermos a equação vetorial V f= À V g em termos de seus componentes, a<br />

equação do passo (a) ficará<br />

h~ Ágy g(x, y, z) ~ k<br />

Isto é, um sistema de quatro equações a quatro incógnitas x, y, z e À. Mas não é necessário<br />

calcular de modo explícito valores para Á.<br />

Para as funções de duas variáveis, o método de Lagrange é semelhante àquele que<br />

acabamos de descrever. Para achar os valores extremos de f (x, y) sujeita à restrição<br />

g(x, y) ~ k, olhamos para todos os valores de x, y e Á tais que<br />

Vj(x, y) ~Á Vg(x, y) e g(x,y) = k<br />

Isso leva à solução de um sistema de três equações a três incógnitas:<br />

h~ Àg, g(x,y) ~ k<br />

Nosso primeiro exemplo de método de Lagrange é reconsiderar o problema dado no<br />

Exemplo 6 da Seção 14.7.<br />

EXEMI'lll 1 o Uma caixa retangular sem tampa é feita de 12m 2 de papelão. Determine<br />

o volume máximo dessa caixa.<br />

SOLUÇÃO Como no Exemplo 6 da Seção 14.7, sejam x, y e z o comprimento, a largura e<br />

a altura, respectivamente, da caixa em metros. Queremos maximizar<br />

sujeita à restrição<br />

V=xyz<br />

g(x, y, z) ~ 2xz + 2yz + xy ~ 12


T<br />

I<br />

James Stewart CAPÍTULO 14 DERiVADAS PARCIAIS 965<br />

Utilizando o método dos multiplicadores de Lagrange, olhamos para os valores de x, y, z,<br />

e À tal que 'V V~ À V g e g(x, y, z) ~ 12. Isso gera as equações<br />

2xz + 2yz + xy ~ 12<br />

yz ~ À(2z + y)<br />

xz ~ À(2z + x)<br />

xy ~ À(2x + 2y)<br />

2xz + 2yz + xy ~ 12<br />

Não há regras gerais de como resolver esse sistema de equações. Algumas vezes<br />

precisamos de certa engenhosidade. No presente caso você pode notar que, se<br />

multiplicarmos (2) por x, (3) por y e (4) por z, os lados esquerdos dessas equações ficam<br />

idênticos·. Fazendo isso, temos<br />

xyz ~ À(2xz + xy)<br />

CJ Outro método de resolver o sistema<br />

de equações (2-5) é resolver cada uma<br />

das equações 2, 3 e 4 para depois<br />

equacionar as expressões resultantes.<br />

xyz ~ A(2yz + xy)<br />

xyz ~ A(2xz + 2yz)<br />

Observamos que A ;"O porque À~ O implicaria yz = xz ~ xy ~O de (2), (3) e (4), e<br />

isso contradiz (5). Logo, de (6) e (7), temos<br />

2xz + xy = 2yz + xy<br />

que dá xz ~ yz. Mas z ;"O (uma vez que z =O daria V~ 0), portanto x ~ y. De (7) e<br />

(8), obtemos<br />

2yz + xy = 2xz + 2yz<br />

o Em termos geométricos, o Exemplo<br />

2 pede os pontos mais altos e os<br />

pontos mais baixos da curva C da<br />

Figura 2 que pertence ao parabolóide<br />

z = x 2 + 2y 2 e cuja projeçào seja o<br />

círculo de restrição x 2 + y 2 = l.<br />

que dá 2xz ~ xy e, assim, (como x ;"O) y ~ 2z. Se colocarmos x ~ y ~ 2z em (5),<br />

obteremos<br />

Como x, y e z são todos positivos, temos que z = 1, x = 2 e y = 2 como antes.<br />

EXEMPlll 2 c Determine os valores extremos da função f(x, y) ~ x 2 + 2y 2 no círculo<br />

x1 + y2 = 1.<br />

O<br />

SOLUÇÃO Foi-nos pedido para determinar os valores extremos de f sujeita à restrição<br />

g(x, y) = x 2 + y 2 = L Usando os multiplicadores de Lagrange, resolvemos as equações<br />

V f~ À 'Vg, g(x, y) ~ 1, que podem ser escritas como<br />

ou como<br />

j; ~ Àg, h~ Àgy g(x, y) ~ I<br />

2x ~ 2xÀ<br />

y<br />

4y ~ 2yÀ<br />

FIGURA 2


966 o CÁLCUlO Editora Thomson<br />

::::J A geometria por trás do uso de<br />

multiplicadores de Lagrange no<br />

Exemplo 2 é mostrada na F1gura 3_ Os<br />

valores extremos de f(x, y) = x 2 + 2y 2<br />

correspondem às curvas de nfve!<br />

que encostam na circunferência<br />

x2+y2=1.<br />

De (9), temos x =O ou A= L Se x =O, então (11) leva a y = :': l. Se À= I, então<br />

y = O de ( l 0), e assim (ll) fornece x = :':!. Dessa forma, os valores extremos possíveis<br />

de f são os pontos (0, 1), (0, -1), (l, O) e (-I, O). Calculando/nesses quatro pontos,<br />

achamos<br />

/(0, l) = 2 /(0, -!) = 2 /(1, O)= l /( -1, O) = l<br />

Portanto, o valor máximo de f no círculo x 2 + y2 = 1 é f( O, ±1) = 2, e o valor mínimo<br />

é f(±l, O)= 1. Verificando na Figura 2, vemos que esses valores são razoáveis.<br />

EXEMPlO 3 o Estabeleça os valores extremos de f(x, y) = x 2 + 2y 2 no disco<br />

xz + yz ::;s: 1.<br />

X<br />

SOLUÇÃO De acordo com o procedimento em (14.7.9), comparamos os valores de/nos<br />

pontos críticos com os pontos na fronteira. Como fx = 2x e f. = 4y, o único ponto<br />

crítico é (0, 0). Comparamos o valor de f nesse ponto com os valores extremos de f na<br />

fronteira obtidos no Exemplo 2:<br />

f( O, O)= O /(±I, O)= l /(O,±I)=2<br />

FIGURA 3<br />

Assim, o valor máximo de f no disco x 2 + y 2 :-s 1 é f (O, ± 1) = 2, e o valor mínimo é<br />

f( O, O)= O.<br />

EXEMPLO 4 o Determine os pontos da esfera x 2 + y 2 + z 2 = 4 que estão mais próximos<br />

e mais distantes do ponto (3, I, -l).<br />

SOLUÇÃO A distância de um ponto (x, y, z) ao ponto (3, I, -I) é<br />

d = J(x 3)' + (y I)' + (z + I)'<br />

mas a álgebra fica mais simples se maximizarmos e minimizarmos o quadrado dessa<br />

distância:<br />

d 2 = f(x,y,z) = (x- 3) 2 + (y- I) 2 + (z + I) 2<br />

A restrição é que o ponto (x, y, z) pertença à esfera, ou seja,<br />

g(x, y, z) = x 2 + y 2 + z 2 = 4<br />

De acordo com o método dos multiplicadores de Lagrange, resolvemos 'íl f= A 'íl g,<br />

g = 4, o que nos leva a:<br />

[j]<br />

liiD<br />

I!!]<br />

2(x- 3) = 2xlt<br />

2(y- I)= 2yA<br />

2(z + I) = 2zA<br />

!nl + y 2 + z 2 = 4<br />

O modo mais simples de resolver essas equações é determinar x, y e z em termos de .A de<br />

(12), (13) e (I4), e substituir esses valores em (15). De (12), ternos<br />

x- 3 =xA ou x(l - À) = 3<br />

ou<br />

3<br />

x=---<br />

1 - À


966 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

::::: A geometria por trás do uso de<br />

multiplicadores de Lagrange no<br />

Exemplo 2 é mostrada na Figura 3. Os<br />

valores extremos de f(x, y) = x' + 2}' 2<br />

correspondem às curvas de nível<br />

que encostam na circunferência<br />

x2+y'=l.<br />

y<br />

x"+2y =2<br />

-~--'<br />

X<br />

De (9), temos x = O ou À = L Se x = O, então (ll) leva a y = ± l. Se À = l, então<br />

y = O de ( 10), e assim ( 11) fornece x = :2:: 1. Dessa forma, os valores extremos possíveis<br />

de f são os pontos (O, l), (0, -1), (1, O) e ( -1, O). Calculando f nesses quatro pontos,<br />

achamos<br />

f(O, 1) = 2 f(O, -1) = 2 f(!, O)= 1 f(-1,0)=1<br />

Portanto, o valor máximo de f no círculo x 2 + y' = 1 é f( O, ±I)= 2, e o valor rrúnimo<br />

é f(± 1, O) = 1. Verificando na Figura 2, vemos que esses valores são razoáveis.<br />

EXEMPLO 3 o Estabeleça os valores extremos de f(x, y) = x 1 + 2y 1 no disco<br />

+ )'2 ~ 1.<br />

SOLUÇÃO De acordo com o procedimento em (14.7.9), comparamos os valores de f nos<br />

pontos críticos com os pontos na fronteira. Como fx = 2x e _h. = 4y, o único ponto<br />

crítico é (0, 0). Comparamos o valor de f nesse ponto com os valores extremos de f na<br />

fronteira obtidos no Exemplo 2:<br />

FIGURA 3<br />

~·"+2}"=1<br />

f(O, O)= O f(±l,O)=l f(O, ±1) = 2<br />

Assim, o valor máximo de f no disco x 1 + y 1 o;; 1 é f(O, ± 1) = 2, e o valor rrúnimo é<br />

f( O, O) = O. kl<br />

EXEMPLO 4 o Determine os pontos da esfera x 2 + y 2 + z 2 = 4 que estão mais próximos<br />

e mais distantes do ponto (3, 1, -1).<br />

SOLUÇÃO A distância de um ponto (x, y, z) ao ponto (3, 1, -1) é<br />

d = ,/(x- 3) 2 + (y - 1)2 + (z + 1) 2<br />

mas a álgebra fica mais simples se maximizarmos e minimizarmos o quadrado dessa<br />

dístância:<br />

d 1 = f(x, y, z) = (x - 3) 2 + (y - 1) 2 + (z + 1) 2<br />

A restrição é que o ponto (x, y, z) pertença à esfera, ou seja,<br />

g(x, y, z) = x 1 + y 2 + z 1 = 4<br />

De acordo com o método dos multiplicadores de Lagrange, resolvemos V f= À V g,<br />

g = 4, o que nos leva a:<br />

[]]] 2(x- 3) = 2xÀ<br />

G] 2(y- 1) = 2yÀ<br />

~ 2(z + 1) = 2zÀ<br />

~ x2 + y2 + z2 = 4<br />

O modo mais simples de resolver essas equações é detenninar x, y e z em termos de A de<br />

(12), (13) e (14), e substituir esses valores em (15). De (12), ternos<br />

X- 3 = XÀ ou x(1 - ,\) = 3<br />

ou<br />

3<br />

x=---<br />

1- À


James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIAIS :=:J 967<br />

:J A Figura 4 mostra a esfera e o ponto<br />

mais próximo P do Exernplo 4_ Você<br />

pode pensar em um modo de calcular<br />

as coordenadas de P sem usar o<br />

cálculo<br />

X<br />

[Note que l - A ""O porque, de (12). A ~ l é impossível.) De forma semelhante, (13) c<br />

(14) fornecem<br />

Portanto, de (15) temos<br />

(l<br />

l<br />

v~--- z = ----<br />

- 1 -À<br />

que nos dá (I - A)'~ 'j, 1 - A ~ ::t)fi/2. Logo<br />

3'<br />

)TI<br />

A~J::':--<br />

2<br />

1-A<br />

Esses valores de À então fornecem os pontos correspondentes (x, y, z):<br />

(3, 1,-1)<br />

FIGURA 4<br />

e<br />

É fácil ver que f tem valor menor no primeiro desses pontos; dessa fonna, o ponto mais<br />

próximo é (6/jfi, 2/ffi. -2/ffi) e o mais distante é ( -6/jfi, -2/ffi, 2/ffi).<br />

h=c<br />

FIGURA 5<br />

c_.'l.~<br />

~<br />

Duas Restrições<br />

Suponha agora que queiramos determinar os valores máximo e numrno de f(x, y, z)<br />

sujeita a duas restrições (condições laterais) da forma g(x, y, z) ~ k e h(x, y, z) ~ c.<br />

Geometricamente, isso significa que estamos procurando pelos valores extremos de f<br />

quando (x, y, z) está restrita a pertencer à curva C, obtida pela interseção das superfícies<br />

de nível g(x, y, z) ~ k e h(x, y, z) ~ c. (Veja a Figura 5.) Suponha que f tenha um tal valor<br />

extremo no ponto P(xo, Yo, z 0 ). Sabemos, do começo desta seção, que V f é ortogonal a C<br />

Já. Mas nós também sabemos que Vg é ortogonal a g(x, y, z) ~ k e que V h é ortogonal a<br />

h(x, y, z) ~c, portanto Vg e V h são ambos ortogonais a C. Isso significa que o vetor gradiente<br />

V f(xo, y 0 , z 0 ) pertence ao plano determinado por Vg(x 0 , y 0 , z 0 ) e Vh(x 0 , y 0 , zo).<br />

(Estamos supondo que esses vetores gradientes não são paralelos nem nulos.) Logo, existem<br />

números À e !L (chamados multiplicadores de Lagrange), tais que<br />

Vf(xo,yo,zo) ~À Vg(xo,yo,zo) + JLV'h(xo,yo,zo)<br />

Nesse caso o método de Lagrange nos leva a procurar os valores extremos resolvendo as cinco<br />

equações nas cinco incógnitas x, y, z, A e J-l· Essas equações podem ser obtidas escrevendo-se<br />

a Equação ( 16) em termos dos componentes e usando as equações das restrições:<br />

j; ~ Àg, + JLh,<br />

j; ~ Àg, + JLh,<br />

g(x, y, z) ~ k<br />

h(x,y, z) ~c


968 u CÁLCULO Editora Thomson<br />

r_:_, O cilindro x 2 + y'- = l :ntercepta o<br />

plano x - y + z = 1 em uma eiípse<br />

(Figura 6). O Exemplo 5 pergunta pelo<br />

valor máximo de f quando (x, y, z)<br />

pertence a essa elipse.<br />

EXEMPlO 5 c=<br />

Determine o valor máximo da função f(x, y, z) = x + 2y + 3z na curva<br />

da interseção do plano x - y + z = 1 com o cilindro x 2 + y 2 = l .<br />

SOLUÇÃO Maximizamos a função f(x, y, z) = x + 2y + 3z sujeita às restrições<br />

g(x, y, z) = x - y + z = I e h(x, y, z) = x 2 + y' = L A condição de Lagrange é<br />

V f= À V g + !L V h, de modo que devemos resolver as equações<br />

[!] J =À+ 2X}L<br />

[1] 2 = -A+ 2yJL<br />

[1] 3=A<br />

3<br />

o<br />

-1<br />

-2 )-..,~~~-~-)'<br />

-1 o<br />

y<br />

FIGURA 6<br />

~ x-y+z=<br />

~ x2 + y2 = 1<br />

Tornando À = 3 [de (19)] em (I 7), obtemos 2XJL = -2, e então x = -1/ !L- Analogamente,<br />

(18) dá y = 5/(2JL), Substituindo em (21), temos<br />

I 25<br />

-+-=!<br />

IL' 4JL'<br />

e também JL 2 =';i', !L= ±.f'i,9/2, Assim x = +2/.f'i,9, y = ±5/.f'i,9 e, de (20),<br />

z = I - x + y = 1 ± 7/ .fi9, Os valores correspondentes de f são<br />

+ k + z( ± k) + 3( 1 ± ~) = 3 ± .fi9<br />

Portanto o valor máximo de f na curva dada é 3 + .fi9,<br />

Exercícios<br />

Na figura estão mapas de contorno de f e a curva de equação<br />

g(x, y) = 8. Estime os valores máximo e mínimo de f sujeita à<br />

restrição g(x, y) = 8. Explique suas razões.<br />

~~2.(a) Use uma calculadora gráfica ou um computador para traçar o<br />

círculo x 2 + y 2 = L Na mesma tela, trace diversas<br />

curvas da forma x 1 + y = c até que você encontre uma que<br />

encoste no círculo. Qual o significado dos valores de c para<br />

essas duas curvas<br />

(b) Utilize os multiplicadores de Lagrange para determinar os<br />

valores extremos de f(x, y) = x 2 + y sujeita à restrição<br />

x 2 + y 2 = L Compare sua resposta com a da parte (a).<br />

3-17 o Utilize os multiplicadores de Lagrange para determinar os<br />

valores máximo e mínimo da função sujeita à(s) restrição(ões)<br />

dada(s),<br />

1111 f(x,y) ~ x'- y 2 ; x' + y 2 = l<br />

4, f(x,y) ~ 4x + 6y; x 2 + y 2 ~ l3<br />

5, f(x, y) = x'y; x 2 + 2y' ~ 6<br />

6. f(x, y) = xz + yz; x4 + )'4 = 1<br />

7. f(x,y,z) = 2x + 6y + lOz; x 2 + y 2 + z 1 = 35<br />

8, f(x,y,z) ~ 8x- 4z; x 2 + l0y 2 + z 2 ~ 5<br />

9, f(x, y, z) ~ xyz; x' + 2y 2 + 3z' ~ 6<br />

10. f(x, y, z) = x 2 y 2 z 2 ; x 2 + y 2 + z 1 = 1<br />

111 f(x, y, z) = x 2 + y 2 + z 2 ; x 4 + y 4 + z 4 = 1<br />

12. f(x, y, z) = X 4 + y 4 + z 4 ; x 2 + y 2 + z 2 = 1


James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS PARCIA!S L. 969<br />

13. j(x, y, z, t) = x + y + z + t: x 2 + y 2 + z 2 + t 2 =<br />

14. f(xl, X2, ... , x,) =X i + X2 + · · · + x,;<br />

xf + xi + · · · + x~ = 1<br />

15. f(x, y, z) ~ x + 2y; x + y + z ~ 1, y' + z 1 ~ 4<br />

16. f(x,y, z) ~ 3x- y- 3z;<br />

x + y - z = O, x 2 + 2z 2 = 1<br />

17. f(x,y,z) ~ yz + xy; xy ~I, y 2 + z 2 ~ 1<br />

13-19 o Determine os valores extremos dejna região descrita pela<br />

desigualdade.<br />

18. f(x,y) ~ 2x' + 3y 2 - 4x- 5, x' + y 2 "' 16<br />

;§!l, f(x, y) ~ e -••, x' + 4y 1 "' 1<br />

20. (a) Se seu sistema algébrico computacional traça o gráfico de<br />

curvas definidas implicitamente, use~o para estimar os<br />

valores mínimo e máximo de f(x, y) = x 3 + y 3 + 3xy<br />

sujeita a (x - 3) 2 + (y - 3)" = 9 por métodos gráficos.<br />

(b) Resolva o problema da parte (a) com o auxílio dos<br />

multiplicadores de Lagrange. Use um CAS para resolver as<br />

equações numericamente. Compare sua resposta com a da<br />

parte (a).<br />

21. A produção total P de certo produto depende da<br />

quantidade L de trabalho empregado e da quantidade K<br />

de capital investido. Nas Seções 14.1 e 14.3 discutimos como<br />

Cobb-Douglas modelaram P = bL"Kh'' seguindo certas<br />

hipóteses econômicas, onde b e a são constantes positivas e<br />

a< 1. Se o custo por unidade de trabalho forme o custo por<br />

unidade de capital for n, e uma companhia pode gastar<br />

somente uma quantidade p de dinheiro como despesa total,<br />

inaximizar a produção P estará sujeita à restrição<br />

mL + nK = p. Mostre que a produção máxima ocorre quando<br />

L~ ap e K ~ (1 - a)p<br />

m<br />

n<br />

22. Referindo-se ao Exercício 21, suponha agora que a produção<br />

esteja fixada em bL


970 o CÁlCULO Editora Thomson<br />

Projeto Aplicado<br />

Ciência dos Foguetes<br />

Muitos foguetes, tais como o Pegasus XL, usado atualmente para o lançamento de satélites, e o<br />

Saturno V, que colocou o primeiro homem na Lua, são projetados para usar três estágios em sua<br />

subida para o espaço. O primeiro e maior estágio impulsiona o foguete até que seu combustível<br />

seja consumido, quando esse estágio é ejetado para diminuir a massa do foguete. O segundo e<br />

terceiro estágios, que são menores, funcionam da mesma forma, posicionando a carga do foguete<br />

em órbita em torno da Terra. (Com esse projeto são necessários pelo menos dois estágios para<br />

que o foguete atinja a velocidade necessária, e o uso de três estágios provou ser um bom<br />

compromisso entre custo e desempenho.) Nosso objetivo aqui é determinar as massas individuais<br />

dos três estágios a serem projetados de fonna a minimizar a massa total do foguete e ao mesmo<br />

tempo atingir a velocidade desejada.<br />

Para um foguete com um único estágio consumindo combustível a uma taxa constante, a variação<br />

de velocidade resultante da aceleração do foguete foi modelada por<br />

~V~ -c In( I - (I - S)M,)<br />

P+M,<br />

onde Mr é a massa do propulsor do foguete, incluindo o combustível inicial, Pé a massa da<br />

carga, S é o fator estrutural determinado pelo projeto do foguete (especificamente, é a razão entre<br />

a massa do foguete sem combustível e sem carga e a massa do foguete com carga e combustível)<br />

e c é a (constante) rapidez de exaustão relativa do foguete.<br />

Considere agora um foguete de três estágios e carga de massa A. Vamos considerar as forças<br />

externas desprezíveis e supor que c e S pennaneçam constantes em cada estágio. SeM; é a massa<br />

do i-ésimo estágio, podemos inicialmente considerar que o propulsor do foguete tenha massa M 1<br />

e sua carga tenha massa M 2 + M 3 + A; o segundo e terceiro estágios podem ser tratados da<br />

mesma forma.<br />

1. Mostre que a velocidade atingida depois que os três estágios são ejetados é dada por<br />

M1 + M, + Mz+ A)· .( M2 + M, +A)<br />

v 1 =cln<br />

[ ( +In- +<br />

SM1 + M2 + M, +A ·. ·. SIYI,.+ M, +A .<br />

2. Desejamos minimizara inassá tQtal M = M1 -+ Mz-_+ _MJ do propu!SQr<br />

restrição que a velocidade desejada vrdo-Próblerlla t seja<br />

de é


James Stewart CAPÍTULO 14 DERIVADAS P!--\RCJAJS 971<br />

4, Determine uma expressão para o valor mínimo de M como função de Vf.<br />

5. Se desejarmos colocar um foguete de três estágios em uma órbita 100 milhas acima da<br />

superfície tenestre, a velocidade final necessária é de aproximadamente 17.500 mi/h. Suponha<br />

que cada estágio seja construído com um fator estrutural S = 0,2 e que a rapidez de exaustão<br />

seja c ~ 6.000 mi/h.<br />

(a) Determine a massa total mínima M do propulsor do foguete como função de A.<br />

(b) Estabeleça a massa de cada estágio_coroo função de~-·· (Eles não preci$am ter tamanhos<br />

iguais!)<br />

6. O mestllo fo~ete reque~eria UmayeJocída,~é'Jin~l_·de'2~/0-__ !llifh-~t:P:XÍI!la~~én~)!Jitra.~Jiàf-<br />

, _da g~Yidade terrestre. Dete~ni


972 lJ CÁLCUlO Editora Thomson<br />

distribuída para as três turbinas ou concentrada em uma só. (Se você concluir que só uma<br />

turbina deverá ser utilizada, responda: qual é ela) E se a vazão for de somente 600 pés 3 /s<br />

5. Talvez para alguns níveis de vazão seja vantajoso usar duas turbinas. Se a vazão de Chegada for de<br />

1.500 pés~/ s, quais duas iurbiÍlas devem se_r utilizadas Use os multiplicadores de _4grange para<br />

determinar como a ser dis:tflbuída duas turbinas<br />

produzida. P~a y~s.av,az~o, m:o<br />

Revisão<br />

VERIFICAÇÃO DE CONCEITOS<br />

1. (a) O que é uma função de duas variáveis<br />

(b) Descreva três métodos para visualizar uma função de duas<br />

variáveis.<br />

2. O que é uma função de três variáveis Como você pode visualizar<br />

tal função<br />

3. O que<br />

lim f(x, y) ~L<br />

(x,y) ---•(a, b)<br />

significa Como mostrar que esse limite não existe<br />

4. (a) O que significa dizer que fé contínua em (a, b)<br />

(b) Se f é continua em !R 2 , o que você pode dizer de seu gráfico<br />

5. (a) Escreva as expressões para as derivadas parciais fx(a, b) e<br />

fy(a, b) como limites.<br />

(b) Como você interpreta fia, b) e fy(a, b) geometricamente<br />

Como as interpreta corno taxas de variação<br />

(c) Se f(x, y) é dada por uma fórmula, corno calcular fx e f:.<br />

6. O que o Teorema de Clairaut diz<br />

7. Como achar o plano tangente a cada um dos seguintes tipos de<br />

superfície<br />

(a) Um gráfico de uma função de duas variáveis, z = f(x, y)<br />

(b) Uma superfície de nível de uma função de três variáveis,<br />

F(x,y.z) ~ k<br />

8. Defina a linearização de f em (a, b). Qual é sua<br />

correspondente aproximação linear Qual é a interpretação<br />

geométrica da aproximação linear<br />

9. (a) O que significa dizer que fé diferenciável em (a, b)<br />

(b) Como usualmente verificamos se fé diferenciável<br />

10. Se z = f(x, y), o que são os diferenciais dx, dy e dz<br />

11. Diga qual é a Regra da Cadeia para o caso em que z = f(x, y)<br />

e x e y são funções de uma única variável. E se x e y são<br />

funções de duas variáveis<br />

12. Se z é definido implícitamente como uma função de x e y por<br />

uma equação da forma F(x, y, z) = O. como determinar àz/àx e<br />

azjay'<br />

13. (a) Escreva uma expressão como limite para a derivada<br />

direcional de f em (x 0 , }'o) na direção e sentido do vetor<br />

unitário u = (a, b). Como interpretá-lo como taxa de<br />

variação Como interpretá-lo geometricamente<br />

(b) Se f é diferenciável, escreva uma expressão para<br />

Duf(xo, Yo) em termos de .fx e f,..<br />

14. (a) Defina o vetor gradiente 'V f de uma função f de duas ou<br />

três variáveis.<br />

(b) Exprima Duf em termos de Vj.<br />

(c) Explique o significado geométrico do gradiente.<br />

15. O que as seguintes sentenças significam<br />

(a) f tem um máximo local em (a, b).<br />

(b) f tem um máximo absoluto em (a, b).<br />

(c) f tem um mínimo local em (a, b).<br />

(d) f tem um núnimo absoluto em (a, b).<br />

(e) f tem um ponto de sela em (a. b).<br />

16. (a) Se f tem um máximo local em (a, b), o que você pode<br />

dizer de suas derivadas parciais em (a, b)<br />

(b) O que é um ponto crítico de f<br />

17. Qual é o Teste da Segunda Derivada<br />

18. (a) O que é um conjunto fechado em iR: 2 O que é um conjunto<br />

limitado<br />

(b) Dê o enunciado do Teorema dos Valores Extremos para as<br />

funções de duas variáveis.<br />

(c) Como achar os valores que o Teorema dos Valores<br />

Extremos garante existirem<br />

19. Explique como o método dos multiplicadores de Lagrange<br />

funciona para detenninar os valores extremos de f(x, y, z)<br />

sujeita à restrição g(x, y, z) = k. E se tivermos urna segunda<br />

restrição h(x, y, z) = c<br />

-A-


James Stewart CAPÍTUlO 14 DERIVADAS PARCIAIS í'1 973<br />

TESTES FALSO-VERDADEIRO<br />

Determine se as sentenças são falsas ou verdadeiras. Se verdadeiras, explique<br />

por quê; se falsas, explique por que ou dê um contra~exemplo.<br />

. . . /(a, y) - f(a, b)<br />

1. (,la, b) ~ !~ Y _ b<br />

2. Existe uma função f com derivadas parcíais de segunda ordem<br />

contínuas tais que J;.(x, y) = x + y 2 e fv{x, y) = x y 2 •<br />

a 'f<br />

3. f,~-<br />

- axay<br />

4. D,f(x, y, z) ~ f(x, y, z)<br />

5. Se f(x, y) ~L quando (x, y).......,. (a, b) ao longo de toda reta<br />

que passa por (a, h), então lim!x,y)--•!".hjf(x, y) =L.<br />

6. Se f,(a, b) e j:,(a, b) existem, então fé diferenciável em (a, b).<br />

1. Se f tem um mínimo local em (a, b) e fé diferenciável em (a. b),<br />

então 'V f( a, b) ~ O.<br />

8. Se fé uma função, então lim f(x, y) ~ f(2, 5).<br />

(;r,y)-{2,5)<br />

9. Sef(x,y) ~ Iny, então 'Vf(x,y) ~ 1/y.<br />

10. Se (2, 1) é um ponto crítico de f e<br />

]~.(2, 1).1;,(2, I) < [f,,(2, !)]'<br />

então f é um ponto de sela de f em (2, 1).<br />

11. Se f(x, y) = scn x + seny, então --/2:::;; D,J(x, y):::;; ,/2.<br />

12. Se f(x, y) tem dois máximos locais, então f tem um mínimo<br />

local.<br />

:1~1 Determine e esboce o domínio da função.<br />

1. f(x, y) ~ sen-'x + tg'y 2. f(x, y, z) ~<br />

3-4 ..J Esboce o gráfico da função.<br />

3. f(x, y) ~ I - x 2 - y 2 4. f(x, y) ~<br />

5-6 C! Esboce várias curvas de nível da função.<br />

5. f(x, y) ~ 6. f(x,y) ~ x 2 + 4y<br />

7. Faça um esboço de um mapa de contamo da função cujo<br />

gráfico está mostrado.<br />

EXERCÍCIOS<br />

3--w<br />

9.<br />

Avalie o limite ou mostre que ele não existe.<br />

2xy<br />

lim ) )<br />

(x.yl---•(1, li X + 2y-<br />

2xy<br />

10. lim<br />

2 7<br />

(.q) ..... (O,Ol X + 2y-<br />

11. Uma placa de metal está situada no plano xy e ocupa o<br />

retângulo O :::s:: x ~ 10, O ~ y :::s:: 8, onde x e y são medidos em<br />

metros. A temperatura no ponto (x, y) do plano é T(x, y), onde<br />

T é medido em graus Celsius. Temperaturas em pontos<br />

igualmente espaçados foram medidas e registradas na tabela.<br />

'>( o i 2<br />

'<br />

4<br />

I 6 8<br />

o 30 38 45 51 55<br />

2 52 56 60 62 I 61<br />

4 78 74 72 68 I ' 66<br />

8. Um mapa de contorno de uma função f é apresentado. Use~o<br />

para fazer um esboço do gráfico da f.<br />

)'<br />

6 98 87 80 75 71<br />

8 96 90<br />

I 86 I<br />

10 92 92 91<br />

i<br />

80 75<br />

87 78<br />

(a) Estime o valor das derivadas parciais Tx(6, 4) e T,(6, 4).<br />

Quais são as unidades<br />

(b) Estime o valor de D.T(6, 4), onde u ~(i+ j)/)2.<br />

Interprete o resultado.<br />

(c) Estime o valor de T,,(6, 4).<br />

12. Detemüne uma aproximação linear para a função temperatura<br />

T(x, y) do Exercício 11 perto do ponto (6, 4). Em seguida use-a<br />

para estimar a temperatura no ponto (5; 3,8).<br />

13-17 c Determine as derivadas parciais de primeira ordem.<br />

13. f(x, y) ~ -./2x + y 2 14. u = e--r sen 28


974 c CÁlCUlO Editora Thomson<br />

15. y(u, v)= u tg ··Lv<br />

17. T(p. q. r) ~ p ln(q + e')<br />

X<br />

16. w=-­<br />

y-z<br />

18. A rapidez da propagação da onda sonora no oceano é uma<br />

função da temperatura, da salinidade e da pressão. Foi<br />

modelada como<br />

C~ 1449,2 + 4,6T- 0,055T' + 0,00029!'<br />

+ (1,34- 0,01 T)(S- 35) + 0,016D<br />

onde C é a rapidez do som (em metros por segundo), T é a<br />

temperatura (em graus Celsius), Sé a salinidade (concentração<br />

de sal em partes por milhar, o que significa o número de<br />

gramas do sólido dissolvido por 1000 g de água) e D é a<br />

profundidade abaixo da superfície do oceano (em metros).<br />

Calcule a c I aT, a c; as, a c I J/) quando T ~ lO "C, s ~ 35<br />

partes por milhar e D = 100 m. Explique o significado físico<br />

dessas derivadas parciais.<br />

19-22 Detenníne as derivadas parciais de segunda ordem de f<br />

19. f(x, y) ~ 4x' - xy'<br />

21. J(x, y, z) = x"/z"'<br />

20. z = xe- 2 Y<br />

22. v = r cos(s + 2t)<br />

X iJu 1 iJu<br />

23. Seu = xY, mostre que--::-- + - 1<br />

- ~ = 2u.<br />

)' dX ll X dy<br />

24. Se p = J-x"' -c+-y~, 2 '· ""+-z' 2 , mostre que<br />

a 1 p a 2 p a"p 2<br />

--+-. +-~ax2<br />

ày" àz 2 p<br />

Utilize diferenciais para estimar o máximo eno no<br />

cálculo de (a) área do triângulo e (b) comprimento<br />

da hipotenusa.<br />

35. Se w =/X+ y 1 /z, onde x = e 21 , y = t 3 + 4t. e<br />

z = t 2 - 4, utilize a Regra da Cadeia para<br />

determinar dw/ dL<br />

36. Se z = cos xy + y cos x, onde x = u 2 + v e y = u ~ v 2 ,<br />

utilize a Regra da Cadeia para determinar azjau e àzjav.<br />

37. Suponha que z ~ f(x, y), onde x ~ g(s, t), y ~ h(s, t),<br />

g(1, 2) ~ 3, gJ1, 2) ~ -!, g,(1, 2) ~ 4, h(1, 2) ~ 6,<br />

h,(l, 2) ~ -5, h,(1, 2) ~ lO, J,(3, 6) ~ 7 e /,(3. 6) ~ 8.<br />

Detcmüne azjas e a:::jat quando s = 1 e t = 2.<br />

38. Utilize o grafo da árvore para escrever a Regra da<br />

Cadeia para o caso onde w = f(t, u, v), t = t(p, q, r, s),<br />

u = u(p, q, r, s) e v = v(p, q, r, s), todas diferenciáveis.<br />

39. Se z = y + f(x 2 - y 2 ), onde fé diferenciável, mostre que<br />

az<br />

ax<br />

àz<br />

ay<br />

y~+x-=x<br />

40. O comprimento x de um lado de um triângulo é aumentado<br />

à taxa de 3 pol!s, o comprimento de outro lado é diminuído à<br />

taxa de 2 pol/s, e o ângulo contido e é aumentado à taxa de<br />

0,05 rad/s. Qual a rapidez da variação da área do triângulo<br />

quando x ~ 40 pol, y ~50 po1 e O~ -rr/6<br />

41. Se z = j(u, v), onde u = xy, v= y/x e f têm derivadas parciais<br />

de segunda ordem contínuas, mostre que<br />

25-29 ::J Encontre uma equação do (a) plano tangente e (b) da reta<br />

normal para superfície dada no ponto especificado.<br />

25. z ~ 3x'- y' + 2x, (1, -2, I)<br />

26. z ~ e' cos y, (O, O, I)<br />

27. x' + 2y'- 3z' ~ 3, (2, -1, l)<br />

28. xy + yz + zx~ 3, (1, 1, l)<br />

29. sen(xyz) ~ x + 2y + 3z. (2, -1, O)<br />

=~30. Use um computador para traçar o gráfico da superfície<br />

z = x 3 + 2xy e de seu plano tangente e reta normal por (1, 2, 5)<br />

na mesma tela. Escolha o domínio e ponto de vista para obter<br />

uma boa visão dos três objetos.<br />

31. Determine os pontos da esfera x 2 + y 2 + z 2 = l onde o plano<br />

tangente é paralelo ao plano 2x + y - 3z = 2.<br />

32. Determine dz se z = ..t..: tg- 1 y.<br />

33. Estabeleça a aproximação linear da função<br />

j(x, y, z) = x\1~ no ponto (2, 3, 4) e use~a para estimar<br />

o número (1,98)\/(3,01)2 + (3,97) 2<br />

34. Os dois lados do triângulo retângulo medem 5 me 12m com<br />

um erro possível nas medidas de, no máximo, 0,2 em em cada.<br />

42. Se yz 4 + x 2 z 3 = e);F, determine!!!._ e!!!._.<br />

ax ay<br />

43. Determine o gradiente da função f(x, y, z) = z 2 e·"JY.<br />

44. (a) Quando a derivada direcional de fé máxima<br />

(b) Quando é mínima<br />

(c) Quando é O<br />

(d) Quando é a metade de seu valor máximo<br />

45--46 o Detennine a derivada direcional dejno ponto dado na<br />

direção e sentido indicada.<br />

45. f(x, y) ~ 2./X- y 2 , (l, 5), na direção do ponto (4, I)<br />

46. f(x, y, z) ~ x'y + xJ]+Z, (1, 2, 3), na direção e sentido<br />

de v~ 2i + j - 2k<br />

47. Determine a taxa máxima de variação de f(x, y) = x 2 y + JY<br />

no ponto (2, I). Em que direção e sentido isso ocorre<br />

48. Estabeleça a direção e sentido na qual f(x, y, z) = ze-'-'<br />

aumenta mais rápido no ponto (0, 1, 2). Qual é a taxa máxima<br />

de aumento


T<br />

James Stewart CAPÍTUlO 14 DERiVADAS PARCIAIS 975<br />

49. O mapa de contorno mostra a velocidade do vento em nós<br />

durante o furacão Andrew em 24 de agosto de 1992. Utilize-o<br />

para estimar o valor da derivada direcional da rapidez do vento<br />

em Homestead, Flórida, na direção do olho do furacão.<br />

rilss. Use uma calculadora gráfica ou um computador (método de<br />

Newton ou programa de manipulação algébrica) para<br />

determinar os pontos críticos de<br />

J(x,y) = 12 + 10y- 2x 2 ~ 8xy- y 4 comprecisãoatéa<br />

terceira casa decimaL Em seguida classifique os pontos críticos<br />

e determine o ponto mais alto do gráfico.<br />

59-60 ::J Utilize os multiplicadores de Lagrange para detenninar os<br />

valores máximo e mínimo de f sujeita à(s) restrição(õcs) dada(s).<br />

59. f(x, y) ~ x'y; x' + y' ~ 1<br />

I 1<br />

60. f(x,y) ~- + -;<br />

X )'<br />

61. f(x. y, z) ~ xyz;<br />

62. f(x, )-', z) = x 2 + 2y 2 + 3z 2 ;<br />

x+y+z=l, x-y+2z=2<br />

010203040<br />

(Distância em milhas)<br />

50. Determine as equações paramétricas da reta tangente ao ponto<br />

( -2, 2, 4) para a curva da interseção da superfície<br />

z = 2x 2 - y 2 com o planoz = 4.<br />

51-54 o Determine os valores máximo e mínimo locais e ponto de<br />

sela da função. Se você tiver um programa de computador para<br />

desenhar em três dimensões, trace o gráfico da função usando um<br />

ponto de vista e domínio conveniente para mostrar os aspectos<br />

importantes da função.<br />

51. f(x, y) ~ x' ~ xy + y' + 9x ~ 6y + lO<br />

52. f(x, y) ~ x 3 ~ 6xy + 8y 3<br />

53. f(x, y) = 3xy - x 1 y - xy"<br />

54. f(x, y) ~ (x' + y)e' 13<br />

63. Detennine os pontos da superfície xy 2 z 3 = 2 que estão mais<br />

próximos da origem.<br />

64. Um pacote com o formato de uma caixa retangular pode ser<br />

enviado pelo correio como encomenda postal se a soma de seu<br />

comprimento e cintura (perímetro da secção ortogonal<br />

ao comprimento) for de, no máximo, lOS pol. Determine as<br />

dimensões do pacote de maior volume que pode ser enviado<br />

como encomenda postal.<br />

65. Um pentágono é formado colocando-se um triângulo isósceles<br />

sobre um retângulo, corno mostrado na figura. Se o pentágono<br />

tem perímetro P fixo, determine os comprimentos dos lados do<br />

pentágono que maxímiza a área do mesmo.<br />

8<br />

55-56 Determine os valores máximo e mínimo absolutos de f no<br />

conjunto D.<br />

55. J(x, y) = 4xy 2 ~ x 2 y 2 - xy 3 ; D é a região triangular<br />

fechada do plano xy com vértices (O, O), (0, 6) e (6, O)<br />

56. J(x, y) = e-x'·-y\x 2 + 2y 2 ); D é o disco x 2 + y 2 ,;; 4<br />

1157. Utilize o gráfico e/ou curvas de nível para estimar os valores<br />

máximo e mínimo e ponto de sela de<br />

J(x, y) = x 3 - 3x + y 4 ~ 2y 2 • Em seguida use o cálculo para<br />

detenninar esses valores de modo preciso.<br />

66. Uma partícula de massa m se move sobre uma superfície<br />

z ~ f(x, y). Sejam x ~ x(t). y ~ y(t) as coordenadas x e y da<br />

partícula no instante t.<br />

(a) Determine o vetor velocidade v e a energia cinética<br />

K =1m I v 1 2 da partícula.<br />

(b) Estabeleça o vetor aceleração a.<br />

(c) Seja z = x 2 + y 1 e x(t) = tcos t, y(t) = tsen t. Determine<br />

o vetor velocidade, a energia cinética e o vetor aceleração.


1. Um retângulo com comprimento L e largura VV é conado em quatro retângulos menores por<br />

duas retas paralelas aos lados. Detemüne os valores máximo e mínimo da soma dos quadrados<br />

das áreas dos retângulos menores.<br />

2. Biologistas marinhos determinaram que, quando um tubarão detecta a presença de sangue na<br />

água, ele nada na direção e sentido em que a concentração de sangue aumenta mais<br />

rapidamente. Com base em certos testes na água do mar, sabe~se que a concentração de<br />

sangue (em partes por milhão) em um ponto P(x, y) na superfície é de aproximadamente<br />

C(x,y) =e-~, +:,"i..-lO'<br />

onde x e y são medidos em metros em coordenadas cartesianas com a fonte do sangue como<br />

origem.<br />

(a) Identifique as curvas de nível da função de concentração e esboce vários membros dessa<br />

família junto com a trajetória que o tubarão deve percorrer para chegar à fonte.<br />

(b) Suponha que um tubarão esteja no ponto (xo, y 0 ) quando detecta a presença de sangue na<br />

água. Determine a equação da trajetória do tubarão estabelecendo e resolvendo uma<br />

equação diferencial.<br />

3. Uma longa folha de metal galvanizado de espessura w polegadas deve ser dobrada em uma<br />

fôrma de maneira simétrica com três lados retos para fazer uma calha. A secção transversal é<br />

mostrada na figura.<br />

w -2x<br />

(a) Determine as dimensões para permitir a máxima vazão, ou seja, estabeleça as dimensões<br />

que forneçam a maior área da secção transversal.<br />

(b) Você acharia melhor dobrar a folha de metal em uma calha com secção transversal<br />

semicircular do que em uma secção transversal de três lados<br />

4. Para que valores do número r, a função<br />

(x + y + z)'<br />

se<br />

f(x, y, z) = ~2 + )'2 + z2 se<br />

{<br />

(x,y,z) oF O<br />

(x, y, z) ~ O<br />

é contínua em !R 3 <br />

5. Suponha que f seja uma função diferenciável de uma variável. Mostre que todos os planos<br />

tangentes à superfície z = xf(y/x) se interceptam em um ponto comum.<br />

6. (a) O método de Newton para aproximar a raiz de uma equação f(x) = O (veja a Seção 4.9 do<br />

Volume I) pode ser adaptado para aproximar a solução de um sistema de equações<br />

f(x, y) = O e g(x, y) = O. As superfícies z = j(x, y) e z = g(x, y) se interceptam em uma<br />

curva que intercepta o plano X)' em um ponto (r, s), que é a solução do sistema. Se uma<br />

aproximação inicial (x~, y1) está próxima desse ponto, então os planos tangentes às<br />

superfícies em (x~, y 1 ) se interceptam em uma linha reta que intercepta o plano xy em um<br />

ponto (x 2 , y 2 ), que deve estar mais próximo de (r, s). (Compare com a Figura 2 na Seção<br />

4.9 do Volume L) Mostre que<br />

e<br />

onde f, g e suas derivadas parciais são calculadas em (x 1 , yJ). Se continuarmos esse processo<br />

obteremos uma seqüência de aproximações sucessivas (x,, y,.).


(b) Foi Thomas Simpson (1710-1761) quem formulou o método de Newton como o<br />

conhecemos hoje e. quem o estendeu para as funções de duas variáveís como na parte (a)<br />

(veja a biografia de Simpson no Volume 1). O exemplo que ele deu para ilustrar o método<br />

foi resolver o sistema de equações<br />

x' + y' ~ 1000 xY + y' = 100<br />

Em outras palavras, ele descobriu os pontos de interseção das curva


15<br />

Integrais Múltiplas<br />

Se aproximarmos um sólido<br />

por colunas retangulares e<br />

aumentarmos o número de<br />

colunas, o limite da soma<br />

dos volumes das colunas será<br />

o volume do sólido.


James Stewart CAPÍTUlO 15 INTEGRAIS MÚLTIPLAS U 979<br />

Neste capitulo estendemos a idéia de integrais definidas para integrais duplas e triplas<br />

de funções de duas ou três variáveis. Essas idéias serão usadas para calcular<br />

volumes, áreas de superfícies, massas, centro de gravidade de uma região mais geral<br />

do que as consideradas nos Capítulos 6 e 8 (Volume 1). Usaremos também as integrais<br />

duplas para calcular probabilidades quando as variáveis envolvidas forem aleatórias.<br />

Integrais Duplas sobre Retângulos<br />

Na tentativa de resolver o problema de detenninar áreas, chegamos à definição de integral<br />

definida. Vamos aplicar procedimento semelhante para calcular o volume de um sólido e,<br />

no processo, chegar à definição de integral dupla.<br />

Revisão da Integral Definida<br />

Antes de t!J-dO, vamos relembrar os fatos básicos relativos à integral definida de funções de<br />

uma variável reaL Se f(x) é definida para a ,;; x ,;; b, subdividimos o intervalo [a, b] em<br />

n subintervalos [x,_,, x 1 ] de comprimento igual Ll.x = (b - a)/n e escolhemos pontos arbitrários<br />

x'( em cada um desses subintervalos. Em seguida, formamos a sorna de Riemann<br />

"<br />

2, f(x'[) Ll.x<br />

;~~!<br />

e tomamos o limite dessa soma quando n --- = para obter a integral definida de a até b da<br />

função f<br />

r f(x) dx = lim i f(xr) Ll.x<br />

• a n~-->oo i=!<br />

No caso especial em que f(x) ~ O, a soma de Riemann pode ser interpretada como a soma<br />

das áreas dos retângulos aproximadores (da área) da Figura 1, e J~ f(x) dx representa a<br />

área sob a curva y = f(x) de a até b.<br />

yr<br />

FIGURA 1<br />

o<br />

at x! x2 1 x3<br />

xj x.i xf<br />

•<br />

_u-! i X;<br />

xj<br />

X<br />

Volumes e Integrais Duplas<br />

De modo semelhante, vamos considerar uma função f de duas variáveis definida em um<br />

retângulo fechado<br />

R= [a,b] X [c,d] = {(x,y) E H;!' la,;; x,;; b, c,;; y,;; d}<br />

FIGURA 2<br />

e vamos inicialmente supor f(x, y) ;;;, O. O gráfico de f é a superfície com equação<br />

z = f(x, y). SejaS o sólido que está contido na região acima de R e abaixo do gráfico de<br />

f ou seja,<br />

S = {(x, y, z) E G;l'l O ,;; z ,;; f(x, y), (x, y) E R}<br />

(Veja a Figura 2.) Nosso objetivo é determinar o volume de S.


980 CJ CÁLCUlO Editora Thomson<br />

O primeiro passo consiste em dividir o retângulo R em sub-retângulos. Faremos isso<br />

dividindo o intervalo [a, b] em m subintervalos [xl'"l' x,.] de mesmo comprimento<br />

Ll.x ~(h - a)/m e dividindo o intervalo [c, d] em n subintervalos iguais [Y;-" y;] de comprimento<br />

Ll.y ~ (d- c)/n. Traçando retas paralelas aos eixos coordenados, passando pelos<br />

extremos dos subintervalos, como na Figura 3, formamos os sub-retângulos<br />

R, 1<br />

~ [x,- 1 ,x,] X [))-l,y;] ~ {(x,y)ix,_, ,o; x,o; x,, Y 1<br />

-; ,o;y ,o;y;}<br />

FIGURA 3<br />

Dividindo R em sub-retângulos<br />

o Xj-1 X; b X<br />

Se escolhermos um ponto arbitrário, que chamaremos ponto amostra, (.:rS, y ij) em<br />

cada Rij, poderemos aproximar a parte de S que está acima de cada R;j por uma caixa retangular<br />

fina (ou '"coluna") com base R;j e altura f(x;j, yt'J), como mostrado na Figura 4.<br />

(Compare com a Figum 1.) O volume dessa caixa é dado pela sua altura vezes a área do<br />

retângulo da base:<br />

J(x,j, y,j) M<br />

~<br />

Se seguirmos com esse procedimento para todos os retângulos e somarmos os volumes das<br />

caixas correspondentes, obteremos uma aproximação do volume total de S:<br />

m<br />

'<br />

V = 2: 2: f(x,), y,j) M<br />

i=l j=l<br />

(Veja a Figura 5.) Essa dupla soma significa que, para cada sub-retângulo, calculamos o<br />

valor de f no ponto amostra escolhido, multiplicamos esse valor pela área do sub-retângulo<br />

e então adicionamos os resultados.<br />

b<br />

X ---<br />

d<br />

y<br />

X<br />

FIGURA4<br />

FIGURA 5


James Stewart CAPÍTULO 15 iNTEGRAIS MÚLTIPL!\S 981<br />

Nossa intuição diz que a aproximação dada em (3) Inelhora quando aumentamos os valores<br />

de m e n, e portanto devemos esperar que<br />

m "<br />

V~ lim L Lf(x,)',y,j) LlA<br />

/11.11-->X i~) j=l<br />

r:1 O significado do 11m1te duplo na<br />

Equação 4 é que podemos tornar o<br />

somatório duplo tão próximo quanto<br />

desejarmos do número V !para<br />

qualquer escoiha (x,j, y,:>J tomando me<br />

n suficientemente grandes<br />

Usamos a expressão da Equação 4 para definir o volume do sólido S que corresponde à<br />

região que está abaixo do gráfico de f e acima do retângulo R. (Pode ser mostrado que essa<br />

definição corresponde à nossa fórmula de volume da Seção 6.2 do Volume L)<br />

Limites do tipo que aparecem na Equação 4 ocorrem muito freqüentemente, não<br />

somente quando estamos determinando volumes, como também em uma variedade de outras<br />

situações- como será visto na Seção 15.5 -,mesmo f não sendo uma função positiva.<br />

Podemos dar a seguinte definição:<br />

[!] Definição A integral dupla de f sobre o retângulo R é<br />

se esse limite existir.<br />

j'i'J(x, y) dA ~ lim L L f(x,j, y,j) M<br />

~;,· i!i.!l---•"- i~l j~!<br />

CJ Observe a semelhança entre a<br />

Definição 5 e a definição de integrai<br />

s1mp!es na Equação 2<br />

O significado preciso do limite da Definição 5 é que para todo e > O existe um inteiro<br />

N tal que<br />

para todos inteiros m e n maiores que N e para qualquer escolha de (x;j, y;j) em R; 1 .<br />

Pode ser provado que o limite da Definição 5 existe sempre que f for uma função contínua.<br />

(Esse limite pode também existir para algumas funções descontínuas que sejam<br />

razoavelmente "bem comportadas".)<br />

O ponto amostra (x;j, }\j) pode ser tomado como qualquer ponto no sub-retângulo R;J,<br />

porém, se o escolhermos como o canto superior direito de RiJ [ou seja, (x;, y 1<br />

), veja a Figura<br />

3], então a expressão da soma dupla ficará mais simples:<br />

Comparando as Definições 4 e 5, vemos que o volume pode ser escrito como uma<br />

integral dupla:<br />

Se f(x, y) ~ O, então o volume V do sólido que está acima do retângulo R e abaixo<br />

da superfície z ~ f(x, y) é<br />

A soma na Definição 5<br />

v~ jJf(x,y)dA<br />

R<br />

"' "<br />

L L f(x,j, y,j) M<br />

j~J j=!<br />

é chamada soma dupla de Riemann e é usada como uma aproximação do valor da integral<br />

dupla, [Note a semelhança dessa soma com a soma de Riemann em (I) para funções<br />

de uma única variáveL] Se f for uma função positiva, então a soma dupla de Riemann


982 C CÁlCUlO Editora Thomson<br />

representa a soma dos volumes das colunas, como na Figura 5, e é uma aproximação do<br />

volume abaixo do gráfico de f<br />

y<br />

2<br />

FIGURA 6<br />

(!, 2)<br />

I<br />

R, R,<br />

!<br />

I<br />

(!, l)<br />

R, R,<br />

1\-,-<br />

r<br />

i<br />

l)<br />

1<br />

!<br />

") )<br />

o 2<br />

X<br />

EXEMPlO 1 Estime o volume do sólido que está acima do quadrado<br />

R ~ [0, 2] X [0, 2] e abaixo do parabolóide elíp!ico z ~ 16 - x 2 - 2y 2 Divida R em<br />

quatro quadrados iguais e escolha o ponto amostra como o canto superior direito de cada<br />

quadrado Rij· Faça um esboço do sólido e das caixas retangulares aproximadoras.<br />

SOLUÇÃO Os quadrados estão iluslrados na Figura 6. O parabolóide elíptico é o gráfico<br />

de f(x, y) ~ 16 - x 2 - 2y 2 e a área de cada quadrado vale L Aproximando o volume<br />

pela soma de Riemann com m = n = 2, temos<br />

2 2<br />

V= L Lf(x,yJM<br />

i=l j=l<br />

~ /(1, l) M +/(I, 2) M + /(2, I) M + /(2, 2) M<br />

~ 13(1) + 7(1) + 10(1) + 4(1) ~ 34<br />

Esse é o volume das caixas aproximadoras mostradas na Figura 7,<br />

FIGURA 7<br />

y<br />

Obtemos melbor aproximação do volume no Exemplo 1, quando aumentaruos o<br />

número de quadrados. A Figura 8 mostra como as colunas começam a parecer mais com<br />

o sólido<br />

(a)m=n=4, v"" 41,5<br />

(b)m=n=8, V= 44,875 {c) m = n = 16, V= 46,46875<br />

FIGURA 8 A aproximação pela soma de Riemann para o volume abaixo dez= 16 -:f- zy- fica melhor à medida quem e n aumentam.


James Stewart CAPÍTULO 15 INTEGRAIS MÚLTIPLAS I_J 983<br />

verdadeiro e as aproximações correspondentes vão se tomando mais precisas quando usamo5 16,<br />

64 e 256 quadrados. Na próxima seção mostraremos que o volume exalo é 48. ·<br />

EXEMPlO 2 Cl<br />

Se R= {(x, y) 1-1 ""x"" l, -2 ""y ""2}, calcule a integral<br />

X<br />

FIGURA 9<br />

(I O. O) y<br />

(0, 2. 0)<br />

fr/1- x 2 dA<br />

R<br />

SOLUÇÃO Seria muito difícil calcular a integral diretamente da Definição 5, mas, como<br />

~ ~ O, podemos computar a integral interpretando-a como volume. Se<br />

z = -Jl - x 1 , então x 2 + z 2 = I e z ~O, logo a integral dupla dada representa o<br />

volume do sólidoS que está abaixo do cilindro circular x 2 + z 2 = 1 e acima do<br />

retângulo R (veja a Figura 9). O volume de Sé a área de um semicírculo com raio l vez<br />

o comprimento do cilindro. Portanto<br />

jJ y'!- x 2 dA = lrr(l)' X 4 = 2rr<br />

R<br />

Regra do Ponto Médio<br />

Os métodos usados para aproximar as integrais de funções de uma variável real (a Regra do<br />

Ponto Médio, a Regra dos Trapézios, a Regra de Simpson) têm seus correspondentes para<br />

integrais duplas. Consideraremos aqui somente a Regra do Ponto Médio para integrais duplas.<br />

Isso significa que usaremos a soma dupla de Riemann para aproximar a integral dupla, onde<br />

o ponto amostra (x;j, y;j) em R 0 é tomado como o ponto central (ti, Y) de R, 1 . Em outras<br />

palavras, x, é o ponto médio de [x,_ "x,] e y 1 é o ponto médio de [y 1 -" )) ].<br />

Regra do Ponto Médio para Integrais Duplas<br />

l<br />

onde x, é o ponto médio de [x,_" x,] e y 1 é o ponto médio de [y 1 -t. y 1 ].<br />

EXEMPlO 3 c Use a Regra do Ponto Médio com m = n = 2 para estimar o valor da<br />

integralfJR(x- 3y 2 )dA,ondeR= {(x,y)IO~ x"" 2, I ""Y"" 2}.<br />

y<br />

2 ~---~·--r-~ (2, 2)<br />

•'R.ti'<br />

•:Rn.l<br />

l f-'.-c--''4~~· . ,<br />

2<br />

·'Rnl ·B;_,I<br />

...,.--~-~<br />

I<br />

I<br />

o 2<br />

X<br />

FIGURA 10<br />

SOLUÇÃO Usando a Regra do Ponto Médio com m = n = 2, calcularemos<br />

f(x, y) = x - 3y 2 no centro de quatro sub-retângulos mostrados na Figura 10. Então<br />

-1-3-5-árdd A<br />

temos x1 = z, x2 = 2· Y1 = 4 e Y2 =;;.A ea e ca a sub-retangulo e '"'L<br />

un = 2· ogo<br />

2 2<br />

[f (x- 3y 2 )dA = 2: Lf(x,,y 1 ) M<br />

~R i= I i=!<br />

Portanto, temos<br />

= f(xj, y,) M + J(:t,, y,) M + f(x,, _y,) AA + J(x2, y,) M<br />

=!(L l)M + J(l. nM + J(l, l)M + JG, l) M<br />

=(-~)i+ (--~l)!<br />

+(-~)i+(-\~)!<br />

= -'t= -11,875<br />

fJ (x - 3/) dA= -11,875<br />

R


984 CÁLCULO Editora Thomson<br />

I<br />

Número de Aproximações<br />

I sub-retângulos<br />

i<br />

pela Regra do<br />

Ponto Médio<br />

-11,5000<br />

4 -11,8750<br />

16 -11,9687<br />

64 -1!,9922 I<br />

256 -11,9980<br />

I<br />

1024 -11,9995<br />

I<br />

NOTA cc Na próxima seção desenvolveremos um processo eficiente para calcular integraís<br />

duplas e veremos que o valor exato da integral dupla do Exemplo 3 é ~12. (Lembre-se de que<br />

a interpretação da integral dupla como volume só é válida quando a função f é uma função positiva.<br />

O integrando no Exemplo 3 não é uma função positiva, dessa forma, a integral dupla não<br />

é um volume. Nos Exemplos 2 e 3 na Seção 15.2, discutiremos como interpretar integrais de<br />

uma função que não é sempre positiva em termos de volumes.) Dividimos os sub-retângulos<br />

da Figura 1 O em quatro menores, todos com o mesmo fonnato, e calculamos a aproximação<br />

pela Regra do Ponto Médio. Repetimos sucessivamente o procedimento, dividindo em quatro<br />

cada sub-retângulo e calculando a aproximação. Os resultados estão apresentados na tabela ao<br />

lado. Observe como esses valores estão se aproximando do valor real da integral, -12.<br />

Valor Médio<br />

Na Seção 6.5 do Volume I, mostramos que o valor médio de uma função f de uma variável<br />

definida em um intervalo [a, h] é<br />

fmid~ -h_<br />

I<br />

j<br />

'"<br />

f(x) dx<br />

a .a<br />

De modo semelhante, definimos o valor médio de uma função f de duas variáveis em um<br />

retângulo R contido em seu domínio como<br />

onde A(R) é a área de R,<br />

Se f(x, y) >-o O, a equação<br />

1 ..<br />

/méd ~ A(R) JJ f(x, y) d4<br />

R<br />

A(R) X /m" ~ ff f(x, y) dA<br />

R<br />

FIGURA 11<br />

diz que a caixa com base R e altura!,"'d tem o mesmo volume que o sólido delimitado pelo<br />

gráfico de f [Se z = f(x, y) descreve urna região montanhosa e você corta os topos dos<br />

morros na altura !.,M, então pode usá-los para encher os vales de forma a tornar plana a<br />

região, Veja a Figura 1 L]<br />

EXEMPLO 4 o O mapa de contornos na Figura 12 mostra as quantidades da precipitação<br />

de neve, em polegadas, no Estado do Colorado, em 24 de dezembro de 1982, (0 Estado<br />

tem formato retangular com medidas 388 milhas na direção leste-oesLe e 276 milhas na<br />

direção norte-sul.) Utilize o mapa de contornos para estimar a precipitação média no<br />

Colorado em 24 de dezembro,<br />

SOLUÇÃO Vamos colocar a origem no canto sudoeste do Estado. Então O ~ x ~ 388,<br />

O ,;; y ,;; 276, e f(x, y) é a queda de neve, em polegadas, na localização x milhas para<br />

leste e y milhas para norte da origem. Se R é o retângulo representativo do Estado do<br />

Colorado, então a precipitação média do Colorado em 24 de dezembro foi<br />

1 f'<br />

fmód ~ A(R) j f(x, Y) dA<br />

R


James Stewart CAPÍTULO 15 lNTEGR.AIS MÚLTIPLi~,S CJ 985<br />

FIGURL\ 12<br />

onde A(R) ~ 388 · 276 . Para estimar o valor dessa integral dupla, vamos usar a<br />

Regrado Ponto Médio com m ~ n ~ 4. Em outras palavras, dividimos R em 16 subretângulos<br />

de tamanhos iguais, como na Figura 13. A área de cada sub-retângulo é<br />

FIGURA 13


986 n CÁLCUlO Editora Thomson<br />

Usando o mapa de contornos para estimar o valor de f no ponto central de cada subretângulo,<br />

obtemos<br />

4 4<br />

~· f(x, y) dA = ,~<br />

1<br />

~ f(x,, y) D.A<br />

= AA[0,4 + 1,2 + 1,8 + 3,9 + O + 3,9 + 4,0 + 6,5<br />

+ 0,1 + 6,1 + 16,5 + 8,8 + 1,8 + 8,0 + 16,2 + 9,4]<br />

= (6693)(88,6)<br />

Portanto<br />

(6693)(88,6)<br />

fmbJ = (388)(276) = 5 ' 5<br />

Em 24 de dezembro de 1982, o Estado do Colorado recebeu uma média de 5l polegadas<br />

de neve.<br />

Propriedades das Integrais Duplas<br />

Listaremos aqui três propriedades das integrais duplas que podem ser provadas como na<br />

Seção 5.2 do Volume L Admitiremos que todas as integrais existam. As Propriedades 7 e<br />

8 são referidas como linearidade da integraL<br />

c Integrais duplas se comportam<br />

assim porque as somas duplas que as<br />

definem se comportam dessa forma.<br />

IIJ<br />

jJU(x,y) + g(x,y)]dA = jJf(x,y)dA + Jf g(x,y)dA<br />

R R R<br />

JJ cf(x, y) dA= c<br />

R<br />

R<br />

fJJ(x, y) dA<br />

Sef(x, y) ;;, g(x, y) para todo (x, y) em R, então<br />

onde c é uma constante.<br />

JJ f(x, y) dA;;, fJ g(x, y) dA<br />

R<br />

R<br />

.Jti[J Exercícios<br />

1. (a) Estime o volume do sólido contido abaixo da superfície<br />

z = xy e acima do retângulo R= {(x, y) I O ,;;; x,;;; 6,<br />

O ~ y .,-;;;; 4}. Utilize a soma de Riemann com m = 3, n = 2<br />

e tome o ponto amostra como o canto superior direito de<br />

cada sub-retângulo.<br />

(b) Use a Regra do Ponto Médio para estimar o volume do<br />

sólido da parte (a).<br />

2. Se R = [ -1, 3] X [O, 2], use a soma de Riemann com m = 4,<br />

n = 2 para estimar o valor de JfR (y 2 - 2x 2 ) dA. Tome os<br />

pontos amostra como os cantos inferiores esquerdos dos<br />

sub~retãngulos.<br />

3. (a) Use uma soma de Riemann com m = n = 2 para estimar o<br />

valor de JJ,sen(x + y) dA, onde R= [0, 7T] X [O, Tj, Tome<br />

como pontos amostrais os cantos inferiores esquerdos.<br />

(b) Use a Regra do Ponto Médio para dar uma estimativa da<br />

integral do item (a).<br />

4. (a) Estime o volume do sólido que está abaixo da superfície<br />

z = x + 2y 2 e acima do retângulo R= [0, 2] X [O, 4],<br />

Use a soma de Riemann com m = n = 2, e escolha os<br />

pontos amostrais como os cantos inferiores direitos.<br />

(b) Use a Regra do Ponto Médio para estimar o volume do<br />

item (a).<br />

5. É dada a tabela de valores de uma função f(x, y) definida em<br />

R=[!, 3] X [0,4],<br />

I~ o I 2 3 4<br />

1,0 2 o -3 ~6 -5<br />

I<br />

!,5 3 l -4 -8 -6<br />

2,0 4 o<br />

I o I -5 -8<br />

2,5 5<br />

i<br />

5 3 ~I<br />

'<br />

i ·-4<br />

3,0 7 8 I 6 3 I o<br />

'


James Stewart CAPÍTULO 15 INTEGRAIS MÚLTIPLAS ::__: 987<br />

:;~-:"!•<br />

(a) Estime Jj~, f(x, _v) dA ulilizando a Regra do Ponto Médio<br />

com m = n = 2.<br />

(b) Estime a integral dupla com m = n = 4 escolhendo os<br />

pontos amostra o mais longe da origem.<br />

6. Uma piscina de 20 por 30 pés é enchida com água.<br />

A profundidade da piscina é medida a cada intervalo de 5 pés,<br />

começando de um canto, e os valores foram anotados na<br />

tabela. Estime o volume de água da piscina.<br />

!<br />

o ' i<br />

5 10 15 !<br />

' 20 25 30<br />

I ------ I I<br />

o 7<br />

-<br />

4 6<br />

i ~' 7 g 8<br />

I i<br />

i<br />

5 ' 3 j 7 8 I !O 8<br />

'<br />

I<br />

i<br />

10 2 i 4 6 8 10 12 10<br />

' I<br />

15 ' ! j<br />

-<br />

~' ! ' 5 I 6 8 7<br />

!<br />

20<br />

7 i ' I 7<br />

- -<br />

' I 3 4 ~!<br />

~~~~ ~ ~<br />

------,--<br />

'<br />

'<br />

Seja V o volume de um sólido contido entre o gráfico de<br />

f(x,y) = -J52 x 2 y' e acima do retângulo dado por<br />

2 ~ x ~ 4, 2 ~ y ~ 6. Usamos as r~tas x = 3 e y = 4 para<br />

dividir R em sub-retângulos. Sejam L e U as somas de<br />

Riemann computadas, utilizando como ponto amostra -o canto<br />

inferior esquerdo e o canto superior direito, respectivamente.<br />

Sem calcular os números V, L e U, arranje-os na seqüência<br />

crescente de valores e explique suas razões.<br />

8. A figura mostra curvas de nível da função f no quadrado<br />

R~ [O, 1] X [0, 1]. Use~as para estimar fj~f(x,y)dA com<br />

precisão nas unidades.<br />

I<br />

I<br />

10. O mapa de contornos mostra a temperatura, em graus Fahrenhcít,<br />

às 3 horas da tarde do dia l" de maio de 1996. no Estado do<br />

Colorado. (O Estado mede 388 mi de leste a oeste e 276 ml de<br />

norte a sul.) Utilize a Regra do Ponto Médio com m = n = 4<br />

para estimar a temperatura média do Colorado nessa hora.<br />

H-13 LJ Calcule a integral dupla, identificando-a antes como o<br />

volume de um sólido.<br />

11, jJ, 3 dA, R ~ {(x, y) I -2 ""x"" 2, I ""y ""6}<br />

12, JJ, (5 - x) dA, R ~ {(x, y) I O"" x"" 5, O ""y"" 3}<br />

1\'!~ ff, (4 - 2y) dA, R~ [0, I] X [0, I]<br />

14~ A integral j}~ ../9 - y' dA, onde R~ [0, 4] X [0, 2],<br />

representa o volume de um sólido. Esboce o desenho do sólido.<br />

oi<br />

'<br />

A figura mostra o mapa de contornos de f no quadrado<br />

R~ [0,4] X [0,4].<br />

(a) Use a Regra do Ponto Médio com m = n = 2 para estimar o<br />

valor de JS, f(x, y) dA~<br />

(b) Estime o valor médio de f<br />

x<br />

15. Utilize uma calculadora programável ou computador (ou o<br />

comando-soma de um CAS) para estimar<br />

R<br />

onde R~ [0, I] X [O, I]. Utilize a Regra do Ponto Médio com<br />

os seguintes números de quadrados de tamanhos iguais: 1, 4,<br />

16, 64, 256 e !.024~<br />

16. Repita o Exercício 15 para a integral JJ~ cos(x 4 + y 4 ) dA.<br />

Se f é uma função constante, j(x, y) = k e<br />

R~ [a, b] X [c, d], mostre quejJ, kdA ~ k(b- a)(d- c)~<br />

18~ Se R~ [0, l] X [0, l], mostre que O"" fj~sen(x + y) dA "" I.


988 O CÁLCULO Editora Thomson<br />

Iteradas<br />

Lembremos que geralmente é difícil calcular as integrais de funções de uma variavél real<br />

diretamente da definição de integral, mas que o Teorema Fundamental do Cálculo fornece<br />

um método mais fácil para calculá-las. O cálculo de integrais duplas pela definição é ainda<br />

mais complicado, porém, nesta seção, veremos como expressar uma integral dupla como<br />

uma integral iterada, cujo valor pode ser obtido calculando-se duas integrais de funções de<br />

uma variável real.<br />

Suponha que f seja uma função de duas variáveis contínua no retângulo R = [a, h J X<br />

[c, d]. Usaremos a notação J: f(x, y) dy significando que x é mantido fixo e f(x, y) é in te·<br />

grado em relação a y de y = c para y = d. Esse procedimento é chamado integração parcial<br />

em relação a y. (Note a semelhança com a derivada parcial.) Como J: j(x, y) dy é um<br />

número que depende do valor de x, ele define uma função de x:<br />

r A(x) ~ J(x, y) dy<br />

Se integrarmos a função A com relação à variável x de x = a a x = h, obteremos<br />

J: A(x) dx ~ J: [fJ(x, y) dy J dx<br />

A integral do lado direito da Equação I é chamada integral iterada. Em geral, os<br />

colchetes são suprimidos. Então<br />

'" rbJ'd J(x, y) dy dx ~ t ''[fd JJ(x, y) dy ] dx<br />

significando que primeiro integramos com relação a y de c a d e depois em relação a x de<br />

a até h.<br />

Da mesma forma<br />

(d 'b [d [ 'b ]<br />

1 JJ(x, y) dx dy ~ ,, jJ(x, y) dx dy<br />

significa que primeiro integramos com relação a x (fixando y) de x = a a x = h e em<br />

seguida integramos a função de y resultante com relação a y de y = c a y = d. Note que<br />

em ambas as Equações 2 e 3 trabalhamos de dentro para fora.<br />

(a)<br />

l ' ,.,<br />

D • 1<br />

· · x 2 y dy dx<br />

Calcule o valor das integrais<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Olhando x como constante, obtemos<br />

L o ~ [ 7 ) ·']y~l<br />

l x"ydy ~ r-<br />

2 y=l<br />

(b) ,.,,., x 2y dx dy<br />

~ l • o<br />

~x'( ~')- x'( ~ 2 ) ~ lx 2<br />

Portanto a função A da discussão precedente é dada por A(x) ~<br />

neste exemplo.


James Stewart<br />

CAPÍTUlO 15 lNTEGRA!S MÚLTIPLAS<br />

989<br />

Integramos agora essa função de x de O até 3:<br />

J .,,., y x 2 dy dx = r [f' x'y dy] dx<br />

o • l .o • l<br />

27<br />

2<br />

(b) Aqui integraremos primeiro em relação a x:<br />

f' f' x 2 y dx dy = f' [r x'y dx] dy = j'' [~ y]'.~J dy<br />

,. l • O • l • O J 3 x=O<br />

·z v']' 27<br />

= J, 9y dy = 92 l = 2<br />

Note que no Exemplo l obtemos a mesma resposta se integramos primeiro em relação<br />

a y ou a x. Em geral acontece (ver o Teorema 4) de as duas integrais iteradas das Equações<br />

2 e 3 serem sempre iguais, ou seja, a ordem da integração não é importante. (Isso é semelhante<br />

ao Teorema de Clairaut sobre as igualdades das derivadas parciais mistas.)<br />

O seguinte teorema fornece um método prático para calcular uma integral dupla,<br />

expressando-a como uma integral iterada (em qualquer ordem).<br />

·- O Teorema 4 tem o nome do<br />

matemático italiano Guido Fubini<br />

(1879~ 1943), que provou uma versão<br />

geral desse teorema em 1907. Mas a<br />

versão para as funções contínuas era<br />

conhecida pelo menos um século<br />

antes pelo matemático francês<br />

Augustin-Louis Cauchy.<br />

Teoreme do F"bini Se f for contínua no retângulo R= {(x, y) I a,; x,; b,<br />

c ,; y ,; d}. então<br />

ffJ(x, y) dA= f fJ(x,y) dydx =r f J(x,y) dxdy<br />

R<br />

Genericamente, esse resultado vale se supusenrios que f seja limitada em R, f possa<br />

ser descontínua em um número finito de curvas lisas, e a integral iterada exista.<br />

A prova do Teorema de Fubini foge ao escopo deste livro, mas podemos ao menos<br />

fornecer uma justificativa razoável de sua validade quando J(x, y) ~ O. Lembremos que,<br />

se f é positiva, podemos interpretar a integral dupla ff 8<br />

f(x, y) dA como o volume V do<br />

sólido que está acima de R e abaixo da superfície z = f(x. y). Contudo, temos outra fór·<br />

mula usada para calcular volume no Capítulo 6 do Volume, que é<br />

V= J: A(x) dx<br />

onde A(x) é a área da secção transversal de S no plano que passa por x perpendicularmente<br />

ao eixo x. Da Figura I podemos ver que A(x) é a área debaixo da curva C cuja equação é<br />

z = f(x, y), onde x é mantida constante e c ,; y ,; d. Portanto<br />

e temos<br />

A(x) = f f(x, y) dy<br />

FIGURA 1<br />

JJ f(x, y) dA = V= J: A(x) dx = J: f J(x, y) dy dx<br />

R


990 D CÁlCULO Editora Thomson<br />

Uma argumentação semelhante, usando a secção transversal perpendicular ao eixo y como<br />

na Figura 2, mostra que<br />

.J.. rd fb<br />

f(x, y) dA ~ ,, J(x, y) dx dy<br />

1<br />

R<br />

X<br />

EXEMPLO 2 = Calcule a integral dupla Jj~ (x- 3y 2 )dA, onde<br />

Y R ~ {(x, y) I O ~ x ~ 2, l ~ y ~ 2}. (Compare com o Exemplo 3 da Seção 15.!.)<br />

SOLUÇÃO 1 Pelo Teorema de Fubini, temos<br />

FIGURA 2<br />

CJ Note a resposta negat1va no<br />

Exemplo 2; nada errado com isso. A<br />

função f no exemplo não é positiva, e<br />

a integral não representa um volume.<br />

Da Figura 3 vemos que, se f for<br />

sempre negativa em R, o valor da<br />

integral é o negativo do volume que<br />

está acima do gráfico de f e abaixo<br />

de R.<br />

f f (x- 3y 2 )dA ~ f 2 f 2 (x- 3y 2 )dy dx<br />

. ~o • l<br />

R<br />

2 x-. ]2<br />

~ L (x - 7) dx ~ - 1x ~ -12<br />

- o<br />

SOLUÇÃO 2 Novamente, aplicando o Teorema de Fubini, mas dessa vez integrando com<br />

relação a x primeiro, temos<br />

f . f' '2<br />

j (x- 3y 2 )dA ~<br />

1<br />

R<br />

Jo (x- 3y 2 )dxdy<br />

~ f' [ ~ - 3xy']"~' dy<br />

l<br />

x=O<br />

~ I (2 - 6y<br />

]'<br />

f2<br />

2 )dy ~ 2y - 2y 3 ; ~ -]2<br />

FIGURA 3<br />

y<br />

c Para uma função f com valores<br />

positivos e negativos, .0~ f(x, y) dA é a<br />

diferença dos volumes: V 1 ~ V2, onde<br />

V 1<br />

é o volume acima de R e abaixo do<br />

gráfico de f e V 2 é o volume abaixo de<br />

R e acima do gráfico. O fato de a<br />

integral do Exemplo 3 ser o significa<br />

que os dois volumes V1 e V: são iguais<br />

(veja a Figura 4).<br />

EXEMPlO 3 Li Calcule jJRysen(xy) dA, onde R~ (1, 2] X (O, 1r].<br />

SOLUÇÃO 1 Se integrarmos primeiro em relação a x, obteremos<br />

ff y sen(xy) dA ~ r f y sen(xy) dx dy<br />

R<br />

[' [ -cos(xy)];:: dy<br />

.o<br />

r (-cos2y + cosy)dy<br />

= -}sen2y +seny]; =O<br />

z -1<br />

z = y sen(.cy)<br />

o<br />

y<br />

FIGURA4<br />

2<br />

SOLUÇÃO 2 Se invertermos a ordem de integração, obteremos<br />

JJ y sen(xy) dA ~ r r y sen(xy) dy dx<br />

R<br />

Para calcular a integral interna usamos a integração por partes com<br />

u=y<br />

du ~dy<br />

dv ~ sen(xy) dy<br />

v~<br />

cos(xy)<br />

X


e então<br />

James Stewart CAPÍTULO 15 INTEGRAIS MÚLTIPLAS Ci 991<br />

f<br />

" . y cos(xy) ]'c•c I f"<br />

O X }=O X o<br />

y sen(xy) dy ~ - · . + -. cos(xy) dy<br />

1TCOS 1TX 1<br />

--- + [sen(xy)t.:~<br />

X<br />

7TCOS TrX<br />

sen TrX<br />

---+--c:--<br />

X<br />

Se agora integrannos o primeiro termo por partes com u = ~ 1/ x e dv = 7TCOS 1TX dx,<br />

obteremos du = dx/x 2 , v= senTrx, e<br />

Portanto<br />

f(<br />

f(<br />

'J" [ sen11x]'<br />

TrCOs TrX) senTrx f sen TrX<br />

- dx ~ ---- ---dx<br />

X X x 2<br />

_:7T:_C::_o:_:s_r.::.:.xc_· sen 7r x ) sen 1T x<br />

+ --,- dx = ~---<br />

x .r x<br />

:" No Exemplo 2, as soluçóes 1 e 2 são<br />

igualmente diretas, mas no Exemplo 3<br />

a primeira solução é muito ma1s e assim y sen(xy) dy dx ~ - x<br />

f 1 0<br />

simples que a segunda. Portanto, ao<br />

1<br />

calcular uma integral dupla. é<br />

sen 27T<br />

recomendável escolher a ordem<br />

~ ---- + sen 7í =O<br />

de integração que forneça integrais<br />

2<br />

mais simples.<br />

EXEMPLO 4 Determine o volume do sólidoS que é delimitado pelo parabolóide elíptico<br />

x 2 + 2y 2 + z = 16, os planos x = 2 e y = 2, e os três planos coordenados.<br />

z 8<br />

4<br />

y<br />

SOLUÇÃO Observemos primeiro que S é o sólido que está abaixo da superfície<br />

z ~ 16 - x 2 - 2y 2 e acima do quadrado R ~ [0, 2] X [0, 2]. (Veja a Figura 5.) Esse<br />

sólido foi considerado no Exemplo 1 da Seção 15.1, mas agora temos condições de<br />

calcular a integral dupla, usando o Teorema de Fubini. Portanto<br />

V~ Jí (16 - x 2 - 2y 2 )dA ~ j··z [' (16 - x 2 - 2y 2 )dx dy<br />

• o ~o<br />

R<br />

FIGURA 5<br />

~ ( 2 ('' T - 4y-') dy ~ ['' TY - 43Y 31' o ~ 48<br />

,o<br />

No caso especial em que f(x, y) pode ser fatorado corno o produto de uma função só de<br />

x por uma função só de y, a integral dupla de f pode ser escrita de forma particularmente<br />

simples. Para ser específico, suponha que f(x, y) ~ g(x)h(y) e R ~ [a, b] X [c, d]. Então<br />

o Teorema de Fubini nos dá<br />

~-f(x, y) dA ~r s: g(x)h(y) dx dy ~f [s: g(x)h(y) dx] dy<br />

Na integral interna. y é uma constante, então h(y) é uma constante e podemos escrever<br />

r [r g(x)h(y) dx J dy ~f [ h(y)(r g(x) dx) J dy<br />

~ f' g(x) dx [" h(y) dy<br />

~a ~c


992 o CÁlCULO Editora Thornson<br />

já que J~ g(x) dx é uma constante. Portanto, neste caso, a integral dupla de f pode ser escrita<br />

corno o produto de duas integrais de funções de urna variável real:<br />

ff g(x)h(y) dA ~r g(x) dx r h(y) dy onde R~ [a, b] X [c, d]<br />

R<br />

Se R ~ [0, 1T/2] X [0, 'lT/2], então<br />

J T senxcosydA ~ fc/Z senxdx (c12 cos ydy<br />

~ .. o .o<br />

R<br />

[<br />

"/2 [ ]"/2<br />

= -cosxl 0 seny 0 =1·1=1<br />

-~ A função f (x, y) = sen x cos y do<br />

Exemplo 5 é positiva em R; assim, a<br />

integral representa o volume do sólido<br />

contido entre o gráfico de f e R como<br />

mostrado na Figura 6.<br />

FIGURA 6<br />

Exercícios<br />

1-2 u Determinej~'f(x,y)dxef,'J(x,y)dy.<br />

1. f(x, y) ~ 2x + 3x'y 2. f(x,y)~ x:Z<br />

r s: (1 + 4xy)dxdy<br />

3-12 :J Calcule a integral iterada.<br />

e<br />

5. rrr -xsenydydx<br />

0 0<br />

foi (2x + yf!' dx dy<br />

nt -+-y)<br />

dydx<br />

• ! • l )' X<br />

['" 2 j''•5<br />

4. f f~ (x2 + y2)dydx<br />

7. 8. ('r -dydx xe'<br />

11. Jo<br />

0<br />

e 2 "'-y dx dy<br />

13-20 Ci Calcule a integral dupla.<br />

6. r s:


James Stewart CAPiTUlO 15 INTEGRAIS MÚLTIPLAS ,.., 993<br />

24. Determine o volume do sólido que está abaixo do parabolóide<br />

hiperbólico z = 4 + xc - y 2 e acima do quadrado<br />

R~ [ -1, 1] X [0, 2),<br />

-~. Determine o volume do sólido contido abaixo do parabolóide<br />

elíptico x 2 /4 + )J/9 + z = 1 e acima do retângulo<br />

R ~ ( -1, 1] X [ -2, 2],<br />

26. Determine o volume do sólido delimitado pela superfície<br />

z = l + ex sen y pelos planos X = :!::: L )' = O, y = 7T,<br />

e z =O.<br />

27. Determine o volume do sólido limitado pela superfície<br />

z = x.../x 2 + _v e pelos planos x =O, x = L y =O.)' = I<br />

ez =O.<br />

28. Determine o volume do sólido linútado pelo parabolóide<br />

elíptico z = 1 + (x - 1) 2 + 4y 2 , pelos planos x = 3 c y = 2 e<br />

pelos planos coordenados.<br />

29. Detennine o volume do sólido contido no primeiro octante<br />

limitado pelo cilíndro z = 9 - y 2 e pelo plano x = 2.<br />

30. (a) Detennine o volume do sólido limitado pela superfície<br />

z = 6 - xy e pelos planos x = 2, x = -2, y = O, y = 3<br />

ez =O.<br />

(b) Use o computador para desenhar o sólido.<br />

31. Utilize um sistema computacional algébrico para determinar o<br />

valor exato da integral JJ, x'y'e'' dA, onde R ~ [O, 1] X [O, 1],<br />

Em seguida use o CAS para desenhar o sólido cujo volume é<br />

dado pela integraL<br />

32. Desenhe o sólido contido entre as superfícies<br />

z = e·x' cos(x 2 + y:) e z = 2- x 2 - y" para lx! ::s: 1,<br />

I y I ::s: l. Utilize um sistema computacional algébrico para<br />

aproximar o volume desse sólido até a quarta casa decimaL<br />

Determine o valor médio de f sobre o retângulo dado.<br />

33. f(x, y) ~ x'y, R tem vértices ( -1, 0), ( -1, 5), (I, 5), (!,O)<br />

34, f(x, y) ~ e'.jx +e', R~ [O, 4] X [0, 1]<br />

35. Utílizc seu CAS para calcular as integraís iteradas<br />

.C .C (.::<br />

dydx e dxdy<br />

Suas respostas contradizem o Teorema de Fubini Explique o<br />

que acontece.<br />

36. (a) Em que aspectos os teoremas de Fubini e Clairaut são<br />

semelhantes<br />

(b) Se f(x, y) é contínua em [a, b] X [c, d] e<br />

g(x, y) ~ f r J(s, t) dt ds<br />

para a < x < b, c < y < d, mostre que 9xr = gy;. = f(x, y).<br />

Para as integrais de funções de uma variável real, a região sobre a qual integramos é sempre<br />

um intervalo. Porém, para integrais duplas, queremos integrar a função f não somente sobre<br />

retângulos, como também sobre uma região D de forma mais geral, como a ilustrada na Figura<br />

L Vamos supor que D seja uma região limitada, o que significa que D pode ser cercada por<br />

uma região retangular R como na Figura 2. Definimos então uma nova função F com donúnio<br />

R por<br />

F(x, y) ~ {~(x, y) se (x, y) está em D<br />

se (x, y) está em R, mas não em D<br />

y<br />

X<br />

FIGURA 1 FIGURA 2


994 u CÁLCUlO Editora Thomson<br />

X<br />

FIGURA 3<br />

'1<br />

I<br />

I<br />

o<br />

gráfico de f<br />

C:zjy<br />

-~<br />

I<br />

I -<br />

I ! //<br />

,/~Sci7 ><br />

FIGURA 4<br />

de F<br />

Se a integral dupla de F sobre R existe, então definimos a integral dupla de f sobre D por<br />

JJ f(x, y) dA ~ JJ F(x, y) dA onde F é dada pela Equação J.<br />

D<br />

R<br />

A Definição 2 tem sentido porque R é um retângulo, e portanto JJR F(x, y) dA foi<br />

definida de maneira precisa na Seção 15.1. O procedimento usado é razoável, pois os valores<br />

de F(x, y) são O quando (x, y) está fora da região De dessa forma não contribuem para<br />

o valor da integral. Isso significa que não importa qual o retângulo tomado R desde que<br />

contenha D.<br />

No caso em que f(x, y) ;;, O podemos ainda interpretar fl;x f(x, y) dA como o volume<br />

do sólido contido acima de De abaixo da superfície z ~ j(x, y) (o gráfico de !J- Você pode<br />

constatar que isso é razoável comparando os gráficos de f e F nas Figuras 3 e 4 e lembrando<br />

que JJ~ F(x, y) dA é o volume abaixo do gráfico de F.<br />

A Figura 4 mOstra também que F provavelmente tem uma descontinuidade nos pontos<br />

de fronteira de D. Apesar disso, se f for contínua em De se a curva fronteira de D fOr "bem<br />

comportada" (em um sentido que está fora do escopo deste livro), então pode ser mostrado<br />

que JJ~ F(x, y) dA existe, e portanto JJ~ j(x, y) dA existe. Em particular, esse é o caso para<br />

os tipos de regiões listados a seguir.<br />

Uma região plana D é dita ser do tipo I, se está contida entre o gráfico de duas funções<br />

contínuas de x, ou seja,<br />

D ~ {(x,y)la ~ x ~ b, g 1 (x) ~ y ~ g 1 (x)}<br />

onde g 1 e g; são contínuas em [a, b]. Alguns exemplos de regiões do tipo I estão mostrados<br />

na Figura 5.<br />

y<br />

y<br />

y<br />

F!GUR.A 5<br />

OI a b "<br />

o a O i a<br />

X<br />

b<br />

I<br />

Algumas regiões do tipo I<br />

)<br />

Para calcular ffv j(x, y) dA quando D é do tipo I, escolhemos um retângulo R = [a, b]<br />

X [c, d] que contenha D, como na Figura 6, e tomamos F a função definida como na Equação<br />

l; ou seja, F coincide com f em De F é O fora da região D. Então, pelo Teorema de Fubini,<br />

JJ f(x, y) dA ~ ff F(x, y) dA ~ f r F(x, y) dy dx<br />

D<br />

R<br />

Observe que F(x, y) ~O se y < g,(x) ou y > g,(x) porque (x, y) nessas condições está<br />

fora da região D. Assim,<br />

FIGURA 6<br />

j<br />

'd F(x, y) dy ~ j"''''' F(x, y) dy ~ f'''' j(x, y) dy<br />

c 9>\X) ~g,(x!


James Stewart CAPÍTULO 15 INTEGRAIS MÚLTIPLAS Cl 995<br />

porque F(x, y) = f(x, y) quando g 1 (x) "' y "' g 2 (x). Portanto temos a seguinte fórmula que<br />

nos permite calcular a integral dupla como uma integral iterada.<br />

(]] Se f é contínua em uma região D do tipo !tal que<br />

D = {(x, y) I a"' x"' b, g 1(x) "'y"' g,(x)}<br />

então<br />

f<br />

' j'b J'g•\9[<br />

f(x, y) dA =<br />

J a g,\Xi<br />

D<br />

•. f(x, y) dy dx<br />

A integral do lado díreíto de (3) é uma integral iterada semelhante às consideradas na<br />

seção anterior, exceto que na integral de dentro enxergamos x como constante não só em<br />

f(x, y), como também nos limites de integração g 1 (x) e g 2 (x).<br />

Consideraremos também regiões planas do tipo 11, que podem ser expressas como<br />

D = {(x, y) I c "'y "' d, h,(y) "' x "' h,(y)}<br />

y~<br />

I<br />

d!--~<br />

I<br />

x~h,(y) [ D<br />

I<br />

X~ h,(y)<br />

onde h 1 e h2 são contínuas. Dois exemplos de região do tipo II estão ilustrados na Figura 7.<br />

Utilizando o mesmo método que usamos para estabelecer (3), podemos mostrar que<br />

ff f(x, y) dA =r t~' f(x, y) dx dy<br />

D<br />

X<br />

onde D é uma região do tipo li dada pela Equação 4.<br />

FIGURA 7<br />

Algumas regiões do tipo II<br />

y<br />

EXEMPLO 1 c Calcule Jj~ (x + 2y) dA, onde D é a região limitada pelas parábolas<br />

y = 2x 2 e y = 1 + x 2<br />

SOLUÇÃO As parábolas se interceptam quando 2x 2 = 1 + x 2 , ou seja, x 2 = 1, logo<br />

x = ±I. Notamos que a região D, ilustrada na Figura 8, é do tipo I e não do tipo li, e<br />

podemos escrever que<br />

D = {(x,y)I-I "'x"' I, 2x 2 "'y"' I+ x 2 }<br />

Como a fronteira de baixo é y = 2x 2 e a de cima é y =<br />

1 + x 2 , a Equação 3 leva a<br />

-I<br />

FIGURA 8<br />

X<br />

fJ (x + 2y)dA = f,[''(x + 2y)dydx<br />

D<br />

J 'l !<br />

']y~[,g2<br />

= _ 1<br />

xy + y y=lxl dx<br />

= J', [x(l + x') + (l + x 2 ) 2 - x(2x 2 ) - (2x 2 ) 2 ]dx<br />

=J' (-3x 4 -x 3 + 2x 2 +x + l)dx<br />

~[<br />

32<br />

15


996 L1 CÁlCULO Editora Thomson<br />

y::::: X~<br />

NOTA o Quando montamos a integral dupla como no Exemplo 1, é essencial desenhar<br />

um diagrama. Freqüentemente é útil desenhar uma seta vertical como na Figura 8. Assim<br />

os limites de integração da integral de dentro podem ser lidos do diagrama como segue: a<br />

seta começa na fronteira debaixo y = g1(x), que fomecc o extremo inferior da integral, e<br />

termina na fronteira de cima y = g2(x), que dá o extremo superior de integração. Para uma<br />

região do tipo II a seta é desenhada horizontalmente da fronteira esquerda para a fronteira<br />

direita.<br />

EXEMPUJ _f" - Determine o volume do sólido que está contido abaixo do parabolóide<br />

z = x 2 + y 2 c acima da região D do plano :t)' limitada pela reta y = 2x c pela parábola<br />

y = x2.<br />

SOLUÇÃO 1 Da Figura 9 vemos que D é uma região do tipo I e<br />

FIGURA 9<br />

D corno uma região do tipo I<br />

y<br />

4 ,(;2,4)<br />

'i<br />

li<br />

/!<br />

jl<br />

x=ty / /<br />

I<br />

'<br />

I<br />

I<br />

/ I X<br />

/v!<br />

I /<br />

D = {(x, y) I O"" x"" 2, x 2 ""y"" 2x}<br />

Portanto, o volume debaixo dez = x 2 + y 2 e acima de D é<br />

V= ff (x 2 + y 2 )dA = f' f'' (x 2 + y 2 )dy dx<br />

~~ ~o • x<br />

D<br />

I '' [ , yY ] 1 ~ 2 ' l'2 [ (2x) 3 , (x 2 3<br />

) J<br />

..-o v=x2 ~o<br />

x-y + 3 dx = x 2 (2x) + - 3<br />

-- x 2 x'- - 3<br />

- dx<br />

I ''( x 6 4 14x 3 ) ·- x 7 x 5 7x 4 ---x +-- dx-----+--]<br />

,0 3 3 21 5 6 o<br />

2<br />

216<br />

35<br />

X<br />

SOLUÇÃO 2 Da Figura 10 vemos que D pode ser escrito como urna região do tipo I!<br />

FIGURA 10<br />

D como uma região do tipo II<br />

c:: A Figura 11 mostra o sólido cujo<br />

volume é calculado no Exemplo 2.<br />

Ele está acima do plano xy, abaixo do<br />

parabolóide z = x 2 + y 2 , e entre o<br />

plano = 2x e o cilindro parabólico<br />

y=<br />

Logo, outra expressão para V é<br />

V= ff (x' + y')dA = fo' s::(x 2 + y')dxdy<br />

D .<br />

4[xY<br />

= f - + y'x<br />

]'~;; 4(yYf2 y3<br />

dy = f - +<br />

YJ)<br />

}'5/2 - - - - dy<br />

Jo 3 ,~lf Jo 3 24 2<br />

_1:_ 5/2 + :_ ,7/2- !l 4]4- 216<br />

- 1sY 7) 96Y o - 3s<br />

EXEIIilPUl 3 c. Calcule ffo xy dA, onde D é a região limitada pela reta y = x -<br />

parábola y 2 = 2x + 6,<br />

I e pela<br />

SOLUÇÃO A região D está representada na Figura 12, Novamente D pode ser vista<br />

tanto como uma região do tipo I como uma região do tipo H, mas a descrição de D como<br />

região do tipo I é mais complicada, porque a fronteira inferior é constituída de duas<br />

partes. Portanto preferimos expressar D como uma região do tipo II:<br />

FIGURA 11<br />

D = ( (x, y) I - 2 ""y"" 4, h' - 3 ""x ""y + 1}


James Stewart CAPÍTULO 15 INTEGRAIS MÚLTiPLAS iJ 997<br />

Yj<br />

I<br />

(5, 4)<br />

X<br />

(-1, -2)<br />

FIGURA 12<br />

(a) D como região do tipo I<br />

(b) D como região do tipo II<br />

Logo (5) fornece<br />

~· xy dA ~ J', J;:: t [<br />

1 1<br />

xy dx dy ~<br />

3 ~2 y [,:<br />

3<br />

~ l J',y[(y + 1)2- (jy2- 3)'] dy<br />

dy<br />

(<br />

~l_, -4+4y<br />

y' )<br />

f4 3 +2y 2 -8y dy<br />

(0, O, 2)<br />

4<br />

I y6 yx<br />

~- --+v 4 +2--4y 2 ~36<br />

[<br />

2 24 ' 3 ] -2<br />

x=2y<br />

x+2y+z=2<br />

Se tivéssemos expressado D como uma região do tipo I usando a Figura 12(a),<br />

obteríamos<br />

fJ<br />

' j'-l fjhl6 f' fjhl6<br />

~ xydA = _ 3<br />

-,,/lX+tixydydx + _<br />

1<br />

x-l xydydx<br />

D<br />

mas isso daria muito mais trabalho que o outro método.<br />

FIGURA 13<br />

X<br />

EXEMPlO 4 c Determine o volume do tetraedro limitado pelos planos<br />

x + 2y + z ~ 2, x ~ 2y, x ~ O e z ~ O.<br />

x+2v=2<br />

(ouy~l-f)<br />

D<br />

y=~<br />

(q)<br />

X<br />

SOLUÇÃO Em uma questão como essa, é prudente desenhar dois diagramas: um do sólido<br />

tridimensional e outro da região plana D sobre a qual o sólido se encontra. A Figura 13<br />

mostra o tetraedro T limitado pelos planos coordenados x ~ O, z ~ O, o plano vertical<br />

x ~ 2y e o plano x + 2y + z ~ 2. Como x + 2y + z ~ 2 intercepta o plano xy (cuja<br />

equação é z ~ O) na reta x + 2y ~ 2, vemos que Testá acima da região triangular D no<br />

plano xy limitado pelas retas x ~ 2y, x + 2y ~ 2 ex~ O. (Veja a Figura 14.)<br />

O plano x + 2y + z ~ 2 pode ser escrito como z ~ 2 - x - 2y, então o volume<br />

pedido está sob o gráfico da função z ~ 2 - x - 2y e acima<br />

FIGURA 14<br />

D ~ {(x,y) I O,;; x,;; I, x/2,;; y,;; I- x/2)


998 c:~ CÁLCUlO Editora Thomson<br />

Portanto<br />

v~ JT (2- X- 2y)dA ~ [' f!-!/ 2 (2 -x- 2y)dydx<br />

•.<br />

.O ~x;2<br />

D<br />

I [<br />

']y~h/2<br />

.o [ 2y - xy - y- _r~x/2 dx<br />

2<br />

1 '' [ 2-x-x ( 1-"'z r) - ( 1- ~ t )' -x+~+4 t<br />

]<br />

dx<br />

f' (x' - 2x + l) dx ~ .::':.:_- ' x 2 + x<br />

]'<br />

.·O 3 O<br />

1<br />

3<br />

EXEMPlO 5 =Calcule a integral iterada J; f: sen(y 2 )dydx_<br />

y<br />

D<br />

y=l<br />

SOLUÇÃO Se tentarmos calcular a)ntegral como ela se apresenta, teremos inicialmente de<br />

resolver o problema de calcular J sen(y 2 ) dy. Mas isso é impossível de fazer em termos<br />

finitos, uma vez que f sen(y 2 )dy não é uma função elementar (veja o final da Seção 7.5<br />

do Volume I). Precisamos então mudar a ordem de integração, o que pode ser<br />

conseguido escrevendo-se inicialmente a integral iterada dada como uma integral dupla.<br />

Usando (3) de trás para a frente, temos<br />

o<br />

FIGURA 15<br />

D como uma região do tipo l<br />

y<br />

x=O<br />

o<br />

D<br />

x=y<br />

FIGURA 16<br />

D como uma região do tipo II<br />

X<br />

X<br />

f01<br />

f:<br />

sen(y 2 )dydx ~ jJ sen(y 2 )dA<br />

onde D ~ {(x, y) I O~ x ~ I, x ~ y ~ I}<br />

Esboçamos essa região D na Figura 15. Então, da Figura 16 vemos que um modo<br />

alternativo de descrever D é<br />

D~{(x,y)JO~y~ I, O~x'Sy}<br />

Isso nos pennite usar (5) para exprimir a integral dupla como uma integral iterada na<br />

ordem reversa:<br />

f: f: sen(y 2 )dydx ~ fJ sen(y 2 )dA<br />

D<br />

/)<br />

~ fo' t sen(y')dxdy ~ fo' [xsen(y 2 )];:~ dy<br />

~ f>sen(y')dy ~ -lcos(y 2 )) 0<br />

~ l


James Stewart CAPÍTUlO 15 INTEGRAIS MULTIPLAS o 999<br />

Se f(x, y) ;;;, g(x, y) para todo (x, y) em D, então<br />

FIGURA 17<br />

)'<br />

X<br />

jJJ(x,y)dA;;;, JJ g(x,y) dA<br />

O<br />

A próxima propriedade de integral dupla é semelhante à propriedade de integral de uma<br />

funcão de uma variável real dada pela equação rb J(x) d.x ~ f' f(x) dx + f" J(x) dx.<br />

Se D = D1 U Dz, onde D 1 e D 2 não se sobrC~õem exceto. 'talvez nas f;~nteiras (veja a<br />

Figura 17), então<br />

D<br />

o<br />

(a) D não é região nem do tipo I<br />

nem do tipo li.<br />

)'<br />

X<br />

A Propriedade 9 pode ser usada para calcular integrais duplas sobre regiões D que não<br />

sejam nem do tipo I nem do tipo IL A Figura 18 ilustra esse processo (veja os Exercícios<br />

49 e 50).<br />

A próxima propriedade de integrais diz que, se integrannos uma função constante<br />

f(x, y) ~ I sobre uma região D, obteremos a área de D:<br />

JJ I d4 ~ A(D)<br />

D<br />

X<br />

A Figura 19 ilustra por que a Equação 10 é verdadeira: um cilindro sólido, cuja base é D<br />

e altura I, tem volume A(D) , 1 = A(D), mas sabemos que também podemos escrever seu<br />

volume como JL 1 d4.<br />

Finalmente, podemos combinar as Propriedades 7, 8 e 1 O para provar a seguinte propriedade<br />

(veja o Exercício 53):<br />

(b) D ~ D, U D,,<br />

D 1<br />

é do tipo I, e D 2<br />

é tipo do IL<br />

FIGURA 18<br />

ITIJ Sem ~ J(x, y) ~ M para todo (x, y) em D, então<br />

mA(D) ~ JJ J(x, y) d4 ~ MA(D)<br />

D<br />

EXEMPLO 6 ~<br />

o disco com centro na origem e raio 2.<br />

Utilize a Propriedade 11 para estimar a integral JJ 0<br />

e'"""$' d4, onde D é<br />

SOLUÇÃO Como -1 ~ senx:::::; 1 e -1::::; cosy ~ 1, temos -1 ::s; senxcosy ::o;; 1 e<br />

portanto<br />

e-1::::; e"'"xcusy .::::; e!= e<br />

X<br />

FIGURA 19<br />

(a) Cilindro com base D e altura 1.<br />

Assim, usando m =e~' ~ l/e, M =e, e A(D) = 1r(2)' na Propriedade 11, obtemos<br />

4<br />

-~ 17' fi'<br />

e c<br />

D


1000 o CÁlCULO Editora Thomson<br />

'l-S<br />

Calcule as integrais iteradas.<br />

1. [' r· (x + 2y) dy d.x<br />

~O •. 1}<br />

3. 1·' J .•• .r; c1.x dy<br />

.i} y<br />

5. [.,-/2 l'c


James Stewart CAPÍTULO 15 INTEGRAIS MÚLTIPLAS CJ 1001<br />

40. ,<br />

39. f: f(x, y) dx dy<br />


1002 u CÁLCULO Editora Thomson<br />

P(r, O)"" P(x, y)<br />

e<br />

--~------------~·~<br />

o X X<br />

FIGURA 2<br />

y<br />

Lembre-se da Figura 2 em que as coordenadas polares (r, 8) de um ponto estão relacionadas<br />

com as coordenadas retangulares (x, y) pelas equações<br />

x=rcosO<br />

y=rsene<br />

(Veja a Seção 10.3.)<br />

As regiões da Figura 1 são casos especiais do retângulo polar<br />

R ~ {(r, 8) I a ,; r,; b, a ,; O ,-s; {3}<br />

que é apresentado na Figura 3. Para calcular a integral dupla JfR f(x, y) dA, onde R é o<br />

retângulo polar, dividimos o intervalo [a, h] em m subintervalos [r,-~, r,] de larguras iguais<br />

ó.r ~ (h - a)/m e dividimos o intervalo [a, {3] em n subintervalos [0 1<br />

., OJ de larguras<br />

iguais 6.0 ~ ({3- a)/n. Então os círculos r~ r, e os raios 8 ~ 8 1<br />

dividem o retângulo<br />

polar R nos retângulos polares menores mostrados na Figura 4.<br />

r=b<br />

FIGURA 3 Retângulo polar FIGURA 4 Dividindo R em sub-retângulos polares<br />

O "centro" dos sub-retângulos polares<br />

tem coordenadas polares<br />

Calculamos a área de R;j usando o fato de a área de um setor de círculo de raio r e ângulo<br />

central 8 ser ~r 2 0. Subtraindo as áreas de dois desses setores, cada um deles com<br />

ângulo central 6.8 = 8j - Bj-1, descobrimos que a área de R;J é<br />

dA;=~rT6.8-~rl-i<br />

ô.B=~(r-d-1)6.0<br />

~ l (r,+ r,_,)(r,- r,_,) /!.8 ~ rf ó.r 6.8<br />

Apesar de termos definido a integral dupla ffR f(x, y) dA em termos de retângulos<br />

convencionais, podemos mostrar que, para as funções contínuas f, obtemos a mesma resposta<br />

usando os retângulos polares. As coordenadas retangulares do centro Ru são<br />

(rt coser, r'! sen 6/), portanto uma soma de Riemann típica é<br />

m n m n<br />

[l] 2: 2, f(r't cos er, r't sen en ó.A, = 2: 2: f(r't cos 8t, rT senet) ri' !:,r ó.e<br />

~~~~ ~lj=l<br />

!i ;:&v_


James Stewart CAPÍTUlO 15 iNTEGRAIS MÚLTIPLAS O 1003<br />

Se escrevermos g(r, O) ~ rf(rcos B, rsen O), então a soma de Riemann na Equação l pode<br />

ser reescrita como<br />

2: 2: g(rl'' en tlr 6. e<br />

i=! j=l<br />

que é a soma de Riemann para a integral dupla<br />

Portanto, temos<br />

f" p J'b "g(r, O) drd&<br />

fJ f(x, y) dA ~ lim i: ± f(rl' cos er, ri' sen en t:.A,<br />

R<br />

m.n-4-x i=l j=l<br />

~ f:fJ(rcos 8, r senO) rdrd8<br />

L!J Mudança para Coordenadas Polares em uma Integral Dupla Se f é contínua no<br />

retângulo polar R dado por O ,;;: a ,;;: r,;;: b, a ,;;: 8 ~ {3, onde O ~ {3 - a ,;;: 21r,<br />

então<br />

fi f(x,y) dA~ I: I: J(rcos 8, r sen 8) rdrdB<br />

R<br />

A fórmula em (2) diz que convertemos coordenadas retangulares para coordenadas<br />

polares em uma integral dupla, escrevendo x = r cos fJ e y = r sen 8, usando os limites de<br />

integração apropriados para r e 8, e substituindo dA por r dr dfJ. Cuidado para não esquecer<br />

~ o fator adicional r no lado direito da Fórmula 2. Um método clássico para se lembrar<br />

encontra-se na Figura 5, onde podemos pensar nos retângulos polares '"infinitesimais"<br />

como retângulos convencionais com dimensões r dO e dr e portanto com "área"<br />

dA~ rdrdB.<br />

FIGURA 5<br />

EXEMPUJ l CJ<br />

Calcule fj~ (3x + 4y 2 )dA, onde R é a região no semiplano superior limitada<br />

pelos círculos x 2 + y 2 = 1 e x 2 + y 2 = 4.<br />

SOLUÇÃO A região R pode ser descrita como<br />

R ~ {(x, y) I y ;, O, 1 ,;;: x 2 + y 2 ,;;: 4)<br />

Ê a metade do anel mostrado na Figura l (b ), e em coordenadas polares é dado por<br />

1 ~r~ 2,<br />

.• h


1004 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

O ::::::; f} ::::::; 1T. Portanto, da Fórmula 2, segue<br />

fi (3x + 4y 2 )dA = fo' t (3rcos O+ 4r 2 sen 2 0) rdrdO<br />

R<br />

= fo' t (3r 2 cos e + 4r 3 sen 2 e) dr dO<br />

= Jo' [r 3 cos e + r' sen 2 e];:; dO = J; (7 cos 6 + 15 sen 2 &) dO<br />

o Aqui usamos a identidade<br />

trigonométrica sen'e = & (l cos 28).<br />

Veja a Seção 7.2 !Volume !) para<br />

informações sobre a integração<br />

de funções trigonométricas.<br />

I, f'[ 7 cos e + "; (1 - cos 20) l dO<br />

, o<br />

150 15 I<br />

2 4 o<br />

= 7 sen e + -- - - sen 28<br />

157T<br />

2<br />

EXEMPlO 2 u Determine o volume do sólido limitado pelo plano z = O e pelo<br />

parabolóide z = 1 - x 2 - y 2 •<br />

SOLUÇÃO Se tomarmos z = O na equação do parabolóide, obteremos x 2 + y 2 = l. Isso<br />

significa que o plano intercepta o parabolóide no círculo x 2 + y 2 = 1, e o sólido está<br />

abaixo do parabolóide e acima do disco circular D dado por x 2 + y 2 ::::::; 1 [veja as<br />

Figuras 6 e 1(a)]. Em coordenadas polares, D é dado por O "'r"' 1, O"' B"' 21r. Como<br />

1 - x 2 - y 2 = 1 - r 2 , o volume é<br />

FIGURA6<br />

y<br />

V= fj' (I - x 2 - y 2 )dA = j'''j'' (1- r 2 )rdrd6<br />

J. .o o<br />

D<br />

= J'" doj'' (r- r 3 )dr = 21r[_C_- .!:'_]'<br />

o o 2 4 o<br />

Se trabalhássemos com coordenadas retangulares em vez de coordenadas polares,<br />

obteríamos<br />

V= JJ (1- x 2 - y 2 )dA = j'' J',_, .. (1- x 2 - y')dydx<br />

~-1 -.,tl-x·<br />

/)<br />

que não é fácil de calcular porque envolve o cálculo das seguintes integrais:<br />

dx<br />

f J x 2 vl- x 2 dx<br />

O que fizemos até aqui pode ser estendido para tipos de região mais complicados, como<br />

mostrado na Figura 7. Isso é semelhante a uma região em coordenadas retangulares do tipo<br />

li consideradas na Seção 15.3. De fato, combinando a Fórmula 2 desta seção com a Fórmula<br />

15.3.5, obtemos o seguinte:<br />

1T<br />

2<br />

FIGURA 7<br />

D= {(r, li) I a"' e"' f3,h,(O)"' r


James Stewart CAPÍTULO 15 INTEGRAIS MÚLTIPLAS [i 1005<br />

Em particular, tomando f(x, y) = !, h,(O) =O e h 2 (0) = h(B) nessa fónnu!a, vemos<br />

que a área da região D limitada por e = a, O = f3 e r = h( O) é<br />

,,, ·~ J'hiO)<br />

A(D) = J IdA= L<br />

0<br />

D<br />

rdrdO<br />

= J'" [r' ]hW!dO = j'$ ![h( O)]' dO<br />

o. 2 D ~"'<br />

que é o mesmo que obteríamos usando a Fórmula 10.4.3.<br />

EXEMI'l!l 3 '" Use a integral dupla para detenninar a área contida em um laço da<br />

rosácea de quatro pétalas r = cos 20.<br />

SOLUÇÃO Do esboço da curva na Figura 8 vemos que um laço da rosácea de quatro pétalas<br />

corresponde à região<br />

Sua área é<br />

D = {


1006 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

Exercícios<br />

1-6 :; Urna região R é mostrada na figura. Decida se você deve<br />

usar coordenadas polares ou retangulares c escreva JJ~ f(x, y} dA<br />

como uma integral iterada, onde f é uma arbitrária qualquer<br />

contínua em R.<br />

1.<br />

R<br />

y<br />

2<br />

o<br />

2<br />

2. y<br />

X 2<br />

2<br />

R<br />

X<br />

13. JJD dA, onde D é a região limitada pelo semicírculo<br />

x = y4 - y 2 e o eixo y<br />

14. Jj~ ye' dA, onde D é a região do primeiro quadrante contida<br />

pelo círculo x 2 + y 2 = 16<br />

15. JJ~ arctan(y/x) dA, onde<br />

R ~ {(x, y) li


James Stewart CAPÍTUlO 15 INTEGRAIS MÚLTIPLAS C 1007<br />

32. j'Z f~'2r-x' y x2 + y 2 dy dx<br />

o .-o<br />

33. Uma piscina circular tem 40 pés de diâmetro. Sua<br />

profundidade é constante na direção leste-oeste e aumenta<br />

linearmente de 2 pés no término sul para 7 pés no término<br />

norte. Determine o volume de água da piscina.<br />

34. Um aspersor distribui água em um círculo de raio de 100 pés.<br />

Ele fornece água até uma profundidade e -r pés por hora em<br />

uma distância de r pés do aspersor.<br />

(a) Qual a quantidade total de água fornecida por hora para a<br />

região dentro de um círculo de raio R centrado no<br />

aspersor<br />

(b) Detennine uma expressão para a quantidade média de água<br />

por hora e por pés quadrados fornecida para uma região<br />

circular de raio R.<br />

±~ Utilize coordenadas polares para combinar a soma<br />

f, "' f' =oxydydx + f" i' xydydx + I"' n f"""" xydydx<br />

.!/,;~ ~,1 :< I O •-v2·0<br />

em uma única integral dupla. Em seguida calcule essa integral dupla<br />

36. (a) Definimos uma integral imprópria (sobre todo plano IR: 2 )<br />

fJ<br />

"'<br />

"'<br />

= lim (f e~(x"+y"J dA<br />

a-"' ..<br />

D"<br />

I=~<br />

r·r· ,o;<br />

e-(x"+y 1 dA = .-oo ... -c,;e-\X-+y !Jydx<br />

onde D, é o disco com raío a e centro na origem. Mostre<br />

que<br />

(b) Uma definição equivalente da integral imprópria da parte<br />

(a) é<br />

JJ e_,,,+,'l dA ~ !~~ JJ e-r,'+,'J dA<br />

R' s,<br />

onde Sa é o quadrado com vértices (:!:a, :!:a). Use esse<br />

resultado para mostrar que<br />

(c) Deduza que<br />

f~_, e-x 2 dx J.~"" e·-Y" dy = 1r<br />

J~"' e-x" dx = J;<br />

(d) Fazendo a mudança de variável t = -/ix, mostre que<br />

(Esse é um resultado fundamental para probabilidade e<br />

estatística.)<br />

37. Utilize o resultado do Exercício 36, parte (c), para calcular as<br />

seguintes integrais:<br />

(a) L"' x 1 e-x 2 dx<br />

Aplicações das Integrais Duplas<br />

Já vimos uma aplicação da integral dupla: cálculo de volumes. Outra aplicação geométrica<br />

importante é a determinação de áreas de superfícies, o que será feito na próxima seção. Nesta<br />

seção, vamos explorar as aplicações físicas, como no cálculo de massa, carga elétrica, centro<br />

de massa e momento de inércia. Veremos ainda como essas idéias físicas são importantes<br />

quando aplicadas a funções de densidade de probabilidade de duas variáveis aleatórias.<br />

FIGURA 1<br />

X<br />

Densidade e Massa<br />

Na Seção 8.3 do Volume I calculamos momentos e centro de massa de placas finas<br />

ou lâminas de densidade constante, usando as integrais de funções de uma variável real.<br />

Agora, com auX11io das integrais duplas, temos condições de considerar as lâminas com<br />

densidade variável. Suponha uma lâmina colocada em uma região D do plano xy e cuja<br />

densidade (em unidades de massa por unidade de área) no ponto (x, y) em D é dada por<br />

p(x, y), onde pé uma função continua sobre D. Isso significa que<br />

!J.m<br />

p(x, y) = lim !J.A<br />

onde !J.m e !J.A são a massa e a área do pequeno retângulo que contém (x, y) e tomamos o<br />

limite quando as dimensões do retângulo se aproximam de O (veja a Figura !).


1008 o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

}<br />

);j·)<br />

R,J<br />

Para determinar a massa total m da lâmina, dividimos o retângulo R contendo D em subretângulos<br />

R;J todos do mesmo tamanho (como na Figura 2), e consideramos p(x, y) como<br />

O fora de D. Se escolhermos um ponto (x;'j, y;j) em R 1<br />

, então a massa da parte da lâmina<br />

que ocupa RiJ é aproximadamente p(xi), y;j') ô.A, onde LlA é a área de RíJ. Se somarmos<br />

todas essas massas, obteremos uma aproximação do valor da massa total:<br />

k<br />

I<br />

m = "' "' p(xf v*) !lA<br />

..r::.. ..r::.. •),. lj<br />

i= i j=!<br />

FiGURA 2<br />

X<br />

Aumentando o número de sub-retângulos, obtemos a massa total m da lâmina como o valor<br />

limite dessa aproximação:<br />

k I , ,<br />

m = lim 2: 2: p(xt. yt) M = li p(x, y) dA<br />

k,/---•X t=\j=!<br />

'ô<br />

Físicos consideram ainda outros tipos de densidade que podem ser tratados da mesma<br />

maneira. Por exemplo: se uma carga elétrica está distribuída sobre uma região De a densidade<br />

de carga (em unidades de carga por unidade de área) é dada por a-(x, y) em um<br />

ponto (x, y) em D, então a carga total Q é dada por<br />

Q = JJ a-(x, y) dA<br />

D<br />

)'<br />

y=l<br />

k--'---r--t (L l)<br />

D<br />

o<br />

FIGURA3<br />

y= 1- X<br />

X<br />

EXEI\IIPl!l 1 CJ Uma carga está distribuída sobre uma região D da Figura 3 de modo que<br />

a densidade de carga em (x, y) seja a-(x, y) = xy, medida em coulombs por metro<br />

quadrado (C/m 2 ). Determine a carga total.<br />

SOLUÇÃO Da Equação 2 e Figura 3, temos<br />

Q = [f a-(x, y) dA = f' f'- xy dy dx<br />

·~ Jo 1 x<br />

D<br />

l y-<br />

[ ']'~'<br />

'l X • ~<br />

= x2 dx = Jo z[l'- (l - x)']dx<br />

fO<br />

Logo, a carga total é f; C.<br />

y=l~x<br />

1( 1 2 3 1[2x 3 4<br />

1<br />

X ]<br />

= 2 Jo (2x - x ) dx = 2 -3 - 4 o 24<br />

5<br />

Momentos e Centro de Massa<br />

Na Seção 8.3 do Volume I, determinamos o centro de massa de uma lâmina de densidade<br />

constante; aqui, consideramos uma lâmina com densidade variável. Suponha que a lâmina<br />

ocupe uma região D e que tenha p(x, y) como função densidade. Lembre-se de que no<br />

Capítulo 8 (Volume I) definimos o momento de uma patricula em tomo de um eixo como<br />

o produto de sua massa pela distância (na perpendicular) ao eixo. Dividimos D em retângulos<br />

pequenos como na Figura 2. Então a massa de Ru é aproximadamente p(xú, yú) AA,<br />

e podemos aproximar o momento de Ru com relação ao eixo x por<br />

[p(x;),y0)M]y0<br />

Se somarmos essas quantidades e tomarmos o limite quando o número de sub-retângulos<br />

cresce indefinidamente, obteremos o momento da lâmina inteira em torno do eixo x:


T<br />

I<br />

James Stewart CAPÍTUlO 15 INTEGRAIS MÚLTIPLAS LJ 1009<br />

M, = li~. ~ i; y;'J p(x;'J, y(i) M ~ IT yp(x, y) dA<br />

m,n - i= I j=l '/)<br />

Da mesma forma, o momento em torno do eixo y é:<br />

m<br />

'<br />

M, = lim L L x;) p(x;), y;'j) M<br />

m,n->·oo i=ly~!<br />

jJ xp(x, y) dA<br />

D<br />

FIGURA 4<br />

Como anteriormente, definimos o centro de massa (X, J) de modo que mX = M,. e<br />

mY = lvfx. O significado físico disso é que a lâmina se comporta como se toda sua massa<br />

estivesse concentrada em seu centro de massa. Assim, a lâmina permanece horizontal<br />

quando equilibrada em seu centro de massa (veja a Figura 4).<br />

~As coordenadas (X, )í) do centro de massa de uma lâmma ocupando a região<br />

I u e tendo função densidade p(x, v) são<br />

M, 1 j'j' - M, 1 [I' ( )<br />

x = -· = - xp(x, y) dA y = - = - yp x,) dA<br />

onde a massa m é dada por<br />

m m m m ·~<br />

D<br />

D<br />

m = JJ p(x, y) dA<br />

{)<br />

EXEMPlO 2 = Determine a massa e o centro de massa de uma lâmina triangular com<br />

vértices (0, 0), (1, O) e (0, 2), se a função densidade é p(x, y) ~ 1 + 3x + y.<br />

y<br />

(0, 2)<br />

y=2 -2t<br />

~:~1<br />

o<br />

(1, O)<br />

FIGURA 5<br />

X<br />

SOLUÇÃO O triângulo está mostrado na Figura 5, (Note que a equação da fronteira<br />

superior é y = 2 - 2x.) A massa da lâmina é<br />

Então, as fórmulas em (5) nos dão<br />

m = fJ' p(x, y) dA= j'' c·h (1 + 3x + y) dy dx<br />

~ o ~o<br />

D<br />

= L' [ y + 3xy + n:~:·l• dx<br />

= 4 fo' (1 - x 2 +- I )dx = ~ 3 8<br />

- 1 ff . ) 3 f' i2·2• ( . )<br />

x = - xp(x, y dA = 8 x + 3r + xy dy dx<br />

m ~<br />

o o<br />

D<br />

P2·'·<br />

3 I )'2 . ,<br />

=-f xy+3x 2 y+x- dx<br />

[ ]<br />

8 o 2 ro<br />

=-J 3 '' (x-x [x' x']'<br />

3 )dx= ---<br />

2 .o , 2 4 o<br />

3<br />

8<br />

3


1010 o CÁLCULO Editora Tbomson<br />

y = _J_J.f yp(x,y) dA= l f' j''-" (y + 3xy + y 2 )dydx<br />

m ~ Jo o<br />

D<br />

o centro de massa é o ponto a' H;).<br />

YA I<br />

~'=a'<br />

! J 2,) \<br />

r I<br />

FIGURA6<br />

X<br />

EXEIIIIPW 3 A densidade em qualquer ponto de uma lâmina semicircular é<br />

proporcional à distância do centro do círculo. Detennine o centro de massa da lâmina.<br />

SOLUÇÃO Vamos considerar a lâmina como a metade superior do círculo x 2 + y 2 = a 2<br />

(veja a Figura 6). Então a distância do ponto (x, y) ao centro do círculo (origem) é<br />

.jx 2 + y 2 Portanto, a função densidade é<br />

p(x, y) = K.jx 2 + y 2<br />

onde K é alguma constante. Tanto a função densidade como o formato da lâmina<br />

sugerem a conversão para coordenadas polares. Então .jx 2 + y 2 = r e a região D é dada<br />

por O ~ r ~ a, O ~ O ~ 7T. Logo a massa da lâmina é<br />

m = fJ p(x,y)dA = jJ K.jx 2 + y'dA<br />

D<br />

= J'" f' (Kr) rdrdO = K f" dO f" r 2 dr<br />

o Jo ~o Jo<br />

D<br />

o Compare a localização do centro<br />

de massa no Exemplo 3 com o<br />

Exemplo 4 na Seção 8.3 (Volume 1),<br />

onde encontramos o centro de massa<br />

da lâmina com o mesmo formato,<br />

mas a densidade uniforme a está<br />

localizada no ponto (O, 4a/(37T)).<br />

Tanto a lâmina como a função densidade são simétricas com relação ao eixo y, e assim<br />

o centro de massa precisa estar sobre o eixo y, ou seja, X = O. A coordenada y é dada<br />

por<br />

y=- 1 f.J yp(x,y)dA=--. 3 i",., rsenO(Kr)rdrdO<br />

m K1raj o .o<br />

D<br />

= ~ j'" senO dO f" r 3 dr =~[-cose];[~]"<br />

7Taj o Jo 7TQ 4<br />

0<br />

3 2a' 3a<br />

Portanto o centro de massa está localizado no ponto (O, 3a/(2rr)).<br />

Momento de Inércia<br />

O momento de inércia (também chamado segundo momento) de uma partícula de massa<br />

m em torno de um eixo é definido como mr 2 , onde r é a distância da partícula ao eixo.<br />

Estendemos o conceito a uma lâmina com função densidade p(x, y) e ocupando uma<br />

região D pelo mesmo processo que fizemos para momentos simples. Dividimos D em


James Stewart CAPÍTULO 15 INTEGRAIS MÚLTIPLAS U 1011<br />

pequenos retângulos, aproximamos o momento de inércia de cada sub-retângulo em tomo<br />

do eixo x e tomamos o limite da soma quando o número de sub-retângulos aumenta<br />

indefinidamente. O resultado é o momento de inércia da lâmina em tonto do eixo x:<br />

jJ y 2 p(x, y) dA<br />

D<br />

Da mesma forma, o momento de inércia em torno do eixo y é:<br />

I, ~ }!~, ,~ Jt, (x,j)'p(xi}, y,j) M = JJ x 2 p(x, y) dA<br />

n<br />

É de interesse, ainda, considerar o momento de inércia em torno da origem, também<br />

chamado momento polar de inércia:<br />

lo~}!~" tt, [(xt)' + (yi';) 2 ]p(xi';, Yt) M ~ JT (x 2 + y 2 )p(x, y) dA<br />

D<br />

Note que lo ~ /, + 1 2<br />

•<br />

EXEMPLO 4 Detennine os momentos de inércia lx, ly e 1 0 do discó homogêneo D com<br />

densidade p(x, y) ~ p, centro na origem e raio a.<br />

SOLUÇÃO A fronteira de D é o círculo x 2 + y 2 ~ a 2 , que em coordenadas polares D é<br />

descrito como O ~ O ~ 21T, O ~ r ~ a. Vamos calcular 1 0 primeiro:<br />

lo~ JJ (x 2 + y 2 )pdA ~ p J:'" J: r 2 rdrd8<br />

D<br />

~ p j''" d8 [" r 3 dr ~ 27Tp[~]' ~ 7Tpa'<br />

o .,Q 4 o 2<br />

Em vez de calcular lx e ly diretamente, vamos usar o fato de que lx + ly = / 0 e lx = ly (da<br />

simetria do problema). Portanto<br />

No Exemplo 4, note que a massa do disco é<br />

m ~ densidade X área ~ p ( 7Ta 2 )<br />

de modo que o momento de inércia do disco em torno da origem (como uma roda em torno<br />

de seu eixo) pode ser escrito como<br />

Portanto, se aumentarmos a massa ou o raio do disco, aumentaremos o momento de inércia.


1012 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

Em geral, o momento de inércia tem um papel em movimento de rotação semelhante ao<br />

que a massa tem em um movimento linear. O momento de inércia de urna roda é o que<br />

torna difícil começar ou parar a rotação da roda, assim como a massa do carro dificulta seu<br />

movimento inicial e a freada.<br />

O raio de rotação de uma lâmina em torno de um eixo é um número R tal que<br />

mR 2 ~ l<br />

onde m é a massa da lâmina e f é o momento de inércia em torno do eixo dado. A Equação 9<br />

nos diz que, se a massa da lâmina estiver concentrada a uma distância R do eixo, então o<br />

momento de inércia desse "ponto massa" seria o mesmo que o momento de inércia da<br />

lâmina.<br />

Em particular, o raio de rotação Y em tomo do eixo x e o raio de rotação X em tomo do<br />

eixo y têm as equações<br />

Então (X,}) é o ponto no qual podemos concentrar a massa da lâmina sem modificar o<br />

momento de inércia em torno dos eixos coordenados resultantes. (Note a analogia com o<br />

centro de massa.)<br />

EXEMPLO 5 _:: Determine o raio de rotação em torno do eixo x do disco do Exemplo 4.<br />

SOLUÇÃO Como notado, a massa do disco é m = p7ra 2 , e da Equação 10, temos<br />

lx i1rpa 4 a 2<br />

-~= ---~m<br />

p1Ta2 4<br />

Portanto, o raio de rotação em torno do eixo x é<br />

que é metade do raio do disco.<br />

- a<br />

y~-<br />

2<br />

Probabilidade<br />

Na Seção 9.5, consideramos a função densidade de probabilidade f de uma variável<br />

aleatória contínua X. Isso significa que f(x) ;;, O para todo x, S:~ f(x) dx ~ 1, e a probabilidade<br />

de que X esteja entre a e b é determinada integrando-se f de a até b:<br />

P(a ~X~ b) ~ fb f(x) dx<br />

·"<br />

Consideremos agora um par de variáveis aleatórias X e Y, como o tempo de vida de dois<br />

componentes de uma máquina ou a altura e o peso de uma mulher adulta escolhida ao<br />

acaso. A função densidade conjunta de X e Y é uma função f de duas variáveis tais que<br />

a probabilidade de que (X, Y) esteja em uma região D seja<br />

P((X, Y) E D) ~ ff f(x, y) dA<br />

D


T James<br />

Stewart CAPÍTUlO 15 INTEGRAIS MÚLTiPLAS<br />

1013<br />

de que Y esteja entre c e d é<br />

~b ~I<br />

P(a ~ X~ b, c ~ Y ~ d) ~ t r f(x, y) dy dx<br />

(Veja a Figura 7,)<br />

FIGURA 7<br />

A probabilidade de que X esteja<br />

entre a e b e de que Y esteja entre c<br />

e d é o volume do sólido acima do<br />

retângulo D ~ [a, b] X [c, d] e<br />

abaixo do gráfico da função<br />

densidade conjunta.<br />

Como as probabilidades não podem ser negativas e são medidas na escala de O a 1, a<br />

função densidade conjunta tem as seguintes propriedades:<br />

f(x, y) ;;;. O jJ f(x, y) dA ~ 1<br />

Como no Exercício 36 da Seção 15.4, a integral dupla sobre IR 2 é uma integral imprópria<br />

definida como o limite da integral dupla sobre o círculo ou retângulo expandido e podemos<br />

escrever<br />

jJ f(x,y) dA~ t tf(x,y) dtdy ~ 1<br />

RJ<br />

8'<br />

EXEMPLO 6 ~<br />

Se a função densidade conjunta de X e Y for dada por<br />

x ) ~ {C(x + 2y) se O~ x ~ 10, O~ y ~ 10<br />

(<br />

f ' y O em caso contrário<br />

determine o valor da constante C Em seguida calcule P(X ~ 7, Y;;;. 2).<br />

SOLUÇÃO Determinamos o valor de C garantindo que a integral dupla de f seja igual a I,<br />

Como f(x, y) ~O fora do retângulo [O, lO] X [0, 10], temos<br />

IX '" fiO ro '10 >O<br />

.J.J(x, y) dy dx ~ Jo Jo, C(x + 2y) dy dx ~C Jo [xy + y 2 ];:; dx<br />

'lO<br />

~C Jo (!Ox + 100) dx ~ 1500C<br />

Portanto l500C = l, e então C ~ ,; 00<br />


1014 o CÁlCULO Editora Thomson<br />

Agora podemos calcular a probabilidade de X ser no máximo 7 e de Y ser no rrúnimo 2:<br />

f<br />

' J·~ ., ·w<br />

~""' 2 o .l<br />

P(X""' 7. Y"" 2) ~ f(x. y) dy dx ~ J I. t5~(x + 2y) dy dx<br />

fo7 [xy + yz];::~o dx =<br />

= ~5~ = 0,5787<br />

f7 (8x + 96) dx<br />

.o<br />

Suponha que X seja uma variável aleatória com função densidade de probabilidade<br />

ft(x) e Y seja uma variável aleatória com função densidade f,(y). Então X e Y são ditas variáveis<br />

aleatórias independentes se a função densidade conjunta for o produto das<br />

funções densidade individuais:<br />

f(x. y) ~ f,(x)f,(y)<br />

Na Seção 8.5 do Volume I. modelamos o tempo de espera utilizando a função densidade<br />

exponencial<br />

(t) ~ {o<br />

. se t < o<br />

f J..L- 1 e-ri/L se t ;;;:e O<br />

onde J..L é o tempo médio de espera. No próximo exemplo consideraremos a situação com<br />

dois tempos de espera independentes.<br />

EXEMPUl 1 u O gerente de um cinema determina que o tempo médio de espera na fila<br />

para as pessoas comprarem entrada para o filme da semana seja de dez minutos, e que<br />

o tempo médio que levam para comprar pipoca seja de cinco minutos. Supondo que os<br />

tempos de espera sejam independentes. detennine a probabilidade de um espectador<br />

esperar menos que 20 minutos até se dírigir a seu assento.<br />

SOLUÇÃO Supondo que os tempos de espera X para comprar a entrada e Y para comprar<br />

pipoca possam ser modelados por funções densidade de probabilidade exponencial.<br />

podemos escrever as funções densidade individual como<br />

f,(x) ~ {~e-xilO :: :: ~ f,(y) ~ e y/5 :: ~: ~<br />

Como X e Y são independentes. a função densidade conjunta é o produto:<br />

fcie- 410 e-y 15 se x ;;;:e O, y ~O<br />

f(x. y) ~ f,(x)f,(y) ~ { O em caso contrãrio<br />

Perguntamos pela probabilidade de X + Y < 20:<br />

P(X + Y < 20) ~ P((X. Y) E D)<br />

onde D é a região triangular mostrada na Figura 8. Então<br />

f.J<br />

[20 f20-~ l 'o ,,<br />

P(X + Y < 20) ~ f(x. y) dA ~ Jo Jo soe-'·' e-y, dy dx<br />

D<br />

1 J,'o [ _, 110 , _) _,, 5]y~2o-,d<br />

= 5õ e · (-)e -' y=o x<br />

o


T<br />

i James Stewart CAPÍTUlO 15 INTEGRAIS MÚLTIPLAS CJ 1015<br />

= iõ '~O e--x/10(1 - eíx-~0)/S)dx<br />

.o<br />

= rtJ ,. 20 (e--r/!0 ~ e- 4 exiJO)dx = 1 + e- 4 - 2e- 2 = 0.7476<br />

.o<br />

= I + e~ 4 - 2e~ 2 = 0,7476<br />

Isso significa que cerca de 75% dos espectadores esperam menos que 20 minutos antes<br />

de tomar seus assentos.<br />

· Valor Esperado<br />

Lembre-se da Seção 8.5 (Volume I) que, se X é urna variável aleatória com função densidade<br />

de probabilidade{, então sua média é<br />

p, ~ ( xj(x) dx<br />

Se X e Y são variáveis aleatórias com função densidade conjunta f, definimos média X e<br />

média Y, também chamadas valores esperados de X e f, como<br />

/J-1 ~ fJ xj(x, y) dA<br />

R'<br />

JJ-z ~ fJ yf(x, y} dA<br />

F.:'<br />

Note como são parecidas as expressões de }.LJ e JL2 em (11) com os momentos Mx e My de<br />

uma lâmina com função densidade p nas Equações 3 e 4. De fato, podemos pensar na probabilidade<br />

como urna massa continuamente distribuída. Calculamos probabilidade da<br />

mesma maneira que calculamos massa: integrando a função densidade. E, como a "probabilidade<br />

de massa" total é I, as expressões de x e y em (5) mostram que podemos pensar<br />

que os valores esperados de X e Y, J.L1 e J-L2 são as coordenadas do "centro de massa"<br />

da distribuição de probabilidade.<br />

No próximo exemplo trabalhamos com distribuição normal. Como na Seção 8.5<br />

(Volume I). uma única variável aleatória tem distribuição nonnal se sua função densidade<br />

de probabilidade é da forma<br />

onde J.L é sua média e a- é seu desvio-padrão.<br />

EXEI!Ilf'Hl " Uma fábrica produz rolamentos (de forma cilíndrica) que são vendidos<br />

corno tendo 4,0 em de diâmetro e 6,0 em de comprimento. De fato, o diâmetro X tem<br />

distribuição normal com média 4,0 em e desvío-padrão 0,01 em, enquanto o<br />

comprimento Y tem distribuição normal com média 6,0 em e desvio padrão 0,01 em.<br />

Supondo que X e Y sejam independentes, escreva a função densidade conjunta e faça<br />

dela um gráfico. Deterntíne a probabilidade de um rolamento escolltído aleatoriamente<br />

da linha de produção diferir dos valores médios em mais do que 0,02 em.<br />

SOLUÇÃO Temos que X e Y têm distribuição normal com p,1 ~ 4,0, /J-2 = 6,0 e<br />

0'1 = cr, ~ O, OL As funções densidade individuais para X e Y são<br />

f,(x) ~ f,(y) ~ l e-1y-o)';o.ooo2<br />

O,OI-/27T


1016 Lj CÁlCUlO Editora Thomson<br />

Como X e Y são independentes, a função densidade conjunta é o produto:<br />

FIGURA 9<br />

= 5000 e-5000[(-


James Stewart CAPÍTULO 15 iNTEGRAIS MÚLTIPLAS U 1017<br />

19~2.0 Utilize um sistema de manipulação algébrica para<br />

determinar a massa, o centro de massa e os momentos de inércia<br />

da lâmina que ocupa a região De tem a densidade dada.<br />

19. D ~ {(x. y) I O "' y "" scnx, O "'x"" 17}; p(x, y) ~ xy<br />

20. D é delimitada pela cardióide r= l + cos 8;<br />

p(x, y) = yx2 + y2<br />

21. Uma lâmina com densidade constante p{x, y) = p ocupa um<br />

quadrado de vértices (0, O), (a, 0), (a, a) e {0, a). Determine os<br />

momentos de inércia I, e Ir e os raios de rotação X e J.<br />

22. Uma lâmina com densidade constante p(x, y) = p ocupa a<br />

região abaixo da curva y = senx de x = O até x = 1T.<br />

Detemtinc os momentos de inércia l, c l,- c raios de rotação X e J.<br />

-23. A função densidade conjunta para um par de variáveis<br />

aleatórias X e Y é<br />

_, = {Cx(l + y) se O ~ x ~ 1, O ~ y ~ 2<br />

f(x,)) 0 em caso contrário<br />

(a) Determine a constante C.<br />

(b) Determine P(X ~ 1, Y ~ 1).<br />

(c) Deternlioe P(X + Y"" 1).<br />

24. (a) Verifique que<br />

f(x. y) ~ { ~xy<br />

se O ~ x ~ I. O ~ y ~ 1<br />

em caso contrário<br />

é uma função densidade conjunta.<br />

(b) Se X e Y são variáveis aleatórias cuja função densidade<br />

conjunta é f da parte (a), determine<br />

(i) P(X ~ D (ii) P(X "' l. y"" l)<br />

(c) Determine os valores esperados de X e Y.<br />

~ Suponha que X e Y sejam variáveis aleatórias com função<br />

densidade conjunta<br />

. _ {0,1e·-{n 5 '"'" 0 • 2 JJ se x :o O, y :o O<br />

j(x, y) - o em caso contrário<br />

(a) Verifique que fé de fato uma função densidade conjunta.<br />

(b) Determine as seguintes probabilidades.<br />

(i) P(Y"' l) (ii) P(X"" 2, Y"' 4)<br />

(c) Determine os valores esperados de X e Y.<br />

26. (a) Uma lâmpada tem dois bulbos de um tipo com tempo de<br />

vida médio de 1000 horas. Supondo que possamos<br />

modelar a probabilidade de falha desses bulbos por uma<br />

função densidade exponencial com média J.L = 1000,<br />

determine a probabilidade de que ambos os bulbos<br />

venham a falhar demro de um período de 1000 horas.<br />

(b) Outra lâmpada tem somente um bulbo do mesmo tipo dos<br />

da parte (a). Se um bulbo se queima e é trocado por outro<br />

do mesmo tipo, determine a probabilidade de que os dois<br />

venham a falhar dentro de 1000 horas.<br />

27. Suponha que X e Y sejam variáveis aleatórias, onde X tem<br />

distribuição normal com média 45 e desvio-padrão 0,5 e Y<br />

tem distribuição nonnal com média 20 e desvio-padrão O, I.<br />

(a) Ache P(40 "'X,; 50, 20 "" Y"" 25)<br />

(b) Encontre P(4(X - 45)' + !OO(Y- 20)' "" 2).<br />

2-8. Xavier e Yolanda têm aulas que terminam ao meio-dia c<br />

concordaram em se encontrar todo dia depois das aulas.<br />

Eles chegam em um café separadamente. O tempo de chegada<br />

de Xavier é X e o da Yolanda é Y, onde X e Y são medidos em<br />

minutos após o meio-dia. As funções densidade individuais são<br />

-Ly se O~ v~ lO<br />

j,(y) ~ " . . ,<br />

{ O em caso contrano<br />

(Xavier chega algumas vezes depois do meio-dia, e é mais<br />

provável que ele chegue na hora do que se atrase. Yolanda<br />

sempre chega às l2hl0, e é mais provável que se atrase do que<br />

chegue pontualmente.) Depois de Yolanda chegar, ela espera<br />

até meia hora por Xavier, mas ele não espera por ela.<br />

Determine a probabilidade de eles se encontrarem.<br />

29. Quando estudamos uma contaminação epidêmica, supomos<br />

que a probabilidade de um indivíduo infectado disseminar a<br />

doença para um indivíduo não infectado seja uma função da<br />

distância entre eles. Considere uma cidade circular com raio de<br />

1 O mi na qual a população está uniformemente distribuída.<br />

Para um indivíduo não infectado no ponto A(x 0 , y 0 ), suponha<br />

que a função probabilidade seja dada por<br />

j(P) ~ !,[20 - d(P, A)]<br />

onde d(P, A) denota a distância de P a A.<br />

(a) Suponha que a exposição de uma pessoa à doença seja a<br />

soma das probabilidades de adquirir a doença de todos os<br />

membros da população. Suponha ainda que as pessoas<br />

infectadas estejam uniformemente distribuídas pela cidade,<br />

existindo k indivíduos contaminados por milha quadrada.<br />

Detennine a integral dupla que representa a exposição de<br />

uma pessoa que reside em A.<br />

(b) Calcule a integral para o caso em que A está no centro da<br />

cidade e para o caso em que A está na periferia da cidade.<br />

Onde você preferiria viver<br />

Área de Superfície<br />

:__:-: Na Seção 16.6, trataremos de<br />

superfícies mais gera\s, chamadas<br />

suporficios paramétricas. Assim, você<br />

pode pu ia r esta seçâo, se for cobrir<br />

a outra.<br />

Nesta seção, vamos aplicar a integral dupla ao problema de se determinar a área de uma<br />

superfície. Na Seção 8.2 (Volume I), determinamos a área de um tipo especial de superfície<br />

- uma superfície de revolução - por métodos de cálculo de uma única variáveL<br />

Calcularemos aqui a área de uma superfície cuja equação é dada por z ~ J(x, y), o gráfico<br />

de uma função de duas variáveis.<br />

SejaS a superfície com a equação z ~ f(x, y), onde f tem derivadas parciais contínuas.


1018 c CÁlCULO Editora Tbomson<br />

Para simplificar a dedução da fórmula da área, vamos supor que f(x, y) ~ O e que o<br />

domínio D de f seja um retângulo. Vamos dividir D em retângulos pequenos R, 1 com área<br />

t.A ~ ilx ily. Se (x,, }")é o canto de R,J mais próximo da origem, seja P,J(x,. )j, f(x,. y,))<br />

o ponto de S diretamente acima dele (veja a Figura 1). O plano tangente aS em P;; é uma<br />

aproximação deSperto de P; 1 . Assim, a área fj.T,-J da parte desse plano tangente (um parale~<br />

logramo) que está diretamente acima de R; 1 é uma aproximação da área ô.S;; da parte de S<br />

que está diretamente acima de R,J· Então, a soma :LI ô.T; 1<br />

é uma aproximação da área total<br />

de S, a qual parece melhorar à medida que aumentamos o número de retângulos. Portanto<br />

definimos a área de superfície de S como<br />

FIGURA 1<br />

A(S) ~ lim L L t.T, 1<br />

m.n---•"-- i~l j=l<br />

'1 P;J b<br />

.~.<br />

/ : b.T,j )'<br />

r----~i /<br />

i ... (<br />

o<br />

y<br />

Para detenninar uma fórmula mais conveniente que a Equação 1 para propósitos computacionais,<br />

tomamos a e b como os vetores que começam em P;J e conespondem aos<br />

lados do paralelogramo com área t.T, 1 (veja a Figura 2). Então t.T, 1 ~ I a X b 1. Lembre·<br />

se, da Seção 14.3, que f,(x;, })) e J,(x;, yJ são as inclinações das retas tangentes a Pü com<br />

direções a e b. Portanto<br />

e<br />

a~ üx i+ i(x,,y;)üxk<br />

b ~ üy j + J,(x;, y;) üy k<br />

X<br />

FIGURA 2<br />

a x b~<br />

üx<br />

o<br />

j k<br />

o fAx;, Yi) Âx<br />

ôy J,(x,, Yi) Ây<br />

~ -,t;(x,. yJ Üx Ây i-J,(x,, y 1 ) Âx Ây j + üx Ây k<br />

~ [ -J,(x,, Yi) i-J,(x,, }) ) j + k] ÃA<br />

Logo<br />

ÜT; 1<br />

~ I a X bl = J[j;(x,, YJ)] 2 + [fy(x,, y;)] 2 + 1M<br />

Da Definição 1, temos<br />

A(S) ~ lim L L t.T, 1<br />

m,l!--4'"' i~! j=l<br />

m<br />

m<br />

n<br />

n<br />

~ lim 2: 2: )[,t(x,, yJ]' + [Jlx,, yJ]' + l M<br />

m,n··•~i=lj=l<br />

e por qualquer definição de integral dupla podemos obter a seguinte fórmula:<br />

área da superfície com equação z ~ f(x, y), (x, y) E D, onde .h<br />

contínm;s, é<br />

A(S) ~ ff J[,t(x, y)] 2 + [J,(x, y)] 1 + I dA<br />

~'•'<br />

D


James Stewart CAPÍTUlO 15 iNTEGRAIS fv1ÚLTIPLAS 1":1 1019<br />

Verificaremos na Seção 16.6 que essa fórmula é consistente com nossa fórmula prévia<br />

para a área de uma superfície de revolução. Se utilizarmos a notação alternativa para<br />

derivada parcial, podemos reescrever a Fórmula 2 como segue:<br />

Note a semelhança entre a fórmula de área da superfície na Equação 3 e a fórmula do<br />

comprimento de arco da Seção 8,1 (Volume!):<br />

'b<br />

L~<br />

I (dy)'<br />

l /1 + - dx<br />

·" \ dx<br />

'l<br />

/<br />

/<br />

(1, 1)<br />

I y~x /<br />

I // T<br />

/<br />

(0, 0)1 (l, 0)<br />

FIGURA 3<br />

•<br />

'<br />

EXEM:'tü 1 - Determine a área de supetfície da parte da superfície z = x 2 + 2y que<br />

está acima da região triangular T no plano .S x >S 1, O >Sy>S x}<br />

Usando a Fórmula 2 com f(x, y) ~ x 2 + 2y, obtemos<br />

A ~ jJ )(2x)' + (2)' + 1 dA ~ Jo' t ./4x 2 + 5 dy dx<br />

T<br />

c<br />

.o<br />

x)4x 2 + 5 dx ~ l, j(4x 2 + 5) 3 !2]; ~ f,(27 -<br />

A Figura 4 mostra a porção da superfície cuja área acabamos de calcular.<br />

s,JS)<br />

FIGURA 4<br />

EXEMLD 2 Determine a área da parte do parabolóide z = x 1 + y 1 que está abaixo<br />

do plano z ~ 9,<br />

SOLUÇÃO O plano intercepta o parabolóide no círculo x 2 + y 2 ~ 9, z ~ 9, Portanto a<br />

superfície dada está acima do disco D com centro na origem e raio 3 (veja a Figura 5).<br />

Usando a Fórmula 3, temos<br />

r A ~ JJ ) 1 + o~ + (:~r dA ~ ~ )I + (2x) 2 + (2y)' dA<br />

~ jJ )I + 4(x 2 + y 2 ) dA<br />

D<br />

Convertendo para coordenadas polares, obtemos<br />

X<br />

FIGURA 5<br />

A ~ fo" f v I + 4r 2 r dr dO = J:' de J: l ~ l + 4r 2 (8r) dr<br />

~ 21T j 3 l + 4r ,, ó ~ 6 37 v 37 - l<br />

( ')'( ')''']' 1T ( = )


1020 lJ CÁlCULO Editora Thomson<br />

1116 Exercícios<br />

l~li -~ Detennine a área da superfície.<br />

1. A parte do plano z = 2 + 3x + 4y que est;:í acima do<br />

retângulo [0, 5] X [l, 4]<br />

2. A parte do plano 2x + 5y + z = 10 que está dentro do<br />

cilindro x 1 + y 1 = 9<br />

3. A parte do plano 3x + 2y + z = 6 que está no primeiro octante<br />

4. A parte da superfície z = 1 + 3x + 2y 2 que está acima do<br />

triângulo com vértices (0, 0), (0, l) e (2, 1)<br />

5. A parte do cilíndro y 2 + z 1 = 9 que está acima do retângulo<br />

com vértices, (0, 0), (4, 0), (0, 2) e (4, 2)<br />

6. A parte do parabolóide z = 4 - x 2 - y 2 que está acima do<br />

plano xy<br />

1. A parte do parabolóide hiperbólico z = y 2 - x 2 que está entre<br />

os cilindros x 1 + y 1 = 1 e x 2 + y 2 = 4<br />

8. A superfície z = }(x 311 + y 311 ), O ~ x ~ 1, O ~ y ~ 1<br />

'cll: A parte da superfície z ~ xy que está dentro do cilindro<br />

xl + yz = l<br />

10. A parte da esfera x 2 + y 2 + z 2 = 4 que está acima do plano z = l<br />

11. A parte da esfera x 2 + y 2 + z 2 = a 2 que está dentro do<br />

cilindro x 1 + y 2 = a..t e acima do plano ..:t)'<br />

;'!t- A parte da esfera x 1 + y 2 + z 2 = 4z que está dentro do<br />

parabolóide z = x 2 + y 2<br />

13~·1 ti_. ::::; Determine a área de superfície com precisão de quatro<br />

casas decimais, expressando a área em termos de integral de função<br />

de uma variável real e use sua calculadora para estimar o valor da<br />

integral.<br />

13. A parte da superfície z = que está acima do círculo<br />

x 2 + y 1 ~ 4<br />

14. A parte da superfície z = cos(x 2 + y 2 ) que está dentro do<br />

cilindro x 2 + y'- = 1.<br />

16. (a) Use a Regra do Ponto Médio para as integrais duplas com<br />

m = n = 2 para estímar a área da superfície<br />

z = xy + x 2 + y 2 , O .%;; x ~ 2, O .%;; y ~ 2.<br />

(b) Use um sistema de computação algébrica para aproximar a<br />

área da superfície da parte (a) com precisão de quatro<br />

casas decimais. Compare com sua resposta para a parte (a).<br />

17. Dctcm1ine a área exata da superfície z = 1 + 2x + 3y + 4y 2 •<br />

1 .%;; X ~ 4, Ü ~ }' ~ 1.<br />

18. Determine a área exata da superfície<br />

z = l +X + y + x 2 -2 ~ x .%;; ] , -1 ~ y s;: 1<br />

Ilustre traçando o gráfico da superfície.<br />

19. Determine, com precisão de quatro casas decimais, a área da<br />

parte da superfície z = 1 + x 2 y 2 que está acima do disco<br />

x2 + )'2 ~ L<br />

20. Determine, com precisão de quatro casas decimais, a área da<br />

parte da superfície z = (1 + x 2 )/(l + y 1 ) que está acima<br />

do quadrado I x I + I y I s;: ("Ilustre, traçando o gráfico da<br />

superfície.<br />

21. Mostre que a área da parte da superfície do plano<br />

z = ax + by + c com projeção sobre a região D no plano xy<br />

com área A(D) é ,ja 1 +h'+ l A(D).<br />

22. Se você tentar utilizar a Fórmula 2 para detenninar a área do<br />

topo superior da esfera x 2 + y 2 + z 2 = a 2 , terá problemas,<br />

porque a integral dupla é imprópria. De fato, o integrando tem<br />

uma descontinuidade infinita em todo ponto da fronteira<br />

circular x 2 + y 2 = a 2 • Entretanto, a integral pode ser calculada<br />

sobre o disco x 2 + y 2 ~ t 2 como t-------'). a . Use esse método<br />

para mostrar que a área da esfera de raio a é 4Ta 2 •<br />

23. Determine a área da parte do parabolóide y = x 2 + z 2 cortada<br />

pelo plano y = 25. [Dica: Projete a superfície sobre o planoxz.]<br />

24. A figura mostra a superfície criada quando o cilindro<br />

y 2 + z 2 = 1 intercepta o cilindro x 2 + z 2 = L Determine a<br />

área dessa superfície.<br />

15. (a) Use a Regra do Ponto Médio para as integrais duplas (veja<br />

a Seção 15.1) com quatro quadrados para estimar a área da<br />

superfície da porção do parabolóide z = x 1 + y 2 que está<br />

acima do quadrado [0, 1] X [O, !].<br />

(b) Use um sistema de computação algébrica para aproximar a<br />

área da superfície da parte (a) com precisão de quatro<br />

casas decimais. Compare com sua resposta para a parte (a) .<br />

...<br />

.<br />

. r<br />

. - - - ' I~tegrais Triplas<br />

Assim como definimos integrais para funções de uma única variável e duplas para funções<br />

de duas variáveis, vamos definir integrais triplas, para funções de três variáveis. Inicialmente,<br />

trataremos o caso mais simples, quando f é definida em uma caixa retangular:


T<br />

James Stewart CAPÍTUlO 15 iNTEGRAIS MÚLTIPLAS tJ 1021<br />

O primeiro passo é dividir Bem subcaixas. Fazemos isso dividindo o intervalo [a, b] em l<br />

subintervalos [x;- r, x;] de comprimentos iguais Âx, dividindo [c, d] em m subintervalos de<br />

comprimentos Lly, e dividindo [r, s] em n subintervalos de comprimento ô.z. Os planos<br />

através dos pontos terminais desses subintervalos paralelos aos planos coordenados subdividem<br />

a caixa B em lmn subcaixas<br />

como mostrado na Figura 1. Cada subcaixa tem volume á V = Llx Lly Llz_<br />

Assim formamos a soma tripla de Riemann<br />

I "' "<br />

2: 2: 2: f(xi), yJ, zt);) ~V<br />

i=! j=l k=l<br />

onde o ponto amostra (x/JK> y;jk, zt}k) está em B;jk- Por analogia com a definição da integral<br />

dupla (15. L5), definimos a integral tripla como o limite das somas triplas de<br />

Riemann em (2).<br />

A integral tripla de f sobre a caixa B é<br />

FIGURA 1<br />

se o limite existir.<br />

Jff J(x, y, z) dV = 1<br />

,!i!"," i~<br />

B<br />

1<br />

I m 11<br />

~ ~~/(x;), y;'), z/)1) ~V<br />

Novamente, a integral tripla sempre existe se f for contínua. Escolhemos o ponto<br />

amostra como qualquer ponto de cada subcaixa, mas, se escolhermos o ponto (xi, y 1<br />

, Zk ),<br />

obteremos uma expressão com aparência menos complicada para a integral tripla:<br />

l m '<br />

JJJ f(x,y, z) dV =,}i,~~ i~J~ ,~,J


1022 o CÁlCULO Editora Thomson<br />

Calcule a integral tripla .Lfj~<br />

dl/, onde B é a caixa retangular dada por<br />

B ~ {(x,y,z)IO"' x"' I, -1 "'y"' 2, O"' z"' 3}<br />

SOLUÇÃO Podemos usar qualquer uma das seis possíveis ordens de integração.<br />

Se escolhermos integrar primeiro em relação a x, depois em relação a y e então em<br />

relação a z, obteremos<br />

j_'j'j' xyz'dV~ I'JI'' I'' xyz 2 dxdydz ~ j'Jj'' [ x'yz']'-' dydz<br />

~ . .o . 1 ~o ., 0<br />

_ 1 2<br />

B · x=O<br />

L' J', 2 dy dz ~ { [ ~:'I~>z<br />

ÍJ _3z 2 dz ~ z 2 ]<br />

1<br />

~ _27<br />

.o 4 4 o 4<br />

z<br />

= u,(x, y)<br />

Agora definiremos a integral tripla sobre uma região limitada genérica E no espaço<br />

tridimensional (um sólido) pelo mesmo método usado para as integrais duplas (15.3.2).<br />

Envolveremos E por uma caixa B do tipo dado pela Equação 1. Em seguida definiremos<br />

uma função F de modo que ela coincida com f em E e seja O nos pontos de B fora de E.<br />

Por definição,<br />

J)J f(x, y, z) dV ~ JJJ F(x, y, z) dV<br />

E<br />

Essa integral existe se f for contínua e na fronteira de E for '"razoavelmente lisa". A integral<br />

tripla tem essencialmente as mesmas propriedades da integral dupla (Propriedades<br />

6-9 da Seção 15.3).<br />

Vamos restringir nossa atenção às funções contínuas f e a certos tipos de regiões. Uma<br />

região sólida E é dita ser do tipo 1 se está contida entre os gráficos de duas funções contínuas<br />

de x e y, ou seja,<br />

E~ ((x, y, z) I (x, y) E D, u 1 (x, y) ~ z ~ u,(x, y)}<br />

B<br />

X<br />

FIGURA 2<br />

Uma região sólida do tipo 1<br />

y<br />

onde D é a projeção de E sobre o plano xy, como mostrado na Figura 2. Note que a fronteira<br />

superior do sólido E é a superfície de equação z = uz(x, y), enquanto a fronteira inferior<br />

é a superfície z ~ u,(x, y).<br />

Pelos mesmos argumentos que nos levaram a (15.3.3), podemos mostrar que, se E é<br />

uma região do tipo 1 dada pela Equação 5, então<br />

JJf j(x, y, z) dV ~ JJ [ j",V.~l j(x, y, z) dz] dA<br />

E~ D .uJx,y,<br />

Drna região sólida do tipo 1<br />

O significado da integral de dentro do lado direito da Equação 6 é que x e y são mantidos<br />

fixos, e assim u,(x, y) e u,(x, y) são vistas como constantes, enquanto f(x, y, z) é integrada<br />

em relação a z.<br />

Em particular, se a projeção D de E sobre o plano xy é uma região plana do tipo I (como<br />

na Figura 3), então<br />

E~ {(x, y, z) I a"' x"' b, g 1 (x) "'y "'g,(x), u,(x, y) "'z ~ u 2 (x, y)}


~<br />

!<br />

James Stewart CAPÍTULO 15 INTEGRAIS MÚLTIPLAS [] 1023<br />

Zf<br />

I<br />

e a Equação 6 fica<br />

[j'J' f(x, y, z) d\' = f' f'""' {".'' 51 [(x, y, z) dz dy dx<br />

~ .-a ~g,,;;) Ju,,x,yl<br />

E<br />

Se, por outro lado, D é uma região plana do tipo H (como na Figura 4 ), então<br />

E= {(x, y, z) I c,;; y,;; d, h,(y) ,;; x,;; h,(y), u,(x, y) ,;; z,;; u:(x, y)}<br />

FIGURA 4<br />

Outra região sólida do tipo 1<br />

e a Equação 6 fica<br />

fff J(x, y, z) d\' =<br />

•••'<br />

E<br />

fd r,(y} f"'"''' J(x, y, z) dz dx dy<br />

.c .-h,(y) .uJx,y)<br />

FIGURA 5<br />

Calcule JJl z d\', onde E é o tetraedro sólido delimitado pelos quatro<br />

planos x = O, y = O, z = O e x + y + z = L<br />

SOLUÇÃO Para montarmos a integral tripla, é recomendável desenhar dois diagramas: um da<br />

região sólida E (veja a Figura 5) e outro de sua projeção D no plano xy (veja a Figura 6). A<br />

fronteira inferior do tetraedro é o plano z = O e a superior é o plano x + y + z = 1 (ou<br />

z = I - x- y), e então usamos u,(x, y) =O e u,(x, y) = I - x - y na Fórmula 7. Note<br />

queosplanosx + y + z =I ez =Oseinterceptamnaretax + y =I (ouy =I -x)<br />

no plano xy. Logo, a projeção de E é a região triangular da Figura 6, e temos<br />

E = {(x, y, z) I O ,;; x ,;; I, O ,;; y ,;; I - x, O ,;; z ,;; I - x - y}<br />

Essa descrição de E como região do tipo 1 nos pennite calcular a íntegra! como segue:<br />

m<br />

... h ooJo<br />

E<br />

z d\' = J'' j'h rh-y z dz dy dx<br />

OI y=Ü I X<br />

I<br />

FIGURA6<br />

z<br />

=l['j'h(l- x- y)'dydx = lf' [-(I- x- y)']Fh dx<br />

.. O O O 3 y=O<br />

1<br />

= 1 {' (1- x) 3 dx =!:_[-(I- x) 4 ]<br />

6<br />

Jo 6 4 24<br />

0<br />

Uma região sólida E é do tipo 2 se for da forma<br />

E= {(x, y, z) I (y, z) E D, u,(y, z) ,;; x ,;; u 2 (y, z)}<br />

onde D é a projeção de E sobre o plano yz (veja a Figura 7). A superfície de trás é<br />

x = u:(y, z), e a superfície da frente é x = u,(y, z), e temos<br />

X<br />

FIGURA 7<br />

=u,(y, z)<br />

Uma região do tipo 2<br />

Finalmente, urna região do tipo 3 é da forma<br />

E= {(x, y, z) I (x, z) E D, u,(x, z) ,;; y ,;; u,(x, z)}


1024 cJ CÁlCULO Editora Thomson<br />

onde D é a projeção de E sobre o plano xz, y = l-t 1(x, .::) é a superfície da esquerda. e<br />

y = u~(x, z) é a superfície da direita (veja a Figura 8). Para esse tipo de região, temos<br />

JJf J(x, y, z) dV ~ JJ [t,~.~) J(x, y, z) dy] dA<br />

E<br />

D<br />

Em cada uma das Equações J O e 11 podem existir duas possíveis expressões para<br />

a integral dependendo de D ser uma região plana do tipo I ou II (e correspondendo às<br />

Equações 7 e 8).<br />

FIGURA 8<br />

Uma região do tipo 3<br />

Calcule JJJ~ .J x 2 + z 2 dV, onde E é a região limitada pelo parabolóide<br />

e pelo plano y ~ 4.<br />

SOLUÇÃO O sólido E está mostrado na Figura 9. Se o olharmos corno uma região do tipo<br />

1, então precisaremos considerar sua projeção Dt sobre o plano xy, que é a região<br />

parabólica da Figura 10. (O traço de y ~ x 2 + z 2 no plano z ~ O é a parábola y ~ x 2 )<br />

y<br />

v=4<br />

. I<br />

o<br />

X<br />

FIGURA 9 FIGURA 10<br />

Região de integração<br />

Projeção sobre o plano xy<br />

FIGURA 11<br />

/ D<br />

( 3<br />

Projeção sobre o plano xz<br />

X<br />

De y = x 2 + z 2 obtemos z =<br />

±.jy - x 2 , e então a superfície fronteira debaixo de E é<br />

z = -.Jy- x 2, e a superfície de cima é z = .Jy - x 2 • Portanto a descrição de E como<br />

região do tipo 1 é<br />

e obtemos<br />

E~ { (x, y, z) 1-2,; x,; 2, x 2 ,; y,; 4, -.Jy - x 2 ,; z,; .Jy - x 2 }<br />

J 'JJ' .jx2 + z 2<br />

E<br />

dV~ J' f~J'y~,· . .Jx 2 + z 2 dzdydx<br />

-2 ... x· ~-yy~x­<br />

Apesar de essa expressão estar correta, é extremamente difícil calculá-la. Vamos, em<br />

vez disso, considerar E como região do tipo 3. Como tal, sua projeção D 3 sobre o plano<br />

xz é o disco x 2 + z 2 ~ 4 mostrado na Figura 11.<br />

Então a superfície lateral esquerda de E é o parabolóide y ~ x 2 + z 2 e a superfície<br />

lateral direita é o plano y ~ 4. Assim, tomando u1(x, z) ~ x 2 + z 2 e u,(x, z) ~ 4 na<br />

Equação 11, temos<br />

fJf ..;x 2 + z 2 dV ~ fJ [L,, .Jx' + z 2 dy] dA<br />

E D,<br />

~ fJ (4 - x 2 - z 2 ).jx 2 + z 2 dA<br />

D;


James Stewart CAPÍTULO 15 INTEGRAIS MULTIPLAS CJ 1025<br />

_ A maior dificuldade no cálculo de<br />

urna Integrai tripla é estabelecer a<br />

expressão para a regtão de integraçao<br />

(corno na Equação 9 do Exemplo 2)<br />

Lembre~se de que os limites de<br />

integraçao da integral de dentro<br />

contêm no máximo duas variáveis, os<br />

limites de integração da integral do<br />

meio contém no rnáxírno uma variável,<br />

e os limites de integração de fora<br />

precisam ser constantes<br />

Apesar de essa integral poder ser escrita como<br />

(4 - x 2 - z 2 ) dzdx<br />

fica mais simples convertê-la para coordenadas polares no plano xz: x = r cos 8,<br />

z = rsen 8. O que nos dá<br />

JJJ )x 2 + z 2 dV ~ Jf (4- x 2 - z 2 )y'x 2 + z 2 d4<br />

E {),<br />

('"c (4 - r 2 )r rdr de~ f'" de r (4r 2 - r 2 ) dr<br />

.O .O ~O ~O<br />

~ 27T[~- ~]' ~ _12_8_7T<br />

3 5 o 15<br />

x=2y<br />

x+2y+z=2<br />

Aplicações da Integral Tripla<br />

Lembre-se de que, se j(x) <br />

O, então a integral J:; j(x) dx representa a área abaixo da<br />

curva y ~ J(x) de a até b, e se j(x, y) O, então a integral dupla JJ~ j(x, y) d4 representa<br />

o volume sob a superfície z = f(x, y) acima de D. A interpretação correspondente para a<br />

integral tripla ,[11 f(x, y, z) dV, onde f(x, y, z) O, não é muito útil, porque seria um<br />

"hipervolume" de um objeto de quatro dimensões e, é claro, de muito difícil visualização.<br />

(Lembre-se de que E é somente o domínio da função f; o gráfico de f pertence ao espaço<br />

quadridimensionaL) Apesar disso, a integral tripla JJJ~ j(x, y, z) dV pode ser interpretada<br />

de forma diversa em diferentes situações físicas, dependendo das interpretações físicas de<br />

x, y, z e J(x, y, z),<br />

Vamos começar com o caso especial onde f(x, y, z) =<br />

Nesse caso, a integral tripla representa o volume de E:<br />

I para todos os pontos em E<br />

)<br />

V(E) ~ fjJ dV<br />

E<br />

FIGURA 12<br />

X<br />

Por exemplo: você pode ver isso no caso de uma região do tipo 1 colocando j(x, y, z) ~ l<br />

na Fórmula 6:<br />

JIJ 1 dV ~li [t:":,: dz] d4 ~li [u2(x, y) - u1(x, y)] d4<br />

e, da Seção 15.3, sabemos que isso representa o volume que está entre as superfícies<br />

z ~ u,(x, y) e z ~ u,(x, y),<br />

FIGURA 13<br />

X<br />

EXEMPUl 4 = Utilize uma integral tripla para detenninar o volume do tetraedro T linútado<br />

pelos planos x + 2y + z ~ 2, x ~ 2y, x ~ O e z ~ O.<br />

SOLUÇÃO O tetraedro Te sua projeção D sobre o plano xy estão mostrados nas Figuras 12<br />

e 13. A fronteira inferior de T é o plano z = O, e a superior é o plano x + 2y + z = 2, ou<br />

seja, z = 2 - x - 2y. Portanto, temos


1026 CÁlCULO Editora Thomson<br />

V(T) ~ JIJ dV ~ .fo' t~:,;z j~'<br />

" 22 dz dy dx<br />

T<br />

f' f':' 12 (2- X- 2y)dydx ~ \<br />

'o ~X-/~<br />

pelo mesmo cálculo usado no Exemplo 4 da Seção 15.3.<br />

(Note que não é necessário usar a integral tripla para calcular volumes.<br />

Elas simplesmente fornecem um método alternativo para estabelecer os cálculos.)<br />

Todas as aplicações de integrais duplas da Seção 15.5 podem ser imediatamente estendidas<br />

para as integrais triplas. Por exemplo: se a função densidade de um objeto sólido que<br />

ocupa a região E é p(x, y, z), em unidades de massa por unidade de volume, em qualquer<br />

ponto (x, y, z), então sua massa é<br />

m ~ .IJJ p(x, y, z) dV<br />

e seus momentos em relação aos três planos coordenados são<br />

E<br />

M"~ JJJ xp(x, y, z) dV<br />

f<br />

M,~ JJJ yp(x, y, z) dV<br />

E<br />

M,, ~ jJJ zp(x, y, z) dV<br />

O centro de massa está localizado no ponto (x, y, z), onde<br />

E<br />

~ Mx.:<br />

v~ --<br />

. m<br />

- Mxy<br />

z=-­ m<br />

Se a densidade é constante, o centro de massa do sólido é chamado centróide de E. Os<br />

momentos de inércia em relação aos três eixos coordenados são<br />

I,~ fJJ (y 2 + z 2 )p(x, y, z) dV<br />

E<br />

I,~ JJJ (x 2 + z 2 )p(x, y, z) dV<br />

E<br />

l, ~ JTf (x 2 + y 2 )p(x, y, z) dV<br />

f<br />

Como na Seção 15.5, a carga elétrica total sobre um objeto sólido ocupando a região<br />

E e tendo uma densidade de carga o-(x, y, z) é<br />

Q ~ fJT u(x, y, z) dV<br />

E<br />

Se tivermos três variáveis aleatórias X, Y e Z, sua função densidade conjunta é uma<br />

função das três variáveis tal que a probabilidade de (X, Y, Z) estar em E é<br />

Em particular,<br />

P((X, Y, Z) E E) ~ fff f(x, y, z) dV<br />

E<br />

~b ~d ,~,<br />

P(a ~ X ~ b, c ~ Y ~ d, r ~ Z ~ s) ~ I j ,. f(x, y, z) dz dy dx<br />

~a ~c ~r


1<br />

I<br />

James Stewart CAPÍTUlO 15 iNTEGRAIS MULTIPLAS o 1027<br />

A função densidade conjunta satisfaz<br />

f(x, y, z) "" O [ [ [f(x,y, z) dz dy dx ~ I<br />

. . •.<br />

'~XH·i!'J:J- Determine o centro de massa de um sólido com densidade constante que<br />

é limitado pelo ciJindro parabólico x = }' 2 e pelos planos x = z, z = O e x = 1.<br />

SOLUÇÃO O sólido E e sua projeção sobre o plano xy estão mostrados na Figura 14. As<br />

superfícies inferior e superior de E são os planos z = O e z = x, e então descrevemos E<br />

como uma região do tipo 1:<br />

E<br />

E~ {(x, y, z) 1-1 ,;; y,;; I, y 2 ,;; x,;; I, O,;; z,;; x}<br />

Então, se a densidade é p(x, y, z) = p, a massa é<br />

m ~ JfJ p dV ~ L J' fo" p dz dx dy<br />

E -<br />

~ p J' I {' x dx dy ~ p L [ ~' [ dy<br />

p ~I "J<br />

~ l L (I - y')dy ~ p Jo (I - y')dy<br />

[ y']' -- 4p<br />

~py-50 5<br />

FIGURA 14<br />

Por causa da simetria de E e p em relação ao plano xz, podemos dizer imediatamente que<br />

Mx: = O e, portanto, Y = O. Os outros momentos são<br />

M, ~ J.JJ xpdV ~ ,., J·: f" xpdz dx dy<br />

E<br />

• --1<br />

1 - Jo<br />

~ p L t x' dx dy ~ p I', [ ~ 3 [' dy<br />

2p I<br />

6<br />

2p y<br />

~-f 7<br />

(I - v )dv ~- y - -<br />

3 Jo ~ - 3 7<br />

[ ]<br />

I<br />

0<br />

Mn ~ JJJ zp dV ~ t L r zp dz dx dy<br />

E<br />

~ p t f,' [~,r: dxdy ~f t Dx'dxdy<br />

~.f'._f'(l-y6)dy~ 2p<br />

3 Jo - 7<br />

Logo, o centro de massa é


1028 CJ CÁlCULO Editora Thomson<br />

Jll;7 Exercícios<br />

1. Calcule a integral do Exemplo 1, integrando primeiro em<br />

relação a z, depois x e então y.<br />

2. Calcule a integral JJ1 (xz- y') dV, onde<br />

E~ {(x, y, z) 1-l ,; x,; l, O,;)',; 2, O,; z,; I}<br />

utilizando três ordens diferentes de integração.<br />

··--§ -- Calcule a integral iterada.<br />

3. I''[' ['''6xzdydxdz<br />

.o • () • o<br />

Calcule a integral tripla.<br />

7. JJJ, 2x dV, onde<br />

4. [' f"[' 2xyz dz dy dx<br />

-'Ü ,_,, .o<br />

E= { (x, y, z) I O~ y ~ 2, O:;::::; x ~ )4- y 2 , O ,;s; z ~ y}<br />

8. LJl yz cos(x 5 ) d\l, onde<br />

E= {(x, y, z) I O -""S x ~ l, O >'S y ~ x, x ~ z ~ 2x}<br />

·):S, JJl6xy dV, onde E está abaixo do plano z = l + x + y e<br />

acima da região do plano A)' limitada pelas curvas y = Jx,<br />

y=Oex= I<br />

10. JJJ~ Y dV, onde E é limitado pelos planos x = O, y = O, z = O<br />

e 2x + 2y + z = 4<br />

11. JK xy dV, onde E é o sólido teu·aedro com vértices (O, O, 0),<br />

(l, O, 0), (0, 2, O) e (O, O, 3)<br />

12. ffJ~.xz dV, onde E é o sólido tetraedro com vértices (0, O, O),<br />

(0, I, 0), (l, l, O) e (O, l, 1)<br />

13. J]j~.x 1 eY dV, onde E é limitado pelo cilindro parabólico<br />

z = 1 ~ y 1 e pelos planos z = O, x = 1, and x = -1<br />

14. fffE (x + 2y) dV, onde E é limitado pelo cilindro parabólico<br />

y = x 2 e pelos planos x = z, x = y e z =O<br />

15. fffex dV, onde E é limitado pelo parabolóide x = 4y 2 + 4z 2 e<br />

pelo plano x = 4<br />

16. JJJ~. z dV, onde E é limitado pelo cilindro y 2 + z 2 = 9 e pelos<br />

planos x = O, y = 3x e z = O no primeiro octante<br />

H-2fl c; Use a integral tripla para detem1inar o volume do sólido<br />

dado.<br />

O tetraedro limitado pelos planos coordenados e o plano<br />

2x+y+z=4<br />

18. O sólido limitado pelo cilindro y = x 2 e pelos planos z = O,<br />

z=4ev=9<br />

19. O sóli,do-limitado pelo cilindro x 2 + y 2 = 9 e pelos planos<br />

y+z=5ez=l<br />

20. O sólido limitado pelo parabolóide x = y 2 + z 2 e pelo plano<br />

X~ \6<br />

21. (a) Expresse o volume da cunha no primeiro octanle que é<br />

cortado do cilindro y 2 + z 2 = I pelos planos y = x e<br />

x = 1 como uma integral tripla.<br />

(b) Utilize a Tabela de Integrais (na contracapa) ou um<br />

sistema computacional algébrico para determinar o valor<br />

exato da integral tripla da parte (a).<br />

22. (a) Na Regra do Ponto Médio para as Integrais Triplas<br />

usamos a soma tripla de Riemann para aproximar a<br />

integral tripla sobre uma caixa B, onde f(x, y, z) é<br />

calculada no centro (i,, Yh :Z,) da caixa B,JL Utilize a Regra<br />

do Ponto Médio para estimar .11!~ e-x 2 2<br />

--y -


James Stewart CAPÍTULO 15 iNTEGRAiS MULTIPLAS r·J 1029<br />

Reescreva essa íntegra! como uma integral iterada equivalente<br />

em cinco modos diferentes.<br />

32. A figura mostra a região de integração para a integra!<br />

Reescreva essa integral como uma integral iterada equivalente<br />

em cinco modos diferentes.<br />

X<br />

33--34 Escreva cinco outras integrais iteradas que sejam iguais à<br />

integral iterada dada.<br />

c~"<br />

f' f' f' J(xc y, z) dz dx dy<br />

Jo Jx Jo<br />

34, [' ['' ['f(x, y, z) dz dy dx<br />

~O .O ~O<br />

35-38 ,--: Determine a massa e o centro de massa do sólido dado E<br />

com a função densidade dada p.<br />

35. E é o sólido do Exercício 9; p(x, y, z) = 2<br />

36. E é limitado pelo cilindro parabólico z = 1 y 2 e pelos<br />

planos x + z = l, x = O e z = O; p(x, y, z) = 4<br />

ZiJt EéocubodadoporO~x~a, O~y~a, O~z~a;<br />

p(x, y, z) = x 2 + y 1 + z 1<br />

38. E é o tetraedro limitado pelos planos x = O, y = O, z = O,<br />

x + y + z ~ I; p(x, y, z) ~ y<br />

39--40 c Estabeleça, mas não calcule, as expressões integrais para<br />

(a) a massa, (b) o centro de massa e (c) o momento de inércia em<br />

relação ao eixo z.<br />

39. O sólido do Exercício 19; p(x, y, z) =<br />

40. O hemisfério x 1 +<br />

~0~<br />

p(x, y, z) ~<br />

41. Seja E um sólido no primeiro octante limitado pelo cilindro<br />

x 1 + y 2 = 1 e pelos planosy = z, x =O ez =O com função<br />

densidade p(x, y, z) = l + x + y + z. Use um sistema<br />

computacional algébrico para determinar os valores exatos das<br />

y<br />

seguintes quantidades para E.<br />

(a) A massa<br />

(b) O centro de massa<br />

(c) O momento de inércia em relação ao eíxo z<br />

42. Se E é o sólido do Exercício 16 com função densidade<br />

p(x, }', z) = x 1 + y 1 , determine as seguintes quantidades, com<br />

precisão de três decimais.<br />

(a) A massa<br />

(b) O centro de massa<br />

(c) O momento de inércia em relação ao eixo z<br />

43, Determine os momentos de inércia para um cubo com<br />

densidade constante k e lados de comprimento L se um vértice<br />

está localizado na origem e três arestas estão nos eixos<br />

coordenados.<br />

44. Determine os momentos de inércia do tijolo retangular de<br />

dimensões a, b e c, massa Me densidade constante se o centro<br />

do tijolo está na origem e suas arestas são paralelas aos eixos<br />

coordenados.<br />

45. A função densidade conjunta de variáveis aleatórias X, Y c Zé<br />

f(x. y, z) = C.:ryz se O ~ x ~ 2, O ~ y ~ 2, O ~ z :o:; 2 e<br />

f(x, y, z) = O em caso contrário.<br />

(a) Determine o valor da constante C.<br />

(b) Dcterrníne P(X .s I, Y .s 1, Z .s 1).<br />

(c) Determine P(X + Y + Z ~ 1).<br />

46. Suponha que X, Y e Z sejam variáveis aleatórias com função<br />

• densidade COnjUnta f(X, )', z) = ce-IÜ.S.< !-ú. 2 yt-O.Ic) Se<br />

x ~O, y ~O, z ~ O e f(x, y, z) = O em caso contrátio.<br />

(a) Determine o valor da constante C.<br />

(b) Determine P(X .s I, Y .s 1),<br />

(c) Determine P(X ~ I, Y ~ 1, Z ~ I).<br />

47-itB '~ O valor médio de uma função f(x, y, z) sobre uma região<br />

sólida E é definido como<br />

f," ~ V( I E) f.'' jJ f(x, . y, z) dV<br />

E<br />

onde V(E) é o volume de E. Por exemplo: se pé a função<br />

densidade, então Pmé


1030 o CÁLCUlO Editora Thomson<br />

Volumes de Hiperesferas<br />

Nesse projeto determinaremos as fórmulas para o volume contido em uma hiperesfera em<br />

um espaço n-dimensional.<br />

1. Utilize uma integral dupla e substituições trigonométricas, juntamente com a Fórmula 64 da<br />

Tabela de Integrais, para determinar a área do círculo de raio r.<br />

2. Use uma integral tripla e substituições trigonométricas para detetminar o volume da esfera de<br />

raio r.<br />

3. Utilize uma integral quádrupla para determinar o hipervolume contido na hiperesfera<br />

x 2 + y 2 + z 2 + w 2 = r 2 em ~ 4 .-(ltse somente a su~stituição trigonométrica e~ redução das<br />

fórmulas para f sen"x dx ou f cosnx dx ..)<br />

4. u~.~ ,uma 'íÍltegral n-:upl,a para dí)tenninar o, voJÚrhe ~onti~Í-


James Stewart CAPÍTUlO 15 INTEGRAIS fv1ÚLTIPLAS ,--, 1031<br />

Sabemos da Equação 15.7.6 que<br />

Jií f(x, y, z) dV ~ JJ [J::,~".:' f(x, y, z) dz] dA<br />

E<br />

D<br />

Mas também sabemos como calcular integrais duplas em coordenadas polares. De fato,<br />

combinando a Equação 1 com a Equação 15.4.3, obtemos<br />

FIGURA3<br />

dz<br />

Elemento de volume em coordenadas<br />

cilíndricas: d\1 = r dz dr dO<br />

z=4<br />

, l ... i<br />

E<br />

•• l. j(x, y, z) dV ~ i'# i'luOl i'"Y'"' Oc ~"''f(rcos e, r SCU e, z) r dz dr de<br />

.a .h,IJ}! ~u,lrcn>O,rseniJ)<br />

A Fórmula 2 é a fórmula para a integração tripla em coordenadas cilíndricas. Ela nos<br />

diz que convertemos uma integral tripla em coordenadas retangulares para coordenadas<br />

cilíndricas escrevendo x = r·cos 8, y = rsen O e deixando z como está, utilizando os limites<br />

apropriados de integração para z. r e e, e trocando dV por r dz dr dO. (A Figura 3<br />

mostra como se lembrar disso.) É recomendável a utilização dessa fórmula quando E é<br />

uma região sólida cuja descrição é mais simples em coordenadas cilíndricas, e especialmente<br />

quando a função f(x, y, z) envolve expressões x 2 + y2.<br />

Um sólido E está contido no cilindro x 2 + y 2 = 1, abaixo do plano z = 4 e<br />

acima do parabolóide z ~ l - x 2 - y 2 (veja a Figura 4). A densidade em qualquer ponto é<br />

proporcional à distância do ponto ao eixo do cilindro. Determine a massa de E<br />

SOLUÇÃO Em coordenadas cilíndricas o cilindro é r ~ l e o parabolóide é z ~ l -<br />

podemos escrever<br />

r 2 , e<br />

E~ {(r, O, z) I O~ e~ 27T, O~ r~ l, l - r'~ z ~ 4}<br />

Como a densidade em (x, y, z) é proporcional à distância do eixo z, a função densidade é<br />

J(x, y, z) ~ K v x 2 + y 2 ~ Kr<br />

onde K é a constante de proporcionalidade. Portanto, da Fórmula 15.7.13, a massa<br />

de E é<br />

FIGURA 4<br />

m ~ J"If K)x 2 + y 2 dV~ f'~J·' J'' , (Kr) rdzdrd8<br />

• .O O ! -r-<br />

E<br />

= j''~ f' Kr 2 [4- (l- r 2 )]drde ~ K f'c dej'' (3r 2 + r')dr<br />

o ~o ~o o<br />

Calcule J',<br />

(x 2 + y 2 )dzdydx.<br />

SOLUÇÃO Essa integral iterada é uma integral tripla sobre a região sólida<br />

E= { (x, y, z) 1-2 ~ x ~ 2,


James Stewart CAPÍTULO 15 INTEGRAIS fv1ÚLTIPLAS 1031<br />

Sabemos da Equação 15.7.6 que<br />

Mas também sabemos como calcular integrais duplas em coordenadas polares. De fato,<br />

combinando a Equação 1 com a Equação 15.4.3, obtemos<br />

b:.~,<br />

i r _/ dr<br />

r de<br />

FIGURA 3<br />

dz<br />

Elemento de volume em coordenadas<br />

cilíndricas: dV ~ r dz dr d()<br />

'1'1' . I'# rh,(O! l'c.(ccc,S.>


1032 CÁLCULO Editora Thomson<br />

e a projeção de E sobre o plano xy é o disco x 2 + y 2 ::S 4. A superfície inferior de E é o<br />

cone z =<br />

e a superfície superior é o plano z = 2. Essa região tem uma<br />

descrição muito mais simples em coordenadas cilíndricas:<br />

E = {(r, 8, z) I O ~ O ~ 2r., O ~ r~ 2, r~ z ~ 2}<br />

.v·<br />

Portanto temos<br />

2<br />

FIGURA 5<br />

Coordenadas Esféricas<br />

P(p. e.~~<br />

Na Seção 12.7, definimos as coordenadas esféricas (p, 8, )de um ponto (veja a Figura 6) e<br />

demonstramos as seguintes relações entre coordenadas retangulares e coordenadas esféricas:<br />

X= p cencf>cos 8 y = pcencf>sen8 z=pcoscf><br />

.v<br />

Nesse sistema de coordenadas, o correspondente à caixa retangular é uma cunha<br />

esférica<br />

X<br />

FIGURA 6<br />

Coordenadas esféricas de P<br />

onde a :: O, f3 - a ~ 21T, e d - c ~ 11. Apesar de termos definido as integrais triplas<br />

dividindo sólidos em pequenas caixas, podemos mostrar que, dividindo o sólido em pequenas<br />

cunhas esféricas, obtemos sempre o mesmo resultado. Assim, dividiremos E em<br />

pequenas cunhas esféricas E;p: por meio de esferas igualmente espaçadas p = pi, semiplanos<br />

() = ()j e semicones cp = k- A Figura 7 mostra que E;Jk é aproximadamente uma<br />

caixa retangular com dimensões !J.p, p; !J.cf> (arco de circunferência de raio p, e ângulo !J.cf>)<br />

e p, sencf>, !J.O (arco de circunferência de raio p, sencf>;, e ângulo !J.O). Logo, uma aproximação<br />

do volume de Eijk é dada por<br />

De fato, pode ser mostrado, com a ajuda do Teorema do Valor Médio (Exercício 39), que<br />

o valor exato do volume de Eijk é dado por<br />

X<br />

FIGURA 7<br />

!J. vii, = ri sen , !J.p !J.O !J.cf><br />

onde (p;, Õj, cfjk) é algum ponto do interior de Eijk· Seja (x;jk, y;j~:, z1jk) as coordenadas<br />

retangulares desse ponto. Então<br />

Mas essa soma é uma soma de Riemann para a função<br />

F(p, 8, ) = p 2 cen cf>f(p sen cos e, p sencf> '"n 8, p cos )<br />

Conseqüentemente, chegamos à seguinte fórmula para a integração tripla em coordenadas<br />

esféricas:


James Stewart CAPÍTULO 15 ir'.JTEGRA!S MÚLTIPLAS 1033<br />

JJJ f(x, y, z) dV<br />

E<br />

= f: f: f: f(p sen


1034 ;::1 CÁlCUlO Editora Thomson<br />

A Figura 1 O mostra uma visá o<br />

diferente {desta vez, utilizamos o<br />

MAPLE) do sólido do Exemplo 4.<br />

FIGURA 9<br />

- Utilize as coordenadas esféricas para determinar o volume de um sólido que<br />

está acima do cone z = e abaixo da esfera x 2 + y 2 + z 2 = z (veja a Figura 9).<br />

-+<br />

(0,0, !)<br />

/- -~~ xz..l-v2+,.-2=~<br />

/ I X •. - -<br />

/ i \<br />

- --- --- +- -~ -- ~ -----\<br />

/ I )<br />

"~<br />

\ ' -----,<br />

1~1<br />

c;ê/ I<br />

\ ~ J !!>_,y I--<br />

'- ---"- t%'----7-.;. -<br />

' '· /<br />

X<br />

-<br />

I<br />

SOLUÇÃO Note que a esfera passa pela origem e tem centro em ( O, O, 2 ). Escrevemos a<br />

equação da esfera em coordenadas esféricas como<br />

ou<br />

p=cos<br />

.<br />

A equação do cone pode ser escrita corno<br />

Ou seja, sen = cos ,ou= 7T/4. Portanto a descrição do sólido E em coordenadas<br />

esféricas é<br />

E= {(p, e,) 1 o "" e"" 27T, o"" q,"" 1T/4, o"" p"" cos e e ficam constantes.<br />


T<br />

James Stewart CAPÍTULO 15 INTEGRAIS MULTIPLAS L:- 1035<br />

1-4 Faça o esboço do sólido cujo volume é dado pela integral e<br />

calcule essa integraL<br />

1. -· rdzd8dr<br />

1 ., ['' I"' 2. f' 1 ' [' ['·•' r dz dr dO<br />

.o ~o ~, .o . o • o<br />

3, r·:• (''' f 3 p' sen 1; dp dO d O) se<br />

S tem densidade constante K.<br />

23. Determine o volume do sólido que está acima do cone<br />

cP = 1r/3 e abaixo da esfera p = 4 cos r:/>.<br />

i;-~_4:<br />

Determine o volume do sólido que está dentro da esfera<br />

x 2 + y 2 + z 2 = 4, acima do plano X)' e abaixo do cone<br />

z ~ .,)x' + y'.<br />

25. Determine o centróide do sólido do Exercício 21.<br />

26. Seja H um hemisfério sólido de raio a cuja densidade em qualquer<br />

ponto é proporcional à distância ao centro da base.<br />

(a) Detennine a massa de H.<br />

(b) Determine o centro de massa de H.<br />

(c) Determine o momento de inércia de H em relação a seu<br />

eixo.<br />

27. (a) Determine o centróide do hemisfério sólido homogêneo de<br />

raio a.<br />

(b) Determine o momento de inércia do sólido da parte (a) em<br />

relação ao diâmetro de sua base.<br />

28. Determine a massa e o centro de massa do hemisfério sólido<br />

de raio a se a densidade em qualquer ponto for proporcional a<br />

sua distância à base.<br />

29-32. iJ Dentre as coordenadas cilíndricas ou esféricas, utilize a<br />

que lhe parecer mais apropriada.<br />

• Detennine o volume e o centróide do sólido E que está acima<br />

do cone z = e abaixo da esfera x 2 + y 2 + z 2 = 1.<br />

30. Detennine o volume da menor cunha esférica de uma esfera de<br />

raio a cortada por dois planos que se interceptam ao longo de<br />

um diâmetro com um ângulo de 7T/6.


1036 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

31. Calcule .(iJE z dV, onde E está acíma do parabolóide<br />

z = x 2 + y 2 e abaixo do plano z = 2y. Utilize a Tabela de<br />

Integrais (veja a contracapa) ou um sistema computacional<br />

algébrico para calcular a integral.<br />

32. (a) Determine o volume contido pelo toro p = scn cfl.<br />

(b) Utilize um computador para desenhar o toro.<br />

Calcule a integral, transformando para coordenadas<br />

cilíndricas.<br />

33. fi dz dy dx<br />

xyz dz dx dy<br />

Calcule a integral, transformando para coordenadas<br />

esféricas.<br />

(A integral imprópria tripla é definida como o limite da integral<br />

tripla sobre uma esfera sólida quando o raio aumenta<br />

indefinidamente.)<br />

39. (a) Utilize coordenadas cilíndricas para mostrar que o volume<br />

do sólido limitado por cima pela esfera r 2 + z" = a 2 e por<br />

baixo pelo cone z = cotg 0 (ou 1J =o/o), onde<br />

O <


James Stewart CAPÍTULO 15 INTEGRAIS MÚLTIPLAS ;:J 1037<br />

A en_ergia ciné~cà--paitl mesmas razões utilizadas no<br />

Problema 1 m'ostram que 'v 1 = 2gy/(1 +-/*)a qualquer illsri:tiíté t. Utilize esse resultado para<br />

mostrar que y satisfaz_ a 'equação diferencial<br />

onde a é o ârigulo de inclinação da rampa.<br />

dy ~2g )c<br />

- = _ -. -. --(sena :VY<br />

dt I + I*<br />

3. Resolvendo a ~uação diferencial do Probleinà 2, mostre _que o tempo total de percurso é'<br />

2h(l + I*)<br />

gsen 1 a<br />

Isso mostra que o objeto com menor I* _ganha a corrida.<br />

4. Mos_tre qu~ 1* =_f para o cilindro s6Íi~9-_{! I* = 1 para o ~~Iindro oco.<br />

5. Calcule I* para a -~Ia parciaMente oca· Com raio interio~ 4 é raio eX:terno r. EXJ{êsse spa<br />

,respostaéiii termqS do coeficiente b =:-afr. O.que aconteç'~·quandÓ:a ~:O,eqijand(}a<br />

' ' ' ~<br />

:, \ ' :: "' ', 2:.' -_:,' '


1038 u CÁlCUlO Editora Thomson<br />

~~IJ9<br />

Mudança de Variáveis em Integrais Múltiplas<br />

Em cálculo unidimensional, freqüentemente usamos a mudança de variável (uma substituição)<br />

para simplificar uma integraL Revertendo os papéis de x e u, podemos escrever a<br />

Regra da Substituição (5.5.6, dada no Capítulo 5 do Volume I) como<br />

r =r f(x) dx f(g(u))g'(u) du<br />

onde x = g(u) e a = g(c), b = g(d). Outro modo de escrever a Fórmula l é a seguinte:<br />

~b 10 d dx<br />

t f(x) dx = 1 f(x(u)) du du<br />

Uma mudança de variáveis pode também ser útil em integrais duplas. Já vimos um<br />

exemplo disso: a conversão para as coordenadas polares. As novas variáveis r e () estão<br />

relacionadas às velhas variáveis x e y pelas equações<br />

x=rcosO<br />

y=rsen()<br />

e a fónnula de mudança de variáveis (15.4.2) pode ser escrita como<br />

f f f(x, y) dA = JJ f(rcos O, rsen O) rdr dO<br />

R<br />

S<br />

onde Sé a região no plano r() que corresponde à região R no plano xy.<br />

Genericamente, consideremos uma mudança de variável dada pela transformação T do<br />

plano uv no plano xy:<br />

T(u, v) = (x, y)<br />

onde x e y estão relacionados com u e v pelas equações<br />

ou, como às vezes escrevemos,<br />

x = g(u, v) y = h(u, v)<br />

x = x(u, v) y = y(u, v)<br />

Vamos admitir que T seja uma transformação C', o que significa que g e h têm derivadas<br />

parciais de primeira ordem continuas.<br />

Uma transformação T é de fato somente uma função cujo domínio e imagem são<br />

ambos subconjuntos de IR 2 Se T(u, v,) = (x,, y,), então o ponto (x:, y 1 ) é denontinado<br />

imagem do ponto (u~, vJ). Se não existem dois pontos com a mesma imagem, T é


I<br />

I<br />

James Stewart<br />

chamada um a um. A Figura 1 mostra o efeito de uma transformação Tem uma região S<br />

do plano uv. T transforma S em uma região R no plano xy denominada imagem de S,<br />

constituída das imagens de todos os pontos de S.<br />

í<br />

I<br />

~<br />

s<br />

(u,,t';)<br />

•<br />

FIGURA 1<br />

X<br />

Se T é um a um, então existe uma transformação inversa r- 1 do plano xy para o plano<br />

uv e é possível resolver as Equações 3 para u e v em termos de x e y:<br />

u = G(x, y)<br />

v= H(x,y)<br />

EXEMPlO 1 --~<br />

Uma transformação é definida pelas equações<br />

y = 2uv<br />

DetermineaimagemdoquadradoS= {(u,v)/0 >S u >S l, O >S v >S l}.<br />

(0, I)<br />

S,<br />

s,<br />

s<br />

(I, 1)<br />

s,<br />

SOLUÇÃO A transformação leva a fronteira de S na fronteira da imagem. Assim,<br />

começamos por determinar a imagem dos lados de S. O primeiro lado. S 1<br />

, é dado por<br />

v= O (O~ u ~ 1) (veja a Figura 2). Das equações dadas, temos x = u 2 , y =O, e portanto<br />

O >S x >S 1. Então, S, é mapeado no segmento de reta que liga (O, O) a (l, O) no<br />

plano xy. O segundo lado, S,, é u = l (O ,; v ,; l) e, substituindo u = l nas equações<br />

dadas, temos<br />

O,<br />

' I<br />

s,<br />

(1. 0)<br />

u<br />

}' = 2v<br />

1 T<br />

Eliminando t; obtemos<br />

que é parte de uma parábola. Da mesma forma, S 3 é dado por v = l (O ,; u ,; l), cuja<br />

imagem é o arco parabólico<br />

4<br />

- l<br />

FIGURA 2<br />

X<br />

Finalmente, s4 é dado por u = o (O "' v "' 1), cuja imagem é X = -v', y = O, ou seja,<br />

-1 ~ x ~ O. (Note que quando nos movemos ao redor do quadrado no sentido<br />

anti-horário, também nos movemos ao redor da região parabólica no sentido anti~<br />

horário.) A imagem de Sé a região R (mostrada na Figura 2) limitada pelo eixo x e pelas<br />

parábolas dadas pelas Equações 4 e 5.<br />

c,xtl<br />

$. ~- ;;t -tm<br />

f& --0p à wv~t "\:..- >-+'-- +0 -~n<br />

'*<br />

F """"--~


1040 o CÁLCULO<br />

Editora Thomson<br />

Agora vamos ver como a mudança de variáveis afeta a integral dupla. Comecemos com<br />

um retângulo pequeno S no plano uv cujo canto inferior esquerdo é o ponto (u 0 , vo) e cujas<br />

dimensões são D..u e D..v (veja a Figura 3).<br />

'[<br />

I<br />

u = u 0<br />

r{u 0 , v)<br />

T<br />

yt<br />

R<br />

FIGURA 3<br />

o<br />

Oi<br />

I<br />

b<br />

R<br />

A imagem de S é a região R do plano xy, onde em um dos pontos da fronteira está<br />

(xo, Yo) ~ T(uo, vol- O vetor<br />

r(u, v) ~ g(u, v) i+ h(u, v)j<br />

é o vetor de posição da imagem do ponto (u, v). A equação do lado inferior de Sé v= vo,<br />

cuja curva imagem é dada pela função vetorial r(u, v 0 ). O vetor tangente em (x 0 , yo) a essa<br />

curva imagem é<br />

, . ) , ax • ay .<br />

r, = g" ( u 0 , v 0 ) I+ h,(u 0 , v 0 j = - I+ - J<br />

Da mesma forma, o vetor tangente em (xo, }'o) à curva imagem do lado esquerdo de S<br />

(u ~ u 0 ) é<br />

, • ax • Jy •<br />

r, ~ g,(uo, Vo) I+ h,(IMJ, Vo) J ~ - I+ - J<br />

Podemos aproximar a região imagem R ~ T(S) pelo paralelogramo determinado pelos<br />

vetores secantes<br />

a~ r(uo + t.u, vo) - r(uo, vo) b ~ r(uo, Vo + t.v) - r(uo, vo)<br />

mostrados na Figura 4. Mas<br />

au<br />

av<br />

au<br />

av<br />

FIGURA 4<br />

_ _r_:c(u:::o_+_::t.:.:":.:.•..:."::co).__-_r_c(.:c"o:::.'..:."::.:..o)<br />

ru =}!:o<br />

D..u<br />

e então<br />

Da mesma forma<br />

r(uo + t.u, vo) - r(uo, vo) = t.ur,<br />

r(uo, Vo +Av)- r(uo, vo) = Avr,<br />

Isso significa que podemos aproximar R por um paralelogramo determinado pelos<br />

vetores D..u r, e Ll.v r v (veja a Figura 5). Portanto podemos aproximar a área de R pela área<br />

desse paralelogramo, que da Seção 12.4 é<br />

FIGURA 5<br />

l(t.ur,) X (Avr,JI ~Ir, X r,IAuAv


1<br />

I<br />

Calculando o produto vetorial, obtemos<br />

/L<br />

r, X rv = Ou<br />

ax<br />

a v<br />

j<br />

ay<br />

au<br />

ay<br />

a v<br />

k 1,<br />

CAPÍTULO 15 ltJTEGRAiS MULTiPLAS<br />

1 ax<br />

o =I au<br />

1 dx<br />

o I I a;<br />

~I<br />

au<br />

ay<br />

iJv ,<br />

I ax<br />

ax I<br />

k= la; a,; I k<br />

/ ay ay<br />

IJ; J;/<br />

1041<br />

O determinante que aparece nesse cálculo é chamado jacobiano da transformação e tem<br />

uma notação especial:<br />

O jacobiano recebeu esse nome em<br />

homenagem ao matemático alemão<br />

Carl Gustav Jacob Jacobi (1804-1851 l<br />

Apesar de o matemático francês<br />

Cauchy ter usado esse determinante<br />

especwi envolvendo derivadas parciais<br />

antes, Jacobi usou-os no método para<br />

calcular as Integrais múltiplas.<br />

O jacobiano da transformação T dada por x = g(u, v) e y = h(u. v) é<br />

iJX éJX I<br />

a(x, y) = au a v<br />

a(u, v) ay ay<br />

au<br />

av<br />

au av av au<br />

Com essa notação podemos utilizar a Equação 6 para obter uma aproximação da área<br />

MdeR:<br />

1<br />

a(x y) LI.A =. a(u: v)<br />

I I Ll.u Ll.v<br />

onde o jacobiano é calculado em (U{], v 0 ).<br />

Em seguida dividimos a região S do plano uv em retângulos S;j e chamamos suas imagens<br />

no plano xy de Ru (veja a Figura 6).<br />

"t<br />

I s,<br />

ls<br />

I<br />

R /I<br />

Av 'I<br />

/ Au<br />

I<br />

i 1)2 I<br />

I (u, V,)<br />

"'<br />

I/<br />

j<br />

Y!<br />

I<br />

FIGURA 6<br />

u o X<br />

Aplicando a aproximação (8) a cada Ru, apro-ximamos a integral dupla de f sobre R como<br />

se segue:<br />

~·f(x,y)dA = ,t~f(x,,yj)M<br />

~ " . / a(x, y) I<br />

=.:., '2.,j(g(u,, vi), h(u,, vj))/·-(--) I IJ.u!l.v<br />

i=lj=! a u, v .


104.2: o CÁlCUlO Editora Thomson<br />

onde o jacobiano é calculado em (u;, v;). Note que a soma dupla é a soma de Riemann para<br />

a integral<br />

.. I a(x v) I<br />

J<br />

I f(g(u, v), h(u, v)) -(<br />

,~<br />

',) Í du dv<br />

1<br />

a u, v 1<br />

A argumentação precedente sugere que o seguinte teorema seja verdadeiro. (Uma prova<br />

completa é dada em livros de cálculo avançado,)<br />

Mv!da•np de Variáveis em uma<br />

Suponha que T seja uma<br />

transformação C 1 cujo jacobiano seja não nulo e leve uma região S do plano uv<br />

para uma região R do plano xy, Suponha que f seja contínua sobre R e que R e S<br />

sejam regiões planas do tipo I ou 11. Suponha ainda que T seja um a um, exceto<br />

possivelmente nos pontos de fronteira de S. Então<br />

f . ·r I a(x. :vl I<br />

j f(x, y) dA~ j f(x(u, v), y(u, v)) _(_, -) du dv<br />

~R • 5 ~ a u, v<br />

O Teorema 9 diz que mudamos de uma integral em x e y para uma integral em u e v<br />

escrevendo x e y em termos de u e y e escrevendo<br />

dA ~ I il(x, y) I du dv<br />

a(u, v) ,<br />

'<br />

Note a semelhança entre o Teorema 9 e a fórmula unidimensional da Equação 2. Em vez<br />

da derivada dx/du, temos o valor absoluto do jacobiano, ou seja, I a(x, y)ja(u, v) I,<br />

Como primeira ilustração do Teorema 9, vamos mostrar que a fórmula de integração em<br />

coordenadas polares é um caso especial desta. Aqui a transformação T do plano r(} para o<br />

plano xy é dada por<br />

X ~ g(r, O) ~ r cos e<br />

y ~ h(r, 8) ~ r sen e<br />

e a geometria das transformações é mostrada na Figura 7. T mapeia um retângulo ordinário<br />

do plano r8 no retângulo polar do plano xy, O jacobiano de T é<br />

a(x. y)<br />

~<br />

ax<br />

Jx<br />

-;;; ao ~ I cos e<br />

a(r, 8) ay _iJz, sen 8<br />

ar ae<br />

-r sen (}I = rcos 2 (} +r sen 2 8 =r> O<br />

rcos 8<br />

X<br />

Logo, o Teorema 9 nos leva a<br />

JJ . JJ il<br />

f(x, y) dx dy =<br />

a(x Y) I<br />

, f(rcos 8, r sen 8) Í J(r: ) , dr d8 8<br />

R S ' , '<br />

Tt


CAPÍTULO 15 INTEGRAiS MÚLTIPL.t..S [] 1043<br />

EXEMPLO 2. Utilize a mudança de variáveis x = u 1 - v 2 , }' = 2uv, para calcular a<br />

integral D~ y dA, onde R é a região limitada .pelo eixo x e pelas parábolas y 2 = 4 - 4x<br />

y 2 ~ 4 + 4x.<br />

SOLUÇÃO A região R está mostrada na Figura 2. No Exemplo I descobrimos que<br />

T(S) ~R, onde Sé o quadrado [0, I] X [0, I]. De fato, a razão que nos levou a fazer a<br />

mudança de variável para calcular a integral é que S é urna região muito mais simples<br />

que R. Vamos calcular o jacobiano:<br />

a(x, y) ~<br />

Portanto, pelo Teorema 9,<br />

,f.f y dA~<br />

ax<br />

au<br />

ax I<br />

av l-/2u -2v I = 4u<br />

2<br />

+ 4v 2 >O<br />

a(u, v) Jy dv · 2v 2u<br />

a~ I 1 au<br />

. j2uv<br />

la(xv)j .,.,<br />

·--··~> dA~ 1 J (2uv)4(u' +v'> du dv<br />

f<br />

R ~ 5 1a(u, V ~ ~O O<br />

~ 8 J'' j'' (u 3 v + uv 3 ) du dv ~ 8 f' [lu 4 v + lu 1 v 3 ]": dv<br />

o ~o Jo -. - u<br />

f' (2v + 4v 3 )dv ~ [v 2 + v 4 J: ~ 2<br />

,l)<br />

NOTA o O Exemplo 2 não foi um problema muito difícil de resolver porque já conhecíamos<br />

uma mudança de variáveis apropriada. Se não a conhecêssemos de antemão, então<br />

o primeiro passo seria descobrir urna mudança de variáveis apropriada. Se f(x, y) é difícil<br />

de integrar, então a forma de f(x, y) pode sugerir uma transformação. Se a região de integração<br />

R é desajeitada, então a transformação deve ser escolhida para que a região S correspondente<br />

no plano uv tenha urna descrição mais conveniente.<br />

EXEMPlO 3 ::: Calcule a integral.[!~ e\x+yJ/(x~yJ dA, onde R é a região trapezoidal com<br />

vértices (I, O), (2, O), (O, -2) e (O, -I).<br />

SOLUÇÃO Como não é fácil integrar eix~-y)/ü-yJ, vamos fazer a mudança de variáveis sugerida<br />

pela forma da função:<br />

u=x+y<br />

v=x-y<br />

Essas equações definem a transformação T~ 1 do plano xy para o plano uv. O Teorema 9<br />

diz respeito à transformação T do plano uv para o plano xy. Esta é obtida resolvendo-se<br />

as Equações 1 O para x e y:<br />

x~~(u+v) y ~ l(u- v)<br />

O jacobiano de T é<br />

ax ax<br />

J(x, y) ~ au a v<br />

~i ~ 1- --~<br />

a(u, v) ay ay -~I- 2<br />

au<br />

a v


------------------------------------------<br />

1044 CÁlCULO Editora Thomson<br />

vj<br />

(-2.2) lt!=2 (2,2)<br />

' :;;: = v<br />

(~1.1) pi)\ (l,l)<br />

u = -;ç: s l ·.<br />

o<br />

v,;d<br />

Para determinar a região S do plano LW correspondente a R, notamos que os lados de R<br />

estão sobre as retas<br />

e das Equações 1 O ou 11 as retas imagem do plano uv são<br />

x-y=J<br />

u=v v=2 u =-v v= 1<br />

Então, a região Sé a região trapezoida1 com vértices (l, 1), (2, 2), ( -2, 2) e ( -1, 1)<br />

mostrada na Figura 8. Como<br />

o Teorema 9 leva a<br />

S = {(u, v) /1 ~ v~ 2, -v~ u ~ v)<br />

FIGURA 8<br />

-2 I i<br />

ff<br />

R<br />

yi dA = J'f e"''ll a(x, y) 1.<br />

du dv<br />

s<br />

• â(u, v),<br />

1<br />

': ,., (I ) I f' [ l ,_,<br />

e"' : du dv =: ve"' ,_,- dv<br />

.l • -v • !<br />

Integrais Triplas<br />

Existe uma fórmula de mudança de variáveis semelhante para as integrais triplas. Seja Ta<br />

transformação que leva uma região S no espaço uvw para uma região R no espaço xyz por<br />

meio das equações<br />

x = g(u, v, w) y = h(u, v, w) z = k(u, v, w)<br />

O jacobiano de T é o seguinte determinante 3 X 3;<br />

Jx Jx ax<br />

au a v Jw<br />

J(x, y, z) ay Jy ay<br />

a(u, v, w) Ju Jv aw<br />

az az az<br />

au a v Jw<br />

Das hipóteses semelhantes àquelas do Teorema 9, temos a seguinte fórmula para integrais<br />

triplas:<br />

;<br />

J<br />

'f J' ' a(x, y, z) '<br />

J. J(x, y, z) dV = j) f(x(u, v, w), y(u, v, w), z(u, v, w)) I J(u, v, w) I du dv dw<br />

- Utilize a Fórmula 13 para deduzir a fórmula para a integração tripla em<br />

coordenadas esféricas.


James Stewart CAPÍTUlO 15 iNTEGRAIS fv1ULTIPLAS lJ 1045<br />

SOLUÇÃO Aqui a mudança de variáveis é dada por<br />

X= p SCl1fj>COS 0 y ~ p sen,Psen 8 z~pcos,P<br />

Calculamos o jacobiano corno segue:<br />

~cos.P 1<br />

o(x, y, z)<br />

a(p, e • .Pl<br />

-psen ,Psen e pcos ,Pcos el<br />

seu 1> cos e<br />

sen 1> sen 8<br />

cos 1><br />

-p sen .p sen e pcos ,Pcos 8 ·<br />

p sen 1> cose pcos 1> sen e<br />

O -psen.p<br />

1<br />

~ sen ,Pcos e -p sen 1> sen e<br />

,-psen.P<br />

p sen 1> c os O<br />

~ cos .p (-p'sen .p cos ,Psen 2 8- p 2 sen .pcos ,Pcos 2 8)<br />

1 r seu 1> cos e r c os .p sen 8 i · seu .p sen e<br />

- psen .p (psen 2 ,Pcos 2 8 + psen 2 ,Psen 2 8)<br />

~ - p 2 5en .p cos 2 ,P - p' sen sen 2 ,P ~ - p 2 seu .p<br />

Como O ~ 1> ~ 7T, ternos sen 1> ~ O. Portanto<br />

e a Fórmula 13 nos dá<br />

' a(x, v, z) I I , I ,<br />

Ia ( p, 8, .p<br />

1<br />

. · ) . ~ -p"seo ~ p-sen.P<br />

f f f f(x, y, z) dV ~ f f f f(p sen 1> cos 8, p sen seu 8, p cos ) p' sen,P dp d8 d<br />

R 5<br />

que equivale à Fónnula 15.8.4.<br />

~~~f9<br />

Exercícios<br />

í-6 - Determine o jacobiano da transformação.<br />

1. x = u + 4v, y = 3u - 2v<br />

u<br />

3. x=--,<br />

u +v<br />

' .<br />

y = u- + v~<br />

v<br />

v=--<br />

. u- v<br />

4. x=asen/3, y=acosfJ<br />

X = UV, )' = VW, Z = UW<br />

'<br />

J-111 :: Detennine a imagem do conjuntoS sob a transfonnação dada.<br />

S = {(u, v)! O ~ u ~ 3, O ~ v ~ 2};<br />

x = 2u + 3v, y = u ~ v<br />

8. Sé o quadrado limitado pelas retas u = O, u = 1, v = O,<br />

v= 1; x=v, y=u(l + v 2 )<br />

S. Sé a região triangular com vértices (0, 0), (1, I), (O, 1);<br />

x = u 2 , y =v<br />

10. Sé o disco dado por u 2 + v 2 ~ 1; x = au, y = bv<br />

11-'l© ~<br />

Utilize a transformação dada para calcular a integraL<br />

11. L!~ (x - 3y) dA, onde R é a região triangular de vértices<br />

(O, O), (2, 1), e (l, 2);<br />

x ~ 2u + v, y ~ u + 2v<br />

12. fJ~ (4x + 8y) dA, onde R é o paralelogramo com vértices<br />

(-1, 3), (l, -3), (3, -!),e (l, 5);<br />

x = hu + v), y =i( v - 3u)<br />

f'-~;<br />

fj~ x 2 dA, onde R é a região limitada pela elipse<br />

9x 2 + 4y 2 = 36; x = 2u, y = 3v<br />

14. JJ~ (x 2 - xy + y 2 )dA, onde R é a região limitada pela<br />

elipse x 2 - xy + y 2 = 2;<br />

x = -../2u - -./273v, y = -/iu + J2]3v<br />

15. JJ" xy dA, onde R é a região do primeiro quadrante limitada<br />

pelas retas y = x e y = 3x e pelas hipérboles xy = 1, xy = 3;<br />

x = u/v, y =v


1046 c CÁLCUlO Editora Thomson<br />

16. fj~ y 2 dA, onde R é a região limitada pelas curvas xy = I,<br />

xy = 2. xy 2 = 1, xy 2 = 2; u = xy, v= xy 2 • Ilustre utilizando<br />

uma calculadora gráfica ou um computador para traçar R.<br />

17. (a) Calcule JJJ~ dV, onde E é o sólído contido pelo elipsóide<br />

x 2 ja 2 + y 2 /b 2 + z 2 /c 2 = 1. Utilize a transformação<br />

x = au, y = bv, z = cw.<br />

(b) A Terra não é perfeitamente esférica; como resultado da<br />

rotação os pólos foram achatados. Assim, seu fornmto<br />

pode ser aproximado por um elípsóide com a= b = 6378<br />

km e c= 6356 km. Use o ilem (a) para estimar o volume<br />

da Terra.<br />

18. Calcule ffJEx 2 y dV, onde E é o sólido do Exercício l7(a).<br />

Calcule a integral, fazendo uma mudança de variáveis<br />

apropriada.<br />

1S. f f x ~ dA, onde R é o paralelogramo delimitado pelas<br />

.. 3x- v<br />

R "<br />

retas x- 2y =O, x ~ 2y = 4, 3x- y = 1, e 3x- y = 8<br />

20. JJ~ (x + y)e-" 2 -y' dA, onde R é o retângulo delimitado pelas<br />

retas x y =O, x ~ y = 2, x + y =O ex+ y = 3<br />

21- fJ cos( ~ :; ) dA_ onde R é a região trapezoidal<br />

' -<br />

com vértices (1, O), (2, O), (O, 2) e (0, I)<br />

22. JJR sen(9x 2 + 4y 2 )d4, onde R é a região do primeiro<br />

quadrante limitada pela elipse 9x 2 + 4y 2 = l<br />

23. K e'•' dA, onde R é dada pela inequação i x i + i y I "'<br />

24. Seja f uma função contínua sobre (0, I] e seja R a<br />

região triangular com vértices (0, O), (l, O) e<br />

(O, 1). Mostre que<br />

.IJ J(x + y) dA<br />

R<br />

C uf(u) du<br />

.o<br />

Revisão<br />

1. Suponha que f seja uma função contínua definida sobre um<br />

retângulo R~ [a, b] X [c, d].<br />

(a) Escreva uma expressão para a soma dupla de Riemann de<br />

f. Se f(x, y) :::;;. O, o que essa soma representa<br />

(b) Escreva a definição de ff, f(x, y) dA como um limite.<br />

(c) Qual é a interpretação geométrica de JJR f(x, y) dA se<br />

f(x, y):::;;. O E se f tiver valores positivos e valores<br />

negativos<br />

(d) Como calcular JJ, f(x, y) dA<br />

(e) O que a Regra do Ponto Médio para as integrais duplas diz<br />

(f) Escreva uma expressão para o valor médio de f<br />

2. (a) Como você define ffo f(x, y) dA se D é uma região<br />

limitada que não é retangular<br />

(b) O que é uma região do tipo I Como calcular<br />

Jfo f(x, y) dA se D for uma região do tipo I<br />

(c) O que é uma região do tipo ll Como calcular<br />

Sfo f(x, y) dA se D for uma região do tipo li<br />

(d) Quais as propriedades de uma integral dupla<br />

3. Como transformar uma integral dupla em coordenadas<br />

retangulares para uma integral em coordenadas polares<br />

Por que você faria isso<br />

4. Se uma lâmina ocupa uma região plana D e tem densidade<br />

p(x, y), escreva expressões para cada um dos seguintes itens<br />

em termos de integral dupla.<br />

(a) A massa<br />

(b) Os momentos em relação aos eixos<br />

(c) O centro de massa<br />

(d) Os momentos de inércia em relação aos eixos e à origem<br />

VERIFICAÇÃO DE CONCEITOS<br />

5. Seja f uma função densidade conjunta de um par de variáveis<br />

aleatórias X e Y.<br />

(a) Escreva uma integral dupla que represente a probabilidade<br />

de X estar entre a e b c Y estar entre c e d.<br />

(b) Que propriedades f possui<br />

(c) Quais são os valores esperados de X e Y<br />

6. Escreva uma expressão para a área de uma superfícíe com a<br />

equação z ~ f(x, y), (x, y) E D.<br />

7. (a) Escreva a definição da integral tripla sobre uma caixa<br />

retangular B.<br />

(b) Como calcular fJJ f(x, y, z) dV<br />

'<br />

(c) Como definir JJJ f(x, y, z) dV se E for uma região sólida<br />

E<br />

limitada diferente de uma caixa retangular<br />

(d) O que é uma região sólida do tipo 1 Como calcular<br />

JJJ f(x, y, z) dV se E for tal região<br />

E<br />

(e) O que é uma região sólida do tipo 2 Como calcular<br />

JJJ f(x, y, z) dV se E for tal região<br />

E<br />

(f) O que é uma região sólida do tipo 3 Como calcular<br />

J.IJ j(x, y, z) dV se E for tal região<br />

E<br />

8. Suponha que um objeto sólido ocupe uma região E e tenha<br />

função densidade p(x, y, z). Escreva expressões para cada um<br />

dos seguintes itens.<br />

(a) A massa


1<br />

(b)<br />

Os momentos em relação aos planos coordenados<br />

(c) As coordenadas do centro de massa<br />

(d) Os momentos de inércia em relação aos eixos<br />

S. (a) Como, em uma integral tripla, trocar de coordenadas<br />

retangulares para cilíndricas<br />

(b) Como, em uma integral tripla, trocar de coordenadas<br />

retangulares para coordenadas esféricas<br />

James Stewart CAPÍTULO 15 INTEGRAIS fv'lÚLTIPLAS O 1047<br />

(c) Em que situações você deve trocar para coordenadas<br />

cilíndricas ou esféricas<br />

10. (a) Se uma transfonnação T é dada por x = g(u, v),<br />

y = h(u, v), qual é o jacobiano de T<br />

(b) Como você muda de variáveis em uma integral dupla<br />

(c) Como você muda de variáveis em uma integral tripla<br />

TESTES FALSO-VERDADEIRO<br />

Determine se são falsas ou verdadeiras as seguintes afinnações_ Se verdadeiras,<br />

explique por quê. Se falsa, explique por que ou dê um contra-Bxemp!o<br />

1. _r_~ I L6<br />

x<br />

2<br />

sen(x - y) dx dy = fot. r~! X~ sen(x - y) dy dx<br />

5. Se D é um disco dado por x 2 + y 2 ::S 4, então<br />

JJ ,14<br />

D<br />

2. j''i'',;x+y'dydx~ f'['vx+y'dxdy<br />

o.o<br />

Jo.o<br />

6. J1<br />

7. 5. A integral<br />

r· f' [' dz dr de<br />

~o Jo ,r<br />

representa um volume contido pelo cone z =<br />

plano z = 2.<br />

e pelo<br />

4<br />

J0<br />

1<br />

(x<br />

2<br />

+ JY) sen(x 2 y 2 )dx dy ~ 9<br />

senydxdy =O<br />

8. A integral JJJ~ kr 3 dz dr d() representa o momento de inércia<br />

em tomo do eixo z de um sólido E com densidade constante k.<br />

EXERCÍCIOS<br />

1. A figura mostra um mapa de contornos de uma função f sobre o<br />

quadrado R~ [0, 3] X [O, 3]. Utilize a soma de Riemann com<br />

nove termos para estimar o valor de JJ.., f(x, y) dA. Tome os<br />

pontos amostra como sendo o canto superior direito dos quadrados.<br />

y<br />

7. L" L1<br />

Ll=Y y sen x dz dy dx<br />

J<br />

-· ., i'<br />

8. J 6xyz dz dx dy<br />

o ~o<br />

9-·w Escreva JJ~ f(x, y) dA como uma integral iterada, onde R é<br />

a região mostrada e f é uma função arbitrária contínua em R.<br />

x<br />

9. 10.<br />

-4 OI 4 X<br />

I<br />

11. Descreva a região cuja área é dada pela integral<br />

L1t/2 fosen 26 r dr d8<br />

2. Utilize a Regra do Ponto Médio para estimar a integral do<br />

Exercício 1.<br />

3-ft<br />

., ['<br />

J<br />

Cakule a integral iterada.<br />

3. (y + 2xe•) dx dy<br />

' .o<br />

4. f' f' ye'' dx dy<br />

Jo ~o<br />

12. Descreva o sólido Cltio volume é dado pela integral<br />

e calcule essa integral.


1048 :-o CÁLCULO Editora Thomson<br />

n--14 -- Calcule a integral iterada primeiro invertendo a ordem de<br />

integração.<br />

13. l"l ri cos(•,_, 2 )d.vdx<br />

,I).,,<br />

·1 -·1 ver<br />

14. j j-· -, dxdy<br />

.·O • ,'y X<br />

33. Da cunha obtida pelo corte do cilindro x 2 + 9y 2 = a 2 pelos<br />

planosz=Oez=mx<br />

34. Acima do parabolóide z = x 2 + y~ e abaixo do semicone<br />

z=)x~+y 2<br />

15~28 Calcule o valor da integral múltipla.<br />

15. JJ, ye'' dA, onde R~ {(x, y) I O-s x


T<br />

(b)<br />

Detcnninc P(X ~ 2, Y ;c 1).<br />

(c) Determine P(X + Y s: 1).<br />

46. Uma lâmpada tem três bulbos, cada um de um tipo, com vida<br />

média de 800 horas. Se modelarmos a probabilidade de falha<br />

dos bulbos por uma função densidade exponencial com média<br />

800, determine a probabilidade dos três bulbos virem a falhar<br />

dentro de um íntervalo de 1000 horas.<br />

47. Reescreva a integral<br />

., ,., r· 'f(x,y,z)dzdydx<br />

• 1 -I , x', Ü<br />

como uma integral iterada na ordem dx dy dz.<br />

48. Dê outras cinco integrais iteradas iguais a<br />

f' r· [:f(x, y, z) dz dx dy<br />

• o • o • ~<br />

49. Utilize a transformação u = x ~ y, v = x + y para calcular<br />

Jj~ (x ~ y)/(x + y) dA, onde R é o quadrado com vértices<br />

(0, 2), (l, l), (2, 2) e (1, 3).<br />

50. Utilize a transformação x = uc, y = v 2 , z = w 2 para<br />

determinar o volume da região limitada pela superfície<br />

v/;; + ...,/} + ,rz = 1 e pelos planos coordenados.<br />

51. Utilize a fórmula de mudança de variáveis e a transformação<br />

apropriada para calcular JJ~ xy dA, onde R é o quadrado com<br />

vértices (0, 0), (1. l), (2, O) e (1, -l).<br />

52. O Teorema do Valor Médio para as Integrais Duplas diz<br />

que, se f é uma função contínua em uma região plana D do tipo<br />

I ou do tipo II, então existe um ponto (x 0 , y 0 ) em D, tal que<br />

James Stewart CAPÍTUlO 15 INTEGRAIS MÚLTiPLAS 1049<br />

l'f f(x, y) dA ~ f(xc, Yo)A(D)<br />

,,<br />

D<br />

Utilize o Teorema do Valor Extremo (14.7.8) e a Propriedade<br />

15.3.11 das integrais para provar esse teorema. (Use a prova da<br />

versão unidimensional da Seção 6.5 do Volume I como guia.)<br />

53. Suponha que f seja contínua sobre um disco que contém o<br />

ponto (a, b). Seja D, um disco fechado com centro em (a, b) e<br />

raio r. Utilize o Teorema do Valor Médio para as integrais<br />

duplas (v~ja o Exercício 52) para mosu·ar que<br />

jJ f(x, y) dA ~ f(a, b)<br />

D,<br />

54. (a) Calcule IJ ( ~<br />

2<br />

.. I<br />

.·o dA, onde n é um inteiro e D<br />

·~ r+ Y )"'-<br />

é a região limitada por círculos com centro na origem e<br />

raios r e R, O < r < R.<br />

(b) Para que valores de na integral da parte (a) tem limite<br />

quando r~> o+<br />

(c) Detennine .OJ<br />

dV, onde E é a região<br />

E<br />

limitada pelas esferas com centro na origem e raios r e R,<br />

O< r< R.<br />

(d) Para que valores de na integral da parte (c) tem limite<br />

quando r~ o+


1. Se [xTI denota o maior inteiro contido em x, calcule a integral<br />

JJ [x + y! dA<br />

'<br />

onde R ~ {(x, y) Í 1 "'x "' 3, 2 "'y "' 5}.<br />

2. Calcule a integral<br />

onde máx {x 2 , y 2 } significa o maior dos números x 2 e/'.<br />

3. Determine o valor médio da função f(x) = J: cos(t 2 )dt no intervalo [0, I].<br />

4. Se a, b e c são vetores constantes, r é o vetor de posição xi + :r j + z k e E é dado pelas<br />

inequações O~ a· r~ a, O~ b ·r :s; {3, O :s; c· r :s; y, mostre que<br />

r ...<br />

• ,.<br />

(a{3y)'<br />

SI a· (b x c) I<br />

11 (a·r)(b·r)(c·r)dV~ .<br />

5. A integral dupla (' ( 1 1<br />

-- - dx dy é uma integral imprópria e pode ser detlnida como<br />

.·O.·OJ~xy<br />

limite da integral dupla sobre o retângulo [0, t] X [0, t] quando t......,.. I-. Mas, se expandirmos<br />

o integrando como uma série geométrica, podemos exprimir a integral como a soma de uma<br />

série infinita. Mostre que<br />

,, i' 1 ;; 1<br />

~~dxdy~ L.<br />

.noi-xy<br />

1<br />

,~t<br />

6. Leonhard Euler determinou o valor exato da soma das séries do Problema 5. Em 1736, ele<br />

provou que<br />

Nesse problema, pedimos para você provar esse fatos calculando a integral dupla do Problema 5.<br />

Comece fazendo a mudança de variável<br />

u +v<br />

v=--- , R<br />

'"<br />

Isso corresponde a uma rotação em torno da origem de um ângulo de 1r/ 4. Você precisa<br />

esboçar a região correspondente no plano uv.<br />

[Dica; se, calculando a integral, você encontrar uma das expressões ( 1 - sen fJ)/ c os fJ ou<br />

(cos fJ)/(1 + sen 0), deve usar a identidade cos () = sen(( 11'/2) - 8) e a identidade<br />

correspondente para sen 0.]<br />

7. (a) Mostre que<br />

' i' (' ---dx:dydz 1 =L; ;; 31<br />

i<br />

o o .,o 1 - X)'Z<br />

,= 1 n<br />

(Ninguém jamais foi capaz de determinar o valor exato da soma dessa série.)


(b) Mostre que<br />

8. Mostre que<br />

Use essa equação para calcular a integral tripla com precisão de duas casas decimais.<br />

."' arctg 1rX ~ arctg x dx = .!!__In 7r<br />

.-o 1 x 2<br />

primeiro escrevendo a integral como uma integral iterada.<br />

9. Se f é contínua, mostre que<br />

J:,' t t f(t) dt dz dy ~ l J:' (x - t)'f(l) dt<br />

10. (a) Uma lâmina tem densidade constante p e o fonuato de um disco com centro na.origem e<br />

raio R. Utilize a Lei de Newton da Gravitação (veja a Seção 13.4) para mostrar que a<br />

grandeza da força de atração que a lâmina exerce sobre um corpo com massa m colocado<br />

em um ponto (0, O, d) sobre o lado positivo do eixo z é<br />

f~ . 27TGmpd ( d l<br />

~)<br />

[Dica: divida o disco como na Figura 4 da Seção 15.4 e calcule primeiro o componente<br />

vertical da força exercida pelo sub-retângulo polar R, 1<br />

.]<br />

(b) Mostre que a grandeza da força de atração da lâmina com densidade p que ocupa o plano<br />

inteiro sobre um objeto de massa m localizado à distância d do plano é<br />

F= 2nGmp<br />

Note que essa expressão não depende de d.


16<br />

Cálculo Vetorial<br />

Os vetores podem representar<br />

campos de velocidade, como<br />

correntes oceânicas, velocidade<br />

do vento durante um tornado ou<br />

o fluxo de ar passando por um<br />

aerofólio inclinado.


1<br />

James<br />

Stewart CAPÍTULO 16 CALCULO VETORIAL 1053<br />

Neste capítulo estudaremos o cálculo de campos vetoriais. (Esses campos são<br />

funções que associam vetores a pontos do espaço.) Em particular, definimos a<br />

integral de linha (que pode ser utilizada para determinar o trabalho efetuado por<br />

um campo de força agindo sobre um objeto que se move ao longo de uma curva).<br />

Definimos a integral de superfície (que pode ser usada para determinar a taxa de<br />

vazão de um fluido através de uma superfície). As conexões entre esses tipos<br />

novos de integrais e as integrais de funções de uma variável real. duplas e triplas,<br />

que já vimos, são dadas por versões de maior dimensão do Teorema Fundamental<br />

do Cálculo: Teorema de Green, Teorema de Stokes e Teorema da Divergência.<br />

Vetoriais<br />

Os vetores da Figura 1 representam os vetores velocidade do ar e indicam a rapidez, a<br />

direção e o sentido em pontos 10m acima da superfície na área da baía de São Francisco.<br />

Dando uma olhada nas setas maiores da parte (a) vemos que a maior rapidez dos ventos<br />

naquele instante ocorre quando os ventos entram na baía através da ponte Golden Gate. A<br />

parte (b) mostra um aspecto bastante diferente em uma época posterior. Associado a cada<br />

ponto no ar podemos imaginar o vetor velocidade do vento. Esse é um exemplo de um<br />

campo de vetores velocidade.<br />

(a) ll de junho de 2002, 12 horas<br />

FIGURA. 1 Campo de vetores velocidade mostrando aspectos do vento na bala de São Francisco<br />

(b) 30 de junho de 2002, 16 horas


1054 n c/ucuuJ EdítoHi TbomSOI'i<br />

Outros exemplos de campos de vetores velocidade estão ilustrados na Figura 2: correntes<br />

oceânicas e o fluxo por um aerofólio.<br />

(a) correntes oceânicas em frente à costa de Nova Scotia<br />

(a) Fluxo do ar passando por um aerofólio inclinado<br />

FIGURA 2<br />

Campos de vetores velocidade<br />

FIGURA 3<br />

Campo vetorial no IR 2<br />

Outro tipo de campo vetorial, chamado campo de força, associa um vetor força a cada<br />

ponto da região. Um exemplo é o campo de força gravitacional mostrado no Exemplo 4.<br />

Geralmente um campo vetorial é uma função cujo domínio é um conjunto de pontos do<br />

!R. 2 (ou IR 3 ) e cuja imagem é um conjunto de vetores em Vz (ou VJ).<br />

~~~iJJ~;;;;;~;;;~···ss:~eJJ,·a~LDJ~u.~m;conjunto em IR 2 (uma região plana). Um campo vetorial<br />

Silblre IR 2 é uma função F que associa a cada ponto (x, y) em Dum vetor<br />

bidimensional<br />

A melhor maneira de enxergar um campo vetorial é desenhar setas representando os<br />

vetores F(x, y) começando em um ponto (x, y). É claro que é impossível fazer isso para<br />

todos os pontos (x, y), mas podemos visualizar F fazendo isso para alguns pontos repre~<br />

sentativos em D, como na Figura 3. Corno F(x, y) é um vetor bidimensional, podemos<br />

escrevê-lo em termos de suas funções componentes P e Q, como segue:<br />

F(x, y) ~ P(x, y) i + Q(x, y) j ~ (P(x, y), Q(x, y))<br />

ou, simplificando,<br />

F=Pi+Qj<br />

Note que P e Q são funções escalares de duas variáveis e são chamadas, algumas vezes,<br />

campos escalares, para distinguir dos campos vetoriais.<br />

X<br />

---<br />

FIGURA 4<br />

zl f l'(x, y, z)<br />

J /(x,~<br />

Campo vetorial no IR 3<br />

I /<br />

I /<br />

----.!/<br />

I<br />

I<br />

y<br />

E um subconjunto do ~ 3 • Um campo vetorial sobre o IR 3 é<br />

uma função F que associa a cada ponto (x, y, z) em E um vetor tridimensional<br />

F(x, y, z).<br />

Um campo vetorial F sobre IR 3 está ilustrado na Figura 4. Podemos escrevê·lo em ter·<br />

mos das funções componentes P, Q e R como<br />

F(x, y, z) = P(x, y, z) i + Q(x, y, z) j + R(x, y, z) k<br />

Como para funções vetoriais na Seção 13.1, podemos definir continuidade de campos<br />

vetoriais e mostrar que F é contínua se e somente se suas funções componentes P, Q e R<br />

são contínuas.<br />

Às vezes identificamos o ponto (x, y, z) com seu vetor de posição x = (x, y, z) e<br />

escrevemos F(x) em vez de F(x, y, z). Então F é uma função que associa um vetor F(x) ao<br />

vetor JL


--r<br />

I<br />

!<br />

FIGURA 5<br />

Jame~ Stewart CAP~TUl.O H! C\LCiJLO VETORiAL Ci 1055<br />

Um campo vetorial em !R 2 é definido por<br />

F(x,y) ~ -yi + x,j<br />

Descreva F desenhando alguns de seus vetores F(x, y), como na Figura 3.<br />

X<br />

SOLUÇÃO Como F(!, O)~ j, desenhamos o vetor j =(O, l) começando no oooto (i, O)<br />

na Figura 5. Como F(O, 1) = -i, desenhamos o vetor ( -1, O) iniciando no ponto (0, l ).<br />

Continuamos desse modo desenhando um número significativo de vetores para representar<br />

o campo vetorial na Figura 5.<br />

F(x,y)~ -yi +<br />

5<br />

" " ,. ~····I· ·· · ··,'<br />

"/ /~ "-'-''\<br />

I ;<br />

Na Figura 5 parece que cada seta é tangente a um círculo com centro na origem. Para<br />

confirmar isso, vamos tomar o produto escalar do vetor de posição x = x i + com o<br />

vetor F(x) = F(x, y):<br />

X • F(x) = (x i + y j) · ( -y i + X j)<br />

= -xy + yx =O<br />

Isso mostra que F(x, y) é perpendicular ao vetor de posição (x, y) e portanto tangente ao<br />

círculo com centro na origem e raio I x I = -/ x 2 + y 2 • Note ta ... n1bém que<br />

IF(x,y) I= ,j(-y)' + x 2 ~ v'x' + y' = lxl<br />

e o comprimento do vetor F(x, y) é igual ao raio do círculo.<br />

Alguns sistemas algébricos computacionais são capazes de plotar o campo vetorial em<br />

duas ou três dimensões. Eles fornecem melhor visualização do catupo que aquela que fazemos<br />

manualmente, pois o computador pode desenhar grande número de vetores representativos.<br />

A Figura 6 apresenta uma saída de computador para o campo vetorial do Exemplo<br />

1; as Figuras 7 e 8 mostram outros dois campos vetoriais. Note que o computador faz uma<br />

mudança de escala no comprimento do vetor de forma que ele não seja muito comprido,<br />

mantendo entretanto proporcionalidade com seu verdadeiro comprimento.<br />

6 5<br />

~~.~~.,~~·· //..-"--" ..->//)'<br />

,///.--"-~////<br />

//~'-.-"///<br />

FIGURA 6<br />

F(x, y) = {~y, x:i<br />

FIGURA 7<br />

-6<br />

F(x, y) = (v, sen x)<br />

I / - ~ / / / !<br />

/ / -·:- / I I<br />

/~ / / ~~ _;_...... / / /<br />

FIGURA 8<br />

/ _./'./~.~/ /./<br />

-5<br />

F(x, y) = {ln(1 + y 2 ), ln(l + x'))<br />

5


1056 n CÁlCULO Editora Thomson<br />

X<br />

FIGURA 9<br />

F'(x, y, z; =<br />

z k<br />

Desenhe o campo vetorial em IR 3 dado por F(x, y, z) = z k.<br />

SOLUÇÃO O desenho está mostrado na Figura 9. Note que todos os vetores são verticais<br />

apontando para cima, quando acima do plano xy, e para baixo, quando abaixo do plano<br />

.t}'. O comprimento aumenta à medida que nos distanciamos do plano xy<br />

Somos capazes de desenhar o campo vetorial do Exemplo 2 à mão, pois ele é especialmente<br />

simples. Entretanto, é impossível desenhar à mão a maioria dos campos vetoriais<br />

tridimensionais, e assim precisamos do auxílio de um sistema algébrico computacional.<br />

Exemplos estão ilustrados nas Figuras 1 O, 11 e 12. Note que os campos vetoriais das<br />

Figuras 1 O e ll têm fórmulas semelhantes, mas todos os vetores da Figura 1 l apontam na<br />

direção negativa do eixo y, porque seu componente y vale -2. Se o campo vetorial<br />

da Figura 12 representa um campo de velocidade, então uma partícula seria levada para<br />

cima em uma espiral em torno do eixo z na direção dos ponteiros do relógio quando visto<br />

de cima.<br />

'<br />

o '11 \.<br />

..•...<br />

-1 ~<br />

I 1<br />

~J<br />

FIGURA 10<br />

F(x,y,z)=yi+zj+xk<br />

F(x,y,zl=yi~2j+xk<br />

FIGURA12<br />

)' X Z<br />

F(x,y,z) =z i-z j+ 4 k<br />

X<br />

FIGURA B<br />

Campo de velocídade de escoamento de<br />

um líquido<br />

EXEMPLO 3 :c Imagine um líquido fluindo uniformemente em um cano e seja V(x, y, z) o<br />

vetor velocidade em um ponto (x, y, z). Então V associa um vetor a cada ponto (x, y, z)<br />

de um certo domínio E (interior do cano), e assim V é um campo vetorial em IR. 3<br />

chamado campo de velocidade. Um campo de velocidade possível está ilustrado na<br />

Figura 13. A rapidez em qualquer ponto é indicada pelo comprimento da seta.<br />

Campos de velocidade ocorrem em outras áreas da física. Por exemplo: o campo<br />

vetorial do Exemplo 1 pode ser usado como o campo de velocidade descrevendo a<br />

rotação no sentido horário de uma roda. Vimos outros exemplos de campo de velocidade<br />

nas Figuras l e 2.<br />

EXEMPLO 4 A Lei Gravitacional de Newlon estabelece que a amplitude da força<br />

gravitacional entre dois objetos com massa m e M é<br />

IFI ~ mMG<br />

onde r é a distância entre os objetos e G é a constante gravitacional. (Esse é um exemplo<br />

de uma lei de um inverso ao quadrado.) Vamos admitir que o objeto com massa !tf esteja<br />

localizado na origem no IR: 3 • (Por exemplo, M poderia ser a massa da Tena e a origem<br />

seria seu centro.) Seja x = (x, y, z) o vetor de posição do objeto com massa m. Então


James Stewart CAPÍTUlO 16 CÁLCULO VETORIAL 1057<br />

r = I x I ou r 2 = I x 1 2 • A força gravitacionai exercida nesse segundo objeto age em<br />

direção à origem, e seu versor é<br />

X<br />

lxl<br />

Portanto, a força gravitacional agindo no objeto em x =<br />

(x, }', z) é<br />

FIGURA 14<br />

Campo gravitacional<br />

[Físicos freqüentemente utilizam a notação r em vez de x para o vetor posíção, de modo<br />

que você possa conhecer a Fórmula 3 escrita como F~ -(mMG/r')r.J A função dada<br />

pela Equação 3 é um exemplo de campo de velocidade, chamado campo gravitacional,<br />

porque associa um vetor [a força F(x)] a todo ponto x do espaço.<br />

A Fórmula 3 é um modo compacto de escrever o campo gravitacional, mas podemos<br />

escrevê-lo em termos de suas funções componentes usando o fato de que<br />

x = x i + y j + z k e I x J = J x 1 + y 2 + z2:<br />

F(x,y, z) ~<br />

-mMGx<br />

-mMGy<br />

' ' ')~') i + -(~.-=.="-,-}-'~ j +<br />

( x· + y· + z· ~- x· + y' + z·) •·<br />

-mMGz<br />

O campo gravítacional F está ilustrado na Figura 14.<br />

~;::~~~!H"; " Suponha que uma carga elétrica Q esteja localizada na origem. Pela Lei<br />

de Coulomb, a força elétrica F(x) exercida por essa carga sobre uma carga q localizada<br />

no ponto (x, y, z) com vetor posição x ~ (x, y, z) é<br />

eqQ<br />

F(x) ~~x<br />

onde e é uma constante (que depende da unidade usada). Para cargas iguais utilizamos<br />

qQ > O e a força é repulsiva; para cargas diferentes temos qQ < O e a força é atrativa.<br />

Note a semelhança entre as Fórmulas 3 e 4. Ambas são exemplos de campos de força.<br />

Em vez de considerar a força elétrica F, os físicos freqüentemente consideram a força<br />

por unidade de carga:<br />

I eQ<br />

E(x) ~ -F(x) ~ -x<br />

q<br />

I xl'<br />

Então E é um campo vetorial em IR 3 chamado campo elétrico de Q.


1058 CJ CÁLCULO<br />

Editora Thomson<br />

Campos Gradientes<br />

Se fé uma função escalar de duas variáveis, sabemos da Seção 14.6 que seu gradiente V f<br />

(ou grad f) é definido por<br />

V f(x, y) ~ f,(x, y) i + f(x, y) j<br />

4<br />

Portanto, V f é realmente um campo vetorial em {R 2 c é denominado campo do vetor gradiente.<br />

Da mesma forma, se jfor uma função escalar de três variáveis, seu gradiente é um<br />

campo vetorial em IR 3 dado por<br />

Vf(x, y, z) ~ J(x, y, z) i + J,(x, y, z) j + f(x, y, z) k<br />

EXEN-WUJ Determine o vetor gradiente de f(x, y) = x 2 y y 3 . Desenhe o campo de<br />

vetores gradientes juntamente com um mapa de contorno de f Co~o estão relacíonados<br />

SOLUÇÃO O campo de vetor gradiente é dado por<br />

-4<br />

FIGURA 15<br />

Vf(x,y) ~~f i+ daf j ~ 2xyi + (x'- 3y 2 )j<br />

uX )'<br />

A Figura 15 mostra o mapa de contorno de f com o campo de vetor gradiente. Note que<br />

os vetores gradientes são perpendiculares às curvas de nível, corno devíamos esperar da<br />

Seção 14.6. Note também que os vetores gradientes são mais longos onde as curvas de<br />

nível estão mais próximas umas das outras e mais curtos quando elas estão mais<br />

distantes entre si. Isso se deve ao fato de o comprimento do vetor gradiente ser o valor<br />

da derivada direcional de f e a proximidade das curvas de nível indicar uma grande<br />

inclinação do gráfico.<br />

Um campo vetorial F é dito ser um campo vetorial conservativo se ele é o gradiente<br />

de alguma função escalar, ou seja, se existe uma função f tal que F = V f. Nessa situação<br />

f é dita ser uma função potencial de F.<br />

Nem todos os campos vetoriais são conservativos, mas aparecem freqüentemente em<br />

física. Por exemplo: o campo gravitacional F do Exemplo 4 é conservativo, pois, se<br />

definimos<br />

então<br />

V f(x, y, z) =<br />

Jf i + àf j + Jf k<br />

dX Jy Jz<br />

-mMGx<br />

-mMGy'<br />

----o-==~=i + -c(-c,c-=,='-,~3'7' j + ~c-==~=k<br />

r+ y +r)''<br />

= F(x,y, z)<br />

Nas Seções 16.3 e 16.5 aprenderemos a determinar se um campo vetorial é conservatívo<br />

ou não.


5<br />

James Stewart CAPÍTULO 16 CALCULO VETOHiAL 1059<br />

Exercícios<br />

1-1D Esboce o campo vetorial F, desenhando um diagrama como<br />

o da Figura 5 ou da Figura 9.<br />

H<br />

1. F(x, y) ~ j(i + j) 2. F(x,y) =i+ xj<br />

3. F(x, y) ~ y i + ~ j 4. F(x. y) ~ (x y)i + xj<br />

5. F(x, y) ~<br />

yi + xj<br />

-Jx2 + y2<br />

6. F(x, y) ~<br />

7. F(x, y, z) ~ j 8. F(x, y, z) ~ z j<br />

9. F(x, y, z) ~ y j 10. F(x, y, z) ~ j -i<br />

:o<br />

-l<br />

Case o campo vetorial F com a figura rotulada de I-IV.<br />

Dê razões para suas escolhas.<br />

U: F(x, y) ~ (y, x)<br />

12. F(x,y) ~ (l,seny)<br />

13. F(x,y) ~ (x- 2,x + 1)<br />

14. F(x, y) ~ (y, 1/x)<br />

3<br />

~-~--<br />

-3:....----..----~- ..:::. '<br />

~~- ..... - -<br />

:~----<br />

'<br />

J<br />

' J<br />

'<br />

1<br />

' J<br />

'<br />

'<br />

!.......---..------ \ \<br />

~- .-- .... \ 1<br />

-3<br />

I.<br />

r 3<br />

I<br />

11<br />

JV<br />


1060 u CÁlCUlO Editora Tbomson<br />

2':;~ os Case as funções/ com os desenhos de seus campos dê 29. f(x, y) = xy 30. f(x, y) ~ x' - Y 0<br />

vetor gradiente (rotulados de· I-IV). Dê razões para suas escolhas. 31. f(x, y) ~ x' + y'<br />

32. f(x, y) ~<br />

4<br />

/'<br />

/<br />

' '\ '<br />

"''-,<br />

'<br />

-~-<br />

-4 4<br />

!"<br />

-4<br />

lll 4<br />

' " (_' "'<br />

( ' ; --,_ '•,"<br />

~"' ,.· .' -_ ·--..<br />

-4 ~-:- - ---~__:_ 4<br />

-~-- '- - '- _, __ ,,<br />

li 4<br />

IV 4<br />

-4<br />

33. As linhas de ftuxo (ou linhas de correnteza) de um campo<br />

vetorial são as trajetórias seguidas por uma partícula cujo<br />

campo de velocidade é um campo vetorial dado. Assim, os<br />

vetores do campo vetorial são tangentes a suas linhas de fluxo.<br />

(a) Use um esboço do campo vetorial F(x, y) = x i - y j para<br />

desenhar algumas línhas de fluxo. Desses seus esboços é<br />

possível descobrir qual é a equação das línhas de fluxo<br />

(b) Se as equações paramétricas de uma linha de fluxo são<br />

x = x(t), y = y(t), explique por que essas funções<br />

satisfazem a equação diferencial dx/dt = x e dy/dt = -_v.<br />

Em seguida resolva as equações diferenciais para detennínar<br />

uma equação para as linhas de fluxo que passe pelo<br />

ponto(!, 1).<br />

34. (a) Esboce o campo vetoríal F(x, y) = i + x j e algumas<br />

linhas de fluxo. Qual é o formato que essas linhas de fluxo<br />

parecem ter<br />

(b) Se as equações paramétricas das línhas de fluxo são<br />

x = x(t), y = y{t), que equações diferenciais essas funções<br />

satisfazem Deduza que dy/dx = x.<br />

(c) Se uma partícula está na origem no instante inicial e o<br />

campo de velocidade é dado por F, determine uma<br />

equação para a trajetória percorrida.<br />

Integrais de Linha<br />

~~~~"~~~~ ~~-~,~~,~~-o/~~"-"""~~~~,,~~~~~~~~~,,~~'"''~<br />

Nesta seção definimos uma integral que é semelhante a uma integral de uma função de<br />

uma variável real, exceto que, em vez de integrarmos sobre um intervalo [a, b ], integraremos<br />

sobre uma curva C. Tais integrais são chamadas integrais de linha, apesar de<br />

a expressão "integrais curvas" ser a mais adequada. Elas foram inventadas no começo<br />

do século XIX para resolver problemas que envolviam escoamento de líquidos, forças,<br />

eletricidade e magnetismo.<br />

Começamos com uma curva plana C dada pelas equações paramétricas<br />

x ~ x(t)<br />

y ~ y(t)<br />

y<br />

o<br />

a<br />

FIGURA<br />

X<br />

b t<br />

ou, o que é equivalente, pela equação vetorial r(t) = x(t) i + y(t) j, e admitiremos que C<br />

seja uma curva lisa. [Isso significa que r' é contínua e r'(t) ,± O. Veja a Seção 13.2.] Se<br />

dividirmos o intervalo do parâmetro [a, b] em n subintervalos [t,--h t 1 ] de igual tamanho e<br />

se fizermos x, ~ x(t,) e y, ~ y(t,), então os pontos correspondentes P,(x,, y,) dividem C em<br />

n subarcos de comprimento Lls 1 , .ó.s 2 , ••• , ásn (veja a Figura 1). Escolhemos um ponto<br />

qualquer P;*(x't, y;*) no i-ésirno subarco. (Isso corresponde a um ponto t1 em [t;-t. ti}) Se<br />

f é uma função de duas variáveis cujo domínio inclui a curva C, calculamos f no ponto<br />

(x;*, yn, multiplicamos pelo comprimento Ó.s; do subarco e somamos<br />

"<br />

'JJ(x,*, yt) tis,<br />

i=l<br />

o que é semelhante à soma de Riemann. Em seguida tornamos o limite dessa soma e fazemos<br />

a seguinte definição por analogia com a integral de função de uma variável real.


James Stewart CAPÍTUlO 16 CÁLCULO VETORIAL LJ 1061<br />

Se f é definida sobre urna curva lisa C dada pelas Equações l, então<br />

a integral de linha de f sobre C é<br />

se esse limite existir.<br />

Na Seção 10.3 achamos que o comprimento da curva C é<br />

L'"'<br />

fb ~(d')'<br />

(dy)'<br />

-+-dt<br />

{1 dt dt<br />

Argumentação semelhante pode ser usada para mostrar que, se f é uma função contínua,<br />

· então o limite na Definição 2 sempre existe e a fórmula seguinte pode ser empregada para<br />

calcular a integral de linha:<br />

· .,. f(dx)' (dy)'<br />

j J(x, y) ds'"' j 't(x(t), y(t)) \f - + - dt<br />

.c "' dt dt<br />

O valor da integral de linha não depende da parametrização da curva, desde que cada ponto<br />

da curva seja atingido uma única vez quando t cresce de a para b.<br />

Se s(t) é o comprimento de C entre r(a) e r(t), então<br />

,-. A função comprimento de arco s<br />

está ilustrada na Seção 13.3.<br />

ds<br />

dt<br />

Um modo de guardar a Fórmula 3 é escrever tudo, em termos do parâmetro t. Usando a<br />

pararnetrização para exprimir x e y em termos de t, temos ds como<br />

ds'"' \<br />

!(dx)' (dy)'<br />

dt + dt dt<br />

No caso especial onde C é um segmento de reta unindo (a, O) a (b, 0), tomando x como<br />

parâmetro, escrevemos as equações paramétricas de C assim: x = x, y = O, a :S:: x :S:: b. A<br />

Fórmula 3 fica<br />

f<br />

'b<br />

.JCx, y) ds '"'JJCx, O) dx<br />

X<br />

FiGURA 2<br />

e nesse caso a integral de linha se reduz a uma integral de função de uma variavél real.<br />

Assim como para as integrais de funções de uma variável real, podemos interpretar a<br />

integral de linha de uma função positiva como uma área. De fato, se f(x, y) ; O,<br />

j~f(x, y) ds representa a área de um lado da "cerca" ou "cortina" da Figura 2 cuja base é<br />

C e cuja altura acima do ponto (x, y) é f (x, y).<br />

EXEMPlO 1<br />

+ =L<br />

Calcule fc (2 + x 2 y) ds, onde C é a metade superior do círculo unitário


1062 u CÁlCULO Editora Thomson<br />

y<br />

x2 +y::::: 1<br />

(y ~· 0)<br />

SOLUÇÃO Para usar a Fórmula 3 precisamos de equações paramétricas que representem a<br />

curva C. Como já vimos, o círculo unitário pode ser parametrizado por meio das<br />

equações<br />

X= COS t y = sen t<br />

e a metade superior do círculo é descrita pelo intervalo do parâmetro O ~ t ~ 7r (veja a<br />

Figura 3). Logo, da Fórmula 3, temos<br />

FIGURA 3<br />

f , 'c , /(dx)'<br />

(dv) 2<br />

. 12 + x-y) ds ~ I (2 + consent) \i - + -·- dt<br />

, c , o v dt dt<br />

= 21T + ~<br />

, cos-r ;]r,<br />

[<br />

(2 + coS'tsent) dt ~ 2t---<br />

3 I)<br />

Suponha agora que C seja uma curva lisa por trechos; ou seja, C é a união de um<br />

número finito de curvas lisas C1, C1, ... , C,., onde, como ilustrado na Figura 4, o ponto inicial<br />

de C,+ 1 é o ponto tenninal de C;. Então, definimos a integral de f ao longo de C como<br />

a soma das integrais de f ao longo de cada trecho liso de C:<br />

. r , .<br />

j f(x, y) ds =<br />

1 f(x, y) ás + 1 1<br />

, f(x, y) ds + ' · · + j f(x, y) ds<br />

JC .c, ~c, .1C 11<br />

FIGURA 4<br />

Curva lisa por trechos<br />

EXEl\ilPUl 2 Caícule j~ 2x ds, onde C é formada pelo arco C 1 da parábola y ~ x 2 de<br />

(0, O) a (1, I) seguido pelo segmento de reta vertical C 2 de (1, I) a (I, 2).<br />

(0, 0)1<br />

I<br />

FIGURA 5<br />

c,<br />

c~ c, u c,<br />

(l, 2)<br />

(I, I)<br />

X<br />

SOLUÇÃO A curva C é mostrada na Figura 5. C, é o gráfico de uma função de x; então<br />

podemos escolher x como parâmetro e as equações de C1 se tomam<br />

Portanto<br />

x=x<br />

2<br />

f 2xds~ ['zx,/(dx)' + (dy) dx<br />

,c, ,o v dx<br />

O~x~I<br />

., 5./5- I<br />

Jo 2x)l + 4x 2 dx ~ l· W + 4x 2 )312],~ ~<br />

6<br />

Em C2 escolhemos y como parâmetro, e as equações de C2 são<br />

x~l<br />

y=y<br />

e I t '2 l(dx) 2 2x ds ~ j 2(!) \ - + . (dy)' - dy ~ f' • 2 dy ~ 2<br />

.,c, l dy dy .!<br />

Então<br />

1 ,, 2x ds ~ r 2x ds + ,. 2x ds ~ .:. 5 ,:,__,::, + 2<br />

~c ~c .c, 6<br />

~---"'-


James Stewart CAPiTULO 16 CALCULO VETOR!;\L Cl 1063<br />

Qualquer interpretação física da integral de linha LJ(x, y) ds depende da interpretação<br />

física da função f Suponha que p(x, y) represente a densidade linear num ponto (x, y) de<br />

um arame fino com o fonnato de uma curva C. A massa da parte do arame do ponto P,- ,<br />

até P; na Figura 1 é aproximadamente p(x,*, .vn ~s,, e então a massa total do arame terá<br />

valor aproximado de I p(xi, y;*) Lls;. Tomando mais pontos sobre a curva, obtemos o valor<br />

da massa m do arame como o valor limite dessas aproximações:<br />

m ~ lim i p(x,*,ynt.s, ~ r.p(x,y)ds<br />

n--->x i= I ~(<br />

[Por exemplo: se f(_r, y) = 2 + x\ representa a densidade de um arame semicircular,<br />

então a integral do Exemplo 1 representa a massa do arame.] O centro de massa do arame<br />

com função densidade p está localizado no ponto (X,}), onde<br />

l .<br />

x ~ - I xp(x, y) ds<br />

m .. c<br />

- l ,. . )<br />

y ~- _yp(x,y ds<br />

m .c<br />

Outra interpretação física da integral de linha será discutida adiante neste capítulo.<br />

fKEMPUJ 3 c::: Um arame com o formato de um semicírculo x 2 + y 2 = 1, y O, é mais<br />

grosso perto da base do que perto do topo. Ache o centro de massa desse arame se a<br />

função densidade linear em qualquer ponto é proporcional à sua distância à reta y = 1.<br />

SOLUÇÃO Como no Exemplo 1, usamos a parametrização x = cos t, y = sen !,<br />

O -,s; t ::s Tr, e determinamos que ds = dt. A densidade linear é<br />

p(x, y) ~ k(l - y)<br />

onde k é uma constante, e então a massa do arame é<br />

Das Equações 4, temos<br />

y ~ ~ j' yp(x, y) ds ~<br />

m.c<br />

m ~ J k(l- y)ds ~ J'k(l- sent)dt<br />

c<br />

o<br />

~ k[t + cos t]~ ~ k(7T- 2)<br />

1<br />

f yk(l - y) ds<br />

k(rr-2).c<br />

I J'"( ') 1 [ , , ]"<br />

~ --- sen t- sen-t dt = --- -cos t- 7f + 4 sen 2t 0<br />

1T 2 o 1f-2 -<br />

4- T<br />

2(-rr - 2)<br />

Por simetria vemos que X = O, e o centro de massa é<br />

(Veja a Figura<br />

i<br />

4-1f)<br />

1<br />

O, " ) = (O, 0,38)<br />

\<br />

L\11-"""<br />

FIGURA 6<br />

X<br />

Duas outras integrais de Unha são obtidas trocando-se Lls; por Ô.x; = x;- Xi-l ou<br />

= y; - Yi---1 na Definição 2< Elas são chamadas integrais de liDhadefaolongodeC com<br />

relação a x e y:


1064 CÁLCULO<br />

Editora Thomson<br />

f f(x, y) dy ~ lim i f(x,*, y;*) 6.y,<br />

~c n---•x ,=:<br />

Quando queremos distinguir a integral de linha original J::f(x, y) ds das Equações 5 e 6.<br />

chamamos a mesma de integral de linha com relação ao comprimento do arco.<br />

As fórmulas seguintes dizem que as integrais de linha com relação a x e y podem ser<br />

calculadas escrevendo-se tudo em termos de 1: x = x(t), y ~ y(l), dx ~ x'(l) dt,<br />

dy ~ y'(t) dt.<br />

f f(x, y) dx ~ f' f(x(l), y(t))x'(l) dl<br />

.,c L<br />

r f(x, y) dy ~ fb f(x(t), y(l))y'(t) dl<br />

•. c l,<br />

Freqüentemente ocorre de as integrais de linha com relação a x e y aparecerem juntas.<br />

Quando isso acontece, é costume abreviar escrevendo<br />

J<br />

. P(x, y) dx + j' Q(x, y) dv = f P(x, y) dr + Q(x, y) dv<br />

c c ~ Jc •<br />

Quando estamos nos organizando para resolver uma integral de linha, às vezes o mais<br />

difícil é pensar em uma representação paramétrica para uma curva cuja descrição geométrica<br />

é dada. Em particular, freqüentemente precisamos parametrizar um segmento de<br />

reta, e portanto é útil lembrar que a representação vetorial do segmento de reta que inicia<br />

em ro e termina em r 1 é dada por<br />

(Veja a Equação 12.5.4.)<br />

r(t) ~ (1 - r)ro + tr, o.::;;;t~I<br />

Calcule Se y 2 dx + X dy, onde (a) c = c! é o segmento de reta de<br />

EXEl\flPLú 4 ~<br />

(-5, -3) a (0, 2) e (b) C~ C 2 é o arco de parábola x ~ 4- y 2 de (-5, -3) a (O, 2)<br />

(veja a Figura 7).<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) A representação paramétrica para o segmento de reta é<br />

X~ 51- 5 y =51- 3<br />

(-5, -3)<br />

FIGURA 7<br />

(Use a Equação 8 com r 0 ~ ( -5, -3) e r, ~ (O, 2).) Assim dx = 5 dt, dy ~ 5 dt, e a<br />

Fórmula 7 nos dá<br />

f y 2 dx +X dy ~ f' (51- 3) 2 (5 dt) + (51- 5)(5 dl)<br />

JG<br />

Jo<br />

f' -<br />

~ 5 Jo (251' - 25t + 4) dl<br />

251 3 251 2 ] !<br />

~s -----+41<br />

[ 3 2 o<br />

5<br />

6


James Stewart CAPÍTULO 16 CALCULO VETORiAL :::::! 1065<br />

(b) Como a parábola é dada em função de y, vamos usar y como parâmetro e escrever C2<br />

como<br />

X= 4- y 2 y=y -3 ,;y,; 2<br />

Então dx = -2y dy, e pela Fónnula 7, temos<br />

.,<br />

f ,Y 2 dx+xdy~ I" y 2 (-2y)dy+(4-y 2 )dy<br />

.,c, • -]<br />

~r] (-2y 3 - y 2 + 4)dy<br />

2<br />

v' J<br />

"<br />

~ [ - 2 - 3 + 4y -3 ~ 402<br />

Note que as respostas para os itens (a) e (b) do Exemplo 4 são diferentes, apesar de as<br />

duas curvas terem as mesmas extremidades. Assim, em geral, o valor de uma integral de<br />

linha depende não somente dos pontos extremos da curva, corno também da própria trajetória<br />

(veja a Seção 16.3 para condições nas quais a integral independe da trajetória).<br />

Note também que as respostas do Exemplo 4 dependem da orientação ou sentido em<br />

que a curva é percorrida. Se -C 1 representa o segmento de reta que vai de (0, 2) a<br />

(-5, -3), você pode verificar, usando a parametrização<br />

X~ -St y ~ 2- St<br />

que<br />

B<br />

Em geral, uma parametrização dada x ~ x(t), y ~ y(t), a ,; t ,; b, determina uma<br />

orientação de uma curva C, com a orientação positiva correspondendo aos valores crescentes<br />

do parâmetro t (veja a Figura 8, onde o ponto inicial A corresponde ao valor do<br />

I<br />

A<br />

parâmetro a e o ponto terminal B corresponde a t = b ).<br />

Se -C denota a curva constituída pelos mesmos pontos que C, mas com orientação<br />

contrária (do ponto inicial B para o ponto terminal A na Figura 8), então temos<br />

~<br />

a<br />

b<br />

f f(x,y)dx ~-f f(x,y)dx J_J(x, y) dy ~ - JJ(x, y) dy<br />

~~c ~c<br />

B<br />

I<br />

Mas, se integrarmos em relação ao comprimento de arco, o valor da integral de linha não<br />

I<br />

mudará quando revertermos a orientação da curva:<br />

A<br />

I<br />

FIGURA 8<br />

f(x, y) ds ~ { f(x, y) ds<br />

I<br />

f ~c Jc<br />

I<br />

Isso é porque i:lsi é sempre positivo, enquanto dx; e i:ly; mudam de sinal quando revertemos<br />

a orientação de C.<br />

I<br />

I<br />

Integrais de Linha no Espaço<br />

I<br />

Suponhamos agora que C seja uma curva espacial lisa dada pelas equações paramétricas<br />

x ~ x(t) )' ~ y(t) z ~ z(t)<br />

I '


1066 ::-J CÁtCUI..O Editora Thomsc;n<br />

ou pela equação vetorial r( I) = x(t) i + y(t) j + z(t) k. Se f é uma função de três variáveis<br />

que é contínua em alguma região eontendo C, então definimos a integral de linha de/ ao<br />

longo de C (com relação ao comprimento de arco) de modo semelhante ao feito para cur~<br />

vas planas:<br />

f f(x, y, z) ds = lim ± f(x(, yr, z,*) L\,s,<br />

,L n---•"" i=!<br />

Calculamos essa integral utilizando uma fórmula análoga à Equação 3:<br />

[J(x, y, z) ds = I ., j(x(t), y(t), z(t)) \./(dx)' - + (dy)' - + (dz)' -d dt<br />

J di v dt dt t<br />

Observe que as integrais das Equações 3 e 9 podem ser escritas de modo mais compacto<br />

com notação vetorial<br />

f" f(r(t))l r'(t) I dt<br />

,,<br />

Para o caso especial quando f(x, y, z) = !, temos<br />

L ds<br />

.f:' I r'(t) I dt = L<br />

onde L é o comprimento da curva C (ver a Seção 13.3.3).<br />

Também podemos definir integrais de linha ao longo de C com relação a x, y e z. Por<br />

exemplo,<br />

r f(x, y, z) dz =<br />

.C n-'-'-'' i=!<br />

lim ±J(xt, yr. z/) ilz,<br />

=<br />

l 'b<br />

j(x(t), y(t), z(t))z'(t) dt<br />

,,<br />

Portanto, como para as integrais de linha no plano podemos calcular integrais da forma<br />

fc P(x, y, z) dx + Q(x, y, z) dy + R(x, y, z) dz<br />

escrevendo tudo (x, y, z, dx, dy, dz) em termos do parâmetro I.<br />

61<br />

4<br />

t \<br />

2 2t } c<br />

0<br />

~1-<br />

n--d'<br />

1/l<br />

o<br />

---! / -I<br />

o<br />

FIGURA 9<br />

_\'<br />

X<br />

1 1<br />

EXEMPlO 5 ----- Calcule .1~ y sen z ds, onde C é a hélice circular dada pelas equações<br />

x = cos t, y = sen t, z = t, O ::s; t ::s; 2'Tf (veja a Figura 9).<br />

SOLUÇÃO A Fórmula 9 nos dá<br />

Jcysenzds=t'(sent)sent · .,_ ~(dx)' dt + (dy)' dt + (dz)' dt dt<br />

M 1'2c 1 .fi [ 1 'j'' FJ<br />

= -v~ ,(1 - cos 2t) dt = - t - 2 sen21; = v 2rr<br />

.o 2<br />

Calcule Jc y dx + z dy + x dz, onde C consiste no segmento de reta C, que<br />

EXEMPUl !í cc<br />

une (2, O, O) a (3, 4, 5) seguido pelo segmento de reta vertical C 2 de (3, 4, 5) a (3, 4, O).


l<br />

I<br />

James Stewart CAPÍTUlO 16 CÁLCULO VETORIAL c 1067<br />

SOLUÇÃO A Figura 10 mostra a curva C. Usando a Equação 8, escrevemos C 1 como<br />

r(1) = íJ - 1)(2, O, O) + t(3, 4, 5) = (2 + t, 4t, 5t)<br />

ou, na forma paramétrica, como<br />

Então<br />

x=2+t y = 41 z = 5t<br />

FIGURA 10<br />

t,, y dx + z dy + x dz =.C (41) dl + (51)4 dl + (2 + t)5 dt<br />

Da mesma maneira, C 2 pode ser escrito na forma<br />

f' (10 + 291)dl = !Ot + 29 t']' = 24,5<br />

~O 2 O<br />

r(t) =(I - 1)(3, 4, 5) + 1(3, 4, O) = (3, 4, 5 - St)<br />

ou X= 3 z = 5- St<br />

Então dx = O = dy, logo<br />

r ydx + zdy + xdz = j'' 3(-S)dl = -15<br />

.c,<br />

o<br />

Somando os valores das integrais, obtemos<br />

[ y dx + z dy + x dz = 24,5 - 15 = 9,5<br />

.c<br />

o<br />

FiGURA 11<br />

y<br />

Integrais de Linha de Campos Vetoriais<br />

Lembre-se da Seção 6.4 do Volume I em que o trabalho feito por uma forçaj(x) que move<br />

uma partícula de a até b ao longo do eixo x é W = f: f(x) dx. Depois, na Seção 12.3,<br />

achamos que o trabalho feito por uma força constante F para mover um objeto de um ponto<br />

__.,.<br />

P para outro ponto Q do espaço é W = F · D, onde D = PQ é o vetor deslocaroento.<br />

Suponha agora que F= P i + Q j +R k é um campo de força contínuo no ~ 3 • tal<br />

como o caropo gravitacional do Exemplo 4 da Seção 16.1 ou o campo de força elétrica do<br />

Exemplo 5 da Seção 16. J. (Um campo de força em ~ 2 pode ser visto corno um caso especial<br />

onde R= O e P e Q dependem só dex e y.) Queremos calcular o trabalho exercido por<br />

essa força movimentando uma partícula ao longo de uma curva lisa C.<br />

Dividimos C em subarcos P;- 1 P; com comprimentos ds,. dividindo o intervalo do<br />

parâmetro [a, b] em subintervalos de mesmo tamanho (veja a Figura 1 para o caso bidimensional<br />

ou a Figura 11 para o caso tridimensional). Escolha P;*(xf, yf, zt) no i-ésímo<br />

subarco correspondendo ao valor do parâmetro t't. Se As; é pequeno, o movimento da<br />

partícula de P;-J para P,. na curva se processa aproximadamente na direção de T(tt), versor<br />

tangente a Pt. Então, o trabalho feito pela força F para mover a particula de Pi -l para<br />

P,. é aproximadamente<br />

F(x,*. y(, z,*) · [ Lls, T(ti")] = [F(x 1 *, y,*, zT) · T(tt)] Lls;


1068 CÁLCULO Editora Thomson<br />

e o trabalho total executado para mover a partícula ao longo de C é aproximadamente<br />

"<br />

L [F(x,*, y,*, z,*) · T(xl', y,*, zl')] D.s,<br />

i:-'j<br />

onde T(x, y, z) é o versor tangente ao ponto (x, y, z) sobre C. Intuitivamente podemos ver<br />

que essas aproximações devem ficar melhores quando n aumenta muito. Portanto definimos<br />

o trabalho W feito por um campo de força F como o limite da soma de Riemann dada<br />

por (I I), ou seja,<br />

W ~ fF(x, y, z) · T(x, y, z) ds ~Se F · T ds<br />

A Equação 12 nos diz que o trabalho é a integral em (elação ao comprimento do arco da<br />

componente tangencial da força.<br />

Se a curva C é dada pela equação vetorial r(t) ~ x(t) i + y(t) j + z(t) k, então<br />

T(t) ~ r'(t)/f r'(t) f, e. da Equação 9 podemos reescrever a Equação 12 como<br />

~> [ r'(t) J<br />

f<br />

W~ ., F(r(t)) • fr'(t)f fr'(t)f dt =r F(r(t)) · r'(t) dt<br />

Essa última integral é freqüentemente abreviada como J~. F · dr e ocorre também em outras<br />

áreas da física. Portanto podemos definir a integral de linha para um campo vetorial<br />

contínuo qualquer.<br />

Seja F um campo vetorial contínuo definido sobre uma curva lisa C<br />

dada pela função vetorial r(t), a "' t "' b. Então a integral de linha de F ao longo<br />

de C é<br />

fF·dr~ j'"F(r(t))·r'(t)dt~<br />

~C .a • C<br />

[ F·Tds<br />

Quando usamos a Definição 13, devemos nos lembrar de que F(r(t)) é uma abreviação<br />

para F(x(t), y(t), z(t)), e calculamos F(r(t)) tomando x ~ x(t), y = y(t) e z = z(t) na<br />

expressão de F(x, y, z). Note também que podemos formalmente escrever que dr ~ r'(t) dt<br />

A Figura 12 mostra o campo de<br />

força e a curva do Exemplo 7. O<br />

trabalho realizado é negativo porque o<br />

campo impede o movimento ao longo<br />

da curva.<br />

;j<br />

I<br />

'<br />

_\~, \ \ \, \.<br />

'<br />

I<br />

'<br />

"<br />

I<br />

'<br />

\, ~<br />

'-.<br />

~<br />

~ ~<br />

I<br />

o<br />

1<br />

X<br />

~XEJV!f,.c'<br />

Determine o trabalho feito pelo campo de força F(x, y) ~ x 2 i - xy j para<br />

mover uma partícula ao longo de um quarto de círculo r(t) = cos ti + sen t j,<br />

o "' t "' 1T/2.<br />

SOLUÇÃO Como x = cos te y ~ sen t, temos<br />

e<br />

Portanto o trabalho realizado é<br />

F(r(t)) ~ cos 2 ti - cos t sen t j<br />

r'(t) =-senti+ cos tj<br />

f F· dr ~ ["!' F(r(t)) • r'(t) dt = [" 12 ( -2 cos 2 t sent) dt<br />

.,c Jo .o<br />

2<br />

3<br />

FIGURA 12


------------------------<br />

James Stewart CAPÍTULO 16 CÁLCULO VETORIAL c: 1069<br />

NOTA c; Apesar de L F • dr = J~- F • T ds e as integrais em relação ao comprimento do<br />

arco não trocarem de sinal quando a orientação do caminho é invertida, é verdade que<br />

porque o versor tangente T é substituído por seu negativo quando C é trocado por ~C<br />

· A Frgura í 3 mostra a cúbica torcrda<br />

C do Exemplo 8 e alguns vetores<br />

típicos ag;ndo em três pontos de C<br />

EXEMPU2<br />

retorcida dada por<br />

Calcule fc F · dr, onde F(x, y, z) ~ xy i + vz j + zx k e C é a cúbica<br />

X= t z =r' o~ t ~i<br />

SOLUÇÃO Temos<br />

r(t) ~ti+ t 2 j + t 3 k<br />

r'(t) ~i+ 2tj + 3t 2 k<br />

Então<br />

t F· dr = J:' F(r(t)) · r'(t) dt<br />

FIGURA 13<br />

X<br />

~~ _ t 1 5t 7 ]'<br />

~ J (1~' + 5t 6 )dt ~- +-<br />

o 4 7 o<br />

27<br />

28<br />

Finalmente, notamos a relação entre as integrais de linha de campos vetoriais e as integrais<br />

de linha de campos escalares. Suponha que um campo vetorial F em IR 3 seja dado<br />

sob a forma de componentes pela equação F~ P i + Q j +R k. Usamos a Definição 13<br />

para calcular sua integral de linha ao longo de C:<br />

f F · dr ~ [' F(r(t)) · r'(t) dt<br />

• C ~a<br />

~ r (P i + Q j + R k) · (x'(t) i + y'(t) j + z'(t) k) dt<br />

,,<br />

=<br />

,, f' [P(x(t), y(t), z(t))x'(t) + Q(x(t), y(t), z(t))y'(t) + R(x(t), y(t), z(t))z'(t)] dt<br />

Mas essa última integral é precisamente a integral de linha de (10). Portanto, temos<br />

f F · dr ~ f P dx + Q dy + R dz<br />

.c .c<br />

onde F~Pi + Qj +Rk<br />

Por exemplo: a integral JcY dx + z dy + x dz do Exemplo 6 poderia ser expressa como<br />

fcF · drondc<br />

F(x, y, z) ~ y i + z j + x k


1070 CÁLCULO Editora Thomson<br />

i-16 =:: Calcule a integral de linha, onde C é a curva dada.<br />

1. J~yds, C:x=t 2 , )'=t, O~t:;;:;;2<br />

2. Jc(y/x)ds, C:x = ("', y = t 3 , ~:;::;; t ~I<br />

3. Jc xy 4 ds. C é a metade direita do círculo xc + y 2 = 16<br />

4. Jcye' ds, C é o segmento de reta que liga (l, 2) a (4. 7)<br />

5 .. fr- Cry + ln x) dy,<br />

C é o arco de parábola y = x" de (l, 1) a (3, 9)<br />

18. A figura mostra um campo vetorial F e duas curvas. C. e C).<br />

As integrais de linha de F sobre C e C:~ são positivas,<br />

negativas ou nulas Explique.<br />

6. J~.· xeY dx,<br />

C é o arco de curva x =e-'" de (1, 0) a (e, I)<br />

· 7. J~: xy dx + (x ~,V) dy, C consiste nos segmentos de reta de (0,<br />

O) a (2, 0) e de (2, 0) a (3, 2).<br />

8. Jcsenx dx + cos y dy, C consiste na metade superior da<br />

circunferênciax 2 + y" = 1 de(l,O)a(-l,O)eosegmentode<br />

reta de (-I, 0) a (-2, 3).<br />

9 . . C~xy 3 ds, C: x = 4 sen t, y = 4 cos t, z = 3t, O~ t ~ n/2<br />

10. fcx 2 z ds, C é o segmento de reta de (0, 6, ~I) a (4, 1, 5)<br />

t1~ .C:::xeY" ds, C é o segmento de reta de (0, O, O) a (l, 2, 3)<br />

12. Jc (2x + 9z) ds, C x = t, y = t 2 , z = t 3 , O :s; t ~ 1<br />

13. J~x 2 y-/;dz, C: x = t 3 , )' = t, z = t 2 , O,:;: t ~ 1<br />

14. Jc z dx + X dy + y dz, C: x = ! 2 , y = ! 3 , z = t 2 , O ~ t ~ 1<br />

15. J~-· (x + yz) dx + 2x dy + xyz dz, C consiste nos segmentos de<br />

reta de (1, O, 1) a (2, 3, 1) e de (2, 3, 1) a (2, 5, 2)<br />

16. Jcx 2 dx + y 2 dy + z 2 dz, C consiste nos segmentos de reta de<br />

(0, O, 0) a (1, 2, -1 ), e de (1, 2, -1) a (3, 2, O)<br />

17. Seja F o campo vetorial mostrado na figura.<br />

(a) Se C 1 é o segmento de reta vertical de ( -3, -3) a ( ~ 3, 3),<br />

determine se L. F · dr é positivo, negativo ou zero.<br />

(b) Se C 2 é o círculo de raio 3 c centro na origem percorrido<br />

no sentido anti-horário, determine se L", F · dr é positivo,<br />

negativo ou zero.<br />

/'/',~~ -..~~"\.<br />

I / / / 2 ' ~ ~ ~ ''<br />

~<br />

I I / /<br />

-<br />

i !<br />

L2'- ~1<br />

'<br />

Qi<br />

' " ' \<br />

\ \ \<br />

'<br />

! 2 1 "''X<br />

\ \ \ " '<br />

-!~t / I I j<br />

\ \ ' ' -1- / / I I<br />

~2<br />

'\ ' "" ~ -I o' / / I I<br />

"--, ' ' "-.....~-+


James Stewart CAPÍTUlO '16 CALCULO VETORLli.l L: 1071<br />

27. Detem1inc o valor exato de _i~_.x- 1 y 5 ds, onde C é a parte da<br />

astróide x = cos 3 t, y = scn't no primeiro quadrante.<br />

28. Determine o valor exalo de J~, F · dr, onde<br />

F(x,y,z) =x\:,ri + lnzj + + keCéosegmentodc<br />

reta entre (1, 2, I) a (6, 4, 5).<br />

29. Se C é a curva com equações paramétJicas x· =In t, y =e __ ,,<br />

l ~ t ~ 2, use uma calculadora ou CAS para calcular a integral<br />

de linha Jc x sen y ds com precisão até a terceira casa decimaL<br />

30. (a) Detemüne o trabalho realizado pelo campo de força<br />

F(x. y) = x 2 i + xy j sobre uma partícula que dá uma<br />

volta no círculo x 2 + y 2 = 4 no sentido anti-horário.<br />

(b) Utilize um sistema algébrico computacional para desenhar<br />

o campo de força e o círculo na mesma tela. Use essa<br />

figura para explicar sua resposta da parte (a).<br />

31. Um arame fino é enlürtado no formato de uma<br />

semicircunferência x" + y" = 4, x :;;o: O. Se a densidade<br />

linear for uma constante k, determine a massa e o centro de<br />

massa do arame.<br />

32. Determine a massa e o centro de massa de um arame tlno no<br />

formato de um quarto de círculo x 2 + y 2 = r 2 , x :;;o: O,)-. o O,<br />

se a função densidade for p(x, y) = x + y.<br />

33. (a) Escreva fónnulas semelhantes à Equação 4 para o centro<br />

de massa (i.}, Z) de um arame fino com função densidade<br />

p(x, y, z) e forma da curva espacial C.<br />

(b) Determine o centro de massa de um arame com formato da<br />

hélice x = 2 sen t, y = 2 cos t, z = 3t, O ~ t ~ 21T, se a<br />

densidade for uma constante k.<br />

34. Determine a massa e o centro de massa de um arame com<br />

formato da hélice x = t, y = cos t, z = sen t, O ~ t ~ 21T, se a<br />

densidade em qualquer ponto for igual ao quadrado da<br />

distância do ponto à origem.<br />

35. Se um arame com densidade linear p(x, y) está sobre uma<br />

curva plana C, seu momento de inércia em relação aos eixos x<br />

e y são definidos como<br />

l, ~ J'. y'p(x, y) ds<br />

c<br />

1,. = t x 2 p(x, y) ds<br />

Determine os momentos de ínércia do arame do Exemplo 3.<br />

36. Se um arame com densidade linear p(x, y, z) está sobre uma<br />

curva espacial C, seu momento de inércia em relação aos<br />

eixos x, J" e z são definidos como<br />

l" ~r (y' + z')p(x,y, z) ds<br />

.c<br />

l, ~ j' (x' + z')p(x, y, z) ds<br />

,c<br />

I, ~ j' (x' + y')p(x, y, z) ds<br />

.c<br />

Dete1mine os momentos de inércia do arame do Exercício 33.<br />

Determine o trabalho realizado pelo campo de força<br />

F(x, y) = x i + (y + 2) j para movimentar um objeto sobre<br />

um arco da ciclóide r(t) = (t- sent) i+ (i ~ cos t) j,<br />

o ~ t ~ 27i.<br />

38. Determine o trabalho realizado pelo campo de força<br />

F(x, y) = x sen y i + y j para movimentar um objeto sobre a<br />

parábolay ~ x' de (-1, !) a (2, 4).<br />

39. Detennine o trabalho realizado pelo campo de força<br />

F(x, y, z) = (v + z, x + z, x + y) sobre uma partícula que se<br />

move ao longo do segmento de reta (l, O, O) a (3, 4, 2).<br />

40. A força exercida pela carga elétrica colocada na origem sobre<br />

uma partícula carregada em um ponto (x, y, z) com vetor<br />

posição r =


1072 CÁlCUlO Editora Thomson<br />

46. Experimentos mostram que uma corrente contínua I em um<br />

fio comprido produz um campo magnético B que é tangente<br />

a qualquer círculo em um plano perpendicular ao fio e cujo<br />

centro seja o eixo do fio (corno na figura). A Lei de Ampàe<br />

relaciona a corrente elétrica ao campo magnético criado e estabelece<br />

que<br />

İ<br />

B · dr ~ Jkol<br />

,ç<br />

onde I é a corrente que passa por qualquer superfície limitada<br />

por uma curva fechada C e J.Lo é uma constante chamada per~<br />

meabilidade do espaço livre. Tomando C como um círculo com<br />

raio r, mostre que a amplitude B = I B I do campo magnético à<br />

distância r do centro do fio é<br />

8 ~ Jkol<br />

2trr<br />

I<br />

Teorema Fundamental para as Integrais de Linha<br />

Lembre-se da Seção 5.3 do Volume I em que a Parte 2 do Teorema Fundamental do<br />

Cálculo pode ser escrita como<br />

r F'(x) dx ~ F(b) - F(a)<br />

onde F' é contínua em [a, b]. A Equação 1 também é chamada Teorema da Variação Total:<br />

a integral da taxa de variação é a variação total.<br />

Se consideramos o vetor gradiente V f da função f de duas ou três variáveis como uma<br />

espécie de derivada de f, então o teorema seguinte pode ser considerado uma versão do<br />

Teorema Fundamental do Cálculo para as integrais de linha.<br />

A<br />

y<br />

B (x,. y,)<br />

Teorema Seja C uma curva lisa dada pela função vetorial r(t), a ,;; t ,;; b. Seja<br />

fuma função diferenciável de duas ou três variáveis cujo vetor gradiente \/f é<br />

contínuo em C. Então<br />

L V f· dr = f(r(b)) - f(r(a))<br />

c<br />

X<br />

NOTA o O Teorema 2 nos diz que podemos calcular a integral de linha de um campo<br />

vetorial conservativo (o campo vetorial gradiente da função potencial/) sabendo apenas<br />

o valor de f nos pontos terminais de C. De fato, o Teorema 2 diz que a integral de linha de<br />

V f é a variação total de f Se f é uma função de duas variáveis e C, uma curva plana com<br />

início em A(x" y;) e término em B(xz, yz), como na Figura l, o Teorema 2 fica<br />

B (x,, y,. z,)<br />

f. \/f· dr ~ f(x,,y,)- f(x:,y,)<br />

.c<br />

Se f é uma função de três variáveis e C. uma curva espacial ligando o ponto A(xJ. y:, Z1)<br />

ao ponto B(x2, }'2, z2), então temos<br />

FIGURA 1<br />

Vamos provar o Teorema 2 nesse caso.<br />

j. \/f· dr = f(xz,yz, zz)- f(x,,y,, z,)<br />

c .


James Stewart CAPÍTt,HO 16 CALCULO VETORIAL C 1073<br />

~:'ú'ic ,tõi&rr,, · Usando a Definição 16.2.13, temos<br />

f V/· dr ~ j"' Vf(r(t)) · r'(t) dt<br />

• (<br />

• a<br />

1 ax dt ay dt az dt<br />

'h ( Jf dx Jf dv Jf dz)<br />

~~+---'-+~-<br />

•. d<br />

~ j'-/(r(t)) dt<br />

•" dt<br />

~ f(r(b)) - J(r(a))<br />

dt<br />

O último passo segue do Teorema Fundamental do Cálculo (Equação 1).<br />

Apesar de termos provado o Teorema 2 para curvas lisas, ele também vale para curvas<br />

lisa por trecho. Isso pode ser visto subdividindo-se C em um número finito de curvas lisas<br />

e somando as integrais resultantes.<br />

Determine o trabalho realizado pelo campo gravitacional<br />

ao mover uma partícula com massa m do ponto (3, 4, 12) para o ponto (2, 2, 0) ao longo<br />

da curva lisa por trechos C (veja o Exemplo 4 da Seção 16.1).<br />

SOLUÇÃO Da Seção 16.1 sabemos que F é um campo vetorial conservativo e, de fato,<br />

F~ V f, onde<br />

Portanto, pelo Teorema 2, o trabalho realizado é<br />

W~ f F·dr~j· ílj·dr<br />

.c c<br />

~ /(2, 2, O) - /(3, 4, 12)<br />

Independência do Caminho<br />

Suponha que C, e C, sejam curvas lisas por trecho (chamadas caminhos) que têm o<br />

mesmo ponto inicial A e o mesmo ponto terminal B. Sabemos do Exemplo 4 da Seção 16.2<br />

que, em geral, J~, F · dr #- J~-, F · dr. Mas uma decorrência do Teorema 2 é que<br />

V<br />

f.<br />

f· dr ~ J. V f· dr<br />

c, c,<br />

sempre que 'V f for contínuo. Em outras palavras, a integral de linha de um campo vetorial<br />

conservativo depende somente dos pontos extremos da curva.<br />

Em geral., se F for um campo vetorial contínuo com domínio D, dizemos que a integral<br />

de linha Jc F • dr é independente do caminho se Se, F · dr ~ f c. F • dr para quaisquer


1074 CÁlCUlO<br />

FIGURA 2<br />

Um curva fechada<br />

FIGURA 3<br />

Editora Thomson<br />

dois caminhos C1 e C2 em D que tenham os mesmos pontos iniciais e finais. Com essa terminologia,<br />

podemos· dizer que as integrais de linha de campos vetoriais conservativos são<br />

independentes do caminho.<br />

Uma curva é dita fechada se seu ponto terminal coincide com seu ponto inicial, ou seja,<br />

r(b) ~ r(a) (veja a Figura 2). Se J~ F· dr é independente do caminho em De C é uma<br />

curva fechada em D, podemos escolher quaisquer dois pontos A e B sobre C e olhar C<br />

como composta por um caminho C 1 de A a B seguido de um caminho C 2 de B a A (veja a<br />

Figura 3). Então<br />

l F· dr ~ J: F· dr + L, F· dr ~L F· dr J_c F· dr ~O<br />

já que C1 e ~c~ têm os mesmos pontos iniciais e finais.<br />

Por outro lado, se é verdade que f_ F · dr = O sempre que C for um caminho fechado<br />

.é<br />

em D, podemos demonstrar a independência do caminho, como segue. Tome quaisquer<br />

dois caminhos C1 c c~ de A a Bem D c defina C como a curva constituída por C 1 seguida<br />

por - C 2 . Então<br />

O~ .C F · dr ~L F· dr + L. F · dr ~ Jc. F · dr ~ t F· dr<br />

e J~, F · dr = Jc F · dr. Assim, provamos o seguinte teorema.<br />

f .. F · dr é independente do caminho em D se e somente se<br />

.é<br />

TeoremR<br />

· ~ O para todo caminho fechado C em D.<br />

yl<br />

I<br />

'<br />

I<br />

I<br />

or<br />

FIGURA 4<br />

X<br />

Como sabemos que a integral de linha de qualquer campo vetorial conservativo F é<br />

independente do caminho, segue-se que J~ F · dr = O para qualquer caminho fechado. A<br />

interpretação física é que o trabalho realizado por qualquer campo de força conservativo<br />

(tal como o campo gravitacional ou o campo elétrico da Seção 16. 1) para mover um objeto<br />

ao redor de um caminho fechado é O.<br />

O teorema a seguir fala que somente campos vetoriais independentes do caminho são conservativos.<br />

Ele está estabelecido e provado para curvas planas, mas existe uma versão espacial<br />

desse teorema. Admitiremos que D seja aberto, o que significa que para todo ponto P<br />

em D existe uma bola aberta com centro em P inteiramente contida em D. (Portanto D não<br />

tem nenhum ponto de sua fronteira.) Além disso, admitiremos que D seja conexo. Isso significa<br />

que quaisquer dois pontos de D podem ser ligados por um caminho inteiramente<br />

contido em D.<br />

í4l Teorema Suponha que F seja um campo vetorial contínuo sobre uma região<br />

aberta conexa D. Se Jc F · dr for independente do caminho em D, então F é<br />

campo vetorial conservativo, ou seja, existe uma função f tal que V f= F.<br />

Prova Seja A(a, b) um ponto fixo em D. Vamos construir a função potencial f desejada<br />

definindo<br />

f(x, y) ~ f'' ~l F · dr<br />

Jia. h<br />

para qualquer ponto (x, y) em D. Como Jc F · dr é independente do caminho, não k>teressa<br />

qual o caminho de integração utilizado entre (a, b) c (x, y) para definirj(x, y). Como D é<br />

aberto, existe uma bola aberta contida em D com centro em (x, y). Escolha qualquer ponto<br />

(x" y) na bola aberta com x, < x e considere C como qualquer caminho C 1 de (a, b) a<br />

(x" y) seguido pelo segmento de reta horizontal C 2 de (x 1 , y) a (x, y) (veja a Figura 4). Então<br />

f(x,y) = Jc, F· dr + F·dr~ F·dr+ f F·dr<br />

b) •. c,


James Stewart CAPÍTUlO 16 CÁLCULO VETORIAL 1075<br />

Note que a primeira dessas integrais não depende de x, e assim<br />

a a ·<br />

-f(x,y)~O+-j<br />

()x<br />

dx ~C,<br />

F·dr<br />

Se escrevermos F = P i + Q j, então<br />

fc.F · dr ~f, Pdx + Qdy<br />

Sobre C:, y é constante, dy =O. Usando t como parâmetro, onde x 1 ~ t ::c; x, temos<br />

a a · a ,<br />

-f(x,y) ~ -j P dx + Qdy ~ -J P(t, y) dt ~ P(x,y)<br />

ax dx c, ax x,<br />

pela Parte 1 do Teorema Fundamental do Cálculo (veja a Seção 5.3 no Volume !).<br />

Uma argumentação semelhante, usando um segmento de reta vertical (veja a Figura 5),<br />

mostra que<br />

Então<br />

-f(x,y)~a<br />

ai<br />

Pdx+Qdy~-af,<br />

Q(x,t)dt~Q(x,y)<br />

ay ay c, ay .,,<br />

FIGURA 5<br />

que mostra que F é conservativo.<br />

Uma questão permanece: como é possível saber se um campo vetorial é conservativo<br />

ou não Suponha que saibamos que F ~ P i + Q j seja conservativo, onde P e Q tenham<br />

derivadas parciais de primeira ordem contínuas. Então existe uma função f tal que F ~ '1/ f,<br />

ou seja,<br />

e<br />

Portanto, pelo Teorema de Clairaut,<br />

ay ayax àxày ax<br />

simples,<br />

não fechada<br />

não simples,<br />

não fechada<br />

Se F(x, y) ~ P(x, y) i + Q(x, y) j é um campo vetorial conservativo,<br />

onde P e Q têm derivadas parciais de primeira ordem contínuas sobre um dominío<br />

D, então em todos os pontos de D ternos<br />

simples,<br />

fechada<br />

FIGURA 6<br />

Tipos de curvas<br />

não simples,<br />

fechada<br />

O recíproco do Teorema 5 só é verdadeiro para um tipo especial de região. Para explicar<br />

isso precisamos do conceito de curva simples, que é uma curva que não se intercepta em<br />

nenhum ponto entre os pontos tenninais. [Veja a Figura 6; r(a) ~ r(b) para uma curva<br />

simples fechada, mas r(t,) ,P r(t,) quando a < t, < t, < b.]<br />

No Teorema 4 precisamos de região conexa. Para o próximo teorema precisaremos de<br />

uma condição mais forte. Uma região simplesmente conexa em um plano é uma região


1076 c CÁLCULO Editora Thomson<br />

região simplesmente conexa<br />

conexa D tal que toda curva simples fechada em D contorna somente pontos que estão em<br />

D. Note que, da Figura 7, intuitivamente falando, urna região simplesmente conexa não<br />

contém buracos nem é constituída por dois pedaços separados.<br />

Para regiões simplesmente conexas podemos estabelecer o recíproco do Teorema 5, que<br />

fornece um processo conveniente para verificar se um campo vetorial em !R 2 é conservativo.<br />

A demonstração será esboçada na próxima seção como conseqüência do Teorema de Greens.<br />

FIGURA 7<br />

regiões que não são<br />

simplesmente conexas<br />

10<br />

"'".·.· Hm::, Seja F = P i + Q j um campo vetorial sobre uma região D aberta e<br />

simplesmente conexa. Suponha que P c Q tenham derivadas parciais de primeira<br />

ordem contínuas c que<br />

:E~ntão<br />

F é conservativo.<br />

i!!_ ~ aQ<br />

Jy ax<br />

por toda a região D<br />

w<br />

-10 -'--'-'·"--· íf.-. 4=)'--•<br />

-+;-·-. c_· -. 1-'- 1 o<br />

FIGURA 8<br />

c. ·I ..<br />

·r<br />

-10<br />

As Figuras 8 e 9 mostram os campos<br />

vetoriais dos Exemplos 2 e 3,<br />

respectivamente. Os vetores da Figura<br />

8 que começam na curva fechada C<br />

parecem apontar basicamente para a<br />

mesma direção que C Assim parece<br />

que L- F· dr >O e portanto F não é<br />

conservativo. Os cálculos no Exemplo 2<br />

confirmam essa impressão_ Alguns dos<br />

vetores perto das curvas C e C 2 na<br />

F1gura 9 apontam aproximadamente<br />

para a mesma direçáo que as curvas,<br />

enquanto outros apontam para a<br />

direçáo oposta. Portanto parece<br />

razoável que as integrais de linha sobre<br />

toda curva fechada sejam O. O Exemplo<br />

3 mostra que de fato F é conservativo<br />

2<br />

é ou não conservativo.<br />

Determine se o campo vetorial<br />

F(x, y) ~ (x y) i + (x - 2) j<br />

SOLUÇÃO Seja P(x, y) ~ x - y e Q(x, y) ~ x - 2. Então<br />

aP<br />

ay<br />

-I<br />

aQ<br />

Jx<br />

Como oP/Jy r" JQ/Jx, pelo Teorema 5, F não é conservativo.<br />

EXHuiPUJ 3 _J<br />

é ou não conservativo.<br />

Determine se o campo vetorial<br />

F(x, y) ~ (3 + 2xy) i+ (x 2 - 3y 2 )j<br />

SOLUÇÃO Seja P(x, y) ~ 3 + 2xy e Q(x, y) ~ x 2 -<br />

JP JQ<br />

-~2x~­<br />

Jy ax<br />

3y 2 Então<br />

Além disso, o domínio de F é o plano inteiro (D = !R 2 ), que é aberto e simplesmente<br />

conexo. Portanto podemos aplicar o Teorema 6 e concluir que F é conservativo.<br />

FIGURA 9<br />

-2<br />

No Exemplo 3, o Teorema 6 diz que F é conservativo, mas não mostra corno encontrar<br />

a função (potencial) f tal que F ~ V f. A prova do Teorema 4 dá indícios de como encontrar/<br />

Usamos '"'integração parcial", como no exemplo a seguir.<br />

EXEMPLO 4 c:<br />

(a) Se F(x, y) ~ (3 + 2xy) i+ (x 1 - 3y 2 )j, determine uma função f tal que F~ V f.<br />

(b) Calcule a integral de linha J~ F· dr, onde C é a curva dada por<br />

r(t) = e 1 senti + e 1 cos tj, O~ t ~ 11.


1<br />

James Stewart<br />

CAPÍTULO 16 CALCULO VETORi/\..L<br />

1077<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Do Exemplo 3 sabemos que F é conservativo, e assim existe uma função f com<br />

ílf= F, oo seja,<br />

.t(x, y) = 3 + 2xy<br />

f,(x, y) = x 2 -<br />

3y'<br />

Integrando (7) com relação a x, obtemos<br />

f(x, y) = 3x + x'y + g(y)<br />

Note que a constante de integração é uma constante em relação a x, ou seja, uma função<br />

de y, que chamamos g(y). Em seguida diferenciamos ambos os lados de (9) em relação a y:<br />

Comparando (8) e (lO), vemos que<br />

f(x, y) = x 2 + g'(y)<br />

g'(y) =<br />

-3y'<br />

Integrando com relação a y, obtemos<br />

g(y) =<br />

+ K<br />

onde K é uma constante. Substituindo em (9), temos<br />

corno a função potencial desejada.<br />

f(x, y) = 3x + x 2 y - y 2 + K<br />

(b) Para aplicar o Teorema 2 devemos conhecer os pontos inicial e final de C, ou seja,<br />

r( O)= (O, I) e r(1r) = (0, -e"). Na expressão paraj(x, y) da parte (a), qualquer valor<br />

da constante K serve. Então tomemos K = O. Assim temos<br />

J " F· dr = J' c c<br />

ílf· dr = f(O, -e")- /(0, I)<br />

Esse método é mais curto que o método direto de cálculo para as integrais de linha que<br />

aprendemos na Seção 16.2.<br />

Um critério para determinar se um campo vetorial F em IR: 3 é ou não conservativo será<br />

dado na Seção 16.5. Enquanto isso, o próximo exemplo mostra que a técnica para achar<br />

funções potenciais é muito semelhante à utilizada para campos vetoriais em ~ 2 •<br />

EXEMPLO 5 = Se F(x, y, z) = y' i + (2xy + e 3 ')j + 3ye 3 ' k, determine uma função f tal<br />

que ílf= F.<br />

SOLUÇÃO Se existe tal função f, então<br />

fx(x, y, z) =<br />

J;(x, y, z) = 2xy + e 3 '<br />

I<br />

'b;;;>'-:....:.~'t.&'<br />

;J&;-<br />

*il.'%-JI@fflll' í.,' -·l!i&.L~'"'*-'"-""'._j·J&L-"""'--$~·""' .,, __ ..._.,iii\~.!Q..~gwfu~gil


1078 c CÁlCUlO Editora Thomson<br />

Integrando ( 11) em relação a x, obtemos<br />

f(x, y, z) ~ xy 2 + g(y, z)<br />

onde g(y, z) é uma constante em relação a x. Então, diferenciando (l4) em relação a y.<br />

temos<br />

e, comparando com (12), vem<br />

Jy(x, y, z) ~ 2xy + g,(y, z)<br />

g,(y, z) ~ e 3 '<br />

Então, g(y, z) ~ ye 3 ' + h(z) e reescrevemos (14) como<br />

f(x, y, z) ~ xy' + ye 3 ' + h(z)<br />

Finalmente, diferenciando em relação a z e comparando com (13), obtemos h 1 (z) =O e,<br />

portanto, h(z) ~ K, uma constante. A função desejada é<br />

É fácil verificar que \1 f~ F.<br />

f(x, y, z) ~ xy' + ye 3 ' + K<br />

Conservação de Energia<br />

Vamos aplicar as idéias deste capítulo para um campo de forças contínuo F que move um<br />

objeto ao longo de uma trajetória C dada por r(t), a ,-s t ,-s b, onde r( a) ~A é o ponto inicial<br />

e r(b) ~ B é o ponto terminal de C. Pela Segunda Lei do Movimento de Newton (veja<br />

a Seção 13.4), a força F(r(r)) em um ponto de C está relacionada com a aceleração<br />

a( r) ~ r"(t) pela equação<br />

F(r(t)) ~ mr"(t)<br />

Assim o trabalho realizado pela força sobre o objeto é<br />

W ~ Jc F · dr ~ J: F(r(t)) · r'(t) dt<br />

~ [b mr"(t) • r'(t) dt<br />

·"<br />

m Jb d<br />

~ - - (r'(t) · r'(t)] dt<br />

2 " dt<br />

~ !!'. fb.!!... 1 r'(t) 1' dt<br />

2 " dt<br />

~ ; [I r'(t) I'J:<br />

(feornml l3.2.3, fórmula ~t)<br />

(Tsu;-c-rna fund3.mcnlai do Cáiculo)<br />

~ ; (I r'(b) I' - I r'( a)!')


1<br />

CAPÍTUlO 16 CÁLCULO VETORiAL [i 1079<br />

Portanto<br />

w~ lmJv(b)J' -lmJv(aJI'<br />

onde v = r' é a velocidade.<br />

A quantidade ~m I v(t) 1 2 , ou seja, metade da massa vezes o quadrado da rapidez, é<br />

chamada energia cinética do objeto. Portanto podemos reescrever a Equação 15 como<br />

W ~ K(B) -<br />

K(A)<br />

que diz que o trabalho realizado pelo campo de forças ao longo do caminho C é igual à<br />

variação da energia cinética nos pontos terminais de C.<br />

Agora vamos admitir que F seja um campo de forças conservativo; ou seja, podemos<br />

escrever F ~ \1 f. Em física, a energia potencial de um objeto no ponto (x, y, z) é definida<br />

como P(x, y, z) ~ -j(x, y, z), e temos F~ -VP. Então, pelo Teorema 2, temos<br />

W ~ f F· dr ~ -j· \lP · dr<br />

.c c<br />

~ -[P(r(b)) - P(r(a))]<br />

~ P(A)- P(B)<br />

Comparando essa equação com a Equação 16, vemos que<br />

P(A) + K(A) ~ P(B) + K(B)<br />

que diz que, se um objeto se move de um ponto A para outro B sob a influência de um<br />

campo de forças conservativo, então a soma de sua energia potencial e energia cinética permanece<br />

constante. Essa é a chamada Lei de Conservação de Energia e é a razão pela qual<br />

o campo vetorial é denominado conservativo.<br />

Exercícios<br />

1. A figura mostra uma curva C e um mapa de contorno de uma<br />

função f cujo gradiente é contínuo. Determine f c 'V f· dr. '>z<br />

o l<br />

y<br />

i<br />

o i<br />

'<br />

6 4<br />

'<br />

1 3 5<br />

2 g 2 9<br />

'<br />

2<br />

7<br />

2. É dada uma tabela de valores de uma função f com gradiente<br />

contínuo. Determine J~ V f· dr, onde C tem equações<br />

paramétricas x = t 2 + 1, y = t 3 + t, O ::s: t ::s: l.<br />

3-HJ ~ Determine se F é ou não um campo vetorial conservativo.<br />

Se for, determine uma função f tal que F= V f<<br />

3. F(x,y) ~ (6x + 5y)i + (Sx + 4y)j<br />

4. F(x, y) ~ (x 3 + 4xy) i+ (4xy- y 3 )j<br />

5. F(x, y) ~ xe' i + ye' j<br />

6. F(x,y) = eYi + xeY j<br />

7. F(x, y) = (2x cos y - y cos x) i + (-x 2 seny - senx) j<br />

8. F(x,y) ~ (l + lxy + lnx)i +


1080 ll CÁlCUlO Editora Thomson<br />

9. F(x, y) = (yex + sen _v) i + (e" + x cos _v) j<br />

10. F(x, _v)= (xy cosh xy + senhxy) i+ (X" 1 cosh xy}j<br />

11. A figura mostra o campo vetorial F(x, y) = "-._/ ./""<br />

':- ',_:/'~-<br />

/'\,_/·-(;'<br />

/'<br />

... _.S J<br />

1'2<br />

14. F(x v)~ -·--i+ 2v arctv xj',<br />

'. 1 + x2 . o<br />

C: r(t) ~ t'i + 2tj, O >S t >S l<br />

15; F(x, y, z) ~ yz i + xz j + (xy + 2z) k,<br />

C é o segmento de reta de (1, O, -2) a (4, 6, 3)<br />

16. F(x,y,z) ~ (2xz + y')i + 2xyj + (x 2 + 3z 2 )k,<br />

C: x = t 2 , y = t + l, z = 2t - 1, O ~ t ~ 1<br />

17. F(x,y,z) = y 2 coszi + 2xycoszj- xy 2 senzk,<br />

C: r(t) = t 2 i + sentj + tk, O :::s t :::s Tr<br />

18. F(x,y,z) ~e' i+ xe'j + (z + l)e'k,<br />

C: r(t) = ti + t 2 j + t 3 k, O ~ t ::o::; 1<br />

J~;-2:3 __ Mostre que a integral de linha é independente do<br />

caminho e calcule a integral.<br />

19. Jc tg y dx + x sec 2 ydy, C é qualquer caminho de (1, O)<br />

a (2, 1T/4)<br />

20. fc(l- ye')dx + e-'dy, Céqualquercaminhode (O, I)<br />

a (1, 2)<br />

Determine o trabalho realizado pelo campo vetorial de<br />

força F movendo um objeto de P a Q.<br />

21. F(x, y) ~ 2y'i' i+ 3xyj j; P(l. 1), Q(2, 4)<br />

22. F(x,y) ~ (v'/x')i- (2y/x)j: P(l,l), Q(4. -2)<br />

23. O campo vetorial mostrado na figura é conservativo Explique.<br />

V' t<br />

_,I ~ "<br />

__ , --i ,_<br />

/ / / / /X<br />

-1///<br />

-~~=~ //<br />

2-0~25 . A partir do gráfico de F você diria que ele é<br />

conservativo Verifique se seu palpite Ctava correto.<br />

24. F(x,y) ~ (2xy + seny)i + (x' + xcosy)j<br />

(x - 2y) i + (x- 2) j<br />

25. F(x, y) ~ _ ,<br />

Vl+r+y 2<br />

26. Seja F= V f, onde f(x. y) = sen(x 2y). Determine as curvas<br />

C 1 e C 2 que não sejam fechadas e satisfaçam a equação.<br />

(a) Se_ F· dr ~O (b) f F· dr ~ 1<br />

.c,<br />

L~~:· Mostre que, se um campo vetorial F = P i + Q j + R k é<br />

conservativo e P, Q, R têm derivadas parciais de primeira<br />

ordem contínuas, então<br />

aP aQ aP aR aQ aR<br />

ay ax az ax az ay<br />

28. Use o Exercício 27 para mostrar que a integral de linha<br />

fc y dx + x dy + xyz dz não é independente do caminho.<br />

29-32 c Determine se o conjunto dado é ou não: (a) aberto, (b)<br />

conexo e (c) simplesmente conexo.<br />

!ljjí {(x,y) lx > O,y >O}<br />

30. {(x,y)!x9"0)<br />

31. {(x, y) ll < x 2 + y 2 < 4)<br />

32. {(x, y) lx' + y' >S l ou 4 >S x' + y 2 >S 9)<br />

-y i+ xj<br />

Seja F(x, y) = x 2 + y 2<br />

(a) Mostre que àP/ily ~ iJQ/Ux,<br />

(b) Mostre que Se F· dr não é independente do caminho.<br />

[Dica: Calcule t F • dr e Se F . dr, onde c1 e c2 são as<br />

metades superior e inferior dO círculo x 2 + y 2 = 1 de<br />

(1, O) a ( -1, O).] Isso contraria o Teorema 6


1<br />

James Stewart CAPÍTULO 16 CÁLCULO VETORiAL 1081<br />

34. (a) Suponha que F seja um campo vetorial quadrado inverso,<br />

ou seja,<br />

c r<br />

F(r) ~ - -,-,<br />

ri<br />

para alguma constante c, onde r= x i + .r j + z k. Deter~<br />

mine o trabalho realizado por F ao mover um objeto de um<br />

ponto P 1 por um caminho para um ponto P-:; em termos da<br />

dístância d 1 e d~ desses pontos à origem.<br />

(b) Um exemplo de um campo quadrado inverso é o campo<br />

gravitacional F= -(mMG)r/J r 1-' discutido no Exemplo 4<br />

da Seção 16.1. Use a parte (a) para determinar o trabalho<br />

realizado pelo campo gravitacional quando a Terra se move<br />

1<br />

do afélío (em uma distância máxima em relação ao Sol de<br />

1,52 X 10 8 km) ao pcriélio (em uma distância<br />

míni,ma<br />

de I.47, X 10 8 km). (Use os vs,lores m = 5,97 X 10 24 kg,<br />

M = L99 X 10 30 kg, c G = 6.67 X 10'" 11 N·m 2 /kg 2 .)<br />

(c) Outro exemplo de um campo quadrado inverso é o campo<br />

elétrico E= eqQr/1 r 1- 1 discutido no Exemplo 5 da Seção<br />

16.1. Suponha que um elétron com carga de~ 1,6 X 10-- 19<br />

C esteja localizado na origem. Urna carga positiva unitária<br />

é colocada à distância de 10-- 12 m do elétron e se move<br />

para uma posição que está à metade da distância original<br />

do elétron. Use a parte (a) para determinar o trabalho realizado<br />

pelo campo elétJico. (Use o valor e = 8,985 X 1 O w_)<br />

'16:4 Teorema de Green<br />

o<br />

c<br />

D<br />

X<br />

O Teorema de Green fornece a relação entre uma integral de linha ao redor de uma curva<br />

fechada simples C e uma integral dupla sobre a região D do plano cercada por C. (Veja a<br />

Figura 1. Admitiremos que D consiste em todos os pontos dentro de C além dos pontos<br />

sobre C.) Para enunciar o Teorema de Green usaremos a convenção de que a orientação<br />

positiva de uma curva fechada simples C se refere a percorrer C no sentido anti-horário<br />

apenas uma vez. Assim, se C for dado como urna função vetorial r(t), a ::s; t ::s; b, então a<br />

região D está à esquerda quando o ponto r(t) percorrer C (veja a Figura 2).<br />

FIGURA<br />

c<br />

X<br />

X<br />

FIGURA 2<br />

(a) Orientação positiva<br />

(b) Orientação negativa<br />

Recorde-se de que o lado esquerdo<br />

desta equação é outra forma de<br />

escrever Jc F · dr. onde F = P i + Q j<br />

Teonema d0 GrMf!: Seja C uma curva plana simples, fechada, contínua por trechos,<br />

orientada positivamente, e seja D a região delimitada por C. Se P e Q têm<br />

derivadas parciais de primeira ordem contínuas sobre uma região aberta que<br />

contenha D, então<br />

I<br />

NOTA o A notação<br />

J , P dx + Q dy ~ JJ ( aQ -<br />

c ilx ày<br />

D<br />

aP) dA<br />

f Pdx + Qdy<br />

.c<br />

ou<br />

é usada algumas vezes para indicar que a integral de linha é calculada usando-se a orientação<br />

positiva da curva fechada C. Outra notação da orientação positiva da curva fronteira de<br />

1


1082 !J CÁlCUlO Editora Thomson<br />

D é CJD, assim a equação no Teorema de Green pode ser escrita corno<br />

"("º aP)<br />

li - -- dA ~ f P dx + Q dy<br />

.,., (Jx ày ~oD<br />

D<br />

O Teorema de Green pode ser olhado corno a contrapartida do Teorema Fundamental<br />

do Cálculo para de integrais duplas. Compare a Equação l com o estabelecido pelo<br />

Teorema Fundamental do Cálculo, Parte 2, na seguinte equação:<br />

f' F'(x) dx ~ F(b) - F(a)<br />

.,,<br />

-= O Teorema de Green recebeu esse<br />

nome em homenagem ao cientista<br />

inglês autodidata George Green (1793~<br />

1841), que trabalhava período integral<br />

na padaria do pai desde os 9 anos<br />

e aprendeu matemática em livros de<br />

biblioteca. Em 1828, Green publicou<br />

An Essay on the Application o f<br />

Mathematica! Ana!ysis to the Theories<br />

of Electricity and Magnetism, contudo,<br />

somente foram impressas 100 cópias,<br />

a maioria presenteada a seus amigos.<br />

Esse panfleto continha um teorema<br />

equivalente ao que conhecemos como<br />

Teorema de Green hoje, mas náo se<br />

tornou conhecido na época.<br />

Finalmente, com 40 anos, Green<br />

entrou para a Universidade de<br />

Cambridge como aluno de graduaçáo,<br />

porém morreu quatro anos após ter se<br />

formado. Em 1846, Willlam Thompson<br />

{lorde Kelvin) localizou uma cópia dos<br />

ensaios de Green, compreendeu sua<br />

importância e os reimprimiu. Green foi<br />

a primeira pessoa a tentar formular<br />

uma teoria matemática da eletricidade<br />

e do magnetismo_ Seu trabalho serviu<br />

de base para os trabalhos de teoria do<br />

eletromagnetismo subseqüentes de<br />

Thomson, Stokes. Rayleigh e Maxwell.<br />

= g,(x)<br />

C,<br />

Em ambos os casos existe uma integral envolvendo as derivadas (F', dQ/ ax e UP/ a.v) do<br />

lado esquerdo da equação. E em ambos os casos o lado direito envolve valores da função<br />

original (F, Q e P) somente sobre a fronteira da região. (No caso unidimensional, a região<br />

é um intervalo [a, b] cuja fronteira é constituída apenas pelos dois pontos a e b.)<br />

O Teorema de Green não é fácil de provar no caso gêral apresentado no Teorema I, mas<br />

faremos uma prova para o caso especial onde a região é tipo I ou tipo ll (veja a Seção 15.3).<br />

A essas regiões, vamos chamar regiões simples.<br />

Pr::>vs ds T±HJH:Hile~<br />

de Green estará provado se mostrarmos que<br />

e<br />

rle Gr&en rw Caso Onda D ~uma<br />

J" aP<br />

J, f Pdx~ -j-dA<br />

c<br />

ay<br />

0<br />

l<br />

f. . aQ<br />

Qdy~ l-dA<br />

c • àx<br />

Vamos provar a Equação 2 exprimindo D como uma região do tipo I:<br />

D ~ {(x,y)la ,o;; x ,o;; b, g,(x) ,o;; y ,o;; g,(x)}<br />

D<br />

Note que o Teorema<br />

onde 91 e 92 são funções contínuas. Isso nos permite calcular a integral dupla do lado<br />

direito da Equação 2, como segue:<br />

~ J'j' JP [&f.'''"' aP<br />

l!J -dA~ ·. -(x,y) dydx<br />

ay ~a g,(x) ay<br />

D<br />

[' [P(x, g,(x)) -<br />

""<br />

P(x, g 1 (x))] dx<br />

onde o último passo segue do Teorema Fundamental do Cálculo.<br />

Vamos agora calcular o lado esquerdo da Equação 2, quebrando C como a união de<br />

quatro curvas C1, C2, C3 e C4 mostradas na Figura 3. Sobre C 1 tomamos como parâmetro<br />

x e escrevemos as equações paramétricas como x = x, y = g 1 (x), a~ x ~ b. Assim<br />

Se. P(x, y) dx ~r P(x, g 1 (x)) dx<br />

Observe que C3 vai da direita para a esquerda, mas - C 3 vai da esquerda para a direita, e<br />

podemos escrever as equações paramétricas de -CJ como x = x, y = g 2<br />

(x), a ~ x :-s; b.<br />

Portanto<br />

FIGURA 3<br />

fc. P(x, y) dx ~ - Lc, P(x, y) dx ~ - J: P(x, g 2 (x)) dx<br />

te!& · ·* -h


1<br />

James Stewart CAPÍTULO 16 CÁLCULO VETORIAL lJ 1083<br />

Sobre C:c: ou C4 (qualquer uma delas pode se reduzir a um único ponto), x é constante, e<br />

assim dx =O e<br />

f P(x,y)dx~O= f.<br />

~c, ~c<br />

P(x,y)dx<br />

Portanto<br />

Jc P(x, y) dx = Jc. P(x, y) dx + J~,<br />

L<br />

~h ~b<br />

P(x, g 1(x)) dx - 1 P(x, g 2 (x)) dx<br />

Comparando essa expressão com a da Equação 4, vemos que<br />

P(x, y) dx + Se, P(x, y) dx + J~. P(x, y) dx<br />

· J.' aP I P(x,y)dx~ -l-dA<br />

~c i> ay<br />

A Equação 3 pode ser provada de forma semelhante, exprimindo D como região do típo li<br />

(veja o Exercício 28), Então, somando as Equações 2 e 3, obtemos o Teorema de<br />

Green.<br />

FIGURA 4<br />

D<br />

(1, 0) X<br />

EXEMPLO 1 Calcule fcx 4 dx + xy dy, onde C é a curva triangular constituída pelos<br />

segmentos de reta de (0, O) a (I, 0), de (1, 0) a (0, I) e de (0, l) a (0, 0),<br />

SOLUÇÃO Apesar de essa integral poder ser calculada pelos métodos usuais da Seção<br />

16.2, o que envolveria estabelecer três integrais separadas sobre os três lados do triângulo,<br />

vamos, em vez disso, usar o Teorema de Green. Note que a região D cercada por C<br />

é simples e C tem orientação positiva (veja a Figura 4). Se tomarmos P(x, y) ~ x 4 e<br />

Q(x, y) = xy, então teremos<br />

r JJ (aQ aP) f' f~-><br />

lcx 4 dx + xydy = -;};- ày dA= lo lo (y- O) dydx<br />

D<br />

f'[' ']'~h l j'' "<br />

= Jo zY' ,~o dx = 2<br />

0<br />

(I - x)-dx<br />

= -w - X) 3 ]; = l<br />

EXEMPLO 2 Calcule Jic (3y - e""") dx + (7x + )y 4 + I) dy, onde C é o círculo<br />

x 2 + y 2 = 9,<br />

SOLUÇÃO A região D delimitada por C é o círculo x 2 + y 2 ,o; 9, então vamos mudar para<br />

coordenadas polares depois de aplicar o Teorema de Green:<br />

{ (3y- e""")dx + (7x + #+))dy<br />

Jc<br />

~..:; Em vez de utilizarmos as<br />

coordenadas polares, podemos<br />

simplesmente usar o fato de que D é<br />

um círculo de raio 3 e escrever<br />

JJ 4 d4 ~ 4 , r.(3)' ~ 36r.<br />

D<br />

=fi' r~ (7x + yy 4 + I) - ~ (3y - e""")] dA<br />

• ax<br />

ay<br />

D<br />

f'' [ 3 (7- 3) rdrd8<br />

~o Jo<br />

= 4 f'" de fl rdr = 361T<br />

~o Jo


10S4 c CÁlCULO<br />

Editora Thomson<br />

Nos Exemplos 1 e 2 consideramos que a integral dupla era mais facilmente calculada<br />

como uma integral de linha. (Tente escrever a integral de linha do Exemplo 2 e você ficará<br />

convencido rapidamente!) Mas às vezes é mais simples calcular a integral de linha, c, nesse<br />

caso, usamos o Teorema de Green na ordem inversa. Por exemplo: se sabemos que<br />

P(x, y) = Q(x, y) = O sobre urna curva C. então o Teorema de Green nos dá<br />

.. (aQ JP)<br />

li<br />

-_- - -':-----<br />

~· c!x d}' .c<br />

{) -<br />

dA ~ [ P dx + Q dy ~ O<br />

não interessando os valores das funções P e Q em D.<br />

Outra aplícação da direção reversa do Teorema de Green está no cálculo de áreas. Como<br />

a área de uma região D é JJv l dA, desejamos escolher P e Q de modo que<br />

JQ<br />

ax<br />

âP<br />

ay<br />

---~1<br />

Existem várias possibilidades:<br />

P(x, y) ~O<br />

P(x, y) ~ -y<br />

P(x,y) ~<br />

y<br />

Q(x,y) ~ x<br />

Q(x, y) ~O<br />

Q(x, y) ~ lx<br />

Então, o Teorema de Green dá as seguintes fórmulas para a área de D:<br />

A ~ +_' x dy ~ -·{· y dx ~ l f x dy - y dx<br />

Yc , c ~ Jc<br />

, ,<br />

UEMPL03 Determine a área delimitada pela elipse x: + }': = 1.<br />

a' h-<br />

SOLUÇÃO A elipse tem equações paramétricas x ~ a cos t e y ~ b sen f, onde<br />

O ~ t :::;::; 27T. Usando a terceira fórmula da Equação 5 temos<br />

A ~ ' j' x dv -<br />

2 c ~ ~<br />

v dx<br />

~ l f'"(a cos t)(b cos t) dt - (b sen t)( -a sen f) dt<br />

, Jo<br />

c,<br />

D,<br />

FIGURA 5<br />

D, C,<br />

ab ['" ~- dt ~ -rrab<br />

2 .o<br />

Apesar de termos provado o Teorema de Green somente no caso particular onde D é<br />

simples, podemos estendê-lo agora para o caso em que D é a união finita de regiões simples.<br />

Por exemplo: se D é uma região como mostrado na Figura 5, então podemos escrever<br />

D = Dt U D 2 , onde D 1 e D2 são ambas simples. A fronteira de D1 é Ct U C;~ e a fronteira<br />

de D 2 é C 2 U (-C 3 )_ Assim, aplicando o Teorema de Green para D, e D, separadamente,<br />

obtemos<br />

1 · P dx + º dy ~ j'j' (-_- aQ - -. ap) dA<br />

~c,uc ~· élx dy<br />

D,<br />

JP)<br />

r ' f ,(aQ<br />

p dx + Q dy ~ j -.- - - dA<br />

.cu,-C,I ..,. dx iJy<br />

D,


1<br />

I<br />

c<br />

James Stewart CAPÍTUlO 16 CÁLCULO VETORii'l.L 1085<br />

Se somarmos essas duas equações, a integral de linha sobre C 3 e -C 3 se cancelam e obtemos<br />

' ,, ( JQ JP)<br />

I P dx + Q d; ~ li -c - - dA<br />

'c,uc, ..-. dx ay<br />

que é o Teorema de Green para D = D 1 U D2, uma vez que sua fronteira é C= C 1 U C2.<br />

O mesmo tipo de argumentação nos permite estabelecer o Teorema de Green para qualquer<br />

união finita de regiões simples (veja a Figura 6).<br />

D<br />

FIGURA 6<br />

EXEMPlO 4 - Calcule j~, y 2 dx + 3xy dy, onde C é a fronteira da região semi c anular D<br />

contida no semiplano superior entre os círculos x 1 + y 2 = 1 e x 2 + y 2 = 4.<br />

y<br />

SOLUÇÃO Note que, apesar de D não ser simples, o eixo y divide-a em duas regiões simples<br />

(veja a Figura 7). Com coordenadas polares, podemos escrever<br />

FIGURA 7<br />

FIGURA 8<br />

FIGURA 9<br />

X<br />

Portanto o Teorema de Green fornece<br />

D ~{(r, O) [1 ,o; r ,o; 2, O "" O ,o; 'lT}<br />

· "[a a J<br />

I y 2 dx + 3xydy ~ li -. (3xy)-- (y 2 )<br />

.c ~· ax ay<br />

D<br />

JJ y dA~ L" J,' (rsen 8) r dr dO<br />

D<br />

dA<br />

J 1'2 [ ] 7[1<br />

= 'o sen 8 dO r 2 dr = ~cos 8 ~ 3 rj ~]2<br />

~ = -14<br />

o .! 3<br />

O Teorema de Green pode ser aplicado para regiões com furos, ou seja, regiões que não<br />

são simplesmente conexas. Observe que a fronteira C da região D na Figura 8 é constituída<br />

por duas curvas fechadas simples C 1 e C> Admitiremos que essas curvas fronteiras são orientadas<br />

de modo que a região D esteja à esquerda quando percorremos a curva C. Então a<br />

orientação positiva é anti-horária na curva externa Ct mas é horária na curva interna C 2 • Se<br />

dividirmos D em duas regiões D' e D" pela introdução das retas mostradas na Figura 9 e<br />

então aplicannos o Teorema de Green a cada uma das regiões D' e D", Obteremos<br />

ff ( JQ JP) J'l' ( aQ oP) fi' ( JQ JP)<br />

• ax ay • ax ay • ax ay<br />

---dA~ -~---dA+ ---dA<br />

D D' D'<br />

~ j' P dx + Q dy + [ P dx + Q dy<br />

aD'<br />

Jao"<br />

Como a integral de linha sobre a fronteira comum são em sentidos opostos, elas se cancelam<br />

e obtemos<br />

ff (<br />

aQ aP) • • ,<br />

~~ ax ay c, ~c, c<br />

D<br />

- - - dA ~ J P dx + Q dy + I P dx + Q dy ~ J P dx + Q dy<br />

que é o Teorema de Green para a região D.<br />

EXEMPUJ5 c: Se F(x,y) ~ (-yi + xj)/(x 2 + y 2 ), mostre que fcF' dr ~ 21Tpara<br />

todo caminho fechado simples que circunde a origem.<br />

SOLUÇÃO Como C é um caminho fechado arbitrário contendo a origem em seu interior,<br />

é difícil calcular a integral dada diretamente. Vamos então considerar um círculo,


1086 CÁLCULO<br />

Editora Thomson<br />

X<br />

percorrido no sentido anti-horário C' com centro na origetn e raio a, onde a é escolhido<br />

pequeno o suficiente para que C' esteja inteiramente contido em C (veja a Figura 10).<br />

Seja Da região limitada por C e C'. Então a orientação positiva da fronteira é<br />

CU (-C') e, aplicando a versão geral do Teorema de Green, temos<br />

FIGURA 10<br />

f P dx + Q dy + f P dx + Q dy = ff (-JQ - _aP) dA<br />

·C •· ··C ~t)' ax ay<br />

j<br />

.,. [ v' - x' v' - J<br />

= • (;' + y')' - C~'+ y'J' dA<br />

D<br />

=0<br />

Portanto<br />

tp dx + Q dy = Jcp dx + Q dy<br />

ou seja,<br />

. F·dr= 1·. F·dr<br />

J c<br />

~c'<br />

Agora podemos calcular facilmente essa última integral usando a parametrização dada<br />

por r(t) = acos ti+ asentj. O~ t ~ 27T. Então<br />

( F · dr = J·. F · dr = j'h F(r(t)) · r'(r) dt<br />

Jc C' o<br />

2c (-a sent)( -a sent) + (a cos t)(a cos t)<br />

(<br />

2 ) "! ) dt<br />

.o a cos-t + a- sen-t<br />

f'" ,,· dt = 27T<br />

.o<br />

Terminaremos esta seção utilizando o Teorema de Green para discutir um resultado que<br />

foi afirmado na seção anterior.<br />

da Prova do Teorema 16.3.5 Estamos admitindo que F = P i + Q j é um campo<br />

vetorial em uma região simplesmente conexa D, quePe Q têm derivadas parciais de<br />

primeira ordem contínuas e que<br />

JP<br />

Jy<br />

aQ<br />

ax<br />

em todo o D<br />

Se C é um caminho fechado simples qualquer em D e R é a região envolvida por C, o<br />

Teorema de Green nos dá<br />

tF·dr=~.Pdx+Qdy= . " ff(JQ JP) s.·<br />

-.--. dA= jodA=O<br />

.,c c R ax dy R<br />

Uma curva que não seja simples se intercepta em um ou mais pontos e pode ser<br />

quebrada em um certo número de curvas fechadas simples. Mostramos que as integrais<br />

de linha de F sobre essas curvas simples são todas O, e somando essas integrais<br />

podemos ver que Jc F • dr = O para qualquer curva fechada C. Portanto, f c F · dr é<br />

independente do caminho em D pelo Teorema 16.3.3. Segue-se então que F é um<br />

campo vetorial conservativo.


1<br />

Exercícios<br />

James Stewart CAPÍTULO 16 CÁLCULO VETORIAL o 1087<br />

1-4 :..:J Calcule a integral de linha por dois métodos: (a)<br />

diretamente e (b) utilizando o Teorema de Green.<br />

1. Prxy 2 tir: + x 3 dy,<br />

C é o retângulo com vértices (0, 0), (2, 0), (2, 3) e (0, 3)<br />

2. ~cydx-xdy,<br />

C é o círculo com centro na origem e raio 1<br />


1088 c CÁlCUlO Editora Thomson<br />

26. Utilize o Exercício 25 para achar o momento de ínércia de um<br />

círculo de raio a com densidade constante p em relação a um<br />

diâmetro. (Compare com o Exemplo 4 da Seção 15.5.)<br />

:Wi Se F é o campo vetorial do Exemplo 5, mostre que<br />

fc F · dr = O para todo caminho fechado simples que não<br />

passa nem contém a origem.<br />

28. Complete a prova do Teorema de Grcen provando a Equação 3.<br />

29. Utilize o Teorema de Grecn para provar a fórmula de mudança<br />

de variáveis para as integrais duplas (Fónnula 15.9.9) para o<br />

caso onde f(x, y) = I:<br />

·r .. I a( X y)<br />

I I<br />

dxdx ~li<br />

"R ·s I a(u, v<br />

i~.~·'~) I dudv<br />

Aqui R é a região do plano xy que corresponde à região S do<br />

plano uv sob a transformação dada por x = g(u, v), y = h(u, v).<br />

[Dica: note que o lado esquerdo é A(R) e aplique a primeira<br />

parte da Equação 5. Converta a integral de linha sobre aR para<br />

uma integral sobre as e aplique o Teorema de Green no plano uv.]<br />

lW15 Rotacional e Divergência<br />

Nesta seção definimos duas operações que podem ser realizadas com campos vetoriais que<br />

são básicas nas aplicações de cálculo vetorial à mecânica dos fluidos e à eletricídadc e<br />

magnetismo. Cada operação lembra uma diferenciação, mas uma produz um campo vetorial<br />

enquanto a outra gera um campo escalar.<br />

Rotacional<br />

Se F = P i + Q j + R k é um campo vetorial sobre !R 3 e as derivadas parciais de P, Q e<br />

R existem, então o rotacional de F é um campo vetorial sobre IR 3 definido por<br />

[j]<br />

rot F ~ ( JR _ aQ) i + ( aP _ aR) j + ( aQ _ JP) k<br />

ay az i!z ax ax ay<br />

Como ajuda à nossa memória, vamos reescrever a Equação 1, usando notação de operador.<br />

Introduziremos o operador diferencial vetorial í7 ("cten como<br />

a a a<br />

í7 ~i-+j-+kax<br />

ay az<br />

Ele tem a propriedade de, quando operando sobre uma função escalar, produzir o gradiente<br />

de f<br />

v 1<br />

~ i ar + j aJ + k aJ ~ a f i + aJ j + a<br />

ax ay az ax ay az<br />

Se pensarmos em V como um vetor com componentes à/iJx, ajay e a jaz, podemos considerar<br />

o produto vetorial formal de í7 pelo campo vetorial F, como segue:<br />

'ilxF~<br />

j<br />

k<br />

a a a<br />

ax ay az<br />

I P Q R I<br />

f k<br />

~ ( aR _ aQ) i + ( aP _ aR) J + ( aQ _ aP) k<br />

~ ~ ~ ~ ~ ~<br />

~rol<br />

F


""r<br />

I<br />

James Stewart CAPÍTULO 16 CALCULO VETORiAL ~ 1089<br />

Assim, o modo mais fácil de lembrar a Definição 1 é pela expressão simbólica<br />

rotF='VXF<br />

EXHVWUJ 1 - Se :F(x, y, z) = xz i + xyz j ~ y 2 k, detennine o rotacional de F.<br />

l A maiona dos SiStemas algébncos<br />

computac;onals tem um comando para<br />

calcular rotacional e divergente de<br />

campos vetoriaiS, Se você tem acesso<br />

a um CAS, use esses comandos para<br />

verificar as respostas dos exemplos e<br />

exercícios desta seção.<br />

SOLUÇÃO Usando a Equação 2. temos<br />

rot F=vxF=Il<br />

j<br />

a<br />

k<br />

a<br />

1 ax iiy iiz<br />

I xz xyz -y2<br />

-.<br />

[ a (-y-)- , -(xyz) a ]· I- [a-(-y·)<br />

,<br />

dy iiz ax<br />

[ a a J<br />

+ -(xvz)- -(xz) k<br />

ax , Jy<br />

= ( -2y - xy) i - (O - x) j + (yz - O) k<br />

= -y(2 + x) i + x j + yz k<br />

_iJ__ (xz)] j<br />

az<br />

Lembre-se de que o gradiente de uma função f de três variáveis é um campo vetorial<br />

sobre !R 3 de modo que podemos calcular seu rotacionaL O próximo teorema diz que o rotacional<br />

do gradiente de um campo vetorial é O.<br />

[!] Teorema Se f é uma função de três variáveis que tem derivadas parciais de<br />

segunda ordem contínuas, então<br />

rot (v f)= o<br />

c Note a semelhança com o que<br />

sabemos da Seção 12.4: a x a = O<br />

para todo vetor tridimensional a.<br />

Pmva Temos<br />

a a a<br />

rot (v f)= v X (v f)= ax Jy az<br />

i! f Jf Jf<br />

j<br />

k<br />

àx ay Jz<br />

I<br />

"*'""-:lib .. '_<br />

:::: Compare isso com o Exercício 27 da<br />

Seçào 16.3.<br />

,.t'-'"'~--""6 ;Íli.·L• .. li*iil!ztió••"li"'""-.. s'-"' &lii&IJ.Iii"-li*'"'*li-;z·'-"M-"'"''lii""~-...ii&"'---'i"Yii---...<br />

li'*lll'<br />

pelo Teorema de Clairaut.<br />

a' f a' f ) . ( a' f a' f ) , ( a' f a' f )<br />

= -----<br />

(<br />

•+ ----- J+ ----- k<br />

ay iiz az ay az ax ax Jz Jx ay ay ax<br />

=Oi+Oj+Ok=O<br />

Como um campo vetorial conservativo é tal que F = V f, o Teorema 3 pode ser reescrito<br />

como segue:<br />

Se F conservativo, então rot F = O.<br />

E acabamos de obter um modo de verificar se um campo vetorial é conservativo ou não.<br />

_.liS&~cc fs~*- "~-si.w-_3-"-*'<br />

·._, .. F'-''--'-'k"'*"·.J!iliiil·k.· -""''M"iil.iiiWic•~~~J.li-llL-___


1090 u CÁLCULO<br />

Editora Thomson<br />

EXEMVtO i: --- Mostre que o campo vetorial F(x, y, z) = xz :i + xyz j - }' 2 k não<br />

é conservativo.<br />

SOLUÇÃO No Exemplo l mostramos que<br />

rot F ~ -y(2 + x) i + x j + yz k<br />

Isso mostra que rot F o:F O e portanto, pelo Teorema 3, F não é conservativo.<br />

Em geral, o recíproco do Teorema 3 não é verdadeiro, mas o próximo teorema estabelece<br />

que, se F for definido em todo o espaço, o recíproco vale. (Mais especificamente, o<br />

recíproco vale se o domínio é simplesmente conexo, ou seja, "não apresenta furos".) O<br />

Teorema 4 é a versão tridimensional do Teorema 16.3.6. Sua prova requer o Teorema de<br />

Stokes, e um esboço dela será apresentado no final da Seção 16.8.<br />

Ta;;;&m. Se F é um campo vetorial definido sobre todo IR 3 cujas funções<br />

componentes têm derivadas parciais de segunda ordem contínuas e rot F = O,<br />

então F é um campo vetorial conservativo.<br />

(a) Mostre que F(x, y, z) = y 2 z 3 i + 2xyz 3 j + 3xy 2 z 1 k é um campo vetorial conservativo.<br />

(b) Determine uma função f tal que F ~ V f.<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Calculemos o rotacional de F:<br />

a<br />

rot F~VxF~<br />

a a<br />

ax ay az<br />

y2zJ 2xyz 3 3xy 2 z 1<br />

j<br />

~ (6.t}'Z 2 - 6xyz 2 )i- (3y 2 z 2 - 3y 2 z 2 )j + (2yz 3 - 2yz 1 )k<br />

~o<br />

k<br />

Corno rot F= O e o domínio de F é IR 3 , F é um campo vetorial conservativo pelo Teo~<br />

rema4.<br />

(b) A técnica para achar /foi dada na Seção 16.3. Temos<br />

Integrando (5) em relação a x, obtemos<br />

fix, y, z) ~ y 2 z 2<br />

j,(x, y, z) ~ 2xyz 2<br />

f(x, y, z) ~ 3xy 2 z 2<br />

f(x, y, z) ~ xy 2 z 3 + g(y, z)<br />

Diferenciando (8) em relação a y obtemos j,(x, y, z) ~ 2xyz 3 + g,(y, z), e comparando<br />

corn (6) ternos g,(y, z) ~ O. Então, g(y, z) ~ h(z) e<br />

fi(x, y, z) ~ 3xy 2 z 2 + h'(z)<br />

+fv '\<br />

>±y<br />

>M*-4-:jb ,,<br />

e<br />

""2~-<br />

-~-<br />

,


l<br />

i<br />

'<br />

\<br />

. i<br />

Então, de (7) temos h'(z) ~ O. Portanto<br />

James Stewart CAPÍTUlO 16 CÁLCULO 'VETORiAL 1091<br />

f(x, y, z) ~ xv 2 z 3 + K<br />

~-~ ~<br />

~\,rot F (x, y, :)<br />

FIGURA 1<br />

(x, }; z)<br />

A razão para o nome rotacional é que o vetor rotacional está associado com rotações.<br />

Uma conexão está explicada no Exercício 35. Outra ocorre quando F representa um<br />

campo de velocidade em mecânica dos fluidos (ver Exemplo 3 na Seção 16.1 ). Partículas<br />

perto (x, y, z) no fluido tendem a rodar em tomo do eixo que aponta na direção de rot .F<br />

(x, y, z), e o comprimento do vetor rotacional é a medida de quão rápido as partículas se<br />

movem em torno desse eixo (veja a Figura I). Se rot F= O no ponto P. então o fluido não<br />

gira em P e F é chamado irrotacional em P. Em outras palavras, não existe redemoinho<br />

ou sorvedouro em P. Se rot F ;:::: O, uma pequena roda com pás deslizaria com o fluido,<br />

mas não rodaria em redor de seu eixo. Se rot F 1= O, a roda com pás giraria em torno de<br />

seu eixo. Damos mais detalhes dessa explanação na Seção 16.8 como conseqüência do<br />

'I:eorema de Stokes.<br />

Divergência<br />

Se F ~ P i + Q j + R k é um campo vetorial em iRl 3 c existem o P/ ox, iJQ/ oy e i! R/ Jz.<br />

então a divergência de F é a função de três variáveis definida por<br />

aP aQ aR -,1 1<br />

divF~-+-+ax<br />

ay az<br />

Observe que rot F é um campo vetorial, mas di v F é um campo escalar. Em termos do ope~<br />

rador gradiente V ~ (3/Jx) i+ (J/ily) j + (ii/Jz) k, a divergência de F pode ser escrita<br />

simbolicamente como o produto escalar de \7 e F:<br />

divF ~V· F<br />

EXEMPlO 4 c Se F(x, y, z) ~ xz i + xyzj - y 2 k, ache div F.<br />

SOLUÇÃO Pela definição de divergência (Equação 9 ou !0), temos<br />

a a a<br />

divF ~V· F ~-(xz) + -(xyz) + -(-y 2 )<br />

ax ily az<br />

= z + xz<br />

Se F é um campo vetorial sobre IR 3 , então rot F também é um campo vetorial sobre IR: 3 .<br />

Como tal, podemos calcular sua divergência. O próximo teorema mostra que o resultado é O.<br />

[j] Teorema Se F~ P i + Q j +R k é um campo vetorial sobre iRl 3 e P, Q e R<br />

têm derivadas parciais de segunda ordem contínuas, então<br />

divrotF=O


1092 :---, CÁlCUlO Editora Thomson<br />

Prova Usando as definições de divergência e rotacional temos<br />

c_:: Note a anaiogia com o produto misto<br />

a· (a x bl =O<br />

div rot ~, ~ V · (V x F)<br />

~ :X ( : - :; ) + ~• ( :~ - :: ) + :z ( :; ~~)<br />

a'R a'Q a'P a'R . a'Q a'P<br />

~-----+--·---+-----<br />

ax ay ax az ay az ay ax dz ax az ay<br />

~o<br />

porque os termos se cancelam aos pares pelo Teorema de Clairaut.<br />

EXEMPlO 5 -~ Mostre que o campo vetorial F(x, y, z) = xz i + xyz j y. k não pode<br />

ser escrito como o rotacional de outro campo vetorial, ou seja, }~ # rot G.<br />

SOLUÇÃO No Exemplo 4 mostramos que<br />

div F= z + xz<br />

c portanto div F#- O. Se fosse verdade que F= rot G, pelo Teorema 11, teríamos<br />

di v F ~ div rol G = O<br />

que contradiz div F '':- O. Portanto F não é o rotacional de outro campo vetorial.<br />

c A razão para essa interpretação de div<br />

F será explicada no final da Seçao 16.9<br />

como conseqüência do Teorema da<br />

Divergência.<br />

Novamente, a razão para o nome divergência pode ser entendida no contexto da<br />

mecânica dos fluidos. Se F(x, y, z) é a velocidade de um líquido (ou gás), então div F(x, y,<br />

z) representa a taxa líquida de variação (com relação ao tempo) da massa do líquido (ou<br />

gás) fluindo no ponto (x, y, z) por unidade de volume. Em outras palavras, di v F(x, y, z)<br />

mede a tendência de o fluido diferir do ponto (x, y, z). Se div F ~ O, então F é dito incompressíveL<br />

Outro operador diferencial aparece quando calculamos a divergência do gradiente de<br />

um campo vetorial V f. Se f é uma função de três variáveis, temos<br />

a' f a' f a' f<br />

div(V f) ~ V · (V f) ~ -, + ---',;' + -"<br />

ax~ ay~ az~<br />

e essa expressão aparece tão freqüentemente que vamos abreviá-la como V 2 f. Esse operador<br />

é chamado operador de Laplace ou laplaciano, por sua relação com a equação de<br />

Laplace<br />

Podemos também aplicar o laplaciano V 2 a um campo vetorial<br />

F=Pi+Qj+Rk<br />

em termos de seus componentes:<br />

V 2 F ~ V 2 Pi + V'Qj + V 2 R k


1<br />

f'ormas Vetoriais do Teorema de Green<br />

James Stewart CAPÍTUlO 16 CÁLCULO VETORIAl~ u 1093<br />

Os operadores divergência e rotacional nos permitem escrever o Teorema de Green em<br />

uma versão que será útil em nosso trabalho. Suponha uma região plana D, sua curva fron~<br />

teira C e as funções P e Q que satisfaçam as hipóteses do Teorema de Green. Então<br />

podemos considerar o campo vetorial F= P i + Q j. Sua integral de linha é<br />

e seu rotacional é<br />

roi F=<br />

a<br />

j<br />

a<br />

' dx ay<br />

I P(x, v) Q(x, y)<br />

k<br />

a<br />

az<br />

o<br />

=(aQ_aP)k<br />

ax ay<br />

Portanto<br />

(rot F) · k<br />

aQ aP) aQ aP<br />

= - ·· - -<br />

(<br />

k · k = - - -<br />

ax Jy ax ay<br />

e podemos reescrever a equação do Teorema de Green na forma vetorial<br />

f F · dr =<br />

~·c ~·~·<br />

D<br />

f f (rot F) · k dA<br />

A Equação 12 expressa a integral de linha do componente tangencial de F ao longo de C<br />

como uma integral dupla do componente vertical de rot F sobre a região D delimitada por<br />

C. Vamos derivar agora uma fónnula semelhante, envolvendo o componente nonnal de F.<br />

Se C é dado pela equação vetorial<br />

r(t) = x(t) i + y(t) j<br />

então o versar tangente (veja a Seção 13.2) é<br />

T(t) =<br />

x'(t) . y'(t) .<br />

I r'(t) I' + I r'(t) I J<br />

y<br />

Você pode verificar que o versor normal a C é dado por<br />

y'(t) . x'(t) .<br />

n(t) = i r'(t) 1 1 - I r'(t) I J<br />

(Veja a Figura 2.) Então. da Equação 16.2.3, temos<br />

fc F . n ds = r (F . n)(l) i r'(t) I dt<br />

FIGUR/\ 2<br />

r, [ P(x(t). y(t))y'(t) _ Q(x(t), y(t))x'(t)] I r'(t) J dt<br />

,, I lr'(t)i Jr'(t)l<br />

=r P(x(t). y(t))y'(t) dt- Q(x(t), y(t))x'(t) dt<br />

= · jPdy- Qdx = j'i' (- aP + -==. ao) dA<br />

~c ' Ox dV<br />

"D ~


1094 CÁLCULO Editora Thomson<br />

pelo Teorema de Grecn. Mas o integrando na integral dupla é a divergência de F. Logo,<br />

temos uma segunda forma vetorial do Teorema de Green:<br />

jf·~ · n ds ~ jJ di v F(x. y) dA<br />

~ [)<br />

Essa versão diz que a integral de linha do componente normal de F ao longo de C é igual<br />

à integral dupla da divergência de F sobre a região D delimitada por C.<br />

Exercícios<br />

1~5 . Determine (a) o rotacional e (b) a divergência do campo<br />

vetoriaL<br />

F(x, y, z) = X}'Z i - x\ k<br />

2. F(x, y, z) = J:~yz i + xy 2 z j + xyz" k<br />

3. F(x. y. z) ~ i + (x + yz) j + (xy - JZ) k<br />

:11. Yt<br />

i<br />

~<br />

~<br />

4. F(x,y,z) = cosxzj -senxyk<br />

5. F(x,y,z) = e'-senyi + e'cosyj + zk<br />

o[<br />

+-<br />

•<br />

X<br />

7. F(x, y, z) ~ (In x, ln(xy), ln(xyz))<br />

8. F(x, y, z) = (xe- Y, xz, zeY)<br />

9-11 c O campo vetorial F é mostrado no plano :ty e é o mesmo<br />

em todos os planos horizontais. (Em outras palavras, F é<br />

independente dez e seu componente z é 0.)<br />

(a) O div F será positivo, negativo ou nulo Explique.<br />

(b) Determine se o rot F= O. Se não, em que direção rot F<br />

aponta<br />

9.<br />

10. y<br />

o<br />

i<br />

I 1/<br />

I<br />

I///<br />

///~<br />

-------»~-~---------<br />

X<br />

X<br />

12. Seja f um campo escalar c F um campo vetorial. Diga se cada<br />

expressão tem significado. Em caso negativo, explique por quê.<br />

Em caso afirmativo, diga se é um campo vetorial ou escalar.<br />

(a) rotf<br />

(b) gradf<br />

(c) div F<br />

(d) rot(gradj)<br />

(e) grad F<br />

(f) grad(div }')<br />

(g) div(grad J) (h) grad( di v j)<br />

(i) rot(rot F) Ul div(div F)<br />

(k) (gradj) X (div F) (!) div(rot(gradj))<br />

13-18 = Determine se o campo vetorial é conservativo ou não. Se<br />

conservativo, determine uma função f tal que F= V f.<br />

13. F(x,y, z) ~ yzi + xzj + xyk<br />

14. F(x, y, z) ~ 3z' i + cos y j + 2xz k<br />

B F(x,y,z) ~ 2xyi + (x' + 2yz)j + y 2 k<br />

16. F(x, y, z) ~e' i + j + xe' k<br />

17. F(x, y, z) ~ ye-' i + e-' j + 2z k<br />

18. F(x,y,z) = ycosxyi + xcosxyj -s.enzk<br />

~~~ Existe um campo vetorial G em !R1 3 tal que<br />

rot G = xy 2 i + yz 1 j + zx 1 k Explique.<br />

20. Existe um campo vetorial G em !H; 3 tal que<br />

rot G = yz i + xyz j + xy k Explique.<br />

Mostre que qualquer campo vetorial da forma<br />

F(x, y, z) ~ f(x) i + g(y) j + h(z) k<br />

onde f, g e h são diferenciáveis, é irrotacionaL


1<br />

I<br />

22. Mostre que qualquer campo vetorial da forma<br />

F(x, y, z) ~ f(y, z) i + g(x, z) j + h(x, y) k<br />

é incompressível.<br />

23~29 = Prove a identidade, admitindo que as derivadas parciais<br />

apropriadas existam e sejam contínuas. Se f for um campo escalar e<br />

F. G forem campos vetoriais, então fF, F · G e F X G são<br />

definidos por<br />

(/F)(x, y, z) ~ f(x, v, z)F(x, y. z)<br />

(F · G)(x, y, z) ~ F(x, y, z) · G(x, y, z)<br />

(F X G)(x, y, z) ~ F(x, y, z) X G(x, y, z)<br />

23. div(F + G) ~ div F + di v G<br />

24. rot(It + G) = rot F + rot G<br />

25. div(/F) ~f di v F+ F· V/<br />

26. rot(/F') ~f rot F + (V/) X F<br />

27. div(F X G) ~ G · rol F - F · rot G<br />

28. div(V/X Vg) ~O<br />

29. rot (rot F) F = grad (di v F) - V 2 F<br />

30-32 - Seja r = x i + y j + z k e r = I r 1-<br />

30. Verifique as identidades.<br />

(a) V · r ~ 3<br />

(c) V 2 r 3 = 12r<br />

Verifique as identidades.<br />

(a) V r~ r/r<br />

(c) V(!/ r)~ -r/r'<br />

(b) V· (rr) ~ 4r<br />

(b) v x r~ O<br />

(d) VInr~r/r 2<br />

32. Se F= rjrP, ache div F. Existe um valor de p para o qual<br />

div F~ O<br />

33. Use o Teorema de Greco na forma da Equação 13 para provar<br />

a prímeira identidade de Green;<br />

jJfv'gdA ~ fJ(Vg) · nds- JJ V f· VgdA<br />

D<br />

D<br />

onde D e C satisfazem as hipóteses do Teorema de Green e as<br />

derivadas parciais apropriadas de f e g existem e são contínuas.<br />

(A quantidade V g • n = D"g aparece na integral de linha. Essa<br />

é a derivada direcional na direção do vetor normal n e é<br />

chamada derivada normal de g.)<br />

34. Use a primeíra identidade de Grecn (Exercício 33) para provar<br />

a segunda identidade de Green:<br />

ff (fv'g - gv'f) dA ~ f (fv g - gV f) · n ds<br />

~- .c<br />

D<br />

onde D e C satisfazem as hipóteses do Teorema de Green e as<br />

derivadas parciaís apropriadas de f e g existem e são contínuas.<br />

James Stewart CAPÍTULO 16 CÁLCULO VETOR!AL 1095<br />

35. Este exercício demonstra a conexão entre vetor rotacional e<br />

rotações. Seja B um corpo rígido girando em torno do eixo<br />

z. A rotação pode ser descrita pelo vetor w = wk, onde w é a<br />

rapidez angular de B, ou seja, a rapidez tangencial de qualquer<br />

ponto P em B dividido pela distância d do eixo de rotação.<br />

Seja r= (x, _V, z) o vetor posição de P.<br />

(a) Considerando o ângulo () da figura, mostre que o campo<br />

de velocidade de B é dado por v = w X r.<br />

(b) Mostre que v= -wyi + tvxj.<br />

(c) Mostre que rot v= 2w.<br />

/<br />

w<br />

-0<br />

/ d v '<br />

I 1 . :'·<br />

e<br />

0 ·--------<br />

' ----~<br />

36. As equações de Maxwell relacionam o campo elétrico E e o<br />

campo magnético H quando eles variam com o tempo em uma<br />

região que não contenha carga nem coJTente, como segue:<br />

di v E~ O<br />

·rot E=<br />

1 aH<br />

c a,<br />

divH ~O<br />

I aE<br />

rot H=~c<br />

dt<br />

onde c é a rapidez da luz. Use essas equações para provar o<br />

seguinte:<br />

I a'E<br />

(a) V X (V X E) ~ - -<br />

at<br />

2<br />

1 a'H<br />

(b)VX(VXH)~--,-,<br />

c ar<br />

(c)<br />

mE ~ _!_ a'E<br />

v [Dica: Use o Exercício 29.]<br />

c 2 at 1<br />

1 a'H<br />

(dl v'H~--<br />

c2 ót 1<br />

37. Temos visto que todos os campos de vetores da forma F= Vg<br />

satisfazem a equação rot F = O e que todos os campos de<br />

vetores da forma F = rot G satisfazem a equação di v F = O<br />

(supondo a continuidade das correspondentes derivadas<br />

parciais). Isso sugere a pergunta: existem algumas equações<br />

que todas as funções da forma f= di v G devem satisfazer<br />

Mostre que a resposta para essa pergunta é "não", provando<br />

que toda função continua f em IR 3 é o divergente de algum<br />

campo de vetores. [Dica: Tome G(x, y, z) ~ (g(x, y, z), O, O),<br />

onde g(x, y, z) ~ j~ f(t, y, z) dt.].]<br />

~l-~~ ~.-.............''' ~----------,~-,-~'-"'"'


1096<br />

CÁlCUlO<br />

Editora Thomson<br />

•• 6 Superfícies Paramétricas e Suas Áreas<br />

Na Seção 8.2 (Volume I), descobrimos como calcular a área de uma superfície de revolução,<br />

e na Seção 15.6 determinamos a área de uma superfície com equação z = f(x, y).<br />

Aqui discutiremos superfícies mais gerais, chamadas supeifícies paramétricas, e calcu~<br />

laremos suas áreas.<br />

Superfícies Paramétricas<br />

De modo muito semelhante à nossa descrição de curvas espaciais por uma função vetorial<br />

r(t) de um parâmetro único t, podemos descrever uma superfície por uma função<br />

vetorial r(u, v) de dois parâmetros u e v. Suponhamos que<br />

r(u, v) ~ x(u, v) i + y(u, v) j + z(u, v) k<br />

seja uma função com valor vetorial definida sobre uma região D do plano uv. Então x, y e<br />

z, componentes de r, são funções das duas variáveis u e v com dorrúnio D. O conjunto de<br />

todos os pontos (x, y, z) em IR 3 tais que<br />

x ~ x(u, v) y ~ y(u, v) z~z(u,v)<br />

e (u, v) variando sobre D, é denominado superfície paramétricaS, e as Equações 2 são<br />

chamadas equações paramétricas de S. Cada escolha de u e v dá um ponto sobre S; ao<br />

fazermos todas as escolhas, obtemos todo o S. Em outras palavras, a superfícieS é traçada<br />

pela ponta do vetor posição r(u, v) quando (u, v) se move na região D (veja a Figura 1),<br />

" I<br />

FIGURA 1<br />

Uma superfície paramétrica<br />

u<br />

-r<br />

X<br />

r(u, v)<br />

J<br />

EXEMPLO 1 c Identifique e esboce a superfície com equação vetorial<br />

r(u,v) ~2cosui + vj + 2senuk<br />

SOLUÇÃO As equações paramétricas para essa superfície são<br />

x=2cosu y =v z=2senu<br />

Para qualquer ponto (x, y, z) da superfície, temos<br />

FIGURA 2<br />

Isso significa que todas as seções transversais paralelas ao plano xz (isto é, com y constante)<br />

são circunferências de raio 2. Como y = v e não existe restrição ao valor de v. a<br />

superfície é um cilindro circular de raio 2 cujo eixo é o eixo y (veja a Figura 2).


1<br />

I<br />

i<br />

I<br />

FiGURA 3<br />

James Stewart CAPÍTULO 16 CALCULD VETORIAL 1097<br />

No Exemplo I não existiam restrições sobre os parâmetros u e v, e assim obtivemos o cilin­<br />

.dro inteiro. Se, por exemplo, restringíssemos u e v, escrevendo o domínio dos parâmetros<br />

como<br />

O "" u ,; rr/2<br />

então x ~ O, z ~ O, O ~ y ~ 3, e obteríamos o quarto do cilindro de comprimento 3<br />

ilustrado na Figura 3.<br />

Se uma superfície paramétricaS é dada por uma função vetorial r(u, v), então existem<br />

duas famílias de curvas úteis contidas em S, uma família com u constante e outra com v<br />

constante. Essas famflias correspondern a retas verticais e horizontais no plano uv. Se mantivermos<br />

u constante impondo u = u 0<br />

, então r(u 0<br />

, v) se torna urna função vetorial com um<br />

único parâmetro v que define uma curva C1 sobreS (veja a Figura 4).<br />

v<br />

v= tb<br />

r<br />

~+~~D-+U~=~u" -1--~u<br />

FIGURA 4 !<br />

X<br />

Da mesma forma, se mantivem1os v constante tomando v = v 0<br />

, obteremos a curva C 2<br />

dada<br />

por r(u, vo) contida em S. A essa curva chamaremos curva da grade. (No Exemplo I, as curvas<br />

da grade obtidas tomando u constante são retas horizontais, enquanto as curvas da<br />

grade obtidas com v constante são circunferências.) De fato, quando um computador traça<br />

o gráfico de uma superfície paramétrica, ele geralmente retrata a superfície plotando essas<br />

curvas da grade, como veremos no próximo exemplo.<br />

EXEMPlO 2 u Use um sistema algébrico computacional para traçar o gráfico da superfície<br />

r(u, v)~ ((2 + senv) cos u, (2 + senv) :senu, u + cos v)<br />

Quais são as curvas da grade com u constante E com v constante<br />

SOLUÇÃO Traçamos o gráfico do pedaço da superfície correspondente àjanela de<br />

inspeção com os parâmetros delimitados por O :s::; u :


1098 Ci CÁlCUlO Editora Thomson<br />

FIGURA 6<br />

P<br />

EXEMPlO 3 :_j Determine a função vetorial que representa o plano que passa pelo ponto<br />

Po com vetor posição ro e que contenha dois vetores não paralelos a e b.<br />

SOLUÇÃO Se Pé um ponto qualquer do plano, podemos ir de P 0 até P andando uma<br />

distância orientada na direção do vetor a e outra distância orientada na direção do b,<br />

~<br />

Portanto existem escalares u e v tais que P 0 P = ua + vb. (A Figura 6 ilustra como isso<br />

acontece, por meio da Regra do Paralelogramo, para o caso em que u e v são positivos.<br />

Veja também o Exercício 38 da Seção 12.2). Se r é o vetor de posição de P, então<br />

~ --'><br />

r ~ OP 0 + P 0 P ~ ro + ua + vb<br />

A equação vetorial do plano pode ser escrita como<br />

r(u, v) ~ r 0 + ua + vb<br />

onde u e v são números reais.<br />

Se escrevermos r= (x, y, z), ro ~ (x 0 , y 0 , zo), a = (a 1 , a 2 , a 3 ) e b ~ (h, hz, h;),<br />

podemos escrever as equações paramétricas do plano através do ponto (x 0<br />

, y 0 ,<br />

como segue:<br />

Um dos usos de superfícies<br />

paramétricas está em fazer gráficos<br />

com computador. A Figura 7 mostra o<br />

resultado de tentar grafar a esfera<br />

x' + y: + z' = 1 resolvendo a equaçao<br />

separadamente para z e grafando o<br />

topo e a base do hemisfério<br />

separadamente. Parte da esfera parece<br />

estar perdida por causa do sistema<br />

retangular de grades usado pelo<br />

computador. A Figura 8, muito<br />

melhor, foi produzida por um<br />

computador que usa as equaçóes<br />

paramétricas encontradas no Exemplo 4<br />

EXEMPlO 4<br />

Determine uma representação paramétrica da esfera<br />

x2+ +z2=a2<br />

SOLUÇÃO A esfera tem uma representação simples p =a em coordenadas esféricas, e<br />

então vamos escolher ângulos


1<br />

James Stewart CAPÍTULO 16 CALCULO VETORiAL 1099<br />

c a equação vetorial é<br />

r(x,y) ~xi + yj + (x' + 2y')k<br />

Em geral, uma superfície dada como o gráfico de uma função de x e y. ou seja, com<br />

equação da forma z = f(x, y), pode sempre ser olhada como uma supeifície paramétrica<br />

tomando x e y como parâmetros e escrevendo as equações paramétricas como<br />

x=x y=y z ~ f(x, y)<br />

Representações paramétricas (também chamadas parametrizações) de superfícies não<br />

são únicas. O próximo exemplo mostra dois modos de parametrizar um cone.<br />

EXEMPlO 7<br />

Determine uma representação paramétrica para a superfície<br />

z = 2yx 1 + y 1 , ou seja, a metade superior do cone z 2 = 4x 2 + 4y 2 •<br />

SOLUÇÃO l Uma possível representação é obtida escolhendo-se x e y como parâmetros:<br />

x=x y=y z = 2)x' + y'<br />

Assim, a equação vetorial é<br />

;:::: Para alguns propós:tos as<br />

representações paramétricas das<br />

Soluções 1 e 2 são igualmente boas,<br />

mas a Solução 2 pode ser preferível<br />

em certas situações. Se estivermos<br />

interessados somente na parte do<br />

cone que está abaixo do plano z = L<br />

por exemplo, tudo que devemos fazer<br />

na Solução 2 é mudar o domínio do<br />

parâmetro para<br />

r(x,y) =xi + yj + 2vx' + y 2 k<br />

SOLUÇÃO 2 Outra representação resulta da escolha como parâmetro das coordenadas<br />

polares r e 8. Um ponto (x, y, z) sobre o cone satisfaz x =r cosO, y = r senO, e<br />

z = 2-../x 2 + y 2 = 2r. Assim uma equação vetorial para o cone é<br />

onde r ;; o e o .::-s; e ~ 27T.<br />

r( r, e) = r cos e i + r sen e j + 2r k<br />

Superfícies de Revolução<br />

y<br />

Superfícies de revolução podem ser representadas na forma paramétrica e seus gráficos<br />

podem então ser desenhados, usando-se um computador. Por exemplo: vamos considerar<br />

a superfícieS obtida pela rotação da curva y = f(x), a ::'S; x ~ b, em torno do eixo x, onde<br />

f(x) ;, O. Seja e o ângulo de rotação, como mostrado na Figura 9. Se (x, y, z) é um ponto<br />

de S, então<br />

x=x y ~ f(x) cose z = f(x)=e<br />

Portanto, tomamos x e e como parâmetros e olhamos as Equações 3 como equações<br />

paramétricas de S. O domínio do parâmetro é dado por a ~ x ~ b, O ~ O ,s; 27T.<br />

FIGURA 9<br />

EXEMPLO 8 '-::: Determine as equações paramétricas para a superfície gerada pela rotação<br />

da curva y = sen x, O ,s; x ~ 27T, em tomo do eixo x. Use essas equações para traçar o<br />

gráfico da superfície de revolução.<br />

SOLUÇÃO Das Equações 3, as equações paramétricas são<br />

x=x y = senxcos () z=senxsen8


1100 ,, CÁLCUlO Editora Thomson<br />

e o domínio do parâmetro é O oS: x ~ 27T, O~ O~ 2Tr. Usando um computador para<br />

plotar essas equações e girar a imagem, obtemos o gráfico da Figura 1 O.<br />

Podemos adaptar as Equações 3 para representar uma superfície obtida pela revolução<br />

em torno do eixo x ou do eixo y (veja o Exercício 28).<br />

FIGURA 10<br />

Planos Tangentes<br />

v<br />

Agora vamos determinar o plano tangente a uma superfície paramétrica S traçada por uma<br />

função vetorial<br />

(u,,t~,)<br />

r(u, v) ~ x(u, v) i + y(u, v) j + z(u, v) k<br />

o<br />

D<br />

u= no<br />

u<br />

em um ponto P 0 com vetor posição r(u 0 , v 0 ). Se mantivermos u constante tomando u = uo,<br />

então r(u 0 , v) se torna uma função vetorial de um único parâmetro v e define uma curva da<br />

grade C 1 sobreS (veja a Figura 11). O vetor tangente a C 1 em P 0 é obtido tomando-se a<br />

derivada parcial de r em relação a v:<br />

ax av az<br />

r,~- (uo, vo)i + -·- (uo, vo)j +- (uo, vo) k<br />

av av av<br />

Da mesma forma, se mantivermos v constante tomando v = v 0 , obteremos a curva da<br />

grade C2 dada por r(u, v 0 ) que está sobreS, e cujo vetor tangente em Po é<br />

ax av az<br />

r,~- (uo, vo)i + -·-· (uo, Vo)j +- (Uo, Vo)k<br />

au au au<br />

Se ru X rt. não é O, então a superfícieS é dita lisa (sem "bicos"). Para uma superfície lisa,<br />

o plano tangente é o que contém os vetores tangentes r, e r v, e o vetor ru X rll é normal<br />

ao plano tangente.<br />

FIGURA 11<br />

.__<br />

A Figura 12 mostra a superfície que<br />

se auto-intercepta do Exernpio 9 e seu<br />

plano tangente ern (1, 1, 3).<br />

FIGURA 12<br />

y<br />

EXEMPLD B Determine o plano tangente à superfície com equações paramétricas<br />

x ~ u 2 , y ~ v 2 , z ~ u + 2v no ponto (1, I, 3).<br />

SOLUÇÃO Primeiro vamos calcular os vetores tangentes:<br />

ih av az<br />

r,~ -i+ -·-j + -k ~ 2u i+ k<br />

au au au<br />

ax ay az<br />

r,~- i + -j +-k ~ 2v j + 2 k<br />

av av av<br />

Assim, o vetor normal ao plano tangente é<br />

j<br />

k<br />

r"Xr,~ 2u O l ~-2vi-4uj+4uvk<br />

O 2v 2<br />

Note que o ponto (l, I, 3) corresponde ao valor dos parâmetros u ~ I e v~ L Assim o<br />

vetor normal lá é<br />

-2i-4j+4k<br />

Portanto uma equação do plano tangente em (l, !, 3) é<br />

-2(x- 1) - 4(y - l) + 4(z - 3) ~O<br />

ou x + 2y - 2z + 3 ~ O


James Stewart CAPiTUlO 16 C!\LCUL_O VETORIAL 1101<br />

Área de Superfície<br />

Definiremos agora a área de superfície de uma superfície paramétrica genérica dada pela<br />

Equação 1. Para simplificar, vamos considerar inicialmente uma superfície cujo domínio<br />

dos parâmetros D é um retângulo, que dividiremos em sub-retângulos R, • 1<br />

Vamos escolher<br />

(u;*, vt) como o canto inferior esquerdo do retângulo Ru (veja a Figura 13). O pedaço Slj<br />

da superfícieS que corresponde a R,,~ é chamado de retalho e tem um ponto P;; com vetor<br />

posição r(u;*, v/) como um de seus cantos. Seja<br />

os vetores tangentes em P,, calculados pelas Equações 5 e 4.<br />

e<br />

FIGURA 13<br />

A imagem do sub-retângulo<br />

Ru é o retalho Su<br />

(a)<br />

I<br />

X~-<br />

A Figura 14(a) mostra como os dois lados do retalho que se encontram em 11<br />

podem<br />

ser aproximados por vetores. Esses vetores, por sua vez, podem ser aproximados pelos<br />

vetores 6.u r~ e 6.v r; porque as derivadas parciais podem ser aproximadas pelos quo~<br />

cientes de diferenças. Assim, aproximamos Su pelo paralelogramo determinado pelos<br />

vetores 6.u r 1f e Llv r;. Esse paralelogramo está representado na Figura 14(b) e está contido<br />

no plano tangente a S em PiJ· A área desse paralelogramo é<br />

e então uma aproximação da área de S é<br />

I (il.u r;) X (il.v r;) I ~ I r; X r; I il.u il.v<br />

m "<br />

L L I r: X r;' I il.u il.v<br />

i=l j=l<br />

Nossa intuição nos diz que essa aproximação fica melhor quando aumentamos o número<br />

de sub-retângulos e reconhecemos a soma dupla como a soma de Riemann para a integral<br />

dupla JJ~ I r, X r, I du dv. Isso motiva a definição seguinte:<br />

(b)<br />

FIGURA 14<br />

Aproximando um retalho<br />

por um paralelogramo<br />

Se uma superfície paramétrica lisa S é dada pela equação<br />

r(u, v) ~ x(u, v) i + y(u, v) j + z(u, v) k<br />

(u, v) E D<br />

e Sé coberto uma única vez quando (u, v) varre todo o domínio D dos parâme-tros,<br />

então a área de superfície de S é<br />

onde<br />

ru =-·<br />

ax. Jy.<br />

+ -J<br />

au<br />

au<br />

A(S) ~ JJ Ir, X r, I dA<br />

àz<br />

+-k<br />

au<br />

/)<br />

Jx Jy az<br />

r,~-i+-j+-k<br />

av av av


1102 CÁLCULO Editora Thomson<br />

FXEMPUJ 10 Determine a área de superfície da esfera de raio a.<br />

SOLUÇÃO No Exemplo 4 achamos a representação paramétrica<br />

x~aren<br />

onde o donúnio dos parâmetros é<br />

Vamos calcular o produto vetorial dos vetores tangentes:<br />

j<br />

k<br />

Ax ay az j k<br />

r,p X re = aq, aq, aq, a cos q, cos e a cos q, senO -a sen


1<br />

I<br />

Note a semelhança entre a fórrnuia<br />

da área da superfície da Equação 9 e a<br />

fórmula do comprimento do arco<br />

L~f~t+(:Z)'cú<br />

da Seção 8.1 do Volume I<br />

Então, temos<br />

James Stewart CAPÍTUlO 16 CÁLCULO VETORIAL 1103<br />

1<br />

Jf)' (af)<br />

- + - + 1 ~ /j<br />

/( + - + -<br />

. I (az)' (az)'<br />

\ ax ay V ax \ dy<br />

e a fórmula de área de superfície na Definição 6 fica<br />

A(S) ~ jJ ~~ +<br />

D<br />

(<br />

az)' (az)'<br />

- + - dA<br />

ax ay<br />

EXEMPLO 11 LJ Determine a área da parte do parabolóide z = x 2 + que está abaíxo<br />

do plano z ~ 9.<br />

SOLUÇÃO O plano intercepta o parabolóide na circunferência x 2 +<br />

= 9, z = 9. Portanto<br />

a superfície dada está acima do disco D com centro na origem e raio 3 (veja a<br />

Figura 15). Usando a Fórmula 9, temos<br />

A~ fi ~~ + (~r+ (:J dA~ {f )J + (2x)' + (2v)' dA<br />

X<br />

FIGURA 15<br />

~ fJ J! + 4(x 2 + y 2 ) dA<br />

D<br />

Convertendo para as coordenadas polares, obtemos<br />

A~ j''"j' 3 y'l + 4r 2 rdrdG ~ j''" dO (3 r)J + 4r 2 dr<br />

~o ~o ~o Jo<br />

~ z7T(mo + 4r')312]; ~ ; (37 ffi- 1)<br />

Precisamos ainda verificar se nossa definição da área de superfície (6) é coerente com<br />

a fórmula da área de superfície obtida no cálculo com uma única variável (8.2.4),<br />

Consideremos a superfície S obtida pela rotação da curva y ~ f(x), a ,o; x ,o; b, em<br />

tomo do eixo x, onde .f(x) ;;-, O e f' é contínua. Da Equação 3, sabemos que as equações<br />

paramétricas de S são<br />

x=x y ~ J(x)cos 8 z~f(x)=O<br />

Para calcular a área da superfície S, precisamos dos vetores tangentes<br />

Então<br />

r,~ i + f'(x) cos 8 j + f'(x) senO k<br />

r e ~ -J(x) sen e j + f(x) cos 8 k<br />

j<br />

r, X r o~ l f'(x) cose f'(x) senO<br />

o -J(x) seu e f{x) cos e<br />

~ J(x)f'(x) i - J(x) cos e j - J(x) sen e k<br />

k


1104 CÁLCULO Editora Thomson<br />

e então I r, X r,, I ~ v[/(x)]'[f'(x)]' + [!(x)] 2 cos 2 8 + [/(x)]=sen 2 8<br />

porque f(x) O. Portanto, a área de S é<br />

~ J[!(x)]'[l + (f'(x))'] ~ f(x)vl + [!'(x)] 2<br />

A~ rr Ir, X rol dA~ f'" j"'J(x))l + [J'(x)]'dxd8<br />

'' • o • (I<br />

/)<br />

2rr ft(x)y'l + [f'(x)]'dx<br />

Isso é precisamente a fórmula que foi usada para definir a área de uma superfície de revolução<br />

no cálculo com uma única variável (8.2.4).<br />

Exercícios<br />

,-;-Il ~ Identifique a superfície com equação vetorial dada.<br />

>-


James Stewart CAPÍTULO 16 CÁLCULO VETORIAl 1105<br />

19. A parte do hipcrbolóidc x 2 + ) ~ 2<br />

plano x2<br />

1 que está à direita do<br />

20. A parte do parabolóide elíptico :r + y' + 22' = 4 que está em<br />

frente ao plano x = O<br />

21.<br />

22. A parte da esfera x" + v~+ 2 2 = 16 que está entre os planos<br />

z=~2ez=2<br />

23. A parte do cilindro y" + 2 2<br />

_:r=Oex=5<br />

16 que está entre os planos<br />

::24. A parte do plano z = x + 3 que está dentro do cilíndro<br />

XC+ y' =i<br />

25--26 Use um sistema algébrico computacional para produzir um<br />

gráfico que se pareça com o que está dado.<br />

25.<br />

onde ~i ~ r~ J e O ~ e~ 2'TT, é chamada Tira de Mõbius.<br />

Trace o gnitico dessa superfície com vários pontos de vista. O<br />

que há de estranho nela<br />

31-34 ~ Determine uma equação do plano tangente à superfícíc<br />

paramétrica dada no ponto específico. Se você tiver um programa<br />

que trace o gráfico de superfícies paramétricas, use um computador<br />

para traçar a superfície e o plano tangente.<br />

·31. x = u +v, y = Ju 2 , z = u- v; (2, 3, 0)<br />

32. x = u 2 , y =v::, z = uv; u = l, v= 1<br />

33. r(u, v)= u 2 i + 2usen vj + ucos vk; u =L v= O<br />

34. r(u, v) = uv i + u scn v j + v cos u k; u = O, v·= rr<br />

Determine a área da superfície.<br />

35. A -parte do plano .t· + 2y + 2 = 4 que está dentro do cilindro<br />

xl + yl = 4<br />

36. A parte do plano com equação vetorial<br />

r(u, v) = (I + v, u - 2v, 3 - 5u + v) que é dada por<br />

O ~ u ~ 1, O ~ v ~ I<br />

"3J. A parte da superfície 2 =<br />

x1 + Y1 = I<br />

xy que está dentro do cilindro<br />

38. A parte da superfície z = l + 3x + 2y:: que está acima do<br />

triângulo com vértices (0, O), (O. I), e (2, I)<br />

26,<br />

27. Determine as equações paramétricas da superfície obtida pela<br />

rotação da curva y = e-x, O~ x ~ 3, em torno do eixo x e<br />

use-as para traçar o gráfico da supetfície .<br />

• 28. Determine as equações paramétricas da superfície obtida pela<br />

rotação da curva x = 4y 2 - y 4 , -2 ~ y ~ 2, em torno do eixo<br />

y e use-as para traçar o gráfico da superfície.<br />

~~ 29. (a) O que acontecerá com o tubo espiral do Exemplo 2 (veja a<br />

Figura 5) se substituirmos cos u por sen u e sen u porcos u<br />

(b) O que acontecerá se substituirmos cos u porcos 2u e sen u<br />

por sen 2u<br />

30. A superfície com as equações pammétricas<br />

x ~ 2 cos O+ r cos(0/2)<br />

y ~ 2sen e+ rcos(0/2)<br />

z ~ rsen(&/2)<br />

39. A parte do parabolóide hiperbólico z = y 2 - x 2 que está entre<br />

os cilindros x 2 + y 2 = 1 e x 2 + y 2 = 4<br />

40. A parte do parabolóide x = y 1 + 2 2 que está dentro do cilindro<br />

)'2 + z2 = 9<br />

41. A parte da superfície y = 4x + 2 2 que está entre os planos<br />

x =O, x = 1, z = O e z = 1<br />

42. A parte do cilindro x 2 + z 2 =a 2 que está dentro do cilindro<br />

x2+y2=a2<br />

43. A parte da esfera x 2 + y 2 + z 2 = a 2 que está dentro do<br />

cilindro x 2 + y 2 = ax<br />

44. A helicóide (ou rampa espiral) com equação vetorial<br />

r(u, v) = u cos v i + usen v j + v k, O~ u ~ I, O ~ v ~ 'TT<br />

A superfície com equações paramétricas x = uv, y = u + v,<br />

z = u- v, u 2 + v 2 ~ 1<br />

45--41 = Encontre a área da superfície com precisão de quatro casas<br />

decimais, expressando-a em termos de uma integral de função de<br />

uma variável real e usando sua calculadora para estimar a integral.<br />

46. A parte da superfície z = cos(x 2 + y 2 ) que está dentro do<br />

cilindro x 2 + y 2 = 1.<br />

47. A parte da superfície z = e-·'-y"que está acima do círculo<br />

x2 + Y2 ~ 4<br />

48. Determine, com precisão até a quarta casa decimal, a área da<br />

parte da superfície z = ( 1 + x 2 )/ ( 1 + y 2 ) que está acima do<br />

quadrado ) x I + I y I ~ 1. Ilustre, traçando o gráfico dessa<br />

porção de superfície.


1106 CÁLCULO Editora Thomson<br />

r.;;~<br />

'"'<br />

49. (a) Use a Regra do Ponto Médio para as integrais duplas (veja<br />

a Seção 15.1) com quatro quadrados para estimar a área de<br />

superfície da parte do parabolóide z = x 2 + y" que está<br />

acima do quadrado [0, l] X [O, !J<br />

(b) Use um sistema algébrico computacional para aproximar a<br />

área de superfície da parte (a) até a quarta casa decimaL<br />

Compare com sua resposta da parte (a).<br />

50. Detcrrnine a área da superfície de equação vetorial<br />

r(u, c) = ( cos'u cos 3 v, sen 'u cos 'v, sen-'v), O ~ u ~ 1r,<br />

O ~ v ~ 2 1r. Estabekça sua resposta com precisão de quatro<br />

casas decimais.<br />

51. Determine com exatidão a área da superfície<br />

z = I + 2x + 3y + 4y=', 1 ~ x ~ 4, O~ y :0::::: 1.<br />

52. (a) Estabeleça, mas não calcule. a integral dupla da área da<br />

superfície com as equações paramét1icas x = au cos v,<br />

y = husenv,z = u 2 , O~ u ~ 2,0 os v OS·2n.<br />

(b) Elimine os parâmetros para mostrar que a superfície é um<br />

parabolóide elíptico e estabeleça outra integral dupla que<br />

fomcce sua área.<br />

(c) Use as equações paramétricas da parte (a) com a= 2 e<br />

h = 3 para traçar o gráfico da superfície.<br />

(d) Para o caso a = 2, h = 3, use um sistema algébrico<br />

computacional para achar a área de superfície com<br />

precisão até a quarta casa decimal.<br />

;Jl3, (a) Mostre que as equações paramétricas x =a sen u cos v,<br />

y = hsenuscnv, z =ecos u, O os u os 7r, O~ v~ 27r,<br />

representam um elipsóide.<br />

54. (a) Mostre que as equações paramétricas x = a cosh u cos v,<br />

y = h cosh u scn v, z = c senh u, representam um hiper~<br />

bolóide de uma folha.<br />

(b) Use as equações paramétricas da parte (a) para traçar o<br />

gráfico do hiperbolóide para o caso a= I, h= 2, c= 3.<br />

(c) Estabeleça, mas não calcuk, a integral dupla que dá a área<br />

de superfície da porção do hiperbolóide da pmte (b) que<br />

está entre os planos z = ~3 e z = 3.<br />

55. Determine a área da superfície do Exercício 7 com precisão até<br />

a quarta casa decimaL<br />

56. (a) Determine a representação paramétrica do toro obtido<br />

girando em torno do eixo z o círculo do plano xz com<br />

centro em (h, O, 0) e raio a < b. [Dica: tome como<br />

parâmetros os ângulos ()e a mostrados na figura.]<br />

(b) Use as equações paramétricas achadas na parte (a) para<br />

lraçar o gráfico do toro para diversos valores de a e b.<br />

(c) Use a representação paramétrica da parte (a) para achar a<br />

área de superfície do toro.<br />

(b) Use as equações paramétricas da parte (a) para traçar o<br />

gráfico do elipsóide para o caso a= l, b = 2, c= 3.<br />

X (h, O, O)<br />

(c) Estabeleça, mas não calcule. a integral dupla que dá a área<br />

de superfície da parte do elipsóide da parte (b).<br />

Integrais de Superfície<br />

A relação entre integral de superfície e área de superfície é semelhante àquela entre a integral<br />

de linha e o comprimento de arco. Suponha que f seja uma função de três variáveis<br />

cujo domínio inclui uma superfície S. Dividimos S em retalhos S;J com área áSiJ.<br />

Calculamos f em um ponto Ptj de cada retalho, multiplicamos por ô.S 1 J e formamos a soma<br />

m<br />

n<br />

L L f(Pij) !>S,i<br />

i=! J~J<br />

Então tomamos o limite quando o tamanho dos retalhos se aproxima de O e definimos a<br />

integral de superfície de f sobre a superfície S como<br />

Note a analogia com a definição de integral de linha (16.2.2) e também a analogia com a<br />

definição da integral dupla (l5,L5),<br />

tt '&t


FIGURA 1<br />

- -M<br />

James Stewart CAPÍTULO 16 CÁLCULO VETORIAL O 1107<br />

Para calcular a integral de superfície da Equação 1 aproximamos a área do retalho !J.Sj<br />

pela área b..T; 1<br />

de um paralelogramo aproximante no plano tangente, e o limite é a integral<br />

dupla. Explicaremos agora detalhes para dois tipos de superfícies: gráficos e superfícies<br />

paramétricas.<br />

Gráficos Se a superfície Sé o gráfico de uma função de duas variáveis, então ela<br />

tem uma equação da forma z = g(x, y), (x, y) E D, ilustrada na Figura I. Vamos inicialmente<br />

assumir que o domínio dos parâmetros D seja um retângulo e vamos dividir esse<br />

retângulo em sub-retângulos pequenos Rij todos com o mesmo tamanho. O retalho S;; está<br />

diretamente acima do retângulo Ru, e o ponto P;j de Su é da forma (x;*, y/, g(x;*, y,t)) _<br />

Como para a área de superfície na Seção 15.6, aproximamos<br />

!lS;; = !lT; 1 = ,f[g,{x;, y;)]' + [gy(x;, y;)] 2 + I !lA<br />

De·fato, pode ser provado que, se f é contínua sobreS e g tem derivadas parciais contínuas,<br />

então a Definição I fica<br />

JJ!(x,y,z)dS =<br />

s<br />

lim 2: Lf(x;*,y/,g(x;*,y/)),f[g,(x;,y 1 )] 2 + [g 2<br />

(x;,y;)] 2 +I !lA<br />

m,n--->cx, ;=! j=l<br />

~ fJ f(x, y, g(x, y)),f[g,(x, y)] 2 + [g,(x, y)]' + 1 dA<br />

D<br />

Essa fórmula, válida mesmo quando D não é retangular, é geralmente escrita da seguinte<br />

maneira:<br />

JJ f(x, y, z) dS = fJ f(x, y, g(x, y))<br />

S<br />

D<br />

Fórmulas semelhantes se aplicam quando é mais conveniente projetar S sobre o plano<br />

yz ou o plano xz. Por exemplo, se S for uma superfície com equação y ~ h(x, z) e D for<br />

sua projeção no plano xz, então<br />

fj f(x, y, z) dS = ~- f(x, h(x, z), z) ~ ( !~ )' + (:;r + 1 dA<br />

dA<br />

FIGURA 2<br />

X<br />

EXEMPLO 1 c Calcule jj~y dS, onde Sé a superfície z = x + y 2 , O~ x ~ 1, O~ y ~ 2<br />

(veja a Figura 2).<br />

SOLUÇÃO Como<br />

a Fórmula 2 dá<br />

az<br />

-=1<br />

ax<br />

e<br />

az<br />

-=2y<br />

ay<br />

fj ydS= ~- y~l + (*)'+(!;)'dA<br />

= fo' J: y,fl + 1 + 4y 2 dydx<br />

= s; dx ..fi L' y,fl + 2y' dy<br />

= ..fi(l)j(l + 2y')l!2]~ = 13;-<br />

As integrais de superlície têm aplicações sernelliantes àquelas das integrais consideradas<br />

previamente. Por exemplo: se uma folha fina (digamos, uma folha de aluminio) tem<br />

o formato de uma superfície S e a densidade (massa por unidade de área) em um ponto<br />

(x, y, z) for p(x, y, z), então a massa total da folha será


1108 CÁLCULO Editora Thomson<br />

e o centro de massa será (X, y, Z), onde<br />

1 ..<br />

x ~ -I! xp(x, y, z) dS<br />

m ... s<br />

m ~ jJ p(x, y, z) dS<br />

s<br />

1 ..<br />

y ~ -11 yp(x, y, z) dS<br />

m •. s<br />

1 , ,<br />

z ~ -JI zp(x,y, z) dS<br />

m. s<br />

Momentos de inércia também podem ser definidos como anteriormente (veja o<br />

Exercício 37).<br />

Superfícies Paramétricas Suponha que a superfícieS tenha equação vetorial<br />

r(u, v) ~ x(u, v) i + y(u, v) j + z(u, v) k (u, v) E D<br />

Vamos admitir inicialmente que o domínio dos parâmetros D seja um retângulo e vamos<br />

dividi-lo em sub-retângulos R; 1 com dimensões ilu e ilv. Então a superfícíe ficará<br />

dividida em retalhos correspondentes SiJ com áreas tJ.S1h como na Figura 3.<br />

-c<br />

X<br />

FIGURA 3<br />

Admitimos que a superfície é<br />

coberta somente uma vez quando (u, v)<br />

varia em O. O valor da integral de<br />

superfície não depende da<br />

parametrização usada.<br />

onde<br />

Em nossa discussão sobre a área de superfície na Seção 16.6, fizemos a aproximação<br />

Jx . ay . Jz<br />

r,=-•+-J+-k<br />

au au au<br />

b.SiJ = I r, X r, I b.u b.v<br />

Jx • ay . az<br />

rv = -· + -J + -k<br />

av av av<br />

são os vetores tangentes em um canto de S;J· Se os componentes são contínuos e r, e r v são<br />

não nulos e não paralelos no interior de D, pode ser mostrado da Definição 1, mesmo<br />

quando D não seja retangular, que<br />

jJ f(x, y, z) dS = JJ f(r(u, v))l r, X r, I dA<br />

S<br />

Isso deve ser comparado com a fórmula para a integral de linha:<br />

D<br />

Observe também que<br />

JJ(x, y, z) ds ~ f J(r(tlll r'(t) I dt<br />

jJ l dS = jJ I r, X r, I dA = A(S)<br />

S<br />

D<br />

A Fórmula 3 nos permite calcular a integral de superfície, convertendo-a em uma integral<br />

dupla sobre o donúnio dos parâmetros D. Quando usamos essa fórmula, precisamos<br />

lembrar que J(r(u, v)) deve ser calculada escrevendo-se x = x(u, v), y = y(u, v) e<br />

z ~ z(u, v) na fórmula de J(x, y, z).


James Stewart CAPÍTULO 16 CÁLCULO VETO!ill\l_ u 1109<br />

s,<br />

FIGURA 4<br />

S,(x' + y' = 1)<br />

Qualquer superfície S com equação z = g(x, .v) pode ser olhada como uma superfície<br />

paramétrica com equações paramétricas<br />

e da Equação 16.6.8 temos<br />

x=x y=y z = g(x, y)<br />

Ir, x r,l = )1 + (!:)' + u:r<br />

Portanto, nesse caso. a Fórmula 3 se transforma na Fónnula 2.<br />

E~EMPUJ l __,r-~ Calcule a integral de superfície JJ~. x 2 dS. onde S é a esfera unitária<br />

x~ + y 2 + z"'" = 1.<br />

SOLUÇÃO Como no Exemplo 4 da Seção 16.6, utilizamos a representação paramétrica<br />

X= sen cpCOS e y = sencpsenO z=coscp<br />

ou seja,<br />

r(, O) = sen


1110 o CÁLCULO<br />

Editora Thomson<br />

Então, a integral de superfície sobre S t é<br />

JJ z dS ~ fJ z I r, X r, i dA<br />

S, D<br />

1 (2" l<br />

~ 2 [1 + 2cos O+ ,(1 + cos20)]dO<br />

,o<br />

Como S 2 está no plano z = O, temos<br />

jJzds~ JJods~o<br />

S, S:<br />

A superfície do topo s3 está acima do círculo D e é parte do plano z = l + X. Portanto,<br />

tomando g(x, y) = 1 + x na Fórmula 2 e transformando para coordenadas polares, temos<br />

If zdS~ ~(1 +x)~l + (*)' + (*)'d4<br />

~f:" Jo' (1 + rcos O).,! I+ 1 + OrdrdO<br />

~ vlz f:" fo' (r + r 2 cos O) dr dO<br />

~ vlz f'" G + l cose) dO~ v~z[l)_ + seno]'"~ vlzr.<br />

,o 2 3 o<br />

Portanto<br />

f f z dS ~ jJ z dS + jJ z dS + ff z dS<br />

s s, s, s.<br />

~<br />

3 ; +o+ vlzr. ~ (l + vlz)r.<br />

FIGURA 5<br />

Uma faixa de Mõbius<br />

B<br />

A<br />

Superfícies Orientadas<br />

Para definir as integrais de superfície de campos de vetores, precisamos desconsiderar as<br />

superfícies não-orientáveis, tais como a faixa de MObius mostrada na Figura 5. [Ela recebeu<br />

esse nome em homenagem ao geômetra alemão August Mõbius (1790-1868).] Você<br />

pode construir uma faixa soziuho, tomando uma tira de papel retangular e comprida, dando<br />

uma meia-volta (em uma de suas extrerrúdades) e grudando os lados mais curtos, como na<br />

Figura 6. Se uma fonniga resolvesse camiuhar sobre a faixa de Mõbius partindo de um<br />

ponto P, ela terminaria sobre o "outro lado" da faixa (isto é, com sua cabeça apontando na<br />

direção oposta à de sua partida). E, mais ainda, se prosseguisse sua caminhada, conforme<br />

c<br />

D<br />

A -


)<br />

I<br />

James Stewart CAPÍTUlO 16 CÁLCULO VETORLAL c_:; 1111<br />

X<br />

FIGURA 7<br />

n,<br />

iniciara, ela retomaria ao mesmo ponto P sem nunca ter cruzado uma borda. (Se você construir<br />

uma faixa de Mübius, tente traçar com um lápis um caminho passando pelo meio dela.)<br />

Portanto, urna faixa de Móbius realmente tem um lado só. Você pode fazer o gráfico da faixa<br />

de Mübius usando as equações paramétricas do Exercício 30 da Seção 16.6.<br />

Daqui para a frente consideraremos somente as superfícies orientáveis (com dois lados).<br />

Começaremos com urna superfície S que tenha um plano tangente em todos os pontos<br />

(x, y, z) sobreS (exceto nos pontos da fronteira), Em cada ponto (x, y, z) existem dois verseres<br />

normais n 1 e n 2 = -n 1 (veja a Figura 7). Se for possível escolher um versar normal<br />

nem cada ponto (x, y, z) de modo que n varie continuamente sobreS, então Sé chamada<br />

superfície orientada, e a escolha dada de n fornece a S uma orientação. Existem duas<br />

possíveis orientações para qualquer superfície orientada (veja a Figura 8).<br />

FIGURA 8<br />

As duas orientações de uma<br />

superfície orientada<br />

Para uma superfície z ~ g(x, y) dada como o gráfico de g, usamos a Equação 16,6_7 e<br />

vemos que a orientação induzida é dada pelo versor normal<br />

Como a componente na direção de k é positiva, isso fornece a orientação para cima da<br />

superlície.<br />

Se S for uma superfície orientada lisa dada na forma paramétrica pela equação vetorial<br />

r(u, v), então ela está automaticamente suprida com a orientação do versor normaL<br />

n~<br />

ru X rv<br />

Jr, X r,J<br />

e a orientação oposta é dada por -n, Por exemplo: no Exemplo 4 da Seção 16,6 encontramos<br />

a representação paramétrica<br />

FIGURA 9<br />

Orientação positiva<br />

r(, O) ~a sen cos Oi + a sen senO j + a cos k<br />

para a esfera x 2 + y 2 + z 2 = a 2 • Então no Exemplo 10 da Seção 16.6 achamos que<br />

r,p X ro = a 2 sen 2 cos Oi+ a 2 sen 2 sen8j + a 2 sencos c/Jk<br />

X<br />

FIGURA 10<br />

Orientação negativa<br />

y<br />

e<br />

Assim a orientação induzida por r(, O) é definida pelo versor normal<br />

X<br />

l<br />

n ~ ~ sen


1112 o CÁLCUlO<br />

Editora Thomson<br />

Para uma superfície fechada, isto é, uma superfície que seja a fronteira de urna região<br />

sólida E, a convenção é que a orientação positiva é aquela para a qual os vetores normais<br />

apontam para fora de E, e os vetores normais que apontam para dentro correspondem à<br />

orientação negativa (vejam as Figuras 9 e 10).<br />

Integrais de Superfície de Campos Vetoriais<br />

'l<br />

FIGURA 11<br />

Suponha que S seja uma superfície orientada com versor normal n, e imagine um fluido<br />

com densidade p(x, y, z) e campo de velocidade v(x, y, z) fluindo através de S. (Pense em<br />

S sendo uma superfície imaginária que não impeça a passagem do líquido, como urna rede<br />

de pesca em uma corrente de água.) Então a taxa de vazão (massa por unidade de tempo)<br />

por unidade de área é pv. Se dividirmos Sem pequenos retalhos SiJ, como na Figura 11<br />

(compare com as Figuras l e 3), então S;j é aproximadamente plana, de modo que podemos<br />

aproximar a massa de fluido que passa por S1j na direção da normal n por unidade de tempo<br />

pela quantidade<br />

(pv · n)A(S,;)<br />

onde p, v e n são calculados em algum ponto de S,.;· (Lembre-se de que o componente do<br />

vetor pv na direção do versar n é pv • n.) Somando essas quantidades e tomando o limite,<br />

obtemos, de acordo com a Definição 1, a integral de superfície da função pv • n sobre S:<br />

JJ pv · n dS ~ JJ p(x, y, z)v(x, y, z) · n(x, y, z) dS<br />

s<br />

s<br />

e é interpretada fisicamente como a taxa de vazão através de S.<br />

Se escrevermos F = pv, então F é também um campo vetorial em IR. 3 e a integral da<br />

Equação 6 fica<br />

[fF·ndS<br />

s<br />

Uma integral de superfície dessa forma aparece freqüentemente em física, mesmo quando<br />

F não é pv, e é denominada integral de superfície (ou integral de fluxo) de F sobre S.<br />

Definição Se F for um campo vetorial contínua definido sobre uma superfície<br />

orientada S com versor normal n, então a integral de superfície de F sobre S é<br />

ff F · dS ~ f F · n dS<br />

s<br />

s<br />

Essa integral é também chamada flnxo de F através de S.<br />

Em palavras, a Definição 7 diz que a integral de superfície de um campo vetorial sobre<br />

Sé igual à integral de superfície de seu componente normal sobreS (como definido previamente).<br />

Gráficos No caso da superfície S ser dada por um gráfico z ~ g(x, y ), podemos<br />

detenninar n notando que S também é a superfície de nível .f(x, y, z) ~ z - g(x, y) ~O.<br />

Sabemos que o gradiente \lf(x, y, z) é normal a essa superfície em (x, y, z) e assim o<br />

versor normal é<br />

'1/f(x, y, z)<br />

I \l.f(x, y, z) I<br />

-gAx, y) i - g,(x, y) j + k<br />

.j[g,(x, y)]' + [g,(x, y)] 2 + I


l<br />

James Stewart CAPÍTULO 16 CÁLCULO VETORI.l\L éJ 1113<br />

Como o componente na direção k é positivo. o versor nonnal aponta para cima. Se usarmos<br />

agora a Fórmula 2 para calcular a integral de superfície (7) com<br />

obteremos<br />

F(x, y, z) ~ P(x, y, z) i + Q(x, y, z) j + R(x, y, z) k<br />

s<br />

ou<br />

s<br />

ag. a 9 _<br />

--·--J + k ,- , , , ,<br />

1<br />

/(i!JL)' + (i!JL)' + 1 V ax- + -ay} ~ l r A<br />

~ JJ (P i + Q j + R k) •<br />

ax ay !("g)· (iJg 1- ,<br />

D<br />

y ax<br />

ay<br />

jJ F · dS ~ f f (-P :: -c Q ;~<br />

s ~ -<br />

+ R) dA<br />

Para um vetor normal apontando para baixo, multiplicamos por- J. Fórmulas semelhantes<br />

podem ser obtidas se S for dada por y ~ h(x, z) ou x ~ k(r, z) (veja os Exercícios 33 e 34).<br />

EXEMPLO 4 c Calcule JL F · dS, onde F(x, y, z) ~ y i + x j + z k e Sé a fronteira da<br />

região sólida E contida pelo parabolóide z = 1 - x 1 - y 2 e pelo plano z = O.<br />

SOLUÇÃO A superfícieS é constituída pela superfície parabólica do topoS, e pela superfície<br />

circular do fundo S 2 (veja a Figura 12). Como Sé urna superfície fechada, usamos a<br />

convenção de orientação positiva (para fora). Isso significa que S t é orientada para cima<br />

e podemos usar a Equação 8 com D sendo a projeção de S 1 sobre o plano xy, ou seja, o<br />

círculo x 2 + y 2 ~ 1. Como<br />

FIGURA 12<br />

sobre St e<br />

temos<br />

P(x,y,z) ~ y<br />

Q(x,y, z) ~ x<br />

iJ_2__ = -2x<br />

ax<br />

l'f F · dS ~ fi' (-P<br />

iJ_2__ -<br />

~ ~ ax av<br />

~ D ~<br />

R(x, y, z) ~ z ~ l - x 2 -<br />

ag<br />

-~ -2v<br />

ay -<br />

Q iJ_2__ + R) dA<br />

~ jJ [-y(-2x)- x(-2y) + 1- x 2 - y 2 ]dA<br />

D<br />

~ JJ (I + 4xy- x 2 - y 2 )dA<br />

D<br />

~ j''" ('(I+ 4r 2 cos &senO r 2 )rdrd&<br />

o • o<br />

~ f'"(' (r- r 3 + 4r 3 cos e senO) drdO<br />

Jo .o<br />

f2r, ( l ) l 7T<br />

~ Jo 4 + cos e sen e d8 = ,J2rr) + o ~ 2


1114 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

O círculo S 2 é orientado para baixo, então seu versar normal é n =<br />

- k e temos<br />

JJ F · dS ~ ff F· ( -k) dS ~ jJ ( -z) dA = jJ O dA ~O<br />

S, S, D D<br />

já que z ~ O sobre S 2 . Finalmente, calculamos. pela definição, Jj~ F · dS como a soma<br />

das integrais de superfície de F sobre S1 e Sz:<br />

J·r F · dS ~ 1 -r F · dS + r 1·<br />

F · dS ~ ~ + o ~ r.<br />

. .. .. 2 2<br />

s s, s,<br />

Superfícies Paramétricas Se Sé dada pela função vetorial r(u, v), então n é dada<br />

pela Equação 5, e da Definição 7 e Equação 3, temos<br />

1 .,. [F(r(u,v)) ·Ir, x r, Jrr, x r,[ dA<br />

~~ ruXrv<br />

1<br />

/)<br />

Compare a Equação 9 com a<br />

expressão semelhante para o cálculo<br />

da integral de linha de campos<br />

vetoriais da Definição 16.2.13:<br />

Jc ' F · dr = L f' F( r(!)) • r'(t) dt<br />

onde D é o domínio dos parâmetros. Então, temos<br />

jJ F· dS ~ fJ F· (r, X r,) dA<br />

S<br />

D<br />

Note que, em vista da Equação 16.6. 7, temos<br />

àg. àg .<br />

r,Xry~--t--J+k<br />

e a Fórmula 8 é um caso especial da Fórmula 9.<br />

ax<br />

ay<br />

A Figura 13 mostra o campo vetorial<br />

F do Exemplo 5 em pontos da esfera<br />

unitária.<br />

,, : · ·'" Determine o fluxo do campo vetorial F(x, y, z) ~ z i + y j + x k através<br />

da esfera unitária x 2 + y 2 + z 2 = 1.<br />

SOLUÇÁO Usando a representação paramétrica<br />

r(


James Stewart CAPÍTULO 16 CALCULO VETORiAL 1115<br />

c, pela Fórmula 9, o fluxo é<br />

fJF·dS= jJF·(r.xr,)dA<br />

s<br />

o<br />

= ['"j'r, (2sen 2 cos rpcos e+ sen 3 sen 2 8)drpd8<br />

Jo u<br />

pelos mesmos cálculos que no Exemplo 2.<br />

3<br />

Se, por exemplo, o campo vetorial do Exemplo 5 é um campo de velocidade descrevendo<br />

o fluxo de um fluido de densidade 1, então a resposta 47T/3 representa a taxa de<br />

vazão através da esfera unitária em unidade de massa por unidade de tempo.<br />

Embora tenhamos usado como motivação para a integral de superfície de um campo de<br />

vetores o exemplo de mecânica dos fluidos, esse conceito também aparece em outras situações<br />

físicas. Por exemplo: se E é um campo elétrico (veja o Exemplo 5 da Seção l6.l).<br />

então a integral de superfície<br />

é chamada fluxo elétrico de E através da superfície S. Uma importante lei de eletrostática<br />

é a Lei de Gauss, que diz que a carga contida por uma superfície Sé<br />

onde Eo é uma constante (denominada perrrllssividade do espaço livre) que depende das<br />

unidades usadas. (No sistema SI, e 0 = 8,8542 X 10· 12 C 2 /N·m 2 .) Portanto, se o campo<br />

vetorial F do Exemplo 5 representa um campo elétrico, podemos concluir que a carga<br />

envolvida por Sé Q = 47Teo/3.<br />

Outra aplicação de integrais de superfície ocorre no estudo de fluxo de calor. Suponha<br />

que a temperatura em um ponto (x, y, z) em um corpo seja u(x, y, z). Então o fluxo de<br />

calor é definido como o campo vetorial<br />

F= -K'Vu<br />

onde K é uma constante detenninada experimentalmente, chamada conduthidade da<br />

substância. A taxa de fluxo de calor através da superfícieS no corpo é então dada pela integral<br />

de superfície<br />

ff F·dS = -KJJ \lu· dS<br />

s<br />

s<br />

A temperatura u em uma bola metálica é proporcional ao quadrado da<br />

distância do centro da bola. Determine a taxa de fluxo de calor através de uma esfera S<br />

de raio a e centro no centro da bola.


1116 CJ CÁLCULO Editora Thomson<br />

SOLUÇÃO Tomando o centro da bola como a origem, temos<br />

u(x, y, z) = C(x' + y' + z')<br />

onde C é a constante de proporcionalidade. Então o fluxo de calor é<br />

F(x,y,z) = -Kílu = -KC(2xi + 2yj + 2zk)<br />

onde K é a condutivídadc do metal. Em vez de usar a parametrização usual da esfera<br />

dada no Exemplo 5, observamos que o vetor normal para a esfera x 2 + y 2 + z 2 =a~<br />

que aponta para fora no ponto (x, y, z) é<br />

1<br />

n = - (x i + y j + z k)<br />

a<br />

e então<br />

Mas sobreS temos x 2 + y 2 + z 2 = a 2 , e F· n =<br />

calor através de 5 é<br />

~2aKC Portanto, a taxa de fiuxo de<br />

lí F · dS =<br />


1<br />

13.<br />

il (x 2 z + v 2 z) dS,<br />

.. :, . - ~<br />

Sé o hemisfério r + y 2 + z" = 4, z ::>- O<br />

14. Jlxyz dS,<br />

Sé a parte da esfera x 2 + _v 2 + z 2 = I que está acima do cone<br />

z=.yx 2 +y"<br />

15. ff (x 2 y + z 2 )dS,<br />

.... \ ~<br />

Sé a parte do cilindro x· +_v c = 9 entre os planos z = O e<br />

z~2<br />

16. J\ (x 2 + y' + z 2 )dS.<br />

S é formada pelo cilindro do Exercício 15, além dos círculos<br />

que compõem o fundo e o topo.<br />

17. j};yz dS,<br />

Sé a superfície com equações paramétricas x = u 2 , y = u sen v,<br />

z = u cos v, o~ u ~ 1, o~ 1.: :õS 1T/2<br />

18. Jlvl + x 2 + y 2 dS,<br />

5 é o helicóide com equação vetorial<br />

r(u,v) = ucosvi + usenvj + vk,O~u:;:::::<br />

I, O"" v~ 7T<br />

19-28 Calcule a integral de superfície Jl F · dS para o campo<br />

vetorial F e superfície orientada S. Em outras palavras, determine o<br />

fluxo de F através de S. Para superfícies fechadas, use a orientação<br />

(para fora) positiva.<br />

J9. F(x, y, z) =X)' i + yz j + zx k, Sé a parte do parabolóide<br />

z = 4 ~ x" ~ }' 2 que está acima do quadrado O ~ x ~ 1,<br />

O~ y ~ 1, com orientação para cima.<br />

20. F(x, y, z) = xy i+ 4x 2 j + yz k, Sé a superfície z = xeY,<br />

O ~ x ~ I, O ~ y ~ 1, com orientação para cima<br />

21. F(x, y, z) = xzeYi- xzeY j + z k,<br />

S é a parte do plano x + y + z =<br />

orientação para baixo<br />

l no primeiro octante, com<br />

22. F(x, y, z) = x i + y j + z 4 k,<br />

Sé a parte do cone z = vx 2 + y 1 abaixo do plano z = I com<br />

orientação para baixo<br />

23. F(x, y, z) ~ x i - z j + y k,<br />

Sé a parte da esfera x" + y 2 + z 2 = 4 no primeiro octante<br />

com orientação para a origem.<br />

24. F(x, y, z) = xz i + x j + y k Sé o hemisfério<br />

xz + y 2 + z 2 = 25, y ç O, orientado na direção do eixo<br />

y positivó<br />

F(x, y, z) ~ y j - z k,<br />

Sé formado peJo parabolóide y = x 2 + z 2 , O :s;: y ~ 1, e pelo<br />

círculo x 2 + z 2 ~ 1, y = 1<br />

26. F(x, y, z) = x i + y j + 5 k, Sé a superfície do Exercício 12.<br />

27. F'(x,y,z) = xi + 2yj + 3zk,<br />

Sé o cubo com vértices (2::1, ±l, :::1)<br />

28. F(x, y, z) = y i + x j + z 2 k,<br />

Sé o helicóide do Exercício 18, com orientação para cima<br />

29. Calcule Jfs xyz dS preciso até a quarta casa decimal, onde Sé a<br />

superfície z = xy, O :s;: x ~ 1, O ~ y :s;: L<br />

James Stewart CAPÍTUlO 16 CALCULO VETORI-A.L 1117<br />

30. Determine o valor exato de JJ,x".vz dS. onde Sé a superfície<br />

do Exercício 29.<br />

31. Detemüne o valor de fL _-r'-v'"z 2 dS cmTeto até a quarta casa<br />

•'• .~ - ~ .<br />

decimal, onde Sé a parte do parabolóide z = 3 ~ 2x" ~ y-<br />

que está acima do plano -l)'.<br />

32. Detennine o fluxo de F(x, y, z) = sen(xyz) i + x 1 _r j + r' e' ·s k<br />

através da parte do cilindro 4y" + z 2 = 4 que está acima do<br />

plano .:t}' e entre os planos x = ~ 2 ex = 2 com orientação para<br />

cima. Ilustre, usando um sistema algébrico computacional para<br />

desenhar o cilindro e o campo vetorial na mesma tela.<br />

33. Determine a fónnula para Jl· F · dS semelhante à Fómmla 8<br />

para o caso onde Sé dada por y = h(x, z) e n é o versor<br />

normal que aponta para a esquerda.<br />

34. Determine a fónnula para J1· F · dS semelhante à Fónnula 8<br />

para o caso onde Sé dada por x = k(y, z) e n é o vcrsor<br />

normal que aponta para a frente (ou seja, para o observador,<br />

quando os eixos estão desenhados na posição usual).<br />

L35'. Determine o centro de massa do hemisfério x' + y 2 + z 2 =a',<br />

z ç O, se ele tiver densidade constante.<br />

36. Determine a massa de um funil fino com o formato do cone<br />

z =<br />

p(x,y, z) ~lO- z.<br />

-Jx 2 + y 2 , 1 ~ z :s;: 4, se sua função densidade é<br />

37. (a) Dê uma expressão integral para o momento de inércia/,<br />

em tomo do eixo z de uma folha fina no formato da<br />

supetfície S, se a função densidade é p.<br />

(b) Determine o momento de inércia em torno do eixo z do<br />

funil do Exercício 36.<br />

38. A supeifície cônica z 2 = x 2 + y 2 , O~ z ~a tem densidade<br />

constante k. Determine (a) o centro de massa e (b) o momento<br />

de inércia em tomo do eixo z.<br />

39. Um fluido com densidade 1200 fluí com velocidade<br />

v = y i + j + z k. Determine a taxa de vazão do fluído através<br />

do parabolóide z = 9- ~(x 2 + y 2 ), x 2 + y 1 ~ 36.<br />

40. Um fluido com densidade 1500 e campo de velocídade<br />

v= -y i+ xj + 2z k. Determine a taxa de vazão do fluido<br />

saindo da esfera x 2 + y 1 + z 2 = 25.<br />

41. Use a Lei de Gauss para achar a carga contida no hemisfério<br />

sólido x 2 + y 2 + z 2 ~ a 2 , z;;:. O, se o campo elétrico é<br />

E(x, y, z) ~ x i + y j + 2z k.<br />

42. Use a Lei de Gauss para achar a carga dentro de um cubo com<br />

vértices ( ::t 1, ± 1, .± 1) se o campo elétrico é<br />

E(x, y, z) ~ x i + y j + z k.<br />

A temperatura em um ponto (x, y, z) em uma substância com<br />

condutividade K =<br />

taxa de transmissão de calor nessa substância através da<br />

superfície cilíndrica y 2 + z 2 = 6, O ~ x ~ 4.<br />

6,5 é u(x, y, z) = 2y 2 + 2z 2 • Determine a<br />

44. A temperatura em um ponto de uma bola com condutividade K<br />

é inversamente proporcional à distância do centro da bola.<br />

Detennine a taxa de transmissão de calor através de uma esfera<br />

S de raio a e centro no centro da bola_


1118 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

16.8<br />

O Teorema de Stokes<br />

X<br />

o<br />

y<br />

O Teorema de Stokes pode ser visto como uma versão em dimensão maior do Teorema<br />

de Green. Enquanto o Teorema de Green relaciona uma integral dupla sobre<br />

uma região plana D com uma integral de linha ao redor de sua curva fronteira plana,<br />

o Teorema de Stokes relaciona uma integral de superfície sobre uma superfícieS com<br />

uma integral ao redor da curva fronteira S (que é uma curva no espaço). A Figura l<br />

mostra uma superfície orientada com seu versor normal n. A orientação de S induz a<br />

orientação positiva da curva fronteira C mostrada na figura. Isso significa que, se<br />

você andar na direção positiva ao redor da curva C com sua cabeça na direção e sentido<br />

de n, então a superfície estará sempre à sua esquerda.<br />

FIGURA<br />

O Teorema de Stokes tem seu nome<br />

em homenagem ao físico matemático<br />

irlandês sir George Stokes (1819-1903).<br />

Stokes era professor na Universidade<br />

de Cambridge (de fato ele tinha a<br />

mesma posição que Newton. Lucasian<br />

Professor of Mathematics) e se<br />

sobressaiu por seus estudos sobre<br />

vazão de fluidos e luz. O teorema que<br />

hoje chamamos Teorema de Stokes<br />

foi, na verdade, descoberto pelo físico<br />

escocês si r Wi!liam Thompson (1824-<br />

1907, conhecido como lorde Kelvin)<br />

Stokes soube desse teorema por uma<br />

carta de Thomson em 1850 e pediu a<br />

seus estudantes para prová-lo em um<br />

exame em Cambridge, em 1854. Não<br />

se sabe se algum de seus estudantes<br />

foi capaz de fazê-lo.<br />

feDren:s r] e Eli:DkB:-:<br />

SejaS uma superfície orientada, lisa por trechos, cuja fronteira<br />

é formada por uma curva C simples, fechada, lisa por trechos, com orientação<br />

positiva. Seja F um campo vetorial cujos componentes têm derivadas parciais<br />

contínuas na região aberta de IR 3 que contém S. Então<br />

L F · dr ~ jJ rot F · dS<br />

Como<br />

e<br />

jJ rotF·dS~ jJ rotF·nds<br />

s 5<br />

o Teorema de Stokes nos diz que a integral de linha ao redor da curva fronteira de S do<br />

componente tangencial de F é igual à integral de superfície do componente normal do rotacional<br />

de F.<br />

A curva fronteira orientada positivamente da superfície orientada S é com freqüência<br />

denotada por as, de modo que o Teorema de Stokes possa ser escrito como<br />

JJ rot F · dS ~ L F · dr<br />

s<br />

Existe uma analogia entre o Teorema de Stokes, o de Green e o Teorema Fundamental do<br />

Cálculo. Como anteriormente, existe uma integral envolvendo as derivadas do lado esquerdo<br />

da Equação l (lembre-se de que o rot F é uma espécie de derivada de F) e do lado<br />

direito, envolvendo valores de F, calculados somente na fronteira de S.<br />

De fato, no caso especial em que a superfície S é plana e pertence ao plano xy com<br />

orientação para cima, o versor normal é k, a integral de superfície se transforma em uma<br />

integral dupla, e o Teorema de Stokes fica<br />

fcF · dr ~ jJ rot F· dS ~ JT (rot F)· kdA<br />

s<br />

s<br />

Esta é precisamente a forma vetorial do Teorema de Green dada pela Equação 16.5.12.<br />

Então vemos que o Teorema de Green é, realmente, um caso especial do Teorema de Stokes.<br />

Apesar de o Teorema de Stokes ser muito difícil de provar no caso geral, podemos fazer<br />

uma prova quando S for um gráfico e F, Se C forem bem comportados.


l<br />

James Stewart CAPÍTUlO 16 CÁLCULO VETORIAL o 1119<br />

::=g(x,y)<br />

::,:: ;u;;, Admitiremos que a equação de S seja<br />

z ~ g(x, y), (x, y) .E D, onde g tem derivadas parciais de segunda ordem contínuas, e que<br />

D seja uma região plana simples cuja fronteira C1 corresponde a C. Se a orientação de S<br />

for para cima, então a orientação positiva de C corresponde à orientação positiva de C<br />

(veja a Figura 2). É-nos dado que F ~ P i + Q j + R k, onde as derivadas parciais de P,<br />

Q e R são contínuas.<br />

Como Sé um gráfico de urna função, podemos aplicar a Fórmula 16.7.8 com F substituído<br />

por rot F. O resultado é<br />

X<br />

FIGURA 2<br />

JJrotF·dS<br />

s<br />

~ J'j' [_(i!!':_ _ aQ) az _ ( aP _ aR) az + ( aQ _ aP) J dA<br />

, O)' az dX az dX ay dX d)'<br />

D<br />

onde as derivadas parciais de P, Q e R são calculadas em (x, y, g(x. x)). Se<br />

x ~ x(t)<br />

y ~ y(t)<br />

é a representação paramétrica de C 1 , então a representação paramétrica de C é<br />

x ~ x(t) y ~ y(t) z ~ g(x(t). y(r))<br />

Isso nos permite, com ajuda da Regra da Cadeia, calcular a integral de linha como<br />

segue:<br />

· j'b ( dx dy dz)<br />

j F·dr~ P-+Q-+R- dt<br />

c " dt dt dt<br />

f<br />

b [<br />

P-+Q-+R--+-- dx dy ( Jz d< az dy)] dt<br />

'" dt dt ax dt ay dt<br />

~ Jb [ (P + R '!!__) dx + (Q + R az) dy] dt<br />

" axdt aydt<br />

~f (p +R'!!_) dx + (Q +R'!!_) dy<br />

c ax ay<br />

~ JJ [~ (Q +R az) - ~ (P +R'!!_)] dA<br />

ax ay ay ax<br />

D<br />

onde usamos o Teorema de Green no último passo. Então, utilizando novamente a Regra<br />

da Cadeia e lembrando que P, Q e R são funções de x, y e z e que z é, por sua vez,<br />

função de x e y, obtemos<br />

. F . dr ~ JJ [ ( aQ + aQ '!!__ + aR '!!__ + aR '!!__ '!!__ + R a'z )<br />

J<br />

C ax dZ ax ax ay az Jx oy Jxay<br />

D<br />

aP aP az aR az aR az az a'z )] dA<br />

- ( -;;y+az- Jy +-;;y ax +az- ay ax +R ayax<br />

Quatro dos termos da integral dupla se cancelam, e os seis restantes podem ser arrumados<br />

para coincidir com o lado direito da Equação 2. Portanto<br />

Jc F • dr ~ fJ rot F · dS<br />

s


1120 L:: CÁlCULO Editora Thomson<br />

EXEMPLO 1 c Calcule J~ F · dr, onde F(x. r. z) = -y' i + x j + z' k e C é a curva da<br />

interseção do plano y + z = 2 com o cilindro x 2 + y~ =<br />

anti-horário quando visto de cima.)<br />

] . (Oriente C para ter o sentido<br />

c<br />

-~- y + : :::0:: 1<br />

SOlUÇÃO A curva C (uma elipse) está mostrada na Figura 3. Apesar de J~ F· dr poder<br />

ser calculada diretamente, é mais simples usar o Teorema de Stokes. Vamos inicialmente<br />

calcular<br />

rol F=<br />

j k<br />

a a a I<br />

=(I + 2y) k<br />

ax ay az<br />

zl<br />

X<br />

FIGURA 3<br />

Apesar de haver muitas superfícies com fronteira C, a escolha mais conveniente é a<br />

região elípticaS no plano y + z = 2 cuja fronteira é C. Se orientarmos S para cima,<br />

então a orientação induzida em C será positiva. A projeção D de S sobre o plano xy é o<br />

disco x 2 + y 2 ~ 1, e assim, usando a Equação 16. 7.8 com z = g(x, y) = 2 y, temos<br />

f F · dr = f f rot F · dS = f f (I + 2y) dA<br />

~ { ~ .. . .<br />

s<br />

o<br />

= r<br />

f'" f 1 (I+ 2rscne) rdrde<br />

~o . o<br />

[<br />

~' + 2 ~l sen e I de= L,'~ G + l sen e) de<br />

= l(27T) + o= 7T<br />

X<br />

FIGURA 4<br />

----oi-~--\<br />

\ _y<br />

x2+y'=1<br />

EXEMPLO 2 :J Use o Teorema de Stokes para calcular a integral JJs rot F • dS, onde<br />

F(x, y, z) = yz i + xz j + xy k e Sé a parte da esfera x 2 + y 2 + z 2 = 4 que está dentro<br />

do cilindro x 2 + l = 1 e acima do plano xy (veja a Figura 4).<br />

SOLUÇÃO Para achar a curva fronteira C resolvemos as equações x 2 + y 2 + z 2 = 4 e<br />

x' + y' = I. Subtraindo, obtemos z 2 = 3, e assim z = .j3 (uma vez que z > 0). Então, C<br />

é a circunferência dada pelas equações x 2 + y 2 = 1, z = ,J3. A equação vetorial de C é<br />

r(t) = cos ti + sen t j + .j3 k<br />

e r'(t) = -senti + cos t j<br />

Temos também<br />

o~ t ~ 21T<br />

F(r(t)) = .j3 senti + .j3 cos t j + cos t sent k<br />

Portanto, pelo Teorema de Stokes,<br />

JJ rot F · dS = Jc F · dr = fo'" F(r(t)) · r'(t) dt<br />

s<br />

= j'" ( -.j3 cos t sen t + .j3 sen t cos t) dt<br />

o<br />

=.f3todt=O<br />

,o


James Stewart CAPÍTULO 16 C;\LCULO VETORIAL , 1 1121<br />

Note que no Exemplo 2 calculamos a integral de superfície simplesmente sabendo os<br />

valores de F na curva fronteira C. Isso significa que, se tivennos outra superfície orientada<br />

com a mesma curva fronteira C, obteremos o mesmo valor para a integral de superfície!<br />

Em geral, se S1 c S2 são superfícies orientadas com mesma curva fronteira orientada C<br />

e ambas satisfazem as hipóteses do Teorema de Stokes, então<br />

JJ rot F · dS ~ LF · dr ~ JJ rot F · dS<br />

s, s.<br />

Esse fato é muito útil quando for difícil integrar sobre urna superfície, mas é mais fácil<br />

integrar sobre a outra.<br />

Usaremos agora o Teorema de Stokes para tentar explicar o significado do vetor rotacional.<br />

Suponha que C seja uma curva fechada orientada e v represente o campo de velocidade<br />

de um fluido. Considere a integral de linha<br />

(a)J v· dr >O, circulação positiva<br />

c<br />

ib )J v · dr < O, circulação ncgatíva<br />

' c<br />

FIGURA 5<br />

~_:; Imagine urna roda pequena formada<br />

por pãs colocadas em um fluido em<br />

um ponto P, como na Figura 6; essa<br />

roda vai girar mais rapidamente quando<br />

seu eixo for paralelo a rot v.<br />

FIGURA 6<br />

T<br />

fv·dr~ f v·Tds<br />

.c .c<br />

e lembre-se de que v · T é o componente de v na direção do versor tangente T. Isso significa<br />

que, quanto mais próxima a direção de v está da direção de T, maior é o valor de v · T.<br />

Assim, J~. v · dr é a medida da tendência de o fluido se mover ao redor de C e é chamada<br />

circulação de v ao redor de C (veja a Figura 5).<br />

Seja agora Po(xo, yo, zo) um ponto do fluido e seja S 11<br />

um pequeno círculo com raio a e<br />

centro Po. Então ( rot v )(P) = ( rot v )(Po) para todos os pontos P de S,, porque rot v é<br />

contínuo. Então, pelo Teorema de Stokes, ternos a seguinte aproximação da circulação ao<br />

redor do círculo fronteira C,:<br />

Jc" v · dr ~ JJ rot v · dS ~ JJ rot v · n dS<br />

Sa<br />

= jJ rot v(P 0 ) • n(P 0 )dS = rot v(P 0 ) • n(P 0 )r.a 2<br />

'"<br />

Essa aproximação se toma melhor quando a -----7 O e temos<br />

I .<br />

rot v(P 0 ) • n(Po) ~ lim --, J v · dr<br />

a---.0 1TQ- Ca<br />

Sa<br />

A Equação 4 fornece a relação entre o rotacional e a circulação. Ela mostra que ror v · n<br />

é a medida do efeito da rotação do fluido ao redor do eixo n. O efeito de rotacionar é maior<br />

em um eixo paralelo a rot v.<br />

Finalmente, mencionamos que o Teorema de Stokes pode ser usado para provar o<br />

Teorema 16.5.4 (que estabelece que. se rot F~ O sobre IR: 3 , então F é conservativo). De<br />

nosso trabalho prévio (Teoremas 16.3.3 e 16.3.4) sabemos que F é conservativo se<br />

f c F · dr ~ O para todo caminho fechado C. Dado C, suponha que possamos achar uma<br />

superfície orientada S cuja fronteira seja C. (Isso pode ser feito, mas a prova requer técnicas<br />

avançadas.) Então o Teorema de Stokes fornece<br />

fcF·dr~ jJ rot F·dS~ fJ O·dS~O<br />

s<br />

s<br />

Urna curva que não seja simples pode ser quebrada em um número finito de curvas simples,<br />

e as integrais ao redor dessas curvas simples são todas O. Somando essas integrais,<br />

obtemos fc F · dr ~ O para qualquer curva fechada C.


1122 CAlCUlO Editora Thomson<br />

16.8 Exercícios<br />

1. Um hemisfério H e uma parte P de um parabolóide estão<br />

mostrados. Suponha que F seja um campo vetorial sobre IR 3<br />

cujos componentes têm derivadas parciais contínuas. Explique<br />

por quê<br />

ff rot F · dS ~ JJ rot F · dS<br />

H<br />

;•<br />

Use o Teorema de Stokes para calcular JJs rot F · dS.<br />

2. F(x,y,z) = yzi + xzj + xyk,<br />

Sé a parte do parabolóide z = 9 ~ x 2 ~ y 2 que está acima do<br />

plano z = 5, com orientação para cima.<br />

3. F(x, y, z) = x 2 ey; i + y 2 e-"' j + z 2 exy k,<br />

Sé o hemisfério x 2 + y 2 + z 2 = 4, z ;3- O, com orientação<br />

para cima<br />

4. F(x. y, z) ~ x'y'z i +sen(xyz) j + xyz k<br />

Sé a parte do cone y 2 = x 2 + z 2 que está entre os planos,<br />

y = O e y = 3, orientado na direção positiva do eixo y<br />

5. F(x,y,z) ~xyzi +xyj +x 2 yzk,<br />

Sé fommda pelo topo e pelos quatro lados (mas não pelo<br />

fundo) do cubo com vértices ( ± 1, ± l, ± 1), com orientação<br />

para fora. [Dica: use a Equação 3.]<br />

6. F(x,y,z) = exYcoszi + x 2 zj + xyk,<br />

Sé o hemisfério x = Jt ~ y 2 -<br />

z 2 orientado na direção positiva<br />

do eixo x [Díca: use a Equação 3.]<br />

Use o Teorema de Stokes para calcular Se F· dr. Em cada<br />

caso, C é orientado no sentido anti-horário quando visto de cima.<br />

7. F(x,y,z) ~ (x +/)i+ (y + z')j + (z + x 2 )k,<br />

C é o triângulo com vértices (1, O, 0), (0, 1, O) e (0, O, 1).<br />

8. F(x, y, z) ~ e-• i + e' j + e' k,<br />

C é a fronteira da parte do plano 2x + y + 2z = 2 no primeiro<br />

octante<br />

9. F(x, y, z) = yz i + 2xz j + exy k, C é a circunferência<br />

x 2 + y 2 = 16, z = 5<br />

10. F(x,)•,z) =xi + yj + (xc + y 2 )k,Céafronteiradaparte<br />

do parabolóide z = I x 2 y 2 no primeiro octante<br />

11. (a) Use o Teorema de Stokes para calcular jc F · dr, onde<br />

F(x, y, z) = x 2 z i + xyc j + z 2 k<br />

e C é a curva da interseção do plano x + y + z = 1 com o<br />

cilindro x 2 + y 2 = 9 com orientação no sentido antihorário<br />

quando visto de cima.<br />

(b) Trace o gráfico do plano e do cilindro com janelas de<br />

inspeção escolhidas de forma a ver a curva C c a supcrfícíe<br />

que você usou na parte (a).<br />

(c) Detennine as equações paramélricas para C e use-as para<br />

traçar o gráfico de C.<br />

12. (a) Use o Teorema de Stokes para calcular J~ F · dr, onde<br />

F(x,y,z) =x 2 yi + }x 3 j +xykeCéacurvada<br />

interseção do parabolóide hiperbólico z = y 2 x 2 com o<br />

cilindro x 2 + y 2 = 1 com orientação no sentido antihorário<br />

quando visto de cima.<br />

(b) Trace o gráfico do parabolóide hiperbólico e do cilindro<br />

com janelas de inspeção escolhidas de forma a ver a curva<br />

C e a superfície que você usou na parte (a).<br />

(c) Determine equações paramétricas para C e use-as para<br />

traçar o gráfico de C.<br />

Verifique que o Teorema de Stokes é verdadeiro para o<br />

campo vetorial dado F c a superfície S.<br />

13. F(x,y,z) =y 2 i +xj + z 2 k<br />

Sé a parte do parabolóide z = x 2 + y 2 que está acima do<br />

plano z = 1, orientado para cima.<br />

14. F(x, y, z) ~ x i + y j + xyz k<br />

S é a parte do plano 2x + y + z = 2 que está no primeiro<br />

octantc, orientada para cima.<br />

15. F(x, y, z) ~ y i + z j + x k<br />

Sé o hemisfério x 2 + y 2 + z 2 =<br />

direção positiva do eixo y.<br />

16. Seja<br />

1, y ;3- O, orientado da<br />

F(x, y, z) = (ax 3 - 3xz 2 , x 2 y + by 3 , cz 3 }<br />

Seja C a curva do Exercício 12 e considere todas as possíveis<br />

superfícies lisas S cuja curva fronteira é C. Ache os valores<br />

de a, h e c para os quais JJ 5<br />

F · dS é independente da<br />

escolha de S.<br />

11. Calcule o trabalho realizado pelo campo de força<br />

F(x,y,z) ~ (x' + z')i + (y' + x 2 )j + (z'+y 2 )k<br />

quando urna partícula se move sob sua influência ao redor da


l James<br />

Stewart CAPÍTUlO 16 CÁLCUL_() VETORIAL 1123<br />

borda da parte da esfera x:- + y 2 + z: = 4 que está no primeiro<br />

octante, na direção anti-horária quando vista por cima_<br />

18. Calcule J:, (y + sen x) dx + (z 2 + cos :r) dy + x 3 dz, onde<br />

Céacurvar(t} = (sent,cost,sen2t),O ~ f-"S; 27T.<br />

20. Suponha que S e C satisfaçam as hipóteses do Teorema de<br />

Stokes e f, g tenham derivadas parciais de segunda ordem contínuas.<br />

Use os Exercícios 24 e 26 da Seção 16.5 para mostrar o<br />

seguinte:<br />

[Dica: observe que C está na superfície z = 2xy.l (a) J~(fílg) ·dr~ j};(ílfx ílg) ·dS<br />

(b) J~(fílfl · dr ~O<br />

19. Se Sé uma esfera c F satisfaz as hipóteses do Teorema de<br />

Stokes, mostre que .11- rot F · dS = O. (c) J;. (fílg + gílf) · dr ~O<br />

Três Homens e Dois Teoremas<br />

A ilustração mostra um vitral da<br />

Universidade de Cambridge em<br />

homenagem a George Green_<br />

Apesar de dois dos mais importantes teoremas em cálculo vetorial terem seus nomes em<br />

homenagem a George Green e George Stokes, um terceiro homem, Wtlliam Thomson (também<br />

conhecido como lorde Kelvin), teve um papel muito importante na formulação, disseminação e<br />

aplicação dos dois resultados. Os três homens estavam interessados em como usar os dois teoremas<br />

para explicar e predizer fenômenos físicos em eletricidade e magnetismo e em<br />

escoamento de fluidos. Os fatos básicos da história são dados nas páginas 1070 e 1106.<br />

Escreva um trabalho sobre as origens históricas dos Teoremas de Green e de Stokes. Explígue<br />

as semelhanças e relações entre os teoremas. Discuta o papel que Green, Thomson e Stokes<br />

tiveram na descoberta desses teoremas e em fazê-los conhecidos. Mostre como esses teoremas<br />

apareceram de pesquisas em eletricidade e magnetismo e depois foram usados no estudo de uma<br />

variedade de outros problemas físicos.<br />

O dicionário editado por Gillispie [2] é uma boa fonte tanto para dados biográficos como para<br />

informações científicas. O livro de Hutchinson [5] trata da vida de: Stokes, e o livro de Thompson<br />

(8] é uma biografia de lorde Kelvin. Os artigos de Grattan-Guinness [3] e Gray [4] e o livro de<br />

Cannell [1] fornecem subsídios da vida extraordinária e dos trabalhos de Green. Informações<br />

adicionais históricas e matemáticas podem ser encontradas nos livros de Katz [6] e Kline [7].<br />

1. CANNELL, D. M, George Green, Mathematician and Physicist 1793~1841: The Background<br />

to His Life and Work. Filadélfia: Society for Indu$trial and Apgtied Mathematics. 2001 ..<br />

2. GILLISPIE. C. C. (ed), Dictionary ofScientific Bi


1124 c CÁlCUlO Editora Thomson<br />

O Teorema da Divergência<br />

Na Seção 16.5, reescrevemos o Teorema de Green na versão vetorial<br />

{F· nds ~ JJ divF(x,y)dA<br />

/)<br />

onde C é a curva fronteira da região do plano D, orientada positivamente. Se quisermos<br />

estender esse teorema para campos vetoriais em IR 3 , podemos apostar que<br />

JJ F · n dS ~ fJJ div F(x. y, z) dV<br />

S<br />

E<br />

onde Sé a superfície fronteira da região sólida E. A Equação I é verdadeira sob hipóteses<br />

apropriadas, e é chamada Teorema da Divergência. Note sua semelhança com os<br />

Teoremas de Green e de Stokes no fato que ele relaciona a integral da derivada de uma<br />

função ( div F, nesse caso) sobre uma região com a integral da função original F sobre a<br />

fronteira da região.<br />

Nesse estágio você pode fazer uma revisão dos vários tipos de regiões sobre os quais<br />

calculamos uma integral tripla na Seção 15.7. Estabeleceremos e provaremos o Teorema<br />

da Divergência para as regiões E que são simultaneamente dos tipos I, 2 e 3 e às quais<br />

chamaremos regiões sólidas simples. (Por exemplo: regiões limitadas por elipsóides ou<br />

caixas retangulares são regiões sólidas simples.) A fronteira de F é uma superfície<br />

fechada e usaremos a convenção, introduzida na Seção 16.7, de que a orientação positiva<br />

é para fora, ou seja, o vetor normal unitário n está apontando para fora de E.<br />

r~J O Teorema da Divergência é<br />

algumas vezes chamado Teorema de<br />

Gauss, em homenagem ao grande<br />

matemático alemão Karl Friedrich<br />

Gauss {1777-1855}, que descobriu<br />

esse teorema durante suas pesquisas<br />

sobre eletrostática. Em muitos países<br />

da Europa, o Teorema da Divergência é<br />

conhecido como Teorema de<br />

Ostrogradsky, em homenagem ao<br />

matemático russo Míkhail<br />

Ostrogradsky (1801~ 1862), que<br />

publicou esse resultado em 1826.<br />

Teorema da Divergência Seja E uma região sólida simples e seja S a superfície<br />

fronteira de E, orientada positivamente (para fora). Seja F um campo vetorial cujas<br />

funções componentes têm derivadas parciais contínuas em uma região aberta que<br />

contenha E. Então<br />

Prova Seja F ~ P i + Q j + R k. Então<br />

jJ F · dS ~ Jff div F dV<br />

S<br />

E<br />

aP aQ aR<br />

divF~-+-+ax<br />

ay az<br />

logo<br />

Jff div F dV ~ Jff ~= dV + JJJ ~; dV + JJJ ~~ dV<br />

E E E E<br />

Se n é o versar da normal que saí de S, então a integral de superfície do lado esquerdo<br />

do Teorema da Divergência é<br />

f f F · dS ~ JJ F · n dS ~ JJ (P i+ Q j + R k) · n dS<br />

s s s<br />

~ ff Pi·ndS+ ff Qj·ndS+ JJ Rk·ndS<br />

~ s ~s s<br />

:e<br />

a<br />

•o,f dft tegwf)& -s<br />

,, e t·· e<br />

''!f<br />

a~ ,',<br />

Íft<br />

,-,,<br />

+lc 4 • ,J& -à--- .se~ "''t 5 ltt:f "'-:&&.~ __ ., _-B, ~ ____ '€@_


l<br />

James Stewart CAPÍTUlO 16 CALCULO VETORIAL C 1125<br />

Portanto, para provar o Teorema da Divergência, é suficiente provar as três seguintes<br />

equações:<br />

.. ... aP<br />

ax dV<br />

JJ P i · n dS ~ JJJ<br />

S<br />

f f Q j · n ds ~ I} 'f aQ dV<br />

·s ·E~ d)<br />

ff f" aR<br />

J. R k · n dS ~ JJJ i); dV<br />

S<br />

Para provar a Equação 4, usamos o fato de que E é uma região do tipo 1:<br />

E~ {(x, y, z) I (x, y) E D, u,(x, y) oS z oS u,(x, y))<br />

onde D é a projeção de E sobre o plano xy. Pela Equação 15.7.6, temos<br />

aR<br />

Jif 'f [J'"·'"· ., aR J<br />

-.-dV~ I<br />

" é!z ""' u,u:,y) dz<br />

E<br />

Portanto, pelo Teorema Fundamental do Cálculo,<br />

fJ<br />

aR ..<br />

D<br />

E<br />

E<br />

• · -.-(x,y,z)dz dA<br />

. J a;dV~ JJ [R(x,y,u,(x,y))- R(x,y,u,(x,y))]dA<br />

E<br />

D<br />

A superfície fronteiraS é formada por três peças: a superfície do fundo S1, a superfície<br />

do topo S2 e possivelmente uma superfície vertical S 3 , que está acima da curva fronteira<br />

de D. (Veja a Figura 1. Pode acontecer de S1 não existir, como no caso da esfera.)<br />

Note que sobre 53 temos k · n = O, porque k é vertical e n é horizontal, e assim<br />

fJRk·nds~ ffods~o<br />

s_, s,<br />

Logo, não interessando a existência de uma superfície vertical, podemos escrever<br />

FIGURA 1<br />

f f R k · n dS ~ f f R k · n dS + jJ Rk · n dS<br />

s s, ~<br />

A equação de S, é z ~ u 2 (x, y), (x, y) E D, e o vetor normal que sai de n aponta para<br />

cima. Da Equação 16.7.8 (com F substituído por R k) temos<br />

fJ R k · n dS ~ fJ R(x, y, u,{x, y)) dA<br />

S, D<br />

Sobre S1 temos z = uJ{x, y), mas aqui a nonnal n aponta para baixo, e então multiplicamos<br />

por -1:<br />

Jf R k · 11 dS ~ - fJ R(x, y, u 1 (x, y)) dA<br />

S, D


1126 CÁLCULO Editora Thomson<br />

Portanto a Equação 6 dá<br />

JJ R k · n dS ~ JJ [R(x. y, u 2(x, y)) - R(x, y, uJ(x, y))] dA<br />

s [)<br />

Comparando com a Equação 5, temos que<br />

Note que o método de prova do<br />

Teorema da Divergência é muito<br />

semeihante ao do Teorema de Green<br />

.. ••· aR<br />

li R k · n dS ~ 111 ~- dV<br />

.. ... a,<br />

S<br />

As Equações 2 e 3 são provadas de modo análogo, usando as expressões para E como<br />

uma região do tipo 2 ou do tipo 3.<br />

E<br />

Determine o fluxo do campo vetorial F(x, y, z) = z i + y j + x k sobre a<br />

esfera unitária x 2 + y 1 + z 2 = J.<br />

SOLUÇÃO Primeiro calcularemos a divergência de F:<br />

a a a<br />

divF ~ -.-(z) + -. (y) + -(x)<br />

ax dy az<br />

A esfera unitáriaS é a fronteira da bola unitária B dada por x 2 + y 1 + z 1 ~ l. Então, o<br />

Teorema da Divergência dá o fluxo como<br />

A so!uçáo do Exemplo 1 deve ser<br />

comparada com a solução do Exemplo 5<br />

na Seção 16.7.<br />

JJ F · dS ~ JJJ di v F dV ~ j}J 1 dV<br />

S B B<br />

4 3 41T<br />

~ V(B) ~ j1r(l) ~<br />

3<br />

Calcule JJ F • dS, onde<br />

s<br />

F(x, y, z) ~ xy i + (y 2 + e"')j + sen (xy) k<br />

e Sé a superfície da região E limitada pelo cilindro parabólico z =<br />

planos z ~ O, y ~ O e y + z ~ 2 (veja a Figura 2).<br />

1 - x 2 e pelos<br />

(1, O,<br />

FIGUR~ 2<br />

SOLUÇÃO Deve ser extremamente difícil calcular a integral da superfície dada<br />

diretamente. (Teríamos de calcular quatro integrais de superfícies correspondentes às<br />

quatro partes de S.)


James Stewart CAPÍTUlO 16 CALCULO VETORiAL '1 1127<br />

Além disso, a divergência de F é muito menos complicada que o próprio F:<br />

a a J , a<br />

div F~- (xy) + -,- (y" +e"")+~ (senxy)<br />

()x Ô)' dZ<br />

~ y + 2y ~ 3y<br />

Portanto, usamos o Teorema da Divergência para transformar a integral da superfície<br />

dada em uma integral tripla. O modo mais fácil de calcular a integral tripla é escrever E<br />

como uma região do tipo 3:<br />

Assim temos<br />

E~{(x.v.z)j-1 >S;x>S; I. Q>S;z>S; 1-r, 0>S;y>S;2 z}<br />

jJ F · dS ~ J)J di v F dV ~ J}J.3y dV<br />

S E E<br />

., " y dy dz dx<br />

.o 1<br />

., ., ·(2-z)'<br />

= 3 J w! Jo r 2 dz dx<br />

[- (2- z)3]h'dx<br />

2 ' "' 3 o<br />

~~f'<br />

~ -l J', [(x' + 1) 3 - 8] dx<br />

I ''


1128 n CÁlCULO Editora Thomson<br />

onde S1 é uma esfera pequena com raio a e centro na origem. Você pode verificar que<br />

di v E~ O (veja o Exercício 21). Portanto, da Equação 7 vem<br />

jJ E · dS ~ JJ E · dS + jJJ div E dV<br />

~' S, E<br />

~ jJ E · dS ~ jJ E · n dS<br />

S, S,<br />

O ponto importante nesse cálculo é que podemos calcular a integral de superfície sobre S1<br />

porque S 1 é uma esfera. O vetor normal em x é x/1 X 1. Portanto<br />

E · n ~ 1 :~3 x · (I: I) ~ 1 :~4 x · x<br />

EQ<br />

EQ<br />

~ lxl' ~7<br />

já que a equação de S 1 é I x I = a. Logo, temos<br />

ffE·dS~ jJE·ndS<br />

s, s,<br />

~ -, dS ~ ----z EQ A(St)<br />

a- •• a<br />

s<br />

EQ [!'<br />

Isso mostra que o fluxo elétrico de E é 47TEQ através de qualquer superfície fechadaS: que<br />

contenha a origem. [Esse é um caso especial da Lei de Gauss (Equação 16.7.!0) para uma<br />

carga simples. A relação entre E e Eo é E ~ l/(47TEo).]<br />

Outra aplicação do Teorema da Divergência aparece em escoamento de fluidos. Seja<br />

v(x. y, z) ) o campo de velocidade de um fluido com densidade constante p. Então a taxa<br />

de vazão do fluido por unidade de área é F ~ pv. Se Po(xo, y 0 , z 0 ) é um ponto no fluido e<br />

B, é uma bola com centro em Po e raio muito pequeno a, então div F(P) = di v F(P 0 ) para<br />

todos os pontos de Ba, uma vez que div F é contínuo. Aproximamos o fluxo sobre a fronteira<br />

esférica Sa, como segue:<br />

ff F · dS ~ JJJ div F dV<br />

Sa<br />

Ba<br />

= fJJ di v F(Po) dV<br />

B,<br />

~ div F(Po)V(B,)<br />

Essa aproximação se torna melhor à medida que a --';>- O e sugere que<br />

l J"<br />

di v F(Po) ~ lim V(B ) j F · dS<br />

a-.>0 a<br />

s,<br />

A Equação 8 nos diz que div F(P 0 ) é a taxa líquida do fluxo por unidade de voiume que<br />

sai de Po. (Essa é a razão para o nome divergência.) Se div F(P) > O, a taxa líquida do<br />

fluido está saindo de perto de P, e Pé chamado fonte. Se div F(P) < O, a taxa líquida<br />

do fluido está entrando perto de P, e Pé denominado sorvedouro.


James Stewart CAPÍTULO 16 CÁLCULO VETORIAL 1129<br />

Para o campo vetorial da Figura 4, parece que os vetores que terminam próximo de P 1<br />

são menores que os vetores que iniciam perto do mesmo ponto Pt. Então o fluxo líquido<br />

sai peito de P1, e assim di v F(P 1 ) > O e P1 é uma fonte. Por outro lado, perto de P 2<br />

, os<br />

vetores que chegam são maiores que os que saem. Aqui o fluxo líquido é na direção de<br />

entrar, assim div F(P2 ) ~ x. Assim os pontos acima da reta y = - x são fontes e os pontos abaixo da<br />

reta são sorvedouros.<br />

'I<br />

! ' /<br />

/ /' f / /<br />

p,<br />

~-;-<br />

~ é<br />

----"• ----~<br />

I<br />

'<br />

-~-~x<br />

FIGURA 4<br />

Campo vetorial F = x" i + y' j<br />

•P,<br />

/ / ! -<br />

--~~<br />

,.<br />

' -~"<br />

! f I r /<br />

/ !<br />

i<br />

1<br />

->


1130 CÁLCULO Editora Thomson<br />

11. F(x, y, z) = xysn~ i + ~os~xz) j ,~ ~·c os z k<br />

Sé o elipsóide x-jcr + y-/b" +r; c= 1<br />

12. F(x, y, z) = x 2 y i + ."\)' 2 j + 2xyzk<br />

Sé a superfície do tetraedro limitado pelos planos x = O,<br />

y = O, z = O, c X + 2y + z = 2<br />

13. F(x, y, z) = (cos z + xy 2 ) i + xe-' j + (seny + x 2 z) k<br />

Sé a superfície do sólido limitado pelo parabolóide<br />

z = x 2 + y" e o plano z = 4<br />

14. F(x, y, z) = x~ i ~ x-'z 2 j + 4xy 2 zk<br />

Sé a superfície do sólido limitado pelo cilíndro x; + y 2 =<br />

os planos z = x + 2 e z = O<br />

15. F(x,y,z) = 4.:c 1 zi + 4y 3 zj + ]z 4 k<br />

Sé a esfera com centro na origem e raio R<br />

16. F(x.y.z) = (x' + ysenz)i + (y' + zsenx)j + 3zk,<br />

Sé a superfície do sólido limitado pelos hemisférios<br />

z = '\:4 ~ x~ y2, z = jl x 2 y 2 e pelo plano z =O<br />

'"+<br />

17. F(x,y,z)=e'tg zi+y..,t . ~3 -x-J xseny k ,<br />

Sé a superfície do sólido que está acima do plano xy e abaixo<br />

da superfície z = 2 - x 4 ~ y~. -I :s; x :s; 1, -1 :s; y ~ l<br />

18. Use um sistema algébrico computacional para plotar o<br />

campo vetorial<br />

F(x,y,z) = senxcos 2 yi +sen\·cos 4 zj + sen 5 zcos 6 xk<br />

no cubo obtido cortando o primeiro octanle pelos planos<br />

x = 'lf/2, y = 'lf/2, e z = 7i/2. Em seguida calcule o fluxo<br />

através da superfície do cubo.<br />

19. Use o Teorema da Divergência para calcular Jl F · dS, onde<br />

:F(x,y, z) = z 2 xi + (}>· 3 + tg z)j + (x 2 z + y 2 )k<br />

e Sé a metade de cima da esfera x 2 + y 2 + z 2 = 1.<br />

[Dica: note que S não é uma superfície fechada. Calcule<br />

primeiro as integrais sobre S1 e S2, onde S1 é o círculo<br />

x 2 + y 2 :s; l, orientado para baixo, e S2 = S U S1.]<br />

20. Seja F(x, y, z) ~ z tg·• (y 2 ) i + z'ln(x 2 + 1) j + z k.<br />

Determine o fluxo de F através da parte do parabolóide<br />

x 2 + y 2 + z = 2 que está acima do plano z = I e está<br />

orientada para baixo.<br />

21. Verifique que div E= O para o campo elétrico<br />

eQ<br />

E(x) ~--x<br />

lx I'<br />

22. Use o Teorema da Divergência para calcular<br />

JJ (2x + 2y + z 2 )dS<br />

onde Sé aesferax 2 + y 2 + Z 2 = l.<br />

1 c<br />

Prove cada identidade, admitindo que Se E satisfaçam as<br />

condições do Teorema da Divergência e que as funções escalares e<br />

componentes do campo vetorial tenham derivadas parciais de<br />

segunda ordem contínuas.<br />

23. JJ a · n dS = O, onde a é um vetor constante<br />

24. V(E) ~ \ J.j F· dS, onde F(x. y, z) ~ x i+ y j + z k<br />

25. JJ rot • dL - O<br />

26. JJ DofdS- JJJ 'V'fdV<br />

S<br />

E<br />

27. jJ (f'Vg) · ndS ~ j}J (f'V 2 g +'V f· 'Vg)dV<br />

) E<br />

28. jJ (f'Vg g'Vf) · ndS- j)J (f'V 2 g- g'V 2 f)dV<br />

2 E<br />

29. Suponha que Se E satisfaçam as condições do Teorema da<br />

Divergência e f seja uma função escalar com derivadas parciais<br />

contínuas. Prove que<br />

JJ fn dS- j]J 'VfdV<br />

S<br />

E<br />

Essa superfície e a integral tripla da função vetorial são vetores<br />

definidos integrando cada função componente.<br />

[Dica: comece aplicando o Teorema da Divergência a F = jc,<br />

onde c é um vetor constante arbitrário.]<br />

30. Um sólido ocupa a região E com superfícieS e está imerso em<br />

um líquido com densidade constante p. Estabelecemos um<br />

sístema de coordenadas de modo que o plano xy coincida com a<br />

superfície do líquido e valores positivos de z sejam medidos para<br />

baixo adentrando no líquido. Então a pressão na profundidade z é<br />

p = pgz, onde g é a aceleração da gravidade (veja a Seção 8.3).<br />

A força de empuxo total sobre o sólido devida à distribuição de<br />

pressão é dada pela integral de superfície<br />

F- -jJ pndS<br />

s<br />

onde n é o versar normal apontando para fora. Use o resultado<br />

do Exercício 29 para mostrar que F = - Wk, onde W é o peso<br />

do líquido deslocado pelo sólido. (Note que F é direcionado<br />

para cima porque z está direcionado para baixo.) O resultado é<br />

o Principio de Archimedes: a força de empuxo sobre um objeto<br />

é igual ao peso do líquido deslocado.


l<br />

James Stewart CAPÍTULO 16 CÁLCULO VETORii\L 1131<br />

11t10<br />

Resumo dos Teoremas<br />

Os principais resultados deste capítulo são versões em dimensão maior do Teorema<br />

Fundamental do Cálculo. Para ajudá-lo, coletamos os teoremas (sem suas hipóteses) de<br />

forma que você possa ver mais facilmente suas semelhanças essenciais. Note que em cada<br />

caso temos uma integral de uma "derivada" sobre uma região do lado esquerdo, e do lado<br />

direito temos os valores da função original somente na fronteira da região.<br />

Teorema Fundamental do Cálculo<br />

f' F'(x) dx ~F( h) -F( a)<br />

·'<br />

a b<br />

Teorema Fundamental para as Integrais de Linha t \1 f· dr ~ f(r(h)) - f(r(a))<br />

r(a)<br />

c<br />

r(h)<br />

Teorema de Green<br />

.. ("º aP)<br />

JJ<br />

D<br />

---. dA~fP.ú+Qdy<br />

ax dy .,c<br />

c<br />

~\<br />

~}<br />

Teorema de Stokes<br />

JJ rot F·dS~ fcF·dr<br />

s<br />

Teorema da Divergência<br />

Jif di v F dV ~ ff F · dS<br />

E<br />

S


1132 c; CÁlCUlO Editora Thomson<br />

Revisão<br />

1. O que é um campo vetorial Dê três exemplos com significado<br />

físico.<br />

2. (a) O que é um campo vetorial conservativo<br />

(b) O que é uma função potencial<br />

3. (a) Escreva a definição da integral de linha para uma função<br />

escalar f ao longo de uma curva lísa C em relação ao<br />

compiimento de arco.<br />

(b) Como calcular tal integral<br />

(c) Escreva expressões para a massa e o centro de massa para<br />

um arame fino com o fonnato da curva C se o arame tiver<br />

função densidade linear p(x, y).<br />

(d) Escreva a definição das integrais de linha sobre C de uma<br />

função escalar f com relação a x, y e z.<br />

(e) Corno calcular essas integrais de linha<br />

4. (a) Defina a integral de linha do campo vetorial F ao longo da<br />

curva lisa C dada pela função vetorial r(t).<br />

(b) Se F é um campo de força, o que essa integral de linha<br />

representa<br />

(c) Se F= {P, Q, R), qual a relação entre a integral de linha<br />

de F e as integrais de linha dos componentes P, Q e R<br />

5. Enuncie o Teorema Fundamental para as Integrais de Linha.<br />

6. (a) O que significa dizer que fc F · dr é independente do<br />

caminho<br />

(b) Se você sabe que Jc F · dr é independente do caminho, o<br />

que pode dizer sobre F<br />

7. Enuncie o Teorema de Green.<br />

8. Escreva expressões para a área delimitada pela curva C em<br />

termos da integral de linha ao redor de C.<br />

VERIFICAÇÃO DE CONCEITOS<br />

(c) Se F for um campo de velocidade em um fluído, qual a<br />

interpretação física de rot F e de di v F<br />

10. Se F= P i + Q J como você detennina se F é conservativo<br />

E se F for um campo vetorial em IR'<br />

11. (a) O que é uma supetfície paramétrica O que são suas<br />

curvas de grade<br />

(b) Escreva uma expressão para a área de uma superfície<br />

paramétrica.<br />

(c) Qual é a área da superfície dada pela equação z = gLr,<br />

12. (a) Escreva a definição da integral de superfície de uma<br />

função escalar f sobre uma superfície S.<br />

(b) Como calcular tal integral se S for uma superfície<br />

paramétrica dada por uma função vetorial r{u, v)'<br />

(c) E se S for dada pela equação z = g(x, y)<br />

(d) Se uma folha fina tem o formato de uma superfícieS, e a<br />

densidade em (x, y, z) é p(x, y, z), escreva expressões para<br />

a massa e o centro de massa da folha.<br />

13. (a) O que é uma superfície orientada Dê um exemplo de uma<br />

superfície não-orientada.<br />

(b) Defina a integral de superfície (ou fluxo) de um campo<br />

vetorial F sobre uma superfície orientadaS com vetor<br />

unitário normal n.<br />

(c) Como calcular tal integral se S for uma superfície<br />

paramétrica dada pela função vetorial r(u, v)<br />

(d) E se S for dada por uma equação z = g(x, y)<br />

14. Enuncie o Teorema de Stokes.<br />

15. Enuncie o Teorema da Divergência.<br />

9. Suponha que F seja um campo vetorial sobre IR 3 •<br />

(a) Defina rot F.<br />

(b) Defina dív F.<br />

16. Quais as semelhanças entre o Teorema Fundamental para as<br />

Integrais de Linha, o Teorema de Green, o Teorema de Stokes<br />

e o Teorema da Divergência<br />

TESTES FALSO-VERDADEIRO<br />

Determine se as afirmações são falsas ou verdadeiras. Se verdadeiras,<br />

explique por quê. Se falsas, explique por que ou dê um contra-exemplo.<br />

1. Se F for um campo vetorial, então div F é um campo vetoriaL<br />

2. Se F for um campo vetorial, então rot F é um campo vetorial.<br />

3. Se f tem derivadas parciais de todas as ordens contínuas sobre<br />

fi;l 3 , então dív(rot V/) ~O.<br />

4. Se f tem derivadas parciais contínuas sobre IR 3 e C for um<br />

círculo qualquer, então J~ V f· dr = O.<br />

5. Se F= P i + Q j e Py = Qx em uma região aberta D, então F<br />

é conservativo.<br />

6. L f(x, y) ds ~ - fc f(x, y) ds<br />

1. Se Sé uma esfera e F um campo vetorial constante, então<br />

ff 5<br />

F · dS ~O.<br />

8. Existe um campo vetorial F tal que<br />

rotF=xi+yj+zk


l<br />

James Stewart CAPÍTUlO 16 C.Ó,LCULO VETORIAL 1133<br />

EXERCÍCIOS<br />

1. São mostrados um campo vetorial F, uma curva C e um ponto P.<br />

(a) Jc F · dr é positivo, negativo ou zero Explique.<br />

(b) di v F(P) é positivo, negativo ou zero Explique.<br />

13~14 . Mostre que F é conservativo e use esse fato para calcular<br />

Jc F · dr ao longo da curva dada.<br />

13. F(x, y) ~ (4x'v'- 2xy') i+ (2x'y- 3x 2 y 2 + 4y')j,<br />

C: r(t) = (t + sen rrt) i+ (2t + cos 1rt)j, O~ t:;:::; 1<br />

14. F(x.y,z) =e" i+ (xeY + e=)j + ye'k<br />

C é o segmento de reta de (0, 2, O) a (4, O, 3)<br />

15. Velifique que o Teorema de Greco é verdadeiro para a integral de<br />

linha Jcxy 2 dx - x 2 y d_v, onde C consiste na parábola y = x 2 ,<br />

de (-1, 1) a(!, l) e do segmento de reta de (I, 1) a (-1, l).<br />

16. Use o Teorema de Greco para calcular<br />

2-9 ~ Calcule a integral de linha.<br />

2 . . Cxds,<br />

C é o arco de parábola y ~ x 2 de (0, 0) a (1, 1).<br />

3. Lx 3 zds,<br />

C: x = 2 sent, y = t, z = 2 cos t, O :s; t :s; r./2<br />

4. Jc xy dx + y d)·, C é a senóide y = sen x,<br />

0 ::'S X :::S: 1T/2<br />

5. j~x 2 ydx- xdy,<br />

C é o círculo x 2 + y~ =<br />

6. J~ .J;Y dx + e·'' dy + xz dz, C é dada por<br />

r(t) = t 4 i +-t 2 j + t 3 k, O~ t :s; L<br />

1 orientado no sentido anti~horário.<br />

7. J~ y dx + z dy + x dz,<br />

C é formado pelos segmentos de reta que vão de (0, O, O) a<br />

(1, 1, 2) e de (l, 1, 2) a (3, 1, 4).<br />

8. J~F · dr, onde F(x,y) ~ xyi + x 2 j e C é dada por<br />

r(t) ~senti+ (l + t)j, O"' t"' 'TT<br />

9. J~F · dr, ondeF(x,y,z) = e:i + xzj + (x + y) k e c é dada<br />

por li r(t) ~ t'i + t 3 j- tk,O"' '"'I.<br />

10. Determine o trabalho realizado pelo campo de força<br />

F(x,y,z) =<br />

zi + xj + yk<br />

para mover uma partícula do ponto (3, O, O) para o ponto<br />

(0, 'Tf/2, 3)<br />

(a) por uma reta<br />

(b) pelahélicex = 3cost, y = t, z = 3sent<br />

11-12 c Mostre que F é um campo vetorial conservativo. Então<br />

encontre a função f tal que F = V f<br />

11. F(x, y) ~ (l + xy)e'' i+ (e'+ x'e'') j<br />

12. F(x,y, z) = senyi + xcosyj- sen zk<br />

onde C é o triângulo com vértices (0, 0), (I, 0) e (l, 3).<br />

17. Use o Teorema de Green para calcular j~.x 2 y dx - xy 2 d_v, onde<br />

C é o círculo x 2 + y 2 = 4 orientado no sentido anti-horário.<br />

18. Determine rot F e div F se<br />

F(x,y,z} = e·-xsenyi + e-ysenzj + e-zsenxk<br />

19. Mostre que não existe um campo vetorial G tal que<br />

rot G = 2xi + 3yzj- xz 2 k<br />

20. Mostre que, sob alguma condições a serem estabelecidas<br />

sobre os campos vetoriais F e G,<br />

rot (F x G) ~F dív G- G dív F+ (G · V)F- (I'· V)G<br />

21. Se C é uma curva simples fechada lisa por trechos, e f e g são<br />

funções diferenciáveis, mostre que<br />

L.J(x) dx + g(y) dy ~ O<br />

22. Se f e g são funções duplamente diferenciáveis, mostre que<br />

V'(fg) ~ jV'g + gV'f+ 2'1! · Vg<br />

23. Se fé uma função harmônica, ou seja, 'V 2 f= O, mostre que a<br />

integral de linha J J;. dx - .fx dy é independente do caminho em<br />

qualquer região simples D.<br />

24. (a) Esboce a curva C com equações paramétricas<br />

x = cost y = sen t z = sen t O::::::t:s;2r.<br />

(b) Determine<br />

.C 2xe 2 Ydx + (2x 2 e 2 Y + 2y cotg z) dy - / cossec=z dz<br />

25. Determine a área da parte da superfície z = x 2 + 2y que está<br />

acima do triângulo com vértices {0, 0), (1, 0) e (1, 2).<br />

26. (a) Determine urna equação do plano tangente ao ponto<br />

(4, -2, 1) para a superfície paramétricaS dada por<br />

r(u,v) =v 2 i- uvj + u 2 k, O:::s: u~3 ,-3 :s;v :-::::; 3<br />

• ·jj ~-· ;,<br />

iiio~ %<br />

• ,, .... ":lii -~ ··.a • y ~ ih' '<br />

.. ~' ~<br />

"' .ia-..


1134 CÁLCULO Editora Tbomson<br />

(b) Use um computador para traçar o gráfico da superfícieS c<br />

do plano tangente achado na parte (a).<br />

(c) Estabeleça, mas não calcule, uma integral que dê a área da<br />

superfície S.<br />

(d) Se<br />

z 2 x"<br />

F(x, y, z) =_;:_~i+ ---A j +<br />

+ I + )'~ l +<br />

ache jJ,. F · dS preciso até a quarta casa decimaL<br />

k<br />

37. Seja<br />

F(x, y, z) = (3x~yz<br />

~ 3y) i+ (x 3 z ~ 3x) j + (x 3 y + 2z) k<br />

Calcule L- F · dr, onde C é a curva com início em (0, O, 2) e<br />

término em (0, 3, 0). corno mostrado na figura.<br />

27~30 i_ Calcule a integral de superfície.<br />

27. JJ, z dS, onde Sé a parte do parabolóide z = x 2 + y 2 que está<br />

abaixo do plano z = 4<br />

28. JJ,. (x 2 z + y 2 z)dS, onde Sé a parte do plano z = 4 + x + y<br />

que está dentro do cilindro x 2 + y 2 = 4<br />

29. H~ F· dS, onde F(x, y, z) = xz i - 2y j + 3x k e Sé a esfera<br />

x 2 + y 1 + z 1 = 4 com orientação para fora<br />

30. Jl F · dS, onde F(x, y, z) = x 1 i + xy j + z k e Sé a parte do<br />

parabolóide z = x 1 + y 2 abaixo do plano z = 1 com<br />

orientação para cima<br />

31. Verifique que o Teorema de Stokes é verdadeiro para o campo<br />

vetorial<br />

F(x,y,z) =x 2 i + y 2 j + z 2 k,<br />

onde Sé a parte do parabolóide z = 1 - x 2 - y 1 que está<br />

acima do plano xy, e S está orientado para cima.<br />

32. Use o Teorema de Stokes para calcular SJ, rot F · dS, onde<br />

F(x, y, z) = x 1 y2 i + y2 2 j + 2 3 e"':Y k, Sé a parte da esfera<br />

x 2 + y 2 + 2 2 = 5 que está acima do plano z = 1, e S tem<br />

orientação para cima.<br />

33. Use o Teorema de Stokes para calcular f c F · dr, onde<br />

F(x, y, z) = xy i + yz j + zx k e C é o triângulo com vértices<br />

(1, O, 0), (0, 1, O) e (0, O, 1), orientado no sentido anti-horário<br />

quando visto de cima.<br />

34. Use o Teorema da Divergência para calcular a integral de<br />

superfície Sfs F · dS, onde F(x, y, 2) = x 3 i + y 3 j + z 3 k e Sé<br />

a superfície do sólido delimitado pelo cilindro x 1 + )' 2 = 1 e<br />

pelos planos z = O e z = 2.<br />

35. Verifique que o Teorema da Divergência é verdadeiro para o<br />

campo vetorial<br />

F(x,y,z) ~xi + yj + zk,<br />

onde E é a bola unitária x 2 + y 2 + z 1 ~ I.<br />

36. Calcule o fluxo para fora de<br />

38. Seja<br />

Calcule ~C F · dr, onde C é como mostrado na figura.<br />

39. Determine JJ~ F· n dS, onde F(x, y, z) = x i + y j + z k e Sé<br />

a superfície mostrada na figura, com orientação para fora<br />

(a fronteira do cubo com um cubo unitário removido).<br />

(2. O,<br />

40. Se os componentes de F têm derivadas parciais de segunda<br />

ordem contínuas e S é a supçrfície fronteira de uma região<br />

sólida simples, mostre que J]s rot F · dS = O.<br />

X<br />

y<br />

através do elipsóide 4x 2 + 9i + 6z 2 = 36.


1. SejaS uma supetfície paramétrica lisa e seja P um ponto tal que cada raio que comece em P<br />

intercepteS no máximo uma vez. O ângulo sólido !1(S) subtendido por Sem Pé o conjunto<br />

dos raios que começam em P e passam por S. Seja S(a) a interseção de !1(S) com a superfície<br />

da esfera com centro em P e raío a. Então a medida do ângulo sólido (estereo-radianos) é<br />

definida como<br />

I fl(S) I ~ área d~S(a)<br />

a-<br />

Aplique o Teorema da Divergência para a parte de f.!(S) entre S(a) e S para mostrar que<br />

I fl(S) I ~ JJ r/ dS<br />

s<br />

onde r é o vetor radial de P a um ponto qualquer sobre r = I r I, e o sentido do vetor unitário<br />

normal n é saindo de P.<br />

Isso mostra que a definição de medida de um ângulo sólido é independente do raio a da<br />

esfera. Assim, a medida do ângulo sólido é igual à área subtendida sobre uma esfera unitária.<br />

(Note a analogia com a definição da medida em radianos.) O ângulo total sólido subtendido por<br />

uma esfera em seu centro é, portanto, 4 7r esterco-radianos.<br />

2. Ache uma curva simples fechada C para a qua1 o valor da integral de linha<br />

f (y 5 -<br />

.c<br />

y)dx- 2x 5 dy<br />

é máximo.<br />

3. Seja C uma curva espacial simples fechada lisa por trechos que esteja contida em um plano com<br />

vetor unitário nonnal n = (a, b, c) e orientada positivamente em relação a n. Mostre que a área<br />

do plano contida por C é<br />

j t (bz - cy) dx + (ex - az) dy + (ay -<br />

bx) dz<br />

1135


4. A Jigura retrata a seqüência de eventos em cada cilindro de um motor de quatro cilindros de<br />

combustão interna. Cada pistão se move para cima e para baixo e está lígado por um braço-pivô<br />

ao virabrequim. Seja P(t) e V(t) a pressão e o volume dentro de um cilindro no instante t, onde<br />

a ~ t o:; b dá o tempo necessário para um ciclo completo. O gráfico mostra como P e V variam<br />

durante um ciclo em um motor de quatro tempos.<br />

p<br />

,0<br />

13 \ c<br />

I<br />

ollc:<br />

v<br />

Durante o estágio de indução (de G) a@) a mistura de ar e gasolina à pressão atmosférica é<br />

aspirada para o interior do cilindro pela válvula de entrada à medida que o pistão se move para<br />

baixo. Aí o pistão comprime rapidamente a mistura com a válvula fechada, no estágio de compressão<br />

(de


Equações Diferenciais<br />

de Segunda Ordem<br />

A carga em um circuito elétrico<br />

é influenciada pelas equações<br />

diferenciais resolvidas na seção 17.3.<br />

------~---- _, '"ygu;,_,~


1138 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

A idéia central das equações diferenciais está explicada no Capítulo 9, onde nos<br />

concentramos nas equações de primeira ordem. Neste capítulo estudaremos as<br />

equações diferenciais lineares de segunda ordem e aprenderemos como aplicá-las<br />

para resolver problemas de vibrações de mola e circuitos elétricos. Veremos também<br />

como séries infinitas podem ser usadas para resolver equações diferenciais.<br />

Uma equação diferencial linear de segunda ordem tem a forma<br />

d 2 v<br />

dv<br />

P(x)---";- + Q(x) -- + R(x)y = G(x)<br />

dx" dx<br />

onde P, Q, R e G são funções contínuas. Vimos na Seção 9.1 que equações desse tipo<br />

surgem no estudo do movimento de uma mola. Na Seção 17.3 aprofundaremos essa aplicação<br />

bem como a dos circuitos elétricos.<br />

Nesta seção vamos estudar o caso onde G (x) = O, para todo x, na Equação L Tais<br />

equações são chamadas equações lineares homogêneas. Assim, a forma de uma equação<br />

diferencial linear homogênea de segunda ordem é<br />

d 2 y<br />

dv<br />

P(x) dx' + Q(x) dx + R(x)y = O<br />

Se G(x) "" O para algum x, a Equação 1 é não homogênea e será discutida na Seção 172_<br />

Dois fatos básicos permitem-nos resolver equações lineares homogêneas. O primeiro<br />

estabelece que, se conhecermos duas soluções y 1 e y 2 de tal equação, então a combinação<br />

linear y = Cl)'t + C2)'2 é também uma solução.<br />

Teorema Se y,(x) e y,(x) são soluções da equação linear homogênea (2) e c, e<br />

c2 são constantes quaisquer, então a função<br />

é também uma solução da Equação 2_<br />

y(x) = c,y,(x) + c,y,(x)<br />

Pnwa Uma vez que Y1 e )'2 são soluções da Equação 2, temos<br />

P(x)y;' + Q(x)yí + R(x)y, = O<br />

e<br />

P(x)yf + Q(x)yí + R(x)y, = O<br />

Portanto, usando as regras básicas para diferenciação, temos<br />

P(x)y" + Q(x)y' + R(x)y<br />

= P(x)(c 1 y 1 + c 2 y 2 )" + Q(x)(c 1 y 1 + c 2 y 2 )' + R(x)(c 1 y 1 + c 2 y 2 )<br />

= P(x)(c,y;' + c 2 yf) + Q(x)(c,y; + c 2 yí) + R(x)(c 1 y 1 + c 2 y 2 )<br />

= c,[P(x)y;' + Q(x)y; + R(x)y,] + c,[P(x)yf + Q(x)yí + R(x)y,]<br />

= c,(O) + c,(O) =O<br />

Assim, y = C1Yl + C2Y2 é uma solução da Equação 2.


James Stewart CAPÍTUlO 17 EQUAÇÕES OJFERENC!AIS DE SEGUi'WA ORDEM U 1139<br />

O outro fato que precisamos é dado pelo seguinte teorema, provado em cursos mais<br />

avançados. Dizemos que a solução geral é uma combinação linear de duas soluções lineares<br />

independentes Yt e Y2- Isso significa que ne1n Yi nem Y::: é um múltiplo constante<br />

do outro. Por exemplo: as funções f(x) = x 2 e g(x) = Sx' são linearmente dependentes,<br />

mas f(x) = e" e g(x) = xe" são linearmente independentes.<br />

Teorema Se Y1 e )'2 forem soluções linearmente independentes da Equação 2,<br />

então a solução geral é dada por<br />

onde c1 e c2 são constantes arbitrárias.<br />

y(x) = c,yt(x) + C2)",(x)<br />

O Teorema 4, muito útil; diz que, se conhecermos duas soluções particulares linearmente<br />

independentes, então conheceremos todas as soluções.<br />

Em geral, não é fácil descobrir soluções particulares para uma equação linear de<br />

segunda ordem. Mas é sempre possível fazer isso se as funções coeficientes P, Q e R forem<br />

funções constantes, isto é, se a equação diferencial tiver a forma<br />

o<br />

onde a, b e c são constantes e a ;F O.<br />

Não é difícil pensar em alguns prováveis candidatos para as soluções particulares da<br />

Equação 5 se enunciarmos verbalmente. Estamos examinando para uma função y tal que<br />

uma constante vezes sua segunda derivada y" mais outra constante vezes y' mais a terceira<br />

constante vezes y é igual a O. Sabemos que a função exponencial y = erx (onde ré uma constante)<br />

tem a propriedade que sua derivada é uma constante múltipla dela mesma: y' = re'x_<br />

Além disso, y" = r 2 e'x. Se substituirmos essas expressões na Equação 5 veremos que<br />

y = e'x é uma solução se<br />

ou (ar 2 + br + c)e'" =O<br />

Mas erx é diferente de zero. Assim, y = erx é uma solução da Equação 5 se r é uma raiz<br />

da equação<br />

L__ ___ a_r_'~+ br + c ~ O ~~]<br />

A Equação 6 é denominada equação auxiliar (ou equação característica) da equação<br />

diferencial ay" + by' + cy = O. Note que ela é uma equação algébrica que foi obtida da<br />

equação diferencial substituindo-se y" por r 2 • y' por r, e y por 1.<br />

Algumas vezes as raízes r 1 e r 2 da equação auxiliar podem ser determinadas fatorando-se.<br />

Em outros casos elas são encontradas usando-se a fórmula quadrática:<br />

-b + vb 2 - 4ac<br />

2a<br />

-h- )b 2 -<br />

Separamos em três casos de acordo com o sinal do discriminante b 2 -<br />

2a<br />

4ac<br />

4ac.


1140 CÁlCUlO Editora Thomson<br />

"' ,,,, c b 2 - 4ac > O<br />

Nesse caso as raízes r1 e r 2 da equação auxiliar são reais e distintas; logo y 1 = e' 1 x e<br />

Y2 = er 2 x são duas soluções lineannente independentes da Equação 5. (Note que e'"l não é<br />

um múltiplo constante de er 1 x.) Portanto, pelo Teorema 4, temos o seguinte fato:<br />

Na Figura 1 o gráfico das soluções<br />

básicasj(x) =e"-' e g(x) =e __ ,_, da<br />

equação diferencial do Exemplo 1<br />

está em destaque_ Algumas das<br />

outras soluções, combinaç6es<br />

lineares de f e g, também<br />

sao mostradas.<br />

8<br />

Se as raízes r 1 e r 1 da equação auxiliar ar 2 + br + c = O são reais e diferentes,<br />

então a solução geral de ay" + by' + cy = O é<br />

Resolva a equação y" + y' - 6y = O.<br />

SOLUÇÃO A equação auxiliar é<br />

r 2 + r - 6 ~ (r - 2)(r + 3) ~ O<br />

cujas raízes são r ~ 2, -3. Portanto, por (8) a solução geral da equação diferencial dada é<br />

Podemos verificar que isso é de fato uma solução diferenciando e substituindo na<br />

equação diferencial.<br />

FIGURA 1<br />

d 2 y dy<br />

dx 2 dx .<br />

3-- + -- v~O.<br />

SOLUÇÃO Para resolver a equação auxiliar 3r 2 + r -<br />

quadrática:<br />

-1 ± yT:l<br />

r~<br />

6<br />

1 ~ O usamos a fórmula<br />

Uma vez que as raízes são reais e distintas, a solução geral é<br />

CASü J! o b 2 - 4ac = 0<br />

Nesse caso r; = r2, isto é, as raízes da equação auxiliar são reais e iguais. Vamos denotar<br />

por r os valores comuns r 1 e r2. Então, da Equação 7 temos<br />

b<br />

r=--<br />

2a<br />

logo 2ar + b = O<br />

Sabemos que Yi = erx é uma solução da Equação 5. Agora verifiquemos que y 2 = xerx é<br />

também uma solução:<br />

~ (2ar + b)e'" + (ar 2 + br + c)xe'"<br />

~ O(e'") + O(xe'") ~ O<br />

O primeiro termo é O pela Equação 9; o segundo termo é O, pois r é uma raiz da


James Stewart CAPÍTULO 17 EQUAÇÕES DIFERENCIAiS DE SEGU~JDA ORDEM O 1141<br />

equação auxiliar. Uma vez que )-' 1 =e r_, e )' 2 = xerr são soluções linearmente independentes,<br />

o Teorema 4 nos fornece a s0lução geral.<br />

Se a equação auxiliar ar 2 + br + c = O tem apenas uma raiz real r, então a<br />

solução geral de a)-' 11<br />

+ by' + cy = O é<br />

A F1gura 2 apresenta as soluçóes<br />

básicas f(x) = e-Jx/ e g(x) = xe" 3 '·n<br />

do Exemplo 3 e alguns outros<br />

membros da família de soluções<br />

Note que todos eles se aprox1marn<br />

de Ü quandO X ~-J. oo_<br />

-2 f+<br />

FIGURA 2<br />

f g 8<br />

f \<br />

Resolva a equação 4y" + l 2y' + 9y = O.<br />

SOLUÇÃO A equação auxiliar 4r 2 + !2r + 9 ~O pode ser fatorada como<br />

logo a única raiz é r =<br />

(2r + 3)' ~O<br />

2<br />

• Por (10) a solução geral é<br />

~;ASlJ !I! o b 2 ~ 4ac < 0<br />

Nesse caso as raízes r 1 e r 2 da equação auxiliar são números complexos. (Veja o Apêndice<br />

G, Volume I, para informar-se sobre números complexos.) Podemos escrever<br />

r 1 ~ a+ íf3 r2 = a - if3<br />

onde a e f3 são números reais. [De fato, a~ -b/(2a), f3 ~ v4ac- b 2 /(2a).] Então,<br />

usando a equação de Euler<br />

CU!= COS 8 + i SC0 8<br />

do Apêndice G, escrevemos a equação diferencial como<br />

~ C,e"'(cos f3x + í sen f3x) + C,e"'(cos f3x - í sen f3x)<br />

~ e"'[(C 1 + C 2 ) cos f3x + í(C, - C 2 )sen f3x]<br />

~ e "'(c 1 c os f3x + c 2 sen f3x)<br />

onde c, ~ C, + C,, c,~ í(C, - C 2 ). Isso nos dá todas as soluções (reais ou complexas)<br />

da equação diferenciaL As soluções são reais quando as constantes c 1<br />

e c 2<br />

são reais.<br />

Resumiremos a discussão como segue.<br />

será<br />

da equação auxiliar ar 2 + br + c = O forem os números com­<br />

i/3, então a solução geral de ay" + b/ + cy = O<br />

as<br />

ri = a + if3, r2 = a -


1142 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

:__. A Figura 3 apresenta os gráficos das<br />

soluçóes do Exemplo 4,<br />

f(x) = e 3 x cos 2x e g(x) =e 1 'sen 2x,<br />

junto com alguma combinação !ineaL<br />

Todas as soluções tendem a O<br />

quando x ____,. ~x.<br />

3<br />

EXEMPlO 4 Resolva a equação y" - 6y' + 13y = O.<br />

SOLUÇÃO Uma equação auxiliar é r 2 -<br />

as raízes são<br />

6r + l3 = O. Pela fórmula quadrática,<br />

6 :t: v'36 - 52 6 :t: J=l6<br />

r = =3:±:2i<br />

2 2<br />

Por (11) a solução geral da equação diferencial é<br />

y = e 3 x(c 1 cos 2x + Cz sen 2x)<br />

Problemas de Valores Iniciais e de Contorno<br />

-3<br />

Um problema de valor inicial para urna equação de segunda ordem 1 ou 2 consiste em determinar<br />

uma solução y da equação diferencial que satisfaça as condições iniciais da forma<br />

FIGURA 3<br />

y(xo) = Yo<br />

onde Yo e Yt são constantes. Se P, Q, R e G forem contínuas em um intervalo onde<br />

P(x) -:rf O, então o teorema encontrado em livros mais avançados garante a existência e a<br />

unicidade de uma solução para esse problema de valor inicial. Os Exemplos 5 e 6 mostram<br />

corno solucionar tal problema.<br />

EXEMPLO 5 c Resolva o problema de valor inicial<br />

y" + y'- 6y =o y(O) = J y'(O) =O<br />

o A Figura 4 apresenta o gráfico da<br />

solução do problema de valor inicial do<br />

Exemplo 5. Compare com a Figura 1.<br />

20<br />

SOLUÇÃO Do Exemplo I sabemos que a solução geral da equação diferencial é<br />

Diferenciando essa solução, obtemos<br />

y'(x) = 2c1e 2 x -<br />

3c 2 e- 3 x<br />

Para satisfazer as condições iniciais exigimos que<br />

-2 2<br />

o<br />

FIGURA 4<br />

y(O) = c 1 + c, = I<br />

y'(O) = 2c, - 3c, = O<br />

De (!3) temos c, = jc,; logo, (12) resulta em<br />

Ct +~C!= 1<br />

3<br />

C!= 5<br />

2<br />

Cz = 5<br />

Assim, a solução requerida do problema de valor inicial é<br />

EXEMPlO 6 c Resolva o problema de valor inicial<br />

y" + y =o y(O) = 2 y'(O) = 3<br />

SOLUÇÃO A equação auxiliar é r 2 + 1 = O, ou r 2 = -1, cujas raízes são :±:i. Assim a = O,<br />

{3 = 1, e, uma vez que e 0 " = 1, a solução geral é


l<br />

James Stewart CAPÍTULO 17 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE SEGUNDA ORDEM O 1143<br />

-- A solução do Exemplo 6 tem seu<br />

gráfico feito na Figura 5. Ela aparenta<br />

ser uma senóide deslocada. Realmente<br />

você pode verificar que outra maneira<br />

de encontrar a solução é<br />

y = sen(x + $) onde tg 4> = ~<br />

5<br />

y(x) = c1 cos x + c2senx<br />

Uma vez que y'(x) = -c~ senx + c2 cos x<br />

a condição inicial toma-se<br />

y(O) ~c,~ 2 y'(O) ~ c 2 ~ 3<br />

Logo, a solução do problema de valor inicial é<br />

y(x) ~ 2cos x + 3senx<br />

~ ln ~~\--~~t+---\--~~-L 2n Um problema de contorno para a Equação 1 consiste em determinar uma solução y da<br />

equação diferencial que também satisfaça as condições de contorno da forma<br />

FIGURA 5<br />

-5<br />

y(xo) ~ Yo<br />

Em contraste com a situação para problemas de valor inicial, um problema de contorno<br />

nem sempre tem unia solução. O método está ilustrado no Exemplo 7.<br />

Resolva o problema de contorno<br />

SOLUÇÃO A equação auxiliar é<br />

11<br />

)' + 2y' + y =o y(O) ~ l y(l) ~ 3<br />

r 2 + 2r + 1 ~O ou (r + 1) 2 ~ O<br />

cuja única raiz é r = -1. Além disso, a solução geral é<br />

As condições de contorno são satisfeitas se<br />

c A Figura 6 mostra o gráfico da<br />

solução do problema de contorno no<br />

Exemplo 7.<br />

5<br />

A primeira condição resulta em c 1 =<br />

y(O) ~c, ~ l<br />

1, logo a segunda condição toma-se<br />

~~<br />

-l ~5<br />

I<br />

-5<br />

FIGURA6<br />

Resolvendo essa equação para c 2 , primeiro multiplicando-se ambos os membros por e,<br />

obtém-se<br />

Assim, a solução do problema de contorno é<br />

1 + c 2 ~ 3e logo c,~ 3e - 1<br />

Resumo: Soluções do<br />

+ by' +c= o<br />

~~<br />

~---- Raízes de ar 2 + br + c = O j Solução geral ~<br />

I r 1, r 2 ;~~i~--;-di-stintas --~~ y ~ c 1 e''" + c 2 e' 2 " ~~<br />

l i TJ = rz =r y = c 1en + c2xerx<br />

o r 1 , r 2 complexas: o::!: i/3 y ~ e"'(c 1 cos {3x + c,sen{3x)<br />

~~~~--~--~~~L-~~~~~.


1144 c CÁlCUlO Editora Thomson<br />

;Jif~1<br />

Exercícios<br />

'í-B __<br />

Resolva a equação diferencial.<br />

1. y" - 6y + 8y ~o 2. y" - 4y' + Sy ~O<br />

3. y" + 8y' + 4Iy ~o 4. 2y" y' - y-0<br />

5. y" - 2y' + y=O 6. 3y" = Sy'<br />

7. 4y" + y=O 8. I6y" + 24y' + 9y- o<br />

9. 4y" + y' ~o 10. 9y" + 4y = o<br />

d;;y dv<br />

d'y - dy<br />

11. 2~-v -o 12. 6-+4v-O<br />

dt' dt '<br />

dt 2 dt '<br />

13.<br />

d'v dy -· +- +y-0<br />

dt 2 dt<br />

Faça o gráfico das duas soluções básicas da equação<br />

diferencial c de várias outras soluções. Que aspecto têm em comum<br />

as soluções<br />

d 2 v dv<br />

14. 6-', - ~ 2y- o<br />

dx" dx<br />

d'v dy<br />

15. -· - 8- + l6v -O<br />

dx' dx .<br />

d 2 r<br />

dy<br />

16. dx·, - 2 dx + 5y -o<br />

11-24 :::: Resolva o problema de condição inicial.<br />

:í7. 2y" + 5y' + 3y- O, y(O) ~ 3, y'(O) ~ -4<br />

18. y" + 3y- O, y(O)- l, y'(O)- 3<br />

19. 4y"- 4y' + y- O, y(O)- l, y'(O)- -1,5<br />

20. 2y" + 5y' - 3y ~O, y(O) - l, y'(O) - 4<br />

2:1. y" + 16y- O, y(1T/4)- -3, y'(u/4) ~ 4<br />

22. y"- 2y' + 5y ~O, y(1r) ~O, y'(u)- 2<br />

23. y" + 2y' + 2y ~ O, y(O) - 2. y'(O) ~ l<br />

24. y" + l2y' + 36y- O, y(l) ~O. y'(l)- I<br />

;.::;;~32 . Resolva o problema de contorno, se possível.<br />

25. 4y" + y- O, y(O)- 3, y(1r)- -4<br />

26. y" + 2y' ~ O, y(O) ~ l, y(l) ~ 2<br />

27. y"- 3y' + 2y ~O, y(O)- l, y(3)- O<br />

28. y" + lOOy- O, y(O) - 2, y( 1r) - 5<br />

29. y"- 6v' + 25y ~O. v(O)- l, y(u)- 2<br />

30. y"- 6y' + 9y- O, y(O) ~ l, y(l)- O<br />

31. y" + 4y' + I3y- O. y(O)- 2, y(rr/2)- I<br />

32. 9y" l8y' + !Oy- O, y(O)- O, y(1r)- l<br />

33. Se L um número real não.nulo.<br />

(a) Mostre que o problema de contorno y" + Ay = O, y(O) = O,<br />

y(L) = O tem apenas a solução trivial y = O para o caso onde<br />

À- O e A< O.<br />

(b) Para o caso onde À > O, determine os valores de A para os<br />

quais este problema tenha uma solução não-trivial e dê a<br />

solução correspondente.<br />

34. Se a, b e c são todos positivos constantes, y{x) é uma solução<br />

da equação diferencial ay" + by' + cy = O, mostre que<br />

lim, ~~ y(x) - O.<br />

Equações Lineares Não-Homogêneas··~--~~~~~~~<br />

Nesta seção vamos aprender como resolver equações diferenciais lineares não-homogêneas<br />

com coeficientes constantes, isto é, equações da forma<br />

ai' + hy' + cy = G(x)<br />

onde a, b e c são constantes e G é uma função contínua. A equação homogênea correspondente<br />

ay'' + by' + cy = O<br />

é chamada equação complementar e desempenha um papel importante na solução da<br />

equação não-homogênea original(!).


James Stewart CAPÍTUlO 17 EQUAÇÕES DiFERENCIAIS DE SEGUNDA ORDEfv1 1145<br />

YttDH'WJB<br />

escrita como<br />

A solução geral da equação diferencial não-homogênea (1) pode ser<br />

onde }'pé urna solução particular da Equação 1 e Yc é a solução geral da Equação<br />

complementar 2.<br />

'j'"Ih'2 Tudo que temos de fazer é verificar que, se y é qualquer solução da Equação 1,<br />

então y - }'p é uma solução da Equação complementar 2. De fato,<br />

a(y - }'p)" + b(y - )'p)' + c(y - Yr) = ay" - ay;' + by' - h):; + cy {}'"p<br />

~ (ay" + by' + cy) - (ay;; + by; + cyp)<br />

~ g(x) - g(x) ~ O<br />

Sabemos da Seção 17,1 como resolver a equação complementar, (Lembre-se de que a<br />

solução é Yc = C(V 1 + c 1 y 2 , onde y 1 e y 2 são soluções lineannente independentes da Equação<br />

2.) Além disso, o Teorema 3 nos diz que conhecerem_os a solução geral da equação nãohomogênea<br />

logo que conhecermos uma solução particular Yr· Há dois métodos para determinar<br />

uma solução particular: o método dos coeficientes a serem determinados é fácil de compreender,<br />

mas trabalha apenas para uma classe restrita de funções para toda função G; o método<br />

de variação de parâmetros trabalha para toda função G, mas em geral é mais difícil aplicá-lo.<br />

O Método dos Coeficientes a Serem Determinados<br />

Vamos primeiro ilustrar o método dos coeficientes a serem detenninados para a equação<br />

ay" + by' + cy ~ G(x)<br />

onde G(x) é um polinômio. É razoável conjeturar que há uma solução particular<br />

y 11<br />

que é um polinômio de mesmo grau de G, pois, se y for um polinôntio, então<br />

ay" + by' + cy é também um polinômio. Portanto substituímos yp(x) = -um polinômio<br />

(de mesmo grau de G) na equação diferencial e determinamos os coeficientes.<br />

Resolva a equação y" + y' -<br />

SOLUÇÃO A equação auxiliar de y" + y' -<br />

r 2 + r - 2 ~ (r -<br />

2y = x 2 •<br />

2y ~ O é<br />

!)(r + 2) ~ O<br />

com as raízes r= 1, -2. Logo, a solução da equação complementar é<br />

Uma vez que G(x) = x 1 é um polinômio de grau 2, procuramos uma solução particular<br />

da forma<br />

yp(x) ~ Ax 2 + Bx + C<br />

Então y; ~ 2Ax + B e y; ~ 2A, Assim, substituindo na equação diferencial dada, temos<br />

(2A) + (2Ax + B) - 2(Ax 2 + Bx + C) ~ x 2<br />

ou -2Ax 2 + (2A - 2B)x + (2A + B - 2C) ~<br />

Polinôntios são iguais quando seus coeficientes são iguais. Assim,<br />

-2A = l 2A + B- 2C ~O


1146 o CÁLCUlO Editora Thomson<br />

~- A Figura 1 mostra quatro soluções<br />

da equação diferencial do Exemplo 1<br />

em termos da solução particular yp<br />

e das funçóes f(x) =ex e g(x) = e<br />

8<br />

lp + 2f+3q~~. 1<br />

r+3/r'v ..<br />

. p ' ' ) .<br />

• Vp + -}<br />

-3~.<br />

/ I ~<br />

-5<br />

FIGURA 1<br />

· A Figura 2 mostra as soluçóes da<br />

equação diferenciai do Exemplo 2<br />

em termos de _1.'p e as funções<br />

f(x) = cos 2x e g(x) = sen 2x. Note<br />

que todas as soluçóes tendem a x,<br />

quando x ____,. oc e todas as soluções<br />

parecem com as funções seno<br />

quando x é negativo<br />

3<br />

A solução desse sistema de equações é<br />

Uma solução particular é portanto<br />

e, pelo Teorema 3. a solução geral é<br />

A= -J B = C=<br />

yp(x) = ~~x 2 - ~x- §<br />

Se G(x) (lado direito da Equação 1) é da forma Ce", onde C e k são constantes, então<br />

tomamos como solução de prova uma função de mesma forma, Yr(x) = Aeh, pois as<br />

derivadas de e h são múltiplas constantes de eb.<br />

EXEMPlO<br />

Resolva y" + 4}' = e 3 '.<br />

SOLUÇÃO A equação auxiliar é r 2 + 4 =O com as raízes ±li, logo a solução da<br />

equação complementar é<br />

}\-(X) = c 1 cos 2x + c2 sen 2x<br />

Para uma solução particular tentemos yp(x) = Ae 3 x. Então ~v;,= 3Ae 3 -' e y 1<br />

',' = 9AeJ-'.<br />

Substituindo na equação diferencial, temos<br />

9Ae 3 ' + 4(Ae") ~ e 3 '<br />

logo 13Ae 3 x = e 3 x e A = D. Assim, uma solução particular é<br />

4<br />

e a solução geral é<br />

i ,,<br />

Yp ( x ) = ue<br />

y(x) = c 1 cos2x + c 2 sen2x + -&,e 3 x<br />

FIGURA 2<br />

-2<br />

Se G(x) é Ccos kx ou Csenkx, então, por causa das regras de diferenciação para as<br />

funções seno e cosseno, tentamos, como solução particular, uma função da forma<br />

Resolva l' + y' -<br />

yp(x) ~A cos kx + Bsenkx<br />

2y = senx.<br />

SOLUÇÃO Tentemos uma solução particular<br />

yp(x) =A cos x + B senx<br />

Então y; = -Asenx + Bcosx y;' = ~Acosx- Bsenx<br />

logo, substituindo na equação diferencial, ternos<br />

ou<br />

(-Acosx- Bsenx) + (-Asenx + Bcosx)- 2(Acosx + Bsenx) ~ senx<br />

Isso acontece se<br />

A solução desse sistema é<br />

(-3A + B)cosx +(-A- 3B)senx =senx<br />

-3A + B =O e -A- 3B = l<br />

A~


James Stewart CAPÍTULO 11 EOUAÇOES DIFERENCiAiS DE SEGUI-JDA ORDEM Ci 1147<br />

logo uma solução particular é<br />

)'p(x) = -/ocos x úl ' sen x<br />

No Exemplo 1 determinamos que a solução da equação complementar é<br />

Yc = c 1 e + c 2 e ·lx Assim, a solução geral da equação dada é<br />

y(x) = c1e" + c2e- 2 -'- fo(cos x + 3 sen x)<br />

Se G(x) for um produto de funções dos tipos precedentes, enlão tentamos a solução<br />

como um produto de funções do mesmo tipo. Por exemplo: resolvendo a equação<br />

diferencial<br />

tentamos<br />

y" + 2y' + 4y = x cos 3x<br />

yl'(x) ~ (Ax + B) cos 3x + (Cx + D) sen 3x<br />

Se G(x) for uma soma de funções desses tipos, usamos o principio da superposição,<br />

que é facilmente verificado e nos diz que, se. )'p 1<br />

e y, 2<br />

forem soluções de<br />

ay" + by' + cy ~ G 1 (x)<br />

respectivamente, então )'p 1<br />

+ )'p 2<br />

é uma solução de<br />

ay" + by' + cy = G:(x)<br />

ay" + by' + cy ~ G,(x) + G,(x)<br />

EXEMPlO 4 :c Resolva y" - 4y ~ xe' + cos 2x.<br />

SOLUÇÃO A equação auxiliar é r 2 - 4 = O com as raízes :':2, logo a solução da equação<br />

complementar é y,(x) = c 1 e 2 x + c 2 e- 2 x_ Para a equação y" ~ 4y = xex tentamos<br />

YP, (x) ~ (Ax + B)e'<br />

Então y 1<br />

;, ~ (Ax + A + B)e', y;, ~ (Ax + 2A + B)e'. Logo, substituindo na equação<br />

dada,<br />

(Ax + 2A + B)e' -<br />

4C4x + B)e' ~ xe'<br />

c_~ A Figura 3 apresenta a soluçao<br />

particular )'p = yp, + .v~, da equaçào<br />

diferencial do Exemplo 4_ As outras<br />

soluções sao dadas em termos de<br />

f(x) = e2< e g(x) =e-:._,<br />

ou (-3Ax + 2A - 3B)e" ~ xe'<br />

Assim, - 3A = 1 e 2A - 3B = O. Logo A = - ~, B = - ~ e<br />

yp,(x) ~ (- \x - ~)e'<br />

Para a equação y" - 4 y = cos 2x, tentamos<br />

5<br />

Substituindo, temos<br />

y"(x) ~ C cos 2x + D sen 2x<br />

FIGURA. 3<br />

-2<br />

ou<br />

-4C cos 2x - 4D seu 2x- 4(Ccos 2x + D seu 2x) ~ cos 2x<br />

Portanto, -8C ~ I, -8D ~O, e<br />

-8Ccos 2x- 8D sen 2x ~ cos 2x<br />

v (x) ~ -'·cos2x<br />

, P2 8


1148 ll CÁLCUlO Editora Thomson<br />

Pelo princípio da superposição, a solução geral é<br />

Finalmente notamos que a tentativa recomendada Yr algumas vezes resulta em uma<br />

solução da equação complementar e, portanto, não pode ser uma solução de uma equação<br />

não-homogênea. Em tais casos multiplicamos a tentativa recomendada por x (ou por x 1 se<br />

necessário) tal que nenhum termo em yp(x) é uma solução da equação complementar.<br />

Resolva )' 11 + y = sen x.<br />

SOLUÇÃO A equação auxiliar é r 2 + l = O com raízes ±i, logo a solução da equação<br />

complementar é<br />

Geralmente usaremos a tentativa<br />

y,.(x) = c 1 cos x + c 2 sen x<br />

y 1<br />

(x) ~A cos x + B sen x<br />

mas observe que ela é uma solução da equação complementar. Por exemplo, tentemos<br />

y 1<br />

,(x) ~ Ax cos x + Bx sen x<br />

=- Os gráftcos das quatro soluções da<br />

equação diferencial do Exemplo 5<br />

estão apresentados na Figura 4.<br />

4<br />

Então<br />

y;(x) =Acosx- Atsenx + Bsenx + Bxcosx<br />

y/,'(x) = -2Asenx- Atcosx + 2Bcosx- Bxsenx<br />

Substituindo na equação diferencial temos<br />

y;,' + YP = -2Asenx + 2Bcosx =<br />

senx<br />

logo A ~ -j, B ~ O, e<br />

FIGURA 4<br />

A solução geral é<br />

)'p(x) =<br />

-~X COS X<br />

y(x) = c 1 cosx + c 2 senx- ~xcosx<br />

Resumimos o método dos coeficientes a serem detenninados como segue:<br />

1. Se G(x) ~ e"P(x), onde Pé u, polinômio de grau n, então tente y,(x) ~ e"Q(x),<br />

onde Q(x) é um polinômio de grau n (cujos coeficientes são determinados por<br />

substituição na equação diferencial.)<br />

2. Se G(x) ~ e"P(x) cos mx or G(x) ~ e"P(x) sen mx, onde Pé um polinômio de<br />

grau n, então tente<br />

yp(x) ~ e'"Q(x) cos mx + e"R(x) sen mx<br />

Onde Q e R são polinômios de grau n.<br />

Modificação: Se algum termo de YP é a solução da equação complementar, multiplique<br />

YP por x (ou por x 2 se necessário).<br />

EXEMPlO 6 :~ Determine a forma da candidata a solução para a equação diferencial<br />

y"- 4y' + 13y = e 2 xcos3x.


James Stewart CAPÍTULO 17 EOUAÇÓES DIFERENCLA!S DE SEGUf\JDA ORDEM 1149<br />

SOLUÇÃO Aqui G(x) tem a forma encontrada na parte 2 do resumo, onde k ~ 2, m ~ 3,<br />

e P(x) = L Assim, à primeira vista, a forma da candidata a solução deveria ser<br />

yp(x) ~ e"(A cos 3x + B seu 3x)<br />

Mas a equação auxiliar é r 2 - 4r + 13 = O, com raízes r = 2 ::!::: 3i, portanto a solução<br />

da equação complementar é<br />

YcCr) = e 2 '(c 1 cos 3x + c2 sen 3x)<br />

Isso significa que temos de multiplicar a candidata a solução sugerida por x. Assim, em<br />

seu lugar, usamos<br />

Yr(x) ~ xe''(A cos 3x + B sen 3x)<br />

O Método das Variações dos Parâmetros<br />

Suponha que, após resolver a equação homogênea ay" + by' + cy = O, escrevamos a<br />

solução como<br />

onde Yi e Y:: são soluções linearmente independentes. Vamos substituir as constantes (ou<br />

parâmetros) c 1 e c 2 da Equação 4 pelas funções arbitrárias u 1 (x) e u2(x). Procuramos por<br />

uma solução particular da equação não-homogênea ay" + by' + cy = G(x) da forma<br />

y,,(x) ~ u,(x)y 1 (x) + u 2 (x)y 2 (x)<br />

(Esse método é chamado variação dos parâmetros, pois variamos os parâmetros c1 e cz,<br />

tomando-os funções.) Diferenciando a Equação 5, obtemos<br />

Uma vez que u1 e u2 são funções arbitrárias, podemos impor duas condições sobre eles. Uma<br />

condição é que YP é uma solução da equação diferencial e podemos escolher outra condição,<br />

a fim de simplificar nossos cálculos. Considerando a expressão da Equação 6, vamos impor<br />

a condição que<br />

Então<br />

Substituindo na equação diferencial, obtemos<br />

ou<br />

Mas }'1 e Y2 são soluções da equação complementar, logo<br />

ay[' + hyí + cy1 = O e ayí' + by~ + cy2 = O<br />

e a Equação 8 simplifica em<br />

a(_u;yr + uíyí) = G


1150 u CÁlCUlO Editora Thomsoo<br />

As Equações 7 e 9 formam um sistema de duas equações nas funções desconhecidas u; e<br />

u~. Após resolver esse sistema, podemos integrar para encontrar u 1 eu:, e então a solução<br />

particular é dada pela Equação 5.<br />

EXEMPlO 7 c Resolva a equação y" + y ~ tg x, O< x < rr/2.<br />

SOLUÇÃO A equação auxiliar é r 2 + 1 =O com as raízes ±i, logo a solução de<br />

y" + y =O é c1 sen x + c~ cos x. Usando a variação dos parâmetros, buscamos uma<br />

solução da forma<br />

y,,(x) ~ uJ(x)sen x + u 2 (x) cos x<br />

Então<br />

Faça<br />

u; senx + u2 cos x = O<br />

Então<br />

}' 1 ;' = u;cosx- u2senx- u 1 senx- u~cosx<br />

Para yP ser uma solução devemos ter<br />

Resolvendo as Equações lO e ll, obtemos<br />

uí(sen 2 x + cos 2 x) = cos x tg x<br />

u; = senx u,(x) ~ -cos x<br />

(Procuramos uma solução particular, logo não precisaremos de uma constante de integração<br />

aqui.) Então, da Equação lO, obtemos<br />

, senx ,<br />

u2 = ---u 1<br />

COS X<br />

COS X<br />

COS X<br />

= cosx- secx<br />

::: A Figura 5 mostra quatro soluções<br />

da equaçáo diferenciai do Exemplo 7.<br />

Logo<br />

u 2 (x) ~ sen x - ln(sec x + lg x)<br />

2,5<br />

(Note que sec x + tg x > O para O < x < 1T/2.) Portanto<br />

yp(x) ~ -cos x senx + (sen x- ln(sec x + tg x)) cos x<br />

~ -cos x ln(sec x + tg x)<br />

e a solução geral é<br />

FIGURA 5<br />

y(x) ~ c, senx + c 2 cos x - cos x ln(sec x + tg x)


James Stewart CAPÍTUlO 17 EOUAÇÜE:S DIFERENCIAIS DE Sf:GUf'JDA ORDCtv'r 1151<br />

1-10 - Resolva a equação diferencial ou problema de valor inicial<br />

usando o método dos coeficientes indeterminado.<br />

1. )' 11 -t- 3y' + 2y =X~<br />

3. y" - 2y' = sen 4.:r<br />

5. y"- 4y' + 5y =e-<br />

2. y" + 9y = e·1 '<br />

4. y" + 6y' + 9y = l + x<br />

6. y" + 2y' + y = xe --_,<br />

15 .. r"+ 9y' = I + xe 9 -'<br />

16; y" + 3:v'- 4y = (x' + x)e'<br />

17 .. v"+ 2y' + 10y = x'-e -, cos 3x<br />

18. y" + 4y = e 3 ~ + xsen 2x<br />

7. _-r'' + )' = e·' + x ', y(O) = 2. y'(O) = O H.!-22 Resolva a equação diferencial usando (a) coeficientes a<br />

8. y" - 4_v = e·' cos x, y(O) = 1, _r'(O) = 2<br />

9. _,.• - y' ~ xe', r( O) ~ 2. y'(O) ~ 1<br />

10. y"-+- y' - 2y = x + sen 2x, y(O) = 1. y'(O) =O<br />

H-li Faça o gráfico da solução particular c várias outras<br />

soluções. Que características essas soluções têm em comum<br />

serem detenninados c (b) variação dos parâmetros.<br />

19. )' 11 -t- 4y =X 20. -., 3y' + 2) = scn.t<br />

21. y"- 2_v' +_r= e 2 ' 22. y'' - y' = c-'<br />

23~28 Resolva a equação diferencial usando o método da<br />

variação dos parâmetros.<br />

11. 4y" + Sy' + y =e' 23. y" + y = sec x, O < x < 'Tf/2<br />

12. 2y" + 3y' + y = 1 + cos 2x 24. y" + y = cotg x, O < x < 'TT/2<br />

13-12 Escreva uma tentativa para o método dos coeficientes a<br />

serem determinados. Não determine os coeficientes.<br />

13. y'' + 9y = e 2 ' + x 2 senx<br />

14. y" + 9y' = xe--' cos 'TTX<br />

25.: y" - 3y' + 2y ~ _.:.__<br />

+e-'<br />

26. y" --t 3y' + 2y = sen(e")<br />

27. r" - v= __!_<br />

~ , X<br />

23. y" + 4y' + 4y<br />

e 2;<br />

Aplicações das Equações Diferenciais de Segunda Ordem<br />

As equações diferenciais lineares de segunda ordem têm uma variedade de aplicações na<br />

ciência e na engenharia. Nesta seção exploraremos duas de suas aplicações: a vibração das<br />

molas e os circuitos elétricos.<br />

FIGURA 1<br />

posição de O<br />

equilíbrio<br />

de equilíbrio<br />

Vibrando as Molas<br />

Consideremos o movimento de um objeto com massa m na extremidade de uma mola que<br />

está na vertical (como na Figura l) ou na horizontal sobre um nível da superfície (como<br />

na Figura 2),<br />

Na Seção 6.4, do Volume I, discutimos a Lei de Hooke, que nos diz que, se a mola<br />

estiver esticada (ou comprimida) x unidades do comprimento natural, então ela exerce uma<br />

força proporcional a x:<br />

força restauradora = -kx<br />

onde k é uma constante positiva (chamada constante da mola). Se ignorarmos qualquer<br />

força de resistência externa (devido à resistência do ar ou atrito), então, pela Segunda Lei<br />

de Newton (força é igual massa vezes aceleração), teremos<br />

FIGURA 2<br />

o<br />

X<br />

X<br />

d'x<br />

m-- =<br />

dt 2<br />

-kx<br />

ou<br />

d 2 x<br />

m--+kx=O<br />

dt 2


1152 CÁLCULO<br />

Editora Thomson<br />

Essa é uma equação diferencial linear de segunda ordem. Sua equação auxiliar é mr 2 + k = O<br />

com as raízes r = ± wi, onde w = Jklm. Assim, a solução geral é<br />

que pode também ser escrita como<br />

x(t) = c 1 cos wt + c 2 sen wt<br />

x(t) ~ A cos( wt + 8)<br />

onde<br />

úJ = Jk/m !frcqüênci:ll<br />

(:tmp!itud.::)<br />

C•<br />

cos 8 ~i sen 8 ~ Jóiio âng!o faseJ<br />

(veja o Exercício 15). Esse tipo de movimento é chamado mo\imento harmônico simples.<br />

EXEMPlO 1 :: Uma mola com uma massa de 2 kg tem um comprimento natural de 0,5 m.<br />

Uma força de 25,6 N é necessária para mantê-la esticada a um comprimento de 0,7 m. Se<br />

uma mola for esticada para um comprimento de 0,7 me então for solta com velocidade<br />

inicial O, detennine a posição da massa em qualquer tempo r.<br />

SOLUÇÃO Da Lei de Hooke, a força necessária para estender a mola é<br />

k(0,2) ~ 25,6<br />

logo k ~ 25,6/0,2 ~ 12S. Usando esse valor da constante da mola k, junto com m ~ 2<br />

na Equação I, temos<br />

d 2 x<br />

2-+12Sx~O<br />

dt 2<br />

Como na discussão anterior, a solução dessa equação é<br />

x(t) ~ c, cos St + c2 sen St<br />

Estamos dando a condição inicial que x(O) = 0,2. Mas, da Equação 2, x(O) ~ c,. Assim,<br />

c, ~ 0,2. Diferenciando a Equação 2, temos<br />

x'(t) ~ -Sc 1 sen St + Se, cos 81<br />

Uma vez que a velocidade inicial é dada como x'(O) ~ O, temos c 2 ~ O, e a solução é<br />

x(t) ~ l cos 8t<br />

Vibrações Amortecidas<br />

FIGURA 3<br />

A seguir, consideraremos o movimento de uma mola que está sujeita a uma força de atrito (no<br />

caso da mola horizontal da Figura 2) ou a uma força de amortecimento (no caso de uma mola<br />

vertical que se movimenta por meio de um fluido, como na Figura 3). Um exemplo é a força<br />

de amortecimento proporcionada pelo choque absorvido em um carro ou uma bicicleta.<br />

Vamos supor que a força de amortecimento seja proporcional à velocidade da massa e atue<br />

na direção oposta ao movimento. (Isso tem sido confirmado, pelo menos aproximadamente,


l<br />

James Stewart<br />

para alguns experimentos físicos.) Assim<br />

CAPÍTUlO 17 EQUAÇÕES DIFERt:NCLf\lS DE SEGUNIJA OflDEI\rl<br />

força de amortecimento =<br />

dx<br />

-cdt<br />

1153<br />

onde c é uma constante positiva, chamada constante de amortecimento. Assim, nesse caso.<br />

a Segunda Lei de Newton fornece<br />

ou<br />

d 2 x<br />

dx<br />

m --, =forca restauradora+ força de amortecimento =- kx ~ c -<br />

dt' , dt<br />

d 2 x dx<br />

m--- +c-+kx=O<br />

dt' dt<br />

A Equação 3 é uma equação diferencial linear de segunda ordem, c sua equação auxiliar é<br />

mr 2 + c r + k = O. As raízes são<br />

-c + -./c' - 4mk<br />

2m<br />

-c - ~Jc 2 ~4;;~<br />

2m<br />

De acordo com a Seção 17.1, precisamos discutir três casos.<br />

CASO ! o c 2 - 4mk > O (superamortecimento)<br />

Nesse caso, r 1 e r 2 são raízes distintas reais c<br />

Uma vez que c, me k são todas positivas, temos .Jc 2 4mk


1154 CÁLCULO Editora Thomson<br />

onde<br />

v!4mk- c~<br />

2m<br />

A solução é dada por<br />

FiGURA 5<br />

Subamottccido<br />

Vemos que há oscilações amortecidas pelo fator e--(ci:l!/ 11 • Uma vez que c_"":> O c m >O.<br />

temos -(e/2m)


l<br />

James Stewart CAPÍTUlO 17 EQUi'IÇOES OIFEREf\JCIAIS DE SEGUi'WA OROU/I 1155<br />

pela seguinte equação diferencial não-homogênea:<br />

d 2 x dx<br />

m -, + c- + kx = F(t)<br />

dr- dt<br />

O movimento da mola pode ser determinado pelos métodos da Seção 17 .2.<br />

Uma força externa que ocorre comumente é uma função força periódica<br />

F(t) = F 0 cos w 0 t onde Wo #- W = .ykjm<br />

Nesse caso, e na falta de uma força de amortecimento (c = 0), é pedido no Exercício 9 que<br />

você use o método dos coeficientes a serem determinados para mostrar<br />

F o<br />

X(f) = C1COS W{ + C]_SCtl W{ + , ") COS Wof<br />

m(úF ~ w 0<br />

Se w 0 = w, então a freqüência aplicada reforça a freqüência natural c o resultado são<br />

vibrações de grande amplitude. Esse é o fenômeno da ressonância (veja o Exercício 10).<br />

Circuito Elétrico<br />

\ \ interruptor<br />

l<br />

®<br />

L_<br />

FIGURA 7<br />

R<br />

c<br />

L<br />

Nas Seções 9.3 e 9.6 usamos equações lineares e separáveis de primeira ordem para analisar<br />

circuitos elétricos que contêm resistor e indutor ou resistor e capacitar. Agora que<br />

sabemos como resolver equações lineares de segunda ordem, estamos em posição de analisar<br />

o circuito mostrado na Figura 7, que contém uma força eletromotriz E (proporcionada<br />

pela bateria ou gerador), um resistor R, um indutor L e um capacitar C, em série. Se a carga<br />

no capacitar no instante t for Q = Q(t), então a corrente é a taxa de variação de Q em<br />

relação a t: l ~ dQ/dt. Como na Seção 9.6, é conhecido da física que as quedas de voltagem<br />

pelo resistor, indutor e capacitar são<br />

RI<br />

dl<br />

L­ dt<br />

Q<br />

c<br />

respectivamente. A lei de voltagem de Kirchhoff diz que a soma das quedas dessa voltagem<br />

é igual à voltagem fornecida:<br />

dl Q<br />

L-+Rl+-=E(t)<br />

dt<br />

c<br />

Uma vez que l = dQ/dt, essa equação toma-se<br />

-----·,<br />

d 2 Q dQ 1 ~<br />

L-+R ..-. +-Q=E(t) .<br />

dt 2 dt c .<br />

que é uma equação diferencial linear de segunda ordem com coeficientes constantes. Se a<br />

variação Qo e a correhte lo forem conhecidas no instante O, então temos as condições iniciais<br />

Q(O) = Qo<br />

Q'(O) = I( O) = lo<br />

e o problema de valor inicial pode ser resolvido pelos métodos da Seção 17 .2.


1156 CÁLCULO Editora Thornson<br />

Uma equação diferencial para a corrente pode ser obtida diferenciando-se a Equação 7<br />

em relação a I e lembrando que [ = dQ/dt:<br />

d 2 ! dl l .<br />

L-. + R~ + ~I = E'(t)<br />

dl· dt c<br />

EXEMPLO 3 Determine a carga e a corrente no instante t no circuito da Figura 7 se<br />

R = 40 !1, L = 1 H, C = 16 X 10·' F, E(t) = !00 cos 101, e a carga e a corrente inicial<br />

são ambas O.<br />

SOLUÇÃO Com os valores dados de L, R, C e E(t), a Equação 7 toma-se<br />

d 2 Q<br />

dQ<br />

~-. + 40- + 62SQ = 100 cos !Ot<br />

dt" dl<br />

A equação auxiliar é r 2 + 40r + 625 = O com raízes<br />

-20 :t 15i<br />

logo, a solução da equação complementar é<br />

Para o método dos coeficientes a serem determinados, tentamos a solução particular<br />

Qp(l) =A cos 10t + 8 sen 101<br />

Então Q;(t) = -10Asen101 + 108cos 101<br />

Q;'(l) = -lOOA cos 101 - 1008 sen JOt<br />

Substituindo na Equação 8, temos<br />

(-100A cos 10t - 1008 sen 101) + 40( -1 OA sen 101 + 108 cos 1 OI)<br />

+ 625(A cos 101 + 8 sen 1 Ot) = 100 cos 101<br />

ou<br />

(525A + 4008)cos 101 + (-400A + 525B)sen!Ot = JOOcos lOt<br />

Igualando os coeficientes, temos<br />

525A + 4008 = 100 21A + 168 = 4<br />

ou<br />

-400A + 5258 = O -l6A + 218 =O<br />

A solução desse sistema é A = 6 8 9~ e B = 6~1 , logo, uma solução particular é<br />

e a solução geral é<br />

Qp(l) = 6t7(84cos !01 + 64senl01)<br />

Q(t) = Q/1) + Qp(t) = e- 20 '(c 1 cos 151 + c 2 sen 151) + 0 tJ(21 cos 101 + 16 sen lüt)


l<br />

James Stewart CAPÍTULO 17 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE SEGUNDA ORDEM L: 1157<br />

Impondo a condição inicial Q(O) = O obtemos<br />

Q(O) ~c, +<br />

Para impor a outra condição inicial primeiro, vamos diferenciar para detenninar a corrente:<br />

dQ<br />

I~-~ e 201 [( -20c 1 + 15c 2 ) cos 1St + ( -15c 1 - 20c 2 ) sen 15r]<br />

dl<br />

J(O) ~ -20c 1 + 15c 2 + &~~O<br />

+ ~~( -21 sen l01 + 16 cos !Ot)<br />

Assim, a fórmula para a carga é<br />

4 [ 2(21<br />

Q(l) ~- ~ (-63 cos 151 -<br />

697 3<br />

116 sen 15t) + (21 cos 101 + 16 sen 101) J<br />

e a expressão para a corrente é<br />

J(t) ~ [e' 20 '(-1920cos 151 + H060senl51) + 120(-2lsenl0t + 16cos 101)]<br />

0,2<br />

NOTA 1 o No Exemplo 3 a solução para Q(t) consiste em duas partes. Uma vez que<br />

e- 201 __,..O quando t __;;,.co ecos 15t e sen 15t são funções limitadas,<br />

QAI) ~ ,6 9 ie ~ 2111 ( -63 cos 151 - 116 sen 151) --" O quando t ____,.. =<br />

Logo, para valores maiores de t,<br />

Q(t) = Qp(t) ~ ,;, (21 cos lOt + 16 sen !Ot)<br />

-0,2<br />

FIGURAS<br />

e, por essa razão, Qp(l) é denominada solução de estado estacionário. A Figura 8 mostra<br />

uma comparação entre o gráfico de Q nesse caso e a solução de estado estacionário.<br />

NOTA 2 o Comparando as Equações 5 e 7, vimos que matematicamente elas são idênticas.<br />

Isso sugere a analogia dada na tabela a seguir entre situações físicas que, à primeira<br />

vista, são muito diferentes.<br />

~---------------<br />

Sistema Mola<br />

- -----------------------<br />

Circuito Elétrico<br />

--------<br />

X deslocamento<br />

carga<br />

dx/dl velocidade I~ dQ/dt corrente<br />

m massa L indutância<br />

c constante de amortecimento R resistência<br />

k constante da mola l/C elastância<br />

F(t) força externa E(t) força eletromotriz<br />

º<br />

Podemos também transferir outras idéias de uma situação para outra. Por exemplo: a<br />

solução do estado estacionário discutida na Nota 1 faz sentido no sistema mola. E o fenômeno<br />

da ressonância no sistema mola pode ser proveitosamente transportado para circuitos<br />

elétricos como ressonância elétrica.


1158 " CÁlCULO Editora Thomson<br />

1. Uma mola com massa de 3 kg é mantida esticada 0.6 m além<br />

de seu comprimento natural por uma força de 20 N. Se a mola<br />

começar em sua posição de equilíbrio, mas um empurrão der<br />

sua velocidade inicial de 1 ,2 mls, determine a posição da<br />

massa depois de t segundos.<br />

2. Uma mola com uma massa de 4 kg tem um comprimento<br />

natural de l m e é mantida esticada até um comprimento de<br />

1,3 m por uma força de 24,3 N. Se a mola for comprimida até<br />

um comprimento de 0,8 m e for solta com velocidade zero.<br />

dctennine a posição da massa em qualquer instante t.<br />

·3. Uma mola com uma massa de 2 kg tem uma constante de<br />

amortecimento 14. e uma força de 6 N é necessária para manter<br />

a mola esticada 0,5 m além de seu comprimento naturaL A mola<br />

é esticada l m além de seu comprimento natural e então solta<br />

com velocidade zero. Determine a posição da massa em<br />

qualquer instante t.<br />

4. Uma mola com uma massa de 3 kg tem uma constante de<br />

amortecimento 30, e a constante da mola é 123.<br />

(a) Detenníne a posição da masa no instante t se ele começar<br />

em uma posição de equihbrio com uma velocidade de 2 m/s.<br />

(b) Faça o gráfico da função posição da massa.<br />

5. Para a mola do Exercício 3, determine a massa que deve<br />

produzir amortecimento crítico.<br />

6. Para a mola do Exercício 4, determine a constante de<br />

amortecimento que deve produzir amortecimento crílico.<br />

7. Uma mola tem uma massa de 1 kg e sua constante da mola<br />

é k = 100. A mola é solta em um ponto 0.1 m acima de sua<br />

posição de equilíbrio. Faça os gráficos da função posição para<br />

os seguintes valores da constante de amortecimento c: 10, 15,<br />

20, 25, 30. Que tipo de amortecimento ocorre em cada caso<br />

8. Uma mola tem uma massa de I kg e sua constante de<br />

amortecimento é c = 1 O. A mola começa de sua posição de<br />

equilíbrio com uma velocidade de l rn/s. Faça os gráficos da função<br />

posição para os seguintes valorc. da constante da mola k: I O, 20,<br />

25, 30, 40. Que tipo de amortecimento ocorre em cada caso<br />

Suponha que uma mola tenha massa m e constante da mola k e<br />

seja w = ... /[/;;;. Suponha uma constante de amortecimento tão<br />

pequena que a força de amortecimento seja negligenciada. Se<br />

uma força externa F(t) = Focos wot for aplicada. onde w 0 ,P w,<br />

use o método dos coeficientes a serem determinados para mostrar<br />

que o movimento da massa é descrito pela Equação 6.<br />

10. Como no Exercício 9, considere uma mola com massa m,<br />

constante da mola k e constante de amortecimento c = O, e<br />

seja w = v~· Se uma força externa<br />

F(t) = F 0 cos wt for aplicada (a freqüência aplicada é igual à<br />

freqüência natural), use o método dos coeficientes a serem<br />

determinados para mostrar que o movimento da massa é dado<br />

por x(t) = c 1 cos wt + c 1 senwt + (Fo/(2mw))tsenwt.<br />

11. Mostre que se w 0 ,P w, mas w/wo é um número racional, então<br />

o movimento descrito pela Equação 6 é periódico.<br />

12. Considere uma mola sujeita a uma força de atrito ou de<br />

amortecimento.<br />

(a) No caso de amortecimento crílico, o movimentn é dado por<br />

x = c1en + c2te 0 . Mostre que o gráfico de t cruza o eiX~)<br />

t sempre que c1 e c2 tiverem sinais contrários.<br />

(b) No caso de superamortccimento, o movimento i dado por<br />

x = c 1e''' + c 2 e~"'', onde r 1 > r 2 • Determine uma condição<br />

sobre as magnitudes relativas de c 1 e c 2 sob a qual o gráfico<br />

de x cruza o eixo t para um valor positivo de t.<br />

13. Um circuito em série consiste em um rcsistor com R = 20 f!.<br />

um indutor com L = 1 H, um capacitar com C = 0,002 F e<br />

uma bateria de 12 V Se a carga inicial e a corrente forem O,<br />

encontre a carga e a corrente nó ínsrante t.<br />

14. Um circuíto em série contém um rcsistor com R = 24 n, um<br />

indutor com L = 2 H, um capacitar com C = 0,005 f e uma<br />

bateria de 12 V. A carga inicial é Q = 0,001 C c a corrente<br />

inicial é O.<br />

(a) Detem1ine a carga e a corrente no instante r.<br />

(b) Faça o gráfico das funções carga e corrente.<br />

15. A bateria no Exercício 13 é substituída por um gerador<br />

produzindo uma voltagem de Eft) = l2sen lüt. Determine a<br />

carga no instante t.<br />

16. A bateria no Exercício 14 é substituída por um gerador<br />

produzindo uma voltagem de E(t) = 12 sen lO r.<br />

(a) Determine a carga no instante t.<br />

(b) Faça o gráfico da função carga.<br />

J1l~<br />

Verifique que a solução para a Equação I pode ser escrita na<br />

forma x(t) =A cos(wt + 8).<br />

18. A figura mostra um pêndulo com comprimento L e o ângulo (}<br />

a partir da vertical ao pêndulo. Pode ser mostrado que 8. como<br />

uma função do tempo, satisfaz a equação diferencial não-linear<br />

d'e 9<br />

--~ + ~sen 8= O<br />

dt" L<br />

onde g é a aceleração devida à gravidade. Para valores<br />

pequenos de e podemos usar a aproximação linear sen fJ = 8,<br />

e então a equação diferencial torna-se linear.<br />

(a) Determine a equação do movimento de um pêndulo com<br />

comprimento J m se fJ for inicialmente 0,2 rad e a<br />

velocidade angular for dO/dt = 1 rad/s.<br />

(b) Qual o ângulo máximo que o pêndulo pode fazer a partir<br />

da vertical<br />

(c) Qual o período do pêndulo (isto é, o tempo necessário para<br />

uma oscilação completa)<br />

(d) Quando o pêndulo estará pela primeira vez na vertical<br />

(e) Qual a velocidade angular do pêndulo quando ele está na<br />

vertical<br />

!I/ I I I I I 1// I I I! /e! I i I! I !!I I I!//<br />

i\<br />

te\<br />

1-'-"\ L<br />

\


James Stewart CAPÍTUlO 17 EC2Ui'c,ÇOES DIFEiiENCI.AIS DF SE:GUND.A OiiDEiv1 1159<br />

!!lf~4 Soluções em Série<br />

,,- -~~~ ""'"""-c_=~~-~="='-=~"'-~='-'"=~~='"-''"'=---~---p·~- -=='"'==cç=w='"' -~-~"~~===o:,=~"-'=····-=·---=<br />

Muitas equações diferenciais não podem ser resolvidas explicitamente em termos de combinações<br />

finitas de funções usuais simples. Isso é verdade mesmo para uma equação com<br />

aparência bem simples, como<br />

y" - 2xy' + y = O<br />

Todavia é importante você poder resolver equações como a que foi dada acima, pois elas<br />

surgem de problemas físicos em particular, em conexão com a equação de SchrOdinger da<br />

mecânica quântica. Em tal caso vamos usar o método das séries de potência, isto é, procuraremos<br />

por uma solução da forma<br />

y = f(x) = L c,x'' =Co + C: X+ C::_X 2 + c3x 3 + ...<br />

,.--()<br />

O método é para substituir essa expressão na equação diferencial e determinar os valores<br />

dos coeficientes c 0 • c~, c 2 , • Essa técnica assemelha-se ao método dos coeficientes a<br />

serem determinados, discutido na Seção 17.2.<br />

Usando antes as séries de potência para resolver a Equação 1, ílustraremos o método<br />

sobre uma equação mais simples y" + y = O no Exemplo 1. Realmente já sabemos como<br />

resolver essa equação pelas técnicas da Seção 17.1, contudo é mais fácil entender o método<br />

da série de potência quando ele é aplicado para essa equação mais simples.<br />

EXEMPLO 1 ~:-' Use a série de potência para resolver a equação y" + y = O.<br />

SOLUÇÃO Assumiremos que haja uma solução da forma<br />

Podemos diferenciar a série de potências termo a termo, logo<br />

".!..J CnX ·"<br />

·O<br />

y' = c1 + 2c2x + 3c3x 2 + · · · = 2: nc 11 x"" 1<br />

fj=l<br />

2: n(n - 1 )c"x"<br />

n=2<br />

o Escrevendo os primeiros termos<br />

de {4) você verá que são iguais a (3).<br />

Para obter (4) substituímos<br />

n por n + 2 e começamos<br />

o somatório em O em vez de 2_<br />

A fim de comparar as expressões de y e y" mais facilmente, reescrevemos y" como segue:<br />

n=O<br />

Substituindo as expressões nas Equações 2 e 4 na equação diferencial, obtemos<br />

ou<br />

n=O<br />

n=O<br />

2: [(n + 2)(n + I )c,, + c,]x" ~O<br />

n=O


1160 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

Se duas séries de potências forem iguais, então os coeficientes correspondentes devem<br />

ser iguais. Portanto os coeficientes de xn da Equação 5 devem ser 0:<br />

(n + 2)(n + l)c,+2 + c, ~O<br />

c,+, ~ - -;(n_+_l:cc)c-(n-+-::2c-) n ~O, I, 2, 3,<br />

A Equação 6 é chamada relação de recursão. Se c 0 e c 1 forem conhecidos, essa<br />

equação permite-nos determinar os coeficientes restantes recursivamente, pondo<br />

n = O, 1, 2, 3, ... em sucessão.<br />

Pondo n ~ 0:<br />

Pondo n ~ 1:<br />

Pondo n ~ 2:<br />

Pondo n ~ 3:<br />

Co<br />

, I · 2<br />

c~=---<br />

c,<br />

C3 = ---<br />

2·3<br />

c,<br />

C4 = - -- ~ _ __:::::_ __<br />

3·4 1·2·3·4<br />

C3<br />

C1<br />

cs=---~<br />

4·5 2·3·4·5<br />

Co<br />

4'<br />

c,<br />

5!<br />

Pondo n ~ 4:<br />

Pondo n ~ 5:<br />

C4 Co Co<br />

c6=---~<br />

5. 6 4! 5. 6 6!<br />

C! C!<br />

C7 =- = -~<br />

6·7 5!6·7 7'<br />

Até agora vemos o seguinte padrão:<br />

para os coeficientes pares, c,, ~ (-I)" ( )<br />

2n!<br />

para os coe fi cientes . 1mpares, • ( I)" c,<br />

Czn + 1 = - ( )<br />

2 n+l!<br />

Pondo esses valores na Equação 2, escrevemos a solução como<br />

(<br />

x 2 x 4 x 6 x 2 ' )<br />

~Co I - 2J + 4! - 6J + .. · + (-I)" ( 2<br />

n)! + .. ·<br />

(<br />

x3 xs x7 x2n+l )<br />

+C X--+---+"·+ (-1)" __::___ + "•<br />

' 3! 5! 7! (2n + l)!<br />

Note que há duas constantes arbitrárias, c 0 e c 1 •


' I<br />

James Stewart CAPÍTULO 17 EQUAÇÕES DIFERENCI.A.IS DE SEGUNDA ORDEtv1 1161<br />

NOTA 1 c Reconhecemos a série obtida no Exemplo 1 como sendo a série de Maclaurin<br />

para cos x e sen x. (Veja as Equações l L !0.16 e 1 L 1 0.15.) Portanto, podemos escrever a<br />

solução como<br />

y(x) =cocos x + c 1 senx<br />

Entretanto, em geral não somos capazes de expressar soluções das equações diferenciais<br />

em série de potência em termos de funções conhecidas.<br />

EXEMPLO 2 c: Resolva y" - 2xy' + y - O.<br />

SOLUÇÃO Vamos assumir que haja urna solução da forma<br />

y =<br />

L c,x"<br />

n=O<br />

Então y' = 2:, nc,x"- 1<br />

n=J<br />

e y"- L n(n - l)c,x" 2 - L (n + 2)(n + 1Jc,~:x"<br />

n=2 n=O<br />

como no Exemplo l. Substituindo na equação diferencial, obtemos<br />

L (n + 2)(n + l)c,nx" - 2x L nc,x' 1 + L c,x" -O<br />

n=O n=l n=O<br />

L (n + 2)(n + 1)c,+,x" - L 2nc,x" + L c,x" - O<br />

n=l<br />

n=O<br />

2: 2nc,x-· = 2: 2nc,x<br />

,--"1><br />

L [(n + 2)(n + l)c,+l - (2n - l)c,]x"- O<br />

n=O<br />

Essa equação estará satisfeita se o coeficiente de x" for 0:<br />

(n + 2)(n + I )c,+, - (2n - l)c,- O<br />

2n - 1<br />

Cn+ 2 = -,-----,-.,----,- C<br />

(n + l)(n + 2) "<br />

n = O, 1, 2, 3, ...<br />

Resolvemos essa relação de recursão pondo n = O, 1, 2, 3, ... sucessivamente na<br />

Equação 7:<br />

Pondo n- 0:<br />

Pondo n- 1:<br />

Pondon- 2:<br />

3 3 3<br />

C4 = ~ C2 = - l • 2<br />

• 3<br />

, 4<br />

Co = -<br />

41 Co<br />

Pondo n- 3:


1162 ,--1 CÁLCULO Editora Thomson<br />

Pondo<br />

Pondo<br />

7 3 . 7 3·7<br />

n = 4: co= -_--c4 = c- ---c<br />

) . 6 4! 5 '6 G- 6! -0<br />

9 l . 5 . 9 l . 5. 9<br />

n ~ 5: c7 =--c'i =<br />

~<br />

6. 7 .<br />

c, c,<br />

5'6. 7 7!<br />

li 3. 7. I J<br />

Pondo n ~ 6: Cs = 7:sc6 = Co<br />

8'<br />

Pondo<br />

13 I . 5. 9. 13<br />

n ~ 7: c9 =wc7 = CJ<br />

9'<br />

Em geral, os coeficientes pares são dados por<br />

Cz, =<br />

3 • 7 · li · · · · · ( 4n - 5)<br />

(2n)!<br />

Co<br />

e os coeficientes ímpares são dados por<br />

I • 5 · 9 • · · · · (411 - 3)<br />

(211 + l)l<br />

A solução é<br />

I · 5<br />

5'<br />

+ l . 5. 9<br />

7!<br />

- .. ·)<br />

I · 5 · 9 · 13 9 •• ·)<br />

+ ·x +<br />

9!<br />

ou<br />

y ~ co(! - l<br />

2!<br />

- 3 • 7 •...• (411 - 5) • )<br />

- 2: x'"<br />

,., (2n)'<br />

NOTA 2 o No Exemplo 2, supusemos que a equação diferencial tinha uma solução em<br />

série. Mas agora podemos verificar diretamente que a função dada pelo Equação 8 é de<br />

fato uma solução.<br />

NOTA 3 o Ao contrário da situação do Exemplo 1, a série de potência que surge na<br />

solução do Exemplo 2 não define funções elementares. As funções<br />

1 • ' 3 · 7 · · · · · (4n - 5) ,<br />

y 1 (x) ~ I - - x· - 2: x-"<br />

2! ,., (2n)!<br />

e y,(x) ~ x + i; l · 5 • 9 · · · · · (4n - 3)<br />

,.1 (2n + !)!<br />

--Ai


James Stewart CAPÍTUlO 17 EQUAÇÕES DIFERENCiAIS DE SEGUNDf\ ORDE!Vl Cl 1163<br />

-8<br />

são perfeitamente boas, entretanto não podem ser expressas em termos das funções familiares.<br />

Podemos usar essas expressões de série de potência para y 1 e y 2 para computar os valores<br />

aproximados das funções e até mesmo seus gráficos. A Figura 1 mostra as duas primeiras<br />

somas parciais T 0 , T 2 , T 4 , •.• (polinômios de Taylor) para y 1 (x), e vemos como eles convergem<br />

para y 1 • Dessa maneira podemos fazer ambos os gráficos y 1 e Y2 na Figura 2.<br />

NOTA 4 o Se formos solicitados a resolver o problema de valor inicial<br />

FIGURA 1 y" - 2xy' + y = O y(O) ~O y'(O) ~ 1<br />

15 devemos observar, do Teorema 11.10.5, que<br />

Co~ y(O) ~O c, ~ y'(O) ~ 1<br />

Isso deve simplificar os cálculos no Exemplo 2, uma vez que todos os coeficíente pares<br />

devem ser O. A solução para o problema de valor inicial é<br />

FIGURA 2<br />

~15<br />

y(x) = x + 2:<br />

1]=1<br />

1 · 5 · 9 · · · · · (4n - 3)<br />

(2n + 1)!<br />

x2"+J<br />

l-i ·j Use as séries de potência para resolver a equação diferenciaL 11. y" + x'y' + xy ~O. y(O) ~O. y'(O) ~ I<br />

1. y' - )' = o<br />

2. y' = xy<br />

12. A solução do problema de valor inicíal<br />

··r:-'3~5 y' = x 1 y<br />

4. (x - 3)y' + 2y ~ O<br />

y(O) ~ 1<br />

5. y"+xy' +y=O<br />

6. y" = y<br />

y'(O) ~ O<br />

7. (x' + l)y" + xy' - y ~ O<br />

8. y"=xy<br />

é chamada função de Bessel de ordem O.<br />

(a) Resolva o problema de valor inicial para determinar uma<br />

expansão em série de potêncía da função de Bessel.<br />

y" - xy' - y ~O, y(O) ~ I, y'(O) ~ O<br />

(b) Faça o gráfico de vários polinômios de Taylor até atingir<br />

um que pareça uma boa aproximação para a função de<br />

10. y" + x 2 y ~ O, y(O) ~ !. y'(O) ~ O<br />

Bessel em um intervalo [-5, 5] .<br />

.....<br />

VERIFICAÇÃO<br />

DE CONCEITOS<br />

1. (a) Escreva a forma geral de uma equação diferencial linear de<br />

segunda ordem com coeficientes constantes.<br />

(b) Escreva a equação auxiliar.<br />

(c) Como você usaria as raízes da equação auxiliar para<br />

resolver a equação diferencial Escreva a forma da solução<br />

para cada um dos três casos que podem ocorrer.<br />

2. (a) O que é um problema de valor inicial para uma equação<br />

diferencial de segunda ordem<br />

(b) O que é o problema de contorno para tal equação<br />

3. (a) Escreva a forma de uma equação diferencial linear de segunda<br />

ordem não~homogênea com coeficientes constantes.<br />

(b) O que é uma equação complementar Como ela pode<br />

ajudar a resolver a equação diferencial original<br />

(c) Explique o funcionamento do método dos coeficientes a<br />

serem determinados.<br />

( d) Explique o funcionamento do método da variação dos<br />

parâmetros.<br />

4. Discuta duas aplicações das equações diferenciais lineares de<br />

segunda ordem.<br />

5. Como você usaria as séries de potência para resolver uma<br />

equação diferencial


1164 L::J CÁlCUlO Editora Thomson<br />

TESTES FALSO-VERDADEIRO<br />

Determine se o enunciado é fa!so ou verdadeiro_ Se for verdadeiro, explique por<br />

quê. Se for falso, explique por que ou dê um exemplo que invalide o enunciado<br />

1. Se )'1 e y 2 forem soluções y" + y =O, então }'1 + }'2 também é<br />

uma solução da equação.<br />

2. Se y 1 e y 2 forem soluções de y" + 6y' + 5y = x, então<br />

c1 J' 1 + c 2 y 2 também é uma solução da equação.<br />

3. A solução geral de y" ~ y = O pode ser escrita como<br />

y = C! cosh x + c 2 senhx<br />

4. A equação y" - y = e' tem uma solução particular da fonna<br />

Yr = Ae"<br />

EXERCÍCIOS<br />

Resolva a equação diferencial.<br />

1. y" - 2y' - 15y = o<br />

2. y" + 4y' + !3y ~ o<br />

3. y" + 3y =o<br />

4. 4y" + 4y' + y = o<br />

d 2 v dy •<br />

5. d;' - 4 dx + 5y ~e"'<br />

d 2 v dy<br />

6. -·-, + ~ - 2y = x 2<br />

dx" dx<br />

d\· dv<br />

7. -·-- 2-· +v= xcosx<br />

dx 2 dx -<br />

d"y<br />

8. -- + 4y = scn 2x<br />

dx 2<br />

d 2 y dy -h<br />

9. -- - - - 6v ~ l + e<br />

dx 2 dx -<br />

d'y<br />

10. dx 2<br />

+ y = cossecx, O< x < 1r/2<br />

~--14 - Resolva o problema de valor iniciaL<br />

11. y" + 6y' ~ O, y(l) ~ 3, y'(l) ~ 12<br />

12. y" - 6y' + 25y ~ O, y(O) ~ 2, y'(O) ~ l<br />

13. y" - 5y' + 4y ~ O, y(O) ~O, y'(O) ~ l<br />

14. 9y" + y ~ 3x +e-', y(O) ~ l, y'(O) ~ 2<br />

15. Use a série de potência para resolver o problema de valor inicial.<br />

y"+xy'+y=O y(O) ~ O y'(O) ~ l<br />

16. Use a série de potência para resolver a equação<br />

y" - xy' ~ 2y = O<br />

17. Um circuito em série contém um resistor com R'= 40 !1, um<br />

indutor com L = 2 H, um capacitar com C = 0,0025 F e uma<br />

bateria de 12 V. A carga inicial é Q = 0,01 C e a corrente<br />

inicial é O. Detennine a carga no instante t.<br />

18. Uma mola com uma massa de 2 kg tem uma constante de<br />

amortecimento 16, e uma força de 12,8 N mantém a mola<br />

esticada 0,2 m além de seu comprimento originaL Determine<br />

a posição da massa no instante t se ela iniciar na posição de<br />

equilíbrio com velocidade de 2,4 m/s.<br />

19. Suponha que a Terra seja uma esfera sólida de densidade<br />

uniforme com massa Me raio R = 3,960 mi. Para uma<br />

partícula de massa m a uma distância r a partir do centro da<br />

Terra e dentro dela, a força gravitacional que atrai a partícula<br />

para o centro é<br />

-GM,m<br />

Fr = ,<br />

r-<br />

onde G é a constante gravitacional e Mr é a massa de Terra<br />

dentro de uma esfera de raio r.<br />

-GMm<br />

(a) Mostre que Fr =--R-,- r.<br />

(b) Suponha que um buraco seja perfurado na Terra ao longo<br />

do diâmetro. Mostre que, se uma partícula de massa m for<br />

deixada cair a partir do repouso desde a superfície para<br />

dentro do buraco, então a distância y = y(t) da partícula a<br />

partir do centro da Terra no instante t é dada por<br />

y"(t) ~ -k 2 y(t)<br />

onde k' ~ GM/ R' ~ g/R.<br />

(c} Conclua a partir da parte (b) que a partícula está submetida<br />

a um movimento harmônico simples. Encontre o período T.<br />

(d) Com que velocidade a partícula passa através do centro<br />

da Terra


1<br />

1<br />

Apêndices<br />

F<br />

G<br />

H<br />

Provas de Teoremas A2<br />

Números Complexos A5<br />

Respostas dos Exercícios de Números Ímpares A13


A2 CÁlCUlO Editora Thomson<br />

Provas de Teoremas<br />

W:>JS.~S.':':::SY!f, C_io'S!!§-'S:ikSOUMYXBF:ú '-!-FYCC!/'_-;_c;,_-,_,x;.<br />

'L8<br />

A fim de provar o Teorema 11.8.3, precisamos primeiro dos seguintes resultados:<br />

1. Se uma série de potência I cnx" convergir quando x = b (onde b r" 0), então<br />

ela converge quando I x I < I h 1.<br />

2. Se uma série de potência 2: c ,xn divergir quando x = d (onde d # O), então ela<br />

diverge quando I x I > I dJ.<br />

lJ;-- "''- 1 E :í2 Suponhamos que L cnb 11 convirj·a. Então, pelo Teorema 11.2.6, temos<br />

limn-4"' c,bn =O. De acordo com a Definição 11.1.2 com e= 1, existe um inteiro positivo<br />

N tal que I c, h" I < I sempre que n ;;, N. Assim, para n ;;, N, temos<br />

c x"l ~ lc,b"x" I~ I c b"ll/!.::_[" n ] dI, então L CnX" não pode convergir, pois, pela parte 1, a convergência de L c,x"<br />

implicaria a convergência de 2: c,d". Portanto, :Z c,x" diverge quando I x I > I dI·<br />

Pn:Pia<br />

Para uma série de potência L c,x" há apenas três possibilidades:<br />

A série converge somente quando x = O.<br />

2. A série converge para todo x.<br />

3. Existe um número positivo R tal que a série converge se J x I < R e diverge se<br />

lxl >R.<br />

Suponhamos que não ocorram os casos 1 e 2. Então existem números não nulos b e<br />

d tais que 2 cnx" converge para x = b e diverge para x = d. Portanto o conjunto<br />

S = {x] L c,x" converge} é não vazio. Pelo teorema precedente, a série diverge se<br />

I x I > I d I, assim, I x I ,; I d I para todo x E S. Isso nos diz que I dI é um limite superior<br />

para o conjunto S. Então, pelo Axioma da Completitude (veja a Seção 11.1), S tem um<br />

limite superior mínimo R. Se I x I > R, então x $ S, assim, 2: c,x" diverge. Se I x I < R,<br />

então j x I não é um limite superior paraS, e, portanto, existe b E S tal que b > I x j. Como<br />

b E S, 2: cnb'~ converge, e assim, pelo teorema precedente, L cnx" converge.<br />

[1] TtHuema Para uma série de potência 2 c,;(x - at temos somente três<br />

possibilidades:<br />

1. A série converge somente quando x = a.<br />

2. A série converge para todo x.<br />

3. Existe um número positivo R tal que a série converge se I x - a j < R e diverge<br />

se lx-ai> R.


James Stewart APÊNDiCE F PROVAS DE TEOREMAS LJ A3<br />

Prova Se fizermos a mudança de variável u = x -<br />

a, então a série de potência fica<br />

I. C nu" e podemos aplicar nela o teorema precedente. No caso 3, temos convergência<br />

para I u I < R e divergência para I u I > R. Assim, temos convergência para I x ~ a I < R<br />

e divergência para I x ~ a I > R.<br />

T0orem8 de Clairawt Suponhamos que f seja definida em urna bola aberta D que<br />

contenha o ponto (a, b). Se as funções fq e fyx forem ambas contínuas em D,<br />

então f,,( a, b) ~ J;ia, b).<br />

P>"üVZ Para valores pequenos de h, h oi=- O, considere a diferença<br />

D.(h) ~[!(a + h, h + h) ~f( a + h, b)] ~ [f( a, b + h) ~f( a, h)]<br />

Observe que, se fizermos g(x) ~ f(x, b + h) ~ f(x, b), então<br />

!;.(h) ~ g(a + h) ~ g(a)<br />

Pelo Teorema do Valor Médio, existe um número c entre a e a + h tal que<br />

g(a + h) ~ g(a) ~ g'(c)h ~h[};( c, b + h) ~h( c, b)]<br />

Aplicando o Teorema do Valor Médio, novamente, dessa vez em fx, , obtemos um<br />

número d entre b e b + h tal que<br />

Combinando essas equações, obtemos<br />

j;(c, h +h) ~ j;(c, b) ~ j;,(c, d)h<br />

!;.(h) ~ h'j;y(c, d)<br />

Se h-> O, então (c, d)-> (a, b), assim, da continuidade de j;, em (a, b) resulta<br />

Analogamente, escrevendo<br />

. !;.(h) .<br />

hm -,- ~ hm f,,( c, d) ~ j;y(a, h)<br />

h--->0 Jz~ (c.d)~->(a,h)<br />

D.(h) ~[!(a + h, b + h) ~ f(a, b + h)] ~ [!(a + h, b) ~f( a, b)]<br />

e usando o Teorema do Valor Médio duas vezes, bem como a continuidade de f,x em<br />

(a, b), obtemos<br />

Segue que j;,(a, h) ~f,,( a, b).<br />

. !;.(h)<br />

hm -h, ~ J,ia, h)<br />

h~o<br />

[!] TtmrBms Se as derivadas parciais fx e h existirem próximo de (a, b) e<br />

cot1tín.uas em (a, b), então fé diferenciável em (a, b).<br />

fimva Seja<br />

D.z ~f( a + fu:, b + D.y) ~ f(a, b)


A4 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

De acordo com (14.4.7), para provar que fé diferenciável em (a, b), temos de mostrar<br />

que podemos escrever Llz na forma<br />

Ll.z ~ JAa, h) Ll.x + J;(a, h) Ll.y + Et Ll.x + e, Ll.y<br />

onde e 1 e e 2 --> O quando (Ll.x, Ll.y) -> (0, 0).<br />

Com referência à Figura 4, escrevemos<br />

Ll.z ~ [J(a + Ll.x, h + Ll.y) -f( a, b + Ll.y)] + [f( a, b + Ll.y) -f( a, h)]<br />

{a+8x,b+.cly)<br />

(u.b+8y)<br />

FIGURA 4<br />

Observe que a função de uma única variável<br />

g(x) ~ f(x, h + Ll.y)<br />

está definida no intervalo [a, a + Ll.x] e g'(x) ~ j;(x, b + Ll.y). Se aplicarmos o Teorema<br />

do Valor Médio para g, obteremos<br />

g(a + Ll.x) - g(a) ~ g'(u) Ll.x<br />

onde u é algum número entre a e a + ó.x. Em tennos de f, essa equação toma-se<br />

f( a + Ll.x, b + Ll.y) -f( a, b + Ll.y) = /Au, h + Ll.y) Ll.x<br />

Essa equação nos fornece uma expressão para a primeira parte do lado direito da<br />

Equação 3. Para a segunda parte, fazemos h(y) ~ f(a, y). Então h é uma função de uma<br />

única variável definida em um intervalo [b, b + Ll.y] e h'(y) ~ J;(a, y). Uma segunda<br />

aplicação do Teorema do Valor Médio nos dá<br />

h(b + Ll.y) -<br />

h(b) ~ h'(v) Ll.y<br />

onde v é algum número entre h e b + Ll.y. Em termos de f, isso fica<br />

f( a, h + Ll.y) - J(a, h) ~ f,(a, v) Ll.y<br />

Substituímos agora essas expressões na Equação 3 e obtemos<br />

Ll.z ~ f,(u, b + Ll.y) Ll.x + f,(a, v) Ll.y<br />

= j;(a, b)Ll.x + [.f;(u, b + Ll.y) - fla, b)] Li.x +f,( a, b) Ll,y<br />

+ [f,( a, v) - f,(a, b)] Ll.y<br />

~};(a, b) Ll.x + f,(a, b) Li.y + s, Ll.x + Ez Ll.y


James Stewart APENDICE G NÚMEROS COMPLEXOS [:; A5<br />

onde<br />

s, ~ f,(u, b + Li.y) - üa, b)<br />

e 2 ~ f(a, v) - fJa, b)<br />

Uma vez que (u, b + Li.y)--;. (a, b) e (a, v)-+ (a, b) quando (Li.x, Li.y) ->(O, O) e como f, e<br />

}; são contínuas em (a, b), vemos que e, -+O e e,--;. O quando (Li.x, Li.y) --;.(O, O).<br />

Portanto fé diferenciável em (a, b).<br />

~'fr',G<br />

Números Complexos<br />

" ~4 +- 2i<br />

o<br />

0 2 + 3i<br />

,-, 3 2i<br />

R c<br />

Um número complexo pode ser representado por uma expressão da forma a+ hi, onde a<br />

e b são números reais e i é um símbolo com a propriedade de que i 2 = ~ 1. O número<br />

complexo a + bi pode também ser representado pelo par ordenado (a, b) e desenhado como<br />

um ponto em um plano (chamado plano Argand), como na Figura 1; assim, o número com~<br />

plexo i~ O + I , i está identificado como o ponto (0, 1).<br />

A parte real do número complexo a + bi é o número real a, e a parte imaginária é o<br />

número real b. Assim, a parte real de 4 -<br />

3i é 4 e a parte imaginária é -3. Dois números<br />

complexos a + bi e c + di são iguais se a = c e b = d, isto é, se suas partes reais forem<br />

iguais e suas partes imaginárias forem iguais. No plano de Argand, o eixo horizontal é<br />

chamado eixo real, ao passo que o eixo vertical é denominado eixo imaginário.<br />

A soma e a diferença de dois números complexos são definidas pela soma ou<br />

subtração de suas partes reais e imaginárias:<br />

(a + bi) + (c +di) ~ (a + c) + (b + d)i<br />

(a + bi) - (c + di) ~ (a - c) + (b - d)i<br />

FIGURA 1<br />

Números complexos como pontos<br />

no plano de Argand<br />

Por exemplo,<br />

(I - i) + (4 + 7i) ~ (I + 4) + ( -1 + 7)i ~ 5 + 6i<br />

O produto de números complexos é definido de forma que as propriedades comutativa e<br />

distributiva usuais se mantenham:<br />

(a + bi)(c + di) ~ a(c + di) + (bi)(c + di)<br />

= ac + adi +hei + bdi 2<br />

Uma vez que i 2 =<br />

-1, isso fica<br />

(a + bi)(c +di)~ (ac - bd) + (ad + bc)i


A6 '-' CÁLCULO Editora Thomson<br />

(-l + 3i)(2- Si)= (-l)(2- Si)+ 3i(2- Si)<br />

= -2 + Si + 6i - lS( -l) = 13 + I li<br />

A divisão entre números complexos se parece muito com a racionalização do denominador<br />

de uma expressão racionaL Para um número complexo z = a + bi, definimos seu<br />

complexo conjugado como Z = a - bi. Para encontrar o quociente de dois números<br />

complexos, multiplicamos o numerador e o denominador pelo complexo conjugado<br />

do denominador.<br />

EXEMPLO 2 -<br />

Expresse o número<br />

-1 + 3i<br />

2 +Si<br />

na forma a + bi.<br />

SOLUÇÃO Multiplicando-se o numerador e o denominador pelo complexo conjugado de<br />

2 + Si, isto é, 2 - Si, e levando-se em conta o resultado do Exemplo l:<br />

-1 + 3i<br />

2 +Si<br />

-1 + 3i<br />

2 +Si<br />

11<br />

29<br />

Im<br />

z =a+ bi<br />

A interpretação geométrica do número complexo está na Figura 2: Z é a reflexão z em<br />

torno do eixo real. Uma lista das propriedades do complexo conjugado é apresentada a<br />

seguir. As provas seguem da definição e serão requisitadas no Exercício 18.<br />

o<br />

-i<br />

"Z=a-bi<br />

R e<br />

Propriedades dos Conjugados<br />

z+w=Z+W<br />

zw = z w<br />

FIGURA 2<br />

lml<br />

bi I<br />

'<br />

o<br />

FIGURA 3<br />

z =a+ bi<br />

i<br />

ib<br />

I<br />

a<br />

O módulo, ou valor absoluto, I z I de um número complexo z = a + bi é sua distância<br />

até a origem. Da Figura 3, vemos que, se z = a + bi, então<br />

Observe que<br />

e portanto<br />

zZ = (a + bi)(a - bi) = a 2 + abi- abi- b 2 i 2 = a 2 + b'<br />

Isso explica por que o processo de divisão no Exemplo 2 funciona em gerai:<br />

z zw zw<br />

-=--=--<br />

w ww I wl'<br />

Uma vez que i 2 = -1, podemos pensar i como a raiz quadrada de -1. Note, porém, que<br />

também temos ( -i)Z = i 2 = -1. e portanto -i é igualmente uma raiz quadrada de -1.


James Stewart APÊNDICE G NWAEROS COMPLEXOS r::: A7<br />

Dizemos que i é a raiz quadrada principal de -1 e escrevemos j=T = i. Em geral, se c<br />

for um número positivo, escrevemos.<br />

Com essa convenção, a dedução usual e a fórmula para as raízes de urna equação<br />

quadrática ax 2 + bx + c = O são válidas mesmo que b 2 - 4ac < 0:<br />

x=<br />

-h± yb' 4ac<br />

2a<br />

Ache as raízes da equação x 2 + x + l = O.<br />

SOLUÇÃO Usando a fórmula quadrática, temos<br />

-1:':,;=3<br />

2<br />

-1 :': /3i<br />

2<br />

Observamos que as soluções da equação no Exemplo 3 são conjugadas complexas uma<br />

da outra. Em geral, as soluções de qualquer equação quadrática ax 2 + bx + c = O com<br />

coeficientes reais a, b e c são sempre conjugadas complexas. (Se z for real, Z = z, logo z<br />

é a sua própria conjugada.)<br />

Vimos que, se permitirmos números complexos como soluções, então toda equação<br />

quadrática possui uma solução. Mais geralmente, é verdade que toda equação polinomial<br />

de grau no mínimo 1 tem uma solução entre os números complexos. Esse fato é conhecido<br />

como Teorema Fundamental da Álgebra e foi provado por Gauss.<br />

Forma Polar<br />

lm<br />

Sabemos que qualquer número complexo z = a + bi pode ser considerado como um ponto<br />

(a, b) e que tal ponto pode ser representado em coordenadas polares (r, O) com r ~ O. De fato,<br />

a= rcos e b=rsene<br />

como na Figura 4. Portanto, temos<br />

o a Re<br />

FIGURA 4<br />

z =a+ bi = (rcos O)+ (rsen O)i<br />

Assim, podemos escrever qualquer número complexo z na forma<br />

z = r(cos 8 + isen 8)<br />

onde r= lzl = e<br />

b<br />

tg e=­ a<br />

O ângulo e é chamado argumento z, e escrevemos 8 = arg(z). Note que arg(z) não é<br />

único; quaisquer dois argumentos dez diferem entre si por um múltiplo inteiro de 21T.


A8 CÁLCULO Editora Thomson<br />

EXfMPLO 4<br />

(a) z ~ I + i<br />

Escreva os números a seguir na forma polar.<br />

(b) w ~ ,/3 - i<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Temos que r = lz I = -J F + F = /2 e tg () = 1; assim, podemos tomar (} = 7T/4<<br />

Logo, a forma polar é<br />

~( 7T 7T)<br />

z = \2 cos 4 +i sen 4<br />

(b) Aqui temos r= I U} I = v''J+l = 2 e tg e= -1/\:3. Uma vez que w está no<br />

quarto quadrante, tomamos e = - ír/6 c<br />

FIGURA 5<br />

A forma polar dos números complexos nos dá uma interpretação interessante para a<br />

multiplicação e a divisão. Sejam<br />

dois números complexos escritos na forma polar. Então<br />

Z1Z2 = r1r2(cos 8 1 + i sen 81 )(cos 82 + i scn 8:)<br />

~ r,r,[(cos e, cose, - sen e, sen e,) + i(sen e, cose, + cose, sen e,)]<br />

Portanto, usando as fórmulas de adição para seno e cosseno, temos<br />

R e<br />

w<br />

L__ ___ z,_z_,_~ __ r,_~_[_co_s_


l<br />

James<br />

Stewart APÊNDICE G NÚMEROS COMPLEXOS A9<br />

Ache o produto dos números complexos 1 + i e J3 - i na forma polar.<br />

SOLUÇÃO Do Exemplo 4, temos<br />

~ ( 7T<br />

l+i=,i2 cos 4 + isen ; )<br />

e<br />

Assim, pela Equação I,<br />

(I + i) ( ,3 i- - i ) ~ 2,2 '[ c os (7T ~ - ~ 7T). + i sen (7! --<br />

4 6 ,4 ;)]<br />

Is.so está ilustrado na Figura 7.<br />

= 2,.'2 ~( cos U 7T + i sen -")<br />

12<br />

O uso repetido da Fónnula I mostra como computar as potências de um número complexo. Se<br />

z ~ r(cos e + i sen e)<br />

então z 2 ~ r 2 (cos 2e + i sen 2e)<br />

e z 3 ~ zz 2 ~ r 3 (cos 3e + i sen 3e)<br />

Em geral obtemos o seguinte resultado, cujo nome é uma homenagem ao matemático<br />

francês Abraham De Moivre (1667-1754),<br />

Se z = r(cos 8 + i sen O) e n for um inteiro positivo, então<br />

z" ~ [r(cos e+ i senO)]"~ r"(cos ne + i sen nO)<br />

Isso nos diz que, para elevar à n-ésima potência um número complexo ..<br />

n-ésima potência o módulo e multiplicamos o argumento por n.<br />

elevamos à<br />

SOLUÇÃO Uma vez que l + li ~ l (l<br />

forma polar<br />

+ i), segue do Exemplo 4(a) que l + li tem a<br />

I I<br />

2 2<br />

-+-i~<br />

Assim, pelo Teorema de De Moivre:<br />

(<br />

7T 1T)<br />

cos- + isen ~<br />

2 4 4<br />

(±+±r~(;r(cos ~~7T + isen ~~1T)<br />

= ~ (cos 571 + i sen Sr,) ~ - 1 - i<br />

2' 0 2 2 32


A10 CÁLCULO Editora Thomson<br />

O Teorema de De Moivre também pode ser usado para encontrar as raízes n-ésimas de números<br />

complexos. Uma raíz n-ésima de um número complexo z é um número complexo w tal que<br />

Escrevendo esses dois números na forma polar como<br />

w = s(cos q, + i sen ) e z = r(cos e + i sen e)<br />

e usando o Teorema de De Moivre, obtemos<br />

s"(cos n + i sen n) = r(cos e + i sen O)<br />

A igualdade desses dois números complexos mostra que<br />

s" =r ou<br />

s = rl-'n<br />

e cos n


James Stewart<br />

APÊNDICE G NÚMEROS COMPLEXOS<br />

A11<br />

!m<br />

FIGURA 8<br />

As seis raízes sextas de z = ---8<br />

o<br />

wü<br />

Obtemos as seis raízes sextas de -8 fazendo k =O, 1, 2, 3, 4 e 5 nesta fórmula:<br />

w0 ~ 8 11'(cos; + isen ;) ~ j2( j: + };)<br />

w 1 = 8 'i , '( cos - 7T + i sen- 7T) = !2 ~ i<br />

2 2 '<br />

w~ = gut cos- 57T<br />

( + isen- 57T)<br />

~ 6 6<br />

+ 1 i)<br />

2 2<br />

w,<br />

, ( 771' 771')<br />

= 8 1· 6 cos6 + isen6<br />

w., t'o( 371' , 31T) r,<br />

= 8' cos 2 + 1scn2 = ~,.'21<br />

ws = 8 ''( ;. cos- ll7T - + isen- ll1T) - = J2 '(!3 l ')<br />

6 6 2<br />

- 2i<br />

Todos esses pontos estão sobre a circunferência de raio J2, como na Figura 8.<br />

Exponencial Complexa<br />

Precisamos também dar um significado para a expressão e' quando z = x + iy for um<br />

número complexo. A teoria das séries infinitas desenvolvida no Capítulo li pode ser estendida<br />

para o caso onde os termos são números complexos. Usando a série de Taylor para ex<br />

(I LIO,ll) corno guia, definimos<br />

z2<br />

zJ<br />

+z+-+-+<br />

2' 3!<br />

e resulta que essa função exponencial complexa tem as mesmas propriedades que a função<br />

exponencial real. Em particular, é verdade que<br />

Se fizermos z = iy, onde y é um número real, na Equação 4, e usarmos o fato de que<br />

obteremos e 'Y = 1<br />

, (iy)' (iy)l (iy)' (iy)'<br />

+ 'Y + -- + -- + -- + -- +<br />

2! 3! 4! 5!<br />

~ 1 + iy- -i<br />

2! 3!<br />

~ (]- 2! + 4!<br />

= cosy + iseny<br />

y6<br />

--+<br />

6!


A12 ':J CÁLCULO Editora Thomson<br />

Usamos aqui as séries de Taylor para cos y e sen y (Equações ll.l0.16 e 11.10.15). O<br />

resultado é uma famosa fórmula chamada fórmula de Euler:<br />

e'Y = cosy + isenJ'<br />

Combinando a fórmula de Euler com a Equação 5, obtemos<br />

Calcule:<br />

(a) e''<br />

SOLUÇÃO<br />

(a) Da Equação de Euler (6), temos<br />

(b) Usando a Equação (7), obtemos<br />

e''~ cos 7T + i sen 7T ~ -1 + i( O) ~ -1<br />

Podíamos ter escnto o resultado do<br />

Exempio 8(a) como<br />

e'"+ I<br />

Essa equação relaciona os cinco<br />

números mais famosos em toda a<br />

matemática: O, 1, e, i e 1r<br />

O<br />

1 i<br />

~-(O + i(l)] ~-<br />

e<br />

e<br />

Finalmente, notamos que a equação de Euler nos fornece um meio mais fácil de provar<br />

o Teorema de De Moivre:<br />

[r(cos 8 + i sen 8)]" ~ (re")" ~ r"e'" 8 ~ r"(cos n8 + i sen n8)<br />

Exercícios<br />

Calcule a expressão e escreva sua resposta na forma<br />

a+ bi,<br />

l, (5 - 6i) + (3 + 2i)<br />

3. (2 + 5i)(4 - i)<br />

5. 12 + 7i<br />

7. 1 + 4i<br />

3 +li<br />

9.-l-<br />

1 + i<br />

11. i 3<br />

13 . .j -15<br />

dado.<br />

2. ( 4 - li) - (9 + li)<br />

4. (l - 2i)(8 - 3i)<br />

6. li(j - i)<br />

8.<br />

10.<br />

3 +li<br />

l - 4i<br />

3<br />

4- 3i<br />

14. A.J-!2<br />

Determine o complexo conjugado e o módulo do número<br />

15.11-5i 16. -I+ 1./ii 17. -4i<br />

18. Prove as seguintes propriedades dos números complexos:<br />

(a) z + w = Z + W (b) zw = Z W<br />

(c) zn = 2", onde n é um inteiro positivo<br />

[Dica: escreva z =a + bi, w =c + di.]<br />

'~&~2.t:, :..::: Determine todas as soluções da equação.<br />

19. 4x 2 + 9 =O 20. x 4 = 1<br />

21. x 2 + lx + 5 ~ O<br />

23. z 2 +z+2=0<br />

22. 2< 2 - lx + 1 ~ O<br />

24. z 1 + }z + 1 = O<br />

25~28 :_:Escreva o número na fonna polar com argumento entre O e 27f,<br />

25. -3 + 3i 26. I - }3i 27. 3 + 4i 28. Si<br />

_ Determine a forma polar para zw, z/w e 1/z colocando<br />

-zr;~.:;;:<br />

primeiro z e w na forma polar,<br />

29. z = J3 + i, w = 1 + Jji<br />

30. z ~ 4}3- 4i, w = 8i<br />

31. z = 2J3- 2i, w = -1 +i<br />

32. z~4(.j3 +i), w = -3- 3i


James Stewart APÊNDICE H RESPOSTAS DOS EXEP.CfCIOS DE NUfVIEROS ifvWf\Rr:.S A13<br />

33-35 --::: Determine as potências indicadas, usando o Teorema de<br />

De Moivre.<br />

33. O +i)'" 34. (I - ,!3W 35. (2,/3 + 2i)' 36. (I - iJ'<br />

37-40 :::3 Determine as raízes indicadas. Esboce as raízes no plano<br />

complexo.<br />

37, As raízes oitavas de 1 38. As raízes quintas de 32<br />

39. As raízes cúbicas de i 40. As raízes cúbicas de 1 +<br />

forem funções diferenciáveis de x, então a derivada deu está<br />

definida como u'(x) = f'(x) + ig'(x). Use isso junto com<br />

a Equação 7 para provar que, se F(xJ =e''. então F'(.Y) ·= re"<br />

quando r = a + bi for um número complexo.<br />

48. (a) Seu for uma função a valores complexos de uma variável<br />

real, sua integral indefinida J u(x) dx será uma antiderivada<br />

de u. Calcule<br />

41-46 Escreva o número na fonna a + bi.<br />

41. e • • 42. e •.,<br />

44. e m 45. e<br />

43. e •'<br />

46. e<br />

(h) Considerando as partes real e imaginária da integra! da<br />

parte (a), calcule as integrais reais<br />

J e'cosxdx e f e' scnxdx<br />

47. Se u(x) = j(x) + ig(x) for uma função a valores complexos de<br />

uma variável real x e as partes real e imaginária .f(x) e g(x)<br />

(c) Compare com o método usado no Exemplo 4 da Seção 7. i<br />

do Volume I.<br />

Respostas dos Exercícios de Números Ímpares<br />

Capítulo 9<br />

Exercícios 9,1 u<br />

3. (a) :':3 5. (b)e(c)<br />

7. (a) Deve ser O ou decrescente<br />

(c) y ~O (d) y ~ I/(x + 2)<br />

9. (a) O < P < 4200<br />

(b) >4200<br />

(c) P ~ o. P ~ 4200<br />

13. (a) No começo, fica positivo, mas depoís decresce<br />

(c)<br />

p::l--<br />

PiO;<br />

o L_ ________ ~<br />

Exercícios 9.2 rJ<br />

1. (a)<br />

(ii)<br />

'-""'":::~<br />

""""''""''<br />

"'''"""'<br />

(b) y ~o. y ~ 2,<br />

y~ -2<br />

3. IV<br />

7.<br />

11.<br />

I S.<br />

'<br />

'<br />

-I<br />

'<br />

'<br />

'<br />

'<br />

5. Ili<br />

' ' '3<br />

' ' ' ' '<br />

''<br />

'<br />

(b)<br />

I /- ..._<br />

'/'<br />

/-' '<br />

' '<br />

-<br />

·.<br />

-+-+>-<br />

~<br />

' ' ' ' '<br />

' ' '<br />

' ' '<br />

X<br />

9.<br />

13.<br />

' '<br />

\ \ \ -<br />

' ' -<br />

'"<br />

•. :;;=~l+\ \<br />

I I / - \<br />

/ /'<br />

I I<br />

~-~~-+--+-----+---~<br />

-}.//~--{_'. .... \\~X<br />

I • I --\_H-<br />

///////// ~~///////<br />

f!' I f/! {J f! J 'I! f I<br />

I -'-3<br />

(iii)


A14 c CÁLCULO Editora Tbomson<br />

17. -2 ::0::::: c :s:; 2: -2, o. 2<br />

(b) y ~ sen(x 3 ),<br />

~,,/Tf/2 ~X~ \/71"/2 r=senx'<br />

lI lI<br />

I\ I I I<br />

I I I J I I I;<br />

1 ~ c=- 3<br />

(c) Não<br />

23. cosy = cosx ~<br />

19. (a) (i) 1.4 (ii) 1,44 (iii) 1.4641<br />

(b) Yj ,_,c' Subestimado<br />

.I<br />

=0,1<br />

ur<br />

- lt =0.2<br />

!,4+<br />

I)+<br />

12 f<br />

::~T<br />

"'h= 0.4<br />

25. (a), (c)<br />

-· 2.5 '----<br />

0<br />

L.----' 2.S<br />

O 0.1 0.2 0.3 OA<br />

(c) (i) 0.09!8 (ii) 0,0518 (iii) 0,0277<br />

Evidencia-se que o erro é também dividido pela metade<br />

(aproximadamente).<br />

21. -1, -3, -6,5,-12,25<br />

25. (a) (i) 3 (ii) 2,3928 (iii)<br />

(c) (i) -0,6321 (ü) -0,0249<br />

(iv) -0,0002<br />

23. 1,7616<br />

2,3701 (i v) 2,3681<br />

(iii) -0,0022<br />

Evidencia-se que o erro é também dividido por 10 (aproximadamente).<br />

27. (a), (d) (b) 3<br />

Q<br />

6 I ' I<br />

(c) Sim; Q ~ 3<br />

(e) 2,77 C<br />

29. y 3 ~ 3(x + C)<br />

\ \ \ \ \<br />

\ \ \ \ \ \<br />

\ \ \ \ \<br />

11//1//<br />

2 I I I ! I I I I<br />

I I I I I I<br />

I I I<br />

I I I<br />

OI I<br />

Exercícios 9,3 o<br />

L y = Kx 3. y = Kvx 1 + 1<br />

S. y + 1n I sec y I ~ \x 3 + x + C<br />

7. y ~ :ty'[3(te' e' + C)]'/ 3<br />

9. u = Ae 2 '+t"/2 -<br />

11. y ~ tg(x - l)<br />

13. cosx + x senx = y 2 + ~e 3 >' + ~<br />

15. u = -Jt 2 + tg t + 25<br />

4a<br />

U. y=J3senx-a<br />

19. v~ 7c<br />

21. (a) sen- 1 y ~ x 2 +C<br />

31. Q(t) ~ 3 - 3e- 3 '; 3 33. P(t) ~ M - Me "; M<br />

35. (a) x ~a - 4/(kt + 2//Q)'<br />

(b) t ~ , 2 (tg'<br />

1<br />

I b - to-<br />

1<br />

I b -X)<br />

kia - b V a - b " V a - b<br />

37. (a) C(r) ~ (C 0<br />

- r/k)e' 1 ' + r/k<br />

(b) r/k; a concentração tende a r/k independentemente do valor de Co-<br />

39. (a) 15e-' 1100 kg (b) 15e- 0 • 2 = 12,3 kg 4!. g/k<br />

43. (a) dA/dt ~ ky'A (M-A)<br />

(b) A(t) ~ M[(CeJM"- 1)/(Ce!"'' + 1)] 2 , onde<br />

C~ (JM + ,fAo)/(JM- A) e A 0<br />

~ A(O)<br />

Exercícios 9.4 D<br />

1. Em torno de 235<br />

3. (a) 500 X 16'~' (b) =20,159<br />

(c) 18,631 células/h (d) (3 ln 60)/ln 16 = 4,4 h<br />

S. (a) 1508 milhões, (b) 1871 milhões, (c) 216! milhões


------------------------ ------------<br />

James Stewart APÊNDICE H RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DE NÚMEROS ÍMPARES U A15<br />

(d) 3972 milhões; guerra na primeira metade do século. expectativa<br />

de vida cresceu na segunda metade.<br />

7. (a) ce- 0·000 " (b) -2000 In 0,9 = 2!! s<br />

9. (a) 100 X 2 __ ,_ ·0 mg (b) = 9,92 mg (c) = 199,3 anos<br />

! 1. =2500 anos<br />

13. (a) = 137 "F<br />

15. (a) !3,3"C<br />

(b) =!16min<br />

(b)<br />

=67.74 mio<br />

17. (a) =64,5 kPa (b) =39,9kPa<br />

19. (a) (i) $ 3828,84 (ii) $ 3840,25 (iii) $ 3850,08<br />

(iv) $3851,61 (v) $3852,01 (vi) $3852,08<br />

(b) dA/dt = 0,05A, A(O) = 3000<br />

. 250 - 750ke' ''<br />

(e) P{t) = "- onde k = fi-, - ij<br />

1 - ke'· --'<br />

13. (b) p,<br />

1400<br />

!200<br />

o'--"~--~-_) 120<br />

21. (a) P(t) = (m/k) + (P 0 - m/k)e'' (b) m < kP 0<br />

(c) m = kP 0<br />

, m > kP 0<br />

(d) Declinando<br />

Exercícios 9.5 o<br />

I. (a) 100; 0,05<br />

(b) Onde P está perto de O ou 100; sobre a reta P =50;<br />

O< P 0<br />

< !00; P 0 > 100<br />

(c)<br />

O < P 0<br />

< 200: P ~ O; P 0 = 200: P ~ 200; Po > 200: P ---+ 1000<br />

m(K- p) + K(P ~ m_)eiK-m)\k/K)r<br />

( ) P(t) = o o<br />

_c K Po + (Po- m)eiK m)(k/K)!<br />

15. (a) P(t) = Poeu,:r)(scn(o-J"sen.P] (b) Não existe<br />

As soluções tendem a 100; algumas crescem e outras decrescem;<br />

algumas têm um ponto de inflexão, mas outras não; soluções<br />

com P 0<br />

= 20 e P 0<br />

= 40 têm pontos de inflexão em P = 50<br />

(d) P = O, P = 100; outras soluções afastam-se de P =O e na<br />

direção P = 100<br />

3. (a) 3,23 X !O' kg (h) =1,55 anos<br />

5. (a) dP/dt = Jl,P(I - P/!00), P em bilhões<br />

(b) 5,49 bilhões (c) Em bilhões: 7,81. 27,72<br />

(d) Em bilhões: 5,48, 7,61, 22,41<br />

7. (a) dy/dt = ky(l - y)<br />

(b) y = Yo/[yo +(I - Yo)e-"]<br />

(c) 3h36 da tarde<br />

11. (a) Peixes são pescados a uma taxa de 15 por semana.<br />

(b) Veja a parte (d) (c) P = 250, P = 750<br />

(d)<br />

p<br />

1200<br />

Exercícios 9.6 r;<br />

l. Não 3. Sim 5. y =}e-'+ ce·-2x<br />

7, y = x 2 1n I x I + Cx' 9. y = jJ;: + C/x<br />

11. y =~X+ Ce-x'- ~e-"' 1 J e-' 2 dx<br />

13. u = (t' + 2t + 2C)/[2(t + I)]<br />

15. y = -x- I + 3e'<br />

19. y= -xcosx~x<br />

21. y = sen x + (cos x)/x + C/x 6<br />

;,.,-,----=------------,<br />

25. y = :':[Cx' + 2/(5x)]-' 12<br />

27. (a) I(t) = 4- 4e " (b) 4- 4e-V 2 = 1,57 A<br />

29. Q(t) = 3(1 -e·''), l(t) = l2e""<br />

31. P(t) = M + ce-''<br />

o<br />

33. Y = looo + 21)- 4o.oooooo + ztt' 1 '; o,2275 kg/L<br />

O< P 0 < 250: P ~O; P 0 = 250: P----> 250; P 0 > 250: P----> 750 35. (b) mg/c (c) (mg/c)[t + (m/c)e"o!m] _ m'g/c'


------------------------------------<br />

A16 o CÁLCULO Editora Thomson<br />

Exercícios 9.7 o<br />

1. (a) x = predadores, y = presa; o crescimento está restrito<br />

apenas pelos predadores, que se alimentam somente das presas.<br />

(b) x = presas, y = predadores; o crescimento está restrito pela<br />

capacidade de produção e pelos predadores, que consomem<br />

apenas as presas.<br />

3. (a) A população de coelhos, no início em aproximadamente<br />

300, cesce até 2400 e então decresce, voltando para 300.<br />

A população de raposas, no início com 100, decresce até<br />

aproximadamente 20, cresce até por volta de 315 c decresce<br />

para 100. O ciclo então recomeça.<br />

(b) R;<br />

:zsoof<br />

2ooof<br />

!500 I<br />

wool<br />

l<br />

5001\<br />

Exercícios<br />

1, (a)<br />

ll<br />

(iv) 4 ::::: :::::<br />

(iíi)<br />

(b) O "' c "'4: y ~O, y ~ 2, y ~ 4<br />

3. (a) y(0,3) = 0,8<br />

S. Espécies 2<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

t= 2<br />

t=O,S<br />

r=l<br />

o 50 100 !50 200 250 Espécies J<br />

9. (a) A população estabiliza-se em 5000.<br />

(b) (i) W ~O, R~ 0: Populações zero.<br />

(i i) W = O, R = 5000: Na ausência de lobos, a população de<br />

coelhos é sempre de 5000.<br />

(iii) W = 64, R= 1000: Ambas as populações são estáveis.<br />

(c) As populações estabilizam-se em 1000 coelhos e 641obos.<br />

(d) RI ;w<br />

!500! w<br />

500<br />

o<br />

Capitulo 9 Revisão o<br />

Testes Falso-Verdadeiro<br />

1. Verdadeiro<br />

3. Falso<br />

S. Verdadeiro<br />

1. Verdadeiro<br />

R<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

(b) 0,75676<br />

(c) y = x e y =<br />

-x; há um máximo e um mínimo locais.<br />

S. y = Gx 2 + c)e-senx 7. y 3 + y 2 = cosx +X senx +c<br />

9. y ~ .j(lnx)' + 4 11. y ~ e·•Gx'~' + 3)<br />

13. y' - 2ln I y I + x' ~ C<br />

15. (a) 1000 X 3' (b) 27.000<br />

(c) 27.000 In 3 = 29.663 bactérias por hora<br />

(d) (In 2)/ln 3 = 0,63 h<br />

17. (a) C 0<br />

e-" (b) = 100 h<br />

19. (a) L(t) ~ L" - [L. - L(O)V''<br />

(b) L(t) ~ 53 - 43e- 02 '<br />

21. 15dias 23. k!nh +h~ (-R/V)t +C<br />

25. (a) Estabiliza-se em 200.000.<br />

(b) (i) x ~ O, y ~ 0: populações zero<br />

(ii) x = 200.000, y = 0: na ausência de pássaros,<br />

a população de insetos é sempre de 200.000.<br />

(iii) x = 25.000, y = 175: ambas as populações são estáveis.<br />

(c) A população estabiliza-se em 25.000 insetos e 175 pássaros.<br />

(d)<br />

45.000<br />

35.000<br />

25.000<br />

15.000<br />

5.000<br />

o,<br />

(insetos)<br />

(pássaros) t y<br />

+ 250<br />

27. (a) y ~ (!/k) cosh kx +a - 1/k ou<br />

y ~ (l/k) cosh lo; - (1/k} cosh kb + h<br />

(b) (2/k} senh kb


James Stewart APÊNDICE H RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DE NÚMEROS ÍMP.li,RES 11 A17<br />

Problemas Quentes o<br />

l. f(x) ~ :': !Oe'<br />

S. 20"C<br />

7. (b) f(x) ~ (x' -L')/(4L) - (L/2) ln(x/L) (c) Não<br />

9. (a) 9,8 h<br />

(b) 3L900rr = 100.000 pés'; 6283 pés'/h<br />

(c) 5,1 h<br />

ll. x' + (y - 6)' ~ 25<br />

Capítulo 10<br />

Exercícios 10.1 o<br />

I.<br />

I~" 5<br />

il + ,·s, 51<br />

3. (bi<br />

15. (a) y ~ l/x,x >O<br />

17. (a) r<br />

(b)<br />

/ = 0 -J<br />

~<br />

'<br />

5. (a)<br />

{-2,3)<br />

r=J<br />

{!, Sj<br />

t=2<br />

(b) )'=~X+ }-<br />

5 x 19. Move-se no sentido anti-horário sobre a circunferência xc + y" = l<br />

de (-I, 0) a (1, O)<br />

21. Dá uma volta completa no sentido horário sobre a elipse<br />

(x 2 /4) + (y~/9) = 1, começando e tcnnínando em (0, 3)<br />

23. Está contido no retângulo descrito por 1 ~ x ~ 4 e 2 ;S; y ~ 3.<br />

25.<br />

7. (a)<br />

9. (a)<br />

(-2.5)<br />

I~" 0<br />

;-8,-l)<br />

r=-1<br />

yt<br />

I<br />

o<br />

{7 'lli<br />

r= --3<br />

5<br />

r=:z<br />

{2, -3]1 CC' 4<br />

l J. (a) x 2 + y' ~ I, x"" O<br />

(b)<br />

";[i)~-·<br />

o<br />

y<br />

I '<br />

(0 li!<br />

!!4,-31<br />

r=4<br />

(b) x~j(y -5)'- 2,<br />

-3~y~ll<br />

(b) y~ l-x',x"'O<br />

13. (a) X + )' ~ !, Ü


A18 l"l CÁLCULO Editora Thomson<br />

41.<br />

'. 27. (a) dsenO/(r-dcosO) 29. (-5.6),(-'J'f.'/)<br />

31. 7rab 33. (ecil- 1)/2 35. 27Tr 2 + 7rd 1<br />

~<br />

' ---<br />

37. J7 Jl+4t2 dt 39. J~"' sen t - 2 cos t dt<br />

Oi x<br />

41. 4)2- 2<br />

43. (a) Dois pontos de interseção. 43. -JW/3 + ln(3 + ji(j) +fi- In( I + fi)<br />

45. )'l(ec-1)<br />

(b) Um ponto de colísão em ( ~3, O) quando t = 3r./2 47. e 3 + 11 - e- 8 21<br />

(c) Há ainda doís pontos de interseção, mas nenhum ponto de colisão. ([-------,<br />

45. Para c = O, há um cúspidc; para c > O, há um laço cujo<br />

tamanho aumenta quando c cresce.<br />

o o 15<br />

·I 2!<br />

·I<br />

-2 -I<br />

47. Quando n cresce, o número de oscilações sobe; a e b determinam<br />

o comprimento e a altura.<br />

49. 612,3053 SI. 6/i,fi<br />

SS. (a)<br />

t E [0, 47r] (b) =294<br />

Exercícios 10.2 o<br />

1. 5/(31 2 - l) 3. y ~ -x<br />

S. y ~ -(2/e)x + 3 7. y = -2x + 3<br />

9. y ~ (J3/2)x -l<br />

57. J\ 2 ~r.t 3 i2JI+4!2 dt<br />

61. 67ra 1 /5 63. 59,101<br />

71. 1<br />

59. 2rr(247 Jj3 + 64)/1215<br />

65. 247r(949}26 + 1)/5<br />

-2,5<br />

ll. 1 + lt, 3/(41), t >O 13. -e-•, e-'/(1 -e'), t


James Stewart APÊNDICE H RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DE f'-lÚMEROS ÍMPARt:S U A19<br />

(b)<br />

(c)<br />

(O, 3)<br />

(-2, 2)<br />

39.<br />

( l,f)'<br />

I<br />

I<br />

I<br />

5. (a) (i) (.)2, 1T/4) (íí) ( -.)2, 51T/4)<br />

(b) (i) (4, Jl7T/6) (ii) ( -4, 51T/6)<br />

7. 9.<br />

43.<br />

45. 9=<br />

r=2<br />

r= J<br />

11.<br />

47.<br />

2<br />

49.<br />

r=<br />

O=~]!..<br />

'<br />

13. jJ40 + 6,/6- 6.)2<br />

15. Circunferência, centro O, raio 2<br />

17. Circunferência, centro (0, D, raio i<br />

19. Reta horizontal, 1 unidade acima do eixo x<br />

21. r= 3 sec 8 23. r= -cotg (} cossec O<br />

2S. r= 2c cosO<br />

27. (a) 8 ~ 1r/6 (b) x ~ 3<br />

29.<br />

3!. 33.<br />

o<br />

51, I<br />

I<br />

I<br />

I<br />

I<br />

O<br />

~<br />

I<br />

I<br />

I<br />

I<br />

'<br />

53. (a) Para c< -1, o laço começa em e= sen~ 1 ( -l/c) e termina<br />

em 8 = r.- sen- 1 ( -l/c); para c > 1, ele começa em<br />

(}=r.+ sen- 1 (1/c) e termina em O= 27r- sen- 1 (1/c).<br />

55. j3 57. -1T 59. -I<br />

61. Horizontal em (3/,!2, 1T/4), (-3/.)2. 311'/4);<br />

vertical em (3, O), (O, 1T/2)<br />

63. Horizontal em G. r./3 ), (i, 57r/3 ), e o pólo;<br />

vertical em (2. O). (l. 21T/3), (l, 4r./3)<br />

65. Horizontal em(!, 37T/2), (1, 7T/2). (í, a). (l, 1r- a).<br />

(j, 7T +a), (l. 27T- a), onde a~ sen~'(l/{6);<br />

vertical em (I, 0), (!, 17), (- \, /3), (- j, r.- f3), (-j, r.+ /3),<br />

(-j, 27T- 13), onde f3 ~ cos~ 1 (l/,/6)<br />

67. Centro (b/2, a/2), raio ,)a'+ b'/2


A20 i_: CÁLCULO Editora Thomson<br />

69. 2,6 71.<br />

lU]<br />

3.4 I ~~--~ -~ !<br />

I<br />

73.<br />

l<br />

I<br />

,!:i I<br />

-}<br />

l<br />

J<br />

-2.6 -2,5<br />

l<br />

t<br />

I<br />

J<br />

41. (/3/2. 1T/3). (J3/2, 217/3). e o pólo<br />

43. Interseção {j = 0,89, 2,25; área = 3,46<br />

45. " 47. w .,, + !)''' - l] 49. 29,0653<br />

51. 9,6884<br />

53. -T<br />

55. (b) 2rr(2 - J2)<br />

-I<br />

Exercícios 10.5 c<br />

'I )<br />

I. (0, O).(,, o, X~<br />

3. (O, O), (o, -!c). v~ ,',<br />

75. Girando no sentido horário através dos ângulos 1r/6, 'lr/3, ou<br />

a em tomo da origem<br />

77. (a) Uma rosácea com n pétalas se n for ímpar e 2n pétalas se<br />

n for par<br />

(b) Número de pétalas é sempre 2n<br />

79. Para O< a< l, a curva é uma oval, que desenvolve uma<br />

pequena cavidade quando a -0-1-. Quando a> 1, a curva divide-se<br />

em duas partes, uma das quais tem um laço.<br />

Exercícios 10.4 o<br />

1. 7T'/64<br />

9. 97r/4<br />

13. 7T<br />

()<br />

I<br />

3. 7r/l2 + j3j8<br />

r''-}cosO<br />

S. 7r 3 /6 7. 417T/4<br />

11. 4 I<br />

I S. 37T<br />

~<br />

I<br />

Yi!<br />

(}o)<br />

I<br />

--~:f''~----------~<br />

I<br />

•!<br />

~""-~i i<br />

5. ( -2, 3), ( -2, 5), y ~ l<br />

7. (-2,-l),(-5,-l),x~ l<br />

l<br />

I<br />

(-5, -!j.<br />

o<br />

/<br />

/<br />

1-2,-ll<br />

I<br />

I<br />

I<br />

i X= l<br />

9. X= -y 2 , foco (-L o), diretriz X= 1<br />

11. (:t3. o). (:t2, o) 13. (o. :t4), (o. :t2J3)<br />

Y\<br />

y<br />

4<br />

l<br />

~]<br />

o<br />

] X<br />

-2<br />

o<br />

2<br />

-.Js<br />

I<br />

-4<br />

17. 7r/8 19. 917/20 21. 7T- (3)3/2)<br />

23. (4.,./3) + 2)3 25. 4)3 -l17 27. 7f<br />

29. ( 1T- 2)/8 3!. ( 17/2) - 1<br />

33. (1917/3) - (ll J3/2)<br />

35. (.,.+ 3)3)/4 37. (l/J2.,./4)eopólo<br />

39. (l, 17/3). (l, 51T/3). e o pólo<br />

15. (!, :':3), (l. :ty's)<br />

'' '! (L3)<br />

IL-3j<br />

] X


James Stewart APÊNDICE H RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DE NÚMEROS ÍMPARES LJ A21<br />

x2 v2 ,-<br />

17. 4+9~ l.focos(O,:':v5)<br />

19. (='= 12. o).(:>: 13, o), 21. (o. :>:2). (o. :>:2.[2).<br />

. .<br />

'<br />

y = ±-&x y = :!:x<br />

',,~,/,'<br />

/'y=x<br />

13. (a) l (b) Elipse (c) x ~ i<br />

(d)<br />

23. (2 :': )6, 1), (2 :': Jl5. 1),<br />

y ~ 1 ~ :>:(J6/2)(x ~ 2)<br />

15. (a) 2 (b) Hipérbole (c) x ~ ~\<br />

(d)<br />

25. Parábola, (0, ~!). (0, ~l) 27. Elipse, (2:.[2, 1), (:':1, 1)<br />

29. Hipérbole, (O, 1), (O. 3); (o. ~J 2: )5)<br />

31. x 2 ~ ~8y 33. y 2 ~ ~ 12(x + !) 35. y 2 ~ 16x<br />

37. (x 2 /25) + (y'/21) ~ 1 39. (x'/12) + [(y ~ 4) 2 /16] ~ 1<br />

41. [(x ~ 2)'/9] + [(y ~ 2)'/5] ~ 1 43. y 2 ~ (x 2 /8) ~ 1<br />

45. [(x ~ 4) 2 /4] ~ [(y ~ 3) 2 /5] ~ 1<br />

47. (x'/9) ~ (y'/36) ~ I<br />

49. (x 2 /3.763,600) + (y'/3,753,196) ~ 1<br />

51. (a) (12lx 2 /1,500,625) ~ (12ly 2 /3,339,375) ~ 1<br />

(b) ~248 mi<br />

55. (a) Elipse (b) Hipérbole (c) Nenhuma curva 57. 9,69<br />

Exercícios 10.6 o<br />

1. r~ 42/(4 + 7 sen O)<br />

5. r~ 8/(1 ~senO)<br />

9. (a) 1 (b) Parábola<br />

(d)<br />

(HJI<br />

~ ~~~~~-:J~~~ !.""L<br />

3. r~ 15/(4 ~ 3 cosO)<br />

7. r~ 4/(2 + cosO)<br />

(c) y ~ 1<br />

17. (a) e =L diretriz x = - ~<br />

(b) r~ 1/[4 ~ 3 cos(O ~ 1f/3)]<br />

19. A elipse aproxima-se de um círculo<br />

quando e está perto de O e torna-se mais<br />

alongada quando e _,. 1-. Em e = 1,<br />

a curva torna-se uma parábola.<br />

25. (b) r~ (1,49 X 10 8 )/(l ~ 0,017 cosO) 27. 35,64AU<br />

29. 7,0 X 10 2 km 31. 3,6 X 10 8 km<br />

Capítulo 10 Revisão o<br />

11. (a) l<br />

(d)<br />

(b) Elipse<br />

I<br />

lr4_ :::)<br />

j3ff)cDI30•<br />

(c) y ~ ~ 12<br />

Testes Falso~Verdadeiro<br />

L Falso 3. Falso S~ Verdadeiro 7. Falso<br />

Exercícios<br />

l. X~ y 2 ~ Sy + !2<br />

•t<br />

1(0,6),t"'-4<br />

I<br />

(5, 1\,<br />

t=l<br />

3. y ~ 1/x<br />

'[~<br />

\I~<br />

9. Verdadeiro


A22 u CÁlCUlO Editora Thomson<br />

s. x = t, y = vi, r ~ o; x = r~, y = r 2 :<br />

X = tg 2 t, )' = tg t, Ü OS:: f < !f<br />

7. 9.<br />

!2,7T)<br />

I<br />

•2·."'~<br />

... ·~· •':,;'<br />

~<br />

'I<br />

29. 18 31. (2, ±7T/3) 33. (7T- 1)/2 35. 2(50- 1)<br />

.2:..''-/.:.7T_ 2 _+.....cl_-_,,_1.:.4:.:"_ 2 _+_.-'-<br />

( 2n + vi" 4-7T,,-+c-cl )<br />

37. ~ + In , .<br />

2rr r,+ v'1Tc + 1<br />

39. 47!.295JT/l024<br />

4 L Todas as curvas têm a assíntota vertical x = L Para c < ---L a<br />

curva forma um volume protubcrante à direita. Em c = 1,<br />

a curva é a reta x = I. Para -l < c < O. o volume é à esquerda. Em<br />

c = O existe uma cúspide em (0, 0). Para c > O, há um laço.<br />

43. (±I, O), (±3, O) 45. j], 3), (-I, 3)<br />

11. 13.<br />

~~,;t, -J+~-<br />

1<br />

I X= 1<br />

15. r~ 2/(cos 8 + sen 8)<br />

17.<br />

47. x 2 ~ 8(y - 4)<br />

49. Sx' - 20y' ~ 36<br />

SI. (x'/25) + ((8y- 399)'/I60,80I) ~ I<br />

53. r~ 4/(3 + cos 8)<br />

55. x = a(cotg () + scn 13 cos O), y =a {I + sen 2 0)<br />

Problemas Quentes o<br />

19. 2 21. -l<br />

23. (sen t + t cos t)/(cos t - t sen t), (t 2 + 2)/(cos t - t sen t)-'<br />

25. (';/.l)<br />

27. Tangente vertical em Y t<br />

(3a(2, ±J3a/2),(-3a,O);<br />

tangente horizontal em<br />

(a, O), (-a/2, ±3v'} a/2) (-3a. O) 'a. O)<br />

o'<br />

1. In(7T/2) 3. [-j,/3, JJ3] X [-I, 2]<br />

S. (a) Em (0, 0) e (l. l)<br />

(b) Tangentes horizontais em (0, O) e (\/2, ~/4);<br />

tangentes verticais em (0, O) e ( 04, ~12)<br />

(d) '! (g) l<br />

Capítulo 11<br />

Exercícios 11.1 o<br />

Abreviações: C, convergente; D, divergente<br />

1. (a) Uma seqüência é uma lista ordenada de números. Pode<br />

também ser definida como uma função cujo domínio é o conjunto<br />

dos inteiros positivos.<br />

{b) os tennos an tendem a 8 quando n toma-se grande.<br />

(c) os tennos a, tornam-se grandes quando n toma-se grande.<br />

3. 0,8; 0,96; 0,992; 0,9984; 0,99968<br />

7. 3, 5, 9, I7, 33<br />

9. a. ~ l/2" 11. a. ~ Sn - 3<br />

S. -3,~, -Lt, -~<br />

15. D 17. 5 !9. o 21. o<br />

23. D 25. o 27. o 29. o 3!. o<br />

33. J 35. l 37. D 39. D 41. D<br />

43. 1T/4 45. o 47. o<br />

49. (a) !060, 1!23,60, 1!91,02, 1262,48, 1338,23 (b) D<br />

51.-l


James Stewart APÊNDICE H RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DE NUMEROS lfvW6.RES A23<br />

Exercícios 11.2 :--<br />

1. (a) Uma seqüência é uma lista ordenada de números, ao passo<br />

que uma série é a soma de uma lisla de números.<br />

(b) Uma série é convergente se a seqüência de somas parciais<br />

for uma seqüência convergente. Uma série é divergente se<br />

e1a não convergir.<br />

3. -2,40000, -1,92000<br />

-2,01600, -1,99680,<br />

-2,00064, -1,99987<br />

-2.00003, -1,99999<br />

-2,00000, -2,00000<br />

;S,,,' '<br />

Convergente, soma = -2 '<br />

Exercícios 11.3 o<br />

1. c<br />

o:<br />

3. C 5. D 7. C 9. D 11. C 13. C 15. c<br />

23.C 25.p>l<br />

17. D 19. C 21. D<br />

27. p < -1 29. (I, x)<br />

31. (a) 1,54977, erro"" 0,1<br />

(c) n > 1000<br />

33. 2.61 39, b < l/e<br />

(b) l ,64522, erro "' 0,005<br />

5. 1,55741, -0,62763,<br />

-0,77018, 0,38764<br />

-2,99287, -3,28388<br />

-2,41243, -9,21214<br />

-9,66446, -9,016!0<br />

Divergente<br />

OE·:~<br />

~·li()<br />

[~···~~{·,}~· J<br />

Exercícios 11.4<br />

1. (a) Nenhum<br />

9. C 11. D<br />

21. D 23. C<br />

(b) c<br />

13. c<br />

25. D<br />

33. 0,567975, erro "" 0.0003<br />

45. Sim<br />

3. C S. C 7. D<br />

15. C 17. D 19. C<br />

27. C 29. C 31. D<br />

35. 0,76352, erro< 0,001<br />

7. 0,64645, 0,80755,<br />

0,87500. 0.9!056,<br />

0,93196, 0,94601,<br />

0,95581, 0,96296,<br />

0,96838, 0,97259<br />

Convergente, soma = l<br />

9. (a) C (b) D<br />

11. 9 13. D 15. 15<br />

17. ~ 19. D 21. D<br />

23. i 25. D 27. ~<br />

29. D 31. D 33. l<br />

~-w<br />

1<br />

~ {.•}<br />

35. ~ 37. 1313~8 39. 41.111/333.000<br />

o<br />

~{a-'-j ~~t<br />

41. -3 < x < 3;x/(3- x) 43. -J


A24 CÁLCUlO Editora Thomson<br />

Exercícios 11.8 c<br />

1. Uma série da forma L;;- __ - 0 c"(x ~ a)"'. onde x é uma variável e a e<br />

c,'s são constantes.<br />

3. l,[~l, I) 5. 1,[~1.1] 7. x,(~oo,x)<br />

9.l.(~l,l) !Ll,H.l] !3.4.(~4.4]<br />

15. 1, (O. 2) 17. 2, ( ~4. O] 19. x, x)<br />

21. h, (a b, a+ h) 23. o. 11 l 25. i.[~ l-o]<br />

27. x,(-cc,-x) 29. (a) Sim (b) Não<br />

31. k' 33. (a) ( ~x, x)<br />

(b), (c)<br />

21. ± lx'"'' R~ I<br />

,, __ ,o 2n + I '<br />

s, = s<br />

s, = s~<br />

4<br />

,.---------l----:-tf'/---ís 1 -- s}<br />

f f<br />

"' !Sn-2 '"-'<br />

23. c+ L~~; I 25. c+ L(~!)"''~'.~~;!<br />

n=O 8n + 2 ,,o~ l 4n- -- l<br />

27. O, 199989 29. 0,000065 31. 0,09531<br />

33. (b) 0,920 37. [ ~ !, !], [ ~ 1, 1], ( -1, 1)<br />

35. (~1, IJ,f(x) ~ (1 + 2x)/(1 ~ x') 39. 2<br />

Exercícios 11.10 o<br />

Exercícios 11.9 :::<br />

1. lO 3. L ( ~ l)"x", ( 1, 1) 5. Lx'",(~l,l)<br />

,,-o<br />

' 1<br />

7. ~.~, 5"'' x", ( ~5, 5)<br />

, l<br />

9. L (~l)" 9 ,,,x'"'',(~3,3)<br />

,~o<br />

, [(~!)"" J<br />

11. L ~,~,,~ ~ l x', (~l, 1)<br />

n~O 2<br />

13. (a) L ( ~ l)"(n + l)x", R ~ I<br />

l ,<br />

(b) 7 L ( ~ 1)"(n + 2)(n + 1)x", R ~ l<br />

- "~"o<br />

l '<br />

(c) ~ L ( ~ l)'n(n ~ 1)x'', R~ I<br />

2 ~-2<br />

"' x"<br />

I S. In 5 ~ L~-- R~ 5<br />

11~1 n5 11 '<br />

, n- 'J<br />

17. L ---x". R ~ 2<br />

=3 2n=l .<br />

11<br />

, (~l)"''<br />

19.1n3+L ---~x".R~3<br />

n=l n3" ·<br />

n~O<br />

5. ± ( ~ 1)" (n + 1~.n + 2) x", R~ I<br />

,,_,_0 -<br />

11. 7 + 5(x- 2) + (x- 2)'. R~ x<br />

"' e 3 "' 1<br />

13. L - (x ~ 3)", R ~ x 15. L (~Ir' -- tx - 1rr . R ~ x<br />

n•=O n! n=O (2n)!<br />

' 1 · 3 · 5 .. · .. (2n ~ 1)<br />

17. L (~li'' . (x ~ 9)" R ~ 9<br />

""-o • 2" · 3~"~' · n! '<br />

- 1<br />

25. L (~I)"~~- x•··•, R ~ l<br />

n=O ' 2n + 1<br />

1~<br />

---- 10<br />

·· '·' '-'-----;; 0<br />

-----..J<br />

-1,2<br />

" 1<br />

35. 2; H)"-~ x'" R ~ oo<br />

.~o' (2n)' '


James Stewart APÊNDICE H RESPOSTA-S DOS [XEFtCiC!OS DE NUfvlEROS l!v1FARES A25<br />

Exercícios 11.12 c·<br />

l. (a) I~(x) ~ l ~ T,(x). 7Jx) ~ l - ~ T/tl.<br />

14(x) = I - + 2~x-1 = T5 (x)~ 7~(x) = l - 2x 2 +<br />

T,~L<br />

Jr. --r,<br />

37. 0,81873<br />

x""":<br />

39. c+ L (-Jr~-"---<br />

n~ü (6n + 2)(2n)~<br />

x·! -, .1_·:'3_·~5:__·_·_·_·_·~(":2:-n_-__::3:-_)<br />

41.C+x+-+L(-I)"'-<br />

x''"<br />

8 ,.~: 2"n!(3n + 1)<br />

43. 0,440 45. 0.09998750 47. ; 49. ,),<br />

51. I - jx 2 + ~jx~ 53. 1 + + 3~ox~<br />

57. 1/ j2 59. e'- 1<br />

Exercícios 11,11 c<br />

X " 1·3·5····•<br />

1.1+2+.~,(-1)' 2'n! x'',R= l<br />

(b)<br />

T,.<br />

'<br />

X f T, = T; J', ~ T, 1~ = T, '/6<br />

"<br />

4<br />

.,<br />

'<br />

..... , .. ·-<br />

0,7071 0,6916 0,7074 0.7071<br />

o<br />

2<br />

-0.2337 0,0200 0.0009<br />

rr 'l -~ 3,9348 0.1239 -l.2ll4<br />

······<br />

(c) Quando n cresce, T;,(x) é uma boa aproximação de f(x) sobre um<br />

intervalo muito amplo.<br />

3. (x - l) - l (x - ll' + : (x - 1 )' J(x - 1 )'<br />

3. L (-1)" (n + ~:.~~ + 2 ) x',R ~ 2<br />

n=O -<br />

S. l - 2x -<br />

' 3 · 7 · · · · · (4n - 5) · 2'<br />

L x", R =<br />

1<br />

,,~2 n.<br />

~<br />

" 1 · 3 • 5 · · · · · (2n - 1)<br />

7 l +L (-1)" . x'''' R~2<br />

• :X li--: n!2-"'~: ,<br />

·5<br />

11. (a) 1 + f .::1_·.::.3:'·.::.5:'·~~· _o:(2:::.n:_-__::!_J) x"'<br />

n~l<br />

2"n!<br />

" 1 · 3 · 5 · · · · • (2n - 1)<br />

2 ,.,<br />

(b) x + .~, (2n + 1)2'n1 x<br />

I,<br />

' r,<br />

•,<br />

fi f<br />

I<br />

x ' . 2 · 5 · 8 · · · · · (3n - 4)<br />

13. (a) 1 + - + L ( -1r' " I x'<br />

3 n~2 3 n.<br />

(b) 1,0033<br />

7. X+<br />

.I<br />

I<br />

Li<br />

~i<br />

it<br />

(<br />

---,--~-------~2<br />

I<br />

15. (a) I nx" (b) 2<br />

n~i<br />

x 2 " . l · 3 · 5 · · · · · (2n - 3)<br />

17. (a) í +'-+I (-1)'··•<br />

2 , • x''<br />

2 n-~ n.<br />

1<br />

(b) 99.225<br />

f~~~~~~~~_J<br />

,6


A26 u CÁLCUlO Editora Thomson<br />

11. T 8 (x) ~I + jx' +<br />

Exercícios<br />

1. l 3. D 5. O 7. e"<br />

15. D 17. C 19. C 21. C<br />

27. 8 29. 17/4 31. e ' 35.<br />

37. O,I8976224, I erro I< 6,4 X 10 _,<br />

43. 0,5, [2,5, 3,5)<br />

45. _I_ Í (-I)'[-'~ (x- 2)'' +<br />

2 n~ü (2n)! 6<br />

9. 2 11. c 13. c<br />

23. CC 25. AC<br />

0,972I<br />

41. 4, [ -6, 2)<br />

Ii (<br />

(2n + !)! ~1: 6<br />

")''' ']<br />

13. (a) 2 + l\x- 4) - /:,(x- 4) 2 (b) I,5625 X 10-'<br />

15. (a) I + j(x- I) - l\x I)'+ ,",(x- I)' (b) 0,000097<br />

17. (a) x + \x 3 (b) 0,058<br />

19. (a) I + x 2 (b) 0,00006<br />

21. (a) x 2 - ix' (b) 0,042<br />

23. 0,57358 25. Quatro<br />

27. -1.037 < X < J.Q37<br />

29. 21m, não<br />

35. (c) Eles diferem aproximadamente por 8 X lO-- 9 km.<br />

Capítulo 11 Revisão c<br />

Testes Falso· Verdadeiro<br />

1. Falso<br />

S. Falso<br />

3. Verdadeiro<br />

7. Falso<br />

9. Falso 11. Verdadeiro<br />

13. Verdadeiro 1 S. Falso 17. Verdadeiro<br />

49. -L '---, R ~ I<br />

!1-·-l n<br />

CC t"<br />

00<br />

S'l c4<br />

51. L (-I)" X I 'R ~ ~<br />

,_, (2n + 1).<br />

l ' l · 5 · 9 · · · · · (4n 3)<br />

53. 2+ .~, n'l'"" x',R~ 16<br />

"" x"<br />

55. C+ ln/x/ +L--,<br />

,~1 n · n.<br />

57. (a) I + l (x- l) -j(x- I)'+ ~~-(x- 1)1<br />

(b) ':-·'-------=<br />

(c) 0,000006<br />

59. -<br />

f<br />

Problemas Quentes o<br />

1. 15'/5' ~ 10.897.286.400<br />

3. (b) O se x =O, (1/x) - colg x se x # krr, k for um inteiro.<br />

5. (a) 5, ~ 3 · 4', I,~ l/3",p, ~ 4'/3" 1 (c) 2../3/5<br />

9. (-I, I), (x 3 + 4x' + x)/(l - x)' 11. In l<br />

Capítulo 12<br />

==~~~~-~-~~<br />

Exercícios 12.1 o<br />

1. (4, O, -3) 3. Q;R<br />

S. Um plano vertical que<br />

intercecta o plano<br />

na retay = 2- x, z =O<br />

(veja o gráfico à dírcita)<br />

9. (a) sim (b) não<br />

'=2-x,z=O<br />

11, (x - l)' + (y + 4)' + (z - 3)' ~ 25; (x - 1) 2 + (z - 3) 2 ~ 9,<br />

y = O (uma circunferência)<br />

13. (x - 3)' + (y - 8) 2 + (z - !)' ~ 30<br />

15. (3, -2, I), 5 17. (l, j, l) . ../3/2 19. (b) j, jj94, j,/85<br />

21. (a) (x - 2) 2 + (y + 3) 2 + (z - 6) 2 ~ 36<br />

(b) (x- 2) 2 + (y + 3) 2 + (z- 6) 2 ~ 4<br />

(c) (x - 2) 2 + (y + 3) 2 + (z - 6) 2 ~ 9<br />

23. Um plano paralelo ao plano xz-unidades à frente dele.<br />

25. Uma metade do espaço consistindo em todos os pontos x = 3.<br />

27. Todos os pontos sobre e entre os1 planos horizontais z = O e z = 6.<br />

29. Todos os pontos fora da esfera com raio l e centro O.


James Stewart APÊNDICE H RESPOSTAS DOS EXERC f CIOS DE NUMEROS !ívlPARES U A27<br />

31. Todos os pontos de dentro da esfera com raio 2 e centro (0, O, 1).<br />

33. Todos os pontos sobre c dentro do cilindro circular de raio 3<br />

tendo por eixo o eixo y. ~ , "<br />

7<br />

35. y < O 37. r' < r + y~ + r ) / (d)s~j,t~'i<br />

~/ ~<br />

''ri ·- ~ ··~-~_.../<br />

tb .........<br />

l<br />

I<br />

J<br />

41. I4x ~ 6)' ~ lO::= 9, um plano perpendicular aAB<br />

Exercícíos<br />

v<br />

12.2 n<br />

1. (a) Escalar (b) Vetor (c) Vetor (d) Escalar<br />

~ ~~ ~_.__:;. ~~ ~<br />

3. AB ~ DC, DA ~ CB, DE ~ EB, EA ~ CE<br />

5. (a) v<br />

v+ w<br />

~~w<br />

v"'J<br />

7. a~ (-4, -2)<br />

yt<br />

y<br />

A!2.J:<br />

8~2,1)<br />

Ü<br />

X<br />

a<br />

11. a~ (2,0, -2)<br />

'l<br />

XA:t:<br />

I .4{0,3.1)<br />

15. (0, 1, -l)<br />

i:i ~<br />

B<br />

(d) *~<br />

w<br />

w+v+u u<br />

9. a~ (-2,5)<br />

17. 5, (2, 5), ( -10, 1), ( -8, 6), (12, 17)<br />

19, 7, (5, 7, 1)' (7, -3, 5), (12, 4, 6), (14, 26, l )<br />

2Lj6, i- j + 3k, i- 3j- k, 2i- 4j + 2k, 31- 2j + ll k<br />

39. Uma esfera com raio I, centrado em (x 0 , )'o, z 0 )<br />

Exercícios 12.3<br />

1. (b), (c), (d) são sígnificatívos 3. 6 5. -5<br />

7. 32 9. 90/3 11. u· v=Lu·w= -1<br />

15. cos '(1;) = 14° 17. coç'(l/.,f238) = 86°<br />

19. cos '(-l/(2)7)) = 101' 21, 45°,45°, 90°<br />

23, (a) Nenhum (b) Ortogonal<br />

(c) Ortogonal (d) Paralelo<br />

25. Sim 27. (i- j- k)//3 [ou H+ j + k)/fl]<br />

29<br />

3 4 1 .<br />

650 ~ 60 0<br />

· s,J2' 5)2' v'2' ') ' 45<br />

31. ~. ~, -~; 73°, 65", 149°<br />

33, lj.,f3, 1//3, 1//l; 55', 55°, 55' 35. 3, (1, -'J,)<br />

37. 3/.,fS, (U, o)<br />

39. J/[2,(1 + k)/2<br />

43. (o, O, -2 .. /10) ou qualquer vetor da forma<br />

(s, t, 3s- 2/IÕ), s, tE !R<br />

45. 38 J 47, 250 cos 20o = 235 pés~lb 49. n<br />

51, cos'(1//3) = SSO<br />

Exercícios 12.4<br />

I, 2i- j + 3k 3. 3i- 4j + 2k<br />

S. 21 + 13j- 8k 7. t'i- 2t 3 j + t'k<br />

9. (a) Escalar (b) Sem sentido (c) Vetor<br />

(d) Sem sentido (e) Sem sentido (f) Escalar<br />

11. 24; dentro da página<br />

13. (5,-3,1),(-5,3,-1)<br />

15. (-2//6, -l/)6, l//6), (2/,16, 1//6, -1//6)<br />

23. 16 25. (a) (6, 3, 2) (b) l<br />

27. (a) (13, 14, 5) (b) j.,f39õ<br />

29. 82 31. 3 35. !0,8 sen 80° = l 0,6 J<br />

37. =417 N 39. (b) )97/3<br />

45. (a) Não (b) Não (c) Sim<br />

Exercícios 12.5<br />

1. (a) Verdadeiro (b) Falso (c) Verdadeiro (d) Falso (e) Falso<br />

(f) Verdadeiro (g) Falso (h) Verdadeiro (i) Verdadeiro<br />

(j) Falso (k) Verdadeiro<br />

3. r~ ( -21 + 4j + !Ok) + t(3i + j - 8k);<br />

X ~ -2 + 3t. y ~ 4 + t, Z ~ lO - 81


A28 CÁLCULO Editora Thomson<br />

5. r~ (i+ 6k) + t(i + 3j + k); x ~ l +I, y ~ 3t, z ~ 6 + I<br />

x~l z~2<br />

]. X ~ J - 51, V~ 3, Z ~ 2 - 21; ---=5 ~ ~· )' ~ 3<br />

9. X= 2 + 2t, )' = 1 + !t, Z = ~3 ~ 4t;<br />

(x- 2)/2 ~ 2y- 2 ~ (z + 3)/(-4)<br />

11. X = I + t, y = -1 + 2t, z = 1 + t:<br />

X- I ~ Í\' + I)/2 ~ z - I<br />

13. Sim<br />

15. (a) x/2 ~ (y- 2)/3 ~ (z + l)/(-7)<br />

(b) (-\,'2'.oJ.(-j,o.'C),(o,z, I)<br />

17. r(t) ~ (2i- j + 4k) + 1(2i + 7j- 3k), O"' t"' I<br />

19. Paralela 21. Reversa 23. -2x + y + Sz = 1<br />

25. x + y - z ~ -I 27. 2x - y + 3z ~ O 29. 3x - 7z ~ -9<br />

3l.x+y+z~2<br />

33.-I3x+l7y+7z~-42<br />

35. 33x + lOy + 4z ~ 190 37. x- 2y + 4z ~ -I<br />

39. (2, 3, 5) 41. (2, 3. I) 43. I, O, -I<br />

45. Perpendicular 47. Nenhum dos dois. = 70,5°<br />

49. Paralela<br />

SI. (a) x- 2 ~ v/(-8) ~ z/(-7)<br />

(b) cos·'( -;6;s) ~ 119° (ou 6n<br />

53. X = 6t, )' = -l + t, Z = -I; + 7r 55. X= Z<br />

57. (x/a) + (v/b) + (z/c) ~ I<br />

59. X ~ 31, y ~ I - t, z ~ 2 - 21<br />

61. P 1 c P 3 são paralelos, P 2 e P~ são idênticos<br />

63. )22/5 65. ~· 67. 7)6/18 71. 1/)6<br />

Exercícios 12.6<br />

1. (a) Parábola<br />

(b) Cilíndro parabólico com diretriz paralela ao eixo z<br />

(c) Cilindro parabólico com diretriz paralela ao eixo x<br />

3. Cilindro elíptico 5. Cilindro parabólico<br />

ll. x~k,y' + 4z'~4 -4k'/9,elipse(lkl < 3)<br />

y ~ k, x' + 9z 2 ~ 9 - 9k'/4, elipse (I k I < 2)<br />

z ~ k. 4x' + 9y' ~ 36(1 - k 2 ), elipse (I k i < l)<br />

Elipsóide :t<br />

líO,O.I<br />

+~~-­<br />

-;~(L -.....<br />

/I I --<br />

r 3. O. O'· ~'4:Z::::::=~<br />

,!0. o _,<br />

(· 3,0.0,<br />

13. x ~ k, y'- z' ~ k', hipérbole (k r" 0)<br />

y = k, x 2 + z~ = k 2 , circunferência (k # O)<br />

z = k, y 2 - x 2 = k'-,<br />

hipérbole (k ,é O)<br />

x = O,y = ±z, retas<br />

z = O, y = ±x, retas<br />

Cone<br />

15. x ~ k, 4y 2 z' ~ 4 + k', hipérbole 'I<br />

y = k, x 2 + z 2 = 4e - 4.<br />

circunferência (I k I > 1)<br />

z = k, 4y 2 - x 2 = 4 + k 2 ,<br />

hipérbole<br />

Hiperbolóide de duas folhas<br />

17. x = k, y = 4z 2 + k 2 , parábola<br />

y ~ k, x' + 4z 2 ~ k, elipse (k > O)<br />

z = k, y = x 2 + 4k 2 , parábola<br />

Parabolóide elíptico tendo por<br />

eixo o eixo y.<br />

1<br />

7. Superfície cilíndrica<br />

19. x = k, y = z 2 - k 2 , parábola<br />

y ~ k, z 2 - x 2 ~ k, hipérbole (k ,é O)<br />

z = k, y =e - x 2 , parábola<br />

Parabolóide hiperbólico<br />

'<br />

i<br />

'<br />

C--<br />

'<br />

9. (a) x ~ k, y 2 - z 2 ~ I - k', hipérbole (k ,é±!);<br />

y = k, x 2 - z 2 = 1 -e, hipérbole (k # ±l);<br />

z = k, x 2 + z 2 = l + k 2 , circunferência<br />

(b) O hiperbolóide é rotacionado de modo que ele tenha como eixo y.<br />

(c) O hipcrbolóide é deslocado em uma unidade na direção<br />

negativa do eixo y.<br />

21. VII 23. 11 25. VI 27. VIl!<br />

z'<br />

+-~ l<br />

4 36<br />

Hiperbolóide de duas folhas tendo por<br />

eixo o eixo z.


James Stewart<br />

APÊNDICE H RESPOSTAS DOS EXERCIC!OS DE NUrv1EROS 11"/WA.HES<br />

A29<br />

Parabolóide elíptico com vértice<br />

(0, O, O) tendo por eixo<br />

o eixo x.<br />

Íy- )'<br />

33. x 2 + · - + (z - 3)' ~ I<br />

4<br />

Elipsóide com centro (0, 2, 3)<br />

35.<br />

(y + I)'~ (x- 2)' + (z- I) 2<br />

Cone circular com vértice<br />

(2,-I,I)<br />

e eixo paralelo ao eixo y.<br />

I/<br />

~0~_·.--..<br />

X "'<br />

i<br />

Exercícios 12.7<br />

l. Veja a Seção 839-40.<br />

3. "'<br />

I<br />

'<br />

1 . , i<br />

O· .-+-_<br />

5.<br />

A<br />

. , I ,<br />

I<br />

l {3.0. -6,<br />

'! -~-----<br />


A30<br />

CÁLCUlO<br />

Editora Thomson<br />

57.<br />

z "-- 2<br />

59.<br />

19. -4x + 3v + z- -14 21. (l. 4.4)<br />

23. Revcrsa 25. 22/ v26<br />

27. Plano 29. Cone<br />

61.<br />

63. Coordenadas cilíndricas:<br />

6 :s; r :s 7, O~ (J ~ 271',<br />

o~ z ~ 20<br />

----.....<br />

31. Hiperbolóide de duas folhas<br />

~'<br />

65. o~


James Stewart APÊNDICE H HESPOSTAS DOS EXERCÍCiOS DE NÚMEROS IMPARES C A31<br />

17. ríl) ~ (31 + I. 21 !, 51+ 2), O"" 1"" I;<br />

X= 3t + 1, )' = 2t- 1, z ~ St + 2, o~ t :-=; 1<br />

19. VI 2!. IV 23. V<br />

27.<br />

"/i'<br />

300<br />

29. ~----<br />

~<br />

z !+<br />

I<br />

OI<br />

o<br />

20<br />

lO<br />

_j<br />

35. r(1)~1i + )(1 2 - l)j + j(t' + I)k<br />

37. x = 2cos t,y = 2 sen t, z = 4cos 2 t<br />

39. sim<br />

I<br />

I<br />

I<br />

3. (a). (c) (b) r'(t) = \ -sen t, cos !)<br />

5. (a), (c)<br />

'!<br />

(b) r'(1) ~i+ 21j<br />

c(';)<br />

7. (a), (c)<br />

(b) r'(l) ~e' i+ 3e''j<br />

9. r'(l) ~ (21, :_ l, l/(2,[!)) 11. r'(1) ~ 4e'' k<br />

13. r'(1) ~ 21e'' i + [3/(l + 31)] k 15. r'(l) ~ b + 21c<br />

17. (15//262,6/)262, l/J262) 19. li+ 'k<br />

21. (l, 21, 31'). (l//í4. 2/Jl4, 3/v'l4), (0, 2, 61), (61 2 , 61, 2)<br />

23. X= 1 + St, y = I + 4t, z = I + 3t<br />

25. X = 1 t, )' = t, Z = 1 - t<br />

27. X = ~ 1T + t, y = I - t, z = 1 + t<br />

29. (a) Não suave (b) Suave (c) Não suave<br />

31. 66' 33. 4 i - 3 j + 5 k 35. i + j + k<br />

37. e' i+ 1 2 j + (1 In 1- l)k +C<br />

39. it 3 i + (1 4 + l)j- jt 3 k<br />

45. 1- 4tcos t + llt 2 sen t + 3t 1 cos t<br />

Exercícios 13.2 o<br />

1. (a)<br />

(b), (d)<br />

'! I<br />

'I<br />

I<br />

o,<br />

I<br />

-r(4,5J-f\4)<br />

'r/4.2)- r;4J<br />

p<br />

~~/4 ) ~ lim r(4 + h) - r(4)<br />

h---'>0<br />

r'(4)<br />

T( 4 l ~ I r'(4l I<br />

h<br />

Exercícios 13.3 o<br />

1. 20/29 3. e- e· 1 S. i\(!3 3 !2- 8) 7. 9,5706<br />

9.r(l(s))~ ~si+(l- ~s)j+(5+ ~ 9 s)k<br />

,;29 v29 ,;2<br />

11. r(l(s)) ~ 3 sen(s/5)i + (4s/5)j + 3 cos(s/5)k<br />

13. (a) ((2/J29) cosI, 5/i29, ( -2/ [29) sen 1),<br />

( -sen 1, O, -cos 1)<br />

(b) 2~<br />

1<br />

15 (a) ( fie l) 1 21 ·cc-c-:·( I - e 11 , J2e 1 , f2e 1 )<br />

• e 2 ' + l ' 'e ' - ' + 1 ' v L<br />

(b) /2e'1(e'' + 1) 2<br />

17. 2/(41 2 + 1) 312 19. fl 21. ),/TI<br />

23. 6ixl/(l +9x') 312 25. l5J,:/(l + l00x 2 ) 2 n<br />

27. (-lln2, 1//l);tendcaO 29. (a) P (b) 1,3,0,7<br />

31.<br />

Y"",K(xl<br />

-0,5


A32 CÁlCUlO Editora Thomson<br />

33. a é y ~ f(x). b é y ~ K(x)<br />

"' ~-..... ~ .<br />

6vi4 cos 2 t<br />

12 cos t + U<br />

(l7 12cm;t)'<br />

i\AJU~<br />

o:<br />

37. 1/(/le') 39. (;, ' \, ' ' ,),<br />

'<br />

41. y = 6x + 7T, x + 6y = 61r<br />

43. (x +~r+ y" = : 1 1<br />

,.c~::' + (y- ir'= ,;·<br />

45. (-!, -3.1) 53. 2/(t' + 4t' +I)<br />

SS. 2,07 X IO" Á = 2m<br />

múltiplos inteiros de 21T<br />

9. (2t,3t',2t), (2.61,2), ltk9r' + 8<br />

H. v/2i + e'j- e--'k,e'j + e-'k.e' +e<br />

13. e'((cos t- sen t)i + (sen t + cos t)j + (t + l)k],<br />

e 1 [-2scnti + 2costj + (t + 2)k], +<br />

15. v(t) =i-- j + t k, r(t) =ti- t j + 1t"k<br />

17. (a) r(t) ~ (1 + lt')i + t' j +(I + {t')k<br />

(b)<br />

19. t ~ 4<br />

21. r(t)=ti-tj+<br />

23. (a) =22 km (b)<br />

25. 30 m/s<br />

27. =I 0,2', = 79,8'<br />

29. (a) 16m<br />

20<br />

k. 1 vtr) 1 =,/'1st' + 2<br />

=3,2 km (c) 500 m/s<br />

(b)<br />

=23,6" rio acima<br />

-1 1<br />

I<br />

I<br />

I<br />

"~"'<br />

o i-10<br />

I<br />

_::,:-----------.-...../<br />

Exercícios 13.2<br />

1. (a) 1,81- 3,8j- 0,7k, 2,01- 2,4j 0,6k,<br />

2,81 + 1,8j - 0,3k, 2,81 + 0,8j 0,4k<br />

(b) 2,41 - 0,8j - 0,5k, 2.58<br />

3. v(t) ~ (21, 1)<br />

a(t) ~ (2, O)<br />

I v(tl I ~ v4t' + 1<br />

31. 61, 6 33. O, 1 35. e' - e ' • .fi<br />

37. 4,5 cm/s'. 9,0 cm/s' 39. t ~ 1<br />

Capítulo 13 Revisão o<br />

Testes Falso~Verdadeiro<br />

1. Verdadeiro 3. Falso S. Falso<br />

7. Falso 9. Verdadeiro<br />

S. v(t) = e' i - e-' j<br />

a(t) ~e' i+ e~'j<br />

lv(t)! = _.je21 +e 1r<br />

'l<br />

a;OJ<br />

Exercícios<br />

1. (a)<br />

7. v(t) = costi + j- sentk<br />

a(tl =-senti- costk<br />

I v(tl 1 ~ /2<br />

(b) r' (t) = i - 1r sen 11t j + 11 cos 7rt k,<br />

r"(t) = -7r 2 cos 7rtj- w 2 sen 7rtk<br />

3. p(t} = 4cos ti+ 4sentj + (5- 4cost)k, O~ t ~ 21r<br />

5. \i- (2/,.')j + (2/7T)k 7. 15.924! 9, 1T/2<br />

11. (a) (t', t, 1)/Vt' + t' + l<br />

(b) (2t, I - t\ -2t 3 - t)/J'""t'~+-4'"'t 7 '-c,-~ '2,c;•_1-+~5cct'<br />

(c) )t 8 + 4t 6 + 2t~ + 5t 2 /(t 4 + t 2 + 1)2


James Stewart APÊNDICE H RESF-'OSTAS DOS E\ERCICIOS DE hJU1'v1 ::ROS IM PARES A33<br />

13. 12/17' · 15. x ~· 2v + 2rr ~O<br />

17. v(t) ~ (l + lnt!i + j ~ e-•k.<br />

lv(t)l = ,/2 + 2lnt + (lntF + e·-'',a(t) = (l/t)i + e-'k<br />

19. (a) Em torno de 3,8 pés acima do solo, 60.8 pés a partir do<br />

atleta (b) =2!,4pés (c) =64,2pésdoatleta<br />

21. (c) ~2e- 1 v


A34 CÁLCULO Editora Thomson<br />

35. 37. xy ~ k<br />

47.<br />

./<br />

;))~<br />

~. - . k~O<br />

-~---<br />

~~~<br />

49.<br />

51.<br />

39. 2<br />

o<br />

o<br />

41....;x+y=k<br />

4<br />

53. (a) B<br />

55. (a) F<br />

57. (a) D<br />

(b) IH<br />

(b) v<br />

(bJ rv<br />

59. Famílías de planos paralelos.<br />

61. Familias de hiperbolóides de uma ou dua~ folhas com o eixo y.<br />

63. (a) Deslocando para címa o gráfico da f 2 unidadês.<br />

(b) Estica verticalmente o gráfico da f por um fator de 2.<br />

(c) Reflete o gráfico da f pelo plano xy.<br />

(d) Reflete o gráfico da f pelo plano xy e depois desloca-o<br />

2 unidades para cima.<br />

65.<br />

20<br />

2<br />

43. X~ y 2 + k<br />

f parece ter um valor mínimo de cerca de 15. Há 2 pontos máximos<br />

locais, mas nenhum ponto mínimo local.<br />

67. 10 --------~.<br />

Os valores da função tendem a O quando x, y torna-se grande; quando<br />

(x, y) tende à origem, f aproxima-se de ::too ou O, dependendo da<br />

direção de aproximação.<br />

69. Se c = O, o gráfico é uma superfície cilíndrica. Para c > O, as curvas<br />

de nível são elipses. O gráfico das curvas ascende quando deixamos<br />

a origem e o grau de inclinação cresce quando c cresce. Para c < O, as<br />

curvas de nível são hipérboles. O gráfico das curvas ascende na direção


James Stewart<br />

APÊNDICE H RESPOSTAS DOS EXERCI CiOS DE NU MEROS IM PARES<br />

A35<br />

y e descende, aproximam-se do plano X)' na direção x. dando uma<br />

aparência da forma sela próximo de (0, O, 1 ).<br />

71. (b) y ~ 0,75x + 0,0!<br />

Exercícios 14.2 u<br />

1. Nenhum; se f for contínua. f(3, 1) = 6. 3.<br />

5. 2025. 7. Não existe. 9. Não existe.<br />

11. O. 13. Não existe. 15. 2. 17. L<br />

19. Não existe.<br />

21. O gráfico mostra que a função aproxima~se de números<br />

diferentes ao longo de retas diferentes.<br />

23. h(x, y) ~ 4x 2 + 9v 2 + 12xv- 24x 36y + 36<br />

+ ~ + 3v - 6; {ix, y) j2x + 3y ;;, 6}<br />

25. Ao longo da reta y = x<br />

27. {(x, y) I v >F ±e'''} 29. {(x, y) I y "' O}<br />

31. {(x,y)jx' + y' > 4} 33. {ix,y,z)jy;;, O,y >F .jx 2 + z'}<br />

35. {(x, Y) I (x, y) >F (O, O)} 37. O 39. O<br />

11. fx = 2x + 2xy, fr = 2y + x 2 63. 4/(y + 2z)', O 65. =12,2, =16,8, =23,25 77. R 2 /Rf<br />

13. f(x, y) ~ 3, f.(x. y) ~ -Sy'<br />

15. (Jz/dx = e 3 \ az/d}' = 3xe 1 )<br />

17. f(x, y) ~ 2y/(x + y)', f.(x, y) ~ -2x/(x + y)'<br />

19. awjaa =cosa cos {3, aw/d{3 = ~sen a sen f3<br />

2r 2<br />

2rs<br />

Exercícios 14.3<br />

21. j;(r. s) ~ + 1n(r 2 + s'), f,(r, s) ~ ~=~<br />

+ +<br />

1. (a) A taxa da variação da temperatura quando varia a longitude, 23. au/ot ~ e"''(l - w/t), aujaw ~e"''<br />

com latitude e tempo fixados; a taxa de variação quando varia apenas<br />

a latítude; a taxa de mudança quando varia apenas o tempo.<br />

z 2 + 3y<br />

25. J;. = , h= 2xyz- 1 + 3z, j; = 3xy<br />

(b) Positivo, negativo, positivo.<br />

27. awjiJx ~ 1/(x + 2y + 3z), awjay ~ 2/(x + 2y + 3z),<br />

3. (a) Jr( ~ 15, 30) = 1,3; para uma temperawra de~ l5°C e awjaz ~ 3/(x + 2y + 3z)<br />

velocidade do vento de 30 km/h, o índice do resfriamento da 29. aujax =e"·' sen 8, du/dt = -xe-' sen 8, aujae = xe"' cosO<br />

superfície realizado pelo vento aumenta I ,3 DC para cada aumento 31. f, ~ yz' tg(yt), J, ~ xyz't scc 2 (yt) + xz' tg(yt),<br />

de grau da temperatura. j~( ~ 15, 30} = -0,15; para uma<br />

fz = 2xyz tg(yt), fr = xy 2 z 2 sc.c 2 (yt)<br />

temperatura de -15DC e velocidade do vento de 30 km/h, o índice 33. aujax, = xJyxf + xi + · · · + x,; 35. ~ 37. ~!<br />

do resfriamento da supetfície realizado pelo vento decresce<br />

39. f(x, y) ~ 2x - y, J,(x. y) ~ 4y - x<br />

~O,l5DC para cada aumento em km/h da velocidade do vento.<br />

(b) Positivo, negativo. (c) O<br />

41. az ~ 3yz - 2x i!!_ 3xz - ly<br />

5. (a) Positivo. (b) Negativo<br />

ax 2z- 3xy' ay 2z- 3xy<br />

7. c~ f, b ~f, a~ f 9. j;\1, 2) ~ -8 ~inclinação de C,, 43. az ~ __ 1 _+~~7. az -z<br />

,t;(l, 2) ~ -4 ~inclinação de c,<br />

ax 1 + y + ay I + y + y 2 z 2<br />

45. (a) f'(x), g'{y) (b) f'(x + y),f'(x + y)<br />

47. /u ~ 12x 2 - 6y', j;, ~ -18xy' ~ fn /,_ ~ -18x 2 y<br />

49. Zu ~ -2y/(x + y)', Zq ~ (x - y)/(x + y) 3 ~ Zu,<br />

Zn ~ lx/(x + y) 3<br />

Sl. u" = e-s sen t, lts1 = -e-"' cos t = u 1 , u" = -e-s sen t<br />

57. 12xy, 72xy<br />

59. 24 sen(4x + 3y + 2z), 12 sen(4x + 3y + 2z)<br />

61. 8erf'(2 senO+ BcosB + r8sen8)<br />

83. Não<br />

9!. (a)<br />

85. X ~ J + /, )' ~ 2, Z ~ 2 - 2t 89. -2<br />

J


A36 CÁlCULO Editora Thomson<br />

(c) O, O (e) Não, uma vez que j;_, e}_;._, não são contínuas.<br />

Exercícios 14.4<br />

1. z = -8x- 2y 3. X ~ 2y + Z = 4 S. z = y<br />

7.<br />

9.<br />

av óv àp- àv aq ' éiv ar<br />

+---r---.<br />

ày àp ()y óq ày Or ày<br />

dv élv dp dv av ar<br />

-=-~-+- +-<br />

àz àp az aq az ar az<br />

21. 85. m. 54 23. U 25. 36, 24, 30<br />

4(xy)_l:2 - y sen(x- y) +e'<br />

27.<br />

29.<br />

x- 2x2"i_:ry sen(x - _y) - xe'<br />

3yz 2x 3xz - 2y<br />

31. ~---c-- ~-"--c-'-'-<br />

2z - 3x:r · 2z -- 3x.v<br />

1 + y 2 z 2 z<br />

33 • I + y + y 2 z"' l + y + y~z 2<br />

35. 2'C/s<br />

37. = -0,33 m/s por minuto<br />

39. (a) 6 m 1 /s (b) lO mc/s (c) O m/s 41. --0.27 L/s<br />

43. (a) azjar = (dz/àx) cosO+ (az/ay) senO,<br />

azjfJ()= -(rJz/àx)rsen () + (azjay)rcos o<br />

49. 4rs ;{-z/ àx 2 + (4r 2 + 4s 2 )iJ 2 z/ dx dy + 4rs a:'zjay-' + 2<br />

11. 2x + }y - 1 13. X+ I<br />

17. -h - ~y + 2 f; 2,846<br />

21. 4T +H- 329; l29'F<br />

19.<br />

15. ~-x + y + 17r-}<br />

23. dz ~ 3x 2 In(y 2 )dx + (2x 2 /y) dy<br />

25. du =e' sen Odt +e' cos Od8<br />

27. dw = (x 2 + yc + zcr 1 (xd:r + _vdy + zdz)<br />

+ lv + jz;6,99I4<br />

29 . .élz ~ 0,9225, dz ~ 0,9 31. 5,4 em' 33. 16 em'<br />

35. !50 37. /, ~ 0,059 !1 39. e, ~ C.x, e, ~ .é\y<br />

Exercícios 14.5<br />

1. 4(2xy + y 2 }t 3 - 3(x 2 + 2xy)t~<br />

3. 7TCOsxcosy- (senxsen:v)/(2,!Í)<br />

S. e' 1 T2t- (x/z)- (2xy/z')]<br />

7. azjas = 2x + y + xt + 2yt. óz/dt = 2x + y + xs + 2ys<br />

iJz 4st + In t Uz 2s 2 +<br />

9. ~~~~~ccc.<br />

as J + (2x + Jt I + (2x +<br />

11. :: ~e·(rcosO- s seno).<br />

~z = er(s cos e- ' ~<br />

1<br />

, , sen e)<br />

dt<br />

,;s--r-t-<br />

13. 62 15. 7, 2<br />

du àu àx àu d\ Ou du iJx Ou a-v<br />

17. ~~~~+~~ ~~~~+~~<br />

ar ax ar ay dr' as dx as ay as<br />

au au ax iJu av<br />

~=~-+-____::;__<br />

dt ax at ay iJt<br />

av iJv úp av aq av àr<br />

19.- = -~ + -- + ~-.<br />

a.-r àp ax aq ih ar ax<br />

Exercícios 14.6<br />

1. =-0,1 milibar/mi 3. =0.778 5. -1 ~ v:J 1-<br />

7. (a) 'iif(x.y) ~ (5y'- 12x'y, IOxy- 4x')<br />

(b) ( -4, 16) (c) 172/13<br />

9. (a) (e'•, 2xze 2 ", 2xye'') (b) (I, 12, O) (c) ,<br />

11. 23/10 13. 4,/2 15. 4/9<br />

17. 9/(2)5) 19. 2/5 21. 4,/z, (-I, I) 23. L (0, I)<br />

25 . .;3,(1,-I,-I) 27. (b) (-12,92)<br />

29. Todos os pontos da reta y = x + I 31. (a) --40/(3"/3)<br />

33. (a) 32/./3 (b) (38, 6, 12) (c) 2,;4o6 35. ','7<br />

x-4 y+l z-1<br />

39. (a) 4x - 2y + 3z ~ 21 (b) ~~ ~ -· ~ ~-~~~-<br />

8 -4 6<br />

41. (a) 4x- Sy- z ~ 4<br />

43. (a) x + y - z ~ I<br />

45,<br />

x-2 v-I z+l<br />

(b) -4- ~ "'=5 ~ ~<br />

(b) x- l = y = -z<br />

47. (4, 8),x + 2y ~ 4<br />

'Vfi2.ll<br />

53. (zt,/6/3, +2,/6/3, zt,/6/2)<br />

59. x~ -1-IOt,y~ I-I6t,z~2 -I2t<br />

63. Seu~ (a, b) c v~ (c, d), então af + bf e cf, + dJ;<br />

são conhecidas; logo, vamos resolver as equações lineares<br />

para f, e ,t;.


James Stewan APÊNDICE H RESPOSTAS DOS EXERCICIOS DE f'JUív'IEf-WS !ív'IPi'.FlES _j A37<br />

Exercícios 14.7<br />

L (a) f tem um mínimo local em (1, 1 ).<br />

(b) f tem um ponto de sela em (!. 1).<br />

3. Mínimo local em (1, 1), ponto de sela em (0, 0)<br />

S. Máximo J( -1, !) - ll<br />

7. Mínimo fíl, l)- O, f( -1, -!I- O, pontos de sela em (0, O)<br />

9. Pontos de sela em (1, 1), (-L I)<br />

1 L f !em um valor máximo local de 1 em todos os pontos da<br />

forma (xo, .t·o).<br />

13. Nenhum 15. Pontos de sela (0, f11i). num inteiro<br />

17. ivlínimo f( O, O)= O, pontos de sela em (:!::L 0)<br />

19. Máximo /(0, O) - 2, mínimo fiO, 2) - --2,<br />

pontos de sela(:!::: I, I)<br />

21. Máximo/( Tr/3, Tr/3) - 3-/3/2,<br />

mínimo f(5n/3, Sn/3) = -3,/3/2<br />

23. Mínimos f( -1,714, O)- -9,200, /(!,402, 0) = 0,242.<br />

ponto de sela (0,312, 0), ponto mais baixo (-l ,714, O, -9,200)<br />

25. Máximos f(-1,267,0) = 1,310, f(l,629, :':1,063) = 8,105,<br />

pontos de sela (-0,259, 0), (1,526, O),<br />

pontos de máximo (I ,629, :!::: I ,063, 8, I 05)<br />

27. Máximo /(2, O)- 9, mínimo f( O, 3) = -14<br />

29, Máximo f(:t I, I) - 7, mínimo f(O, O) - 4<br />

31. Máximo /(3, O) - 83, mínimo /(1, I) - O<br />

33. Máximo f(l, O)- 2, mínimo f( -1, O)- -2<br />

35.<br />

37. -/3 39. (O, O, 1), (O, O, -I) 41. "/'- ~ 00 , ''!"<br />

43. 16j..J3 45. 1 47. Cubo, aresta de comprimento G/12<br />

49. Base quadrada de lado 40 em, altura 20 em SI. L 3 /(3,/3)<br />

Exercícios 14.8<br />

1. =59, 30 3. Máximosf(:t1, O)- 1, rrúnimosf(O, :tl)- -1<br />

5. Máximos f(:t2, I)- 4, rrúnimos f(:t2. -1)- -4<br />

7. Máximo f (I, 3, 5) - 70, mínimo f( -1, -3, -5) - -70<br />

9. Máximo 2/ ./3, mínimo ~2;../3<br />

1 ] . Máximo ,/3, mínimo 1<br />

13. Máximo f( l.l.l. l) - 2,<br />

núnimof(-5. -!,-i,-~)= -2<br />

15. Máximo f(!. ;2, -~12)- l + 2/2,<br />

rrúnimo f( I, -/2./2)- l - 2/2<br />

17. Máximo 5, mínimo i<br />

19. Máximos f(:tl//2. +l/(2,J2))- e'",<br />

rrúnimosJ(:tl//2, :tl/(2/2))- e·'i'<br />

25-37. Veja os Exercícios 37-51 na Seção 14.7.<br />

39. Mais próximo n, i, D. mais afastado ( -1, -1, 2)<br />

41. Máximo =9,7938. mínimo -= -5,3506<br />

43. (a) c/n {b) Quando x 1 =X:= · · · = x,,<br />

Capítulo 14 Revisão :·,<br />

Testes Falso-Verdadeiro<br />

1. Verdadeiro 3. Falso 5. Falso 7. Verdadeiro<br />

9. Falso 11. Verdadeiro.<br />

Exercícios<br />

I. {(x,y)/-1-sx"' I} 3.<br />

i '1 .<br />

, I i I<br />

----m,---:<br />

I I ' . I<br />

5.<br />

y~<br />

7. ) t<br />

~ -I<br />

(©)<br />

2<br />

I<br />

-..- ->-­<br />

'<br />

(©)<br />

(©) (©)<br />

I 2<br />

9. }<br />

11. (a) =3,5°C/m, -3,0'C/m (b) = 0,35'C/m pela Equação<br />

14.6.9 (A Definição 14.6.2 fornece =I,I'C/m.) (c) -0,25<br />

13. ;: - l/,j2x + y', f 1<br />

- y/,j2x + y'<br />

15. g,- tg-'v. g,- u/(1 + v 2 )<br />

17. T, ~ ln(q + e'), T, - p/(q + e'), 1; ~ pe'/(q + e')<br />

19. fu - 24x,f, 1 - - 2y -f,, f, - - 2x<br />

21. fu = k(k- l)x,(- 2 y 1 zm, j_,_... = kL-.J--ly!-IZm = f•x,<br />

fxz = kmxk- 1 y 1 zm--i = fH, j~T = l(l- 1)xky1- 2z"',<br />

f~.,= lmxkyf-lzm--J = f,x, fzr = m(m- l)xkylzm---2<br />

x-1 v+2<br />

25. (a) z- 8x + 4y + l (b) -<br />

8 - -7- I - z<br />

x-2 y+J z l<br />

27. (a) 2x- 2y- 3z- 3 (b) -<br />

4<br />

v + j z<br />

------=4- ----=6<br />

29. (a) x + 2y + 5z - O (b) x - 2 - 2-5<br />

31. (:tl2fj, :tl/l!4. +3/li4)<br />

33. 60x + ~y + ~z- 120; 38,656<br />

35. e'+ 2(y/z)(3t' + 4) - 2t(y 2 /z') 37. -47. 108<br />

43. ze'h(z/Y, xz/(2/Y), 2) 45. 'f 47. Jf45/2, (4,l)<br />

49. ""'Í nós/mi SL h1ínimo f( -4, 1) = -11<br />

53. Máximo f(l,!)- l; pontos de sela (0, 0), (0, 3), (3, O)<br />

ih<br />

3%1&


A38 O CÁlCULO Editora Thomson<br />

55. Máximo f(l, 2) ~ 4, mínimo f(2, 4) ~ -64<br />

57. Máximoj(-1,0) = 2, mínimosf(l, ::tl) = -3,<br />

pontos de sela ( -!, :': l), (I, O) ·<br />

59. Máximo f(±,/2/3, 1/J:l) ~ 2/(3/3),<br />

mínimo f(:':/:273, -1/J:l) ~ -2/(3/3)<br />

61. Máximo 1, mínimo -I<br />

63 (+" '" 3 +"' ') 1'_+3 '' _,_,_,fi =:3'')<br />

• _.) '. __ 1 ' - , - -v ' ,•<br />

óS. P(2- /J), P(3 - v'l)/6, P(2/'3- 3)/3<br />

Problemas Quentes 1-J<br />

1. L2W2, lL2W~<br />

9. /6/2, 3 .fi/2<br />

3. (a) x ~ w/3, base ~ w/3 (b) Sim<br />

Capítulo:.,:l~S------~<br />

Exercícios 15.1 o<br />

I. (a) 288 (b) 144 3. (a) rr'/2 = 4,935 (b) O<br />

5. (a) -6 (b) -3,5 7. U < V< L<br />

9. (a) =248 (b) 15,5 11. 60<br />

13. 3 15. 0,6065, 0,5694, 0,5606, 0,5585, 0,5579, 0,5578<br />

37. J~ J,', f(x, v) dx dy 39. e l',if(x )') dv dx<br />

.-].0 ' -<br />

4<br />

9<br />

Exercícios 15.2<br />

I. 9 + 27y, 8x + 24x' 3. lO 5. 2 7. 261,632/45<br />

9,,,'ln2 11.6 13.'! 15.9ln2<br />

!7.'((/3- l)/2]- (rr/12) 19. he'- 3)<br />

21.<br />

41. ,1;:"' f.f(x, y) dx dy<br />

43. (e 9 - l)/6 45. l sen 81<br />

51. O~ JJ 0<br />

Jx 3 + y3 dA ~ -/2<br />

47. (2./i- 1)/3 49. 1<br />

55. 8rr 57. 2rr/3<br />

21. t,(z.fi- 1) 29. 36<br />

Exercícios 15.4<br />

1. fob Jd f(r cos 8, r sen e) r dr de<br />

5. foln- J~ 5 J(r cos e, r sen e) r dr de<br />

7. 337r/2<br />

3. [ f' f(x, y) dy dx<br />

• 2 eX<br />

33. ~<br />

35. O teorema de Fubini não se aplica. O integrando tem uma<br />

descontinuidade infinita na origem.<br />

Exercícios 15.3<br />

1. 2~ 3. ~e 312 - ~1 S. e - 1<br />

11. }e' - 2e !3. (I - cos l)/2<br />

19. fg 2L ~ 23. k 2S. W<br />

27. 1 29. O, 1,213, 0,713 3L


1 • , _ { e' + l 4(e' - l))<br />

l. i(e - l), \ 2(e'- l)' 9(e'- l)<br />

9. ';',(l,i) ll. (l.h/16)<br />

13. (2a/5, 2a/5) se o vértice for (Ü, 0) e os lados estiverem ao<br />

longo dos eixos positivos.<br />

15. ~~(e~- l), he 2 - 1), Tt;(e 4 + 2e 2 - 3) 17. 1 2 8 0 1, 1 -~~2,<br />

' -- (27T 1 16) '/<br />

19. m ~ 'fl'-/8, (x,y) ~ ~"~- ~, -<br />

9<br />

, I,~ 37T- 64,<br />

_, 7f 7f<br />

I,~ (7T'- 3'fl'')/16, lo~ 7T'/16- 9'fl''/64<br />

21. pa'/3, pa'/3; a/ .,í3, a/ .;3<br />

23. (a) i (b) 0,375 (c) A= 0,!042<br />

25. (b) (i) e-o• = 0,8187<br />

(ii) 1 + e·-1.8 -- e-o.s- e- 1 = 0,3481 (c) 2, 5<br />

27. (a) =0,500 (b) =0,632<br />

29. (a) Jf,, (k/20)(20 v"(x-----x--o~J'-+'C"7(_y ___ J_'o"'F] dA, onde D é o<br />

disco com raio lO mi centrado no centro da cidade.<br />

(b) 200'fl'k/3 = 209k, 200(7T/2- !)k = 136k, sobre a aresta<br />

Exercícios 15.6<br />

1.15y% 3.3jl4 5. l2sen-· 1 j<br />

1. (7r/6)(17/U- s)S) 9. (27r/3l(2)2- 1)<br />

11. a'('fl'- 2) 13. 13,9783 15. (a) =1,83 (b) =1,8616<br />

17. if)j4 + ~ ln[(11)5 + 3}7õ)/(3)5 + jjü)J<br />

19. 3.3213 23. (7r/6)(101 .jjOl- 1)<br />

Exercícios 15.7<br />

3.1 5.\(e 3 -l) 7.4 9.í1<br />

13. 8/(3e) 15. l6'fl'/3 17. ''<br />

21. (a) J~ f~ J;"-•' dz dy d>: (b) l1r -\<br />

23. 60,533 25. •<br />

1<br />

I•<br />

James Stewart APÊNDICE H RESPOSTAS DOS EXERCIC!OS DE NÚMEF\OS !fv1PAfiES U A39<br />

11. io<br />

19. 36'fl'<br />

31. J: f. 3 J~ 'f(x, y, z) dz dy dx<br />

= J~ .U: 'f(x, y, z) dz dx dv<br />

= J~ J~ Ji;J(x, y, z) dx dy dz<br />

~ J~ _1~-, J~f(x,y, z) d


A40 CÁlCULO Editora Thomson<br />

Exercícios 15.9<br />

I. ~ 14 3. O 5. 2uvw<br />

7. O paralelogramo com vértices (0. 0), (6, 3), (l2, l), (~. ~2)<br />

9. A região limitada pelas retas )' = l, o eixo y e y = ,/x<br />

11.-3 13. 61r 15. 21n3<br />

17. (a) habc (b) L083 X IO'' km'<br />

19. ~ In 8 21. ~ sen I 23. e - e<br />

9. J; J~l f(r c os e. r sen e) r drd(}<br />

H. A região interior ao laço da rosa de quatro pétalas r= sen 28<br />

no primeiro quadrante.<br />

13. ~sen I 17. ~In 2<br />

19. 8 21. Slr./5 23. 40,5 25. 1r/96<br />

27. t~ 29. 176 31. t 33. 2maj9<br />

Capítulo 15 Revisão ;·<br />

Testes Falso~ Verdadeiro<br />

J. Verdadeiro 3. Verdaddro 5. Verdadeiro<br />

7. Falso<br />

35. (a) j (b) (\. , 8 ;)<br />

(c) I, = ,\,I, = ,\; y = 1/ y'3, x = !/ /6<br />

37. (a) (O, O, h/4) (b) ua'h/!0 39. In( fi+ /3) + fi/3<br />

41. 97,2 43. 0,0512 45. (a) /, (b) 1 (c) ;,<br />

47. J~ J; ,o f(x, y, z) dt dy dz 49. -In 2 51. O<br />

Exercícios<br />

Problemas Quentes .::-,<br />

1. =64,0 3. 4e'- 4e + 3 5. iscn 1<br />

7. 3<br />

1. 30 3.~senl 7. (b) 0,90<br />

Capítulo 16<br />

Exercícios 16.1 19. A retay = 2x<br />

1. 3.<br />

-4.5<br />

5. 7.<br />

9.<br />

I 2<br />

2!. 'i!f(x,y) =--i+<br />

X+ 2y X+ 2y<br />

23. 'i!f(x, y, z)<br />

X<br />

-r~~~ i<br />

-Jx2 + y2 + 2 2<br />

+ y "+ z k<br />

{x 2 + y 2 + z 2 J y'x 2 + y' + z 2<br />

25. 'i!f(x.y) ~ (y- 2)i + xj<br />

w<br />

o<br />

4 6 X<br />

ll. ll 13. I 15. IV 17. lll


James Stewart APÊNDICE H RESPOSrAS DOS EXERCÍCIOS DE NÚMEROS ÍMPARES ll A41<br />

27.<br />

Exercícios 16.3 8<br />

1. 40 3. f(x,y) ~ 3x 2 + 5xy + 2y 2 + K<br />

S. Não~conservativo 7. f(x,y) = x 2 cosy ~ ysenx + K<br />

9. f(x,y) ~ ye' + xseny + K 11. (b) 16<br />

13. (a) f(x, y) ~ )x'y' (b) 4<br />

29. IV<br />

33. (a)<br />

31. li<br />

(b) )' ~ 1/ X, X > 0<br />

15. (a) f(x, y, z) ~ xyz + z' (b) 77<br />

17. (a) f(x, y, z) ~ xy' cos z (b) O<br />

19. 2 21. 30 23. Não 25. Não<br />

29. (a) Sim (b) Sim (c) Sim<br />

31. (a) Sim (b) Sim (c) Não<br />

Exercícios 16.4 n<br />

I. 6 3. 2 J 7. e 9. j li. -241T<br />

13. 21T 15. ~1T 17. ~12 '<br />

19. 31T 21. (c) 23. (l,j)<br />

i<br />

j<br />

J<br />

y ~ C/x<br />

Exercícios 16.2 c<br />

I. (17.Ji7- 1)/12 3. 1638,4<br />

9. 320 11. Jl4 (e' - 1)/12<br />

17. (a) Positivo (b) Negativo<br />

21. ~ - cos I - sen I<br />

23. 31T + ~ 1,5<br />

-2,5[1 N:<br />

~; :::m<br />

r 1<br />

I i': ~JJ 2,5<br />

l I t • - ~ -.. \. \.<br />

. ' '<br />

2,5<br />

S.~}'!+ 9ln3<br />

13. } 15. ~1<br />

19. - Ms<br />

25. (a) ~- I/e (b) '('·'------,<br />

F7<br />

/í+(+j.)<br />

~ \ ...;2<br />

~<br />

/<br />

o t·~/:::::::F::i'::'":::"===:J 1,6<br />

--0.2<br />

27. 29. 0,052 31. 27Tk, (4/7r, O)<br />

33. (a) x ~ (l/m) );.xp(x, y, z) ds,<br />

y ~ (l!m) fc yp(x, y, z) ds,<br />

z ~ (l/m) j~ zp(x, y, z) ds, onde m ~ j~ p(x, y, z) ds<br />

(b) 2.jj3 krr, (0, O, 31T)<br />

35. I,~ k((1T/2) -1). I,~ k((1T/2) -l)<br />

37. 27T 2 39. 26 41. !,67 X 10' pés-lb<br />

43. (b) Sim 43. =22 J<br />

Exercícios 16.5 cJ<br />

I. (a) -x'i + 3xyj- xzk<br />

(b) yz<br />

3. (a) (x - y) i - y j + k (b) I - l/(2v'Í)<br />

5. (a) O (b) I<br />

7. (a) (l/y, 1/x, 1/x) (b) 1/x + 1/y + I/z<br />

9. (a) Negativo (b) rot F= O<br />

11. (a) Zero (b) rot F aponta na direção do eixo z, no<br />

sentido negativo<br />

13. f(x, y, z) ~ xyz + K<br />

17. Não-conservativo<br />

Exercícios 16.6 o<br />

15. f(x, y, z) ~ x 2 y + y 2 z + K<br />

19. Não<br />

1. Parabolóide circular tendo por eixo o eixo z.<br />

3. Cilindro circular tendo por eixo o eixo x<br />

5.<br />

constante v<br />

7. 9.<br />

ll. IV 13. l 15. ll<br />

}]. X= 1 + U +V,)'= 2 + U- V, Z = -3 - U +V<br />

]'J. X= X, Z = Z, y = y 1 x2 + z1


A42 o CÁLCUlO Editora Thomson<br />

21. X = 2 scn c/J COS 8, _V = 2 SCfl 4; sen 8,<br />

z=2cos$,0~ $~ r./4,0 ~ 8~ 21r<br />

[ou x = x, y = y, z = {4 - x 2 ~ yz, 2 ~ x 2 + y 2 ~ 4]<br />

23. x = x, y = 4 cos 8, z = 4 sen 8, O ~ x ~ 5, O ~ 8 ~ 21r<br />

27. X = X,)' = e-x COS 0.<br />

Z = e---x sen 8, O~ x ~ 3,<br />

o ~ 8 :"S; 27T<br />

35. (0. O, a/2)<br />

37. (a)/,= í'Lfx' + y')p(x,y,z)dS (b) 4329J27T/5<br />

39. 194,400,;: 41. 81Ta 3 e1/3 43. 124877<br />

Exercícios 16.8 c<br />

3. o 5. o 7. -1<br />

9. 8077<br />

11. (a) 8177/2 (b)<br />

29. {-a) Direções reversas (b) Números de espirais duplas<br />

31. 3x- y + 3z ~ 3 33. -x + 2z ~ 1 35. 4J61T<br />

37. (21T/3J(2/:1- 1) 39. (1T/6J(l7/17 s,JS)<br />

41. (ffi/2) + '}[1n(2 + ffi)- 1n )17] 43. 2a'(1T- 2)<br />

45. 1T(2y'6- j) 47. 13,9783<br />

49. (a) =1.83 (b) =1.8616<br />

SI. TJíA + rtin[(ll,J5 + 3)70)/(3)5 + /70)]<br />

53. (b)<br />

(c) x = 3 cos t, y = 3 sen t,<br />

z = I - 3(cos t + sen t),<br />

O~r:s;27T<br />

'=2---:::=::=~~ôo<br />

o 2<br />

y<br />

12<br />

17. 16<br />

Exercícios 16.9 c<br />

(c) t"' J~rr ,/36 sen 4 u cos 2 v + 9 sen 4 u sen 2 v + 4 cos 2 u sen 2 u du dv<br />

ss. 4,4506<br />

Exercícios 16.7 a<br />

1. 8(1 +Fi+ J3) = 33,17 3. 9001T S. 171 Jl4<br />

7. ,/3/249. 364J21T/3 11. (7T/60)(391/17 + 1)<br />

13. 167T 15. 161T 17. 5,;5/48 + 1/240<br />

19. Hó 21. -~ 23. -}1r<br />

25. o 27. 48 29. 0,1642 31. 3,4895<br />

33. ffsF · dS ~ J} 0<br />

[P(ahjax)- Q + R(ahjaz)]dA,<br />

onde D = projeção sobre o plano xz<br />

1. Negativo em P 1 , positivo erri P 2 7. 2 9. 91T/2<br />

7.~~ 9.H-4/e 11.0<br />

13. 3277/3 15. o<br />

17. 341 Í2/60 + l~ arcsen([3/3) 19. 131T/20<br />

Capítulo 16 Revisão c<br />

Testes Falso-Verdadeiro<br />

1. Falso 3. Verdadeiro<br />

Exercícios<br />

5. Falso 7. Verdadeiro<br />

1. (a) Negativo (b) Positivo 3. 4,;5 5. -r, 7. I_Z<br />

9. fl- 4/e 11. f(x,y) ~e'+ xe" 13. O 17. -87T<br />

25. 1(27- s,JS) 21. ,.(391/17 + 1)/60<br />

29. -64,./3 33. 37. -4 39. 21<br />

Capítulo 17<br />

Exercícios 17.1 o<br />

1. y = c 1e 4 x + 3. y = e--4x(cl cos 5x + c 2 sen 5x)<br />

5. y = c1ex + c2xe-' 7. y = c1 cos(x/2) + c2 sen(x/2)<br />

9. y = Ct + 11. y = CJe(I+/2J, + c2ell --./2lr<br />

13. y = e-' 12 [c, cos({3tj2) +c, sen(ht/2)]<br />

15.<br />

40 g<br />

-40


i<br />

1<br />

Íi<br />

James Stewart<br />

APÊNDICE H RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DE NÚMEROS ÍMPARES<br />

A43<br />

Todas as soluções aproximam-se de O quando x -----+ -x· e<br />

aproximam-se de ±oo quando x-----+ cc_<br />

17. y = 2e~Jxjl +e-' 19. )' = ex/2 2xe'' 2<br />

21. y=3cos4x-sen4x 23. )'=e-x(2cosx+3senx)<br />

25. y ~ 3 cos(lx) - 4 sen(lx)<br />

29. Sem solução<br />

31. y = e-· 2-'(2 cos 3x- e" sen 3x)<br />

e"+3<br />

27. v=---+<br />

< e 3 - 1 l -<br />

33. (b) À = n 2 1r 2 / L 2 , n um inteiro positivo; y = C sen(mrx/ L)<br />

Exercícios 17.2 o<br />

1. y = Cte- 2 " + c2e x + ix 2 - ~x +}<br />

3. y = C1 + c1e 2x + :fo cos 4x - dó sen 4x<br />

5. y = e 2 "(c 1 cos x + c 2 sen x) + ~e-x<br />

7. y = ~cosx + lfsenx +±e-'+ x 3 - 6x<br />

9. y ~ dlx 2 - x + 2)<br />

11. As soluções sãO todas assintóticas<br />

a YP = e"/10 quando<br />

x -----+ oo. Exceto para )'p,<br />

todas as soluções aproximamse<br />

ou de oo ou de -oo quando<br />

-4<br />

13. y, ~ Ae" + (Bx 2 + Cx + D) cos x + (Ex 2 + Fx + G) sen x<br />

15. y, ~ Ax + (Bx + C) e"<br />

17. y, ~ xe-'[(Ax 2 + Bx +C) cos 3x + (Dx 2 +Ex+ F)sen 3x]<br />

19. y=c 1 cos2x +c 1 sen2x + lx<br />

21. y = c 1 e" + c 1 xe' + e2.t<br />

23. y = (c 1 + x) senx + (c 1 + lncosx)cosx<br />

25. y ~[c, +In( I + e·•)]e• + [c 2 - e-• +In(! + e-')]e"<br />

27. y ~[c, - lJ (e'/x) dx]e·• + [c,+ lJ (e-•jx) dx]e'<br />

Exercícios 17.3 o<br />

1. x ~ 0,36 sen(!OI/3)<br />

7. ç"'JO<br />

0,02 / c-!5<br />

-0,11<br />

11. Q(t) ~ ( -e-"'/250)(6 cos 20t + 3 sen 201) + ,J 5 ,<br />

I(t) = ~e-- 10 ' sen 20t<br />

13. Q(t) = e- 10 r[io cos 20t - sÕJ sen 20t]<br />

- ~ cos lOt + rls sen lOt<br />

. .<br />

Exercícios 17.4 o<br />

1. co 2: .:::___ = coe-'<br />

n~o n!<br />

s. Hkg<br />

Capítulo 17 Revisão o<br />

Testes Falso-Verdadeiro<br />

1. Verdadeíro 3. Verdadeiro<br />

Exercícios<br />

1. y = c 1e 5 -" + c 1 e 3 -" 3. y = c 1 cos(,i3x) + c2 sen(,/:3-x)<br />

S. y = e2x(c 1 cosx + c 2 senx + 1)<br />

7. y = c1ex + c2xe-" ~ i cos x - ~(x + 1) sen x<br />

9. y = c1e 3 -" + c2e-2x- ~ ~ ~xe-h<br />

11. y = 5- 2e- 61 "- 11 13. y = (e 4 ~- e'')/3<br />

15. ~ (-2)'nl x2'"'<br />

"~o (2n + I)!<br />

17. Q(t) ~ -0,02e-"'(cos !01 + sen 101) + 0,03<br />

19. (c) 2r./k = 8S min (d) =17.600 mi/h<br />

Apêndices<br />

Exercícios G o<br />

1.8~4i ·3.13+18i S.12~7i 7.:-j+:~i<br />

9. j- ji 11. -i 13. Si 15. 12 +Si; 13<br />

17. 4i, 4 19. =~i 21. -1 = 2i<br />

23. -l :': (J7/2)i 25. 3[2[cos(31T/4) + isen(31r/4)]<br />

27. 5(cos[tg'(j)] +i sen[tg-•mlJ<br />

29. 4[cos(,./2) +i sen(r./2)], cos( -,./6) +i sen( -,./6).<br />

Hcos(-r./6) + isen(-7r/6)]<br />

31. 4[2 [cos(71T/12) +i sen(h/12)],<br />

(ÚZ)[ cos(lh/12) + i sen(l311'/12)], Hcos( 1r/6) + i sen( 77/6)]<br />

33. -1024 35. -512)3 + 512i<br />

37. :':I, :':i, (1/fl)(:':l, :':i) 39. :>:(fl/2) +li, -i<br />

41. i 43. l + (fl/2)i<br />

Im;<br />

---co;t--~Re<br />

,j


lndice Analítico<br />

A<br />

Aberta, região, 1061<br />

Absolutamente, série, convergente, 738<br />

Absoluto, máximo e mínimo, 951<br />

valores, 952<br />

Aceleração, 870<br />

Adição de vetores, 798<br />

Afélio, 692<br />

Algébrica, função,<br />

Alternadas<br />

séries, 733, 738<br />

séries harmônicas, 735<br />

Teorema da Estimativa das Séries. 736<br />

Testes das Séries, 734<br />

Amortecedor de choque, li 56<br />

Amortecidas, vibrações, 1152<br />

Amortecimento, constante de, 1153<br />

Angular, momento, 878<br />

Ângulos diretores, 809<br />

Ângulos entre vetores, 807, 808<br />

Apolúnio, 686<br />

Aproximação<br />

pela Desigualdade de Taylor, 762<br />

Aproximação Linear, 927<br />

Aproximação para um plano tangente, 921,<br />

922<br />

Arco<br />

comprimento de, 658, 678, 861<br />

Área<br />

da superfície, 661<br />

de um setor de um círculo, 675<br />

de uma superfície de revolução, 658<br />

em coordenadas polares, 1084<br />

pelo Teorema de Grenn, 1 084<br />

sobre uma curva paramétrica, 658<br />

Argumento de um número complexo, A 7<br />

Aritmética-geométrica, média, 710<br />

Árvore, grafo da, 932<br />

Assíntota de uma hipérbole, 684<br />

Astróide, 655<br />

Autônoma, equação diferencial, 592<br />

Auxiliar, equação, 1139<br />

Axioma da complctitividade, 707<br />

B<br />

Bactérias, crescimento das, 624<br />

Bactérias, crescimento das, 607<br />

Base padrão, 803<br />

Beisebol<br />

posição para revezamento, 580<br />

velocidade de arremesso, 612<br />

Beisebol c Cálculo, 618<br />

Bernoulli<br />

equação diferencial de, 633<br />

James, 633<br />

John,597,650<br />

Besscl<br />

Friedrich, 748<br />

função de, 7 48<br />

Bézier, curvas de, 650-664<br />

Bézier, Pierre, 664<br />

Bifólío, 674<br />

Binomial<br />

série, 770, 771<br />

Binomial<br />

Teorema, 770<br />

descoberta por Newton, 773<br />

Binomml<br />

vetor, 866<br />

Brahe, Tycho, 875<br />

Braquistócrona, problema da, 650<br />

Bruxa de Maria Agncsi, 654<br />

c<br />

C 1 ' transformação, 1038<br />

Cadeia, regra da, para várias variáveis, 929<br />

Calculadora gráfica, 649, 672<br />

Calor<br />

índice de, 907, 924<br />

condutividade do, 1102<br />

equação de condução do calor, 919<br />

fluxo de, 1102<br />

Caminho, 1080<br />

Campo<br />

conservativo, 1078<br />

elétrico, 1057<br />

força, 1057<br />

gradiente, 1058<br />

gravitacional, I 057<br />

velocidade, 1 057<br />

vetor, 1054<br />

Campos<br />

escalares, 1054<br />

Canônica, base, dos vetores, 793<br />

Cantor<br />

conjunto, 720<br />

Georg, 720<br />

Capacidade de suporte, 619<br />

Característica, equação, 1139<br />

Carbono-14, datação de, 617<br />

Cardióide. 668<br />

Carga, 996, 1014<br />

densidade de, IOI4<br />

densidade de, 996<br />

para um circuito, 1124<br />

Cassini, Giovanni, 675<br />

Cauchy. Augustin-Louís, 989<br />

Cauchy-Schwarz, Desigualdade de, 813<br />

CCntro de massa, 1026, 1063, l094<br />

Centróide de um sólido, I 026<br />

Choque absorvido, 1 124, 1152<br />

Ciclóide, 654<br />

Cilíndricas, coordenadas, 838, l 030<br />

Cilindro, 831<br />

parabólico, 831-832<br />

Circulação de um campo vetorial, ll 08<br />

Círculo de curvatura, 866<br />

Cissóide, 654, 674<br />

Clairaut<br />

Alexis, 914<br />

Teorema de, 914<br />

Cobb, Charles, 887, 916<br />

Cobb-Douglas, função produção de, 887,<br />

916,969<br />

Cocleóide, 693<br />

Coeficiente de atrito estático, 846<br />

Coeficiente de atrito, 846<br />

Coeficiente de uma série de potência, 747<br />

Cometas, órbitas dos, 692<br />

Comparação,<br />

Teste da, 728<br />

para séries, 729<br />

Complementar, equação, 1144<br />

Completitividade, Axioma da, 707<br />

Complexo conjugado, A6<br />

Componente<br />

função, 1042<br />

de um vetor, 800, 810<br />

Componentes<br />

funções, 848<br />

Composição de funções, 904<br />

Composição de funções, continuidade da,<br />

903<br />

Compostos, juros, 614<br />

Comprimento<br />

de um vetor, 801<br />

J<br />

J<br />

A45


A46 ÍNDICE ANALÍTICO Editora Thomson<br />

de uma curva no espaço. 861<br />

de uma curva paramétrica. 660<br />

de uma curva polar, 678<br />

Computacionais,<br />

sistemas algébricos, 650, I 089<br />

para fazer gráfico de seqüência, 968<br />

Computador,<br />

fazendo gráfico com, 672, 851<br />

Conchóidcs, 651, 674<br />

Condicionalmente, série, convergente, 739<br />

Condutividade, ll 02<br />

Cone, 835<br />

Conexa, região, 1061<br />

Confronto, Teorema do. para uma<br />

seqüência, 703<br />

Cônica,<br />

seção<br />

equação polar, 689<br />

seções<br />

deslocadas, 685<br />

Cônicas,<br />

seções, 680, 687<br />

excentricidade, 688<br />

diretriz, 688<br />

foco, 688<br />

Cônicas transladadas, 689<br />

Conjugados, propriedades dos, A6<br />

Conjunto fechado, 957<br />

Conjunto limitado, 959<br />

Conservação de energia, I 078<br />

Conservativo, campo vetorial, 1058<br />

Constantes da mola, 1155<br />

Contínua( s)<br />

composição de juros, 618<br />

Contínuas<br />

expansão em frações, 71 O<br />

Continuidade<br />

de uma função, 849<br />

de uma função de duas variáveis, 904<br />

de uma função de três variáveis, 905<br />

Continuidade de função vetorial, 850<br />

Contorno<br />

curva de, 1105<br />

problema de, ll43<br />

Convergência<br />

absoluta, 738<br />

condicional, 739<br />

de uma seqüência, 701<br />

de uma série, 712<br />

intervalo de, 749<br />

raio de, 749<br />

Convergente<br />

seqüência, 701<br />

série, 712<br />

propriedades da, 717<br />

Coordenada(s), 794<br />

cilíndrica, 838, 1030<br />

esférica, 839, !030<br />

X, 794<br />

y, 794<br />

Z, 794<br />

polar, 665<br />

Coordenadas cilíndricas.<br />

equações de conversão para, 831<br />

Coordenado( s)<br />

eixo(s), 793<br />

planos, 793<br />

Coplanares, vetores, 818<br />

Coriolis, aceleração de, 881<br />

Cornu, espiral de, 663<br />

Corpo negro, 782<br />

Corrída de patins, 1024<br />

Corrida na rampa, 1036<br />

Cosseno, função, 692<br />

Crescente, seqüência, 706<br />

Crescímento, Lei do, Natural, 608<br />

Crítico, ponto, 951, 962<br />

Crítico, vibração, amortecimento, 1153<br />

Cunha esférica, 1032<br />

Curva(s)<br />

abena, 1061<br />

comprimento da, 861<br />

conexa, 1061<br />

de Bézier, 650, 664<br />

de catástrofe em forma de rabo de<br />

andorinha, 654<br />

de contorno, 1121<br />

de nível, 890<br />

do aprendizado, 588<br />

do aprendizagem, 633<br />

de fronteira, 1121<br />

fechada, 1081<br />

Curvatura, 863<br />

no ponto P, 663<br />

Cúspide, 651, 857<br />

D<br />

De Moivre, Abraham, A9<br />

Decaimento<br />

Lei do,<br />

Natural, 608<br />

radioativo, 611<br />

Decrescente,<br />

seqüência, 706<br />

Definida, integral, de uma função a valores<br />

vetoriais, 847<br />

Densidade<br />

de um sólido, 1026<br />

de uma lâmina, l 008<br />

Dependente, variável, 885, 932<br />

Derivada(s)<br />

de ordem maior, 913<br />

de uma função a valores vetoriais, 837<br />

direcional, 938, 943<br />

de uma série de potência, 746<br />

domínio da,<br />

maximizando a, 944<br />

normal, 1095<br />

notação, 909<br />

parcial, 907, 909<br />

segunda, 857<br />

Desigualdade de Cauchy-Schwarz, 813<br />

Deslocamento, de um vetor, 811<br />

Determinante, 804<br />

Diferenciação<br />

de uma função vetorial, 858<br />

de uma série de potência, 753<br />

implícita, 934<br />

parcial, 907, 915<br />

termo a telmo, 753<br />

Diferencial<br />

equação, 581, 585<br />

de Bemoulli, 633<br />

de primeira ordem, 597<br />

de segunda ordem, 585, ll38<br />

linear, 628<br />

logística, 711<br />

não-homogênea, 1138<br />

ordem da, 585<br />

parcial, 915<br />

separável, 597<br />

homogênea, 1138<br />

solução da, 585<br />

solução geral da, 585<br />

autônoma, 592<br />

Diferencial, 925<br />

Diferenciável, função, 923<br />

Direção<br />

campo de, 619<br />

números que dão a, 823<br />

Direcional, derivada, 939, 943, 944<br />

de uma função temperatura, 940<br />

maximizando a, 944<br />

Direções<br />

campo de, 590<br />

Direita, regra da mão, 793, 815<br />

Diretores, cossenos, 809<br />

Direlriz, 680, 688<br />

Distância<br />

entre planos, 828<br />

entre ponto e plano, 821, 827<br />

entre ponto e reta, 820<br />

entre pontos no espaço, 795<br />

fónnula da, em três dimensões, 795<br />

Divergência<br />

de um campo vetorial, 1090, 1124<br />

de uma seqüência, 701<br />

de uma série infinita, 712<br />

Teorema da, 1124<br />

Teste para, 716<br />

Divergente<br />

seqüência, 701<br />

série, 712<br />

Divisão de sétie de potência, 767<br />

DNA, 850<br />

Donúnio de uma função, 905<br />

Doug1as, Paul, 887, 916<br />

Dupla<br />

integral, 993, 994<br />

propriedades de, 986, 998<br />

regra do ponto médio para, 983<br />

sobre regiões genéricas, 993


James Stewart ÍNDICE ANAlÍTICO A47<br />

E<br />

sobre retângulos, 981<br />

mudança de variável na, 1042<br />

em coordenadas polares, l 001<br />

soma de Riemann, 981<br />

Eixo(s)<br />

coordenados, 793<br />

X, 793<br />

y. 793<br />

z. 793<br />

Elétrica, carga, l 026<br />

Elétrico<br />

campo de força, 1057<br />

carga sobre um circuito, 1137<br />

ftuxo, 1!02<br />

circuito,63I, 1155<br />

Eliminação constante do remédio, 642<br />

Elipse, 682, 688<br />

diretriz, 689<br />

eixo principal, 682<br />

equação polar, 689<br />

excentricidade, 688<br />

focos, 682, 688<br />

propriedade da reflexão, 683<br />

vértice, 682<br />

Elipsóide, 833<br />

Elíptico, parabolóide, 833<br />

Energia<br />

cinética, 618, 1079<br />

conservação da, 1078<br />

potencial, 1079<br />

Epiciclóide, 655<br />

Equação(s)<br />

coelho-lince, 580, 638<br />

de Laplace, 915, !092<br />

de um plano, 825<br />

de uma esfera, 796<br />

de uma reta no espaço, 822, 823<br />

diferencial (ver Diferencial, equação)<br />

logística, 619<br />

do calor, 9!9, 920<br />

linear, 825<br />

logística, 584<br />

diferencial, 711<br />

Lotka-Volterra, 635<br />

onda,915<br />

paramétrica, 647, 822, 849, 1096<br />

polar, 667<br />

predador-presa, 635<br />

da Onda, 915<br />

escalar de um plano, 835<br />

Equilíbrio<br />

ponto de, 636<br />

soluções de, 584, 635<br />

Equipotenciais, curvas, 898<br />

Erro(s)<br />

estimados para séries alternadas, 736<br />

na aproximação de Taylor, 775<br />

Escalar, 799<br />

múltiplo, de um vetor, 799<br />

produto, 806<br />

em fonna de componente, 806<br />

propriedades do, 807<br />

equação, 825<br />

pr~jeção, 810<br />

Escalares, 1054<br />

campos, 1 054<br />

Escoadouro, 1115<br />

Esfera, equação da, 796<br />

Esférica, coordenada, 839, 1032<br />

Espaço<br />

tridimensional, 793<br />

curva no, 849, 851<br />

Esperados, valores, lO 14<br />

Estacionário, estado da solução, 1157<br />

Estimando a soma de uma série, 731, 736,<br />

74L 724<br />

Estratégia para testar séries, 745<br />

Estrofóides, 694<br />

Euler<br />

constante de, 728<br />

método de, 592, 621<br />

Excentricidade, 688<br />

Exponencial (ais)<br />

crescimento, 607<br />

decaimento, 607<br />

função série de potência para, 760<br />

complexas, Ali<br />

Extremo, Teorema do Valor, 957<br />

F<br />

Família<br />

de hipociclóides, 655<br />

de soluções, 584<br />

de superfícies, 843<br />

Fase<br />

Plano de, 636<br />

trajetórias de, 636<br />

retrato de, 636<br />

Fechada, superfície, 1099<br />

Fibonacci, 71 O<br />

seqüência de, 700<br />

Final<br />

ponto, de uma curva, 648<br />

Floco de neve, 789<br />

curva, 779<br />

Fluido, fluxo do, !044<br />

Fluxo, 1!02<br />

linha de, 1060<br />

elétrico, 11!8<br />

Foco<br />

de uma elipse, 688<br />

de uma parábola, 680<br />

de uma seção cônica, 688<br />

Focos<br />

de uma elipse, 682<br />

de uma hipérbole, 684<br />

Foguetes, ciência dos, 970<br />

Pólio de Descartes, 696<br />

Fonte, 1128<br />

Força, campo de, 1057<br />

Forçadas, vibrações, 1154<br />

Forma de andorínha, curva catastrófica<br />

em, 654<br />

Formas vetoriais do Teorema de Green,<br />

1095, 1096<br />

Fónnula de Euler, A 1 1<br />

Frenet-Serret, fórmulas de, 869<br />

fronteira, 1131<br />

lisa,857<br />

lisa por partes, 857<br />

lisa por trechos, 1062<br />

malha, 1084<br />

no espaço, 837, 838<br />

orientação da, 1082<br />

paramétrica. 641, 838<br />

polar, 667<br />

simples, 1082<br />

Fubini<br />

Guido, 989<br />

Teorema de, 989, l 021<br />

Função(ões),<br />

componente, 848<br />

composta, 905<br />

comprimento de arco, 862<br />

contínua, 849, 903<br />

de duas variáveis, 885<br />

de Gompertz, 627<br />

de n variáveis, 894<br />

de três variáveis, 894, 942<br />

de várias variáveis, 885, 894, 927<br />

densidade conjunta, l012, 1026<br />

densidade de probabilidade, 1 O 12<br />

diferenciável, 923<br />

donúnio de, 885<br />

gradiente de, 942<br />

gráfico de, 888, 889<br />

harmônica, 915<br />

homogênea, 937<br />

implícita, 934<br />

limite de, 900, 903<br />

linear, 888<br />

polinomial, 904<br />

potência, 752, l 058<br />

produção Cobb, 9!6, 969<br />

Cobb-Douglas, 887<br />

racional, 904<br />

representações como uma série de<br />

potências de, 752<br />

valor máximo ou mínimo da, 951, 956<br />

valor médio de, 984, 1029<br />

valor vetorial, 848<br />

variação da, 885<br />

vetor, 848<br />

Bessel, 698, 748, 1!63<br />

imagem de, 887<br />

Fundamental, Teorema, do Cálculo, versões<br />

para dimensões superiores, 1131


A48 LJ ÍNDICE ANAlÍTICO Editora Thomson<br />

G<br />

Galileu, 649, 650<br />

Gases, lei dos, 908<br />

Gause, G. F, 624<br />

Gauss<br />

Karl Friedrich, 1124<br />

lei de, 904<br />

Teorema de, 1124<br />

Gauss, óptica de, 780<br />

Geometria do tetraedro, 821<br />

Geométrica, série, 712<br />

Geratriz de uma superfície, 831<br />

Gompertz, função, 627<br />

Gourdon, Xavier, 762<br />

Grad-, 941<br />

Gradiente<br />

campo do vetor, 1058<br />

vetor, 941,943<br />

importância do veto[, 947<br />

Gráfica, calculadora, 658, 672<br />

Gráfico(s)<br />

de uma curva paramétrica, 648<br />

de uma superfície, 1093<br />

polar, 667, 6 72<br />

de uma função, 888, 889<br />

por computadores, 672, 851<br />

Gravitacional, campo, 1057<br />

Green<br />

George, !082, lll O<br />

identidades de, 1095<br />

Teorema de, 1081<br />

formas vetoriais, 1093, 1094<br />

Gregory<br />

James, 755<br />

série de, 755<br />

H<br />

Harmônica<br />

função, 915<br />

série, 715<br />

Hecht, Eugene, 779<br />

Hélice, 849<br />

Helicóide, ll08<br />

Hipérbole, 683, 688<br />

assíntota, 684<br />

diretriz da, 688<br />

equação da, 684<br />

equação polar da, 689<br />

excentricidade da, 688<br />

focos da, 684, 688<br />

ramos da, 684<br />

reflexão, propriedades da, 687<br />

vértices da, 684<br />

Hiperbólico, parabolóide, 834<br />

Hiperbolóidc, 835<br />

Hiperesfem, 1030<br />

Hipociclóide, 655<br />

Homogênea, Equação diferencial, 1138,<br />

1154<br />

Hooke, lei de, i 151<br />

Horizontal. plano, 794<br />

Huygens, 650<br />

I<br />

i (número imaginário), AS<br />

i, 802, 822<br />

Imagem, 1038<br />

Implícita<br />

diferenciação, 934<br />

função, 934<br />

Teorema da Função, 934<br />

Importância do, 947<br />

Impulso de uma força, 619<br />

InclinaçõeS, campo de, 590<br />

Incompressível, campo de velocidade, 1092<br />

Incremento, 923, 927<br />

Independência de caminho, l 080<br />

Independente, variável, 885, 932<br />

Indeterminados, coeficientes, 1132, 1136<br />

Índice de sensação térmica, 888, 919, 948<br />

Inércia, momento de, 1010, 1026, 1058<br />

Infinita (seqüência) (ver Seqüência)<br />

Infinita, série (ver Série)<br />

Inicial<br />

condição, 587<br />

ponto, de uma curva paramétrica, 648<br />

Problema de Valor, 587, 1142<br />

Integração,<br />

de uma série de potência, 753<br />

revertendo a ordem da, 998<br />

termo a termo, 753<br />

parcíal, 988<br />

Integral(is)<br />

dupla, 981, 993, 994<br />

iterada, 988<br />

superfície, 1093, !099<br />

tabela de, contracapa<br />

Teste(s) da, 721<br />

tripla, 1020, !021, 1022<br />

linha, 1053, 1060, !061, 1064<br />

múltipla, 1038<br />

de uma função vetorial, 847, 859<br />

definida de funções a valores vetoriais,<br />

860<br />

definida, 84 7, 979<br />

Integrante, fator, 628<br />

Intermediária, variável, 932<br />

Intersecção<br />

de gráficos polares, 677<br />

de três cilindros, 966, 1037<br />

Intervalo de convergência, 749<br />

Inversa<br />

transformação, l 039<br />

da função trigonométrica, envolvente, 654<br />

Involuta, 664<br />

Irrotacional, campo de vetores, 1091<br />

Isotermas, 898<br />

Isotérmicas, 891<br />

Iterada, integral, 988<br />

J<br />

j, 802<br />

Jacobi, Cad, 1041<br />

Jacobiano, 1041, 1044<br />

Juros, compostos continuamente, 614<br />

K<br />

k, 802<br />

Kepler<br />

Johannes, 875<br />

leide,688,875, 879<br />

Kírchhoff, leis de, 620, 633, 1155<br />

L<br />

Lagrangc<br />

Joseph, 964<br />

multiplicadores de, 963, 964, 967<br />

Lâmina, I 008<br />

Laplace<br />

equações de, 915, 1092<br />

operador de, I 092<br />

Pierre, 915<br />

Lei<br />

da Conservação de Energia, 1079<br />

do crescimento natural, 608<br />

do decaimento natural, 608<br />

de conservação do momento angular, R78<br />

Leibniz, Gottfried Wilhelm, 597, 690, 773<br />

Limaçons, 672<br />

Limitada, seqüência, 706<br />

Limitado, conjunto, 957<br />

Limite(s)<br />

de duas variáveis, 903<br />

de três variáveis, 904<br />

de uma função a valor vetorial, 848<br />

de uma função, 900<br />

de uma seqüência, 701<br />

leis de, para seqüência, 702<br />

superior mínimo, 707<br />

Teste da Comparação do, 730<br />

Linear<br />

aproximação, 922, 923, 927<br />

equação, 825<br />

diferencial, 628, 1138<br />

função, 888<br />

combinação, 1138<br />

Linearidade, 986<br />

Linearização, 923<br />

Lineannente, solução, independente, 1139<br />

Linha (as)<br />

aerodinâmica, 104 7<br />

de con·enteza, I 060<br />

integral de, 1060, 1061, 1064<br />

de campos vetoriais, 1054<br />

Teorema Fundamental para, 1059<br />

com relação ao comprimento do arco,<br />

!064<br />

no espaço, 1052


James Stewart ÍNDICE ANAlÍTICO :~j A49<br />

i<br />

Lisa<br />

curva, 857<br />

superfície, 1100<br />

Lissajous, figuras de, 654<br />

Litotripsia, 683<br />

Local, máximo e mínimo, 951<br />

Logística<br />

equação de diferença, 711<br />

equação de diferencial, 584, 619<br />

seqüências, 711<br />

Logístico, modelo, 619<br />

LOR.t...N, sistema de, 686<br />

Lotka-Vo!tcrra, equações de, 635<br />

M<br />

Maclaurin<br />

Co1in. 759<br />

série de, 759<br />

Magnitude de um vetor, 799<br />

Malhas, curvas de, I 084<br />

Marginal, propensão, a consumir ou a<br />

economizar, 719<br />

Massa, !008, !026, !063, !094<br />

centro de, !008, !026, !063, 1094<br />

Matemática, indução, 708<br />

Máximo e mínimo absoluto, 957<br />

Máximo e mínimo, valores, 951, 956<br />

Médio<br />

Teorema do Valor, para integrais duplas,<br />

1049<br />

valor, de uma função, 984, 1029<br />

Meia-vida, 61 2<br />

Método<br />

dos Mínimos Quadrados, 961<br />

dos Multiplicadores de Lagrange, 96 7<br />

Misturas, problemas de, 605<br />

MObius, tira de, 1105<br />

Modelando<br />

com equações diferenciais, 581<br />

crescimento da população, 581, 608, 619,<br />

625,642<br />

custo de produção, 887, 916, 969<br />

movimento de uma mola, 584<br />

vibração da membrana, 698, 748<br />

Modelo(s), matemático(s),<br />

comparação do crescimento natural<br />

versus logístico, 618<br />

crescimento sazonal, 627<br />

predador-presa, 635<br />

von Bertalanf:fy, 642<br />

Gompertz, função de, 627<br />

Módulo, A6<br />

Mola, constante da, 584, 1151<br />

Momento<br />

de inércia, 1010, !026, !058<br />

de um objeto, 619<br />

de um sólido, 1026<br />

de uma lâmina, 1008<br />

em torno de um eixo, 1008<br />

em torno de um plano, 1026<br />

polar, 10!1<br />

segundo, I O lO<br />

Monótona<br />

Monotônica<br />

seqüência, 706<br />

Teorema da Seqüência, 707<br />

Movimento<br />

no espaço. 869, 875<br />

das luas e planetas, 847<br />

de satélites, 847<br />

Mudança de variáveis<br />

em integrais duplas, 1003, I 042<br />

em integrais múltiplas, 1038<br />

em integrais triplas, I 044<br />

Múltipla, integral, I 038<br />

Multiplicação de séries de potências, 767<br />

Multiplicador<br />

de Lagrange, 964, 967<br />

efeito, 719<br />

N<br />

Não-homogênea, equação diferencial, 1138,<br />

1144<br />

Natural, Lei do Crescimento, 608<br />

Newton<br />

Lei da Gravitação de, 875, 1044<br />

Lei de Resfriamento de, 588, 613<br />

sir Isaac, 690, 773, 875<br />

Segunda Lei de, 872, 875, 1151<br />

Nicomedes, 651<br />

Nível(is)<br />

de uma pressão barométrica, 872, 948<br />

de curva( s ), 890<br />

de temperatura média do mundo, 891<br />

de uma intensidade magnética, 872<br />

superfície de, 895<br />

plano tangente à, 945<br />

Nó trevo, 851<br />

Normal<br />

componente, da aceleração. 873<br />

derivada, 1095<br />

plano, 866<br />

reta, 946<br />

vetor, 825, 866<br />

Número(s) complexo(s), AS<br />

argumento de, A 7<br />

forma polar de, A 7<br />

igualdade de, A5<br />

módulo de, A6<br />

multiplicação de, AS, AS<br />

parte imaginária de, A5<br />

parte real de, A5<br />

potências de, A9<br />

raiz quadrada principal de, A6<br />

raízes de, A 1 O<br />

divisão de, A6, AS<br />

o<br />

Octanle, 793<br />

Onda, equação da, 915<br />

Óptica<br />

de Gauss, 780<br />

de primeira ordem, 780<br />

Órbita, 875<br />

Ordem<br />

de uma equação diferencial, 585<br />

revertendo da integração, 998<br />

Ordem maior, derivadas. 913<br />

Ordenada tripla, 794<br />

Oresme, Nicole, 716<br />

Orientação<br />

de uma curva, I 081<br />

de uma superfície, 1098, 1099<br />

Orientada, superfície, 1098<br />

Ortogonal(is)<br />

vetores, 809<br />

trajetória, 600<br />

superfície, 950<br />

projeção, 812<br />

Osculador<br />

círculo, 866<br />

plano, 866<br />

Ostrogradsky, Mikhail, 1124<br />

Ótipca de terceira ordem, 780<br />

Ovais de Cassini, 675<br />

p<br />

Padrão de ventos na baía de São Francisco,<br />

1053<br />

para Integral de linha, 1059<br />

Parábola, 680, 688<br />

diretriz da, 680<br />

eixo da, 680<br />

equação da, 681<br />

equação polar da, 689<br />

foco da, 680, 688<br />

vértice da, 680<br />

Parabólico, cilindro, 831-832<br />

Parabolóide, 833<br />

Paralelepípedo, 818<br />

Paralelogramo, Lei do, 799, 813<br />

Paralelos, planos, 826<br />

Paralelos, vetores, 799<br />

Paramétrica(s)<br />

curva, 647, 849<br />

equações, 641<br />

da reta, 822<br />

de uma curva espacial, 849<br />

de uma reta no espaço, 862<br />

de uma superfície, 1096<br />

superfície, !094, l 096, 1099<br />

Parametrização de uma curva no espaço, 862<br />

Parâmetro, 647, 822, 849<br />

Parcial(is)<br />

derivada, 907, 910<br />

de uma função com três ou mais<br />

variáveis, 894<br />

notações para, 9ú9<br />

regras para determinar, 91 O<br />

segunda,913<br />

_;,. :.._..___..____._..._..;:......_LL.-.......__...;_....,.y.._. ...;,;::...l·.:·•~!!l'·'---"'-~--""~~-"'--"--- · + .;,f!:•_;c;,_lll~LL .••....• 41& .. ·'*·· u$& ,;i&


A 50 ÍNDICE ANAlÍTICO Editora Thomson<br />

equação diferencial, 915<br />

integração, 989<br />

soma(s), de uma série, 712<br />

Periélio,692<br />

Perilúnio, 686<br />

Perpendiculares, vetores, 809<br />

Planck, Lei de, 783<br />

Planetário, movimento, 875<br />

Plano(s), 825<br />

coordenados, 793<br />

equação do, 822, 825<br />

horizontal, 794<br />

normal, 866<br />

paralelo, 826<br />

langente a supertície, 921. 945, 946, 1099<br />

recortados, 832<br />

Polar(es)<br />

coordenadas, 665<br />

eixo, 665<br />

equação(ões),<br />

gráfico de, 667<br />

de cônicas, 665, 689<br />

Polar, forma, de um número complexo, A 7<br />

retângulo, 1002<br />

Polinomial, função, de duas variáveis, 904<br />

Polinômio de Taylor de grau n. 760<br />

Pólo, 665<br />

Ponto<br />

amostra, 980<br />

Ponto médio, regras do,<br />

para integral dupla, 983<br />

para integral tripla, 1028<br />

População, crescimento da, 609<br />

da bactéria, 624<br />

de peixe, 580, 626<br />

de modelos, 581<br />

do mundo, 61 O<br />

de bactérias, 607<br />

Por partes, curva lisa, 857<br />

Por trechos, curva lisa, 1062<br />

Posição vetor, 800<br />

Positiva<br />

função, 981<br />

orientação<br />

de uma curva, 1105, 1081<br />

de uma superfície, 1099<br />

Potência<br />

Potência série de, 7 4 7<br />

coeficientes de, 747<br />

divisão de, 767<br />

integração de, 753<br />

intervalo de convergência, 749<br />

multiplicação de, 767<br />

raio de convergência, 749<br />

diferenciação de, 753<br />

representações de funções como, 752<br />

Potencial<br />

energia, 1079<br />

função, 1058<br />

Predador, 634<br />

Predador-presa, modelo, 635<br />

Presa, 634<br />

Primeira<br />

Equação diferencial de, ordem, 628<br />

ordem, óptica de, 780<br />

Primeiro octante, 793<br />

Principal eixo da elipse, 682<br />

Principal vetor nonnal unitário, 866<br />

Princípio da superposição, 1147<br />

Princípio de Arquimedes, 1133<br />

Probabilidade, 1012<br />

função densidade, lO 12<br />

Produto<br />

escalar, 806, 807<br />

Produto misto, 818<br />

triplo, 818<br />

escalar, 817<br />

vetorial, 818<br />

Produto vetorial, propriedades do, 817<br />

Projeção, 794, 810<br />

Projétil, 654, 872<br />

Projeto de um grande receptáculo para lixo,<br />

minimizando o custo de construção, 949<br />

p-série. 723<br />

Q<br />

Quadrática, aproximação, 962<br />

Quádrica, superfície, 832<br />

gráfico da, 834<br />

R<br />

Racional, função, 905<br />

Radiação das estrelas, 782<br />

Radiação de corpo negro, 782<br />

Radioativo, decaimento, 611<br />

Raio<br />

de convergência., 749<br />

de rotação, I O 12<br />

Raiz quadrada principal de um número<br />

complexo, A6<br />

Raiz, Teste da, 742<br />

Raízes de um número complexo, AlO<br />

Ramos da hipérbole, 684<br />

Rayleigh~Jeans Lmv, 783<br />

Razão, Teste da, 740<br />

Rearranjo de uma série, 743<br />

Reflexão, propriedades da<br />

de uma elipse, 683<br />

de uma hipérbole, 687<br />

Região<br />

aberta, 1061<br />

conexa, 1061<br />

do tipo I, 994<br />

do tipo ll, 995<br />

fechada, 957<br />

simple.'!, 1082<br />

sólida simples, ] 124<br />

simplesmente conexa, 1062<br />

Regra da mão direita, 793, 815<br />

Regrada, superfície, 837<br />

Relação de recursão, 1160<br />

Relativo, taxa de crescimento, 609<br />

Representações de um vetor, 800<br />

Ressonância, 1155<br />

Resto de uma série de Taylor, 761<br />

Resto, estimativa do<br />

para o Teste da Integral, 725<br />

para o Teste da Razão, 741<br />

para o Teste de comparação, 732<br />

para uma série alternada, 736<br />

Reslrição, 965, 969<br />

Resultante, força, 803, 804<br />

Reta(s)<br />

Reta(s) no espaço<br />

normal, 946<br />

tangente, 855<br />

transversas, 834<br />

equações paramétricas de, 822<br />

equações simétricas de, 823<br />

no plano<br />

equação vetorial de, 822<br />

Retangular, sistema de coordenada, 794<br />

Reversa(s)<br />

ordem, da integração, 998<br />

retas, 848<br />

Riemann, soma(s) de, para integral múltipla,<br />

969<br />

Riemann, soma(s) de, para integral tripla,<br />

1021<br />

Roberval, Gilles de, 658<br />

Rosa de quatro pétalas, 669<br />

Rotacional de um campo vetorial, 1088<br />

s<br />

Sazonal, modelo de crescimento, 627<br />

Secções trJnsversais, 831<br />

Segunda<br />

derivada, 857<br />

parcial, 913<br />

ordem, equação diferencial de, 585<br />

Segundo, momento de inércia, 1 O 1 O<br />

Sela do cachorro, 898<br />

Sela do macaco, 898<br />

Sela, ponto de, 952<br />

Semi-espaço, 894<br />

Seno, função, série de potência da, 763<br />

Seno, série de potências para a função,<br />

763<br />

Separável, equação diferencial, 597<br />

Seqüências, 699<br />

Seqüência<br />

convergente, 701<br />

crescente, 706<br />

de Fibonacci, 700<br />

de somas parciais, 712<br />

decrescente, 706<br />

divergente, 701<br />

gráfico da, 704<br />

limitada, 706<br />

limite de, 701


James Stewart iNDICE ANAlÍTICO :::J A51<br />

monotônica, 706<br />

termos da, 699<br />

Série, 711<br />

absolutamente convergente, 738<br />

alternada, 733<br />

binomial, 770, 771<br />

coeficiente da, 747<br />

condicionalmente convergente, 739<br />

convergente, 712<br />

de Gregory, 755<br />

de potência, 7 4 7<br />

divergente, 712<br />

estratégia para teste, 745<br />

geométrica, 712<br />

harmônica, 715<br />

infinita, 711<br />

Maclaurin, 7 59<br />

p-série, 723<br />

rearranjo da, 743<br />

soma da, 712<br />

soma parcial da, 712<br />

Taylor, 759<br />

tenno da. 704<br />

série de potência da, 760<br />

harmônica alternada, 735, 738<br />

trigonométrica, 747<br />

Setor de um círculo, 675<br />

Sierpinski, carpete de, 720<br />

Simetria em gráfico polar, 669<br />

Simétricas, equações, de uma reta, 823<br />

Simples<br />

curva, 1063<br />

movimento harmônico, 1152<br />

região, l 082<br />

sólida, 1124<br />

Simplesmente conexa, região, l 062<br />

Simpson, Thomas, 977<br />

Sólida, região, 1127<br />

Sólido<br />

volume do, 1036, 1037<br />

ângulo, 1138<br />

Solução<br />

curva, 589<br />

soluções da, 1130<br />

da equação predador-presa, 635<br />

de uma equação diferencial em série, 1159<br />

Soma<br />

de uma série geométrica, 713<br />

de uma série infinita, 712<br />

de vetores, 798<br />

Telescópica, 71 5<br />

Sorvedouro, 1131<br />

Stokes<br />

Stokes, sir George, 1118<br />

Stokes, Teorema de, 1119<br />

Suave<br />

Subamortecido, vibração, 1153<br />

Superamortecido, vibração, 1153<br />

Superfície<br />

área da<br />

de uma superfície paramétrica, 658<br />

T<br />

de uma superfície z = f(x, v), 1017<br />

de uma esfera, 1089 " . .<br />

de nível, 895<br />

de revolução, representação paramétrica<br />

da, 1099<br />

fechada, 1099<br />

gráfico da, 1093<br />

integral de, 1093<br />

de campo de vetores, 1099<br />

lisa, I 100<br />

orientada, 932<br />

paramétrica, 1094, 1096, I 100<br />

quádrica, 832<br />

de nível, 895<br />

T' 1 Transfom1ação inversa, l 039<br />

Tangencial, componente, da aceleração, 873<br />

Tangente plano<br />

a uma superfície de nível, 946<br />

a uma superfície ftx, y, z) = k, 1087<br />

a uma superfície paramétrica, li 00<br />

a uma superfície z = ftx, y), 921, 923<br />

aproximação, 923<br />

Tangente reta<br />

a uma curva paramétrica, 656<br />

a uma curva no espaço, 844<br />

a uma curva polar, 670<br />

vetor, 855<br />

Tautócrona, problema, 650<br />

Taylor<br />

Brook, 759<br />

desigualdade de, 761<br />

polinômio de, 760, 962<br />

série de, 759<br />

Telescópica, soma, 715<br />

Temperatura-umidade, índice da, 896, 907<br />

Teorema de De Moivre, A9<br />

Teorema do Confronto para seqüências, 705<br />

Terminal<br />

ponto, de um vetor, 798<br />

velocidade, 604<br />

Termo<br />

a termo, diferenciação e integração, 753<br />

de uma seqüência, 699<br />

de uma série, 704<br />

Teste da segunda derivada, 954<br />

Testes para Convergência e Divergência de<br />

Série<br />

da Comparação do Limite, 730<br />

da Integral, 722<br />

da Razão, 741<br />

da Série Alternada. 735<br />

da Raiz, 742<br />

para Divergência, 716<br />

resumos dos testes, 745<br />

Tetraedro, 821<br />

Thomson, WiHiam (lorde Kelvin). 1082,<br />

lll8<br />

Tímpano, vibração do, 692, 748<br />

Tipo<br />

L, região sólida do, 1Q22<br />

2~ região sólida do, I 023<br />

3, região sólida do, 1023<br />

I, região do plano do, 994<br />

II~ região do plano do, 995<br />

Torção, 857<br />

Torcida, cúbica, 851<br />

Toro, 1093<br />

Toróide, espiral, 851<br />

Torque, 819<br />

Torricelli, Evangelísta, 650<br />

Total, diferencial, 925<br />

Trabalho, 811, 1055<br />

Traços, 831<br />

Trajetória, 872<br />

Transferência, curva, 881<br />

Transformação, 1038<br />

jacobíano da, 1041<br />

um a um, 1039<br />

Triangular<br />

desigualdade, para vetores, 813<br />

Triângulo, Lei do, 799<br />

Tridimensional, sistema coordenado, 794<br />

Trigonométrica, Série, 747<br />

Tripla<br />

soma, de Riemann. 1021<br />

Tripla integral, 1020, 1021<br />

sobre uma região geral limitada, l 022<br />

em coordenadas esféricas, 1030<br />

ponto médio, regra do, para, 1028<br />

aplicações da, 1025<br />

em coordenadas cilíndricas, 1030<br />

Triplo, produto, 818<br />

Trocóide, 653<br />

Turbina hidráulica, otimização da, 971<br />

u<br />

Ultravioleta, catástrofe do, 783<br />

Um a um, transformação, 1039<br />

Unitário, vetor, 803<br />

normal, 866<br />

v<br />

Valor Absoluto, A6<br />

Variação<br />

de parâmetros, 1149<br />

Variável(is)<br />

aleatória independente, ] O 14<br />

dependente, 885, 932<br />

independente, 885, 932<br />

intermediária, 932<br />

Velocidade, 869<br />

campo, 1056<br />

padrão de vento, 1053<br />

correntes oceânicas, 1054<br />

fluxo do ar, 1054<br />

vento, 1053<br />

vetorial, 857<br />

padrão dos ventos, 782, 1054


A52 n ÍNDICE ANALÍTICO<br />

Editora Thomson<br />

Verhulst, 584<br />

V értice(s)<br />

de urna elipse, 682<br />

de urna hipérbole, 684<br />

de urna parábola, 680<br />

Vetor força, 1056, 1059<br />

i,jek,802<br />

gradiente, 930, 941, 947<br />

magnitude do, 801<br />

multiplicação de, 799<br />

múltiplo escalar do, 799<br />

negativo, 799<br />

nonnal, 848<br />

normal unitário. 866<br />

normal unitário principal, 866<br />

ortogonal, 809<br />

paralelo, 799<br />

perpendicular, 809<br />

posição, 801<br />

produto escalar, 806, 807<br />

produto triplo, 819<br />

produto vetorial de, 813, 819<br />

projeção, 810<br />

propriedades do, 802<br />

representações de, 800<br />

soma de, 798<br />

subtração de, 799<br />

tangente, 855<br />

tangente unitário, 855<br />

tridimensional, 800<br />

unitário, 803<br />

unitário (versar), 803<br />

unítário normal (versor normal), 867<br />

unitário nom1al principal, 867<br />

unitário tangente (versar tangente), 866<br />

velocidade. 869<br />

zero, 798<br />

Vetor(es), 798<br />

aceleração, 870<br />

adição de, 798<br />

ângulos entre, 807, 808<br />

base, 803<br />

base padrão, 803<br />

bidimensional, 800<br />

binonnal, 866<br />

componentes do, 800<br />

comprimento do, 80 I<br />

coplanares, 818<br />

deslocamento, 811<br />

diferença de, 799<br />

equivalentes, 798<br />

força, 1044<br />

Vetorial(is)<br />

projeção, 81 O<br />

equação<br />

de um plano, 825<br />

de uma reta, 822<br />

produto(s), 813<br />

triplo, 818<br />

campo, 1054, 1057<br />

conservativo, 1058, 1079<br />

divergente do, I 088<br />

ftuxo do, 1136<br />

gradiente, l 05 8<br />

incompressível, 1092<br />

in·otaci onal, I 091<br />

rotacional do, I 088<br />

velocidade, 1056<br />

função a valores, 848<br />

contínua, 849<br />

derivada da, 855<br />

integral da, 847<br />

limite da, 848<br />

Vibração(ões), I 152, 1 !54<br />

da mola, l J 52<br />

de uma membrana de botTacha,<br />

modelo da, 692<br />

da membrana do tambor, 700, 748<br />

Vínculos, 951, 955<br />

Volterra, Vito, 635<br />

Volume,<br />

de hiperesferas, I 030<br />

de um sólido. 981<br />

por integral dupla, 981<br />

por integral tripla, l 025<br />

de hiperesferas, I 030<br />

Von Bertalanffy, modelo de, 642<br />

w<br />

Wren, sir Christopher, 660<br />

z<br />

Zero, vetor, 798


Tabelas<br />

»~------:.....;


d<br />

1. -(c)=O<br />

(Ú<br />

d<br />

3. - [f(x) + g(x)] F(x) + g'(x)<br />

(b:<br />

d<br />

5. - 1<br />

[f(x)g(x)] = f(x)g'(xj + g(x)f'(x) (Regra do Produto)<br />

"<br />

d<br />

1. dx f(g(x)) = f'(g(x))g'(x) (Regra da Cadeia)<br />

d ..<br />

2. - [


41.~-·~=<br />

• a+ bu<br />

1 (a+bu--d!nja+bui)+C<br />

56 .I<br />

u 2 du<br />

v 1 a + bu<br />

o<br />

~(8a 2 + 3h 2 u 2 ~ 4abu)\/a + bu +C<br />

!5b,<br />

·• u 2 du l<br />

48. J ---=-_,[ia+ !m) 2 - 4a(a + bu) + 2ac ln I a+ buj] + C<br />

a + bu 2b<br />

49.<br />

da<br />

• I' u(a + bu)<br />

du<br />

50.<br />

• İ u 2 (a -"" bu)<br />

1 u ' i<br />

=-ln---'+C<br />

a a -1- bu I<br />

I<br />

-+<br />

au<br />

51<br />

~· udu<br />

a I<br />

· •. (a+ bu) 2 b-:.{a + hu) b-<br />

du<br />

52. .<br />

İ<br />

h In---+ la+hul C<br />

"<br />

+ ---;-In I a + bu I + C<br />

• u(a + bu)' a(a + ba) - :, In I a : ha I + C<br />

=~(a+ bu- _a_'_- 2a In I a+ bu 1)<br />

b- a+ bu<br />

. '<br />

54. I Uv~ du = :., (3bu- 2a)(a + huV'' -1- C<br />

~ l:Jb'<br />

ss.<br />

J . u du<br />

v a + hu<br />

+C<br />

51. ,. İ - -~de::"=~<br />

u,./a -1- bu<br />

I • 61 ..<br />

u"du<br />

- ,Ja + bu<br />

2<br />

tg :~a=abu<br />

+C se a< O<br />

o [ •<br />

h(2n '3J<br />

•<br />

= ~, _- u"(a + bu)J.2- na I u"<br />

2u'\i~ 2na r u"- 1 du<br />

b(2n + l) + 1) • v: a + bu<br />

-....-~<br />

a(n - l)un<br />

1 v'a + budu]<br />

64. J cos'-udu = ;u + ~sen2u +C<br />

65. J tg 2 udu= tgu-u+C<br />

66. fcotg 2 u du = -cotg u- u + C<br />

+sen"u) cos u +C<br />

69. J tg 3 udu =& tg'-u + lnjcosui +C<br />

70<br />

J<br />

" ' c '<br />

. cotg'u du = -2 co~u~ ln! senu I+ C<br />

'<br />

71. Jsec 1 udu=}secu tgu+&lnlsecu+ tguj+C<br />

72. fcossec'u du =-i o:::mx:ucctgu +i In i cossecu~cctgu I + C<br />

13. fsen' 1 udu = _J_sen" 1 ucosu + ~ ,.sen"~ 2udu<br />

• n n •<br />

r<br />

74. cos"udu = ~cos"-- I n- I r<br />

1 usenu + -- cos"- 1 udu<br />

• n n ~<br />

1 2<br />

77. ,. sec"u du = - - tg u sec""' 2 u + n - J" sec"- 2 u du<br />

• n - 1 n - 1<br />

18. J'a::s::ei'udu= ~cctgucosseé'' 2 u+ n- 2 J• cossec"- 1 udu<br />

n- 1 n- 1<br />

79. f sen au sen bu du<br />

80. J cos au cos bu du<br />

81. J senaucosbudu =<br />

'<br />

sen(a ~ b)u sen(a + b)u<br />

- +C<br />

2(a-b) 2(a+b)<br />

sen(a- b)u + sen~a + b)u +C<br />

2(a - b) 2la + b)<br />

cos(a- b)u<br />

2(a - h)<br />

82. J u senu du = senu - u cos u + C<br />

83. Jucosudu=cosu+usenu+C<br />

84. J u"senudu = -u"cos u + n f u,-- 1 cos udu<br />

'<br />

J 85. u"cosudu=u"senu-n U 11 1 senudu<br />

-<br />

86. f sen''u cos"'u du =<br />

J'<br />

cos(a + b)u<br />

+C<br />

2(a + h)


1.<br />

J f udv = uv- vdu<br />

,.1<br />

6. Jsenudu= ~~cos u + C<br />

J cos udu = scn'J<br />

J SCC 2 1! du """<br />

2. Ja du = -"-- +c. nT" 1 7. +C<br />

11 T 1<br />

f du = ln lu I<br />

3. • u<br />

+C 8. tg u+C<br />

4. Je"du=e~+c 9.<br />

J cossec2 u du = ---cotg u +C<br />

• 1<br />

5. j a"du = --tl" + c<br />

• In a<br />

.•<br />

10. scc u tgudu=secu+C<br />

J<br />

11. cosscc u cotg u du = ---cossec u + C 16. =sen '-+c<br />

f a<br />

12.<br />

J<br />

J a 2 ~tu 2 =; --<br />

tgudu=Jnjsecuj +C 17. tg I li '<br />

a<br />

13.<br />

1 a<br />

Jcotgudu = ln [scnuj +C 18. = ~sec-<br />

J<br />

1 -<br />

a a<br />

14.<br />

f secudu=lnjsecu+ tg ui+ C<br />

15.<br />

J<br />

J cossecu du= In I cossec u~cotg uI+ C 20.<br />

a<br />

19. f~=J_Inl~!<br />

~ a2 - u2 2a j u a I<br />

I .<br />

• _du 1 u-a/<br />

---=~Jn ---<br />

j u 1 -a 2 +<br />

2a u+ar<br />

c<br />

' c<br />

'<br />

c<br />

c<br />

22.<br />

23. ~-v'~ --- /!a+,/~!<br />

1 du=..,'a 2 +u'-aln<br />

j!+C<br />

• u i u<br />

u<br />

2<br />

a2 ~<br />

-In(u +- ..,la 2 + u~) +C<br />

2<br />

+C<br />

24.<br />

-'~l~a_'_+_u_2 du =<br />

• İ u" a<br />

+ ln(u + ,,/a 2 + u 2 ) +C<br />

-~~"~=o+ C<br />

a"val + u2<br />

30. f -/a 2 - u 1 du = !:!_<br />

• 2<br />

a2 t!:!_ +C<br />

+ Tsen a<br />

31.<br />

f u\la2 - u 2 du =.!:!... (2u2- a 2)..,ra 2 - u 2 + ~sen<br />

. 8 8<br />

du I la+~/<br />

35.<br />

f =--lnl +C<br />

• uJa2- ul a u I<br />

33. ,.• v~ du = -~<br />

~ u· u<br />

u<br />

sen- 1 -+C<br />

a<br />

u<br />

2<br />

a2 u<br />

+-sen- 1 -+C<br />

2 a<br />

39. f -/u 2 -a 2 du=f<br />

a2 ,<br />

--Inlu+vlu 2 -a"/+C<br />

2 .<br />

43.<br />

r du =in/ u + ·../u 2 - a 2 1 + C<br />

40.<br />

f<br />

,lu 2 -a 2<br />

41. du =<br />

li<br />

a<br />

-acos· 1--+C<br />

I a I<br />

+C<br />

44. f 2<br />

=!!:... •.ju2- a" + a In I u + ~ / + C<br />

2 2<br />

45. J +C<br />

42 f ,/~ du =<br />

-"-'"--=- + ln I u + ,./u 2 - a 2 j +C<br />

u<br />

46. J u +c<br />

a\lu'- a 2


87. J sen- 1 udu = usen 1 u + ,i~+ C<br />

92.<br />

~ , ~~~ + 1<br />

j u tg-'udu = ~- 2 - , ' 1.1"'<br />

88. J coÇ 1 udu = ucos" 1 u ~-v' I~ u 2 +C<br />

89. J tg- 1 udu = u tg --lu-~ ~ln(l + u") +C<br />

93.<br />

1<br />

du J<br />

nr'<br />

u- l--r== .<br />

~v'!-~u'<br />

91. J LI COS<br />

2u'~J u,!!-u 2<br />

1 u du = ~-4 ~- COS- 1 11 - "-~4 c--=-- + C<br />

c<br />

94.<br />

r u"cos- 1 u du = ~- 1 - [u"' 1 cos- 1 u +<br />

• n + l<br />

95. J u" tg -lu du 'u- J ~"~~~~].<br />

n<br />

• l<br />

96. j uefl~du = (_au- l)eau +C<br />

100. J In u du u In 11 ~ 11 + C<br />

98. J e""scnbudu =<br />

+<br />

(asenhu bcoshu) +C<br />

I • eau<br />

99 .• e a" cos bu du = _,.:_..,-,(a cos bu + h sen hu) + C<br />

+<br />

r<br />

u'<br />

101 .. u"lnudu=-'"-~[(n + l)!nu- l] -1 C<br />

- (n +<br />

102. f- 1 -du=lnllnuj +C<br />

• u In u<br />

103. J senh u du = cosh u + C<br />

164. f cosh u du = senhu +C<br />

105. f tgh udu = lncoshu +C<br />

106. f cotghu du =In I senhu I +C<br />

107. f sechudu = tg-- 1 1 senhuj +C<br />

108. f CC6sa.tw&.t:::: In I tgh ±uI + C<br />

109. f sechiu du = tgh u + C<br />

110. f cossech 1 u du:::: -cotgh u + C<br />

111. f sech u rgh u du = ~sech u + C<br />

112. f cossech u cotg u du :::: - cossec u + C<br />

113. f y'2au- u 1 du = u ~a<br />

• 2<br />

f (a- u)<br />

u<br />

0<br />

f (a- u)<br />

u a •<br />

115. = ,J2nu - u 2 +a cos-1 -<br />

-- + C<br />

116. ~ cos·-l --- + C<br />

117. f du (a- u)<br />

= cos- 1 --a- +C<br />

118.<br />

f (a- udu + acos- u)<br />

1 -a- +C<br />

f u 2 du u + 3a<br />

119. ~ ---2--y2au uz + 3a' (a -u)<br />

2 cos-1 -a-- +C<br />

120. J +C<br />

au

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