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O cinema é uma indústria cara, são investimentos de milhões para a realização<br />

de um filme. Quando se chega a estas cifras, o objetivo econômico é um fator preponderante,<br />

sim! Não podemos nos enganar em achar que os filmes (claro que em<br />

regras gerais) são regidos somente por princípios artísticos. Um filme tem o dever de<br />

gerar lucro, ou seja, produtores tentam minimizar os riscos de um fracasso de bilheteria.<br />

Opiniões ideológicas à parte (afinal é muito fácil pedir coragem com o pescoço<br />

alheio), ao longo deste século cinematográfico, foram estudadas regras de construção<br />

de roteiros que potencializam o prazer em se assistir a um filme. O cinema não possui<br />

o recurso presencial simultâneo. Com os recursos de que se dispõe hoje em dia<br />

(internet, TV digital, TV por celular, jogos digitais), pode-se trabalhar uma interatividade<br />

muito interessante, mas provavelmente dentro de um processo individual,<br />

dificilmente numa experiência coletiva num futuro próximo. Porém, temos recursos,<br />

como apresentação do primeiro corte para uma plateia experimental, etc. Mas até se<br />

chegar ao primeiro corte, já foram gastos milhões, portanto na compilação do roteiro,<br />

onde os gastos são ainda pequenos, precisamos garantir o máximo de eficiência.<br />

Os produtores de cinema procuram ficar antenados às necessidades da plateia em<br />

potencial. Hoje em dia os filmes americanos sobre a guerra ao terrorismo, superam<br />

em muito os sobre a guerra do Vietnã. No processo de elaboração do roteiro se buscam<br />

bússolas em pensadores como Aristóteles, Syd Field, Gabriel García Márquez,<br />

Christopher Vogler (o preferido dos roteiristas de hoje em dia, que na verdade adapta<br />

Joseph Campbell para o cinema e que trabalha não somente a estrutura macrodramatúrgica<br />

temporal do roteiro, mas principalmente os arquétipos dos personagens e<br />

da jornada mítica).<br />

A partir do momento em que se inventa o trem, a questão do tempo para o<br />

homem se torna fundamental. Percebe-se a importância do fuso horário, por exemplo.<br />

A velocidade de locomoção humana vai evoluindo e hoje, com a internet, temos<br />

tempos simultâneos, onde um acionista da bolsa de valores no Brasil investe na bolsa<br />

de Tókio on-line.<br />

Segundo Hitchcock, que além do grande cineasta, foi um pensador teórico do<br />

Paulo Siqueira<br />

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