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Contadores de Histórias: um exercício para muitas vozes 64 fos, teóricos e artistas populares me ajudam a pensar o valor desta antiga arte milenar, onde a palavra é indicadora de rumos passados, presentes e futuros, são unânimes em relacionar a arte narrativa com a arte de viver. E todos eles precisam dos contadores de histórias e dos cantadores para que a palavra se dirija alma adentro e possa repercutir profundamente na forma de imagem poética. Letrados e não letrados leem o mundo e contam suas histórias. É preciso contá-las para que o mundo possa ouvi-las. Onde desaparece a arte de narrar, também desaparece o dom de ouvir, já dizia Benjamin: A narrativa mergulha a coisa na vida no narrador para em seguida retirá-la dele. Assim se imprime na narrativa a marca do narrador, como a mão do oleiro na argila do barro. (BENJAMIN, 1994, p. 205) Aí está a relevância das narrativas orais que se mantiveram vivas e germinativas antes mesmo dos suportes que as pudessem registrar: a narrativa é uma forma artesanal de comunicação que se prolonga e repercute, ao contrário da informação que se esgota rapidamente. As narrativas estão imbricadas com a arte de viver. Portanto a arte de narrar e o dom de ouvir se entrelaçam para que a maior aventura do homem possa acontecer. Leituras Inspiradoras u A poética do devaneio. Gastón Bachelard. Martins Fontes, 2006. u Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. Walter Benjamin. Brasiliense, 1994. (obras escolhidas I) u Memória e sociedade – Lembrança de velhos. Ecléa Bosi. Cia. Das Letras, 1994. u A arte de contar histórias no século XXI: tradição e ciberespaço. Cléo Busatto. Vozes, 2007. u Seis propostas para o próximo milênio: lições americanas. Ítalo Calvino. Companhia das Letras, 1990. u Literatura oral no Brasil. Luis da Câmara Cascudo. Universidade de São Paulo, 1984.
u O dom da história: uma fábula sobre o que é suficiente. Clarissa Pinkola Estés. Rocco, 1998. u A renovação do conto. Emergência de uma prática oral. Maria de Lourdes Patrini. Cortez, 2005. u A redenção do robô: meu encontro com a educação através da arte. Herbert Read. Summus, 1986. Bia Bedran 65
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u O dom da história: uma fábula sobre o que é suficiente. Clarissa Pinkola Estés.<br />
Rocco, 1998.<br />
u A renovação do conto. Emergência de uma prática oral. Maria de Lourdes<br />
Patrini. Cortez, 2005.<br />
u A redenção do robô: meu encontro com a educação através da arte. Herbert<br />
Read. Summus, 1986.<br />
Bia Bedran<br />
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