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Contadores de Histórias: um exercício para muitas vozes<br />

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que nome interessante, Morandubetá! Uma palavra diferente. Que remete ao que<br />

a gente quer... Homenagear os povos indígenas.<br />

Júlio Diniz – Iluminar o Brasil pouco iluminado, deixá-lo vazar e brilhar, não é<br />

Morandubetá – Isso! É, tudo nasceu daí e assim! Foi muito... Bonito e mágico!<br />

Júlio Diniz – E aí vocês começaram a fazer o quê em 91/92<br />

Morandubetá – Contávamos no projeto “Meu livro, meu companheiro”, da FNLIJ,<br />

que acontecia no INCA – Instituto Nacional de Câncer, onde foi montada uma<br />

sala com uma biblioteca chamada Bibliolândia, nome escolhido pelos frequentadores.<br />

Nesse momento começamos também a viajar pelo Brasil para formar<br />

contadores pelo Proler.<br />

Júlio Diniz – Qual era o repertório Era só para pacientes, para adultos e crianças<br />

Morandubetá – A sala e o repertório eram voltados para a literatura infantil e<br />

juvenil, mas acabou virando um espaço de convivência de todos, porque nesse<br />

momento também nascia no INCA um grupo de voluntários que estava sendo<br />

formado para trabalhar com as crianças. Daí surgiu a ideia de que, além de contar,<br />

poderíamos ministrar um curso de contador de histórias para esse grupo que teria<br />

a possibilidade de difundir essa ação nas suas atividades. Nós também íamos às<br />

enfermarias para contar, quando o paciente não podia se deslocar.<br />

Júlio Diniz – Podemos dizer que antes dos doutores da alegria chegarem ao Rio de<br />

Janeiro vocês já estavam lá e faziam esse trabalho<br />

Morandubetá – Sim! Com certeza! Nessa época inclusive começamos a pensar em<br />

fazer essa ação num trabalho voluntário, a ideia de contar histórias para os enfermos.<br />

Em 1995 fomos convidados para participar do projeto da Secretaria Municipal<br />

de Cultura Teatro é Vida, que era só com atores. Quando eles perceberam<br />

que já havíamos feito isso no INCA, resolveram nos chamar. Então tivemos a<br />

ideia de criar o projeto voluntário Cesta de Histórias que foi feito com o nosso<br />

dinheiro em seis hospitais da rede pública. Compramos as cestas de vime, doamos<br />

os livros, demos formação de contadores de histórias. Acabamos ganhando<br />

uma Moção de apoio da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro por essa ação.<br />

Foi uma bela surpresa!

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