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ente nos relata e a maneira pela qual, peculiarmente, ela a vivencia. Busca-se identificar,<br />
nestes casos, a emoção que acompanha uma atitude. A intencionalidade emotiva<br />
da ação faz transparecer uma particularidade que mostra a identificação daquele ser:<br />
a sua essência. Certa vez ouvi dizer que ninguém é de todo mau nem de todo bom.<br />
Claro, não podemos pensar no ser humano de forma maniqueísta, afinal o bom e o<br />
mau existem em todos nós. Só somos bons porque conhecemos valores que são maus.<br />
Isso aparece no paciente e o homeopata consegue perceber isso pelos conceitos que<br />
aprende de homem, doença e cura.<br />
Uma paciente, um dia, me contou: “... me despedi do meu marido e saí, esqueci<br />
um documento e precisei voltar para casa e o ouvi ao telefone, pelo papo, desconfiei<br />
e não deu outra: ele tinha uma amante. Me descontrolei, estou neste estado que você<br />
vê. A forma como ele falou de mim para a outra me destruiu. Segui a mulher, cheguei<br />
a bater na casa dela, mas graças a Deus não havia ninguém em casa. Não sei o que<br />
eu faria. Entretanto, tenho que confessar: eu já o traí, com um amigo dele. Mas não<br />
suporto a ideia de ter sido traída por ele. Sei que estou sendo injusta, eu também já<br />
fiz isso, mas não consigo fazer diferente”. Este é apenas um trecho do que ouvi da<br />
história de uma mulher asmática. A asma, em si, me diria o quê O que eu poderia<br />
fazer por uma pessoa com asma, além dos medicamentos específicos para o quadro<br />
A asma, neste caso, é uma história, mas incompleta.<br />
Uma outra história mais ilustrativa disso se refere a uma paciente que me disse:<br />
“... tenho medo de mudanças, acabo deixando as coisas ficarem como estão, mesmo<br />
que não me agradem, mesmo que eu não esteja feliz, tenho medo de mudanças pois<br />
sempre acho que será para pior, não consigo me imaginar promovendo uma mudança<br />
na minha vida, mesmo pensando que seria para melhor e acabar sendo para pior,<br />
então fico nessa situação tão ruim tanto no trabalho quanto em casa”. Neste caso, o<br />
que a paciente apresentava era um quadro de mialgia, que se concentrava nas pernas.<br />
Pelas dores, era impedida de executar alguns movimentos, ou pelo menos os dificultava.<br />
Há um nexo entre o quadro emocional com o clínico, pois, para quem não<br />
consegue fazer movimentos de mudanças em sua vida, mesmo quando está infeliz,<br />
Conrado Mariano<br />
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