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É o contexto que faz com que, embora construído pela análise da informação e<br />

que possa algumas vezes ser transformado em informação para ser disseminado, o<br />

conhecimento não seja apenas um tipo especial estático de informação, como muitos<br />

creem. Isto porque diariamente importantes elementos de contexto são incorporados<br />

ao conhecimento nas mentes e corpos das pessoas, nas rotinas das empresas e, principalmente,<br />

no relacionamento entre as pessoas e entre elas e suas empresas.<br />

As empresas e suas pessoas em um determinado momento são apenas um instantâneo<br />

de um quadro dinâmico em que pessoas vão e vêm, influenciam e são influenciadas<br />

por aquilo a que nos referimos simplificadamente como organização.<br />

É fácil dizer que a empresa é uma organização. Mais fácil ainda é alardear que a<br />

organização é uma comunidade, mas na prática criar um ambiente propício ao florescimento<br />

do conhecimento exige muito mais do que simples slogans.<br />

Uma pessoa para expressar aquilo que conhece ou pelo menos aquilo que tem<br />

consciência que conhece não pode deixar de fazê-lo senão emitindo algum tipo de<br />

informação (conteúdos), na forma de mensagens, sejam orais, escritas, sinalizadas,<br />

gráficas, gestuais, dançadas, corporais ou qualquer outra forma que um ser humano<br />

tenha para se comunicar.<br />

É preciso conectar os conteúdos disponibilizados, representados por dados e<br />

informações, aos contextos, para que outras pessoas possam criar novos conhecimentos<br />

capazes de possibilitar à empresa se modificar de modo a se adaptar às mudanças<br />

de seus ambientes de negócios.<br />

Fui assim começando a entender que o elo, entre os conteúdos e os contextos, são<br />

as narrativas, que sendo a forma como as pessoas constroem um mundo de significados,<br />

se tornam um tipo de código, útil em ambientes dinâmicos, de racionalidade limitada<br />

e de incerteza, como os enfrentados pelas empresas na atual era de globalização, pois<br />

transformam a incerteza da mudança em algo compreensível e com significado.<br />

Seguindo as ideias de Argyris e Schoen sobre toda empresa ter uma teoria “proclamada”<br />

e uma “aplicada”, são as narrativas que nos informam sobre as regras informais,<br />

quando chegamos a uma empresa.<br />

Fernando Goldman<br />

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