o_19dm3aj1o1sup1j651bkj1drp13h6a.pdf
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Contadores de Histórias: um exercício para muitas vozes<br />
152<br />
atual e futuro. Era difícil estabelecer uma conexão entre os aspectos mais tecnológicos<br />
das empresas e esta sua dependência de trajetória.<br />
Hoje noto que há algo de novo sobre a arte de contar histórias em ambientes organizacionais.<br />
Não se trata mais apenas do seu uso proposital para alcançar resultados<br />
práticos em questionáveis e antiquadas práticas de liderança.<br />
Em minhas pesquisas venho descobrindo que empresas longevas (as que se caracterizam<br />
como verdadeiras comunidades) têm como principal característica aquela<br />
especial capacitação para se adaptar constantemente às mudanças em seus ambientes<br />
de negócios, com mais rapidez do que seus concorrentes.<br />
Mas a inovação não é apenas uma vontade declarada. Ela exige a prática regular e<br />
constante de uma humildade em busca do que precisa ser aperfeiçoado na empresa,<br />
de um ambiente com abertura suficiente para tal, caracterizando que os verdadeiros<br />
proprietários do capital social não deveriam ser pequenos grupos – que podem facilmente<br />
ser tornar obsoletos – mas a empresa que, vista como uma comunidade, se<br />
mostra muito mais apta a dar respostas.<br />
Para atender aos atuais desafios de adaptação, contínuos e necessários, sempre<br />
com maior rapidez, diversos autores de diferentes áreas de estudos vêm chamando<br />
atenção para o fato de que as estruturas burocráticas e hierárquicas baseadas em<br />
mecanismos de comando e controle, que se mostraram tão eficientes desde o início<br />
do taylorismo, já não funcionam adequadamente e funcionarão cada vez menos. Há<br />
assim a necessidade da troca da ênfase em simples e objetivas relações de causa e efeito<br />
pelo foco em aspectos menos explícitos, menos objetivos, digamos mais tácitos.<br />
Esse novo mundo organizacional, de valores, significados e experiências, com<br />
atenção às interações humanas, precisa identificar o conhecimento, entendido como<br />
a união de saberes e habilidades para uma capacidade de ação eficaz, como novo e<br />
mais importante fator de produção.<br />
Sendo o conhecimento contextual e só existindo nas pessoas que compõem uma<br />
empresa, me chama atenção a importância da palavra “contexto” e a forma como ela<br />
é negligenciada nas empresas que não conseguem se ver como comunidades.