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Contadores de Histórias: um exercício para muitas vozes<br />

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atual e futuro. Era difícil estabelecer uma conexão entre os aspectos mais tecnológicos<br />

das empresas e esta sua dependência de trajetória.<br />

Hoje noto que há algo de novo sobre a arte de contar histórias em ambientes organizacionais.<br />

Não se trata mais apenas do seu uso proposital para alcançar resultados<br />

práticos em questionáveis e antiquadas práticas de liderança.<br />

Em minhas pesquisas venho descobrindo que empresas longevas (as que se caracterizam<br />

como verdadeiras comunidades) têm como principal característica aquela<br />

especial capacitação para se adaptar constantemente às mudanças em seus ambientes<br />

de negócios, com mais rapidez do que seus concorrentes.<br />

Mas a inovação não é apenas uma vontade declarada. Ela exige a prática regular e<br />

constante de uma humildade em busca do que precisa ser aperfeiçoado na empresa,<br />

de um ambiente com abertura suficiente para tal, caracterizando que os verdadeiros<br />

proprietários do capital social não deveriam ser pequenos grupos – que podem facilmente<br />

ser tornar obsoletos – mas a empresa que, vista como uma comunidade, se<br />

mostra muito mais apta a dar respostas.<br />

Para atender aos atuais desafios de adaptação, contínuos e necessários, sempre<br />

com maior rapidez, diversos autores de diferentes áreas de estudos vêm chamando<br />

atenção para o fato de que as estruturas burocráticas e hierárquicas baseadas em<br />

mecanismos de comando e controle, que se mostraram tão eficientes desde o início<br />

do taylorismo, já não funcionam adequadamente e funcionarão cada vez menos. Há<br />

assim a necessidade da troca da ênfase em simples e objetivas relações de causa e efeito<br />

pelo foco em aspectos menos explícitos, menos objetivos, digamos mais tácitos.<br />

Esse novo mundo organizacional, de valores, significados e experiências, com<br />

atenção às interações humanas, precisa identificar o conhecimento, entendido como<br />

a união de saberes e habilidades para uma capacidade de ação eficaz, como novo e<br />

mais importante fator de produção.<br />

Sendo o conhecimento contextual e só existindo nas pessoas que compõem uma<br />

empresa, me chama atenção a importância da palavra “contexto” e a forma como ela<br />

é negligenciada nas empresas que não conseguem se ver como comunidades.

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