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Contadores de Histórias: um exercício para muitas vozes<br />

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Nós, educadores e pais, sabemos que tem histórias de todo tipo e para qualquer<br />

momento, com personagens e enredos diferentes. Tem aquelas para dormir, e se cenário<br />

é um pai contando um conto para uma menina de oito anos na cabeceira de sua cama,<br />

pode ser um conto de fadas; se um outro pai está com o filho na esteira na aldeia pode<br />

ser uma lenda, mas se o cenário for de uma mãe sertaneja balançando o filho na rede<br />

deve ser um causo de boi assombrado, deve ser assim ainda em alguns destes lares.<br />

E qual é a voz da escola<br />

Os contos de fadas me parecem ainda favoritos, pois muitos professores foram<br />

alimentados com eles, e na verdade são contos maravilhosos. Mas chega aquela hora<br />

que o professor encantador de crianças, de tanto trabalhar com as mesmas histórias e<br />

livros, cansa um pouco das princesas e príncipes, olhando com bons olhos para novas<br />

histórias de autores bem vivinhos e até próximos da escola e da realidade brasileira.<br />

Atualmente a contação de histórias na sala de aula é igualmente literária como<br />

no passado, mas hoje utilizamos textos autorais. Antes no lar contavam-se histórias<br />

populares, “causos” de domínio público onde ninguém lembrava quem era o autor.<br />

Hoje os contos na escola, nos quais se propõe trabalhar a leitura, têm autores que são<br />

bem conhecidos e isto é muito bom.<br />

Aquelas vozes da professora impregnadas de literatura começam a aprender muitos<br />

outros contos, às vezes um livro por semana, criamos assim a mulher-livro, ou<br />

homem-livro, como queiram. Há entre os professores um esforço em preparar boas<br />

histórias e colocar o universo do livro e da literatura, obras da literatura infantojuvenil<br />

de boa qualidade na escola.<br />

É claro que estamos falando da prática da professora narradora, aquela que dá voz<br />

às histórias e toda a escola a reconhece.<br />

Mas temos práticas ditas de contação de histórias como a manipulação de bonecos<br />

em tendas, ou detrás da mesa, às vezes uma televisão artesanal para passar uma<br />

história, isto é arte sim, mas não acredito que seja realmente o que se propõem. É<br />

preciso dizer que o contador de histórias pode até usar alguns elementos para contar<br />

um conto, música, outras interferências, ou nada, mas é bom lembrar que o mais

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