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Contação de estória: vida e realidade o
[Affonso Romano de Sant’Anna] Vou arriscar uma definição. Mais uma. Já tentaram de várias maneiras dizer o que é que define essencialmente o ser humano. Uns dizem, “homo faber”, porque ele sabe produzir instrumentos industriais de trabalho ou de guerra; outros dizem – “homo economicus”, porque conseguimos estabelecer uma sociedade baseada na economia, na qual viramos objeto de consumo; outros dizem – “homo ludens”, como Huizinga, e assim estudam o “jogo” presente na guerra, na poesia, no direito, etc. E assim continuam as intermináveis classificações que vêm desde o “homo sapiens” até aquilo que levou Cassirer a dizer que o homem é “animal simbólico” (“homo simbolicus”), ou seja, nossa habilidade em forjar símbolos exprime nossas perplexidades e faz nossa história. Outro dia li um texto que falava do “homo academicus”, referindo-se a esses indivíduos com a cabeça ilhada dentro das universidades, falando um “trobar clus” moderno. Todas essas características são verdadeiras. E cada uma é uma maneira de entrar no mistério da natureza humana. Penso se nessa sequência se poderia introduzir um outro traço que nos caracteriza e que não é desprezível. Não vou mais usar a seródia palavra “homo”, isto já prescreveu depois que o feminismo botou por terra muitos preconceitos. Não dá para repetir aquela frase que, dizem, é de Monteiro Lobato: “um país se faz com homens e livros”. Bota mulher nisto. 13
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