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Direitos Humanos e Prisões – Guia do Formador - DHnet

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Meto<strong>do</strong>logia:<br />

Os forman<strong>do</strong>s deverão ser dividi<strong>do</strong>s em pequenos<br />

grupos. A cada grupo deverá ser atribuí<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s<br />

tópicos para discutir.<br />

Cada grupo deverá apresentar a toda a turma as<br />

conclusões da sua discussão, logo terá de designar<br />

um porta-voz.<br />

Pontos a destacar/áreas sugeridas para discussão:<br />

• Ao inspeccionar alimentos, o pessoal penitenciário<br />

não deve:<br />

– Mexer nos alimentos com as mãos;<br />

– Deixar os alimentos cair ao chão;<br />

– Permitir que corpos estranhos entrem em<br />

contacto com os alimentos;<br />

• Diferentes culturas terão géneros alimentícios<br />

muito diferentes, por isso os méto<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s<br />

para manter a segurança alimentar irão variar. Terá<br />

interesse para os forman<strong>do</strong>s ouvir de que forma<br />

os seus colegas lidam com o problema;<br />

• A fim de evitar que a comida seja roubada ou<br />

distribuída injustamente pelos trabalha<strong>do</strong>res das<br />

cozinhas, o pessoal penitenciário deverá:<br />

– Submeter a controlo as pessoas que deverão<br />

trabalhar nas cozinhas antes de lhes atribuir<br />

essa função;<br />

– Atribuir um alto estatuto ao trabalho nas<br />

cozinhas;<br />

– Estabelecer o despedimento imediato como<br />

sanção para a subtracção de comida;<br />

– Revistar to<strong>do</strong>s os reclusos antes que deixem<br />

o local de trabalho;<br />

– Manter a despensa sob rigoroso controlo;<br />

– Estabelecer um sistema pelo qual os trabalha<strong>do</strong>res<br />

das cozinhas que estejam a ser<br />

sujeitos por outros reclusos a pressões para<br />

roubar ou distribuir injustamente comida possam<br />

participar este facto às autoridades sem<br />

serem identifica<strong>do</strong>s;<br />

– Garantir que sejam os funcionários e não os<br />

reclusos a controlar as porções de comida;<br />

• Caso existam reclusos que padeçam de tuberculose,<br />

necessitan<strong>do</strong> de alimentação especial, é <strong>do</strong><br />

interesse de to<strong>do</strong>s combater a propagação da<br />

<strong>do</strong>ença. Isto pode ser feito mediante a garantia de<br />

uma dieta condigna, assim como de medicamentos<br />

para tratar as pessoas <strong>do</strong>entes;<br />

• Sempre que possível, devem ser identificadas as<br />

rações ou menus para pessoas <strong>do</strong>entes antes da<br />

distribuição principal;<br />

• O pessoal médico pode receitar dietas especiais<br />

para reclusos gravemente <strong>do</strong>entes;<br />

• Pode pedir-se aos organismos de assistência que<br />

ajudem a encontrar fontes de abastecimento suplementares<br />

para os reclusos <strong>do</strong>entes e enfraqueci<strong>do</strong>s;<br />

• Os membros da família podem, sempre que<br />

possível, ser autoriza<strong>do</strong>s a levar alimentos extra<br />

aos reclusos;<br />

• A auto-suficiência ou um excedente na produção<br />

alimentar pode ser encoraja<strong>do</strong> mediante:<br />

– A investigação acerca da disponibilidade de<br />

terrenos férteis dentro <strong>do</strong> perímetro da prisão<br />

ou, em certas circunstâncias, fora dele;<br />

– O acesso a sementes e instrumentos agrícolas;<br />

– A aquisição <strong>do</strong>s conhecimentos necessários<br />

por parte <strong>do</strong> pessoal ou a possibilidade de<br />

recrutar especialistas na comunidade local;<br />

– O acor<strong>do</strong> da administração penitenciária<br />

para o desenvolvimento de uma relação quase<br />

comercial com a comunidade local.<br />

Casos práticos<br />

Meto<strong>do</strong>logia:<br />

Sugere-se que estes exercícios sejam conduzi<strong>do</strong>s como<br />

um debate dramatiza<strong>do</strong> em frente de toda a turma.<br />

Pontos a destacar/áreas sugeridas para discussão:<br />

Caso prático n.° 1<br />

• Entre as pessoas envolvidas na tomada de decisões<br />

sobre esta matéria contam-se: o director da<br />

prisão, o pessoal de segurança, a comunidade local,<br />

um especialista em agricultura, o pessoal médico,<br />

a administração penitenciária, um eventual representante<br />

<strong>do</strong>s reclusos e talvez outras pessoas;<br />

• Terão de discutir alguns <strong>do</strong>s problemas que<br />

provavelmente se colocarão ao tomar esta nova iniciativa<br />

e se valerá a pena fazer-lhes face a fim de<br />

assegurar um melhor abastecimento de alimentos.<br />

O tempo será um factor importante: as culturas<br />

terão de ser plantadas de acor<strong>do</strong> com as estações<br />

<strong>do</strong> ano e necessitam de tempo para crescer. É o<br />

Direito a alimentação e água potável suficientes* 39

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