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Direitos Humanos e Prisões – Guia do Formador - DHnet

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diferentes categorias <strong>do</strong> grupo profissional em<br />

causa, consoante a respectiva função e o contexto<br />

em que se desenvolve o trabalho quotidiano <strong>do</strong><br />

sub-grupo em questão. Isto permite que a formação<br />

incida sobre:<br />

• Aspectos de estratégia e definição de políticas<br />

para o pessoal dirigente;<br />

• Aspectos pedagógicos para os forma<strong>do</strong>res;<br />

• Aspectos operacionais para os restantes;<br />

• Aspectos com particular relevância para profissionais<br />

com funções específicas, como especialistas<br />

regionais, “técnicos”, etc.;<br />

• Formação básica, incidente apenas sobre as áreas<br />

mais fundamentais e os conceitos-chave, para o<br />

pessoal de apoio;<br />

c) Os méto<strong>do</strong>s de ensino e formação a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong>s<br />

deverão reflectir a orientação sobretu<strong>do</strong> prática e<br />

pragmática <strong>do</strong>s forman<strong>do</strong>s adultos. Isto significa:<br />

• Dar a oportunidade de traduzir na prática as<br />

ideias e os conceitos;<br />

• Permitir que os participantes se centrem nos problemas<br />

reais da sua profissão; e<br />

• Responder às preocupações imediatas <strong>do</strong>s participantes,<br />

por eles suscitadas durante o programa<br />

de formação.<br />

c. O méto<strong>do</strong> participativo<br />

18. Para obter os melhores resulta<strong>do</strong>s possíveis,<br />

devem ser ti<strong>do</strong>s em conta alguns princípios básicos<br />

na aplicação <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> participativo descrito<br />

em seguida. Recordemos os 13 elementos <strong>do</strong><br />

méto<strong>do</strong> de formação sugeri<strong>do</strong> pelo Alto Comissaria<strong>do</strong>,<br />

acima explica<strong>do</strong>s em detalhe na secção 1 da<br />

presente Introdução, sob o título “Meto<strong>do</strong>logia da<br />

formação em direitos humanos”:<br />

• Méto<strong>do</strong> colegial;<br />

• Formação de forma<strong>do</strong>res;<br />

• Técnicas pedagógicas interactivas;<br />

• Especificidade <strong>do</strong>s destinatários;<br />

• Abordagem prática;<br />

• Explicação pormenorizada das normas;<br />

• Sensibilização;<br />

• Flexibilidade de concepção e aplicação;<br />

• Desenvolvimento de competências;<br />

• Utilização de instrumentos de avaliação;<br />

• Importância da auto-estima;<br />

• Ligação com a política das organizações;<br />

• Seguimento planea<strong>do</strong>.<br />

19. Este méto<strong>do</strong> exige uma abordagem que seja<br />

simultaneamente interactiva, flexível, pertinente e<br />

variada, conforme explica<strong>do</strong> em seguida:<br />

Interactiva – Este programa implica a utilização de<br />

uma meto<strong>do</strong>logia de formação participativa e interactiva.<br />

Os forman<strong>do</strong>s adultos absorvem com mais<br />

facilidade o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong>s cursos quan<strong>do</strong> a informação<br />

não lhes é, por assim dizer, “injectada”. Para<br />

que a formação seja eficaz, os participantes devem<br />

ser plenamente envolvi<strong>do</strong>s no processo. Como profissionais<br />

que são, os forman<strong>do</strong>s podem contribuir<br />

com um importante acervo de experiências, que<br />

devem ser aproveitadas da melhor forma para tornar<br />

o curso interessante e eficaz.<br />

Flexível – Contrariamente a certos mitos associa<strong>do</strong>s<br />

à formação de adultos, não é recomendável a<br />

a<strong>do</strong>pção de uma abordagem de tipo “militar”,<br />

numa tentativa de obrigar os forman<strong>do</strong>s a participar.<br />

O resulta<strong>do</strong> mais frequente de tais técnicas é<br />

o suscitar de um ressentimento entre os participantes<br />

e, em consequência, a obstrução de vias de<br />

comunicação efectivas entre forma<strong>do</strong>res e forman<strong>do</strong>s.<br />

Embora o forma<strong>do</strong>r deva manter um certo<br />

controlo, a primeira regra deverá ser a flexibilidade.<br />

As questões colocadas pelos participantes<br />

– mesmo as mais difíceis – deverão ser bem acolhidas<br />

e respondidas pelos forma<strong>do</strong>res de forma<br />

positiva e franca. Da mesma forma, um horário<br />

excessivamente rígi<strong>do</strong> pode ser motivo de frustração<br />

e ressentimento para os participantes, deven<strong>do</strong><br />

por isso ser evita<strong>do</strong>.<br />

Pertinente – A pergunta que o forman<strong>do</strong> fará a si<br />

próprio em silêncio ao longo de to<strong>do</strong> o curso será:<br />

“O que tem isto a ver com o meu trabalho quotidiano”.<br />

A forma como o forma<strong>do</strong>r conseguir dar<br />

continuamente resposta a esta pergunta será um<br />

factor importante para o seu êxito. Assim, deve fazer-<br />

‐se tu<strong>do</strong> quanto seja possível para assegurar que to<strong>do</strong><br />

o material apresenta<strong>do</strong> é relevante para o trabalho<br />

<strong>do</strong>s participantes e que essa relevância é posta em<br />

destaque quan<strong>do</strong> não for imediatamente evidente.<br />

Esta tarefa pode ser mais fácil quan<strong>do</strong> se abordam<br />

temas operacionais. Pode, porém, exigir uma prepa-<br />

Técnicas de formação eficazes*

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