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Direitos Humanos e Prisões – Guia do Formador - DHnet

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• Lidar com crianças rebeldes pode ser uma tarefa<br />

extremamente exigente para o pessoal, mesmo em<br />

ambiente prisional;<br />

• É necessário um exame médico para tentar apurar<br />

se o padrão comportamental tem uma<br />

explicação médica;<br />

• A alimentação deverá ser investigada;<br />

• As crianças são tão capazes quanto os adultos de<br />

infligir danos graves, mas muitas vezes, devi<strong>do</strong> à<br />

sua juventude e falta de preparação, não compreendem<br />

cabalmente as consequências <strong>do</strong>s seus<br />

actos;<br />

• Um <strong>do</strong>s elementos <strong>do</strong> programa segui<strong>do</strong> na prisão<br />

deverá ser a exposição às consequências <strong>do</strong>s<br />

seus delitos;<br />

• Deverá ser imposta uma disciplina coerente,<br />

firme mas calma, sem manobras de retaliação aos<br />

actos de violência, física e verbal, que serão provavelmente<br />

infligi<strong>do</strong>s ao pessoal. Isto é muito difícil<br />

de conseguir para o pessoal. Os funcionários devem<br />

ter consciência de que estas crianças não compreendem<br />

o conceito de respeito e que a violência nada<br />

lhes ensinará nesta fase. Se aprenderem, será pelo<br />

exemplo;<br />

• É provável que a educação não tenha desempenha<strong>do</strong><br />

um papel importante nas suas vidas, salvo<br />

talvez as humilhações sofridas na sala de aulas<br />

devi<strong>do</strong> a falta de capacidade. Haverá agora que<br />

insistir calmamente na participação, mas esta<br />

poderá ter de assumir uma forma muito diferente<br />

<strong>do</strong> modelo “escolar”;<br />

• O ensino pode ser individualiza<strong>do</strong> ao princípio,<br />

mas é necessário ir introduzin<strong>do</strong> gradualmente<br />

actividades de grupo, para dar início ao processo<br />

de aprendizagem social;<br />

• O tratamento de um pequeno número de delinquentes<br />

juvenis <strong>do</strong> sexo feminino é um problema<br />

difícil de resolver para a administração penitenciária;<br />

• A principal prioridade é que as reclusas, seja qual<br />

for a sua idade, sejam mantidas em estabelecimentos<br />

para mulheres;<br />

• Se possível, as delinquentes juvenis deverão ser<br />

separadas das reclusas adultas;<br />

• Contu<strong>do</strong>, a integração de ambos os grupos é preferível<br />

ao isolamento de qualquer um deles.<br />

Sempre que haja integração, o pessoal deve estar<br />

particularmente alerta para garantir que as jovens<br />

não são sujeitas a quaisquer pressões ou abusos<br />

por parte das mulheres mais velhas;<br />

• É provável que, uma vez que os jovens sejam<br />

encoraja<strong>do</strong>s a participar em actividades alheias à<br />

cultura das drogas, to<strong>do</strong>s os outros aspectos das<br />

suas vidas se desenvolvam de forma mais positiva;<br />

• É mais provável que as famílias desejem visitá-los<br />

e é mais provável que os jovens tenham mais coisas<br />

para dizer às suas famílias e aos seus amigos;<br />

• Em alguns sistemas, podem existir serviços de<br />

aconselhamento especialmente vocaciona<strong>do</strong>s para<br />

ajudar os delinquentes juvenis a restabelecer a<br />

comunicação com as suas famílias. Muitas comunidades<br />

dispõem de especialistas aos quais os<br />

delinquentes juvenis poderão recorrer;<br />

• Um factor muito importante a ter em conta é que<br />

é muitas vezes no grupo de amigos, e na comunidade<br />

onde este se insere, que reside o principal<br />

problema quanto ao contínuo uso de drogas. Do<br />

mesmo mo<strong>do</strong>, não é raro que as famílias <strong>do</strong>s delinquentes<br />

estejam, elas próprias, envolvidas no<br />

tráfico ilícito de droga. Antes de encorajar o reforço<br />

<strong>do</strong>s laços, é fundamental descobrir se assim acontece;<br />

• Em to<strong>do</strong>s os sectores da sociedade existem autores<br />

e vítimas de perseguição e intimidação, e<br />

muitos indivíduos são simultaneamente uma coisa<br />

e outra. É muito difícil para o pessoal penitenciário<br />

manter-se ao corrente deste problema porque, tipicamente,<br />

as vítimas têm demasia<strong>do</strong> me<strong>do</strong> para o<br />

denunciar;<br />

• A instituição deverá a<strong>do</strong>ptar uma política em<br />

matéria de perseguição e intimidação que seja<br />

amplamente divulgada e claramente compreendida<br />

pelos funcionários e pelos reclusos;<br />

• O pessoal que trabalhe com jovens reclusos deve<br />

manter-se bem visível dentro <strong>do</strong> estabelecimento<br />

e muito empenha<strong>do</strong> nas suas actividades quotidianas.<br />

Se assim não for, facilmente se<br />

desenvolverão zonas praticamente “proibidas”. É<br />

aqui que ocorrem os incidentes de perseguição e<br />

intimidação;<br />

• Se forem descobertos casos de perseguição e intimidação,<br />

é fundamental que o pessoal invoque<br />

imediatamente a política em vigor na instituição<br />

sobre esta matéria. Há que afastar os autores desses<br />

actos e não as vítimas.<br />

Jovens reclusos* 111

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