Guia de Direitos Humanos e Aplicação da Lei - DHnet
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ejeitam. Por último, o grupo formula recomen<strong>da</strong>ções<br />
e <strong>de</strong>libera sobre o problema. O processo<br />
<strong>de</strong> aprendizagem ou <strong>de</strong> sensibilização ocorre<br />
em resultado do <strong>de</strong>bate do grupo em torno <strong>de</strong><br />
ca<strong>da</strong> sugestão.<br />
F. Simulação/dramatização<br />
Nestes exercícios, os participantes são chamados a<br />
<strong>de</strong>sempenhar uma ou mais tarefas numa situação<br />
plausível que simula a “vi<strong>da</strong> real”. Os exercícios <strong>de</strong><br />
simulação ou dramatização po<strong>de</strong>m ser utilizados<br />
para praticar os conhecimentos adquiridos ou para<br />
que os participantes possam experimentar situações<br />
que até então lhes eram <strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong>s.<br />
O resumo <strong>da</strong> situação <strong>de</strong>verá ser distribuído por<br />
escrito aos participantes, atribuindo-se a ca<strong>da</strong> um<br />
<strong>de</strong>les uma personagem (o agente <strong>da</strong> polícia, a<br />
vítima, a testemunha, o juiz e outros). Durante o<br />
exercício, não se <strong>de</strong>verá permitir que ninguém<br />
abandone a sua personagem, seja por que motivo<br />
for. Esta técnica é particularmente útil para sensibilizar<br />
os participantes para os sentimentos e as<br />
perspectivas dos outros grupos <strong>de</strong> pessoas, assim<br />
como para a importância <strong>de</strong> certas questões.<br />
H. Exercícios práticos<br />
Os exercícios práticos supõem que os participantes<br />
sejam chamados a aplicar e fazer <strong>de</strong>monstrações<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s aptidões profissionais, sob<br />
a supervisão dos formadores. Po<strong>de</strong> solicitar-se<br />
aos agentes policiais que elaborem or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong><br />
serviço com vista à garantia dos direitos humanos<br />
num <strong>de</strong>terminado aspecto do trabalho <strong>da</strong><br />
polícia. Os instrutores policiais po<strong>de</strong>m ser encarregados<br />
<strong>da</strong> re<strong>da</strong>cção <strong>de</strong> um projecto <strong>de</strong> plano <strong>de</strong><br />
curso ou <strong>da</strong> apresentação <strong>de</strong> uma <strong>da</strong>s sessões do<br />
próprio curso. Po<strong>de</strong> pedir-se aos supervisores<br />
que redijam um relatório <strong>de</strong> situação, aos juristas<br />
que elaborem uma <strong>de</strong>claração juramenta<strong>da</strong><br />
e assim sucessivamente.<br />
I. Mesas redon<strong>da</strong>s<br />
Para a realização <strong>da</strong>s mesas redon<strong>da</strong>s, como dos<br />
<strong>de</strong>bates com painéis <strong>de</strong> peritos, é necessário reunir<br />
um grupo diversificado <strong>de</strong> especialistas em diversas<br />
áreas, com diferentes perspectivas do tema a abor<strong>da</strong>r.<br />
O objectivo será conseguir uma discussão<br />
anima<strong>da</strong> e, para isso, é fun<strong>da</strong>mental que o mo<strong>de</strong>rador<br />
seja forte e dinâmico, e conhecedor do tema<br />
em <strong>de</strong>bate, <strong>da</strong> técnica <strong>de</strong> “advogado do diabo” e <strong>da</strong><br />
utilização <strong>de</strong> hipóteses. O mo<strong>de</strong>rador <strong>de</strong>ve provocar<br />
intencionalmente os participantes, estimulando o<br />
<strong>de</strong>bate entre os vários peritos e formandos, e controlando<br />
o <strong>de</strong>senrolar <strong>da</strong> discussão.<br />
J. Material audiovisual<br />
A formação <strong>de</strong> adultos po<strong>de</strong> ser optimiza<strong>da</strong> mediante<br />
a utilização <strong>de</strong> quadros, acetatos, posters, exposições,<br />
painéis, fotografias, diapositivos, ví<strong>de</strong>os e filmes.<br />
Regra geral, a informação apresenta<strong>da</strong> nos quadros<br />
e diapositivos <strong>de</strong>ve ser breve e concisa, surgindo<br />
esquematiza<strong>da</strong> ou por tópicos. Caso seja necessário<br />
mais texto, <strong>de</strong>verá utilizar-se material impresso.<br />
G. Visitas <strong>de</strong> estudo<br />
As visitas <strong>de</strong> grupo a instituições ou locais <strong>de</strong><br />
interesse (por exemplo, esquadras <strong>de</strong> polícia,<br />
campos <strong>de</strong> refugiados ou centros <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção)<br />
po<strong>de</strong>m ser bastante úteis. O objectivo <strong>da</strong> visita<br />
<strong>de</strong>ve ser explicado <strong>de</strong> antemão, <strong>de</strong>vendo pedir-se<br />
aos participantes que prestem especial atenção e<br />
registem as suas observações para posterior <strong>de</strong>bate.<br />
6. Locais para a realização dos cursos<br />
Em termos i<strong>de</strong>ais, o local <strong>de</strong> realização dos cursos<br />
<strong>de</strong>verá reunir as seguintes condições:<br />
• Os cursos <strong>de</strong>vem realizar-se num local distinto<br />
do local <strong>de</strong> trabalho habitual dos participantes;<br />
• A sala utiliza<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve ter capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> suficiente<br />
para o número previsto <strong>de</strong> participantes;<br />
• Devem existir pequenas salas auxiliares em<br />
número suficiente para acolher os grupos <strong>de</strong> trabalho,<br />
<strong>de</strong> modo a que os participantes se possam<br />
ocupar sem interrupção dos temas que lhes tenham<br />
sido atribuídos; e<br />
• As ca<strong>de</strong>iras, secretárias e mesas <strong>de</strong>vem ser confortáveis,<br />
flexíveis e fáceis <strong>de</strong> transportar, a fim <strong>de</strong> permitir<br />
a utilização <strong>de</strong> técnicas pe<strong>da</strong>gógicas diversifica<strong>da</strong>s.<br />
Deve também existir espaço para escrever.<br />
Metodologia*