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Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 Página 74 de 520 conhecimento sobre a direcção que têm que tomar no processo de treino e a forma como o devem fazer. De acordo com Mesquita (1998), as técnicas de instrução são comportamentos que fazem parte do repertório do treinador para comunicar informação substantiva. Destes, incluem-se a comunicação verbal e não verbal (explicação, demonstração, feedback entre outras formas de comunicação acerca do conteúdo) que estão intimamente ligados aos objectivos da aprendizagem. Detalham assim com exemplos específicos as razões para o rumo que estabelecem. Enaltecem o papel consciente e de partilha dos atletas neste processo. Diferenciam, mais uma vez, a proficiência do treinador de jovens e o treinador de alto rendimento devem procurar implementar os objectivos estabelecidos Os resultados demonstram a atribuição de uma importância significativa aos processos que envolvem a comunicação. Radica na habilidade e manipulação comunicacional a capacidade de fazer com que os atletas compreendam o que se pretende que eles façam, facultandolhes estímulos cognitivos que proporcionem o entendimento adequado às diversas situações do processo competitivo. Regista-se a colocação da reflexão sobre a prática imediata aos atletas por parte dos treinadores de forma a desenvolver a capacidade do atleta na resolução de problemas. Desta forma, evidencia-se não só que os treinadores consideram que os atletas devem constituir-se como parceiros na direcção dos objectivos, mas também como aliados na procura das soluções para os problemas que se levantam no decorrer do processo. A qualidade do treino é uma preocupação iminente por parte dos treinadores. Consideram, inclusive, ser este o aspecto diferenciador entre um bom treinador e um treinador fraco. Referem que não são os conhecimentos, mas sim as competências em levar a efeito um treino com o rendimento adequado que potencie os atletas e, desta forma, a equipa. Esta preocupação com a qualidade do treino reflecte a personalidade dos treinadores experts,

Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 Página 75 de 520 com permanente ansiedade pela melhoria, pela perfeição, pela perseguição dos objectivos individuais e colectivos (Erickson, 1996). No que diz respeito à capacidade adaptativa pelo treinador em relação às eventualidades que acontecem no treino, os treinadores deste estudo, e de uma forma explícita, comentam a sua preocupação com um planeamento das tarefas a executar no decurso do treino. Referem, contudo, que raramente um treino é executado de acordo com o planeado, pois no seu decurso sempre acontece algo que os faz alterar o planeado. Esta forma de equacionar as suas realidades está condizente com os resultados os obtidos pelo estudo de Saury e Durand (1998) e reflecte uma permanente atitude de reflexão sobre a acção e durante a acção propriamente dita (Schön, 1983). CONCLUSÃO A eficácia dos processos de treino, por parte do treinador, passa pela definição de objectivos, do domínio de técnicas de instrução, do controlo da qualidade do treino e da capacidade adaptativa do treinador aos constrangimentos situacionais em treino e competição. Dentro destes, a qualidade do treino surge com particular veemência, pois consideram ser este o aspecto diferenciador da expertise do treinador. Elegem as competências de iniciativa, de perseverança em conformidade com as exigências do processo em levar por diante um projecto de treino com o rendimento apropriado como o essencial para que um treinador seja eficaz.

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com permanente ansieda<strong>de</strong> pela melhoria, pela perfeição, pela perseguição dos objectivos<br />

individuais e colectivos (Erickson, 1996).<br />

No que diz respeito à capacida<strong>de</strong> adaptativa pelo treinador em relação às eventualida<strong>de</strong>s<br />

que acontecem no treino, os treinadores <strong>de</strong>ste estudo, e <strong>de</strong> uma forma explícita, comentam<br />

a sua preocupação com um planeamento das tarefas a executar no <strong>de</strong>curso do treino.<br />

Referem, contudo, que raramente um treino é executado <strong>de</strong> acordo com o planeado, pois<br />

no seu <strong>de</strong>curso sempre acontece algo que os faz alterar o planeado. Esta forma <strong>de</strong><br />

equacionar as suas realida<strong>de</strong>s está condizente com os resultados os obtidos pelo estudo <strong>de</strong><br />

Saury e Durand (1998) e reflecte uma permanente atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> reflexão sobre a acção e<br />

durante a acção propriamente dita (Schön, 1983).<br />

CONCLUSÃO<br />

A eficácia dos processos <strong>de</strong> treino, por parte do treinador, passa pela <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

objectivos, do domínio <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> instrução, do controlo da qualida<strong>de</strong> do treino e da<br />

capacida<strong>de</strong> adaptativa do treinador aos constrangimentos situacionais em treino e<br />

competição. Dentro <strong>de</strong>stes, a qualida<strong>de</strong> do treino surge com particular veemência, pois<br />

consi<strong>de</strong>ram ser este o aspecto diferenciador da expertise do treinador. Elegem as<br />

competências <strong>de</strong> iniciativa, <strong>de</strong> perseverança em conformida<strong>de</strong> com as exigências do<br />

processo em levar por diante um projecto <strong>de</strong> treino com o rendimento apropriado como o<br />

essencial para que um treinador seja eficaz.

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