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Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 474 de 520 1. Introdução O desenvolvimento da Condição Física (CF) nas aulas de Educação Física (EF) visa a promoção da saúde dos alunos, sendo imprescindível abordá-la com a sensibilidade e adequação necessária para motivá-los a continuarem a desenvolvê-la ao longo da sua vida. O Programa Nacional de Educação Física (PNEF) reforça a importância do desenvolvimento destas capacidades, preconizando a melhoria da CF dos alunos e a aquisição de hábitos de vida saudáveis e activos, bem como o desenvolvimento das competências psicossociais que esta matéria de ensino promove no seu crescimento e amadurecimento enquanto cidadãos (Jacinto, Carvalho, Comédias, & Mira, 2001; Almada, Fernando, Lopes, Vicente, & Vitória, 2008). Os benefícios do desenvolvimento da CF são diversos e para os alcançar é necessário despoletar o interesse dos alunos para a prática regular desta actividade e o interesse dos professores em trabalhá-las nas suas aulas. Com o objectivo de apresentar uma proposta de desenvolvimento da CF, procedeu-se à caracterização das práticas dos professores de EF no desenvolvimento destas capacidades na Escola Secundária Jaime Moniz (ESJM), para compreender as necessidades e limitações que enfrentam e para conhecer as estratégias utilizadas na prossecução dos objectivos inerentes a este desenvolvimento. Para apresentar uma proposta de desenvolvimento da CF devidamente ajustada ao públicoalvo, procedeu-se à caracterização da CF dos alunos das turmas dos professores estagiários com o objectivo de desenvolver um conjunto de exercícios adequados às suas necessidades e limitações e com isso potenciar a evolução das suas capacidades.

Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 475 de 520 Com base na revisão de literatura, Bompa (2007) refere que a resistência de longa duração é requisitada por desportos com uma duração superior a 8 minutos, onde a energia é proveniente do sistema aeróbico. Segundo Raposo (2000), a resistência de longa duração só é treinável a partir dos 10 minutos de actividade contínua a uma percentagem de 70 a 75% do consumo máximo de oxigénio de cada aluno. Para Aaberg (2001), o treino básico para o desenvolvimento da força deverá ser constituído por 2 séries de 12 a 17 repetições com uma frequência de 2 a 3 vezes semanais. No caso de serem efectuados exercícios intercalares com pouco ou nenhum repouso entre eles, denominados de superséries, é necessário “combinar exercícios para grupos musculares diferentes ou opostos” (Aaberg, 2001, p. 49). O tipo de treino a desenvolver nas aulas poderá ser através do peso do próprio corpo (exercícios calisténicos) por ser de aplicação simples e por possibilitar o desenvolvimento geral dos principais grupos musculares (Cunha & Liberato, s/d). Deste modo, os alunos poderão realizar mais facilmente este conjunto de exercícios em qualquer contexto, constituindo uma mais-valia para a aquisição de estilos de vida activos. Relativamente ao desenvolvimento da flexibilidade, Pollock e col. (1998), citado por Conceição e col. (2007), destaca o método estático para o desenvolvimento da amplitude do arco de movimento para além do seu limite. Segundo o estudo de Conceição e col. (2008) sobre os efeitos de quatro tempos diferentes de permanência (10, 20, 40 e 60 segundos) de flexibilidade estática na flexibilidade de adultos jovens (faixa etária entre os 15 e os 19 anos), foi possível verificar que existiram ganhos significativos de flexibilidade em cada tempo de permanência e que os 10 segundos de permanência possibilitam os mesmos ganhos que os outros tempos (20, 40 e 60 segundos). Outro estudo acerca dos efeitos de 1 série de 10

Atas/Proceedings Seminário <strong>Desporto</strong> e Ciência 2011 475 <strong>de</strong> 520<br />

Com base na revisão <strong>de</strong> literatura, Bompa (2007) refere que a resistência <strong>de</strong> longa duração é<br />

requisitada por <strong>de</strong>sportos com uma duração superior a 8 minutos, on<strong>de</strong> a energia é<br />

proveniente do sistema aeróbico. Segundo Raposo (2000), a resistência <strong>de</strong> longa duração só<br />

é treinável a partir dos 10 minutos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> contínua a uma percentagem <strong>de</strong> 70 a 75%<br />

do consumo máximo <strong>de</strong> oxigénio <strong>de</strong> cada aluno.<br />

Para Aaberg (2001), o treino básico para o <strong>de</strong>senvolvimento da força <strong>de</strong>verá ser constituído<br />

por 2 séries <strong>de</strong> 12 a 17 repetições com uma frequência <strong>de</strong> 2 a 3 vezes semanais. No caso <strong>de</strong><br />

serem efectuados exercícios intercalares com pouco ou nenhum repouso entre eles,<br />

<strong>de</strong>nominados <strong>de</strong> superséries, é necessário “combinar exercícios para grupos musculares<br />

diferentes ou opostos” (Aaberg, 2001, p. 49). O tipo <strong>de</strong> treino a <strong>de</strong>senvolver nas aulas po<strong>de</strong>rá<br />

ser através do peso do próprio corpo (exercícios calisténicos) por ser <strong>de</strong> aplicação simples e<br />

por possibilitar o <strong>de</strong>senvolvimento geral dos principais grupos musculares (Cunha &<br />

Liberato, s/d). Deste modo, os alunos po<strong>de</strong>rão realizar mais facilmente este conjunto <strong>de</strong><br />

exercícios em qualquer contexto, constituindo uma mais-valia para a aquisição <strong>de</strong> estilos <strong>de</strong><br />

vida activos.<br />

Relativamente ao <strong>de</strong>senvolvimento da flexibilida<strong>de</strong>, Pollock e col. (1998), citado por<br />

Conceição e col. (2007), <strong>de</strong>staca o método estático para o <strong>de</strong>senvolvimento da amplitu<strong>de</strong> do<br />

arco <strong>de</strong> movimento para além do seu limite. Segundo o estudo <strong>de</strong> Conceição e col. (2008)<br />

sobre os efeitos <strong>de</strong> quatro tempos diferentes <strong>de</strong> permanência (10, 20, 40 e 60 segundos) <strong>de</strong><br />

flexibilida<strong>de</strong> estática na flexibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adultos jovens (faixa etária entre os 15 e os 19 anos),<br />

foi possível verificar que existiram ganhos significativos <strong>de</strong> flexibilida<strong>de</strong> em cada tempo <strong>de</strong><br />

permanência e que os 10 segundos <strong>de</strong> permanência possibilitam os mesmos ganhos que os<br />

outros tempos (20, 40 e 60 segundos). Outro estudo acerca dos efeitos <strong>de</strong> 1 série <strong>de</strong> 10

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