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Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 262 de 520
permitir a melhor coordenação, e controle muscular; capacidade de recorrer facilmente à
memória para obter a imagem mental, do gesto eficaz a reproduzir em termos motores;
controlo das reações emocionais, através da utilização de estratégias apropriadas às
exigências da situação competitiva em concreto para não afectar a execução óptima do
lançamento, e a capacidade analisar o problema de cada situação de jogo optando por uma
boa de decisão táctica; e por fim, sabedoria em orientar a sua postura antes do lançamento
(Neves, 2006; Valente, 2003).
A literatura indica que as motivações que levam o indivíduo idoso a aderir a este desporto
são, principalmente de foro intrínseco, uma vez que nele procuram um bem-estar social, o
efeito terapêutico e a manutenção da saúde e da qualidade de vida. (Rodrigues, 2006)
Os estudos realizados acerca do processo de envelhecimento têm demonstrado interesse na
relação do mesmo com a prática de atividade física. Neste sentido, o idoso é habitualmente
associado à prática de atividade física onde são enaltecidos os benefícios
anatomofisiológicos
e psico-sociais (Meirelles, 2000) retirados do exercício físico, que através de uma
relação/exploração da cadeia cinética se transforma em movimento. No entanto, o que nos
propomos a estudar, vai mais além do que a mera atividade física. Deste modo,
pretendemos explorar a relação do Boccia Sénior/idoso enquanto desporto. Desporto esse,
que se apresenta não como um contexto isolado em si, mas sim, como um meio de
formação, um veículo para a mudança no modo de lidar com o conhecimento e com as
pequenas adaptações do dia-a-dia. O facto de, no desporto, existirem variados fatores que
interferem na prestação e performance desportiva, como por exemplo, o momento de
competição, os outros jogadores, as equipas de trabalho, o público, entre outros
participantes do processo desportivo (Almada, Fernando, Lopes, Vicente & Vitória, 2008),