Livro de ATAS_Desporto e Ciência 2011.pdf - DigitUMa
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Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 Página 160 de 520 Supervisão Pedagógica: motivos que levam os Estagiários a escolher ou refutar algumas Escolas para realizar o estágio pedagógico – Estudo de Caso 1. Introdução Na sua origem a palavra Supervisão pode ser dividida em Super Visão. Inerente a este conceito está o de que o avaliador deve ser alguém com qualidades de Super Visão, ou seja, possuir uma visão apurada (capacidade de observação desenvolvida). Geralmente o Supervisor é um professor mais experiente. O que o distingue do professor com menos experiência não se centra na quantidade de conhecimentos mas sim na qualidade. É fundamental que se consiga relacionar, seleccionar, ajustar ao contexto, e tomar decisões adequadas de forma espontânea e célere (Moreira, 2004). Para se treinar a Super-Visão, outras capacidades subjacentes, devem ser desenvolvidas (Stones,1984): 1. Visão Aprofundada/Discernimento – que permite compreender, interpretar e dar significado ao que está a acontecer; 2. Previsão – antecipando-se aos acontecimentos permite prever o que poderá vir a acontecer mediante o que está a acontecer no momento; 3. Retrovisão – permite ao supervisor conseguir ver o que devia ter acontecido e não aconteceu; 4. Segunda Visão/Intuição – capacidade que permite fazer acontecer o que devia ter acontecido e não aconteceu, ou fazer não acontecer o que aconteceu e não devia ter acontecido. Por outro lado, deve mater-se o rigor na observação fugindo-se a subjectividade. Para isso é necessário cumprir-se o Princípio da Objectividade, evitando os seguintes efeitos:
Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 Página 161 de 520 a) Efeito de Halo – verifica-se quando um elemento (externo ou não à avaliação), influencia positivamente o resultado da avaliação – O contrário é o Efeito de Horn, influenciando negativamente a avaliação – É o erro com efeitos mais nefastos à avaliação. Até a aparência física pode influenciar os resultados finais, se o observador se deixar impressionar por este erro. b) Efeito de Generosidade – é um erro que se refere ao excesso de liberalidade, tendendo a desculpar os maus desempenhos, e fazendo com que eles não se reflictam no resultado final da avaliação; o contrário é o Efeito de Rigor e que se caracteriza pela teimosia em não admitir que o desempenho está de acordo com o solicitado, impedindo ao avaliando obter a nota máxima, por exemplo. c) Efeito de Tendência Central – se o avaliador não está seguro da avaliação que fez, tende a atribuir resultados de avaliação no meio da tabela, não precisando, assim, de justificar os maus resultados nem os resultados mais elevados. d) Efeito de Memória a Curto Prazo – verifica-se quando o avaliador tende a lembrar-se apenas das prestações mais recentes, esquecendo todos os desempenhos ao longo do trimestre, semestre ou ano lectivo. e) Efeito de Estereotipia – se o avaliador se convence que “visto uma vez – está tudo visto”, se se influencia por um primeiro momento de prestação, impedindo o avaliando de melhorar a sua imagem, se estende a todos os avaliandos o resultado observado num reduzido conjunto de avaliandos, então dizemos que comete o erro de estereotipia. f) Efeito de Auto-Padrão – alguns avaliadores tendem a ser mais tolerantes com os avaliandos que possuem características semelhantes às suas, prejudicando nitidamente os que pensam e actuam de forma diferente. Neste erro também se
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a) Efeito <strong>de</strong> Halo – verifica-se quando um elemento (externo ou não à avaliação),<br />
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Horn, influenciando negativamente a avaliação – É o erro com efeitos mais<br />
nefastos à avaliação. Até a aparência física po<strong>de</strong> influenciar os resultados finais,<br />
se o observador se <strong>de</strong>ixar impressionar por este erro.<br />
b) Efeito <strong>de</strong> Generosida<strong>de</strong> – é um erro que se refere ao excesso <strong>de</strong> liberalida<strong>de</strong>,<br />
ten<strong>de</strong>ndo a <strong>de</strong>sculpar os maus <strong>de</strong>sempenhos, e fazendo com que eles não se<br />
reflictam no resultado final da avaliação; o contrário é o Efeito <strong>de</strong> Rigor e que se<br />
caracteriza pela teimosia em não admitir que o <strong>de</strong>sempenho está <strong>de</strong> acordo com<br />
o solicitado, impedindo ao avaliando obter a nota máxima, por exemplo.<br />
c) Efeito <strong>de</strong> Tendência Central – se o avaliador não está seguro da avaliação que<br />
fez, ten<strong>de</strong> a atribuir resultados <strong>de</strong> avaliação no meio da tabela, não precisando,<br />
assim, <strong>de</strong> justificar os maus resultados nem os resultados mais elevados.<br />
d) Efeito <strong>de</strong> Memória a Curto Prazo – verifica-se quando o avaliador ten<strong>de</strong> a<br />
lembrar-se apenas das prestações mais recentes, esquecendo todos os<br />
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e) Efeito <strong>de</strong> Estereotipia – se o avaliador se convence que “visto uma vez – está<br />
tudo visto”, se se influencia por um primeiro momento <strong>de</strong> prestação, impedindo<br />
o avaliando <strong>de</strong> melhorar a sua imagem, se esten<strong>de</strong> a todos os avaliandos o<br />
resultado observado num reduzido conjunto <strong>de</strong> avaliandos, então dizemos que<br />
comete o erro <strong>de</strong> estereotipia.<br />
f) Efeito <strong>de</strong> Auto-Padrão – alguns avaliadores ten<strong>de</strong>m a ser mais tolerantes com os<br />
avaliandos que possuem características semelhantes às suas, prejudicando<br />
nitidamente os que pensam e actuam <strong>de</strong> forma diferente. Neste erro também se