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Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 Página 126 de 520 alimentação, passagem de obstáculos, cabos e nós, etc.) e dos microsistemas (rio, mar, montanha, deserto, etc.) em que a actividade se realiza. Para realizar a actividade os desportistas têm de ter competências como o domínio de uma metodologia que possibilite não só a compreensão dos problemas com que se vão deparando, mas também a escolha das soluções mais rentáveis de acordo com os instrumentos disponíveis, os objectivos, etc. 2 – Os objectivos Reais Por outro lado, temos ainda um conjunto de objectivos próprios da actividade que não são convencionados mas sim reais, o que certamente irá implicar que o desportista esteja preparado para resolver problemas reais com todas as implicações que tal acarreta. Manobrar uma canoa num rio ou ultrapassar um obstáculo são objectivos reais que têm também implicações reais, no indivíduo que realiza as actividades. Quando há uma falha na realização da tarefa, esta tem consequências efectivas na actividade e no indivíduo que a realiza (uma queda num recinto desportivo é por norma facilmente remediável, uma vez que existem um conjunto de meios de ajuda e suporte a este tipo de situações que estão permanentemente disponíveis, numa expedição por menores que sejam as lesões que a queda implica, o desportista, até que possa ser assistido, vai ter de lidar com as consequências desta e ultrapassar (ou não) a situação). Estar consciente destas consequências e preparar-se para evitá-las, deve não só fazer parte do treino do indivíduo para a expedição como ser uma preocupação constante durante toda a actividade. 3- A noção de “happening”

Atas/Proceedings Seminário Desporto e Ciência 2011 Página 127 de 520 Uma outra característica marcante na expedição é a noção de “happenig”, isto é, a actividade em si constitui um acontecimento de tal forma marcante para o indivíduo que vai exigir uma preparação para o viver e, por vezes, uma transformação em si próprio após vivenciá-lo. 4- O sentido de isolamento A percepção que o desportista tem do “isolamento” a que está exposto durante a actividade, vai levá-lo a tomar consciência da sua verdadeira dimensão face à imensidão do contexto em que realiza a actividade, da sua impotência face ao controlo das alterações que este pode sofrer, mas também a compreender que está entregue a si próprio e que tem de autonomamente ser capaz de resolver os problemas com que se depara. Apesar destes pontos comuns, as Expedições, como qualquer actividade do homem, reflectem as dinâmicas sociais, culturais, conceptuais, etc., em que se inserem, e como tal, ao longo da história o conceito de Expedição foi marcado pelas características da época. Se considerarmos um conceito amplo de Expedição, mesmo antes de poder ser caracterizada como uma actividade desportiva, podemos verificar que: - Já na pré-história, há cerca de 6 mil milhões de anos, altura de que se conhecem os primeiros vestígios fósseis, tudo indica para a existência de uma expansão do Homem por todo o mundo, naturalmente, fruto de expedições que foi realizando. Expansão, que segundo algumas teorias, aponta para um surgimento do primeiro Homem em África ou na China, alargando progressivamente a sua presença no território até à ocupação de praticamente todo o Mundo.

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alimentação, passagem <strong>de</strong> obstáculos, cabos e nós, etc.) e dos microsistemas (rio, mar,<br />

montanha, <strong>de</strong>serto, etc.) em que a activida<strong>de</strong> se realiza.<br />

Para realizar a activida<strong>de</strong> os <strong>de</strong>sportistas têm <strong>de</strong> ter competências como o domínio <strong>de</strong> uma<br />

metodologia que possibilite não só a compreensão dos problemas com que se vão<br />

<strong>de</strong>parando, mas também a escolha das soluções mais rentáveis <strong>de</strong> acordo com os<br />

instrumentos disponíveis, os objectivos, etc.<br />

2 – Os objectivos Reais<br />

Por outro lado, temos ainda um conjunto <strong>de</strong> objectivos próprios da activida<strong>de</strong> que não são<br />

convencionados mas sim reais, o que certamente irá implicar que o <strong>de</strong>sportista esteja<br />

preparado para resolver problemas reais com todas as implicações que tal acarreta.<br />

Manobrar uma canoa num rio ou ultrapassar um obstáculo são objectivos reais que têm<br />

também implicações reais, no indivíduo que realiza as activida<strong>de</strong>s. Quando há uma falha na<br />

realização da tarefa, esta tem consequências efectivas na activida<strong>de</strong> e no indivíduo que a<br />

realiza (uma queda num recinto <strong>de</strong>sportivo é por norma facilmente remediável, uma vez que<br />

existem um conjunto <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> ajuda e suporte a este tipo <strong>de</strong> situações que estão<br />

permanentemente disponíveis, numa expedição por menores que sejam as lesões que a<br />

queda implica, o <strong>de</strong>sportista, até que possa ser assistido, vai ter <strong>de</strong> lidar com as<br />

consequências <strong>de</strong>sta e ultrapassar (ou não) a situação).<br />

Estar consciente <strong>de</strong>stas consequências e preparar-se para evitá-las, <strong>de</strong>ve não só fazer parte<br />

do treino do indivíduo para a expedição como ser uma preocupação constante durante toda<br />

a activida<strong>de</strong>.<br />

3- A noção <strong>de</strong> “happening”

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