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Roma: Escultura - Leonel Cunha

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<strong>Roma</strong><br />

escultura


Influências<br />

Com raízes na arte etrusca e da arte grega do Helenismo.


A civilização etrusca<br />

utilizou o retrato realista ao<br />

modelar as efígies dos<br />

mortos, colocadas nos<br />

sarcófagos e nos túmulos.


A influência grega, mais marcante a partir<br />

da República, chegou através da importação<br />

de obras das colónias, em particular da Magna<br />

Grécia e da Grécia continental, após a sua<br />

conquista pelos <strong>Roma</strong>nos.


Muitos artistas gregos fixaram-se em <strong>Roma</strong> e espalharam por todo o<br />

mundo romano esculturas do período clássico e especialmente do<br />

helenístico.<br />

Os <strong>Roma</strong>nos preferiam o realismo emocional da<br />

representação à perfeição clássica.


O retrato romano, normalmente em<br />

formato de busto, combinou a<br />

tradição etrusco-helenística com o<br />

sentimento prático e realista dos<br />

<strong>Roma</strong>nos


As funções de representação estiveram ligadas, inicialmente, à<br />

função religiosa da escultura, ao culto dos antepassados herdado dos<br />

Etrusco


Imagines Maiorum<br />

As familias patrícias romanas faziam máscaras de<br />

cera dos seus mortos ilustres que depois eram<br />

conservadas nos altares de culto doméstico: os<br />

Penates


Tipologia


Bustos;<br />

Estátuas;<br />

Estátuas equestres;<br />

Relevos:<br />

moedas<br />

frisos<br />

sarcófagos<br />

altares da paz<br />

arcos de triunfo<br />

coluna


Características


Realismo, centradas na personalidade do indivíduo;<br />

Espírito pragmático e prático;<br />

Procura da verdade na representação;<br />

Retrato psicológico;<br />

Não existe preocupação pela beleza formal do nu;<br />

Reprodução exactamente o modelo;<br />

Acentuação das características fisionómicas dos olhos, das<br />

sobrancelhas, da boca, barba e cabelo, bem como as marcas do<br />

tempo.<br />

Imagens que evidenciavam o carácter, a honra, a glória, as<br />

capacidades intelectuais e a psicologia do retratado.


Brutus Capitolino<br />

Cipião


Caio Mario<br />

Júlio César


Funções


A escultura tinha funções : ornamentais, documentais,<br />

narrativas, servia de celebração e comemoração da vida<br />

romana.


As estátuas e as estátuas equestres, com fins públicos, seguiram a<br />

tradição grega e eram dedicadas ao imperador e aos chefes políticos.<br />

Enfatizaram a descrição da personalidade do representado,<br />

sobretudo nos olhos e na expressão do olhar.


O relevo, teve fins ornamentais, comemorativos e narrativos ou<br />

histórico, relatando desde a História de <strong>Roma</strong> até aos pormenores<br />

da vida dos homens.


No Alto Império


Por volta do século I a. c., no tempo de Octávio César<br />

Augusto e da Pax <strong>Roma</strong>na, o retrato sofreu a influência do<br />

ideal helénico, sobretudo no retrato oficial.


Porque o imperador se tornava um deus após a morte, os seus<br />

retratos apresentavam-no com um cunho mais clássico, mais<br />

idealizado e divino, mas também mais grave, de modo a ser<br />

admirado e respeitado.


Feitos em pedra ou em bronze, cunhados em moedas, os retratos<br />

eram o reflexo do poder imperial e um elemento de unificação do<br />

território, pois os retratos do imperador chegavam a todas as partes<br />

do império.


Maior realismo


"se a fotografia tivesse sido descoberta na Antiguidade, os <strong>Roma</strong>nos teriam sido os<br />

seus inventores"


A partir da época dos Flávios (segunda<br />

metade do séc. I d. C.), nomeadamente<br />

nas esculturas de Vespasiano, de Trajano,<br />

de Caracala e de Adriano, os retratos<br />

tornaram-se mais realistas, mais<br />

romanos, acentuando-se o carácter<br />

fotográfico.


O Alto Império foi a época de maior produção escultórica - pode-se<br />

falar, pela primeira vez, em consumo privado de Arte, em gosto<br />

pela obra de arte em si mesma -, e desenvolveu-se o gosto pelo<br />

colecionismo, pelo desejo de ter grandes colecções de esculturas<br />

gregas para decorar interiores de casas, jardins, balneários ...


As oficinas produziam obras em série, as quais os artistas não<br />

assinavam e nas quais não deixavam marcas da sua individualidade.


"Foi no imenso comércio artístico da época romana que a moderna concepção de arte<br />

fundou as suas raízes."


Decadência


A fase da simplificação esteve ligada à decadência do império.<br />

Nos dois últimos séculos, IV e V d. c., o retrato apresentou<br />

também influências da estética oriental, com o seu<br />

frontalismo e hieratismo, notoriamente sentidos no retrato<br />

oficial.


As influências do cristianismo, contribuíram para um maior<br />

esquematismo e simbolismo da figuração.


O cristianismo, com os seus conceitos de imortal e espiritual, converteu<br />

a representação humana em símbolos e, por isso, o retrato oficial perdeu<br />

a carga da individualidade.


Ler o manual adotado, pag. 124 a 129

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