05.02.2015 Views

Roma: Arquitetura - Leonel Cunha

Roma: Arquitetura - Leonel Cunha

Roma: Arquitetura - Leonel Cunha

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Roma</strong><br />

arquitetura


As realizações de engenharia e<br />

arquitetura demonstram o génio<br />

inventivo e o sentido prático de<br />

<strong>Roma</strong>


Pragmática e funcional, a<br />

arquitectura romana preocupou-se<br />

essencialmente com a resolução dos<br />

aspectos práticos e técnicos.


A arquitetura romana foi uma preciosa herança<br />

para as gerações vindouras, pela sua longa vigência<br />

no tempo.<br />

Os Dez Livros da Arquitectura, de Vitrúvio,<br />

arquiteto do tempo de Júlio César e de Augusto,<br />

exerceu enorme influência no Renascimento e ainda<br />

hoje como fonte importante da arquitetura clássica.


Com soluções criativas e inovadoras,a<br />

construção romana conseguiu uma<br />

linguagem arquitetónica original por<br />

meados do período republicano.


Particularidades da arquitetura romana:


A variedade e plasticidade dos<br />

materiais utilizados: pedra, mármore,<br />

tijolo, madeira, diferentes tipos de opus,<br />

o mais importante foi o opus<br />

caementicium, semelhante ao actual<br />

cimento ou ao betão, a sua utilização, que<br />

remonta ao século IV a. C.


imagens com os diferentes tipos de opus<br />

definições: opus, pozolana, paramento


O em uso sistemático deste material<br />

permitiu o uso de diversos paramentos<br />

dar um aspeto final mais decorativo às<br />

estruturas, aplicando-se revestimentos<br />

exteriores.


Nos interiores, os revestimentos faziam-se com pedras<br />

nobres, mármores, mosaicos e estuques pintados ou<br />

o opus signium, argamassa constituída por fragmentos de<br />

cerâmica moídos .


A criação de novos<br />

sistemas construtivos,<br />

tomaram por base o arco e as<br />

construções que dele derivam: os<br />

diferentes tipos de abóbadas, as<br />

cúpulas e as arcadas.<br />

A perícia técnica permitiu criar<br />

diferentes tipologias de edifícios,<br />

diversificar as plantas, projectar<br />

compartimentos mais amplos e<br />

articular melhor os espaços<br />

interiores.


O desenvolvimento das<br />

técnicas e dos instrumentos<br />

de engenharia. assumiram a<br />

engenharia como suporte da<br />

arquitectura, fornecendo a esta,<br />

pela primeira vez, uma base<br />

científica.


O barroquismo da decoração,<br />

que preferiu o exagero ornamental ao<br />

equilibrado sentido estético dos<br />

Gregos.<br />

Usaram as ordens (colunas, capitéis,<br />

entablamentos, frontões) sem lhes<br />

atribuir função estrutural, mas apenas<br />

como elementos decorativos. Duas<br />

novas ordens: a toscana e a<br />

compósita.


Influências dos etruscos e dos gregos


Com os Etruscos, que já haviam sofrido influência grega os<br />

<strong>Roma</strong>nos absorveram vários conhecimentos sobre urbanismo e<br />

arquitetura:<br />

Cidades muralhadas com traçado rectilíneo das ruas, (ver<br />

planos de Hipódamo de Mileto);<br />

Pontes, túneis, esgotos e estradas;<br />

Templos com pódio, pórtico com colunas de madeira, telhados<br />

de duas águas e beiral, cella, proporções quase quadradas e<br />

paredes de tijolo cru.


Com a conquista da Grécia, os <strong>Roma</strong>nos absorveram:<br />

Imitação das plantas dos templos rectangulares e circulares; na<br />

basílica romana, fruto de transformações de edifícios helenísticos,<br />

e na domus, com peristilo no núcleo residencial;<br />

Uso das ordens gregas, como elementos decorativos;<br />

Urbanismo, pois da acrópole e da ágora gregas os <strong>Roma</strong>nos<br />

passaram ao capitólio e ao fórum.


Etapas cronológicas da arte romana


Etapas<br />

As origens: de 753<br />

a 509 a C<br />

República: de 509<br />

a 27 a. C.<br />

Alto Império: de<br />

27 a. C a 192 d C<br />

Baixo Império: de<br />

192 a 395 d. C<br />

Características<br />

Monarquia.<br />

As influências dominantes foram itálicas e sobretudo etruscas, povo que havia já assimilado influências<br />

orientais, egípcias e gregas e que deixou importante contributo para a construção da arte romana.<br />

Aparecimento da verdadeira arte romana. Influência grega, chegada primeiro das ex-colónias<br />

helénicas da Magna Grécia (Sul da Itália e Sicl1ia) e, depois, da própria Grécia, de onde afluíram a<br />

<strong>Roma</strong> inúmeros intelectuais e artistas que produziram para o Estado e público romanos.<br />

Cópias com rigor das formas e os tipos da arte grega, mas, após o século II a. c., essa cópia perdeu<br />

fidedignidade e os modelos gregos começaram a aparecer associados ou adaptados a formas e<br />

estruturas inovadoras.<br />

Os romanos procuravam uma arte própria, o que se concretizou no aparecimento das primeiras<br />

tipologias arquitectónicas, nos retratos realistas e no relevo historiado<br />

Período de ouro da arte romana, aquele em que os seus artistas revelaram maior criatividade e<br />

originalidade. Os melhores exemplos encontram·se nas grandes obras públicas, de carácter<br />

monumental.<br />

Período de decadência artística em que, lentamente e por intromissão de outras influências (orientais,<br />

bárbaras e sobretudo cristãs), as características clássicas se foram alterando e perdendo.


Arco romano e diferentes<br />

tipos de abóbadas


A abóbada é uma construção em forma de arco com a qual se<br />

cobrem espaços compreendidos entre muros, pilares ou colunas.<br />

Uma cúpula ou domo é uma abóbada hemisférica ou esferoide.


A. Abóbada de berço. Exerce uma pressão contínua,<br />

centrífuga e de Cima para baixo, sobre todo o comprimento<br />

das paredes de suporte. Por isso, não permite grandes<br />

aberturas laterais.<br />

B. Abóbada de arestas (resulta da intersecção, ao mesmo<br />

nível, de duas abóbodas de berço). Permite canalizar os<br />

empuxos para os cantos onde repousam as pontas dos arcos.<br />

Era nesses cantos que se concentrava o sistema de suporte<br />

(pilares com contrafortes adossados), libertando-se, assim, as<br />

paredes.<br />

C. Abóbada formada por uma sucessão de abóbadas de<br />

aresta. Permite projetar salas amplas, cheias de luz e bem<br />

ventiladas, como as das basílicas


As ordens romanas


Os romanos adotaram as ordens<br />

arquitetónicas gregas: Dórica, Jónica e<br />

Corínia.<br />

Acrescentaram a ordem Tocana<br />

(semelhante à ordem Dórica, fig. A) e a<br />

ordem compósita (semelhante à ordem<br />

Coríntia, fig. D)


<strong>Arquitetura</strong> e obras públicas<br />

estradas, pontes, aquedutos, basílicas, anfiteatros, teatros, termas


As construções públicas foram o tipo de<br />

arquitetura em que os <strong>Roma</strong>nos melhor<br />

expressaram o seu engenho técnico e<br />

originalidade estrutural.


<strong>Arquitetura</strong> religiosa<br />

Santuários e templos


<strong>Arquitetura</strong> privada<br />

a domus, a insula, as villae


<strong>Arquitetura</strong> comemorativa<br />

colunas honoríficas, arcos de triunfo


O espírito histórico e triunfalista dos <strong>Roma</strong>nos levou-os a edificar<br />

construções com o fim exclusivo de assinalar, pela sua presença<br />

evocativa, as façanhas militares ou políticas dos grandes oficiais e<br />

dos imperadores.


Arco de Constantino


Coluna de Trajano


Ler manual adotado, pág. 102 a 123

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!