Consulte aqui o Roteiro da Exposição (PDF) - Fundação de Serralves
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Georg Herold, X. Baracke, 1986, Cortesia Galerie Max Hetzler, Berlim<br />
por ser “feminina”. Os contributos<br />
<strong>de</strong> Martin Kippenberger<br />
e Georg Herold são irónicos<br />
e críticos – irónicos também<br />
em relação ao modo como os<br />
artistas <strong>de</strong> Düsseldorf li<strong>da</strong>m<br />
com as questões do lugar e<br />
<strong>da</strong> arquitectura. Kippenberger<br />
contrapõe às aporéticas<br />
maquetas arquitectónicas <strong>de</strong><br />
Schütte hilariantes maquetas<br />
<strong>de</strong> centros <strong>de</strong> convalescença<br />
para mães e à investigação<br />
fotográfica <strong>de</strong> Struth a pintura<br />
<strong>de</strong> Buildings with Slits [Edifícios<br />
com Fracturas]. Se Struth<br />
trabalha <strong>de</strong> um modo estritamente<br />
metódico, a instalação<br />
<strong>de</strong> Günther Förg, constituí<strong>da</strong><br />
por uma pintura <strong>de</strong> pare<strong>de</strong><br />
e fotografias, é espectacular<br />
e ecléctica. Ambos os artistas,<br />
porém, partilham mais<br />
ou menos o mesmo tema: a<br />
corrupção do mo<strong>de</strong>rnismo.<br />
As obras <strong>de</strong> quatro artistas<br />
austríacos reflectem e interrogam,<br />
mais ou menos explicitamente,<br />
as condições <strong>da</strong> arte<br />
numa exposição. Os quadros<br />
Herbert Brandl po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados<br />
“espelhos cegos”,<br />
que nem reflectem o que os<br />
ro<strong>de</strong>ia, nem abrem o espaço<br />
imaginário <strong>da</strong> representação.<br />
A pintura <strong>de</strong> pare<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ernst<br />
Caramelle afirma e subverte<br />
a arquitectura existente e os<br />
objectos <strong>de</strong> Heimo Zobernig<br />
duplicam <strong>de</strong> forma crítica e<br />
irónica os dispositivos <strong>da</strong> exposição.<br />
A instalação <strong>de</strong> Franz<br />
West é, por sua vez, – não<br />
completamente dissemelhante<br />
<strong>da</strong> obra <strong>de</strong> Mucha – uma<br />
exposição do seu próprio<br />
trabalho, nomea<strong>da</strong>mente dos<br />
seus A<strong>da</strong>ptives [A<strong>da</strong>ptáveis],<br />
a manusear pelo visitante.<br />
Franz West é um dos poucos<br />
artistas europeus presentes<br />
na exposição cuja obra é feita<br />
para o corpo humano. Esse<br />
corpo, porém, é um corpo<br />
traumatizado: “Se as neuroses<br />
fossem visíveis seriam iguais<br />
aos meus A<strong>da</strong>ptives”.<br />
As obras <strong>de</strong> George Hadjimichalis<br />
(GR), Miroslaw Balka<br />
(PL), Fischli & Weiss (CH) e<br />
Apostolos Georgiou (GR) são<br />
mais pictóricas e metafóricas<br />
do que os trabalhos até <strong>aqui</strong><br />
referidos. Balka cria cenários<br />
carregados <strong>de</strong> memórias <strong>da</strong><br />
adolescência e do catolicis-