Arquitetura das abóbadas, tres casas. - Nomads.usp
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<strong>Arquitetura</strong> <strong>das</strong> abóba<strong>das</strong>, 3 <strong>casas</strong><br />
A diversidade de atuações, tanto no campo <strong>das</strong> artes, como nas diferentes<br />
papéis sociais desempenhados, como arquitetos, professores<br />
universitários, militantes políticos, formam o conjunto <strong>das</strong> posições<br />
políticas e estéticas que estão na base de sua atuação como artistas e<br />
cidadãos de seu tempo 12 .<br />
Aula de Flávio Império na<br />
FAUUSP<br />
12 KOURY, Ana Paula.<br />
Grupo <strong>Arquitetura</strong> Nova.<br />
Tese de Mestrado. São<br />
Carlos, EESC, 1999, p.12.<br />
13 FERRO, Sérgio e<br />
LEFEVRE, Rodrigo –<br />
“Proposta inicial para um<br />
debate: Possibilidade de<br />
atuação”, em Encontros<br />
GFAU 63. GFAU, abril de<br />
1963, p.11 a 16.<br />
14 LEFEVRE, Rodrigo. “Uma<br />
crise em desenvolvimento”.<br />
Revista Acrópole nº333,<br />
outubro de 1966, p.22-23.<br />
15 FERRO, Sérgio.<br />
“<strong>Arquitetura</strong> Nova”. Revista<br />
Teoria e Prática nº.1, São<br />
Paulo, 1967, p.3 a 15.<br />
Reeditado pela Espaço e<br />
Debates – Revista de<br />
Estudos Regionais e<br />
Urbanos, ano XVII, n.40,<br />
1997, p.115 a 121, na<br />
seção documentos: “30<br />
anos de <strong>Arquitetura</strong> Nova”.<br />
Acompanha um texto do<br />
autor “Sobre <strong>Arquitetura</strong><br />
Nova” (p.114) preparado<br />
especialmente para esta<br />
reedição.<br />
Suas propostas dão-se no quadro<br />
da arquitetura moderna brasileira,<br />
mas fazendo uma crítica<br />
substancial ao compromisso que<br />
esta assumiu com o projeto<br />
d e s e n v o l v i m e n t i s t a .<br />
Comprometidos com a<br />
transformação da realidade<br />
nacional, suas obras pretendem<br />
desmascarar os processos<br />
naturalizados que a engendram e<br />
elaboram uma estrutura de valores<br />
alternativos para a sociedade<br />
contemporânea. Decidem por<br />
construir a sua visão de mundo e<br />
uma posição crítica à realidade<br />
histórica operante.<br />
Ana Paula Koury escreve que, seguindo a trilha de Vilanova Artigas no<br />
seu envolvimento com a questão do ensino e da formação do jovem<br />
arquiteto, os três arquitetos foram autores de críticas e de novas propostas<br />
de ensino de arquitetura, sempre empenhados em desmascarar o conjunto<br />
de valores que constituem a mentalidade dos alunos, permitindo que,<br />
através de sua formação universitária, eles pudessem reelaborar esses<br />
valores e constituir uma outra visão de mundo, voltada para a construção<br />
de uma realidade que não se limite à repetição ad infinitum do existente,<br />
mas que ainda possa ser inventada. Suas propostas demonstram o esforço<br />
da desconstrução do repertório inicial do aluno e de sua conscientização<br />
como agente de produção da realidade, por um lado, e, por outro,<br />
preocupam-se com que os alunos conheçam de perto as condições da<br />
realidade efetiva sobre a qual eles atuarão.<br />
As idéias do grupo são apresentados nos seguintes textos: “Proposta<br />
inicial para um debate: possibilidades de atuação” 13 , “Uma crise em<br />
desenvolvimento 14 ” e “<strong>Arquitetura</strong> Nova 15 ”.<br />
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