Habronemose Gástrica Equina - Zoonoses - Universidade Federal ...
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Nº 000 HABRONEMOSE GÁSTRICA EQUINA<br />
Aluno de Iniciação Científica: Horrana Oliveira Cavalcante da Silva Souza (Fundação<br />
Araucária)<br />
Nº de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2009023595<br />
Orientador: Ivan Deconto<br />
Co-Orientador: Marcelo Beltrão Molento<br />
Departamento: Medicina Veterinária Setor: Ciências agrárias<br />
Palavras-chave: equino, parasitose, habronema.<br />
Área de Conhecimento: Medicina preventiva - 5.05.02.00-0<br />
A <strong>Habronemose</strong> é causada por nematódeos de distribuição mundial, Habronema muscae,<br />
Habronema megastoma e Habronema microstoma, cujo adulto parasita a porção glandular do<br />
estômago e é transmitido através da Musca domestica ou Stomoxys calcitrans. Caracteriza-se<br />
por uma irritação da mucosa gástrica, levando a um quadro de gastrite crônica e à<br />
<strong>Habronemose</strong> gástrica, sendo que as larvas podem realizar um ciclo errático com invasão dos<br />
olhos e feridas na pele e causar <strong>Habronemose</strong> cutânea ou “Ferida de verão”. Embora a<br />
literatura brasileira tenha dado pouca importância a respeito até agora, é de relevada<br />
importância. Seus sinais clínicos são raros e os ovos e larvas não aparecerem nas fezes através<br />
de técnicas padrão de exames parasitológicos, sendo muitas vezes não diagnosticada. Além<br />
disso, os hospedeiros intermediários são comuns no habitat dos cavalos, tornando o controle<br />
dessa parasitose ainda mais necessário. Neste contexto, este estudo tem como objetivo a<br />
produção de dados referentes à incidência da <strong>Habronemose</strong> gástrica e detectar a sua<br />
prevalência sobre a <strong>Habronemose</strong> cutânea em cavalos carroceiros do município de Pinhais.<br />
Foram coletadas em torno de 200 g de fezes frescas de 44 cavalos carroceiros, aleatoriamente<br />
e em três atividades diferentes, e submetidas ao Xenodiagnóstico. Este método de diagnóstico<br />
consiste em colocar as amostras individualmente em um recipiente de boca larga, mantê-las<br />
em local aberto e propício para moscas realizarem postura de ovos, em temperatura de 24 a 30<br />
ºC, o que viabiliza o ciclo biológico do inseto. Após isso, os frascos foram fechados com tela<br />
fina e aguardou-se o nascimento de moscas. Logo que foram retiradas do recipiente, as<br />
moscas foram mortas com éter e observadas com lupa no Laboratório de Doenças Parasitárias<br />
da <strong>Universidade</strong> <strong>Federal</strong> do Paraná. A probóscide foi cortada com uma lâmina de bisturi e o<br />
resultado foi considerado positivo quando larvas foram encontradas no interior da mosca, o<br />
que significa que durante o estágio larval da mosca houve a ingestão da larva de Habronema<br />
sp. e o cavalo possui <strong>Habronemose</strong> gástrica. Das 44 amostras, nasceram 21 moscas, todas em<br />
amostras diferentes, e 9 possuíam larvas no seu interior, o que indica 42,86% de animais<br />
parasitados. Nenhum dos animais apresentava lesões de pele características de <strong>Habronemose</strong><br />
cutânea, o que indica que somente a <strong>Habronemose</strong> gástrica acomete os equinos avaliados. Os<br />
dados obtidos revelam uma parasitemia considerável, condizente com o manejo realizado a<br />
esses animais, já que são animais de tração e não recebem tratamento anti-helmíntico<br />
adequado.