Volume 2 - ceivap
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PEC-2939 - Plano de Recursos Hídricos para a Fase Inicial da Cobrança na Bacia do Rio Paraíba do Sul<br />
ANEXO<br />
Acompanhando as perdas na atividade agropecuária, verifica-se um constante êxodo<br />
da população rural. Em termos de pessoal ocupado com a atividade, houve uma<br />
redução de 30% aproximadamente em toda a bacia, entre 1985 e 1995. Um<br />
contingente de milhares de pessoas desempregadas no campo significa ainda maiores<br />
problemas de ocupação e infra-estrutura nas cidades, para onde essas pessoas se<br />
deslocam em busca de trabalho. Vale lembrar que 86% da população da bacia<br />
concentra-se em área urbana.<br />
II.2.2.1.2 Distribuição por Municípios<br />
Os dados sobre área ocupada (em hectares) pelas classes de cobertura vegetal e uso<br />
do solo nos municípios estão apresentados nas tabelas a seguir, separadamente por<br />
Estado. Para facilitar a visualização, foram agrupadas na classe de “outros” aquelas<br />
de menor expressão na bacia, incluindo as áreas “não sensoriadas”. Nessas tabelas,<br />
o que merece mais destaque é a extensão de área de florestas dos municípios, onde<br />
se pode constatar que a grande maioria não se encontra de acordo com as<br />
prerrogativas de área mínima de preservação para a Região Sudeste, que deve ser de<br />
20% do território.<br />
• Trecho Mineiro<br />
Observa-se que, no trecho mineiro da bacia do Paraíba do Sul, que é o mais<br />
desmatado, existe uma expressiva quantidade de municípios que apresentam<br />
nenhuma ou uma quantidade ínfima de cobertura florestal. Destacam-se, em pior<br />
situação, aqueles que, além disso, também apresentam poucas áreas de vegetação<br />
secundária, como Aracitaba, Desterro do Melo, Divinésia, Guiricema, Paiva, Rodeiro,<br />
São Geraldo, Tabuleiro, Ubá, Vieiras e Visconde do Rio Branco.<br />
Mais da metade (59%) do trecho mineiro da bacia é composta por 53 municípios que<br />
apresentam menos de 5% de cobertura florestal em seus territórios. Dentre esses,<br />
estão os municípios de Carangola, Cataguases, Juiz de Fora, Muriaé, Miraí, Coronel<br />
Pacheco, Patrocínio do Muriaé, Santos Dumont, Divino e Rio Pomba.<br />
Um total de 25 municípios, ocupando 29% do trecho mineiro da bacia, apresentam<br />
entre 5% e 10% de seus territórios cobertos por florestas. Destacam-se, nesse<br />
conjunto, os municípios de Antônio Prado de Minas, Barbacena, Dona Euzébia,<br />
Ervália, Rosário da Limeira, Guarará, Maripá de Minas, Pequeri e Simão Pereira, onde<br />
o total de florestas remanescentes em cada um é inferior a 700 hectares.<br />
Apresentando entre 10% e 20% de cobertura florestal, encontram-se somente oito<br />
municípios, que representam menos de 10% do trecho mineiro da bacia – Bom Jardim<br />
de Minas (19%), Itamarati de Minas (18,5%), Santana do Deserto (17,5%), Pedra<br />
Dourada (15%), Santa Bárbara do Monte Verde (13%), Além Paraíba (12%), Barão de<br />
Monte Alto (11%) e Fervedouro (10%).<br />
E, com mais de 20% de cobertura florestal, existem somente dois municípios mineiros:<br />
Matias Barbosa (21%) e Bocaina de Minas (30%), este situado em região montanhosa<br />
e ainda apresentando uma das maiores áreas de vegetação secundária (onde podem<br />
estar incluídas capoeiras de porte florestal) e um percentual atípico de área de<br />
pastagem (23%). Bocaina de Minas é também o segundo município do trecho mineiro<br />
com a maior extensão total de florestas, precedido por Leopoldina, que tem a maior<br />
área de florestas no trecho mineiro (7.152 ha), apesar do baixo percentual em relação<br />
II.17