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Volume 2 - ceivap

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PEC-2939 - Plano de Recursos Hídricos para a Fase Inicial da Cobrança na Bacia do Rio Paraíba do Sul<br />

ANEXO<br />

em apenas 5 anos foram destruídos 1.400 km² de florestas naturais remanescentes no<br />

estado fluminense. Em Minas Gerais foram destruídos 890 km² e em São Paulo foram<br />

674 km². Apesar de ter perdido a maior área de florestas no período 1990-95, o Rio de<br />

Janeiro é o estado, dentre aqueles de ocorrência da Mata Atlântica (ES, GO, MS, MG,<br />

PR, RJ, RS, SC e SP), que apresenta o maior percentual de remanescentes florestais<br />

em relação à área total do seu território (21%). Os primeiros resultados do<br />

monitoramento realizado para o período 1995-2000 indicam que a taxa de<br />

desmatamento no RJ caiu significativamente, mas, por limitação de método e escala<br />

de mapeamento, pequenos desmatamentos que ocorrem nos diversos e dispersos<br />

fragmentos florestais (chamado “efeito formiga”) não podem ser detectados.<br />

Na bacia do rio Paraíba do Sul, de acordo com os dados disponíveis (GEROE, 1995) 1 ,<br />

os remanescentes da Mata Atlântica ocupam hoje menos de 11 % de seu território.<br />

Até meados do século XVIII, a maior parte da bacia do Paraíba do Sul estava ainda<br />

coberta de florestas. A agricultura e a pecuária (principais causas dos extensos<br />

desmatamentos) concentravam-se na faixa litorânea do território brasileiro, onde<br />

canaviais e pastagens tomavam o lugar das árvores e animais da Mata Atlântica. A<br />

extensão e a forte declividade da Serra do Mar significaram por muito tempo um<br />

importante obstáculo à expansão da economia colonial para as terras da bacia e de<br />

boa parte das regiões Sul e Sudeste do Brasil.<br />

II.2.2 Cobertura Vegetal e Uso Atual do Solo<br />

De acordo com o mapeamento utilizado neste estudo (GEROE, 1995), realizado a<br />

partir de interpretação visual de imagens de satélite, na escala de 1:100.000, ocorrem<br />

na bacia do rio Paraíba do Sul as seguintes classes de cobertura vegetal e uso do<br />

solo:<br />

Floresta Ombrófila<br />

Vegetação de porte arbóreo, com indivíduos apresentando entre 15 e 30 m de altura,<br />

ocorrendo lianas e epífitas em abundância. Desenvolve-se em ambiente tropical de<br />

elevada temperatura (média de 25ºC) e alta precipitação ao longo do ano. Esta<br />

formação florestal “sempre-verde” se distribui nas regiões mais próximas à Serra do<br />

Mar, sujeitas ao grande teor de umidade da costa atlântica. Não é apropriado<br />

caracterizar essas florestas como “primitivas”, tendo em vista a intensa interferência<br />

humana na região. Mas, no contexto da cobertura vegetal da bacia e do método de<br />

mapeamento utilizado, as áreas identificadas como floresta ombrófila (bem como as<br />

de floresta estacional) apresentam fisionomia mais “íntegra” como ecossistema<br />

florestal.<br />

Floresta Estacional (Semidecidual)<br />

Vegetação de porte arbóreo sujeita à dupla estacionalidade climática, tropical chuvosa<br />

no verão seguida por estiagens acentuadas. Neste tipo de vegetação, o percentual de<br />

árvores caducifólias no conjunto florestal situa-se entre 20 e 50 % durante a época<br />

seca. Essa classe de floresta tem ocorrência natural nas regiões mais próximas à<br />

Serra da Mantiqueira e especialmente nas sub-bacias dos rios Pomba e Muriaé e no<br />

terço inferior da bacia do Paraíba do Sul, onde o clima se apresenta mais seco.<br />

1 “Mapa de Cobertura Vegetal e Uso do Solo do Estado do Rio de Janeiro e da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul”, realizado por<br />

Imagem Sensoriamento Remoto Ltda para o GEROE – Grupo Executivo para Recuperação e Obras de Emergência, 1995.<br />

II.12

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