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Protocolo-OBS-026-Trombose Venosa Profunda

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INSTITUTO DE PERINATOLOGIA DA BAHIA - IPERBA<br />

PROTOCOLO - <strong>OBS</strong> – <strong>026</strong> DATA: 27/05/2005 PÁG: 1 / 3<br />

TÍTULO: TROMBOSE VENOSA PROFUNDA<br />

1. CONCEITO<br />

Oclusão total ou parcial de uma veia por um trombo, com reação inflamatória primária ou<br />

secundária de sua parede.<br />

O acidente trombótico pode se apresentar como uma tromboflebite superficial (2 – 10 / 1000<br />

gestações), como trombose venosa profunda (0,2 – 2 / 1000 gestações) sendo 3 a 5 vezes maior<br />

no puerpério e 3 a 16 vezes maior após parto cesárea e, como tromboflebite pélvica (1 – 3 / 1000<br />

gestações) mais freqüente em casos de endometrite pós-cesárea.<br />

2. FISIOPATOLOGIA<br />

Tríade de Virchow;<br />

- modificações na parede do vaso;<br />

- hipercoagulabilidade;<br />

- estase venosa.<br />

3. FATORES DE RISCO<br />

- História de Acidente Tromboembólico Prévio;<br />

- Idade maior que 35 anos;<br />

- Operação cesariana;<br />

- Obesidade;<br />

- Infecção;<br />

- História de cirurgia abdominal ou pélvica prévia, fraturas, trauma e outros;<br />

- Repouso prolongado (maior que 4 dias);<br />

- Doenças crônicas debilitantes;<br />

- Varizes de membros inferiores;<br />

- História familiar ou pessoal de tombofilias hereditárias.<br />

<strong>OBS</strong>ERVAÇÃO : 2 ou mais desses fatores confere um maior risco de desenvolvimento de<br />

trombose e deverá ser feita a profilaxia na sua presença.<br />

4. DIAGNÓSTICO CLÍNICO<br />

- Dor, mudança da cor e peso no membro acometido;<br />

- Edema ipsilateral;<br />

- Veias colaterais superficiais;<br />

- Flebite.<br />

5. EXAMES COMPLEMENTARES


INSTITUTO DE PERINATOLOGIA DA BAHIA - IPERBA<br />

PROTOCOLO - <strong>OBS</strong> – <strong>026</strong> DATA: 27/05/2005 PÁG: 2 / 3<br />

TÍTULO: TROMBOSE VENOSA PROFUNDA<br />

- USG de compressão, doppler, dupplex scan,<br />

- Venografia (não indicada em gestantes), pletismografia de impedância.<br />

6. TRATAMENTO<br />

Diagnóstico confirmado, a transferência da paciente para hospital terciário é o recomendado,<br />

devendo dar inicio ao tratamento enquanto se aguarda a transferência.<br />

a) FASE AGUDA: 5 a 10.000 UI de heparina não fracionada, em bôlus, endovenoso;<br />

- Mantendo em bomba de infusão 18 UI/ Kg/ hora (ou entre 1.000 a 2.000 UI / hora);<br />

- Ajustar a dose para manter TTPA entre 1,5 a 2,5; realizar controle algumas horas após<br />

infusão;<br />

- Não se deve ultrapassar de 20.000 UI de heparina no nosso hospital, pelo maior risco de<br />

distúrbios de coagulação e dificuldade laboratorial de controle (utilizar como controle o<br />

tempo de coagulação que não deverá ser maior que 15);<br />

- Dosagem de plaquetas diariamente nos 3 primeiros dias; depois<br />

semanalmente (colher os exames laboratoriais antes do início do tratamento e 4 horas<br />

após).<br />

b) APÓS A FASE AGUDA : Heparina Não Fracionada (HNF) via SC ajustando a dose para um<br />

TTPA entre 1,5 e 2,5 o controle seis horas após a injeção, até a 36ª semana de gestação.<br />

<strong>OBS</strong>ERVAÇÕES :<br />

- Suspender a HNF 4 horas antes do parto se administrada EV e 12 a 24 horas se<br />

administrada por via SC. Ré-introduzir a medicação 6 a 10 horas após o parto;<br />

- As Heparinas de Baixo Peso Molecular (HBPM) podem ser usadas em qualquer momento<br />

da gestação e no pós-parto, com maior facilidade de administração, sem necessidade de<br />

monitorização laboratorial e menores efeitos colaterais. Deverão ser suspensas 24 horas<br />

antes do parto eletivo;<br />

- O anticoagulante oral não deve ser usado em gestantes, salvo em<br />

pacientes com próteses valvares cardíacas metálicas (nestes casos procurar utilizar a<br />

menor dose possível e evitar seu uso entre a sexta e décima terceira semana de gestação<br />

e próximo ao parto);<br />

- Introdução do anticoagulante oral (Warfarin): No segundo dia pós-parto,dose inicial de 10 a<br />

20mg no primeiro dia, e 10mg no segundo dia. Manter a heparina até se conseguir a dose<br />

adequada do anticoagulante oral (TP entre 2 e 3 RNI). Utilizar por 3 a 6 meses (e sempre<br />

até 6 semanas após o parto).<br />

7. PROFILAXIA


INSTITUTO DE PERINATOLOGIA DA BAHIA - IPERBA<br />

PROTOCOLO - <strong>OBS</strong> – <strong>026</strong> DATA: 27/05/2005 PÁG: 3 / 3<br />

TÍTULO: TROMBOSE VENOSA PROFUNDA<br />

- Avaliar os fatores de risco principalmente história prévia de fenômenos tromboembólicos e<br />

trombofilia.<br />

8. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA<br />

Não se aplica<br />

9. ANEXOS<br />

Não se aplica


INSTITUTO DE PERINATOLOGIA DA BAHIA - IPERBA<br />

PROTOCOLO - <strong>OBS</strong> – <strong>026</strong> DATA: 27/05/2005 PÁG: 4 / 3<br />

TÍTULO: TROMBOSE VENOSA PROFUNDA<br />

Elaborado por<br />

Editado por<br />

Aprovado por<br />

Data<br />

Dr. Omar Ismail Darze CRM 7417<br />

Coordenação de Ensino e Pesquisa<br />

Luciana Branco<br />

CRA-BA N. º 6593<br />

Dra. Dolores F. Fernandez<br />

Coordenação Médica

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