4a LISTA DE EXERCÍCIOS DO CURSO DE EDP, AGO.-NOV ... - IMPA
4a LISTA DE EXERCÍCIOS DO CURSO DE EDP, AGO.-NOV ... - IMPA
4a LISTA DE EXERCÍCIOS DO CURSO DE EDP, AGO.-NOV ... - IMPA
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
4 4 A <strong>LISTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>EXERCÍCIOS</strong> <strong>DO</strong> <strong>CURSO</strong> <strong>DE</strong> <strong>EDP</strong>, <strong>AGO</strong>.-<strong>NOV</strong>. 2007<br />
Assim (19) garante que localmente (12) representa uma superfície Σ : z = u(x, y). Que Σ é uma superfície<br />
integral está claro na representação paramétrica (12). Pois num ponto qualquer P as quantidades X t , Y t , Z t<br />
dão a direção da tangente a uma curva s = const. sobre Σ, a qual estará no plano tangente de Σ em P . Assim,<br />
(13) mostra que o plano tangente em qualquer ponto contém a direção característica (a, b, c) e, portanto, Σ<br />
é uma superfície integral.<br />
Pode-se também verificar analiticamente que a função u representada por (15) satisfaz a equação diferencial<br />
(2) expressando-se primeiro u x , u y em termos de S x , S y , T x , T y e então expressando-se essas quatro<br />
quantidades em termos de X s , X t , Y s , Y t usando (17).<br />
Isso completa a prova da existência local da solução do problema de Cauchy, sob a condição (19). A unicidade<br />
segue do Teorema 1.1: Qualquer superfície integral através de Γ terá de conter as curvas características<br />
através dos pontos de Γ e, portanto, terá de conter a superfície representada parametricamente por (12), e,<br />
assim, localmente, terá de ser idêntica à superfície.<br />
A condição (20) é essencial para a existência de uma solução C 1 , u(x, y), do problema de Cauchy. Pois,<br />
se J = 0, encontraríamos de () e (2) que em s = s 0 , x = f(s 0 ), y = g(s 0 ) as três relações<br />
(21) bf ′ − ag ′ = 0, h ′ = f ′ u x + g ′ u y , c = au x + bu y<br />
valem. Essas implicam que<br />
gh ′ − cg ′ = 0, ah ′ − cf ′ = 0<br />
e daí que f ′ , g ′ , h ′ são proporcionais a a, b, c. Portanto, J = 0 é incompatível com a existência de uma<br />
solução, a menos que Γ seja uma característica em s 0 . A propósito, o problema de Cauchy terá infinitas<br />
soluções para uma curva característica Γ, as quais são obtidas passando-se qualquer curva Γ ∗ satisfazendo<br />
(20) através de um ponto P 0 de Γ e resolvendo-se o problema de Cauchy para Γ ∗ .<br />
No caso especial de uma de <strong>EDP</strong> linear podemos escrever (2) na forma<br />
(22) a(x, y)u x + b(x, y)u y = c(x, y)u + d(x, y)<br />
Aqui, o sistema das três E<strong>DO</strong>’s características é reduzido ao par<br />
(23)<br />
ou equivalentemente,<br />
(24)<br />
dx<br />
dt<br />
= a(x, y),<br />
dy<br />
dt<br />
dy b(x, y)<br />
=<br />
dx a(x, y)<br />
= b(x, y)<br />
As equações (24) ou (25) determinam um sistema de curvas no plano-xy, chamado de projeções características,<br />
que são projeções sobre o plano-xy das curvas características no espaço-xyz. A curva característica<br />
é obtida de sua projeção x(t), y(t) encontrando-se z(t) por meio da E<strong>DO</strong> linear<br />
dz<br />
(25)<br />
= c(x(t), y(t))z + d(x(t), y(t))<br />
dt<br />
Indicaremos como proceder para obter no caso mais geral de uma equação quasilinear para uma função<br />
u = u(x 1 , . . . , x n ) de n variavéis independentes. Uma tal equação tem a forma<br />
n∑<br />
(26)<br />
a i (x 1 , . . . , x n , u)u xi = c(x 1 , . . . , x n , u)<br />
i=1<br />
Aqui, as curvas características no espaço-x 1 . . . x n z são dadas pelo sistema de E<strong>DO</strong>’s<br />
dx i<br />
(27)<br />
dt = a dz<br />
i(x 1 , . . . , x n , z)<br />
dt = c(x 1, . . . , x n , z)<br />
para i = 1, . . . , n. No problema de Cauchy, queremos passar uma superfície integral z = u(x 1 , . . . , x n ) em<br />
R n+1 por uma variedade (n − 1)-dimensional Γ dada parametricamente por<br />
(28) x i = f i (s 1 , . . . , s n−1 ), z = h(s 1 , . . . , s n−1 )