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M NITOR DE MÍDIA - DIAGNÓSTICOS - Monitorando

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parte dos policiais, a foto à qual a legenda se refere mostra os cadáveres rodeados<br />

de policiais militares, lembrando uma cena de caçada em que os caçadores<br />

acabaram de abater sua presa. Em um dos corpos aparece claramente um ferimento<br />

de bala numa das coxas, embora estejam ambos em boa parte cobertos. A imagem<br />

ainda remete ao fato dos acusados, neste caso, serem as vítimas, já que foram mortos<br />

durante uma troca de tiro com policiais.<br />

Quanto aos textos, pôde-se observar dede pequenos deslizes, erros de dados,<br />

os quais comumente passam despercebidos numa primeira leitura, até falhas que<br />

comprometem a credibilidade jornalística, como a pouca ou nenhuma apuração<br />

que há em muitas matérias e notas. Destacamos tópicos alguns casos:<br />

- Evidencia-se a repetição de ocorridos, tanto que no DC e no Santa, por<br />

serem jornais de um mesmo grupo, as matérias são repetidas na íntegra e com<br />

freqüência. O que quer dizer que se um leitor do Vale do Itajaí, por exemplo, comprar<br />

o Santa para saber das notícias locais e também o DC, que em tese deveria ser um<br />

veículo de cobertura estadual, levará a mesma matéria, do mesmo jornalista, às<br />

vezes inclusive com o mesmo título, para casa. Um destes casos ocorre à página 26<br />

e 4B, respectivamente, do DC e do Santa; em ambos, a mesma matéria, do mesmo<br />

autor, intitulada “Detento é morto dentro da cadeia”.<br />

- Matéria sobre o caso de um lavrador que fez reféns com uma faca, no INSS,<br />

desesperado ao reivindicar sua previdência, é dada apenas em AN (7/08, p.A17,<br />

“Lavrador faz reféns no INSS”). É de se mencionar a apuração do caso, que aqui é<br />

acompanhado até o lavrador se pronunciar numa rádio, explicando o acontecido.<br />

DC e Santa não noticiam o caso.<br />

- Disparidade nas apurações: AN, p.17, na matéria “Jovem confirma que matou<br />

tio”, diz que o rapaz confessou o crime e mostra um acompanhamento mais detalhado<br />

e preciso. Santa, p.4B, em “Polícia do Alto Vale investiga assassinato” é bastante<br />

vago quanto ao caso, não chegando nem mencionar a confissão feita.<br />

- Em AN de 8/08, p.A16, a matéria “Jovem é preso e confessa latrocínio de<br />

professor”, diz que acusado fazia programas e saiu com o professor, antes de matálo.<br />

No DC, em “Preso o autor da morte de professor”, o acusado é citado como<br />

vendedor ambulante.<br />

Por coincidência, apesar dos deslizes, um caso de chamar a atenção apareceu<br />

em AN, na última edição (11/08) consultada para este diagnóstico. Trata-se de uma<br />

série de reportagens intitulada “Um crime em nome de fama, carrões e mulheres”,<br />

escrita por um enviado especial do jornal ao Rio de Janeiro. A primeira reportagem<br />

da série, “Santa Catarina ‘exporta’ técnica de crime”, relata as práticas dos<br />

“caixeiros”, como ficaram conhecidos, principalmente em Joinville, os<br />

arrombadores de caixas-eletrônicos. Relatos de ações dos praticantes de tal tipo de<br />

crime, depoimento de psicóloga, etc., compõem o texto de três páginas, em tamanho<br />

standart. Na reportagem, contudo, é repetido em demasia o fato dos rapazes<br />

joinvillenses serem os únicos especialistas em tal tipo de crime no Brasil, de modo<br />

a serem até contratados para praticá-lo noutros estados, sob a proteção de diferentes<br />

grupos. O repórter divulga uma entrevista com um praticante de tal tipo de crime,<br />

mas preserva o nome da pessoa, substituindo-o por um nome fictício. A reportagem<br />

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M <strong>NITOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>MÍDIA</strong> - <strong>DIAGNÓSTICOS</strong>

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