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M NITOR DE MÍDIA - DIAGNÓSTICOS - Monitorando

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Edição 15 – 15/05/2002<br />

Você compra anúncio ou informação<br />

No domingo, 5 de maio, o leitor comprou um exemplar do Jornal de Santa<br />

Catarina e acabou levando para casa 24 páginas, dentre as quais 7 de publicidade<br />

– exceto os cadernos de classificados e “Guia da Tevê”. Isto é, o cidadão foi à banca<br />

em busca de notícias e levou 29% do jornal em publicidade. Nem sempre é assim.<br />

Numa edição de jornal, a proporção entre o conteúdo jornalístico e o comercial não<br />

atende a nenhuma regra ou padrão: não há um limite para o espaço publicitário, e<br />

o leitor pode estar pagando por anúncio em vez de informação.<br />

De acordo com o Instituto Verificador de Circulação (IVC), que acompanha a<br />

tiragem dos jornais brasileiros, não existe nenhuma regulamentação sobre a<br />

limitação entre material noticioso e material publicitário. Segundo a Diretoria<br />

Técnica, o limite de proporção é aquele que o leitor tolera, a ponto de permanecer<br />

como fiel à publicação.<br />

Segundo o Novo Manual da Redação da Folha de S.Paulo, “os anúncios são<br />

parte do conjunto de informações que o leitor procura todos os dias no jornal” e é a<br />

publicidade quem “tem prioridade na divisão do espaço”, determinando o esboço<br />

das páginas previstas. Tal como na Folha, os demais jornais brasileiros trabalham<br />

nesta rotina: os departamentos comerciais preenchem os espaços nas páginas e o<br />

que sobra é recheado com matérias jornalísticas.<br />

Não se condena a existência dos anúncios. São eles que garantem boa parte<br />

da sobrevivência das empresas de comunicação. Sabe-se que a receita das vendas<br />

de exemplares avulsos em banca e das assinaturas apenas banca custos com papel<br />

e tinta para impressão dos jornais. Os demais gastos – equipamentos, circulação,<br />

produção, folha de pagamento, etc. – são pagos com o montante que se arrecada no<br />

departamento comercial.<br />

Este MO<strong>NITOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>MÍDIA</strong> avaliou 31 edições do Diário Catarinense, Jornal<br />

de Santa Catarina e A Notícia, no período de 29 de abril a 13 de maio, observando<br />

a presença dos anúncios nos jornais. Entre as observações, o levantamento apontou<br />

que as páginas ímpares são as de maior preferência pelos anunciantes por causa<br />

da sua área de visualização. No DC, por exemplo, os maiores anunciantes recorrem<br />

a estes espaços.<br />

Nos três jornais, os principais anunciantes são empresas automotivas, fábricas<br />

têxteis, institutos educacionais, companhias telefônicas entre outras. Tanto no Jornal<br />

de Santa Catarina como no Diário Catarinense, a propaganda de comemoração aos<br />

45 anos da empresa têxtil Dudalina ocupa página inteira, em preto e branco (p.7,<br />

da edição de 2 de maio no DC, e p.3-B de edição de 4/5 de maio do JSC). Anunciante<br />

exclusivo de A Notícia, as Casas Bahia chegam a ocupar duas páginas de<br />

publicidade em preto e branco, conforme aparece na edição de 9 de maio, p.10-11.<br />

Em páginas coloridas, são as empresas automotivas e de telefonia as que se<br />

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M <strong>NITOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>MÍDIA</strong> - <strong>DIAGNÓSTICOS</strong>

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