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M NITOR DE MÍDIA - DIAGNÓSTICOS - Monitorando

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Edição 74 - 15/08/2005<br />

Nem todos aprenderam com o<br />

Catarina<br />

Em março do ano passado, fortes ventos varreram a costa catarinense e<br />

mudaram a história da previsão climática no país. Até então o Brasil era uma terra<br />

abençoada, sem furacões ou grandes catástrofes naturais. A passagem do primeiro<br />

furacão no Atlântico Sul trouxe ensinamentos aos cientistas da área, à população e<br />

aos jornalistas. Mas nem todo o mundo aprendeu.<br />

A chegada de um ciclone extratropical neste mês mostrou bem isso. Nos dias<br />

8 e 9, alguns jornais catarinenses não trataram o evento com o destaque merecido,<br />

subestimando a potência da efeméride. Diário Catarinense e Jornal de Santa<br />

Catarina, com base no serviço da Somar Meteorologia, informaram em suas<br />

previsões que uma frente fria estava “praticamente estacionada sobre o Estado”. O<br />

concorrente A Notícia previu a ocorrência de chuvas fortes e descargas elétricas,<br />

seguindo o serviço da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa<br />

Catarina (Epagri).<br />

No dia seguinte, os jornais do Grupo RBS não deram muita atenção à mudança<br />

do tempo, e informaram que o frio e a chuva iriam continuar, de forma rotineira. O<br />

Jornal de Santa Catarina ateve-se a relatar os fortes ventos relacionando-os à<br />

ressaca. A Notícia, não. Trouxe alerta na capa com destaque sobre o evento que<br />

aconteceria àquela noite.<br />

Só no dia 10, o Diário Catarinense – que vinha tratando o assunto como frente<br />

fria – citou a formação de um ciclone daquele tipo em meio a uma série de matérias<br />

sobre os estragos causados pelo vento. Já o Jornal de Santa Catarina ateve-se a<br />

relatar os fortes ventos relacionando-os à ressaca.<br />

De difícil cobertura, eventos naturais surpreendem até mesmo os especialistas.<br />

Entretanto, a ocorrência de desastres semelhantes trazem lições que precisam<br />

orientar e conduzir os trabalhos nas redações.<br />

Mais do mesmo<br />

Assim como o ritmo das investigações, os jornais catarinenses mantêm o ritmo,<br />

durante o período de análise, das matérias veiculadas sobre a crise no Governo.<br />

Novos nomes como Duda Mendonça aparecem, o clima da culpa do governo fica<br />

intenso. Evoluem as CPIs, que apesar de tratarem de assuntos considerados<br />

diferentes, apresentam algumas figuras bem conhecidas por quem já acompanha<br />

as notícias. Como antes, o DC apresenta um maior espaço dedicado aos<br />

acontecimentos de Brasília e detalhes de especulações do futuro do país. O Santa e<br />

o AN trazem os principais fatos, de forma geral. Pelo que se nota, o noticiário político<br />

dos jornais continuará nesse ritmo por um bom tempo. Nos editoriais, os jornais<br />

deixam claro que já perderam a paciência com o governo Lula.<br />

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