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M NITOR DE MÍDIA - DIAGNÓSTICOS - Monitorando

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uma sessão sobre o que as supostamente mulheres precisam.<br />

As primeiras duas matérias contaram com a explicação da sexóloga Maria<br />

Inês que falou basicamente sobre tensão pré-menstrual e diferenças<br />

comportamentais entre homens e mulheres. Maria Inês mencionou os já conhecidos,<br />

“reflexos culturais e comportamentais” para tentar explicar as variações de gênero.<br />

Ainda na mesma página, “Ciência explica as diferenças” confirmou através<br />

de estudos realizados nos EUA que, tratando-se de um mesmo assunto, o cérebro<br />

masculino reage com mais racionalidade enquanto que as mulheres recorrem à<br />

emoção. Uma segunda pesquisa constatou que a maioria dos homens “preferem<br />

mulheres com funções subordinadas à deles”.<br />

Kelly Muller, na página seguinte, falou sobre a pretensão do presidente Lula<br />

de sancionar a lei de alteração do Código Penal de 1940, pondo fim ao já mencionado,<br />

adultério como sendo crime contra a honra e ao perdão em casos de estupro em que<br />

o agressor casa-se com a vítima.<br />

O advogado Carlos A.V. Vieira disse que tais leis eram baseadas em costumes<br />

e princípios do fim do século XIX. Segundo ele, o código necessita ainda de outras<br />

mudanças, tais como a legalização da prostituição.<br />

O AN finalizou as comemorações do dia da mulher com mais uma matéria<br />

sobre as mulheres no mercado de trabalho. Salientando a competitividade, a matéria<br />

contou como destaque de Lamara Alves Maciel, gerente de uma empresa de<br />

telemarketing em Florianópolis onde 70% dos funcionários são mulheres.<br />

O fato de A Notícia ter mencionado o Dia Internacional da Mulher somente<br />

nos dias 7 e 8 durante o período de análise, que foi de 6 a 10 de março, não diminui<br />

em nada a enfadonha repetência no contexto das matérias. Em praticamente todos<br />

os artigos e depoimentos, falou-se muito sobre a mulher batalhadora que luta para<br />

ocupar um lugar de respeito no mercado de trabalho e na sociedade, que luta contra<br />

o preconceito e a favor da equidade. Pode não ter sido essa a intenção, no entanto,<br />

os belos e manjados discursos, sobrepostos a abordagens preconceituosas e<br />

pessimistas esmigalharam qualquer tentativa de sucesso com as publicações. Foi<br />

possível destacar um outro contraste: enquanto um advogado “bem intencionado”<br />

estava disposto a pugnar em causa das profissionais do sexo, os EUA “cristãos até<br />

o último” optaram por não entrar em confronto com o Papa sobre a questão do aborto.<br />

Criatividade no comercial e mesmice no editorial no DC<br />

A edição de 6 de março do Diário Catarinense, domingo que antecedeu o Dia<br />

Internacional da Mulher, trouxe chamada de capa do suplemento “Donna DC”.<br />

Sob o título “Nos passos das precursoras”, a capa do caderno traz a imagem de<br />

Thereza Tang, a primeira juíza de Santa Catarina. Nas páginas internas, o espaço<br />

intitulado “Gente” é ocupado por matéria que trata de Hilary Swank, atriz que<br />

conquistou seu segundo Oscar pela participação em “Menina de Ouro”. Nas duas<br />

páginas seguintes, o leitor encontra o perfil da professora Olga Schaeffer, primeira<br />

mulher a dirigir o Centro de Ciências Jurídicas da UFSC. A repórter Jane Dutra<br />

conta que “ela precisou lutar mesmo para conciliar planos profissionais e projetos<br />

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M <strong>NITOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>MÍDIA</strong> - <strong>DIAGNÓSTICOS</strong>

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