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M NITOR DE MÍDIA - DIAGNÓSTICOS - Monitorando

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personalidade da poeta. A entrevista “Um país dividido entre o profundo e o<br />

monstruoso” (DC, 16/10, p.4-5), com o escritor Norman Mailer, descreve sua<br />

personalidade, não deixa de citar o seu livro O Parque dos Cervos, que será lançado<br />

no Brasil em novembro, e emenda com a opinião dele acerca dos acontecimentos<br />

de 11 de setembro em seu país, os Estados Unidos. E, fugindo ao que é apresentado<br />

nos dias de feira, há ainda a Revista DC, de domingo, que reserva maior espaço a<br />

reportagens. Comportamentais, é verdade. Um exemplo narrativo e belo é “A<br />

memória do ator” (p.6), com Waldir Brasil e escrita pela jornalista Rafaela Giordano,<br />

apresentando um texto mais denso e biográfico. A página seguinte também traça,<br />

desta vez, um perfil do provocador Lobão, músico que apareceu em várias fotos dos<br />

dias anteriores, porém de forma bastante superficial nos textos, dado seu<br />

comparecimento à Unisul, para o evento Projeção - I Festival Universitário Unisul<br />

de Cinema e Vídeo.<br />

O que prevalece, contudo, é ainda a informação e a prestação de serviços,<br />

principalmente de segundas a sextas-feiras. É o entretenimento que ganha mais<br />

evidência do que a arte, como nos casos das resenhas com listas de músicas dos<br />

discos lançados no mercado. Enleiam-se amostras fotográficas sobre a cultura<br />

açoriana, quadros do impactante Edward Munch e cantores sertanejos com vestes<br />

de caubói. Como disse o crítico de artes e pós-modernidade Fredric Jameson, mais<br />

do que nunca a arte deixou de ser um fenômeno da superestrutura econômica para<br />

se confundir com a própria estrutura, de modo que chamá-la de mercadoria tornouse<br />

a mesma coisa. É válido lembrar que a prioridade não deveria estar em apenas<br />

noticiar acontecimentos culturais, mas também em reportar, narrar, àqueles que<br />

não têm oportunidade até econômica de prestigiar um evento, as dimensões e o<br />

decorrer destes. Talvez tornasse então a viver, senão nos escritores mas pelo menos<br />

nos jornalistas de hoje, aquela Shehrazade incansável e cativante a cada nova<br />

estória.<br />

No Jornal de Santa Catarina, o jornalismo cultural ainda é muito incipiente,<br />

e as matérias precisam disputar as páginas com anúncios e colunas sociais.<br />

A exceção neste descaso com o jornalismo de variedades é mesmo A Notícia,<br />

que vem se destacando com seu “Anexo”. O caderno circula todos os dias, mas é aos<br />

domingos que reportagens mais longas e originais são editadas.<br />

Acompanhe as manchetes dominicais dos últimos três meses:<br />

12 de agosto<br />

Voga dança sua caminhada evolutiva - sobre o grupo de dançarinos da Capital.<br />

19 de agosto<br />

Kikito dignifica cinema catarinense - com entrevista com Charles Cesconetto,<br />

ganhador do Festival de Gramado na categoria Melhor Fotografia dos curtas.<br />

26 de agosto<br />

Tocata Vieira para o Brasil - enfocando o grupo local, único no projeto<br />

26<br />

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