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M NITOR DE MÍDIA - DIAGNÓSTICOS - Monitorando

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Edição 54 – 01/08/2004<br />

Três deslizes em dez dias<br />

O erro faz parte da conduta humana, está previsto nas regras do jogo da<br />

vida. Há erros que são banais e que pouco comprometem; outros, no entanto, são<br />

graves e afetam diretamente o convívio das pessoas, provocando conflitos e reações.<br />

No mundo do trabalho, cada vez menos, tolera-se o erro. Algumas atividades tentam<br />

controlar ao máximo a incidência dos erros, tentando não só propiciar produtos e<br />

serviços de maior qualidade, mas também zelando pela sobrevivência e<br />

credibilidade dos seus responsáveis. No jornalismo, a preocupação também é<br />

grande, mas isso não impede que repórteres, redatores e editores derrapem e<br />

provoquem certos estragos em algumas edições. Este MO<strong>NITOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>MÍDIA</strong> pinçou<br />

três deslizes consideráveis em dez dias de análise (entre 12 e 22 de julho).<br />

Omissão imperdoável<br />

No dia 12, foram anunciados os vencedores do Prêmio Jabuti, o mais<br />

prestigiado prêmio da literatura no país. Entre os ganhadores, o catarinense<br />

Donaldo Schüller, na categoria Tradução. Na mesma data, o Jornal de Santa Catarina<br />

trouxe não só o anúncio dos laureados, mas uma matéria específica sobre o<br />

conterrâneo com a chamada na capa: “Literatura: catarinense Donaldo Schüller<br />

ganha Prêmio Jabuti de Tradução”, no canto superior direito da capa com foto do<br />

autor. No caderno de lazer, onde o assunto foi desmembrado, a manchete “Desafio<br />

Premiado” vinha com matéria sobre o feito do intelectual: traduzir o romance<br />

Finnegans Wake, de James Joyce.<br />

No concorrente A Notícia, nem parecia que um conterrâneo havia vencido o<br />

mais importante prêmio da cultura nacional. O assunto mereceu uma nota no dia<br />

12, com a menção aos vencedores de diversas categorias, menos a de tradução.<br />

Justo essa! A omissão fez com que o leitor do AN deixasse de estar informado<br />

sobre o assunto. Aliás, mesmo a conquista do maestro Edino Krieger, o vencedor do<br />

Prêmio Jorge Amado deste ano, não foi lá muito ovacionada. Tais deslizes<br />

demonstram ignorância da importância dessas figuras, descaso ou desprezo<br />

Não foi bem assim<br />

A mesma semana, o mesmo jornal, mas editorias diferentes. Em 17 de julho, A<br />

Notícia trouxe na sua primeira página a manchete “SC desiste de disputar royalties<br />

do petróleo”. O AN conta que o “Estado vai abandonar disputa judicial com o Paraná<br />

para receber renda sobre exploração”. A matéria traça toda a disputa envolvendo<br />

os três estados do sul para o recebimento dos royalties da Petrobrás para extração<br />

do petróleo. O jornal se preocupou em deixar claro para o leitor a situação dos<br />

royalties utilizando além da matéria, um quadro intitulado “Entenda o caso”. Pronto:<br />

o leitor entendeu o caso, certo Não foi bem isso que pareceu. No dia 19 (segunda),<br />

o jornal trouxe uma errata na página A5 em que tenta deixar mais claro para o<br />

leitor a notícia de dois dias atrás. “Ao contrário do que dão a entender os títulos<br />

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