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M NITOR DE MÍDIA - DIAGNÓSTICOS - Monitorando

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Luís Meneghim: Acho que praticamos jornalismo de qualidade em Santa<br />

Catarina. Pelo menos os três principais jornais diários, creio eu, representam bem<br />

a imprensa catarinense. Todos estão antenados com os seus leitores e concorrem<br />

em determinados mercados, o que é salutar para os próprios veículos e para o leitor.<br />

Nos, de A Notícia, tentamos fazer um jornal catarinense de verdade. Não é fácil<br />

fazer um jornal estadual num mercado restrito como o nosso. Entretanto, acho que<br />

a nossa cobertura não deixa a desejar. Em outras palavras, o que é importante,<br />

relevante, acaba ganhando espaço na nossa edição. Tenho visto experiências de<br />

jornais de tamanho semelhantes aos nossos, em outros estados, particularmente no<br />

Paraná e em São Paulo. Não acho que nossos jornais sejam menos qualificados.<br />

Muito pelo contrário.<br />

Edgar Gonçalves Júnior: Nós estamos em processo de amadurecimento. Não<br />

adquirimos ainda o nível de qualidade que gostaríamos ou que é realizado em<br />

outros Estados. Mas a formação dos jornalistas está melhorando, o que reflete no<br />

mercado. O Santa, por exemplo, foi finalista do prêmio Esso na categoria jornais de<br />

interior três vezes nos últimos quatro anos. Quanto a outros Estados, é claro que<br />

não podemos comparar o Santa à Folha de São Paulo, por exemplo, mas acho que<br />

não estamos assim tão longe. Estive em São Luís do Maranhão, analisei os jornais<br />

e percebi que não estamos mal. O Estado do Maranhão tem quase a metade da<br />

circulação do Santa - isso que o nosso jornal é regional e o Estado do Maranhão é<br />

o mais lido por lá.<br />

Cláudio Thomas: Santa Catarina pode se orgulhar dos jornais que possui.<br />

Uma pena que os índices de leitura não refletem a qualidade da mídia impressa<br />

catarinense. Santa Catarina figura entre os estados cujos índices de leitura são os<br />

mais baixos.<br />

Que mecanismos seu jornal possui para evitar falhas e controlar a qualidade<br />

do produto que vai às bancas<br />

Luís Meneghim: Nós ainda não conseguimos implementar um plano de<br />

qualidade eficiente. Aprendemos muito com os próprios erros. De qualquer forma,<br />

melhoramos bastante nos últimos anos. É difícil, ou quase impossível, chegar ao<br />

índice zero. Hoje, trabalhamos com muito planejamento, o que evita que o jornal<br />

seja refém de correspondentes ou agências. Optamos por pautas próprias. Basta<br />

ver nossas manchetes, diariamente, sempre com reportagens desenvolvidas pela<br />

redação e com temas catarinenses. Essa postura já evita muitos erros, até porque<br />

temos o controle do material que desenvolvemos. Mesmo assim, há muita conversa.<br />

Reunião pela manhã com os editores de área, com a minha presença e de pelo<br />

menos um editor executivo, reunião de fechamento no meio da tarde e a vigilância<br />

de todas as páginas por um executivo. Na reunião da manhã, planejamos a edição<br />

seguinte e avaliamos, sem formalidades, a edição que foi para as ruas. Essa<br />

autocrítica ajuda bastante, principalmente para alertar os editores mais jovens.<br />

Edgar Gonçalves Júnior: O principal mecanismo é a consciência dos<br />

profissionais. O jornalista deve sempre buscar o erro zero, mesmo sabendo que ele<br />

não é possível porque a sua interpretação do mundo não vai ser perfeita. Há também<br />

o leitor que liga pra redação, além do MO<strong>NITOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>MÍDIA</strong> que aponta quando a<br />

gente cochilou numa cobertura.<br />

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M <strong>NITOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>MÍDIA</strong> - <strong>DIAGNÓSTICOS</strong>

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