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M NITOR DE MÍDIA - DIAGNÓSTICOS - Monitorando

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dos meios de comunicação. Os periódicos deixavam para o leitor a tarefa de se<br />

manifestar em relação ao assunto. Em especial no Diário Catarinense o assunto foi<br />

tomado pela seção de cartas. Nas 18 edições analisadas na época, 17 eram relativas<br />

ao tema, na maioria expressando indignação. A posição dos leitores era<br />

substancialmente maior do que os editoriais e artigos, e apenas no dia 18 um artigo,<br />

intitulado “O crime da farra”, foi publicado no DC. No Jornal de Santa Catarina,<br />

foram publicadas quatro cartas. Já em A Notícia dava a impressão de que a época<br />

não era de Farra-do-Boi, pois nenhum editorial, artigo ou carta foi publicado sobre<br />

isso.<br />

Nas sete edições analisadas na época (15 a 21 de abril), o assunto começou a<br />

ser tratado já no dia 15, com o flagrante do vice-prefeito de Tijucas, onde a<br />

manifestação é tradicional. A autoridade participara da Farra, e houve a morte de<br />

um participante por motivo de afogamento em Barra do Sul.<br />

Enquanto o Diário Catarinense trazia uma pluralidade de depoimentos e<br />

versões dos fatos (foram apresentadas três), o Jornal de Santa Catarina sequer<br />

citou o caso.<br />

A Notícia informou que a vítima havia morrido afogada, mesmo sendo membro<br />

do Corpo de Bombeiros e Salva-vidas. Mas, o assunto voltou a ser tratado no AN<br />

no dia 17. Além disto, como era sexta-feira santa, o dia mais tradicional para a<br />

realização da Farra, o jornal resolveu destacar que a polícia estaria com atenção<br />

redobrada na capital e no litoral norte, áreas mais tradicionais de ocorrência. O<br />

texto citava todos os reforços solicitados pela polícia e dizia que os praticantes<br />

seriam presos. Ao leitor era passada a impressão de que estava tudo sob controle.<br />

Além disto, o que foi percebido no ano passado pelos pesquisadores deste<br />

MO<strong>NITOR</strong> era o uso de tom parcial e apenas informativo dos textos. Ao mesmo<br />

tempo em que o Jornal de Santa Catarina procurou informar através da pluralidade<br />

de fontes, o que não aconteceu com o AN e o DC. Por fim, pode-se afirmar que a o<br />

assunto não ocupou muito espaço nos jornais catarinenses. No máximo meia página<br />

era dedicada ao assunto. Por muitas vezes o tamanho das matérias era mínimo em<br />

relação às fotos. Desta maneira, um espaço pequeno era destinado à<br />

contextualização, ou seja, da informação.<br />

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M <strong>NITOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>MÍDIA</strong> - <strong>DIAGNÓSTICOS</strong>

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