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M NITOR DE MÍDIA - DIAGNÓSTICOS - Monitorando

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pouquinho!”. Ainda mais apimentado, na nota “Conjectura”, prossegue: “Vice bom<br />

é aquele que entra mudo e sai calado. Quando muito, geme”.<br />

Entretanto, em outros casos, mesmo trazendo assuntos polêmicos, os relatos<br />

não contêm o mesmo tom. Por serem em sua maioria informativos, alguns não trazem<br />

contextualização e profundidade, o que é comum em notas curtas. Declarações<br />

também são freqüentes em sua coluna. Um exemplo que chama a atenção ocorre na<br />

edição do dia 7, em “Concurso Público no Besc”. No texto de abertura da coluna,<br />

Prisco escreve apenas seis linhas de sua autoria, ao passo que reproduz, entre aspas,<br />

40 linhas (!). Não seria o caso, talvez, de publicar o mesmo trecho na seção de<br />

cartas, já que se trata de uma correspondência<br />

Experiência dá mais segurança<br />

Tradicional colunista de A Notícia, Moacir Pereira, é exceção quanto ao estilo.<br />

Sua coluna diária na página A3 traz uma média de 10 notas curtas, introduzido por<br />

um texto de cerca de 30 linhas. Experiente, o colunista se permite trafegar no terreno<br />

da interpretação e da opinião, tecendo comentários leves e alfinetando um ou outro<br />

personagem. No entanto, é sóbrio, mantém a elegância e, a exemplo dos colegas<br />

de ofício, não exerce integralmente o poder de influência que sua função lhe<br />

possibilita.<br />

Os assuntos abordados referem-se, em sua maioria, ao cotidiano dos políticos<br />

e outros catarinenses com projeção nacional. No dia 1º, por exemplo, ao tratar da<br />

viagem do governador à Ásia e à Europa, foi publicada nota acerca do espanto do<br />

prefeito Décio Lima (PT-Blumenau), que acompanhou a comitiva, diante do preço<br />

da água mineral em Paris. A edição do dia 3 traz a informação de que o governador<br />

Luiz Henrique da Silveira vai substituir as férias de janeiro por um curso de língua<br />

inglesa em Nova York.<br />

Além das figuras políticas, quem ocupou grande espaço nas edições analisadas<br />

foi o tenista Gustavo Kuerten, o Guga. Tendo seu nome como título, apareceu em<br />

nota do dia 1º. No dia seguinte, é tema do texto de abertura da coluna, onde Moacir<br />

Pereira relata em tom grandioso: “Do alto da fila 22, em posição privilegiada (...), o<br />

espectador catarinense tem, às vezes, a sensação de testemunhar uma ficção”. O<br />

assunto é citado em quatro das notas que seguem. Estas também noticiam a presença<br />

do presidente da Federação Catarinense de Tênis no jogo, de uma falha na assessoria<br />

de imprensa do tenista, de um deputado que se sentiu roubado porque o jogo foi<br />

interrompido e até do problema dos cambistas em Roland Garros. O jogo é assunto<br />

ainda no dia 3.<br />

O que chama a atenção são os relatos bastante impressionistas do colunista e<br />

a fartura de adjetivos em seu texto. Por exemplo, no dia 3, sob o título “SC: o balanço<br />

da missão”, pode-se ler os seguintes trechos: “pela digna e carinhosa acolhida”, “a<br />

pomposa recepção”, “charmosa capital” e “produtiva e exitosa missão”. Através do<br />

uso destes, é possível perceber opiniões quase explícitas.<br />

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M <strong>NITOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>MÍDIA</strong> - <strong>DIAGNÓSTICOS</strong>

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