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M NITOR DE MÍDIA - DIAGNÓSTICOS - Monitorando

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Edição 25 – 15/11/2002<br />

Manchetes traduzem muito da<br />

identidade dos jornais<br />

A primeira página é a vitrine do jornal, onde ficam expostas as informações<br />

mais atraentes, capazes de atrair o leitor. A primeira página de um jornal é a sua<br />

folha de rosto, um abre-alas para o desfile das notícias. A primeira página é a capa<br />

de um dia repleto de acontecimentos, espaço nobre por onde trafegam os relatos<br />

dos fatos mais importantes do nosso tempo. Dentro desta vitrine, as manchetes são<br />

vedetes, figuras de destaque. É por meio delas que o leitor comum passa a organizar<br />

o caos informativo que tem diante de si. É a partir da leitura da manchete que o dia<br />

passa a fazer sentido, logo cedo nas manhãs dos dias atuais.<br />

Exagero Não. As manchetes atraem os primeiros olhares que varrem a<br />

primeira página dos jornais. Tanto para os jornalistas quanto para os consumidores<br />

de informação, as manchetes – para além de títulos das matérias – são pontos de<br />

conexão entre o que é relevante no cotidiano, o que é novidade e o que pode estar<br />

por vir. Elas anunciam o que vem a seguir. Não é à toa que, nas redações, também<br />

sejam conhecidas por chamadas: chamam a nossa atenção, chamam as notícias...<br />

Este MO<strong>NITOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>MÍDIA</strong> acompanhou as manchetes dos principais jornais<br />

catarinenses num período de 40 dias: de 5 de outubro a 13 de novembro. Entretanto,<br />

esta cobertura não foi feita de forma homogênea para os três jornais: foram<br />

analisadas 20 edições do Diário Catarinense, 38 de A Notícia e 30 do Jornal de<br />

Santa Catarina. O objetivo principal deste levantamento foi observar como se deram<br />

as manchetes no período, na tentativa de mapear algumas características<br />

jornalísticas que nortearam as primeiras páginas na imprensa catarinense neste<br />

tempo. O que se viu foi o seguimento rigoroso dos programas editoriais dos jornais.<br />

Assim, um diário com ênfase regional como o Jornal de Santa Catarina se empenhou<br />

na edição de manchetes que tratavam da realidade do Vale do Itajaí, e<br />

especificamente de Blumenau, onde fica a matriz da empresa jornalística. A Notícia,<br />

embora também irradie seu jornal do interior, de Joinville, segue uma linha mais<br />

estadualizada, e suas manchetes refletiram preponderantemente as preocupações<br />

políticas e econômicas dos catarinenses. O jornal investe muito nestas duas editorias<br />

e isso se refletiu nas suas manchetes. O Diário Catarinense, por sua vez, usa dos<br />

recursos gráficos para chamar a atenção do leitor, realçando palavras, destacando<br />

trechos da manchete. A estratégia tem ligação direta com os esforços de colocar o<br />

jornal na rua – inclusive com vendedores nos cruzamentos e esquinas – e investe<br />

no apelo ao consumo da informação.<br />

Destaque gráfico nas chamadas<br />

Logo à primeira vista, o Diário Catarinense chama a atenção por uma<br />

particularidade em suas manchetes: o projeto gráfico adotado quebra as chamadas<br />

dando ênfase às últimas duas ou três palavras. Tomando-se um caso aleatório, no<br />

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M <strong>NITOR</strong> <strong>DE</strong> <strong>MÍDIA</strong> - <strong>DIAGNÓSTICOS</strong>

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