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M NITOR DE MÍDIA - DIAGNÓSTICOS - Monitorando

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semanais, por exemplo. Além do acompanhamento cotidiano da campanha, as<br />

páginas do diário trazem uma seção - “De Olho na TV” - que trata apenas do horário<br />

eleitoral, reforçando ainda mais o recuo do meio impresso na condução da sua<br />

cobertura.<br />

Pode-se argumentar que o DC se apoiou na grande estrutura jornalística de<br />

que dispõe o Grupo RBS, que também controla o jornal. Entretanto, é preciso<br />

entender que o noticiário no jornal impresso, na televisão ou no rádio seguem<br />

linguagens e características distintas. Se televisão pode transmitir imagens e sons<br />

ao vivo, o jornal pode lançar de outros meios para se valer como veículo de<br />

informação. Análises e matérias mais aprofundadas são dois exemplos de como<br />

isso pode se dar. Nos dias atuais, o eleitor tem muitas formas de acesso à informação:<br />

assistir ao telejornal, ler revistas e jornais, ouvir boletins radiofônicos ou consultar<br />

portais noticiosos da internet... Cada meio tem seus formatos, suas linguagens e<br />

suas exclusividades. Os sítios da web são rápidos, ágeis, mas publicam relatos<br />

incompletos e com erros de informação – por pressa, geralmente –, por exemplo.<br />

Rádio e televisão têm a facilidade da instantaneidade, mas sofrem com pouco tempo<br />

para as matérias, já que os custos são sempre muito altos. Os jornais e as revistas<br />

sempre chegam às bancas depois dos meios eletrônicos, mas podem oferecer um<br />

material mais contextualizado, mais completo, mais aprofundado. É um diferencial...<br />

uitas vezes, as matérias veiculadas pouco têm a contribuir para o processo<br />

eleitoral em geral. É o aspecto percebido no dia 25 de agosto, quando nas páginas<br />

8 e 9 são apresentadas as mulheres dos candidatos, com declarações do gênero:<br />

”Avessa às atividades consideradas femininas, como cozinhar e cuidar da casa, ela<br />

destaca que o papel de mãe é mais forte ainda que o de profissional”. Já no dia 26,<br />

sob o título “Jingle aposta na lembrança auditiva”, uma página inteira é dedicada<br />

à veiculação das letras das músicas de campanha.<br />

A utilização de gráficos das pesquisas eleitorais foi recurso utilizado em<br />

diversos momentos pelo Diário Catarinense, sem a preocupação de contextualizar<br />

os dados. Um dos exemplos é o dia 25 de agosto em que duas páginas (6 e 7) foram<br />

destinadas para seis gráficos e uma tabela de evolução. No mesmo espaço, um<br />

texto com apenas 39 linhas apresentava percentuais da pesquisa, os dias em que<br />

foi realizada, o número de eleitores ouvidos e a margem de erro. Por que não trazer<br />

um texto interpretando estes dados, lembrando antecedentes e traçando<br />

perspectivas<br />

Outro aspecto é a regionalização da campanha que teve pouco espaço se<br />

comparado ao contexto nacional. No dia 23 de agosto, por exemplo, do total de dez<br />

matérias apenas duas foram destinadas à disputa estadual. Tendência semelhante<br />

ocorreu em 28 de agosto, quando do total de treze matérias, apenas quatro estavam<br />

relacionadas aos candidatos ao governo catarinense.<br />

O DC, por diversas vezes, embasou e utilizou demasiadamente a agenda dos<br />

candidatos. É o que pode ser percebido na matéria “Fritsch discute habitação no<br />

norte”, do dia 21 de agosto, página 9, e “Amin visitará 23 municípios” no mesmo<br />

dia, duas páginas adiante.<br />

O equilíbrio na cobertura oscilou quando a questão tratada se relacionava à<br />

100<br />

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