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EDITORIAL 5 Revista Brasileira de Oftalmologia: novos horizontes “Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável” (Sêneca) Retornamos,motivados, à editoria da Revista Brasileira de Oftalmologia (RBO) constatando que os esforços por nós iniciados há quatro anos foram recompensados: a RBO alcançou o maior estágio que uma revista médica pode alcançar em nível nacional, uma vez que se encontra indexada à SciElo (Scientific Eletronic Library Online), biblioteca eletrônica desenvolvida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP, com o apoio do CNPq. Essa indexação classifica a RBO como um periódico de circulação nacional de alta qualidade. Contudo, o trabalho continuará intenso, pois existem novas metas a serem alcançadas. A principal delas é a indexação da nossa RBO à MEDLINE. Para os menos versados no tema, a MEDLINE é uma base de dados da literatura internacional da área médica e biomédica, produzida pela National Library of Medicine, EUA, que contém referências bibliográficas e resumos de mais de 4000 títulos de revistas biomédicas publicadas nos Estados Unidos e em outros 70 países. Contém aproximadamente 11 milhões de registros da literatura, desde 1966 até o momento, cobrindo as áreas de: medicina, biomedicina, enfermagem, odontologia, veterinária e ciências afins. A atualização da base de dados é mensal. Um artigo publicado em uma revista indexada na MEDLINE, embora não garanta plenamente sua qualidade científica, significa que esse artigo passou pelos critérios mínimos de avaliação dos pares (peer review), além de ter repercussão internacional. É um selo de que o trabalho foi revisado com o devido cuidado e a informação científica veiculada é, na maioria das vezes, de boa qualidade. Surge então a pergunta: tentando alcançar esse alto patamar a RBO dará prioridade somente para publicações de artigos cientificamente complexos, tornando-se assim pouco acessível para os autores, e desinteressante para os seus leitores Não. É fato que revistas puramente voltadas à pesquisa oftalmológica, com alto fator de impacto no campo científico, são muito pouco lidas pela grande maioria dos oftalmologistas. Motivo: incompatibilidade entre a informação lida com a prática médica do dia-a-dia. Definitivamente, não é esse o objetivo da RBO. É evidente que a qualidade da informação científica será sempre prioritária. No entanto, teremos o cuidado de balancear a complexidade dos artigos, para que a leitura da revista se torne agradável e com conteúdo científico consistente. Para esse intuito, por exemplo, publicaremos dois artigos de revisão por volume. Artigos de revisão, quando escritos por profissionais afeitos ao tema, além de retomarem conceitos básicos, atualizam o tema discutido, principalmente em seu manejo clínico e ou cirúrgico. Devido à grande quantidade de trabalhos enviados nos últimos meses, achamos pertinente aumentar o corpo editorial nacional, além da coeditoria. Agradecemos de antemão a gentileza dos experientes colegas que aceitaram prontamente o convite de contribuir com nossa Revista. Cremos que o trabalho será árduo, uma vez que doravante adotaremos a prática do (fast peer review), isto é, os autores terão as respostas dos revisores em até 40 dias após o encaminhamento dos artigos. Rev Bras Oftalmol. 2009; 68 (1): 5-6

6 Revista Brasileira de Oftalmologia: novos horizontes Essa agilidade no processo de revisão com certeza atrairá autores que queiram ver suas informações científicas logo publicadas, já que não ficarão esperando por um tempo demasiadamente longo para obterem uma decisão de aceite ou recusa do artigo. “Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável”. O sábio pensamento de Sêneca, um dos mais importantes filósofos do Império Romano (4 a.C. - 65 d.C.), nos faz refletir sobre a importância de sempre termos metas a serem alcançadas. Leitor, não tenha dúvida, pois navegaremos com destino, bom tempo e ventos propícios. Prof. Dr. Raul N. G. Vianna Professor Adjunto e Chefe do Serviço de Oftalmologia Universidade Federal Fluminense - UFF - RJ Editor-chefe, Revista Brasileira de Oftalmologia Rev Bras Oftalmol. 2009; 68 (1): 5-6

EDITORIAL<br />

5<br />

Revista <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Oftalmologia</strong>:<br />

novos horizontes<br />

“Quando se navega sem <strong>de</strong>stino, nenhum vento é favorável”<br />

(Sêneca)<br />

Retornamos,motivados, à editoria da Revista <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Oftalmologia</strong> (RBO) constatando<br />

que os esforços por nós iniciados há quatro anos foram recompensados: a RBO alcançou o<br />

maior estágio que uma revista médica po<strong>de</strong> alcançar em nível nacional, uma vez que se<br />

encontra in<strong>de</strong>xada à SciElo (Scientific Eletronic Library Online), biblioteca eletrônica <strong>de</strong>senvolvida<br />

pela Fundação <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa do Estado <strong>de</strong> São Paulo – FAPESP, com o apoio do CNPq.<br />

Essa in<strong>de</strong>xação classifica a RBO como um periódico <strong>de</strong> circulação nacional <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>.<br />

Contudo, o trabalho continuará intenso, pois existem novas metas a serem alcançadas. A principal<br />

<strong>de</strong>las é a in<strong>de</strong>xação da nossa RBO à MEDLINE. Para os menos versados no tema, a MEDLINE<br />

é uma base <strong>de</strong> dados da literatura internacional da área médica e biomédica, produzida pela National<br />

Library of Medicine, EUA, que contém referências bibliográficas e resumos <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 4000 títulos<br />

<strong>de</strong> revistas biomédicas publicadas nos Estados Unidos e em outros 70 países. Contém aproximadamente<br />

11 milhões <strong>de</strong> registros da literatura, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1966 até o momento, cobrindo as áreas <strong>de</strong>: medicina,<br />

biomedicina, enfermagem, odontologia, veterinária e ciências afins. A atualização da base <strong>de</strong><br />

dados é mensal.<br />

Um artigo publicado em uma revista in<strong>de</strong>xada na MEDLINE, embora não garanta plenamente<br />

sua qualida<strong>de</strong> científica, significa que esse artigo passou pelos critérios mínimos <strong>de</strong> avaliação dos<br />

pares (peer review), além <strong>de</strong> ter repercussão internacional. É um selo <strong>de</strong> que o trabalho foi revisado<br />

com o <strong>de</strong>vido cuidado e a informação científica veiculada é, na maioria das vezes, <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>.<br />

Surge então a pergunta: tentando alcançar esse alto patamar a RBO dará priorida<strong>de</strong> somente para<br />

publicações <strong>de</strong> artigos cientificamente complexos, tornando-se assim pouco acessível para os autores,<br />

e <strong>de</strong>sinteressante para os seus leitores Não. É fato que revistas puramente voltadas à pesquisa<br />

oftalmológica, com alto fator <strong>de</strong> impacto no campo científico, são muito pouco lidas pela gran<strong>de</strong><br />

maioria dos oftalmologistas. Motivo: incompatibilida<strong>de</strong> entre a informação lida com a prática médica<br />

do dia-a-dia. Definitivamente, não é esse o objetivo da RBO. É evi<strong>de</strong>nte que a qualida<strong>de</strong> da<br />

informação científica será sempre prioritária. No entanto, teremos o cuidado <strong>de</strong> balancear a complexida<strong>de</strong><br />

dos artigos, para que a leitura da revista se torne agradável e com conteúdo científico<br />

consistente. Para esse intuito, por exemplo, publicaremos dois artigos <strong>de</strong> revisão por volume. Artigos<br />

<strong>de</strong> revisão, quando escritos por profissionais afeitos ao tema, além <strong>de</strong> retomarem conceitos básicos,<br />

atualizam o tema discutido, principalmente em seu manejo clínico e ou cirúrgico.<br />

Devido à gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhos enviados nos últimos meses, achamos pertinente<br />

aumentar o corpo editorial nacional, além da coeditoria. Agra<strong>de</strong>cemos <strong>de</strong> antemão a gentileza dos<br />

experientes colegas que aceitaram prontamente o convite <strong>de</strong> contribuir com nossa Revista. Cremos<br />

que o trabalho será árduo, uma vez que doravante adotaremos a prática do (fast peer review), isto<br />

é, os autores terão as respostas dos revisores em até 40 dias após o encaminhamento dos artigos.<br />

Rev Bras Oftalmol. 2009; 68 (1): 5-6

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