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Brincando de faz de conta - Nestlé

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comportamento infantil<br />

Para os menores <strong>de</strong> seis anos, por<br />

exemplo, o mundo do <strong>faz</strong> <strong>de</strong> <strong>conta</strong><br />

é fundamental – imprescindível, eu<br />

diria – para que eles tenham oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> viver da melhor maneira<br />

possível essa fase da vida”, observa<br />

em seu blog a psicóloga e consultora<br />

educacional Rosely Sayão (http://<br />

blogdaroselysayao.blog.uol.com.br).<br />

A psicoterapeuta Magdalena Ramos<br />

costuma dizer que “brincar<br />

educa os sentimentos”. Ela explica<br />

que há jogos para ajudar a não ter<br />

medo, outros que representam cerimônias<br />

ou rituais <strong>de</strong> passagem e,<br />

ainda, existem os que imitam gran<strong>de</strong>s<br />

sentimentos da vida humana,<br />

como brincar <strong>de</strong> papai e mamãe com<br />

bonecas. “Freud postula que uma<br />

criança brinca não só para repetir<br />

situações prazerosas, mas também<br />

para elaborar as que lhe são dolorosas<br />

e traumáticas”, <strong>de</strong>staca Magdalena<br />

em seu livro E agora, o que<br />

<strong>faz</strong>er (Editora Ágora), em coautoria<br />

com o pediatra Leonardo Posternak.<br />

Por sua vez, Rosely Sayão chama a<br />

atenção ao comportamento comum<br />

<strong>de</strong> muitos pais que não estimulam<br />

os filhos a acreditarem nos mitos da<br />

infância e chegam a evitar <strong>conta</strong>r<br />

histórias que têm personagens ou<br />

i<strong>de</strong>ias que consi<strong>de</strong>ram inoportunas<br />

ou violentas – como morte, perda,<br />

lutas etc. “É uma pena esse tipo <strong>de</strong><br />

atitu<strong>de</strong> já que, sem po<strong>de</strong>r usar o<br />

recurso do mundo do <strong>faz</strong> <strong>de</strong> <strong>conta</strong>,<br />

o que resta às crianças é habitar o<br />

mundo adulto”, conclui.<br />

Inconsciente coletivo<br />

Já a psicóloga Maria Tereza Maldonado,<br />

autora, entre outros, do<br />

livro Cá entre nós (Editora Integrare),<br />

avalia que os sonhos, fantasias,<br />

anseios e esperanças “colorem” o<br />

mundo interior, tanto da criança<br />

quanto do adulto. Eles nos motivam<br />

e nos impulsionam para projetos e<br />

ações que auxiliem na realização<br />

daquilo que se imagina. “Os contos<br />

<strong>de</strong> fadas, por exemplo, são criações<br />

resgatadas no fundo do cal<strong>de</strong>irão<br />

do inconsciente coletivo. Por isso são<br />

universais: são os medos, os anseios,<br />

as expectativas, as esperanças da<br />

nossa humanida<strong>de</strong> comum”, observa<br />

Maria Tereza. “No mundo da fantasia,<br />

alegrias e tristezas convivem<br />

nas trajetórias <strong>de</strong> heróis e heroínas<br />

que conquistam a felicida<strong>de</strong> só <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> superar muitos obstáculos”.<br />

Assim, nada melhor do que contos,<br />

fábulas e brinca<strong>de</strong>iras para a<br />

criança apren<strong>de</strong>r a lidar com o bem<br />

e o mal, a morte, a separação, as diferenças.<br />

Especialistas explicam que<br />

os contos <strong>de</strong> fadas clássicos foram<br />

narrados durante séculos no mundo<br />

inteiro, não só com a intenção<br />

<strong>de</strong> distrair, mas também <strong>de</strong> ensinar,<br />

pois geralmente têm a chamada<br />

“moral da história”.<br />

No conto “Chapeuzinho Vermelho”,<br />

por exemplo, os pais aproveitam<br />

para explicar aos filhos que<br />

não se <strong>de</strong>ve falar com pessoas estranhas.<br />

Na fábula “A cigarra e a<br />

formiga”, fica evi<strong>de</strong>nte a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> se saber dosar o trabalho e o<br />

lazer. É <strong>de</strong>ssa forma, com fantasia<br />

e criativida<strong>de</strong>, que os adultos conseguem<br />

passar mensagens importantes,<br />

tocar em questões difíceis e,<br />

<strong>de</strong> quebra, divertir.<br />

Faz <strong>de</strong> <strong>conta</strong> que...<br />

...eu sou uma fada e vou<br />

realizar seus <strong>de</strong>sejos com<br />

a minha varinha <strong>de</strong> condão!<br />

Os pequenos adoram imaginar<br />

mil e uma histórias...<br />

Saiba qual a importância<br />

da fantasia na formação<br />

da criança<br />

O mundo infantil costuma ser<br />

povoado <strong>de</strong> fadas, coelhinhos da<br />

Páscoa, Papais Noéis e até monstros<br />

horríveis. Cada família tem suas<br />

histórias, personagens e rituais<br />

que dão mais graça à vida. São essas<br />

fantasias que ficam guardadas<br />

na memória da infância e <strong>faz</strong>em<br />

muito mais do que simplesmente<br />

alegrar e divertir. Os estudiosos em<br />

comportamento ressaltam que o<br />

<strong>faz</strong> <strong>de</strong> <strong>conta</strong> é importantíssimo à<br />

formação do ser humano. E estimular<br />

a criança a brincar e a imaginar<br />

é tarefa dos pais.<br />

“Às vezes, damos pequena importância<br />

às questões que <strong>faz</strong>em<br />

parte do universo dos filhos, sejam<br />

estes crianças ou adolescentes.<br />

Fotos e Ilustrações: Getty Images<br />

Diversão nota 10<br />

“Brincar é a maneira mais po<strong>de</strong>rosa que a<br />

criança tem para explorar o mundo e apren<strong>de</strong>r<br />

sobre si mesma”, disse T. Berry Brazelton,<br />

professor <strong>de</strong> pediatria da Escola <strong>de</strong> Medicina<br />

<strong>de</strong> Harvard. Realmente. Pesquisas apontam<br />

que brinca<strong>de</strong>iras encorajam o pensamento<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e permitem que as crianças negociem<br />

seus relacionamentos com os companheiros.<br />

Veja a seguir algumas sugestões <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s para ensinar a seu filho ou mesmo<br />

para curtir junto com ele:<br />

Promova sessões <strong>de</strong> leitura. É relaxante,<br />

prazeroso e o incentivará a amar os livros.<br />

Você po<strong>de</strong> lançar mão <strong>de</strong> alguns truques<br />

como acomodar seu filho no colo, segurando<br />

o livro aberto para que<br />

ele possa ver bem as ilustra-<br />

ções; ler com calma para que<br />

ele observe atentamente cada página;<br />

e mudar a entonação <strong>de</strong> voz, <strong>de</strong><br />

acordo com o enredo do livro.<br />

Ensine suas brinca<strong>de</strong>iras favoritas da<br />

infância como escon<strong>de</strong>-escon<strong>de</strong>, charadas,<br />

amarelinha, queimada etc.<br />

Incentive-o a tocar um instrumento e<br />

a cantar canções <strong>de</strong> variados ritmos.<br />

Aju<strong>de</strong> sua filha a organizar um chá<br />

<strong>de</strong> bonecas e convi<strong>de</strong> as amiguinhas<br />

<strong>de</strong>la para a “festinha”.<br />

Promova uma operação do tipo “caça<br />

ao tesouro”: esconda algo <strong>de</strong>ntro ou<br />

fora <strong>de</strong> casa e ofereça pistas que levem<br />

as crianças até o escon<strong>de</strong>rijo.<br />

As pistas po<strong>de</strong>m ser visuais, caso as<br />

crianças ainda não saibam ler.<br />

30 <strong>Nestlé</strong> com você março 2009 m a r ç o 2 0 0 9 N e s t l é c o m v o c ê 31

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