R E L A T à R IO E C O N TA S 20 10 - Fundação de Serralves
R E L A T à R IO E C O N TA S 20 10 - Fundação de Serralves R E L A T à R IO E C O N TA S 20 10 - Fundação de Serralves
RELATÓRIO E CONTAS 2010
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RELATÓR<strong>IO</strong> E CON<strong>TA</strong>S<br />
<strong>20</strong><strong>10</strong>
ESTRUTURA FUNDAC<strong>IO</strong>NAL<br />
CONSELHO DE FUNDADORES <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
ANTÓN<strong>IO</strong> GOMES DE PINHO<br />
Presi<strong>de</strong>nte<br />
ES<strong>TA</strong>DO PORTUGUÊS<br />
A BOA REGULADORA – COMÉRC<strong>IO</strong> E INDUSTRIA DE RELÓG<strong>IO</strong>S, LDA.<br />
ACO - FÁBRICA DE CALÇADO, S.A.<br />
ADALBERTO NEIVA DE OLIVEIRA<br />
ADP – ÁGUAS DE PORTUGAL, SGPS, S.A.<br />
AENOR – AUTO-ESTRADAS DO NORTE, S.A.<br />
ÁGUAS DO DOURO E PAIVA, S.A.<br />
AGUSTINA BESSA-LUÍS<br />
AIRBUS INDUSTRIE<br />
ALEXANDRE CARDOSO, S.A.<br />
ÁLVARO SIZA<br />
AMORIM - INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES, S.A.<br />
ANA – AEROPORTOS DE PORTUGAL, S.A.<br />
ANDRÉ JORDAN<br />
ANTÓN<strong>IO</strong> BRANDÃO MIRANDA<br />
APDL - ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DO DOURO E DE LEIXÕES, S.A.<br />
ÁREA METROPOLI<strong>TA</strong>NA DO PORTO<br />
ARSOPI - INDÚSTRIA ME<strong>TA</strong>LÚRGICA, S.A.<br />
ASA EDITORES II, S.A.<br />
ASSOCIAÇÃO NAC<strong>IO</strong>NAL DAS FARMÁCIAS<br />
AUTO SUECO, LDA.<br />
BA VIDRO, S.A.<br />
BANCO BILBAO VIZCAYA ARGEN<strong>TA</strong>RIA (PORTUGAL), S.A.<br />
BANCO BORGES & IRMÃO, S.A.<br />
BANCO BPI, S.A.<br />
BANCO DE COMÉRC<strong>IO</strong> E INDÚSTRIA, S.A.<br />
BANCO ESPIRÍTO SANTO, S.A.<br />
BANCO FINANTIA, S.A.<br />
BANCO FONSECAS & BURNAY<br />
BANCO INTERNAC<strong>IO</strong>NAL DE CRÉDITO, S.A.<br />
BANCO NAC<strong>IO</strong>NAL ULTRAMARINO<br />
BANCO PORTUGUÊS DO ATLÂNTICO, E.P.<br />
BANCO PRIVADO PORTUGUÊS, S.A.<br />
BANIF – BANCO INTERNAC<strong>IO</strong>NAL DO FUNCHAL, S.A.<br />
BIAL – PORTELA & Cª, S.A.<br />
BNP FACTOR, Cª INTERNAC<strong>IO</strong>NAL DE AQUISIÇÃO DE CRÉDITOS, S.A.<br />
BOSCH TERMOTECNOLOGIA, S.A.<br />
BPI - BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A.<br />
BRISA - AUTO-ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A.<br />
CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.<br />
CÂMARA MUNICIPAL DA PÓVOA DE VARZIM<br />
CÂMARA MUNICIPAL DE MATOSINHOS<br />
CÂMARA MUNICIPAL DE OVAR<br />
CÂMARA MUNICIPAL DE PON<strong>TA</strong> DELGADA<br />
CÂMARA MUNICIPAL DE S. JOÃO DA MADEIRA<br />
CÂMARA MUNICIPAL DE SAN<strong>TA</strong> MARIA DA FEIRA<br />
CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO<br />
CÂMARA MUNICIPAL DE VIANA DO CASTELO<br />
CÂMARA MUNICIPAL DE VILA DE CONDE<br />
CÂMARA MUNICIPAL DE VISEU<br />
CÂMARA MUNICIPAL DO FUNCHAL<br />
CEREALIS, SGPS, S.A.<br />
CHELDING, LDA.<br />
CIMPOR - CIMENTOS DE PORTUGAL, SGPS, S.A.<br />
CIN - CORPORAÇÃO INDUSTRIAL DO NORTE, S.A.<br />
CINCA - COMPANHIA INDUSTRIAL DE CERÂMICA, S.A.<br />
COMPANHIA DE SEGUROS ALLIANZ PORTUGAL, S.A.<br />
COMPANHIA DE SEGUROS FIDELIDADE MUNDIAL, S.A.<br />
COMPANHIA DE SEGUROS TRANQUILIDADE, S.A.<br />
COMPANHIA PORTUGUESA DE HIPERMERCADOS, S.A.<br />
COTESI – COMPANHIA DE TÊXTEIS SINTÉTICOS, S.A.<br />
CPCIS – COMPANHIA PORTUGUESA DE COMPU<strong>TA</strong>DORES,<br />
INFORMÁTICA E SISTEMAS, S.A.<br />
CRÉDITO PREDIAL PORTUGUÊS, S.A.<br />
CTT - CORRE<strong>IO</strong>S DE PORTUGAL, S.A.<br />
CUATRECASAS, GONÇALVES PEREIRA, RL, SOC. ADVOGADOS<br />
DILIVA - SOCIEDADE DE INVESTIMENTOS IMOBILIÁR<strong>IO</strong>S, S.A.<br />
DOURO AZUL, SOC. MARÍTIMO-TURÍSTICA, S.A.<br />
EDIFER – CONSTRUÇÕES PIRES COELHO & FERNANDES, S.A.<br />
EDP - ELECTRICIDADE DE PORTUGAL, S.A.<br />
EFACEC CAPI<strong>TA</strong>L, SGPS, S.A.<br />
EL CORTE INGLÉS, S.A.<br />
ENTREPOSTO - GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, S.A.<br />
ERICSSON TELECOMUNICAÇÕES, LDA.<br />
EURONEXT LISBON – SGMR, S.A.<br />
EUROPARQUE - CENTRO ECONÓMICO E CULTURAL<br />
F. RAMADA, AÇOS E INDÚSTRIAS, S.A.<br />
FÁBRICA DE MALHAS FILOBRANCA, S.A.<br />
FERNANDO SIMÃO, SGPS, S.A.<br />
FILINTO MO<strong>TA</strong>, SUCRS, S.A.<br />
FNAC - FÁBRICA NAC<strong>IO</strong>NAL DE AR CONDIC<strong>IO</strong>NADO<br />
FRANSCISCO JOSÉ MARQUES PINTO<br />
FROMAGERIES BEL PORTUGAL, S.A.<br />
FUNDAÇÃO LUSO - AMERICANA<br />
GALP ENERGIA, SGPS, S.A. (PETROGAL-PETRÓLEOS DE PORTUGAL,<br />
S.A.)<br />
GALP ENERGIA, SGPS, S.A. (TRANSGÁS - SOCIEDADE PORTUGUESA<br />
DE GÁS NATURAL, S.A.)<br />
GAMOBAR – SOCIEDADE DE REPRESEN<strong>TA</strong>ÇÕES, S.A.<br />
GESTIFUTE, S.A.<br />
GRUPO CIVILIZAÇÃO<br />
GRUPO MEDIA CAPI<strong>TA</strong>L<br />
GRUPO NABEIRO - DEL<strong>TA</strong> CAFÉS, SGPS, S.A.<br />
I. P. HOLDING, SGPS, S.A.<br />
IBERSOL, SGPS, S.A.<br />
IMATOSGIL – INVESTIMENTOS, SGPS, S.A.<br />
IMPÉR<strong>IO</strong> BONANÇA – COMPANHIA DE SEGUROS, S.A.<br />
INDITEX, S.A. (ZARA PORTUGAL)<br />
INDÚSTRIAS TÊXTEIS SOMELOS, S.A.<br />
INTER IKEA CENTRE PORTUGAL, S.A.<br />
J. SOARES CORREIA, S.A.<br />
3
JBT - TECIDOS, S.A.<br />
JERÓNIMO MARTINS, SGPS, S.A.<br />
JMA FELPOS, S.A.<br />
JOÃO GONÇALVES<br />
JOÃO RENDEIRO<br />
JOÃO VASCO MARQUES PINTO<br />
JOAQUIM MOUTINHO<br />
JORGE DE BRITO<br />
JORGE SAMPA<strong>IO</strong><br />
JOSÉ BERARDO<br />
JOSÉ DE MELLO - SAÚDE, SGPS, S.A.<br />
JOSÉ PAULO FERNANDES<br />
JVC – HOLDING, SGPS, S.A.<br />
LUSOMUNDO, SGPS, S.A.<br />
MACONDE, SGPS, S.A.<br />
MANOEL DE OLIVEIRA<br />
MARIA ANTÓNIA PINTO DE AZEVEDO MASCARENHAS<br />
MARIA CÂNDIDA E RUI SOUSA MORAIS<br />
MÁR<strong>IO</strong> SOARES<br />
MARTIFER, CONSTRUÇÕES ME<strong>TA</strong>LOMECÂNICAS, S.A.<br />
MARTINEZ GASS<strong>IO</strong>T, VINHOS, S.A.<br />
MCCANN ERICKSON, PORTUGAL, PUBLICIDADE, LDA.<br />
MCKINSEY & COMPANY<br />
METRO DO PORTO, S.A.<br />
MIGUEL PAES DO AMARAL<br />
MILLENNIUM BCP<br />
MONTEP<strong>IO</strong> GERAL<br />
MORAIS LEITÃO, GALVÃO TELES, SOARES DA SILVA E ASSOCIADOS<br />
MO<strong>TA</strong> – ENGIL, SGPS, S.A.<br />
N. QUIN<strong>TA</strong>S, SGPS, S.A.<br />
NESTLÉ PORTUGAL, S.A.<br />
NORPRINT – ARTES GRÁFICAS, S.A.<br />
OCIDEN<strong>TA</strong>L SEGUROS<br />
PARQUE EXPO 98, S.A.<br />
PEDRO ALMEIDA FREI<strong>TA</strong>S<br />
POLIMAIA – SGPS, S.A.<br />
PORTGÁS - SOCIEDADE DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE GÁS, S.A.<br />
PORTUCEL – EMPRESA PRODUTORA DE PAS<strong>TA</strong> DE PAPEL, S.A.<br />
PORTUGAL TELECOM, SGPS, S.A.<br />
PRODUTOS SARCOL, S.A.<br />
PROSEGUR<br />
R. A. R. - REFINARIAS DE AÇÚCAR REUNIDAS, S.A.<br />
RANGEL INVEST – INVESTIMENTOS LOGÍSTICOS, S.A.<br />
REFRIGE – SOCIEDADE INDUSTRIAL DE REFRIGERANTES, S.A.<br />
REN, REDE ELÉCTRICA NAC<strong>IO</strong>NAL, S.A.<br />
RIMA, S.A.<br />
ROLPORTO (SOLEASING)<br />
RUMAPE, SGPS, S.A.<br />
SAG GESTE – SOLUÇÕES AUTOMÓVEIS GLOBAIS, SGPS, S.A.<br />
SAN<strong>TA</strong>NDER TOT<strong>TA</strong><br />
SANTOGAL, SGPS, S.A.<br />
SAP IBÉRIA<br />
SCC – SOCIEDADE CENTRAL DE CERVEJAS, S.A.<br />
SIC - SOCIEDADE INDEPENDENTE DE COMUNICAÇÃO, S.A.<br />
SIEMENS, S.A.<br />
SOCIEDADE COMERCIAL <strong>TA</strong>SSO DE SOUSA – AUTOMÓVEIS, S.A.<br />
SOCIEDADE TÊXTIL A FLOR DO CAMPO, S.A.<br />
SOGRAPE VINHOS, S.A.<br />
SOJA DE PORTUGAL, SGPS, S.A.<br />
SOMAGUE, SGPS, S.A.<br />
SONAE SGPS, S.A.<br />
SOVENA GROUP – SGPS, S.A.<br />
STCP - SOCIEDADE DE TRANSPORTES COLECTIVOS DO PORTO, S.A.<br />
<strong>TA</strong>BAQUEIRA, S.A<br />
TERESA PATRÍC<strong>IO</strong> GOUVEIA<br />
TÊXTEIS CARLOS SOUSA, S.A.<br />
TÊXTIL MANUEL GONÇALVES, S.A.<br />
TMN – TELECOMUNICAÇÕES MÓVEIS NAC<strong>IO</strong>NAIS, S.A.<br />
TOYO<strong>TA</strong> CAE<strong>TA</strong>NO PORTUGAL, S.A.<br />
UNIÃO DE BANCOS PORTUGUESES, S.A.<br />
UNICER – BEBIDAS DE PORTUGAL, SGPS, S.A.<br />
VARZIM-SOL - TURISMO, JOGO E ANIMAÇÃO, S.A.<br />
VERA LILIAN COHEN ESPÍRITO SANTO SILVA<br />
VICAIMA - INDÚSTRIA DE MADEIRAS E DERIVADOS, S.A.<br />
VIS<strong>TA</strong> ALEGRE ATLANTIS, S.A.<br />
VODAFONE PORTUGAL, COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A.<br />
FUNDADORES POR NATUREZA<br />
ÁRVORE – COOPERATIVA DE ACTIVIDADES ARTÍSTICAS, CRL<br />
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO PORTO<br />
ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL<br />
CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO<br />
FUNDAÇÃO ENGENHEIRO ANTÓN<strong>IO</strong> DE ALMEIDA<br />
UNIVERSIDADE DO MINHO<br />
UNIVERSIDADE DO PORTO<br />
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
LUÍS BRAGA DA CRUZ – Presi<strong>de</strong>nte<br />
RUI GUIMARÃES – Vice-Presi<strong>de</strong>nte<br />
LUÍS CAMPOS E CUNHA – Vice-Presi<strong>de</strong>nte<br />
ADALBERTO NEIVA DE OLIVEIRA – Vice-Presi<strong>de</strong>nte<br />
ELISA FERREIRA - Vogal<br />
VERA PIRES COELHO - Vogal<br />
ANA PINHO - Vogal<br />
ANDRÉ JORDAN - Vogal<br />
MANUEL CAVALEIRO BRANDÃO - Vogal<br />
CONSELHO FISCAL <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
ANA MARGARIDA BARA<strong>TA</strong> FERNANDES<br />
Presi<strong>de</strong>nte<br />
JORGE NELSON QUIN<strong>TA</strong>S<br />
ERNST & YOUNG AUDIT & ASSOCIADOS - SROC. SA.<br />
Representado por: António Manuel Dantas <strong>de</strong> Amorim<br />
4
FUNDADORES PATRONO <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
ACO – FÁBRICA DE CALÇADO, S.A.<br />
ADP – ÁGUAS DE PORTUGAL, SGPS, S.A.<br />
AENOR – AUTO-ESTRADAS DO NORTE, S.A.<br />
ÁGUAS DO DOURO E PAIVA, S.A.<br />
AMORIM – INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES, SGPS, S.A.<br />
ANDRÉ JORDAN<br />
APDL – ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DO DOURO E DE LEIXÕES, S.A.<br />
ÁREA METROPOLI<strong>TA</strong>NA DO PORTO<br />
ARSOPI – INDÚSTRIA ME<strong>TA</strong>LÚRGICA ARLINDO S. PINHO, S.A.<br />
ASSOCIAÇÃO NAC<strong>IO</strong>NAL DE FARMÁCIAS<br />
AUTO SUECO, LDA.<br />
BANCO SAN<strong>TA</strong>NDER TOT<strong>TA</strong>, S.A.<br />
BANIF – BANCO INTERNAC<strong>IO</strong>NAL DO FUNCHAL, S.A.<br />
BIAL – PORTELA & Cª, S.A.<br />
CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.<br />
CÂMARA MUNICIPAL DE MATOSINHOS<br />
CEREALIS, SGPS, S.A.<br />
COMPANHIA DE SEGUROS FIDELIDADE MUNDIAL, S.A.<br />
COMPANHIA PORTUGUESA DE HIPERMERCADOS, S.A.<br />
COTESI – COMPANHIA DE TÊXTEIS SINTÉTICOS, S.A.<br />
DILIVA – SOCIEDADE DE INVESTIMENTOS IMOBILIÁR<strong>IO</strong>S, S.A.<br />
EDIFER – CONSTRUÇÕES PIRES COELHO E FERNANDES, S.A.<br />
EDP – ELECTRICIDADE DE PORTUGAL, S.A.<br />
EFACEC CAPI<strong>TA</strong>L, SGPS, S.A.<br />
EL CORTE INGLÉS, S.A.<br />
ENTREPOSTO – GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, S.A.<br />
EURONEXT LISBON – SGMR, S.A.<br />
F. RAMADA, AÇOS E INDÚSTRIAS, S.A.<br />
GALP ENERGIA, SGPS, S.A. (TRANSGÁS – SOCIEDADE PORTUGUESA DE GÁS NATURAL, S.A.)<br />
GAMOBAR – SOCIEDADE DE REPRESEN<strong>TA</strong>ÇÕES, S.A.<br />
GRUPO NABEIRO – DEL<strong>TA</strong> CAFÉS, SGPS, S.A.<br />
IBERSOL, SGPS, S.A.<br />
IMATOSGIL – INVESTIMENTOS, SGPS, S.A.<br />
IMPÉR<strong>IO</strong>-BONANÇA – COMPANHIA DE SEGUROS, S.A.<br />
INDITEX, S.A. (ZARA PORTUGAL)<br />
JOÃO VASCO MARQUES PINTO<br />
METRO DO PORTO, S.A.<br />
MILLENNIUM BCP<br />
MORAIS LEITÃO, GALVÃO TELES, SOARES DA SILVA E ASSOCIADOS<br />
N. QUIN<strong>TA</strong>S, SGPS, S.A.<br />
OCIDEN<strong>TA</strong>L – COMPANHIA PORTUGUESA DE SEGUROS, S.A.<br />
PORTGÁS – SOCIEDADE DE PRODUÇÃO E<br />
DISTRIBUIÇÃO DE GÁS, S.A.<br />
PROSEGUR<br />
R.A.R. – REFINARIAS DE AÇÚCAR REUNIDAS, S.A.<br />
REN – REDE ELÉCTRICA NAC<strong>IO</strong>NAL, S.A.<br />
SOGRAPE VINHOS, S.A.<br />
SOJA DE PORTUGAL, SGPS, S.A.<br />
SOMAGUE, SGPS, S.A.<br />
SONAE SGPS, S.A.<br />
TÊXTIL MANUEL GONÇALVES, S.A.<br />
TOYO<strong>TA</strong> CAE<strong>TA</strong>NO PORTUGAL, S.A.<br />
VICAIMA – INDÚSTRIA DE MADEIRAS E DERIVADOS, S.A.<br />
5
MECENAS PATRIMONIAIS <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
MECENAS EXCLUSIVO DO MUSEU<br />
MECENAS EXCLUSIVO DA CASA<br />
MECENAS EXCLUSIVO DO PARQUE<br />
MECENAS DE ACTIVIDADES <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
MECENAS EXCLUSIVO DA EXPOSIÇÃO ÀS ARTES, CIDADÃOS!<br />
MECENAS DO SERRALVES EM FES<strong>TA</strong><br />
PATROCINADOR DA PROGRAMAÇÃO DE MÚSICA<br />
PATROCINADOR DO SERRALVES EM FES<strong>TA</strong><br />
PATROCINADOR DO JAZZ NO PARQUE<br />
MECENAS EXCLUSIVO DA EXPOSIÇÃO LOURDES CASTRO E MANUEL ZIMBRO: À LUZ DA SOMBRA<br />
MECENAS EXCLUSIVO DA EXPOSIÇÃO DARA BIRNBAUM - A MATÉRIA NEGRA DA LUZ DOS MEDIA<br />
MECENAS DA FOTOGRAFIA<br />
MECENAS EXCLUSIVO DA EXPOSIÇÃO GRAZIA TODERI<br />
MECENAS DO VERÃO EM SERRALVES<br />
MECENAS EXCLUSIVO DA EXPOSIÇÃO EMISSORES REUNIDOS<br />
MECENAS EXCLUSIVO DA EXPOSIÇÃO REGRESSO A CASA<br />
MECENAS DA FES<strong>TA</strong> DO OUTONO<br />
APO<strong>IO</strong> À EXPOSIÇÃO ÀS ARTES, CIDADÃOS! NO ÂMBITO DAS COMEMORAÇÕES DO CENTENÁR<strong>IO</strong> DA<br />
REPÚBLICA<br />
AMIGOS DA COLECÇÃO<br />
7
Índice<br />
MENSAGEM DO PRESIDENTE 11<br />
1. ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO 13<br />
1.1. OBJECTIVOS E EIXOS ESTRATÉGICOS 13<br />
2. PRINCIPAIS RESUL<strong>TA</strong>DOS DE <strong>20</strong><strong>10</strong> 17<br />
3. IMPACTO INSTITUC<strong>IO</strong>NAL | SERRALVES ME NÚMEROS 19<br />
4. PROJECTOS INSTITUC<strong>IO</strong>NAIS TRANSVERSAIS 25<br />
4.1. CERTIFICAÇÃO AMBIEN<strong>TA</strong>L 25<br />
4.2. ESPÓL<strong>IO</strong> MANOEL DE OLIVEIRA 25<br />
4.3. IMPROVISAÇÕES/COLABORAÇÕES 25<br />
4.4. SERRALVES – DESTINO DAS ARTES 26<br />
5. INVESTIMENTOS 27<br />
6. PROTOCOLOS E PARCERIAS 29<br />
6.1. PROTOCOLOS 29<br />
6.2. PARCERIAS COM AS AU<strong>TA</strong>RQUIAS 30<br />
7. AMIGOS E VOLUN<strong>TA</strong>RIADO 33<br />
8. ORGÃOS SOCIAIS 35<br />
8.1. CONSELHO DE FUNDADORES 35<br />
8.2. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 35<br />
8.3. CONSELHO FISCAL 36<br />
9. SÍNTESE DA ACTIVIDADE DA FUNDAÇÃO EM <strong>20</strong><strong>10</strong> 37<br />
9.1. ARTES PLÁSTICAS 37<br />
9.2. EXPOSIÇÕES EM SERRALVES 38<br />
9.3. ITINERÂNCIAS E CO-PRODUÇÕES INTERNAC<strong>IO</strong>NAIS 43<br />
9.4. PROJECTOS DESENVOLVIDOS COM AS AU<strong>TA</strong>RQUIAS 45<br />
9.5. COLECÇÃO 47<br />
9.6. CEDÊNCIAS DE OBRAS PARA OUTRAS EXPOSIÇÕES 47<br />
9.7. EDIÇÕES 48<br />
9.8. BIBL<strong>IO</strong>TECA 51<br />
9.9. ARTES PERFORMATIVAS E CINEMA 52<br />
9.<strong>10</strong>. AMBIENTE, ECOLOGIA E PAISAGEM 59<br />
9.11. SENSIBILIZAÇÃO E FORMAÇÃO DE PÚBLICOS 65<br />
9.12. REFLEXÃO, DEBATE E ESTUDO SOBRE A CONTEMPORANEIDADE 72<br />
9.13. SERRALVES EM FES<strong>TA</strong> 77<br />
9.14. SENSIBILIZAÇÃO E LAZER CULTURAL 82<br />
9.15. INDÚSTRIAS CRIATIVAS 84<br />
<strong>10</strong>. COMUNICAÇÃO 87<br />
11. IMPRENSA 91<br />
12. RECURSOS HUMANOS 93<br />
13. SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA 97<br />
14. PERSPECTIVAS PARA O ANO <strong>20</strong>11 <strong>10</strong>1<br />
15. AGRADECIMENTOS <strong>10</strong>5<br />
16. PARCERIAS INSTITUC<strong>IO</strong>NAIS <strong>10</strong>9<br />
17. COLABORADORES AO SERVIÇO | DEZEMBRO <strong>20</strong><strong>10</strong> 113<br />
CON<strong>TA</strong>S 115<br />
RELATÓR<strong>IO</strong> DE AUDITORIA 143<br />
RELATÓR<strong>IO</strong> E PARECER DO CONSELHO FISCAL 145<br />
9
MENSAGEM DO PRESIDENTE<br />
Embora o ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> tivesse correspondido a uma mudança na Administração da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, o<br />
Conselho enten<strong>de</strong>u não haver razões para promover <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> nas orientações <strong>de</strong> gestão.<br />
Havia a noção <strong>de</strong> que a situação que o país atravessa recomendaria uma actuação pru<strong>de</strong>nte e com rigorosa<br />
contenção <strong>de</strong> custos. Esta posição, em linha com a orientação <strong>de</strong>finida para o último triénio, tem <strong>de</strong> ser<br />
paradoxalmente cotejada com uma situação <strong>de</strong> forte crescimento na procura dos serviços culturais a que<br />
<strong>Serralves</strong> habituou o seu público. De facto e apesar do que fica dito, o ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> revelou-se um ano <strong>de</strong><br />
excepcional <strong>de</strong>sempenho institucional, tendo a Fundação registado um crescimento nos habituais indicadores<br />
<strong>de</strong> avaliação, consolidado a sua imagem como uma instituição cultural <strong>de</strong> referência na socieda<strong>de</strong> Portuguesa<br />
e <strong>de</strong> prestígio internacional.<br />
Através do esforço feito em termos <strong>de</strong> fundraising e <strong>de</strong> uma contínua melhoria dos sistemas <strong>de</strong> gestão e<br />
controlo <strong>de</strong> custos, <strong>Serralves</strong> conseguiu, em simultâneo, assegurar um sensível crescimento nas suas<br />
activida<strong>de</strong>s e uma boa soli<strong>de</strong>z financeira, sem prejudicar a oferta cultural diversificada e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que o<br />
público e a crítica lhe vêm reconhecendo.<br />
Com a admissão <strong>de</strong> mais 5 fundadores, o número total <strong>de</strong> fundadores é agora <strong>de</strong> 181. Registe-se como muito<br />
positiva a forma como os fundadores têm manifestado a sua implicação com <strong>Serralves</strong>.<br />
O número <strong>de</strong> visitantes ultrapassou os 450.000, um crescimento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 12% face ao ano anterior.<br />
Destes, 138.000 foram crianças e jovens que se integraram em visitas e acções dos Serviços Educativos <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong>, o que representou um crescimento <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 30% face ao ano anterior. Também o número <strong>de</strong><br />
turistas estrangeiros que visitaram a Fundação em <strong>20</strong><strong>10</strong> ultrapassou os 70 000, o que representa um<br />
crescimento superior a 48% e consagra <strong>Serralves</strong> como um dos <strong>de</strong>stinos mais importantes da oferta Turística<br />
do Norte <strong>de</strong> Portugal.<br />
Apesar das restrições financeiras, a Fundação conseguiu manter num nível elevado a sua activida<strong>de</strong> cultural,<br />
tanto no espaço <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> (17 exposições e mais <strong>de</strong> <strong>10</strong>0 iniciativas noutras formas <strong>de</strong> expressão artística),<br />
como em parceria com autarquias locais, um pouco por todo o País (11 exposições), assumindo assim a sua<br />
responsabilida<strong>de</strong> em matéria <strong>de</strong> extensão cultural. Também contribui para a internacionalização da cultura<br />
portuguesa, <strong>de</strong>senvolvendo algumas iniciativas em co-produção com outros museus e instituições<br />
estrangeiras.<br />
Enriqueceu-se a sua Colecção com mais 118 obras, cujo valor <strong>de</strong> aquisição ascen<strong>de</strong>u a cerca <strong>de</strong> 900 000€.<br />
Uma redução do contributo do Ministério da Cultura obrigou a Fundação a fazer um esforço adicional no<br />
sentido <strong>de</strong> garantir a continuida<strong>de</strong> da colecção e satisfazer compromissos anteriormente assumidos.<br />
Durante <strong>20</strong><strong>10</strong>, houve um cuidado especial com a gestão e a manutenção do Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, sendo<br />
reconhecida uma melhoria sensível no estado geral do seu coberto vegetal e das suas infra-estruturas.<br />
Também se proce<strong>de</strong>u à recuperação <strong>de</strong> antigas casas rurais <strong>de</strong>stinadas ao estudo, investigação e divulgação<br />
<strong>de</strong> temas ligados à Biodiversida<strong>de</strong>, Arquitectura Paisagista e gestão do Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
Face às dificulda<strong>de</strong>s encontradas no financiamento da contrapartida nacional do projecto <strong>Serralves</strong> 21 (cerca<br />
<strong>de</strong> 12 milhões <strong>de</strong> euros), que tinha sido proposto para Matosinhos, foi tomada a pru<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>scontinuar esta proposta, ficando <strong>de</strong> encontrar uma solução alternativa para as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> guardaria<br />
e gestão <strong>de</strong> colecções, mais compatível com a capacida<strong>de</strong> financeira da Fundação.<br />
11
Em <strong>20</strong><strong>10</strong>, a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> continuou a dinamizar as indústrias criativas e soube beneficiar do recurso<br />
aos fundos estruturais da União Europeia, através da proposição <strong>de</strong> várias candidaturas ao QREN e ao<br />
programa regional da CCDRN, cujos responsáveis têm reconhecido a qualida<strong>de</strong> do trabalho <strong>de</strong>senvolvido.<br />
A estrutura <strong>de</strong> financiamento da Fundação revela-se singular em Portugal, sendo que apenas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do<br />
Estado em cerca <strong>de</strong> 43%, tendo <strong>de</strong> gerar receitas próprias e beneficiando das contribuições mecenáticas dos<br />
seus fundadores, para manter a activida<strong>de</strong> e o nível da sua programação num standard elevado.<br />
Em 2 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, faleceu o Professor Fernando Pernes. Primeiro Director Artístico da Fundação <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong>, entre 1987 e 1996, <strong>de</strong>sempenhou posteriormente as funções <strong>de</strong> Assessor Cultural do Conselho <strong>de</strong><br />
Administração da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, Tendo <strong>de</strong>dicado toda a sua vida ao ensino e à crítica <strong>de</strong> arte, da<br />
qual foi um dos maiores protagonistas na história da cultura portuguesa do século XX, Fernando Pernes foi<br />
um dos críticos <strong>de</strong> arte e programadores <strong>de</strong> exposições mais atentos às novas gerações <strong>de</strong> artistas<br />
portugueses surgidas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> finais da década <strong>de</strong> 60. Gran<strong>de</strong> divulgador da arte do nosso tempo, foi membro<br />
da Associação Internacional <strong>de</strong> Críticos <strong>de</strong> Arte, <strong>de</strong> cuja secção portuguesa foi Presi<strong>de</strong>nte e autor <strong>de</strong> várias<br />
monografias sobre artistas portugueses e <strong>de</strong> numerosos textos ou ensaios sobre arte nacional e<br />
internacional. A sua obra foi reconhecida através do Prémio <strong>de</strong> Crítica <strong>de</strong> Arte da Fundação Calouste<br />
Gulbenkian. A sua vida e obra foram reconhecidas igualmente através da sua nomeação pelo Presi<strong>de</strong>nte da<br />
República Dr. Mário Soares como Comendador da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Mérito ou da atribuição da Medalha <strong>de</strong> Ouro da<br />
Cida<strong>de</strong> do Porto pela Câmara Municipal do Porto.<br />
É, pois, com profundo pesar que se <strong>de</strong>ixa aqui registado um louvor <strong>de</strong> reconhecimento pelo excepcional<br />
contributo que <strong>de</strong>u à Fundação, com enorme empenho, mérito e <strong>de</strong>dicação.<br />
Em <strong>20</strong><strong>10</strong> e na sequência da recomendação feita pelo Conselho <strong>de</strong> Fundadores, foi dado um novo impulso ao<br />
estatuto <strong>de</strong> Fundador Patrono, <strong>de</strong>stinada a distinguir aqueles fundadores que aceitassem contribuir<br />
anualmente com 15.000€. Através <strong>de</strong>sta contribuição voluntária conseguiu-se um reforço <strong>de</strong> 670.000€ na<br />
estrutura dos proveitos da Fundação.<br />
Cumpre pois uma palavra <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento ao Ministério da Cultura, aos Fundadores e Mecenas da Fundação<br />
<strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> pela sua continuada confiança e estímulo, sem os quais não teria sido possível continuar com<br />
esta árdua missão <strong>de</strong> valorizar a criativida<strong>de</strong> artística e a inovação em Portugal, <strong>de</strong> constituir uma colecção<br />
do que melhor se faz no nosso tempo e <strong>de</strong> dinamizar uma instituição multidisciplinar que se distingue por um<br />
<strong>de</strong>senvolvimento harmónico das suas diferentes valências.<br />
Luís Braga da Cruz<br />
Presi<strong>de</strong>nte<br />
12
1. ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO<br />
MISSÃO<br />
A Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> é uma instituição cultural <strong>de</strong> âmbito europeu ao serviço da comunida<strong>de</strong> nacional,<br />
que tem como Missão sensibilizar o público para a Arte Contemporânea e o Ambiente, através do Museu <strong>de</strong><br />
Arte Contemporânea como centro cultural pluridisciplinar, do Parque como património natural vocacionado<br />
para a educação e animação ambientais e do Auditório como centro <strong>de</strong> reflexão e <strong>de</strong>bate sobre a socieda<strong>de</strong><br />
contemporânea.<br />
VISÃO<br />
• Foco na contemporaneida<strong>de</strong>;<br />
• Âmbito Internacional;<br />
• Integração na comunida<strong>de</strong>;<br />
• Abertura e incentivo ao <strong>de</strong>bate <strong>de</strong> novas i<strong>de</strong>ias;<br />
• Pluridisciplinarida<strong>de</strong>;<br />
• Abordagem Empresarial na gestão da Fundação;<br />
• Sustentabilida<strong>de</strong>, actuando <strong>de</strong> forma exemplar, em relação às questões ambientais, sociais e financeiras.<br />
VALORES<br />
• In<strong>de</strong>pendência;<br />
• Excelência institucional;<br />
• Cooperação com o Estado na realização dos objectivos das políticas culturais e educativa;<br />
• Valorização do papel dos Fundadores como mecenas e parceiros;<br />
• Autonomia da programação;<br />
• Rigor e eficiência na gestão dos recursos.<br />
1.1. OBJECTIVOS E EIXOS ESTRATÉGICOS<br />
Uma instituição com as características <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e com o grau <strong>de</strong> exigência que sempre se impôs, tem que<br />
ser capaz <strong>de</strong> se renovar permanentemente, mantendo-se atenta aos novos <strong>de</strong>safios que, em cada momento,<br />
se colocam na nossa socieda<strong>de</strong>. Assim, a Fundação abre-se hoje a novas áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento,<br />
reforçando, por um lado, a sua posição como instituição lí<strong>de</strong>r em Portugal na arte contemporânea, com um<br />
Museu e um Parque <strong>de</strong> referência no contexto Europeu, e por outro, tornando-se um pólo activo e<br />
dinamizador <strong>de</strong> intervenção, promovendo a criativida<strong>de</strong> e a inovação como factores <strong>de</strong>terminantes <strong>de</strong> um<br />
novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento económico e social, contribuindo para a criação <strong>de</strong> uma nova imagem <strong>de</strong><br />
Portugal no mundo.<br />
“A Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> é a melhor<br />
imagem, a todos os títulos, da Cida<strong>de</strong> do<br />
Porto.”<br />
O<strong>de</strong>te, 71 anos, Portugal<br />
13
Os gran<strong>de</strong>s objectivos estratégicos da Fundação consistem em:<br />
• Constituir uma Colecção <strong>de</strong> referência no domínio da Arte Contemporânea, a partir dos anos 60, com uma<br />
forte i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> museológica e que se situe entre as mais relevantes da Europa;<br />
• Reforçar a credibilida<strong>de</strong>, visibilida<strong>de</strong> e impacto público da Fundação, do Museu e do Parque, em Portugal e<br />
no estrangeiro, colocando-a entre as mais visitadas da Europa;<br />
• Promover o Parque como um espaço privilegiado <strong>de</strong> sensibilização ambiental, <strong>de</strong> estudo enquanto jardim<br />
histórico, <strong>de</strong> formação e lazer, contribuindo para a criação <strong>de</strong> uma consciência ambiental e ecológica.<br />
• Desenvolver os Serviços Educativos, em pareceria com os Ministérios da Cultura e da Educação, como um<br />
complemento ao sistema <strong>de</strong> ensino, directamente ou através <strong>de</strong> pólos <strong>de</strong>scentralizados.<br />
• Criar uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> parcerias em todo o País, <strong>de</strong> modo a apoiar a revelação <strong>de</strong> novos talentos, divulgar a<br />
Colecção <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e qualificar a programação <strong>de</strong> equipamentos existentes, ajudando à criação do<br />
novos públicos.<br />
• Reforçar a inserção da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> na Socieda<strong>de</strong> Portuguesa, como factor dinâmico <strong>de</strong><br />
inovação, criativida<strong>de</strong> e inclusão social, através <strong>de</strong> parcerias com os Fundadores.<br />
• Desenvolver as relações entre as artes e a economia, através <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> divulgação e estimulando o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> iniciativas e projectos criativos e inovadores.<br />
• Manter um elevado nível <strong>de</strong> exigência na gestão da instituição<br />
• Criar condições <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> económica da Fundação, reforçando a sua soli<strong>de</strong>z financeira.<br />
Fiel à sua Missão, Visão e Valores, a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> tem vindo a <strong>de</strong>senvolver a sua activida<strong>de</strong> em<br />
torno <strong>de</strong> 5 eixos estratégicos:<br />
• CRIAÇÃO ARTÍSTICA<br />
Com particular relevância para as artes plásticas, através da constituição <strong>de</strong> uma colecção internacional<br />
<strong>de</strong> arte contemporânea <strong>de</strong> referência e <strong>de</strong> um ambicioso programa <strong>de</strong> exposições dos artistas portugueses<br />
e estrangeiros mais relevantes e <strong>de</strong> iniciativas com jovens criadores. Neste âmbito, são ainda programados<br />
ciclos <strong>de</strong> música, artes performativas e cinema que complementam e valorizam o programa expositivo.<br />
• SENSIBILIZAÇÃO E FORMAÇÃO DE PÚBLICOS<br />
Através <strong>de</strong> programas educativos inovadores, a<strong>de</strong>quados a todos os tipos <strong>de</strong> pessoas, <strong>de</strong> todas as ida<strong>de</strong>s e<br />
<strong>de</strong> acções <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> como o “<strong>Serralves</strong> em Festa”, a “Festa do Outono” e o “Dia do Ambiente”.<br />
Ainda neste capítulo <strong>de</strong> envolvimento com a Comunida<strong>de</strong>, a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> tem vindo a<br />
estabelecer uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> parcerias com as autarquias em todo o País, <strong>de</strong> modo a apoiar a revelação <strong>de</strong><br />
novos talentos, divulgar a Colecção <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e qualificar a programação <strong>de</strong> equipamentos existentes,<br />
ajudando à criação <strong>de</strong> novos públicos.<br />
• AMBIENTE<br />
Valorizando o parque como espaço <strong>de</strong> fruição pública e pretexto para a abordagem dos principais<br />
problemas ambientais do mundo <strong>de</strong> hoje, no contexto mais vasto <strong>de</strong> relações da arte com a paisagem.<br />
14
• REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA<br />
Através do estudo e <strong>de</strong>bate em conferências e colóquios das principais questões do nosso tempo, com a<br />
participação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s pensadores nacionais e estrangeiros, no domínio das artes e das ciências sociais,<br />
experimentais e políticas.<br />
• INDÚSTRIAS CRIATIVAS<br />
Como expressão da crescente relação entre a cultura e a economia, com gran<strong>de</strong> potencial para a criação<br />
<strong>de</strong> emprego e riqueza em domínios tão diversos como a arquitectura, o <strong>de</strong>sign, as tecnologias <strong>de</strong><br />
informação, a publicida<strong>de</strong>, entre outras, a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> tem vindo a assumir um papel pioneiro,<br />
criando o INSERRALVES, a primeira incubadora especializada <strong>de</strong> indústrias criativas, e contribuindo<br />
activamente para a constituição na região Norte do primeiro cluster <strong>de</strong>stas indústrias em Portugal,<br />
através da ADDICT.<br />
Estes 5 gran<strong>de</strong>s eixos, que se interligam e potenciam reciprocamente, conferem à Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> um<br />
carácter único no plano nacional e internacional, integrando em simultâneo, uma focagem clara em objectivos<br />
precisos e uma visão abrangente da socieda<strong>de</strong> contemporânea, indispensável a uma instituição que, por<br />
natureza, tem <strong>de</strong> estar no centro da contemporaneida<strong>de</strong>.<br />
Esta singularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, a par <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão igualmente inovador, em que se concilia<br />
autonomia face aos interesses privados e in<strong>de</strong>pendência face ao po<strong>de</strong>r político, com uma metodologia <strong>de</strong><br />
trabalho assente no estabelecimento <strong>de</strong> parcerias com os Fundadores e cooperação activa com o Estado, com<br />
gran<strong>de</strong> rigor e eficiência na gestão dos recursos, são factores <strong>de</strong>terminantes do sucesso <strong>de</strong>ste projecto que<br />
importa pois, preservar e aprofundar.<br />
15
2. PRINCIPAIS RESUL<strong>TA</strong>DOS DE <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Apesar das medidas <strong>de</strong> contenção <strong>de</strong> custos que se têm vindo a implementar no último triénio, <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
revelou-se um ano <strong>de</strong> excepcional <strong>de</strong>sempenho institucional, tendo a Fundação registado um<br />
crescimento transversal em todas as dimensões e parâmetros <strong>de</strong> avaliação e consolidado a sua imagem<br />
como uma instituição <strong>de</strong> referência na socieda<strong>de</strong> Portuguesa, com um reconhecido prestígio<br />
internacional. Na verda<strong>de</strong>, através do esforço feito em termos <strong>de</strong> fundraising e <strong>de</strong> uma contínua<br />
melhoria dos sistemas <strong>de</strong> gestão e controlo <strong>de</strong> custos, conseguiu-se assegurar o crescimento e soli<strong>de</strong>z<br />
financeira da instituição durante a grave crise económica que atravessamos.<br />
PRINCIPAIS REALIZAÇÕES E RESUL<strong>TA</strong>DOS<br />
• Integraram o Conselho <strong>de</strong> Fundadores 5 novas entida<strong>de</strong>s, ascen<strong>de</strong>ndo o seu número a 181, no fim <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>.<br />
O envolvimento dos Fundadores com a instituição, medido pelo número <strong>de</strong> iniciativas realizadas em<br />
conjunto, atingiu um patamar significativo, ultrapassando a centena;<br />
• O número <strong>de</strong> visitantes atingiu o 450 277, o que representa um crescimento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 12%, face ao ano<br />
anterior e que é o número mais elevado <strong>de</strong> sempre;<br />
• O número <strong>de</strong> visitantes virtuais, dimensão cada vez mais importante da acção da Fundação, ultrapassou o<br />
milhão e o número <strong>de</strong> fãs no Facebook cresceu exponencialmente, atingindo os 65 000 no final <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>,<br />
multiplicando por mais <strong>de</strong> 5 vezes o registo em Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong>09;<br />
• O número <strong>de</strong> turistas estrangeiros que visitaram a Fundação, ultrapassou os 70 000 o que representa um<br />
crescimento superior a 48%, para o que muito contribuiu a excelente parceria com o Turismo <strong>de</strong> Portugal<br />
I.P;<br />
• A edição <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> do “<strong>Serralves</strong> em Festa” ultrapassou os <strong>10</strong>2 000 participantes, o que significou um<br />
crescimento <strong>de</strong> quase 18%, consolidando-se como a maior festa cultural multidisciplinar em Portugal e um<br />
case study internacional;<br />
• O público jovem, que participou em programas educativos da Fundação em articulação com as escolas,<br />
ultrapassou os 138 000, o que representou um crescimento <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 30% face ao ano anterior;<br />
• As outras formas <strong>de</strong> expressão artística (dança, música, cinema) mais do que duplicaram os seus públicos<br />
ultrapassando os 11 600 frequentadores em mais <strong>de</strong> <strong>10</strong>0 espectáculos;<br />
• Quanto à oferta cultural em <strong>20</strong><strong>10</strong>, realizaram-se 17 exposições no Museu e na Casa. Porém a Fundação<br />
também assumiu a sua responsabilida<strong>de</strong> em matéria <strong>de</strong> extensão cultural concretizando 11 exposições em<br />
parceria com autarquias locais, um pouco por todo o País;<br />
• Em <strong>20</strong><strong>10</strong>, <strong>Serralves</strong> viu uma vez mais as suas exposições reconhecidas e <strong>de</strong>stacadas pela crítica: “Às Artes,<br />
Cidadãos!”, “Lour<strong>de</strong>s Castro e Manuel Zimbro – À Luz da Sombra” e “Marlene Dumas – Contra o Muro”<br />
foram consi<strong>de</strong>radas pelos principais órgãos <strong>de</strong> comunicação social (Público, Expresso, RTP, entre outros)<br />
como estando entre as melhores exposições do ano em Portugal e com repercussão fora do país;<br />
• A crítica <strong>de</strong>stacou também alguns momentos performativos apresentados em <strong>Serralves</strong>, nomeadamente<br />
os espectáculos <strong>de</strong> dança “Pororoca”, da brasileira Lia Rodrigues e “Cribles”, da franco-vietnamita<br />
Emmanuelle Huynh ”Dez Contra o Muro” que foram consi<strong>de</strong>rados pelos principais órgãos <strong>de</strong> comunicação<br />
social nacionais (Público, Expresso, RTP, entre outros) como estando entre as melhores performances do<br />
ano em Portugal;<br />
• O número <strong>de</strong> co-produções com Instituições Culturais estrangeiras atingiu também o significativo número<br />
<strong>de</strong> 11 mostras em <strong>de</strong>stacados museus: Espanha- MUSAC – Museu <strong>de</strong> Arte Contemporaneo <strong>de</strong> Castilla Leon,<br />
“A Must see in Porto!!! The Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> is located<br />
<strong>10</strong>m from the historical center and major hotels, in a<br />
beautiful Park which also inclu<strong>de</strong>s a lovely Art Deco Villa.<br />
The exhibitions were just amazing and I had a won<strong>de</strong>rful<br />
time at the Tea House, in the middle of the Park (…)”<br />
Joggii, Paris<br />
17
Fundacion Foto Colectanea, Sala Parpalló em Valencia, La Laboral em Gijon, Mugatxoan em S. Sebastian e<br />
MACBA em Barcelona – França - Centro <strong>de</strong> arte contemporânea Domaine <strong>de</strong> Kerguéhennec, Bretanha–<br />
Brasil – Fundação Bienal <strong>de</strong> S. Paulo – Bélgica – SMAK em Gent – e EUA – New Museum, NYC;<br />
• Todas as exposições com exibição internacional foram totalmente produzidas por <strong>Serralves</strong>, com <strong>de</strong>staque<br />
para a exposição da nossa Colecção no Centro <strong>de</strong> arte contemporânea Domaine <strong>de</strong> Kerguéhennec,<br />
Bretanha, França e a exposição <strong>de</strong> Augusto Alves da Silva no MUSAC - Museu <strong>de</strong> Arte Contemporáneo <strong>de</strong><br />
Castilla y León e da Dara Birnbaum no SMAK <strong>de</strong> Gent, Bélgica;<br />
• A Colecção <strong>de</strong> Arte Contemporânea enriqueceu-se com mais 118 obras, cujo valor <strong>de</strong> aquisição ascen<strong>de</strong>u a<br />
cerca <strong>de</strong> 900 000€, apesar do Ministério da Cultura não ter tido a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cumprir com<br />
compromisso <strong>de</strong> 750 000€, estipulado no protocolo celebrado com a Fundação, que, por sua vez, teve <strong>de</strong><br />
fazer um esforço adicional no sentido <strong>de</strong> satisfazer compromissos anteriormente assumidos;<br />
• Na área do Ambiente, da Paisagem e da Sustentabilida<strong>de</strong> foi dada priorida<strong>de</strong> à revisão e optimização dos<br />
planos <strong>de</strong> gestão do Parque com óbvios resultados no aspecto e qualida<strong>de</strong> geral dos revestimentos<br />
arbóreos e arbustivos, bem como <strong>de</strong> pavimentos e equipamentos;<br />
• Foi criado o Espaço.Parque que constitui um novo pólo <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s que, em conjunto com o Museu e a<br />
Casa, completou um processo <strong>de</strong> requalificação geral do património e dotou a Fundação <strong>de</strong> um espaço<br />
<strong>de</strong>dicado ao estudo, investigação e divulgação <strong>de</strong> temas ligados à Biodiversida<strong>de</strong>, Arquitectura Paisagista<br />
e gestão do Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>. Para o efeito foi celebrado um protocolo <strong>de</strong> colaboração entre a<br />
Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e o CIB<strong>IO</strong> - Centro <strong>de</strong> Investigação em Biodiversida<strong>de</strong> e Recursos Genéticos da<br />
Universida<strong>de</strong> do Porto - e também com a Fundação para a Ciência e Tecnologia;<br />
• A notorieda<strong>de</strong> da Fundação na Comunicação Social, medida pelo valor <strong>de</strong> mercado das referências que lhe<br />
dizem respeito, ultrapassou os 6,7 milhões <strong>de</strong> euros;<br />
• O número absoluto <strong>de</strong> notícias sobre <strong>Serralves</strong> publicadas nos mais variados meios <strong>de</strong> comunicação social<br />
durante todo o ano atingiu o valor mais alto dos últimos cinco anos: 5 866 notícias. Este resultado espelha<br />
bem a ampla visibilida<strong>de</strong> da instituição nos meios <strong>de</strong> comunicação, com particular <strong>de</strong>staque para os<br />
momentos altos da programação, como as exposições <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s Castro, Marlene Dumas e Às Artes<br />
Cidadãos!, o <strong>Serralves</strong> em Festa, o Festival TRAMA e o filme <strong>de</strong> Manoel <strong>de</strong> Oliveira na Mostra<br />
Internazionale d'Arte Cinematografica, la Biennale di Venezia;<br />
• A favorabilida<strong>de</strong> das notícias publicadas sobre a Fundação atingiu um rácio <strong>de</strong> 4,9 numa escala <strong>de</strong> 5,<br />
medida por uma empresa in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> reconhecida reputação;<br />
• O Custo Total por Visitante baixou três Euros e o Subsídio do Estado por visitante baixou <strong>de</strong> <strong>10</strong> para 9<br />
Euros.<br />
• Por último, é <strong>de</strong> salientar durante o ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> a visita à Fundação <strong>de</strong> diversas personalida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> que se<br />
<strong>de</strong>stacam a do Senhor Presi<strong>de</strong>nte da República, Prof. Dr. Aníbal Cavaco Silva e do Senhor Presi<strong>de</strong>nte da<br />
Comissão para as Comemorações do Centenário da República, Dr. Artur Santos Silva, por ocasião da<br />
Inauguração da gran<strong>de</strong> exposição anual “Às Artes, Cidadãos!” e do Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Comissão<br />
Europeia, Dr. José Manuel Durão Barroso, que se <strong>de</strong>slocou propositadamente para visitar a exposição da<br />
artista Marlene Dumas “Contra o Muro”. A Senhora Secretária <strong>de</strong>l Cambio Climático <strong>de</strong> Espanha, Dra.<br />
Teresa Ribera, o Senhor Secretário <strong>de</strong> Estado do Ambiente, Dr. Humberto Rosa, os Senhores Allan Katz e<br />
Pascal Teixeira da Silva, Embaixadores dos EUA e França respectivamente e o Senhor Presi<strong>de</strong>nte da<br />
Assembleia Nacional <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong>, Aristi<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Sousa Lima, contaram-se também entre os visitantes<br />
ilustres que a Fundação recebeu.<br />
18
3. IMPACTO INSTITUC<strong>IO</strong>NAL | SERRALVES EM NÚMEROS<br />
Em <strong>20</strong><strong>10</strong>, a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> reforçou, <strong>de</strong> forma robusta e consistente, a sua posição enquanto<br />
instituição <strong>de</strong> referência na socieda<strong>de</strong> Portuguesa:<br />
• O número <strong>de</strong> visitantes cresceu significativamente em relação a <strong>20</strong>09, mais 12% face a <strong>20</strong>09, tendo<br />
ultrapassado os 450 000, o que coloca a Fundação entre as instituições mais visitadas da Europa<br />
<strong>de</strong>dicadas à arte contemporânea e <strong>de</strong> idêntica dimensão;<br />
Nº <strong>de</strong> Visitantes<br />
500.000<br />
450.000<br />
400.000<br />
412.550<br />
403.758<br />
450.277<br />
350.000<br />
300.000<br />
250.000<br />
<strong>20</strong>0.000<br />
150.000<br />
<strong>10</strong>0.000<br />
50.000<br />
0<br />
<strong>20</strong>08 <strong>20</strong>09 <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Ano<br />
• O número <strong>de</strong> visitas <strong>de</strong> turistas estrangeiros fixou-se em 70 847, representando um crescimento <strong>de</strong><br />
48%, relativamente ao ano anterior;<br />
Nº <strong>de</strong> Visitantes Estrangeiros<br />
80.000<br />
70.000<br />
60.000<br />
50.000<br />
56.000<br />
70.847<br />
48.001<br />
40.000<br />
30.000<br />
<strong>20</strong>.000<br />
<strong>10</strong>.000<br />
0<br />
<strong>20</strong>08 <strong>20</strong>09 <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Ano<br />
19
• As outras formas <strong>de</strong> expressão artística, nomeadamente, a música, dança e cinema, registaram um<br />
crescimento <strong>de</strong> <strong>10</strong>% ao nível do número <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> 29% ao nível dos públicos.<br />
Nº <strong>de</strong> Participantes<br />
14.000<br />
12.000<br />
<strong>10</strong>.000<br />
12.634<br />
11.925<br />
9.264<br />
8.000<br />
6.000<br />
4.000<br />
2.000<br />
0<br />
<strong>20</strong>08 <strong>20</strong>09 <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Ano<br />
• O número <strong>de</strong> visitantes ao Parque cresceu em <strong>20</strong><strong>10</strong> cerca <strong>de</strong> 7% face a <strong>20</strong>09;<br />
Nº <strong>de</strong> Visitantes<br />
30.000<br />
25.000<br />
25.150<br />
26.806<br />
23.441<br />
<strong>20</strong>.000<br />
15.000<br />
<strong>10</strong>.000<br />
5.000<br />
0<br />
<strong>20</strong>08 <strong>20</strong>09 <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Ano<br />
<strong>20</strong>
• A Biblioteca <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> registou um crescimento face aos anos anteriores ao nível <strong>de</strong> leitores, que<br />
foram em <strong>20</strong><strong>10</strong> ultrapassando os <strong>10</strong> 000, o que representa um crescimento 35%;<br />
Nº <strong>de</strong> Leitores<br />
12.000<br />
<strong>10</strong>.000<br />
<strong>10</strong>.8<strong>10</strong><br />
8.000<br />
7.999<br />
6.000<br />
6.971<br />
4.000<br />
2.000<br />
0<br />
<strong>20</strong>08 <strong>20</strong>09 <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Ano<br />
• O ponto alto do ano, o <strong>Serralves</strong> em Festa, bateu novamente o recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> público ao registar <strong>10</strong>2 507<br />
visitantes, crescendo mais <strong>de</strong> 18% face ao ano anterior;<br />
Nº <strong>de</strong> Participantes<br />
1<strong>20</strong>.000<br />
<strong>10</strong>0.000<br />
<strong>10</strong>2.507<br />
80.000<br />
82.7<strong>20</strong><br />
86.688<br />
60.000<br />
40.000<br />
<strong>20</strong>.000<br />
0<br />
<strong>20</strong>08 <strong>20</strong>09 <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Ano<br />
21
• O número dos visitantes virtuais ultrapassou o 1 milhão, ligeiramente inferior relativamente a <strong>20</strong>09,<br />
muito <strong>de</strong>vido à introdução das re<strong>de</strong>s sociais (facebook, twitter, etc), o que provoca uma dispersão dos<br />
visitantes, que não necessitam <strong>de</strong> ace<strong>de</strong>r ao site para terem conhecimento das activida<strong>de</strong>s;<br />
Nº <strong>de</strong> Visitantes<br />
1.<strong>20</strong>0.000<br />
1.000.000<br />
1.131.256<br />
1.113.712<br />
1.087.726<br />
800.000<br />
600.000<br />
400.000<br />
<strong>20</strong>0.000<br />
0<br />
<strong>20</strong>08 <strong>20</strong>09 <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Ano<br />
• O Facebook tem vindo a revelar-se um instrumento comunicacional muito efectivo, o que é <strong>de</strong>monstrado<br />
pelo crescimento do número <strong>de</strong> Fãs, que em Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong>09 era <strong>de</strong> 11 836 e a 31 <strong>de</strong> Dezembro era <strong>de</strong><br />
64 983, mais do quintuplicando.<br />
Nº <strong>de</strong> FANS<br />
70.000<br />
60.000<br />
64.983<br />
50.000<br />
40.000<br />
30.000<br />
<strong>20</strong>.000<br />
<strong>10</strong>.000<br />
11.836<br />
0<br />
<strong>20</strong>08 <strong>20</strong>09 <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Ano<br />
22
• O número <strong>de</strong> participantes em eventos empresariais cresceu cerca <strong>de</strong> 13%, apesar dos efeitos que a crise<br />
económica generalizada provocou. A estratégia comercial privilegiou o aumento do número <strong>de</strong> eventos <strong>de</strong><br />
menor dimensão, para compensar a menor procura <strong>de</strong> eventos <strong>de</strong> maior impacto.<br />
Nº <strong>de</strong> Participantes<br />
40.000<br />
35.000<br />
30.000<br />
29.808<br />
33.633<br />
25.000<br />
27.027<br />
<strong>20</strong>.000<br />
15.000<br />
<strong>10</strong>.000<br />
5.000<br />
0<br />
<strong>20</strong>08 <strong>20</strong>09 <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Ano<br />
• A notorieda<strong>de</strong> da Fundação na Comunicação Social, medido pelo número absoluto <strong>de</strong> notícias publicadas<br />
nos mais variados meios <strong>de</strong> comunicação social durante todo o ano atingiu o valor mais alto dos últimos<br />
cinco anos: 5 866 notícias, crescendo 26% face a <strong>20</strong>09.<br />
Nº <strong>de</strong> Notícias<br />
7.000<br />
6.000<br />
5.575<br />
5.854<br />
5.000<br />
4.648<br />
4.000<br />
3.000<br />
2.000<br />
1.000<br />
0<br />
<strong>20</strong>08 <strong>20</strong>09 <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Ano<br />
23
• O ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> mostrou-se excepcionalmente produtivo em termos <strong>de</strong> co-produções internacionais com<br />
prestigiadas instituições congéneres, como o MACBA em Barcelona, o SMAK em Ghent, o MUSAC – Museu<br />
<strong>de</strong> Arte Contemporáneo <strong>de</strong> Castilla y León, a Sala Parpalló em Valência, a Fundació Foto Colectania em<br />
Barcelona, o Centro <strong>de</strong> Arte Contemporânea Domaine <strong>de</strong> Kerguéhennec na Bretanha, la Biennale di<br />
Venezia - Mostra Internazionale d'Arte Cinematografica <strong>de</strong> Veneza o New Museum em Nova Iorque e a<br />
Fundação Bienal <strong>de</strong> São Paulo.<br />
• O Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> manteve uma política activa <strong>de</strong> aquisições <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte, tendo adquirido um<br />
número razoável <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte, embora <strong>de</strong>crescente em linha com a menor disponibilida<strong>de</strong> financeira<br />
para aquisições.<br />
Nº <strong>de</strong> Obras Adquiridas<br />
160<br />
140<br />
1<strong>20</strong><br />
152<br />
133<br />
118<br />
<strong>10</strong>0<br />
80<br />
60<br />
40<br />
<strong>20</strong><br />
0<br />
<strong>20</strong>08 <strong>20</strong>09 <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Ano<br />
24
4. PROJECTOS INSTITUC<strong>IO</strong>NAIS TRANSVERSAIS<br />
Ao longo <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> foi realizado um significativo conjunto <strong>de</strong> projectos institucionais, programados por<br />
diversas áreas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> da Fundação e que, como tal, tiveram uma natureza transversal a toda a<br />
instituição, para além <strong>de</strong> se apresentarem como estruturais para <strong>Serralves</strong>.<br />
De seguida agrupam-se os diversos Projectos com estas características, realizados ao longo <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>.<br />
Recorrendo a fundos da mais diversa natureza, tem sido possível viabilizar um conjunto <strong>de</strong> projectos cuja<br />
expressão e impacto melhor se explicam <strong>de</strong> seguida.<br />
4.1. CERTIFICAÇÃO AMBIEN<strong>TA</strong>L<br />
Durante o ano findo, foi dado novo impulso ao processo <strong>de</strong> “Certificação Ambiental” da Fundação <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong>, seguindo as linhas <strong>de</strong> orientação do protocolo celebrado com a Agência Portuguesa do Ambiente<br />
em <strong>20</strong>07. Para o efeito realizou-se a fase <strong>de</strong> diagnóstico ambiental <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, que teve como objectivos a<br />
recolha e sistematização <strong>de</strong> informação sobre a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> em matéria <strong>de</strong> gestão e <strong>de</strong>sempenho<br />
ambiental, a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> medidas para melhorar o <strong>de</strong>sempenho ambiental da Fundação, no domínio da<br />
gestão interna das suas instalações, dos serviços e das respectivas funções externas, a i<strong>de</strong>ntificação das<br />
acções e recursos necessários para a implementação <strong>de</strong> um Sistema <strong>de</strong> Gestão Ambiental na Fundação e o<br />
estabelecimento <strong>de</strong> orientações nessa matéria.<br />
4.2. ESPÓL<strong>IO</strong> MANUEL DE OLIVEIRA<br />
Em <strong>20</strong><strong>10</strong> foi concluído o tratamento do espólio <strong>de</strong> Manoel <strong>de</strong> Oliveira. Este arquivo encontrava-se, até Junho<br />
<strong>de</strong> <strong>20</strong>09, na casa do realizador, on<strong>de</strong> foi objecto <strong>de</strong> recenseamento, no ano <strong>de</strong> <strong>20</strong>01, pelo Arquivo Histórico-<br />
Municipal do Porto. Posteriormente, em <strong>20</strong>09, a documentação foi transferida para a Biblioteca da Fundação<br />
<strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>. Ao longo <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> proce<strong>de</strong>u-se ao tratamento arquivístico, permitindo uma actualização do<br />
recenseamento já realizado, assim como a organização do espólio.<br />
Trata-se <strong>de</strong> um arquivo privado, constituído por um fundo aberto, sendo que a documentação incorporada<br />
respeita ao período compreendido entre 1931 e <strong>20</strong>02, sendo que na sequência da intervenção realizada por<br />
<strong>Serralves</strong> passou a ser possível o acesso a este espólio por parte do público em geral e do público mais<br />
especializado. | Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian<br />
4.3. IMPROVISAÇÕES/COLABORAÇÕES<br />
O ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> foi um ano <strong>de</strong> arranque do projecto “Improvisações/Colaborações”, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo através do<br />
lançamento <strong>de</strong> procedimentos e do início da concretização da programação, tendo sido estabelecidos<br />
contactos e <strong>de</strong>finidos programas e datas com os inúmeros artistas e instituições envolvidos no projecto. O<br />
gran<strong>de</strong> objectivo <strong>de</strong>ste projecto é internacionalizar, qualificar e promover a oferta criativa da Região Norte.<br />
Os impactos do evento produzir-se-ão ao nível <strong>de</strong> quase todos os sub-sectores das indústrias criativas, que<br />
beneficiarão, não apenas <strong>de</strong> novas e significativas encomendas criativas, mas terão, ainda, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
participar numa programação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e exigência, a par e em estreita colaboração com criativos<br />
internacionais.<br />
25
Trata-se <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> evento <strong>de</strong> arte contemporânea <strong>de</strong> projecção assumidamente internacional que, em<br />
<strong>20</strong>11, fará acontecer momentos <strong>de</strong> arte que resultam da improvisação e da colaboração entre artistas,<br />
criativos, museus nacionais e internacionais, autarquias, escolas, associações locais e prestadores <strong>de</strong> serviços<br />
nas mais diversas áreas da produção <strong>de</strong> bens e serviços relacionados com as indústrias criativas, abrangendo<br />
assim um sem número <strong>de</strong> agentes. | Co-financiado pelo Programa Operacional da Região do Norte - ON2.<br />
4.4. SERRALVES – DESTINO DAS ARTES<br />
Com o objectivo <strong>de</strong> elevar ainda mais o estatuto <strong>de</strong> prestígio alcançado, a Fundação organizou ao longo <strong>de</strong><br />
<strong>20</strong><strong>10</strong>, o Programa “<strong>Serralves</strong> - Destino das Artes”, que congregou um conjunto diversificado <strong>de</strong> iniciativas<br />
culturais. Com a realização <strong>de</strong>ste Programa - que incluiu exposições, festivais performativos e outras acções<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> - preten<strong>de</strong>u-se contribuir para a crescente atracção <strong>de</strong> visitantes estrangeiros,<br />
surgindo <strong>Serralves</strong> como potenciador do Porto Património Mundial da Humanida<strong>de</strong> e como porta <strong>de</strong> entrada<br />
no Douro e na Região Norte. Para a concretização <strong>de</strong>ste projecto foi fundamental o apoio do Programa <strong>de</strong><br />
Intervenção do Turismo.<br />
26
5. INVESTIMENTOS<br />
Dos investimentos realizados e concluídos no <strong>de</strong>curso <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> merecem <strong>de</strong>staque os que a seguir se referem<br />
pela sua especial relevância.<br />
A Colecção <strong>de</strong> Obras <strong>de</strong> Arte, a gran<strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> institucional no que aos investimentos diz respeito, foi<br />
responsável por cerca <strong>de</strong> 60% do total investido em Imobilizado. As obras <strong>de</strong> arte adquiridas encontram-se<br />
discriminadas no ponto 9.1.5. Colecção.<br />
A realização <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> investimentos que permitirá dotar os espaços <strong>de</strong> reserva do Museu <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong> com equipamentos que permitam uma melhor organização e aproveitamento dos mesmos e<br />
simultaneamente permitam uma melhor arrumação das obras <strong>de</strong> arte que integram o Acervo do Museu foi<br />
efectuada ao longo <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>. Do ponto <strong>de</strong> vista da conservação <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte, esta reorganização dos<br />
espaços permitirá posicionar as obras <strong>de</strong> modo a que sejam mais visíveis e <strong>de</strong> fácil acesso e facilitar a<br />
circulação nos espaços para melhor manutenção e limpeza dos mesmos.<br />
| Co-financiado pelo Programa <strong>de</strong> Apoio a Museus da Re<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Museus — ProMuseus.<br />
Através do projecto “<strong>Serralves</strong> Melhor” foi possível realizar-se um conjunto <strong>de</strong> investimentos que<br />
permitiram alcançar acréscimos significativos na qualida<strong>de</strong> da oferta cultural da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>,<br />
tendo por <strong>de</strong>stinatários directos a comunida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> esta exerce a sua área <strong>de</strong> influência. Para tal, ao longo<br />
do ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, foram prosseguidos investimentos vários, <strong>de</strong> que se <strong>de</strong>staca a constituição <strong>de</strong> um terceiro<br />
pólo <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s na proprieda<strong>de</strong>, agora <strong>de</strong>signado por “Espaço.Parque” e ainda um conjunto integrado <strong>de</strong><br />
acções <strong>de</strong> valorização do seu Património Cultural:<br />
• Sistema <strong>de</strong> Melhoria <strong>de</strong> Acesso para o público – Gestão Integrada<br />
• Sistema <strong>de</strong> Melhoria <strong>de</strong> Acesso para o público – Networking<br />
• Sistema <strong>de</strong> Melhoria <strong>de</strong> Acesso para o público – Storage<br />
• Ambiente e Saú<strong>de</strong> – Aquisição <strong>de</strong> Material<br />
tendo este projecto como fim primeiro, plenamente alcançado, a valorização do Património Cultural <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong> e consequente disponibilização, com valor acrescentado, a todos quantos nos visitam.<br />
| Co-financiado pelo Programa Operacional Regional do Norte – ON2.<br />
27
6. PRÉM<strong>IO</strong>S, PROTOCOLOS E PARCERIAS<br />
6.1. PRÉM<strong>IO</strong>S<br />
A 14 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> foi distinguida com o Prémio Especial do Júri do Prémio<br />
Cidadania das Organizações, atribuído pela AESE – Escola <strong>de</strong> Direcção e Negócios, em colaboração com a<br />
PriceWaterHouseCoopers.<br />
O Prémio Cidadania <strong>de</strong>bruça-se sobre a cidadania empresarial e organizacional, no exercício <strong>de</strong> um vasto<br />
conjunto <strong>de</strong> direitos e <strong>de</strong>veres que visam possibilitar aos vários stakehol<strong>de</strong>rs o seu pleno <strong>de</strong>senvolvimento<br />
através do alcance <strong>de</strong> uma igual dignida<strong>de</strong> social e económica, respeitando o ambiente. O prémio reconhece<br />
as empresas e ONG mais bem sucedidas na aplicação das suas políticas <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social, nas<br />
componentes: económica, social e ambiental, simultaneamente. A atribuição do prémio especial do Júri à<br />
Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> teve presente o seu muito relevante contributo para a socieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo através<br />
da prossecução da Missão para que foi criada.<br />
Na primeira edição dos Prémios Novo Norte, iniciativa promovida pela CCDR-N e pelo JN, a Fundação <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong> foi finalista em duas das seis categorias: na categoria Norte Criativo com o Projecto INSERRALVES<br />
e na categoria Norte Inclusivo com o Projecto <strong>Serralves</strong> na Comunida<strong>de</strong>.<br />
O Projecto INSERRALVES, Incubadora <strong>de</strong> Indústrias Criativas, engloba um conjunto <strong>de</strong> acções através das<br />
quais a Fundação reconhece a expressão da crescente relação entre a cultura e a economia. Esta é uma área<br />
em que <strong>Serralves</strong>, ponto <strong>de</strong> encontro entre empresários e artistas, assumiu um papel pioneiro empenhandose<br />
fortemente na promoção das Indústrias Criativas, como meio facilitador <strong>de</strong> um novo paradigma <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento, geração <strong>de</strong> valor económico e emprego qualificado.<br />
Por sua vez, o Projecto <strong>Serralves</strong> na Comunida<strong>de</strong>, dá cumprimento a um dos seus objectivos estratégicos<br />
que orientam a acção <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, que <strong>de</strong>fine como prioritária a “sensibilização e formação <strong>de</strong> públicos,<br />
através <strong>de</strong> programas educativos inovadores, a<strong>de</strong>quados a todos os tipos <strong>de</strong> pessoas”. Assim, a Fundação <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong> disponibiliza um extenso programa educativo, <strong>de</strong>senvolvido anualmente, que preten<strong>de</strong> actuar no<br />
domínio da sensibilização e formação <strong>de</strong> públicos para a arte, o ambiente e a cidadania, com particular ênfase<br />
no público infantil e juvenil, fruto <strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> equipa sólido, centrado numa acção programada a longo<br />
prazo.<br />
6.2. PROTOCOLOS<br />
A propósito do Ano Internacional da Biodiversida<strong>de</strong>, foi celebrado, em Outubro, um protocolo com o<br />
ICE<strong>TA</strong>/UP, Instituto <strong>de</strong> Ciências e Tecnologias Agrárias e Agro-Alimentares da Universida<strong>de</strong> do Porto, através<br />
do CIB<strong>IO</strong>, Centro <strong>de</strong> Investigação em Biodiversida<strong>de</strong> e Recursos Genéticos (uma Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Investigação em<br />
Ciências Biológicas do ICE<strong>TA</strong>-UP) que tem como principal objectivo o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma estreita<br />
colaboração na área da biodiversida<strong>de</strong>, nomeadamente em genética, ecologia e arquitectura paisagista.<br />
Com a Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, foi celebrado, em Novembro, um Aditamento ao<br />
protocolo celebrado entre ambas as partes em <strong>20</strong>00, ao abrigo do qual as partes acordaram em que tudo o<br />
que está previsto no protocolo como activida<strong>de</strong> a <strong>de</strong>senvolver no Auditório da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, será<br />
passível <strong>de</strong> ser estendido às instalações da futura Casa do Cinema no Porto, no edifício “Casa das Artes”.<br />
29
No âmbito das Comemorações do Centenário da República, cujo diploma foi aprovado pela Resolução do<br />
Conselho <strong>de</strong> Ministros n.º 28/<strong>20</strong>09, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Março, foi reconhecido pela Comissão Nacional para as<br />
Comemorações do Centenário da República que a realização <strong>de</strong> iniciativas conjuntas com a Fundação <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong> permitiria concretizar os objectivos subjacentes ao respectivo Programa. Assim, em Dezembro, foi<br />
celebrado um protocolo que formalizou a integração no Programa das Comemorações do Centenário da<br />
República <strong>de</strong> uma exposição <strong>de</strong>nominada “Às Artes Cidadãos!”, que se realizou entre Novembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> e<br />
Março <strong>de</strong> <strong>20</strong>11, e <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s paralelas que dinamizaram e enriqueceram a temática da<br />
exposição.<br />
Ainda em Dezembro, foi assinado um Protocolo com o CIB<strong>IO</strong> (Centro <strong>de</strong> Investigação em Biodiversida<strong>de</strong> e<br />
Recursos Genéticos), Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> I&D em Ciências Biológicas, acolhida pela Universida<strong>de</strong> do Porto, e com a<br />
Fundação para a Ciência e Tecnologia para a concretização <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> promoção da cultura científica e<br />
tecnológica e a difusão e a divulgação do conhecimento científico e técnico e do ensino da Ciência e da<br />
Tecnologia. No âmbito <strong>de</strong>sse protocolo, as três entida<strong>de</strong>s comprometem-se a colaborar no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> reconhecido mérito na promoção da cultura científica para diferentes públicos, contribuindo,<br />
<strong>de</strong>ssa forma, para o ensino experimental das Ciências e das Tecnologias.<br />
Aten<strong>de</strong>ndo ao interesse artístico e audiovisual da curta-metragem <strong>de</strong> Manoel <strong>de</strong> Oliveira sobre os Painéis <strong>de</strong><br />
S. Vicente <strong>de</strong> Fora, <strong>de</strong> Nuno Gonçalves, uma das mais importantes e célebres pinturas da Europa<br />
Quatrocentista, e consi<strong>de</strong>rando também a missão da RTP <strong>de</strong> apoio à produção cinematográfica nacional, a<br />
RTP - Rádio e Televisão De Portugal aceitou participar financeiramente na sua produção, conforme<br />
protocolo celebrado entre ambas as partes em Dezembro, tendo <strong>de</strong>sta forma sido possível reunirem-se as<br />
condições para que a Fundação incorporasse na sua Colecção <strong>de</strong> Obras <strong>de</strong> Arte esta obra cinematográfica.<br />
6.3. PARCERIAS COM AS AU<strong>TA</strong>RQUIAS<br />
Em <strong>20</strong><strong>10</strong>, reforçaram-se as activida<strong>de</strong>s com as Autarquias, tendo nesse âmbito sido realizadas, para além <strong>de</strong><br />
acções expositivas, as seguintes acções:<br />
FORMAÇÃO<br />
Respon<strong>de</strong>ndo a um pedido recorrente por parte das Câmaras Municipais, realizou-se em Fevereiro uma acção<br />
formativa, através do qual foi possível dar-se a conhecer o papel fundamental que os serviços educativos das<br />
instituições culturais <strong>de</strong>sempenham na socieda<strong>de</strong> actual, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo pelos programas que <strong>de</strong>senvolvem e<br />
promovem momentos <strong>de</strong> encontro, <strong>de</strong> lazer, <strong>de</strong> aprendizagem; estimulam a reflexão crítica; valorizam a<br />
partilha (<strong>de</strong> curiosida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> subjectivida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> temas, <strong>de</strong> paixões), mas também do inesperado, do potencial<br />
criativo. Programas esses que perspectivam a educação como algo processual “ao longo da vida”, envolvendo<br />
uma dimensão transformadora, inclusiva, num campo alargado <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s e relações entre diferentes<br />
públicos e contextos culturais.<br />
CANDIDATURAS<br />
Reconhecendo-se as dificulda<strong>de</strong>s financeiras actuais, que têm limitado a concretização <strong>de</strong> projectos,<br />
<strong>Serralves</strong> propôs-se assessorar os seus Municípios Fundadores com vista a encontrar fontes <strong>de</strong> financiamento<br />
comunitário que permitam viabilizar esses mesmos projectos. Assim, em Agosto, cinco dos nossos Municípios<br />
Fundadores, enten<strong>de</strong>ram por bem apresentar uma candidatura à CCDR-N, ao abrigo da qual será realizado ao<br />
longo <strong>de</strong> <strong>20</strong>11 e <strong>20</strong>12 o projecto “Art@Biblio”, dirigido a Bibliotecas Municipais. Através <strong>de</strong>ste projecto,<br />
30
<strong>Serralves</strong> surge como um prestador <strong>de</strong> serviços através da apresentação <strong>de</strong> uma Exposição temática <strong>de</strong><br />
“Livros <strong>de</strong> Artista” e da promoção <strong>de</strong> um Programa <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s que inclui acções <strong>de</strong> benchmarking entre<br />
os próprios parceiros e no estrangeiro, formação, conferências, oficinas e leituras.<br />
BIBL<strong>IO</strong>TECAS<br />
Em Novembro foi celebrado um protocolo <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> publicações editadas por <strong>Serralves</strong>, nomeadamente as<br />
relativas às exposições que o Museu <strong>de</strong> Arte Contemporânea anualmente promove, passando assim os<br />
leitores das Biblioteca Municipais a ace<strong>de</strong>r a um conjunto <strong>de</strong> publicações <strong>de</strong> referência.<br />
INDÚSTRIAS CRIATIVAS<br />
Com as autarquias <strong>de</strong> Ovar, S. João da Ma<strong>de</strong>ira, Viana do Castelo e Vila Nova <strong>de</strong> Cerveira, <strong>Serralves</strong> prestou<br />
assessoria da mais diversa natureza, com vista à constituição <strong>de</strong> projectos nesta área.<br />
ASSESSORIA CULTURAL<br />
A pedido <strong>de</strong> várias autarquias, a Fundação tem vindo a colaborar na criação <strong>de</strong> centros culturais e <strong>de</strong> outros<br />
projectos nesta área.<br />
31
7. AMIGOS E VOLUNTÁRIADO<br />
Em <strong>20</strong><strong>10</strong>, a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> contou com o apoio <strong>de</strong> 1576 Amigos e foi mantido o programa <strong>de</strong><br />
voluntariado da Fundação, através do qual foram vários os elementos que colaboraram na concretização <strong>de</strong><br />
iniciativas nas mais diversas áreas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> da instituição, com especial enfoque na participação <strong>de</strong> mais<br />
<strong>de</strong> <strong>10</strong>0 voluntários no “<strong>Serralves</strong> em Festa”, tendo a “Festa do Outono” contado com a participação <strong>de</strong> 12<br />
voluntários.<br />
Paralelamente, a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> consi<strong>de</strong>ra fundamental fomentar um espírito <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />
boas práticas junto dos seus colaboradores, pelo que em <strong>20</strong><strong>10</strong> lançou um <strong>de</strong>safio a todos os colaboradores -<br />
Natal Solidário – que visou ajudar a encher um contentor <strong>de</strong> comida para enviar para um orfanato em<br />
Moçambique. O balanço <strong>de</strong>sta iniciativa foi muito positivo pelo que serão <strong>de</strong>senvolvidas mais acções em <strong>20</strong>11.<br />
Mais uma vez se regista o empenho e disponibilida<strong>de</strong> com que os Amigos e Voluntários têm participado no<br />
projecto <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
VOLUNTÁR<strong>IO</strong>S<br />
Biblioteca<br />
Margarida Maria Pereira Antas Martins<br />
Maria <strong>de</strong> Fátima Rodrigues Fontinha<br />
Maria Luísa Barros <strong>de</strong> Oliveira Braga Coimbra e Sousa<br />
Serviço Artes Performativas<br />
Maria <strong>de</strong> Fátima Bragança <strong>de</strong> Sousa Guise Pinheiro<br />
Serviço Educativo<br />
Maria Isabel das Neves Santos Simões<br />
33
8. ORGÃOS SOCIAIS<br />
8.1. CONSELHO DE FUNDADORES<br />
Em 7 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, realizou-se a Reunião Anual do Conselho <strong>de</strong> Fundadores tendo sido aprovada a<br />
a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> 5 novos Fundadores, a saber:<br />
CÂMARA MUNICIPAL DO FUNCHAL<br />
Representante: Presi<strong>de</strong>nte – Dr. Miguel Filipe Machado <strong>de</strong> Albuquerque<br />
CÂMARA MUNICIPAL DE PON<strong>TA</strong> DELGADA<br />
Representante: Presi<strong>de</strong>nte – Dra. Berta Cabral<br />
CPCiS – COMPANHIA PORTUGUESA DE COMPU<strong>TA</strong>DORES, INFORMÁTICA E SISTEMAS, S.A.<br />
Representante: Presi<strong>de</strong>nte – Eng.º Artur Queiroz Machado<br />
CUATRECASAS, GONÇALVES PEREIRA, RL, SOCIEDADE DE ADVOGADOS<br />
Representante: ADMINISTRADOR – Dr. José <strong>de</strong> Freitas<br />
DOURO AZUL, S.A.<br />
Representante: Presi<strong>de</strong>nte – Mário Ferreira<br />
O Conselho <strong>de</strong> Fundadores passou a contar com 181 entida<strong>de</strong>s.<br />
8.2. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />
Em 22 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, em reunião convocada expressamente para o efeito e em cumprimento do<br />
disposto no Artigo 14º, nº 1 dos Estatutos da Fundação, foi eleito, por voto secreto e por maioria absoluta dos<br />
seus Membros, para o cargo <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte da Fundação, o Eng.º. Luís Braga da Cruz.<br />
“immancabile” La Fundacao <strong>Serralves</strong> e' un gra<strong>de</strong>volissimo<br />
museo di arte mo<strong>de</strong>rna. Il percorso espositivo e' estremamente<br />
ben strutturato e le note curate e chiare, di particolare pregio<br />
la villa <strong>de</strong>dicata all'art <strong>de</strong>co. Piacevolissimo il parco adiacente e<br />
al Tea House. Non negatevi il piacere di questa esperienza.”<br />
Freki81, Torino<br />
35
Ainda nos termos do n.º 1 do art.º 14º dos Estatutos, o Conselho elegeu, por voto secreto e por maioria<br />
absoluta dos seus Membros, para Vice-Presi<strong>de</strong>ntes da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, o Professor Rui Manuel Campos<br />
Guimarães, o Professor Luís Manuel Moreira <strong>de</strong> Campos e Cunha e o Dr. Adalberto Manuel da Fonseca Neiva<br />
<strong>de</strong> Oliveira.<br />
Tendo presentes as <strong>de</strong>liberações realizadas, o Conselho passou a ter a seguinte composição:<br />
– Presi<strong>de</strong>nte – Luís Garcia Braga da Cruz<br />
– Vice-Presi<strong>de</strong>nte – Rui Manuel Campos Guimarães – representante do Estado<br />
– Vice-Presi<strong>de</strong>nte – Luís Manuel Moreira <strong>de</strong> Campos e Cunha<br />
– Vice-Presi<strong>de</strong>nte – Adalberto Manuel da Fonseca Neiva <strong>de</strong> Oliveira<br />
– Vogal – Elisa Maria da Costa Guimarães Ferreira – representante do Estado<br />
– Vogal – Vera Margarida Alves Pires Coelho<br />
– Vogal – Ana Maria Almeida Leite <strong>de</strong> Pinho Macedo Silva<br />
– Vogal – Andrzej Franciszek Spitzman Jordan<br />
– Vogal – Manuel Eugénio Pimentel Cavaleiro Brandão<br />
Os membros do Conselho <strong>de</strong> Administração e dos restantes órgãos sociais não auferem qualquer<br />
remuneração.<br />
8.3. CONSELHO FISCAL<br />
Nos termos do artigo 23º dos Estatutos da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, o Conselho Fiscal <strong>de</strong>sta Instituição é<br />
constituído por três membros, sendo um eleito pelo Conselho <strong>de</strong> Fundadores <strong>de</strong> entre os seus membros, o<br />
segundo, uma socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> revisores oficiais <strong>de</strong> contas também <strong>de</strong>signada por este Conselho e o terceiro,<br />
que presidirá, em representação do Ministério das Finanças.<br />
O Conselho Fiscal tem a seguinte composição no triénio <strong>20</strong><strong>10</strong>-<strong>20</strong>12:<br />
Dra. Ana Margarida Barata Fernan<strong>de</strong>s – Presi<strong>de</strong>nte<br />
Jorge Quintas – Vogal<br />
Dr. António Dantas <strong>de</strong> Amorim - ERNST & YOUNG AUDIT & ASSOCIADOS-SROC.S.A.<br />
36
9. SÍNTESE DA ACTIVIDADE DA FUNDAÇÃO EM <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
9.1. ARTES PLÁSTICAS<br />
A programação <strong>de</strong> artes plásticas continuou a valorizar a apresentação <strong>de</strong> artistas, portugueses e<br />
internacionais, que, ao longo das últimas quatro décadas, tenham contribuído para re<strong>de</strong>finir os paradigmas<br />
consensuais da arte contemporânea. A apresentação <strong>de</strong> artistas consi<strong>de</strong>rados seminais pela história e crítica<br />
<strong>de</strong> arte mais recentes, a par do estabelecimento <strong>de</strong> parcerias e <strong>de</strong> co-produções com algumas das mais<br />
reputadas instituições artísticas europeias, consolidou e ampliou o papel do Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> nos<br />
contextos artísticos nacional e internacional. A Colecção do Museu voltou a ser apresentada tanto nos<br />
espaços do Museu quanto em exposições itinerantes que propõem releituras singulares que contrariam a<br />
história da arte mais canónica. Na Biblioteca da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, várias exposições voltaram a<br />
apresentar livros <strong>de</strong> artista e documentos <strong>de</strong> alguns dos mais importantes autores, portugueses e<br />
estrangeiros, numa programação estreitamente relacionada com os artistas e as temáticas apresentados nas<br />
galerias do Museu.<br />
Em <strong>20</strong><strong>10</strong>, o Museu <strong>de</strong> Arte Contemporânea realizou um total <strong>de</strong> 39 exposições: 11 no Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> – 5<br />
das quais em co-produção internacional -, 1 na Casa <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, 5 exposições realizadas na Biblioteca, 1 na<br />
Rua Cândido dos Reis, Porto e ainda 11 mostras expositivas <strong>de</strong>scentralizadas ao longo do País, a que acrescem<br />
mais 11 no estrangeiro.<br />
Nº <strong>de</strong> Exposições<br />
50<br />
45<br />
40<br />
35<br />
30<br />
14<br />
24<br />
22<br />
25<br />
<strong>20</strong><br />
15<br />
<strong>10</strong><br />
21<br />
19<br />
17<br />
5<br />
0<br />
<strong>20</strong>08 <strong>20</strong>09 <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Exposições no Museu<br />
Itinerâncias<br />
Ano<br />
Dando continuida<strong>de</strong> aos objectivos prosseguidos ao longo dos últimos anos, a programação do Museu <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong> apresentou ao público em <strong>20</strong><strong>10</strong> exposições antológicas <strong>de</strong> alguns dos nomes mais importantes da<br />
arte contemporânea portuguesa e internacional nomeadamente, Lour<strong>de</strong>s Castro e Manuel Zimbro, Dara<br />
Birnbaum, Marlene Dumas e Grazia To<strong>de</strong>ri e, mostrando obras essenciais para o conhecimento das linguagens<br />
artísticas dos nossos dias, apresentou exposições colectivas que propuseram uma nova interpretação e<br />
leitura da história da arte do nosso tempo.<br />
A exposição “Às Artes, Cidadãos!”, que integrou a celebração do centenário da República Portuguesa,<br />
fundada na sequência da revolução <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 19<strong>10</strong> e contou com o apoio da Comissão Nacional para<br />
37
a Celebração do Centenário da República – CNCCR, foi o momento expositivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque em <strong>20</strong><strong>10</strong>. Esta<br />
exposição, que apresentou obras produzidas por artistas nascidos na altura da construção do Muro <strong>de</strong> Berlim,<br />
símbolo da divisão i<strong>de</strong>ológica que marca a segunda meta<strong>de</strong> do século XX, incidiu sobre algumas das<br />
intersecções que a arte e a política manifestam na actualida<strong>de</strong>.<br />
A activida<strong>de</strong> editorial manteve um índice <strong>de</strong> produção regular, tendo sido editadas 9 publicações, as quais<br />
correspon<strong>de</strong>m a catálogos <strong>de</strong> exposições, tanto apresentadas no Museu <strong>de</strong> Arte Contemporânea como<br />
relativos ao Programa <strong>de</strong> Itinerâncias Nacionais da sua Colecção.<br />
9.1.1. EXPOSIÇÕES EM SERRALVES<br />
AUGUSTO ALVES DA SILVA | SEM SAÍDA / ENSA<strong>IO</strong> SOBRE O OPTIMISMO<br />
Augusto Alves da Silva é um dos mais importantes artistas portugueses revelados na década <strong>de</strong> 1990. Embora<br />
não trabalhe exclusivamente com a fotografia, é neste meio que tem executado alguns dos trabalhos mais<br />
marcantes no contexto artístico português dos últimos vinte anos. Augusto Alves da Silva tirou partido da<br />
ilusória neutralida<strong>de</strong> da fotografia e dos códigos convocados automaticamente por <strong>de</strong>terminados regimes <strong>de</strong><br />
imagens (paisagem, retrato), apresentando imagens claras, nítidas, em que o excepcional nunca salta à vista,<br />
antes tendo <strong>de</strong> ser procurado; em que, no fundo, nunca nada é dado a ver <strong>de</strong> forma imediata, promovendo um<br />
diferimento que <strong>de</strong>smente retrospectivamente, consoante olhamos mais atentamente para cada imagem,<br />
aquilo que, num primeiro olhar, ela parecia significar.<br />
23 <strong>de</strong> Outubro a 16 <strong>de</strong> Fevereiro<br />
Comissariado: João Fernan<strong>de</strong>s<br />
Produção: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
Local: Museu<br />
SERRALVES <strong>20</strong>09: A COLECÇÃO<br />
A exposição da Colecção da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> apresentou um balanço do trabalho <strong>de</strong>senvolvido com o<br />
acervo ao longo <strong>de</strong>sta última década. Ocupando todo o Museu e o Parque, esta exposição exibiu obras<br />
maiores, representativas quer do núcleo histórico da Colecção (abrangente das décadas <strong>de</strong> 60 e <strong>de</strong> 70) quer<br />
das constelações <strong>de</strong> artistas i<strong>de</strong>ntificáveis no acervo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 80 até à actualida<strong>de</strong>. A exposição<br />
constituiu um importante momento on<strong>de</strong> se tornou visível o programa da colecção, assim como as<br />
incorporações recentemente efectuadas, que foram mostradas ao público pela primeira vez.<br />
Paralelamente à exposição patente no Museu, que pela primeira vez apresentou ao público uma parcela muito<br />
significativa da sua Colecção, <strong>Serralves</strong> exibiu no centro do Porto um conjunto <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os e filmes realizados<br />
por artistas portugueses e internacionais entre os anos 1960 e a actualida<strong>de</strong>. Estas obras cruzam diferentes<br />
gerações e reúnem diversas preocupações estéticas, permitindo avaliar a importância daqueles suportes nas<br />
várias re<strong>de</strong>finições a que a arte foi sendo sujeita nas últimas quatro décadas.<br />
O terceiro momento da exposição “<strong>Serralves</strong> <strong>20</strong>09” incidiu particularmente sobre formas <strong>de</strong> edição múltipla<br />
da obra <strong>de</strong> arte através do livro <strong>de</strong> artista, do som e da fotografia. Uma gran<strong>de</strong> parte do espaço expositivo foi<br />
<strong>de</strong>dicada à colecção <strong>de</strong> livros <strong>de</strong> artista da Biblioteca da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> que constitui uma importante<br />
memória da criação artística dos anos 60 aos nossos dias através dos mais variados formatos, como livros,<br />
cartazes, filmes, postais e revistas. A fotografia e o filme surgem como domínios <strong>de</strong> confronto com o real,<br />
para além da sua condição documental ou estética. Uma parte <strong>de</strong>ste núcleo <strong>de</strong> obras, inci<strong>de</strong>nte sobretudo<br />
sobre obras em suporte fílmico ou vi<strong>de</strong>ográfico, foram apresentados na Rua Cândido dos Reis, nº 74.<br />
13 Novembro <strong>20</strong>09 a 07 Março <strong>20</strong><strong>10</strong> – Museu<br />
13 Novembro <strong>20</strong>09 a 24 Janeiro <strong>20</strong><strong>10</strong> - Rua Cândido dos Reis, nº 74, Porto<br />
Comissariado: João Fernan<strong>de</strong>s e Ulrich Loock<br />
38
Produção: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
Local: Museu e Rua Cândido dos Reis, nº 74, Porto<br />
LOURDES CASTRO E MANUEL ZIMBRO: À LUZ DA SOMBRA<br />
Esta exposição reuniu antologicamente pela primeira vez os trabalhos <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s Castro e <strong>de</strong> Manuel Zimbro,<br />
companheiros e colaboradores na vida e no trabalho ao longo <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> três décadas.<br />
Lour<strong>de</strong>s Castro (Ma<strong>de</strong>ira, 1930) partiu das suas pesquisas sobre a sombra <strong>de</strong> flores, pessoas e objectos para<br />
construir uma obra singular com a qual re<strong>de</strong>finiu uma relação da obra <strong>de</strong> arte com o mundo <strong>de</strong> que faz parte.<br />
Na segunda meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong> 1970 produziu, primeiro com René Bertholo, <strong>de</strong>pois com Manuel Zimbro, um<br />
Teatro <strong>de</strong> Sombras on<strong>de</strong> juntou cenas do quotidiano a outras situações on<strong>de</strong> o maravilhoso e o fantástico se<br />
revelaram.<br />
Manuel Zimbro (Lisboa, 1944 – Ma<strong>de</strong>ira, <strong>20</strong>03) apresentou em exposições projectos como “Torrões <strong>de</strong> Terra”<br />
e “História Secreta da Aviação”. Para além <strong>de</strong>stes projectos e das suas colaborações com Lour<strong>de</strong>s Castro,<br />
foram também apresentados pela primeira vez outros trabalhos da sua autoria.<br />
06 Março a 13 Junho<br />
Comissário: João Fernan<strong>de</strong>s<br />
Produção: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
Local: Museu<br />
EMISSORES REUNIDOS | SENHOR FAN<strong>TA</strong>SMA, VAMOS FALAR<br />
Foi uma exposição em episódios que reabriu e <strong>de</strong>u um novo uso a um edifício do Porto que foi, até há dois<br />
anos, uma estação pública <strong>de</strong> rádio, e que preserva marcas evi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>ssa ocupação: cabinas e auditórios <strong>de</strong><br />
gravação, divisórias, vidros duplos, chão alcatifado, cortinas opacas e painéis <strong>de</strong> insonorização. Para cada<br />
momento <strong>de</strong> EMISSORES REUNIDOS, dois artistas foram convidados a produzir peças especificamente para o<br />
local, tomando em consi<strong>de</strong>ração as singularida<strong>de</strong>s arquitectónicas do edifício e a história das suas utilizações.<br />
O segundo episódio, Senhor Fantasma, vamos falar, apresentou novos projectos <strong>de</strong> Marcelo Cida<strong>de</strong> e Renato<br />
Ferrão.<br />
13 Novembro <strong>20</strong>09 a 24 Janeiro <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Comissariado: Ricardo Nicolau<br />
Produção: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
Apoio: Sindicato dos Bancários do Porto<br />
Local: Rua Cândido dos Reis, nº 74, Porto<br />
DARA BIRNBAUM | A MATÉRIA NEGRA DA LUZ DOS MEDIA<br />
Dara Birnbaum (1946 New York, USA) apresentou uma visão muito crítica e com uma gran<strong>de</strong> carga emocional<br />
sobre a socieda<strong>de</strong> Americana e mais particularmente sobre a forma em que esta é apresentada pela<br />
televisão. A presença proeminente da “mulher” como um ser emocional permite uma interpretação feminista<br />
do seu trabalho. No entanto, Birnbaum não se manifesta contra uma socieda<strong>de</strong> masculina. O trabalho <strong>de</strong>la é<br />
uma procura sustentada por uma re<strong>de</strong>finição do que po<strong>de</strong> significar ser mulher num mundo a evoluir cada<br />
vez mais rapidamente e sobrecarregado com imagens. Para Dara Birnbaum, formular um comentário forte e<br />
bem fundado a nível político bem como social é um <strong>de</strong>safio. Embora tenha crescido num clima <strong>de</strong> crise<br />
política, manteve inabalável o seu sentido <strong>de</strong> romantismo.<br />
27 Março a 04 Julho<br />
Comissariado: Philippe Van Cauteren e João Fernan<strong>de</strong>s<br />
Co-produção: SMAK, Gent, Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
Local: Museu<br />
39
MARLENE DUMAS | CONTRA O MURO<br />
Marlene Dumas (1953, Cida<strong>de</strong> do Cabo) inscreve-se na geração <strong>de</strong> pintores que emergiram nos anos 1980 sob<br />
rótulos como “Wild Painting”. A sua insistência em modos <strong>de</strong> representação figurativa po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada<br />
um reflexo <strong>de</strong>ssa proximida<strong>de</strong> geracional. Por outro lado, Marlene Dumas nunca se integrou em qualquer<br />
agrupamento <strong>de</strong> artistas – o que po<strong>de</strong> em parte atribuir-se ao facto <strong>de</strong> ter ido para a Holanda <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
terminar os seus estudos <strong>de</strong> arte na Cida<strong>de</strong> do Cabo (até 1975). Mas o mais importante é a artista nunca ter<br />
a<strong>de</strong>rido à rejeição do conceptualismo característica dos artistas contemporâneos. Pelo contrário, ao longo da<br />
sua carreira tanto a sua pintura como o seu <strong>de</strong>senho revelam uma forte preocupação com questões<br />
conceptuais, como posição do autor, interpretação, universo artístico, família, género, sexualida<strong>de</strong>/erotismo e<br />
morte, todas elas objecto <strong>de</strong> reflexão numa escrita po<strong>de</strong>rosa e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, umas vezes incorporada nas<br />
obras <strong>de</strong> pintura, outras em publicações autónomas.<br />
03 Julho a <strong>10</strong> Outubro<br />
Comissário: Ulrich Loock<br />
Produção: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
Local: Museu<br />
REGRESSO A CASA | COLECÇÃO DA FUNDAÇÃO DE SERRALVES<br />
“Regresso a Casa” reuniu um conjunto <strong>de</strong> obras da Colecção da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> escolhidas<br />
especificamente pelo modo como representam a interrogação do lugar doméstico a partir das mitologias do<br />
quotidiano que o <strong>de</strong>screvem ou subvertem.<br />
Da casa como abrigo à arquitectura como intersecção dos discursos do público e do privado, da relação entre<br />
interior e exterior, da projecção individual <strong>de</strong> cada obra no cruzamento das múltiplas histórias que uma<br />
apresentação conjunta suscita, as obras escolhidas ganham novas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta e <strong>de</strong><br />
interpretação no contexto do lugar on<strong>de</strong> são apresentadas.<br />
16 Julho a 26 <strong>de</strong> Setembro<br />
Comissariado: Marta Almeida e João Fernan<strong>de</strong>s<br />
Produção: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
Local: Casa <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
GRAZIA TODERI<br />
Grazia To<strong>de</strong>ri tem vindo a oferecer-nos um imaginário particular on<strong>de</strong> a cida<strong>de</strong> e o teatro surgem frequentes<br />
vezes como interrogação do nosso entendimento da realida<strong>de</strong> e da sua representação. Nas cida<strong>de</strong>s e nos<br />
teatros <strong>de</strong> To<strong>de</strong>ri, a imagem transforma-se em alegoria <strong>de</strong> uma percepção particular do tempo. Esse tempo<br />
<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser o tempo das nossas referências, se bem que encontremos múltiplos referentes nessas imagens<br />
que nos <strong>de</strong>safiam para um jogo do reconhecimento e da surpresa, do encantamento e da <strong>de</strong>scoberta. O<br />
trabalho da artista convidou-nos para um território on<strong>de</strong> a estranheza transgri<strong>de</strong> a condição da<br />
representação. É a partir <strong>de</strong>ssa transgressão da representação que o reconhecimento se <strong>de</strong>scobre como uma<br />
outra forma <strong>de</strong> revisitar realida<strong>de</strong>s que pensávamos conhecer, mas que nos surgem transfiguradas por uma<br />
espécie <strong>de</strong> princípio do espelho <strong>de</strong> Alice: vemos o que i<strong>de</strong>ntificamos, mas não o vemos da mesma maneira que<br />
esperaríamos ver. A imagem que vemos correspon<strong>de</strong> sempre a algo i<strong>de</strong>ntificável, mas será nessa sua<br />
i<strong>de</strong>ntificabilida<strong>de</strong> que resi<strong>de</strong> um princípio <strong>de</strong> metamorfose dos nossos pressupostos <strong>de</strong> reconhecimento do<br />
mundo. Das cida<strong>de</strong>s como teatro do mundo ao teatro como configuração <strong>de</strong> uma cosmogonia, a obra <strong>de</strong><br />
Grazia To<strong>de</strong>ri prossegue o seu jogo <strong>de</strong> espelhos <strong>de</strong> uma alterida<strong>de</strong> que surge como uma condição necessária<br />
<strong>de</strong> interrogação da realida<strong>de</strong>. Um imaginário po<strong>de</strong> ser um conjunto <strong>de</strong> imagens mas também um conjunto <strong>de</strong><br />
ficções que constroem uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>. Construindo <strong>de</strong>ntro da imagem a ficção, Grazia To<strong>de</strong>ri confronta o<br />
espectador com um imaginário que lhe <strong>de</strong>volve a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse outro lado do espelho on<strong>de</strong> imagens e<br />
40
arquétipos inesperados se associam em situações on<strong>de</strong> converge uma memória da cultura como parábola da<br />
resistência à consi<strong>de</strong>ração acrítica <strong>de</strong> que “uma imagem é uma imagem é uma imagem”...<br />
24 Julho a 31 Outubro<br />
Comissário: João Fernan<strong>de</strong>s<br />
Produção: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
Local: Museu<br />
CINEMA: ALGUNS FILMES DA COLECÇÃO DE SERRALVES<br />
Esta exposição po<strong>de</strong> sintetizar a actual relação entre o cinema e os museus e galerias <strong>de</strong>dicados à arte<br />
contemporânea. O interesse dos artistas visuais pelo cinema, pelas particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste regime visual<br />
traduziu-se, principalmente a partir da década <strong>de</strong> 1990, na apropriação, por parte <strong>de</strong> artistas como Douglas<br />
Gordon, <strong>de</strong> excertos <strong>de</strong> filmes icónicos da história do cinema. Por outro lado, os museus têm garantido a<br />
diversos cineastas – Pedro Costa e Manoel <strong>de</strong> Oliveira são dois exemplos paradigmáticos – condições <strong>de</strong><br />
apresentação e <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> novas obras. No caso <strong>de</strong> Pedro Costa, regularmente convidado a apresentar<br />
instalações ví<strong>de</strong>o no contexto das artes visuais, nomeadamente no Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> (em <strong>20</strong>05) e em<br />
Bienais <strong>de</strong> Arte (como é o caso da última Bienal <strong>de</strong> São Paulo), as instalações que apresenta relacionam-se<br />
directamente com os seus filmes apresentados em salas <strong>de</strong> cinema. Manoel <strong>de</strong> Oliveira, por outro lado,<br />
aceitou o convite <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> para apresentar nas galerias do Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> um filme por nós<br />
produzido, sem prejuízo da sua normal circulação em festivais e salas <strong>de</strong> cinema.<br />
22 Outubro <strong>20</strong><strong>10</strong> a 09 Janeiro <strong>20</strong>11<br />
Filmes <strong>de</strong>: Pedro Costa, Douglas Gordon, Manoel <strong>de</strong> Oliveira<br />
Comissariado: João Fernan<strong>de</strong>s<br />
Produção: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
Local: Museu<br />
ÀS ARTES, CIDADÃOS!<br />
“Às Artes, Cidadãos!” incidiu sobre algumas das intersecções que a arte e a política manifestam na<br />
actualida<strong>de</strong>, abordando questões tais como a <strong>de</strong>mocracia, o activismo, a cidadania, a memória, a imigração,<br />
as i<strong>de</strong>ologias, a revolução, a utopia, a iconoclastia, a crise, a sexualida<strong>de</strong>, o ambiente ou a globalização, entre<br />
outras.<br />
A exposição apresentou obras produzidas por artistas nascidos a partir <strong>de</strong> 1961, ano da construção do Muro<br />
<strong>de</strong> Berlim, símbolo da divisão i<strong>de</strong>ológica que marca a segunda meta<strong>de</strong> do século XX, cuja sombra continua<br />
presente no pensamento político e cultural em inícios do século XXI.<br />
Simultaneamente, apresentou-se também a exposição “Nas Margens da Arte”, na qual se reúnem obras <strong>de</strong><br />
arte constituídas por revistas, livros, obras gráficas e outros materiais publicados que tornaram visível a<br />
utopia e a intervenção sobre a realida<strong>de</strong> através da referência a contextos e a temas políticos, da autoria <strong>de</strong><br />
numerosos artistas.<br />
A exposição “Às Artes, Cidadãos!” integrou a celebração do centenário da República Portuguesa, fundada na<br />
sequência da revolução <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 19<strong>10</strong> e teve o apoio da Comissão Nacional para a Celebração do<br />
Centenário da República – CNCCR.<br />
21 Novembro <strong>20</strong><strong>10</strong> a 13 Março <strong>20</strong>11<br />
Comissariado da exposição “Às Artes, Cidadãos!”: Óscar Faria e João Fernan<strong>de</strong>s<br />
Comissariado da exposição “Nas Margens da Arte”: Guy Schraenen<br />
Produção: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
Local: Museu<br />
41
BES REVELAÇÃO <strong>20</strong>09<br />
A 5ª edição da exposição BES Revelação <strong>20</strong>09 apresentou os projectos vencedores e inéditos <strong>de</strong> Ana Braga,<br />
Inês Moura e Susana Pedrosa.<br />
Susana Pedrosa (Coimbra, 1983) apresentou um projecto que comunica com as experiências linguísticas e<br />
conceptuais das décadas <strong>de</strong> 1960-70. Recorrendo a agendas e calendários emprega a fotografia, mais<br />
especificamente a projecção <strong>de</strong> diapositivos, para <strong>de</strong>screver a passagem do tempo.<br />
Ana Braga (Porto, 1986), recorrendo à ampliação <strong>de</strong> imagens <strong>de</strong> arquivo, nomeadamente <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong><br />
vegetação, subverte as capacida<strong>de</strong>s narrativas da projecção <strong>de</strong> diapositivos, confrontando-nos com pequenas<br />
diferenças na repetição.<br />
Inês Moura (Coimbra, 1984), <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma rica experiência enquanto estudante <strong>de</strong> arte em São Paulo,<br />
propõe-se traduzir para os seus projectos – em fotografia, mas também em <strong>de</strong>senho – o carácter poroso, não<br />
<strong>de</strong>finitivo, constantemente alterável daquela metrópole.<br />
O Júri do concurso foi constituído por Mélanie Bouteloup (curadora, co-fundadora e directora do Centro <strong>de</strong><br />
Arte Bétonsalon, em Paris), Aida Castro (artista e curadora, membro fundador do colectivo artístico<br />
Embankment), Ricardo Nicolau (curador, adjunto do director do Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>) e François Piron (crítico<br />
<strong>de</strong> arte e curador, membro fundador da Galeria Castillo/Corrales, em Paris).<br />
14 Novembro <strong>20</strong>09 a 07 Março <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Comissariado: Aida Castro<br />
Produção: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
Local: Museu<br />
BES REVELAÇÃO <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
A sexta edição do BES Revelação, prémio que apoia a jovem produção artística nacional numa parceria entre<br />
o Banco Espírito Santo e a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, distinguiu quatro jovens artistas que operam no campo<br />
amplo da fotografia, através da atribuição <strong>de</strong> bolsas <strong>de</strong> produção e da realização <strong>de</strong> uma exposição colectiva<br />
no Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
Seleccionados por um júri internacional constituído por Margarida Men<strong>de</strong>s (curadora e programadora do<br />
espaço The Barber Shop, em Lisboa), Simon Rees (curador-chefe do Centro <strong>de</strong> Arte Contemporânea <strong>de</strong><br />
Vilnius), Simone Menegoi (curador e crítico <strong>de</strong> arte italiano, colaborador da revista Kaleidoskope) e Pierre<br />
Leguillon (curador e artista, Paris), os projectos vencedores do BES Revelação <strong>20</strong><strong>10</strong> são da autoria <strong>de</strong> Mónica<br />
Baptista, Miguel Ferrão, Eduardo Guerra e Carlos Azeredo Mesquita.<br />
Apresentou-se nesta edição propostas que, convergindo embora no questionamento da disciplina da<br />
fotografia, se revelaram bastante distintas, tanto pela exploração dos meios utilizados – o ví<strong>de</strong>o, o texto<br />
projectado ou lido, a fotografia, a escultura ou o filme <strong>de</strong> 35 mm – como pelos respectivos métodos <strong>de</strong><br />
pesquisa. Os temas subjacentes aos trabalhos apresentados apontam para campos tão vastos como a origem<br />
da experiência como motor da percepção fenomenológica, a apropriação serialista enquanto método, a<br />
narrativa autobiográfica num sentido amplo e abstracto, bem como a potencialida<strong>de</strong> do relato ou os limites<br />
da representação.<br />
27 Novembro <strong>20</strong><strong>10</strong> a 16 Janeiro <strong>20</strong>11<br />
Comissariado: Margarida Men<strong>de</strong>s<br />
Produção: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
Local: Museu<br />
“É um espaço excelente povoado<br />
por excelentes exposições.”<br />
Nuno, 23 anos, Portugal<br />
42
9.1.2. ITINERÂNCIAS E CO-PRODUÇÕES INTERNAC<strong>IO</strong>NAIS<br />
O objectivo do Museu <strong>de</strong> Arte Contemporânea <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> não é apenas o <strong>de</strong> se afirmar como um<br />
importante ponto <strong>de</strong> referência da arte contemporânea em Portugal, mas também o <strong>de</strong> se constituir como um<br />
elemento activo da comunida<strong>de</strong> artística internacional, seja através <strong>de</strong> itinerâncias, seja através <strong>de</strong> coproduções<br />
internacionais, participando assim activamente em re<strong>de</strong>s internacionais <strong>de</strong> museus apostadas em<br />
promover a cultura e o seu <strong>de</strong>senvolvimento em todo mundo.<br />
Na concretização <strong>de</strong>ste objectivo, foram realizadas em <strong>20</strong><strong>10</strong>, 12 iniciativas em parceria com importantes<br />
instituições culturais internacionais.<br />
DAVID GOLDBLATT | INTERSECÇÕES INTERSEC<strong>TA</strong>DAS<br />
14 Fevereiro <strong>20</strong>09 a 1 Maio <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
MALMÖ KONSTHALL, MALMÖ, 14 Fevereiro a <strong>10</strong> Maio <strong>de</strong> <strong>20</strong>09<br />
NEW MUSEUM NOVA <strong>IO</strong>RQUE, 1 Julho a 27 Setembro <strong>20</strong>09<br />
FINE ARTS CENTER UNIVERSITY OF MASSACHUSETTS, AMHERST, 2 Fevereiro a 1 Maio <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Comissariado: Ulrich Loock<br />
Produção: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
IBERIA, INS<strong>TA</strong>LACIÓN AUD<strong>IO</strong>VISUAL DE AUGUSTO ALVES DA SILVA<br />
30 Janeiro a 28 Março<br />
MUSAC – MUSEU DE ARTE CONTEMPORÁNEO DE CASTILLA Y LEÓN<br />
Comissariado: João Fernan<strong>de</strong>s<br />
Produção: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
COLECÇÃO | PORTO: MUSEU SERRALVES<br />
14 Março a 13 Junho<br />
CENTRO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DOMAINE DE KERGUÉHENNEC, FRANÇA<br />
Comissariado: Frédéric Paul<br />
Produção: Domaine <strong>de</strong> Kerguéhennec - Centre d’art Contemporain<br />
DARA BIRNBAUM | A MATÉRIA NEGRA DA LUZ DOS MEDIA<br />
4 Abril <strong>de</strong> <strong>20</strong>08 a 4 Julho <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
SMAK, GHENT, BÉLGICA, 4 Abril a 2 Agosto <strong>20</strong>08<br />
43
MUSEU DE SERRALVES, PORTO, 27 Março a 4 Julho <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Comissariado: Philippe Van Cauteren e João Fernan<strong>de</strong>s<br />
Produção: SMAK, Gent e Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
GIL J WOLMAN | SOU IMOR<strong>TA</strong>L E ESTOU VIVO<br />
4 Junho <strong>20</strong><strong>10</strong> a 9 Janeiro <strong>20</strong>11<br />
MACBA, BARCELONA<br />
Comissariado: Bartomeu Marí and Frédéric Acquaviva<br />
Produção: MACBA e Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
IMPRESSÕES E COMENTÁR<strong>IO</strong>S: ARTIS<strong>TA</strong>S E FOTÓGRAFOS NO PORTUGAL<br />
CONTEMPORÂNEO | COLECÇÃO FUNDAÇÃO DE SERRALVES/BES<br />
08 Junho <strong>20</strong><strong>10</strong> a 09 Janeiro <strong>de</strong> <strong>20</strong>11<br />
FUNDACIÓ FOTO COLEC<strong>TA</strong>NIA, BARCELONA, 08 Junho a 18 Setembro <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
SALA PARPALLÓ, VALÊNCIA, 28 Outubro a 09 Janeiro <strong>20</strong>11<br />
Comissariado: João Fernan<strong>de</strong>s<br />
Produção: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
MUGATXOAN <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
14 Junho a 3 <strong>de</strong> Outubro<br />
ARTELEKU, DIPU<strong>TA</strong>CIÓN FORAL DE GIPUZKOA/SAN SEBASTIAN- 14 Junho a 4 Julho<br />
TEATRO DE LA LABORAL, GIJÓN, 5 a 18 <strong>de</strong> Julho<br />
FUNDAÇÂO DE SERRALVES, PORTO, <strong>20</strong> Setembro a 3 Outubro<br />
ARTELEKU, DIPU<strong>TA</strong>CIÓN FORAL DE GIPUZKOA/SAN SEBASTIAN-ESPANHA<br />
PARCERIA ARTÍSTICA: Arteleku, Diputación Foral <strong>de</strong> Gipuzkoa/San Sebastian-Espanha<br />
Teatro La Laboral Escena/Gijón-Espanha, Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, Serviço <strong>de</strong> Artes Performativas<br />
Direcção artística: Blanca Calvo e Ion Munduate (Associação Entrecuerpos)<br />
PAINÉIS DE SÃO VICENTE DE FORA, VISÃO POÉTICA | MANOEL DE OLIVEIRA<br />
1 a 11 <strong>de</strong> Setembro<br />
67ª MOSTRA INTERNAC<strong>IO</strong>NAL DE CINEMA DE VENEZA |<br />
MOSTRA INTERNAZ<strong>IO</strong>NALE D'ARTE CINEMATOGRAFICA, LA BIENNALE DI VENEZIA<br />
Autor: Manoel <strong>de</strong> Oliveira<br />
Produção e Financiamento: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
Apoio: RTP e PIT<br />
CILDO MEIRELES |ABAJOUR<br />
25 Setembro a 12 Dezembro<br />
BIENAL DE SÃO PAULO <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Comissariado: Aginaldo Farias e Moacir dos Anjos<br />
Produção: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e Fundação Bienal <strong>de</strong> São Paulo<br />
PEDRO COS<strong>TA</strong><br />
25 Setembro a 12 Dezembro<br />
BIENAL DE SÃO PAULO <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Comissariado: Aginaldo Farias e Moacir dos Anjos<br />
Produção: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e Fundação Bienal <strong>de</strong> São Paulo<br />
44
9.1.3. PROJECTOS DESENVOLVIDOS COM AS AU<strong>TA</strong>RQUIAS<br />
FUNDADORAS<br />
O PLANO ATRAVESSADO, OBRAS COLECÇÃO FUNDAÇÃO DE SERRALVES<br />
Período <strong>de</strong> forte agitação política e cultural, os anos 60 colocaram em questão os valores tradicionais da arte.<br />
Associados a uma incerteza epistemológica e estética consagraram a experimentação como regra do “fazer o<br />
que não tinha sido feito”. Neste período, a pintura portuguesa ficou marcada pelo trabalho <strong>de</strong> uma geração <strong>de</strong><br />
jovens artistas que então emergia. Atentos a uma necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ruptura com o conhecido, procurando<br />
alternativas, ultrapassando as regras instituídas, estabeleceram caminhos para o novo, re<strong>de</strong>finindo a pintura<br />
então produzida. Na exposição intitulada “O Plano Atravessado”, constituída por obras <strong>de</strong> artistas<br />
portugueses <strong>de</strong>sta geração provenientes da colecção da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e <strong>de</strong> outras colecções,<br />
<strong>de</strong>lineamos um percurso, artista a artista, no qual o espectador foi convidado a <strong>de</strong>scobrir as novas soluções<br />
apontadas e percursos traçados.<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> Ovar: Centro <strong>de</strong> Arte <strong>de</strong> Ovar<br />
27 Novembro <strong>20</strong>09 a 27 Fevereiro <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> São João da Ma<strong>de</strong>ira: Paços da Cultura <strong>de</strong> S. João da Ma<strong>de</strong>ira<br />
01 Julho a <strong>10</strong> Setembro<br />
Comissariado: João Fernan<strong>de</strong>s<br />
MANOEL DE OLIVEIRA / JOSÉ RÉG<strong>IO</strong><br />
RELEITURAS E FAN<strong>TA</strong>SMAS<br />
O encontro <strong>de</strong> Manoel <strong>de</strong> Oliveira e <strong>de</strong> José Régio constitui, em toda a reciprocida<strong>de</strong>, um dos acontecimentos<br />
mais profícuos e <strong>de</strong>terminantes do percurso dos dois autores. O que se propôs na exposição foi um percurso<br />
que afluiu no confronto entre Manoel <strong>de</strong> Oliveira e José Régio, entendido como releitura, convergência <strong>de</strong><br />
questões e, sobretudo, diálogo criativo que não po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sligado <strong>de</strong> outros referentes como Camilo Castelo<br />
Branco e Agustina Bessa-Luís. O primeiro, porque, introduzindo o pensamento sobre a portugalida<strong>de</strong> e uma<br />
crítica das instâncias reguladoras da moral, aliando o vírus do Romantismo a uma vocação realista, é o pano<br />
<strong>de</strong> fundo que por todo o lado transparece. A segunda, porque, além <strong>de</strong> fornecer o antídoto para todos os<br />
romantismos, se empenhou em espelhar e <strong>de</strong>sconstruir esse quadrado criativo em que participa.<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> Vila do Con<strong>de</strong>: Centro <strong>de</strong> Memória <strong>de</strong> Vila do Con<strong>de</strong><br />
12 Dezembro <strong>20</strong>09 a 13 Março <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Comissariado: António Preto<br />
A RAZÃO DAS COISAS, DE JÚL<strong>IO</strong> POMAR, GÉRARD CATELLO-LOPES E JOSÉ MANUEL RODRIGUES<br />
A exposição reuniu um conjunto <strong>de</strong> fotografias <strong>de</strong> Gérard Castello-Lopes e José M. Rodrigues a partir <strong>de</strong><br />
esculturas e “assemblages” <strong>de</strong> Júlio Pomar.<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> Viana do Castelo: Museu <strong>de</strong> Arte e Arqueologia <strong>de</strong> Viana do Castelo<br />
15 Maio a 05 Setembro<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> Vila do Con<strong>de</strong>: Centro <strong>de</strong> Memória <strong>de</strong> Vila do Con<strong>de</strong><br />
01 Outubro <strong>20</strong><strong>10</strong> a 09 Janeiro <strong>20</strong>11<br />
Comissariado: Luísa Costa Dias<br />
DE QUE FALAMOS QUANDO FALAMOS DE ARTE CONTEMPORÂNEA<br />
Esta exposição itinerante, especificamente concebida para ocupar diversos espaços públicos, propõe uma<br />
aproximação à arte contemporânea a partir <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> imagens e textos <strong>de</strong> carácter pedagógico, que<br />
apontam para possíveis respostas às perguntas formuladas frequentemente por quem contacta com a arte do<br />
“Inspirational exhibits.<br />
Great Service”<br />
Nirmalan, 29 anos, Reino Unido<br />
45
presente. Entre os assuntos a explorar, contam-se o afastamento da arte em relação às i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> imitação da<br />
realida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> originalida<strong>de</strong>, expressão pessoal ou habilida<strong>de</strong> técnica, traçando-se uma perspectiva sobre os<br />
<strong>de</strong>senvolvimentos que, nas últimas décadas, problematizaram a percepção do objecto artístico.<br />
A estrutura expositiva é da autoria <strong>de</strong> Francisco M. Providência <strong>de</strong>signer, Lda, com produção a cargo <strong>de</strong><br />
Cariáti<strong>de</strong>s Produção <strong>de</strong> Projectos e Eventos Culturais, Lda. Os conteúdos foram concebidos e <strong>de</strong>senvolvidos<br />
pela Direcção Artística e pelo Serviço Educativo do Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> Viana do Castelo: Biblioteca Municipal <strong>de</strong> Viana do Castelo<br />
14 Maio a <strong>20</strong> Junho<br />
Comissariado: Direcção Artística e Serviço Educativo do Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
175X1<strong>20</strong>: CAR<strong>TA</strong>ZES DE RUA<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> Viana do Castelo: Galeria Cultural, Estação Viana Shopping - Viana do Castelo<br />
17 Outubro a 30 Novembro<br />
Comissariado: Andrew Howard<br />
ÂNGELO DE SOUSA - DESENHO, PINTURA, ESCULTURA<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> Santo Tirso: Átrio da Câmara Municipal <strong>de</strong> Santo Tirso | Museu Municipal Aba<strong>de</strong><br />
Pedrosa, Santo Tirso<br />
29 Maio a 04 Julho<br />
Comissariado: João Fernan<strong>de</strong>s<br />
DA ESCRI<strong>TA</strong> À FIGURA, DESENHOS NA COLECÇÃO DA FUNDAÇÃO DE SERRALVES<br />
Os trabalhos reunidos nesta exposição exemplificam diversas atitu<strong>de</strong>s singulares em relação ao <strong>de</strong>senho por<br />
parte <strong>de</strong> artistas que o utilizam, seja como um suporte <strong>de</strong> provocação <strong>de</strong> códigos <strong>de</strong> comunicação visual como<br />
a escrita ou a representação matemática, seja num exercício diarístico e intimista <strong>de</strong> problematização do<br />
retrato e da representação da figura. Artistas <strong>de</strong> diferentes tradições, contextos e linguagens confrontam-se<br />
ao longo da exposição suscitando curiosas coincidências ou oposições na sucessão das suas obras.<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> Ovar: Centro <strong>de</strong> Arte <strong>de</strong> Ovar<br />
13 Novembro <strong>20</strong><strong>10</strong> a 29 Janeiro <strong>20</strong>11<br />
Comissariado: João Fernan<strong>de</strong>s<br />
BRAVO, LAPA E PALOLO, NA COLECÇÃO DA FUNDAÇÃO DE SERRALVES<br />
Joaquim Bravo (1935-1990), Álvaro Lapa (1939-<strong>20</strong>06) e António Palolo (1946-<strong>20</strong>00) são três pintores<br />
portugueses nascidos em Évora que, coincidindo na amiza<strong>de</strong> e na cumplicida<strong>de</strong> dos tempos e lugares que<br />
partilharam, jamais abdicaram da liberda<strong>de</strong> irredutível que se manifesta na individualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada uma das<br />
suas obras, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente dos compromissos, solidarieda<strong>de</strong>s ou estratégias <strong>de</strong> grupo a que os três<br />
sempre souberam resistir no contexto <strong>de</strong> arte praticada em Portugal.<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> Santa Maria da Feira: Biblioteca Municipal <strong>de</strong> Santa Maria da Feira<br />
11 Dezembro <strong>20</strong><strong>10</strong> a 13 Fevereiro <strong>20</strong>11<br />
Comissariado: João Fernan<strong>de</strong>s<br />
NÃO FUNDADORAS<br />
ANTENA 4 – EMBANKMENT #7<br />
Galeria Municipal Paços do Concelho / Dois Paços Galeria Municipal, Torres Vedras<br />
24 Abril a 27 Junho<br />
Comissariado: Colectivo Embankment (Aida Castro, Jonathan Saldanha e Maria Mire)<br />
46
ESCULTURA ABSTRAC<strong>TA</strong> NAS DÉCADAS DE 1960-1970 NA COLECÇÃO DA FUNDAÇÃO DE<br />
SERRALVES<br />
Espaço Multiusos <strong>de</strong> Albufeira, Município <strong>de</strong> Albufeira<br />
<strong>10</strong>Julho a 05 Setembro<br />
Comissariado: João Fernan<strong>de</strong>s<br />
PROJECTOS COM OUTRAS INSTITUIÇÕES PARCEIRAS<br />
BES REVELAÇÃO <strong>20</strong>09<br />
BES ARTE E FINANÇA, Lisboa<br />
15 Abril a 18 Junho <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Comissariado: Aida Castro<br />
9.1.4. COLECÇÃO<br />
No âmbito dos protocolos celebrados com o Ministério da Cultura e com a Câmara Municipal do Porto,<br />
prosseguiu-se o enriquecimento da Colecção. No entanto, e apesar da Fundação ter reforçado o seu<br />
contributo no Fundo <strong>de</strong> Compras, como o Ministério da Cultura não pô<strong>de</strong> cumprir a sua comparticipação no<br />
referido Fundo e as Autarquias também ficaram áquem, o número <strong>de</strong> obras adquiridas diminuiu, o que<br />
prejudica o objectivo <strong>de</strong> colmatar as lacunas ainda existentes na Colecção, em favor da compra preferencial<br />
dos artistas expostos nas galerias do Museu.<br />
António Areal<br />
Pedro Barateiro<br />
António Barros<br />
Dara Birnbaum<br />
Fernando Calhau<br />
Carlos Calvet<br />
Pedro Casqueiro<br />
Gil Heitor Cortesão<br />
José Pedro Croft<br />
Tatiana Doll<br />
Victor Fortes<br />
David Goldblatt<br />
Fernanda Gomes<br />
Sanja Iveković<br />
Raoul De Keyser<br />
Ana Léon<br />
Jorge Mol<strong>de</strong>r<br />
Geneviève Morgan<br />
João Queiroz<br />
José Rodrigues<br />
Gregor Schnei<strong>de</strong>r<br />
António Sena<br />
Veit Stratmann<br />
Guy Tillim<br />
Luc Tuymans<br />
A Fundação continuou a receber obras <strong>de</strong> arte <strong>de</strong> artistas e instituições para a sua Colecção, em regime <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>pósito, ascen<strong>de</strong>ndo a 27 506 627 Euros o valor total <strong>de</strong>ssas obras.<br />
9.1.5. CEDÊNCIAS DE OBRAS PARA OUTRAS EXPOSIÇÕES<br />
Durante o ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, foram cedidas, ou mantiveram a sua cedência, obras pertencentes à Colecção da<br />
Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, ou nesta <strong>de</strong>positadas por artistas ou coleccionadores.<br />
Damián Ortega<br />
Unión Separación, <strong>20</strong>00<br />
Obstacles (from "Construction" series), 1997<br />
Exposição: Damián Ortega: Do It Yourself, <strong>20</strong>09/<strong>20</strong><strong>10</strong><br />
The Institute of Contemporary Art, Boston<br />
Salete Tavares<br />
Parlapatisse, 1965<br />
Alquerubim, 1979<br />
Exposição: Dia Mundial da Poesia <strong>20</strong><strong>10</strong>, <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Centro Cultural <strong>de</strong> Belém, Lisboa<br />
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Ana Hatherly<br />
Poeta chama poeta I, 1989<br />
Poeta chama poeta II, 1989<br />
Silvia Bächli<br />
Linien 37, <strong>20</strong>06<br />
Exposição Colectiva Desenho Roven, <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Centro <strong>de</strong> Arte <strong>de</strong> Gennevilliers, Paris<br />
Fernando Brito<br />
Sem título, <strong>20</strong>06, Sem título, 1989<br />
Sem título, 1991<br />
Exposição: Der Geist Unserer Zeit, <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Centro Cultural Vila Flor, Guimarães<br />
João Louro<br />
Inferno, <strong>20</strong>01<br />
Exposição: The Great Houdini, <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Centro <strong>de</strong> Arte Contemporânea Graça Morais, Bragança<br />
Barry le Va<br />
Sem título, <strong>20</strong>06<br />
Exposição: Objetos para un rato <strong>de</strong> inércia, <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Galería Elba Benítez, Madrid<br />
Pedro Cabrita Reis<br />
Dans les villes # 2, 1998<br />
Título: Echo <strong>de</strong>r Welt I, 1993<br />
Cabinet d'Amateur, 1999<br />
Um quarto <strong>de</strong>ntro da pare<strong>de</strong>, 1989<br />
Exposição: “Pedro Cabrita Reis”, <strong>20</strong>09/<strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Hamburger Kunsthalle, Alemanha<br />
Paulo Men<strong>de</strong>s<br />
Sem título (A Ninhada), 1993<br />
Eduardo Nery<br />
Eu te fado telespectadora, n. dat.<br />
Exposição: Povo, <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Museu da Electricida<strong>de</strong> - Fundação EDP, Lisboa<br />
Antoni Muntadas<br />
Confrontations T.V., 1973 – 1974<br />
Exposição: Television Delivers People. Television and the<br />
Arts, <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Arts Santa Mónica, Barcelona<br />
Thomas Schütte<br />
Is There Life Before Death, 1998<br />
Auf Wie<strong>de</strong>rsehen, 1981<br />
Exposição: Thomas Schütte, <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Museo Nacional Centro <strong>de</strong> Arte Reina Sofía<br />
9.1.6. EDIÇÕES<br />
Durante o ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> a Fundação prosseguiu a sua já longa activida<strong>de</strong> editorial. Por ocasião das exposições<br />
realizadas no Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> ou organizadas no exterior foram editados catálogos bilingues (em regra<br />
português/inglês) ou adquiridas publicações <strong>de</strong> produção estrangeira, <strong>de</strong> forma a possibilitar, por um lado, a<br />
divulgação da obra dos artistas portugueses no estrangeiro e, por outro, o acesso <strong>de</strong> catálogos estrangeiros<br />
ao público nacional.<br />
De registar, pelo forte impacto na projecção <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> no estrangeiro, a co-edição com o S.M.A.K. ―<br />
Ste<strong>de</strong>lijk Museum voor Actuelle Kunst (Gent, Bélgica) do catálogo Dara Birnbaum: The Dark Matter of Media<br />
Light, a mais completa até hoje sobre a obra seminal <strong>de</strong>sta artista norte-americana e que, por iniciativa da<br />
Electronic Arts Intermix (EAI) e da Marian Goodman Gallery, foi lançado em Nova Iorque.<br />
Foram assim produzidas e editadas as seguintes publicações:<br />
CATÁLOGOS DE EXPOSIÇÕES<br />
LOURDES CASTRO E MANUEL ZIMBRO: À LUZ DA SOMBRA<br />
Concepção: Lour<strong>de</strong>s Castro, João Fernan<strong>de</strong>s, Manuel Rosa<br />
Concepção gráfica: Manuel Rosa<br />
Ensaios e outros textos: Guy Brett, Lour<strong>de</strong>s Castro, João Fernan<strong>de</strong>s, Manuel Zimbro<br />
Idiomas: português, inglês<br />
Número <strong>de</strong> páginas: 168 | Formato: 17 x 24 cm; capa mole<br />
Co-edição: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e Assírio & Alvim<br />
Distribuição: Assírio & Alvim, I<strong>de</strong>a Books<br />
48
MARLENE DUMAS: CONTRA O MURO<br />
Concepção: Ulrich Loock<br />
Concepção gráfica: R2 Design<br />
Ensaios e outros textos: Marlene Dumas, João Fernan<strong>de</strong>s, Ulrich Loock<br />
Idiomas: português, inglês<br />
Número <strong>de</strong> páginas: <strong>10</strong>0 | Formato: 230 x 290 mm; capa mole<br />
Distribuição: Civilização e I<strong>de</strong>a Books<br />
GRAZIA TODERI<br />
Concepção: João Fernan<strong>de</strong>s, Grazia To<strong>de</strong>ri<br />
Concepção gráfica: Pedro Nora<br />
Ensaios e outros textos: Germano Celant, Ester Coen, João Fernan<strong>de</strong>s, Patrizia Magli<br />
Idiomas: português, inglês<br />
Número <strong>de</strong> páginas: 232 | Formato: 22,5 x 16 cm; capa dura, em caixa<br />
Distribuição: Civilização e I<strong>de</strong>a Books<br />
ÀS ARTES, CIDADÃOS!, VOL 1<br />
Concepção: Óscar Faria, João Fernan<strong>de</strong>s<br />
Concepção gráfica: Nuno Bastos<br />
Ensaios e outros textos: Peio Aguirre, João Fernan<strong>de</strong>s, Óscar Faria, Brian Holmes, Fre<strong>de</strong>rico Ferrari, Sven Lütticken,<br />
Roberto Merrill, Guy Schraenen, Hito Steyerl<br />
Idiomas: português, inglês<br />
Número <strong>de</strong> páginas: 232 | Formato: 13,5 x 19,5 cm; capa mole<br />
Distribuição: Civilização e I<strong>de</strong>a Books<br />
ÀS ARTES, CIDADÃOS!, VOL 2<br />
Concepção: Óscar Faria, João Fernan<strong>de</strong>s<br />
Concepção gráfica: Nuno Bastos<br />
Ensaios e outros textos: Fulvia Carnevale, Óscar Faria, João Fernan<strong>de</strong>s, Artiom Magun, Boyan Manchev, Susan Buck-<br />
Moors<br />
Idiomas: português, inglês<br />
Número <strong>de</strong> páginas: c. 300 | Formato: 13,5 x 19,5 cm; capa mole<br />
Distribuição: Civilização e I<strong>de</strong>a Books<br />
DARA BIRNBAUM: THE DARK MATTER OF MEDIA LIGHT<br />
Editores: Karen Kelly, Barbara Schroe<strong>de</strong>r, Giel Van<strong>de</strong>caveye<br />
Concepção gráfica: Koen Bruyñeel<br />
Ensaios e outros textos: Phillipe Van Cauteren, João Fernan<strong>de</strong>s, Karen Kelly, Barbara Schroe<strong>de</strong>r, Giel Van<strong>de</strong>caveye,<br />
Johanna Burton, Michael Newman, Marianne Brouwer, Sigrid Adorf, Diedrich Die<strong>de</strong>richen, Steven Jacobs, Marina Grzinic,<br />
Rebecca Cleman and Lori Zippay e entrevista à artista conduzida por Hans Ulrich Obrist<br />
Idioma: inglês<br />
Número <strong>de</strong> páginas: 368 | Formato: 21,5 x 28 cm; capa dura<br />
Co-edição: S.M.A.K – Ste<strong>de</strong>lijk Museum voor Actuele Kunst (Gent) e Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> em parceria com<br />
Prestel/Delmonico Books<br />
Distribuição: Civilização e Prestel/Delmonico Books<br />
BES REVELAÇÃO <strong>20</strong><strong>10</strong>: MÓNICA BAPTIS<strong>TA</strong>, MIGUEL FERRÃO, EDUARDO GUERRA, CARLOS<br />
AZEREDO MESQUI<strong>TA</strong><br />
Concepção: Margarida Men<strong>de</strong>s<br />
Concepção gráfica: Bolos Quentes<br />
Ensaios e outros textos: Paulo Queiroz, Maria Filomena Mol<strong>de</strong>r, António Preto, Levente Polyak, entrevistas aos artistas<br />
49
Idioma: português, inglês<br />
Número <strong>de</strong> páginas: 124 | Formato: 19,4 x 28,5 cm; capa mole<br />
Distribuição: Civilização e I<strong>de</strong>a Books<br />
ÂNGELO DE SOUSA, DESENHO, PINTURA, ESCULTURA<br />
Coor<strong>de</strong>nação: Álvaro Moreira, Filipa Loureiro<br />
Textos: Ângelo <strong>de</strong> Sousa, António Alberto <strong>de</strong> Castro Fernan<strong>de</strong>s,<br />
João Fernan<strong>de</strong>s<br />
Concepção gráfica: Pedro Nora<br />
Idiomas: português, inglês<br />
Número <strong>de</strong> páginas: 58 | Formato: 28 x <strong>20</strong> cm; capa mole<br />
Co-edição: Câmara Municipal <strong>de</strong> Santo Tirso / Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
ANTENA 5<br />
Concepção: Ricardo Nicolau<br />
Coor<strong>de</strong>nação: Filipa Loureiro<br />
Textos: Carlos Soares Miguel, João Fernan<strong>de</strong>s, Colectivo Embankment, António Fernando Cascais, Godofredo Pereira e<br />
Susana Caló, Miguel Leal, Pedro Ban<strong>de</strong>ira<br />
Concepção gráfica: Pedro Nora<br />
Idiomas: português, inglês<br />
Número <strong>de</strong> páginas: 34 | Formato: 33,5 x 24cm; capa mole<br />
Edição: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
OUTRAS PUBLICAÇÕES<br />
TERRA DE LINCES<br />
Terra <strong>de</strong> Linces foi publicado pela EDIA e pelas Águas do Algarve, SA e reimpresso pela Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> por<br />
ocasião da exposição “Terra <strong>de</strong> Linces” no Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
Concepção gráfica: Naturlink<br />
Textos: Andoni Canela<br />
Idiomas: Português e Espanhol<br />
Número <strong>de</strong> páginas: 48 | Formato: <strong>20</strong> x <strong>20</strong> cm; capa mole<br />
Co-edição: EDIA e Águas do Algarve, SA<br />
50
9.2. BIBL<strong>IO</strong>TECA<br />
Em <strong>20</strong><strong>10</strong>, <strong>de</strong>ram entrada na Biblioteca <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> 1355 novos registos (entre livros, DVD’s, CD’S, etc)<br />
perfazendo um total <strong>de</strong> 30 477 publicações, disponíveis a um público cada vez mais vasto, quer através da<br />
consulta local, quer através da disponibilização on line, possível <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>20</strong>07.<br />
A Biblioteca da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> é um espaço especializado em arte contemporânea, arquitectura e<br />
paisagem. Nessa medida, garante a investigação necessária à programação <strong>de</strong>senvolvida pelas Direcções do<br />
Museu e do Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>. Os fundos bibliográficos coligidos – em que se <strong>de</strong>stacam as monografias <strong>de</strong><br />
artistas, livros <strong>de</strong>dicados a feiras e bienais <strong>de</strong> arte, publicações sobre teorias <strong>de</strong> arte, livros <strong>de</strong> artista e<br />
publicações periódicas –, encontram-se igualmente à disposição do público que visita a Fundação, sendo<br />
fundamentais para todos aqueles que estejam a especializar-se em temáticas relacionadas com arte<br />
contemporânea e Paisagem. De forma a garantir um acesso generalizado aos seus fundos, nomeadamente a<br />
acessibilida<strong>de</strong> da Colecção a cidadãos com necessida<strong>de</strong>s especiais, a Biblioteca disponibiliza computadores<br />
para invisuais e amblíopes. Outra das maiores apostas da Biblioteca, em termos <strong>de</strong> relação com os visitantes<br />
da Fundação, correspon<strong>de</strong> às exposições que são organizadas na sua mezzanine, sempre a partir do seu<br />
importante espólio <strong>de</strong> livros e publicações <strong>de</strong> artista – espólio reunido pelo consultor <strong>de</strong> livros e<br />
documentação <strong>de</strong> artistas <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, Guy Schraenen, que é simultaneamente o curador responsável pelas<br />
mostras anuais supracitadas e que se relacionam estreitamente com os artistas e as temáticas apresentadas<br />
nas galerias do Museu.<br />
Durante o ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, foram apresentadas na Biblioteca 5 exposições:<br />
SEIS ANOS E DEPOIS…<br />
12 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong>09 a Janeiro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
ULISES CARR<strong>IO</strong>N E A SUA LIVRARIA”<br />
27 Janeiro a 9 Maio <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
FOTOGRAFIA SEM FOTÓGRAFO<br />
22 Maio a 29 Agosto <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
1990-<strong>20</strong><strong>10</strong>: LIVROS ARTIS<strong>TA</strong><br />
11 Setembro a 14 Novembro <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
SOBRE ARTE, CULTURA E POLITICA: UM<br />
ARQUIVO<br />
27 Novembro a 13 Março <strong>20</strong>11<br />
51
9.3. ARTES PERFORMATIVAS E CINEMA<br />
A programação <strong>de</strong> Artes Performativas para <strong>20</strong><strong>10</strong> realizada pelo Serviço <strong>de</strong> Artes Performativas procurou dar<br />
seguimento aos seus objectivos programáticos essenciais através da apresentação <strong>de</strong> Ciclos temáticos<br />
<strong>de</strong>dicados à divulgação <strong>de</strong> práticas e experiências artísticas performativas contemporâneas.<br />
Foram realizados <strong>10</strong>3 espectáculos na área das Artes Performativas, concertos <strong>de</strong> música electrónica e<br />
outras expressões contemporâneas, incluindo o cinema, que constitui uma parte importante da nossa<br />
programação.<br />
Nº <strong>de</strong> Sessões<br />
90<br />
80<br />
70<br />
80<br />
60<br />
50<br />
40<br />
46<br />
30<br />
36<br />
<strong>20</strong><br />
21<br />
26<br />
22<br />
<strong>10</strong><br />
0<br />
11<br />
14 13<br />
5 0 3 3<br />
8<br />
6<br />
8<br />
3 7 2 3 3<br />
<strong>20</strong>08 <strong>20</strong>09 <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Ano<br />
SAP - Música (sessões) SAP - Dança (sessões) SAP - Encontros (sessões)<br />
SAP - JAZZ (sessões) SAP - Mugatxoan (sessões) SAP - TRAMA (sessões)<br />
SAP - Cinema (sessões)<br />
A programação continuou a repartir-se por gran<strong>de</strong>s áreas disciplinares da cultura contemporânea: as<br />
diferentes vertentes da nova música e da experimentação sonora, a dança contemporânea e a performance, o<br />
cinema e o ví<strong>de</strong>o, além da habitual edição do “Jazz no Parque".<br />
Das iniciativas programadas <strong>de</strong>stacam-se os ciclos paralelos às exposições “Lour<strong>de</strong>s Castro e Manuel<br />
Zimbro” e “Às Artes, Cidadãos!”, com a apresentação <strong>de</strong> autores fundamentais para a evolução da música<br />
experimental/electrónica, da dança contemporânea e performance que, pela abordagem conceptual e formal<br />
potenciam cruzamentos <strong>de</strong> experiências renovadas <strong>de</strong>stas exposições bem como novas pistas <strong>de</strong> reflexão<br />
sobre o trabalho do conjunto <strong>de</strong> artistas reunidos em cada ciclo.<br />
Outro momento importante foi o tributo realizado ao escritor e pensador inglês J. G. Ballard com a estreia<br />
em Portugal <strong>de</strong> projectos em torno do universo <strong>de</strong>ste autor, assim como apresentação <strong>de</strong> obras<br />
encomendadas neste contexto.<br />
Especial <strong>de</strong>staque merece também a realização da 5ª edição do TRAMA – Festival <strong>de</strong> Artes Performativas,<br />
uma iniciativa organizada pela Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e o Brrr_Live Art, em colaboração com vários parceiros<br />
da cida<strong>de</strong>, durante a qual foram apresentadas várias propostas em estreia nas áreas da música, teatro, dança,<br />
performance e ópera digital numa exploração das suas potencialida<strong>de</strong>s performativas e experimentais.<br />
A 3ª edição do Ciclo “Documente-se! Sentidos do Reconhecimento” retomou a colaboração com o<br />
Departamento <strong>de</strong> Sociologia, o Instituto <strong>de</strong> Sociologia da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras da Universida<strong>de</strong> do Porto e o<br />
Centro <strong>de</strong> Investigação e Estudos <strong>de</strong> Sociologia <strong>de</strong> Lisboa, num importante esforço <strong>de</strong> congregação e<br />
cruzamento da reflexão no âmbito das ciências sociais com a actual criação artística.<br />
52
O projecto Mugatxoan <strong>20</strong><strong>10</strong>, activo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998, realizado anualmente em parceria entre a Fundação <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong> e o Arteleku (sediado em San Sebastian, Espanha), combinou ao longo <strong>de</strong> nove semanas, um espaço<br />
<strong>de</strong> residência artística participado por 15 artistas <strong>de</strong> várias proveniências e um programa <strong>de</strong> iniciativas<br />
performativas e workshops que privilegiou uma diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discursos artísticos sobre o corpo.<br />
A 19ª edição <strong>de</strong> Jazz no Parque, novamente da responsabilida<strong>de</strong> do nosso consultor António Curvelo,<br />
apresentou três projectos musicais que, como já é tradição em <strong>Serralves</strong>, procuraram reflectir a alma<br />
transcultural (e transcontinental) do jazz contemporâneo.<br />
No cinema e no contexto da exposição “Às Artes, Cidadãos!” foi apresentado o Ciclo sobre “A Política e o<br />
Cinema”, para além <strong>de</strong> Documentários sobre artistas portugueses. É ainda <strong>de</strong> realçar as colaborações com o<br />
DOC_EUROPA, Festa do Cinema Italiano e Festa do Cinema Francês, parcerias regulares na programação<br />
<strong>de</strong> Cinema.<br />
Neste âmbito, <strong>de</strong>stacou-se a exibição da curta-metragem Painéis <strong>de</strong> São Vicente <strong>de</strong> Fora, Visão Poética, do<br />
cineasta Manoel <strong>de</strong> Oliveira, realizada a convite da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, no âmbito das comemorações dos<br />
<strong>20</strong> anos da Fundação e dos <strong>10</strong> anos do Museu <strong>de</strong> Arte Contemporânea.<br />
A par da programação do Auditório foram também apresentados projectos performativos em resultado <strong>de</strong> coproduções<br />
ou colaborações com instituições congéneres, nomeadamente a Culturgest, a Fundação Calouste<br />
Gulbenkian, o Festival Alkantara, o Festival Fábrica <strong>de</strong> Movimentos, Centro Cultural Vila Flor, a Associação Zé<br />
dos Bois, a Mezzanine – Associação Cultural, a Amplificasom, o Jazz ao Centro Clube, parcerias que o Serviço<br />
<strong>de</strong> Artes Performativas tem vindo a promover e a intensificar.<br />
9.3.1. CICLOS PARALELOS ÀS EXPOSIÇÕES<br />
PROGRAMA PARALELO LOURDES CASTRO E MANUEL ZIMBRO<br />
No Ciclo “Lour<strong>de</strong>s Castro e Manuel Zimbro” <strong>de</strong>stacam-se a peça O Gigante <strong>de</strong> Franscisco Tropa, assemblage<br />
<strong>de</strong> elementos combinados e dispostos no palco do Auditório com presença intermitente do artista na cena e<br />
um concerto <strong>de</strong> música experimental pelos Osso Exótico <strong>de</strong> lançamento do novo disco apoiado pela Fundação<br />
<strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>. O programa contemplou ainda a exibição do novo documentário <strong>de</strong> Catarina Mourão sobre a<br />
figura e obra <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s Castro.<br />
MÚSICA<br />
O VAPOR QUE SE ELEVA DO ARROZ ENQUANTO COZE<br />
OSSO EXÓTICO<br />
27 Março<br />
CINEMA<br />
PELAS SOMBRAS<br />
Documentário realizado por Catarina Mourão.<br />
6 Março a 13 Junho<br />
INS<strong>TA</strong>LAÇÃO<br />
GIGANTE, <strong>de</strong> Francisco Tropa<br />
<strong>20</strong> a 26 Março<br />
CICLO “ARTE, POLÍTICA, GLOBALIZAÇÃO”<br />
O Ciclo “Às Artes, Cidadãos!” inaugurou com as propostas musicais e DJ sets <strong>TA</strong>M, Thomas Meinecke, Rui<br />
Maia (X-Wife), Move D & Thomas Meinecke, Maxime Iko e Aurelie e a proposta performativa “World of<br />
Interiors” <strong>de</strong> Ana Borralho e João Galante.<br />
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MÚSICA<br />
<strong>TA</strong>M (DJ)<br />
THOMAS MEINECKE (DJ)<br />
RUI MAIA (X-WIFE) (DJ)<br />
MOVE D & THOMAS MEINECKE (DJ)<br />
MAXIME IKO E AURELIE (COLLECTIF CANCAN) (DJ)<br />
<strong>20</strong> <strong>de</strong> Novembro<br />
DANÇA<br />
WORLD OF INTER<strong>IO</strong>RS, <strong>de</strong> Ana Borralho e João Galante<br />
04 e 05 <strong>de</strong> Dezembro<br />
9.3.2. CICLOS E FESTIVAIS DE ARTES PERFORMATIVAS<br />
CICLO DOCUMENTE-SE! SENTIDOS DO RECONHECIMENTO<br />
Quem reconhece e quem reconhecer O que reconhecer Como reconhecer São três motes <strong>de</strong> análise que<br />
foram propostos no novo Ciclo Documente-se!, distendidos a diversos campos do social, mais uma vez<br />
perspectivados a partir da ciência e da criação artística. Promover, a partir <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> propostas<br />
artísticas e <strong>de</strong> abordagens <strong>de</strong> cientistas sociais, uma reflexão sobre os processos do (não) reconhecimento do<br />
eu individual e social na contemporaneida<strong>de</strong>, estruturando i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s, relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e contextos sociais.<br />
PROJECTOS EM PERMANÊNCIA<br />
14 Abril a 16 Maio<br />
PROJECTO DOCUMEN<strong>TA</strong>L<br />
FORA DE CAMPO – SOBRE O ARQUIVO DE CINEMA<br />
DE MOÇAMBIQUE, <strong>de</strong> Catarina Simão<br />
INS<strong>TA</strong>LAÇÃO SONORA<br />
G.D. PARADA, <strong>de</strong> Duncan Whitley<br />
SUSSEX BY THE SEA, <strong>de</strong> Duncan Whitley<br />
1º MOMENTO<br />
MÚSICA<br />
V<strong>IO</strong>LINO ESCRAVO – A TRUE STORY OF A SLAVE<br />
V<strong>IO</strong>LINIST, <strong>de</strong> Jon Rose<br />
ROSARY NOVENA FOR GENDER TRANSIT<strong>IO</strong>NING,<br />
<strong>de</strong> Terre Thaemlitz | 16 Abril<br />
TRAFFIC WITH THE DEVIL, <strong>de</strong> Terre Thaemlitz | 18<br />
Abril<br />
DANÇA<br />
POROROCA, <strong>de</strong> Lia Rodrigues | 14 Abril<br />
CONFERÊNCIA<br />
LIA RODRIGUES | 15 Abril<br />
MESA REDONDA<br />
RECONHECIMENTO E MEDIATIZAÇÃO | 17 Abril<br />
Oradores: Pedro Mexia e Luís Freitas Lobo<br />
Mo<strong>de</strong>rador: David Pontes<br />
CINEMA<br />
WOODAABE, <strong>de</strong> Werner Herzog | 17 Abril<br />
Comentador: Augusto M. Seabra<br />
WORKSHOP<br />
BLOOD AND GUTS | PEACE AND QUIET, <strong>de</strong> Antonija<br />
Livingstone | 26 <strong>de</strong> Abril<br />
2º MOMENTO<br />
CONFERÊNCIA<br />
ART ET RECONNAISSANCE, <strong>de</strong> Natalie Heinich | 14<br />
Maio<br />
MESA REDONDA<br />
RECONHECIMENTO E SEXUALIDADES | 15 Maio<br />
Oradores: Ana Brandão e Luísa Neto<br />
Mo<strong>de</strong>rador: Alexandra Lopes<br />
FORA DE CAMPO – SOBRE O ARQUIVO DE CINEMA<br />
DE MOÇAMBIQUE, <strong>de</strong> Catarina Simão | 16 Maio<br />
Oradores: João Sousa Cardoso, António Pinto Ribeiro e<br />
Manuel Loff<br />
Mo<strong>de</strong>rador: Fernando Luís Machado<br />
TEATRO<br />
THAT NIGHT FOLLOWS DAY, <strong>de</strong> Tim Etchells &<br />
Campo | 15 Maio<br />
CINEMA<br />
ES<strong>TA</strong>S SÃO AS ARMAS, dos cineastas Murilo Salles<br />
e Luís Bernardo Honwana | 16 Maio<br />
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MUGATXOAN <strong>20</strong>09<br />
O programa <strong>de</strong> workshops foi li<strong>de</strong>rado pelos artistas Xavier Le Roy e Gary Stevens que apresentaram ainda<br />
obras recentes a solo no Auditório <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>. Neste contexto foi exibido o filme Mugatxoan, hamar,<br />
documentário sobre o <strong>de</strong>senvolvimento do projecto Mugatxoan, <strong>de</strong> 1999 a <strong>20</strong>06, constituído por excertos das<br />
peças, entrevistas e registos <strong>de</strong> práticas dos workshops, material que serviu <strong>de</strong> guia para construir uma<br />
história entrelaçada que interliga os diferentes conteúdos.<br />
PERFORMANCE<br />
PRODUCT OF OTHER CIRCUNS<strong>TA</strong>NCES, <strong>de</strong> Xavier Le Roy | 24 Setembro<br />
NOT TONY, <strong>de</strong> Gary Stevens | 30 Setembro<br />
CINEMA<br />
MUGATXOAN HAMAR | 03 Outubro<br />
TRAMA | 5ª EDIÇÃO DO FESTIVAL DE ARTES PERFORMATIVAS<br />
Programação: Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>/Brrr_Live Art<br />
Informal e inflexível, a 5ª edição do TRAMA, e à semelhança dos anos anteriores, organizou-se num percurso<br />
pela cida<strong>de</strong> do Porto, congregando agentes e espaços culturais distintos e dialogando com os públicos em<br />
espaços institucionais e não-convencionais, interiores e exteriores. Nesta edição, manteve-se a ocupação<br />
diversificada <strong>de</strong> espaços públicos da cida<strong>de</strong> – <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> ao Estádio do Dragão passando pelo Clube <strong>de</strong><br />
Bridge do Porto, Ateneu Comercial do Porto, Hotel D. Henrique, Teatro Helena Sá e Costa, Sala Estúdio<br />
Latino, Mosteiro <strong>de</strong> São Bento da Vitória, Almada Guesthouse, Lófte, Matéria Prima, Maus Hábitos, Passos<br />
Manuel e a Praça dos Poveiros.<br />
14 a 17 Outubro<br />
PASSE<strong>IO</strong> SONORO<br />
ELECTRICAL WALKS PORTO, <strong>de</strong> Christina Kubisch<br />
MÚSICA<br />
TIM OLIVE E ALFREDO COS<strong>TA</strong> MONTEIRO<br />
DIRTY HONKERS<br />
LA BARCA, <strong>de</strong> Thomas Köner<br />
JUSTIN BOND<br />
CÓMEME, com Matías Aguayo, Rebolledo e Diegors<br />
BUMBUMBOX<br />
ÓPERA DIGI<strong>TA</strong>L<br />
THE FUTURIST MANIFESTO, <strong>de</strong> Thomas Köner<br />
DANÇA<br />
HAUT CRIS (MINIATURE), <strong>de</strong> Vincent Dupont<br />
FESTIVAL DA FÁBRICA <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
DE MIM NÃO POSSO FUGIR, PACIÊNCIA!, <strong>de</strong> Tânia Carvalho<br />
14 <strong>de</strong> Novembro<br />
A VIDA ENORME/LA VIE EN OR, <strong>de</strong> Maria Lemos e<br />
Teresa Silva<br />
PERFORMANCE<br />
PERFORM A MIRACLE, <strong>de</strong> The Sons of God<br />
J’AI BIEN DÉTRUIT <strong>TA</strong> LETTRE/CÁ DESTRUÍ A TUA<br />
CAR<strong>TA</strong>, <strong>de</strong> António Contador<br />
FURLAN/NUMERO 8, <strong>de</strong> Massimo Furlan<br />
23+1, <strong>de</strong> Cláudia Dias<br />
NEW WAY, <strong>de</strong> The Sons of God<br />
VELED, Joana Von Mayer Trinda<strong>de</strong><br />
DRIVE CHARIS, <strong>de</strong> The Sons of God<br />
LOVE ME TENDER, <strong>de</strong> Beatriz<br />
Albuquerque/Albuquerque Men<strong>de</strong>s<br />
REGINA CONTRA A ARTE CONTEMPORÂNEA, <strong>de</strong><br />
Paulo Castro/Regina Fiz<br />
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CICLO TRIBUTO A J. G. BALLARD<br />
PERFORMANCE CÉNICA E SONORA<br />
MUNDO DE CRIS<strong>TA</strong>L/MÁQUINA DA SELVA<br />
29 Outubro<br />
CINEMA<br />
APARELHO VOADOR A BAIXA ALTITUDE, <strong>de</strong> Solveig Nordlund<br />
31 Outubro<br />
MÚSICA<br />
MARC BEHRENS/PAULO RAPOSO<br />
05 Novembro<br />
THE ATROCITY EXHIBIT<strong>IO</strong>N (CHAPTER 1), Outpost 13<br />
06 Novembro<br />
9.3.3. MÚSICA<br />
19ª EDIÇÃO JAZZ NO PARQUE<br />
Programação: António Curvelo<br />
Dos EUA veio um dos expoentes máximos da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> indo-americana – o trio do pianista Vijay Iyer, cujo<br />
jazz se reinventa, também, em heranças ancestrais da música indiana. No seu regresso a <strong>Serralves</strong>, Bernardo<br />
Sassetti viajou pelo seu último disco num roteiro original – quer pela sempre saudável camaradagem musical<br />
com Perico Sambeat, quer pela estreia <strong>de</strong> novas composições. E, por fim, CON<strong>TA</strong>CT, a revelação <strong>de</strong> um<br />
colectivo <strong>de</strong> mestres, cinco nomes obrigatórios do jazz mo<strong>de</strong>rno – Dave Liebman, John Abercrombie, Marc<br />
Copeland, Drew Gress e Billy Hart.<br />
VIJAY IYER TR<strong>IO</strong> | <strong>10</strong> Julho<br />
BERNARDO SASSETTI TR<strong>IO</strong> com PERICO SAMBEAT | 17 Julho<br />
CON<strong>TA</strong>CT, Dave Liebman | John Abercrombie | Marc Copeland | Drew Gress | Billy Hart |24 Julho<br />
A programação foi ainda reforçada com outros eventos importantes e pertinentes como o aniversário do<br />
projecto <strong>de</strong> música electrónica portuense @C e o concerto que homenageou os compositores norteamericanos<br />
David Behrman e Annea Lockwood.<br />
David Behrman e Annea Lockwood são dois compositores activos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os anos 1960, referências entre os<br />
pioneiros da música electrónica e da utilização da tecnologia <strong>de</strong> formas particulares. No programa do<br />
concerto com peças para intérpretes a solo ou acompanhados por sons pré-gravados, pu<strong>de</strong>mos testemunhar<br />
a excelência do trabalho Buckner, La Barbara e Mook, no que respeita ao domínio dos seus instrumentos,<br />
reflectindo uma longa carreira na exploração dos mesmos e na constituição <strong>de</strong> novos caminhos para a<br />
interpretação e composição musical.<br />
OUTROS PROJECTOS MÚSICA<br />
COLECTIVO FACA MONSTRO - TRANSCEPTOR OBLÍQUO | 23 <strong>de</strong> Janeiro<br />
MONO | <strong>10</strong> <strong>de</strong> Março<br />
RED TR<strong>IO</strong> + JOHN BUTCHER | 09 <strong>de</strong> Abril<br />
@c, <strong>de</strong> Pedro Tu<strong>de</strong>la e Miguel Carvalhais | 23 <strong>de</strong> Maio<br />
O projecto @c, <strong>de</strong> Pedro Tu<strong>de</strong>la e Miguel Carvalhais, activo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>20</strong>00, apresentou um espectáculo<br />
comemorativo do seu <strong>10</strong>º aniversário no Auditório do Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
Neste concerto em <strong>Serralves</strong>, o @c apresentou-se em duo e sem imagens, num formato acusmático que tem<br />
<strong>de</strong>senvolvido sobretudo nos últimos três anos e que dispensa quaisquer componentes visuais da<br />
performance, tentando focar a atenção do público exclusivamente para a música apresentada.<br />
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SHELLAC + MISS<strong>IO</strong>N OF BURMA | 25 <strong>de</strong> Maio<br />
Z´EV + FLOWER & CORSANO DUO<br />
FACA MONSTRO DJ SET | 25 <strong>de</strong> Julho<br />
ABSTRACT<strong>IO</strong>N AND ENGAGEMENT (MUSIC, STORIES, PROTESTS, SPIRITUAL JOURNEY) | 07 <strong>de</strong> Outubro<br />
DANÇA<br />
Salientam-se ainda o solo “The Part”, da coreógrafa e performer canadiana Antonija Livingstone, em<br />
resultado <strong>de</strong> uma parceria com a Mezzanine – Associação Cultural e a peça “De Mim Não Posso Fugir,<br />
Paciência!”, da jovem coreógrafa portuguesa Tânia Carvalho, integrada no Festival Da Fábrica <strong>20</strong><strong>10</strong>.<br />
THE PART, <strong>de</strong> Antonija Livingstone | 24 <strong>de</strong> Abril<br />
9.3.4. CINEMA<br />
FILM FESTIVAL – DEMOCRACY OF DISPLAY<br />
SCANDINAVIAN LANDS: NORWAY, SWEDEN, DENMARK<br />
BURMA: PEOPLE OF THE RIVER<br />
KOREA: OVERVIEW (THE FACE OF KOREA)<br />
CHINESE LEGENDS, GODS & PROPHETS<br />
RISE UP AND WALK - THE LIFE AND WITNESS OF THE AFRICAN INDIGENOUS CHURCHES<br />
17 <strong>de</strong> Fevereiro<br />
DOC_EUROPA APRESEN<strong>TA</strong>-SE EM SERRALVES<br />
RURAL ROUND, <strong>de</strong> Diana Novotná<br />
A CASA QUE EU QUERO, <strong>de</strong> Joana Frazão e Raquel Marques<br />
HOMBRES DE SAL, <strong>de</strong> Manuel Jiménez Núñez<br />
THE LIVING ROOM OF THE NAT<strong>IO</strong>N, <strong>de</strong> Jukka Kärkkäinen<br />
SHUSHU, <strong>de</strong> Diome<strong>de</strong>s Koufteros<br />
FIGURING OUT FATHER, <strong>de</strong> Sandra Lörh<br />
IL-QALZIET <strong>TA</strong>N-NANNU, <strong>de</strong> Alex Vella Gera<br />
MR. DOGRA, <strong>de</strong> Gurpreet Singh<br />
NIGHTTIME WITH MOJCA, <strong>de</strong> Vlado Škafar<br />
MAMA BLESSING, <strong>de</strong> Roswitha Eshuis<br />
D’SCHUEBERFOUER, <strong>de</strong> Fränk Grotz<br />
FORTY FOOT, DE LETÍCIA AGUDO, AOIBHEANN O’SULLIVAN E PAUL MC GRATH<br />
BATHERS, <strong>de</strong> Eva Stefani<br />
WHERE THE SUN DOESN’T RUSH, <strong>de</strong> Matej Bobrík<br />
LE BAMBINE DI PALMI, <strong>de</strong> Stella Di Tocco<br />
LIL’A, <strong>de</strong> Katharina Sophie Brauer<br />
SCOALA DE VISE, <strong>de</strong> Sabina Pop<br />
THE RIVER (UPÈ), <strong>de</strong> Rimantas Gruodis, Julija Gruodiene<br />
THE FLOWER QUEEN, <strong>de</strong> Catherine Kunze, Jacob Wellendorf<br />
DREAM LAND, <strong>de</strong> Laila Pakalnina<br />
THE LIGHT OF OUR EYES, De Ágota Varga<br />
POSITIVE EMOT<strong>IO</strong>NS, <strong>de</strong> Eldora Traykovad<br />
<strong>10</strong> MINUTES, <strong>de</strong> Jorge León<br />
DISCO & ATOMIC WAR, De Jaak Kilmi<br />
2EYESOPEN, <strong>de</strong> Mateo Willis<br />
UNISONO, <strong>de</strong> Sasa Ge<strong>de</strong>on<br />
07, 08 e 09 <strong>de</strong> Maio<br />
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8 1/2 FES<strong>TA</strong> DO CINEMA I<strong>TA</strong>LIANO<br />
LA DOPPIA ORA, <strong>de</strong> Giuseppe Capotondi<br />
ESERCIZ<strong>IO</strong> DI LINGUA, <strong>de</strong> David Barros<br />
CANTO DA TERRA D’AGUA, <strong>de</strong> A. Smaldone, F. Giarrusso<br />
LA PAURA, <strong>de</strong> Pippo Delbono<br />
VIDEOCRACY, <strong>de</strong> Erik Gandini<br />
VALENTINA POSTIKA IN ATTESA DI PARTIRE, <strong>de</strong> Caterina Carone<br />
BAARÌA, <strong>de</strong> Giuseppe Tornatore<br />
18, 19 e <strong>20</strong> <strong>de</strong> Junho<br />
ODDSAC, DE ANIMAL COLLECTIVE E DANNY PEREZ<br />
16 <strong>de</strong> Setembro<br />
FES<strong>TA</strong> DO CINEMA FRANCÊS<br />
ILLUS<strong>IO</strong>NNISTE, <strong>de</strong> Sylvain Chomet<br />
19 <strong>de</strong> Outubro<br />
ANTES DO INVERNO<br />
ÚLTIMA FI<strong>TA</strong>, <strong>de</strong> Regina Guimarães<br />
RÉS-DO-CHÃO, <strong>de</strong> Regina Guimarães<br />
ESTUDO DE MERCADO, <strong>de</strong> Regina Guimarães<br />
ÂNGULO MORTO, <strong>de</strong> Regina Guimarães<br />
PRETO E BRANCA, <strong>de</strong> Saguenail<br />
L’ÉTERNEL DÉPART, <strong>de</strong> Saguenail<br />
<strong>10</strong> <strong>de</strong> Novembro<br />
“PAINÉIS DE SÃO VICENTE DE FORA, VISÃO POÉTICA”, <strong>de</strong> Manoel <strong>de</strong> Oliveira<br />
O filme Painéis <strong>de</strong> São Vicente <strong>de</strong> Fora, Visão Poética é uma reflexão pessoal <strong>de</strong> Manoel <strong>de</strong> Oliveira sobre os<br />
Painéis <strong>de</strong> São Vicente <strong>de</strong> Fora, uma obra do século XVI atribuída ao pintor Nuno Gonçalves.<br />
09 <strong>de</strong> Dezembro<br />
58
9.4. AMBIENTE, ECOLOGIA E PAISAGEM<br />
9.4.1. ENQUADRAMENTO<br />
Em <strong>20</strong><strong>10</strong>, dando continuida<strong>de</strong> à estratégia <strong>de</strong> intervenção que tem vindo a ser adoptada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> finais <strong>de</strong> <strong>20</strong>07,<br />
a activida<strong>de</strong> centralizou-se em torno <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> gestão e manutenção do Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>. Pelas suas<br />
características muito particulares, e <strong>de</strong> modo a preservar o seu carácter histórico <strong>de</strong> uma Quinta <strong>de</strong> Recreio<br />
privada com uso público, enten<strong>de</strong>-se que este tipo <strong>de</strong> acções <strong>de</strong>verá sempre constituir a priorida<strong>de</strong> das<br />
iniciativas da Direcção do Parque.<br />
Para além das acções <strong>de</strong> gestão e manutenção, foi também em <strong>20</strong><strong>10</strong> que se concretizou um dos projectos<br />
estruturantes nesta área: a Recuperação do Assento Agrícola da Quinta do Mata-Sete, contemplando<br />
intervenções <strong>de</strong> fundo nas suas Alas Nascente e Poente, antiga Casa <strong>de</strong> Habitação e Pavilhão <strong>de</strong> Caça. Com a<br />
finalização da obra, proce<strong>de</strong>u-se à assinatura <strong>de</strong> um protocolo <strong>de</strong> colaboração entre a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
e o CIB<strong>IO</strong> - Centro <strong>de</strong> Investigação em Biodiversida<strong>de</strong> e Recursos Genéticos da Universida<strong>de</strong> do Porto - e<br />
também com a Fundação para a Ciência e Tecnologia, tendo em vista a criação <strong>de</strong> um Centro <strong>de</strong> Investigação<br />
e Estudo <strong>de</strong>dicado à biodiversida<strong>de</strong>, arquitectura paisagista e gestão do Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
O presente relatório encontra-se estruturado em função das seguintes áreas:<br />
• Intervenção nas infra-estruturas<br />
• Intervenção na vegetação<br />
• Requalificação do Mata-Sete<br />
• Projectos específicos<br />
9.4.2. INTERVENÇÃO NAS INFRA-ESTRUTURAS<br />
PAVIMENTOS<br />
Os pavimentos <strong>de</strong> saibro existentes no Parque estão sujeitos a graus <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste diferenciados, situação<br />
regularmente acelerada por condições climatéricas adversas com elevada precipitação e especialmente nos<br />
caminhos <strong>de</strong> pen<strong>de</strong>nte mais acentuada. A erosão verificada tem sido regularmente corrigida pela equipa <strong>de</strong><br />
manutenção do Parque, com intervenções pontuais nos locais <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>sgaste e on<strong>de</strong> não é necessária a<br />
utilização <strong>de</strong> maquinaria específica para a reposição. De modo a colmatar as falhas <strong>de</strong> maior dimensão e on<strong>de</strong><br />
o uso <strong>de</strong>ssa maquinaria é necessário, foi elaborado um levantamento em Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>.<br />
À semelhança dos anteriores, os pavimentos em calçada também têm sido intervencionados pontualmente<br />
para preencher falhas <strong>de</strong>tectadas, em particular nos caminhos <strong>de</strong> calçada portuguesa na envolvente do Lago<br />
e, <strong>de</strong> um modo geral, nas valetas <strong>de</strong> cubo e microcubo <strong>de</strong> granito em toda a extensão do Parque.<br />
CASCA<strong>TA</strong> DO LAGO<br />
A cascata do lago tem sido regularmente afectada por várias fugas e falhas na consolidação das pedras que a<br />
constituem. Estas anomalias alteram o percurso regular da água ao longo da cascata, com inevitáveis<br />
consequências no seu efeito sensorial e estético.<br />
Como forma <strong>de</strong> corrigir o fluxo da água, a equipa <strong>de</strong> manutenção do Parque tem vindo a executar reparações<br />
sucessivas ao longo do ano para reparar as fugas <strong>de</strong>tectadas, bem como a consolidar as pedras que se têm<br />
vindo a soltar do conjunto.<br />
“The Park is<br />
really gorgeous…”<br />
Eduardo, 25 anos, Espanha<br />
59
REDE DE REGA<br />
Os sistemas <strong>de</strong> rega automática e semi-automática, instalados no Parque, requerem um acompanhamento<br />
constante <strong>de</strong> modo a assegurar o seu funcionamento <strong>de</strong> forma satisfatória. Em <strong>20</strong><strong>10</strong>, este acompanhamento<br />
traduziu-se na substituição <strong>de</strong> acessórios <strong>de</strong> rega danificados ou obsoletos, reparações <strong>de</strong> rupturas e ainda na<br />
optimização do sistema instalado nos pequenos relvados na parte superior do Parterre Central, que se<br />
encontravam com uma configuração <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quada para os espaços em questão.<br />
JOGOS DE ÁGUA DO PARTERRE CENTRAL<br />
Na sequência dos estudos e parecer elaborados pelo Professor José Manuel Gonçalves da Escola Superior<br />
Agrária <strong>de</strong> Coimbra com vista à reabilitação dos Jogos <strong>de</strong> Água do Parterre Central, no final <strong>de</strong> <strong>20</strong>09 foi<br />
seleccionada a empresa que viria a elaborar o projecto <strong>de</strong> reabilitação dos mesmos.<br />
Durante o primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, a empresa Vitor Abrantes – Consultoria e Projectos <strong>de</strong> Engenharia, Lda<br />
proce<strong>de</strong>u a vários estudos, tendo em Agosto <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> sido entregue o Projecto <strong>de</strong> Execução e respectivas<br />
estimativas orçamentais para a reabilitação dos Jogos <strong>de</strong> Água, um documento subdividido em Reabilitação<br />
Hidráulica e Reabilitação Construtiva.<br />
De momento, estudam-se formas <strong>de</strong> financiamento para a execução <strong>de</strong>ste projecto, essencial para a<br />
manutenção da imagem <strong>de</strong> um dos mais emblemáticos espaços do Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
SINALÉTICA<br />
As placas <strong>de</strong> sinalética existentes no Parque foram sujeitas a um levantamento do seu estado <strong>de</strong> conservação<br />
e <strong>de</strong> conteúdos, contabilizando-se as existentes e as entretanto retiradas nomeadamente <strong>de</strong>vido à natureza<br />
frágil dos materiais que as constituem. Detectou-se que a informação apresentada nem sempre correspondia<br />
à realida<strong>de</strong>, particularmente no que respeita aos mapas dos estratos vegetais que se encontram muito<br />
<strong>de</strong>sactualizados, estando a ser preparados novos mapas actualizados.<br />
Foi entretanto estudada uma possível solução para os problemas estruturais i<strong>de</strong>ntificados nas placas <strong>de</strong><br />
sinalética, prevendo-se que seja adoptada à totalida<strong>de</strong> das placas em <strong>20</strong>11.<br />
9.4.3. INTERVENÇÃO NA VEGE<strong>TA</strong>ÇÃO<br />
PODAS LIMPEZAS E ABATES<br />
Em <strong>20</strong><strong>10</strong>, <strong>de</strong>u-se continuida<strong>de</strong> ao trabalho <strong>de</strong> manutenção do património arbóreo do Parque, tendo-se<br />
realizado diversas podas sanitárias e abates em exemplares prioritários.<br />
INS<strong>TA</strong>LAÇÃO DE TUTORES E ESCORAS DE SUPORTE<br />
O património arbóreo notável do Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> encontra-se actualmente num estado fitossanitário<br />
<strong>de</strong>licado e por vezes em risco <strong>de</strong> falha mecânica. Devido ao gran<strong>de</strong> porte e/ou características notáveis <strong>de</strong><br />
alguns exemplares, têm vindo a ser realizadas intervenções cirúrgicas no sentido <strong>de</strong> preservar a integrida<strong>de</strong><br />
estrutural <strong>de</strong> certas árvores, recorrendo à colocação <strong>de</strong> escoras e/ou cintas <strong>de</strong> suporte.<br />
PLAN<strong>TA</strong>ÇÕES E TRANSPLANTES<br />
As plantações foram outra das acções fundamentais na manutenção no Parque em <strong>20</strong><strong>10</strong>. Embora sejam<br />
várias as zonas a necessitar <strong>de</strong> novas plantações, em <strong>20</strong><strong>10</strong>, apenas uma parte dos locais i<strong>de</strong>ntificados foi<br />
intervencionada.<br />
SEMENTEIRAS<br />
As sementeiras fazem parte das acções regulares <strong>de</strong> manutenção do Parque. Assim, tal como em anos<br />
60
anteriores, foi realizada uma sementeira <strong>de</strong> tremocilha e azevém no prado das abelhas e junto à Casa da Eira,<br />
medida cujo objectivo primordial é o do controlo <strong>de</strong> plantas infestantes presentes no local mas que tem<br />
também objectivos <strong>de</strong> enquadramento cénico do Mata-Sete. Nas envolventes da Casa, Museu, e Roseiral, os<br />
relvados foram alvo <strong>de</strong> ressementeiras <strong>de</strong> modo a recuperá-los não só do rigor do Inverno mas também do<br />
<strong>de</strong>sgaste sofrido ao longo do ano.<br />
No Mata-Sete, e na sequência das obras <strong>de</strong> requalificação, foi também realizada uma sementeira <strong>de</strong> relvado<br />
no talu<strong>de</strong> entre a Ala Poente e o novo acesso entretanto construído. O prado na envolvente da obra <strong>de</strong> Maria<br />
Nordman também foi alvo <strong>de</strong> ressementeiras nas áreas afectadas pela abertura <strong>de</strong> valas para a instalação <strong>de</strong><br />
tubagens consequentes da execução do Projecto <strong>de</strong> Recuperação do Mata-Sete.<br />
9.4.4. REQUALIFICAÇÃO DO MA<strong>TA</strong>-SETE<br />
Em <strong>20</strong><strong>10</strong> foi dada continuida<strong>de</strong> aos diversos projectos <strong>de</strong> recuperação previstos para a Quinta do Mata-Sete.<br />
No início do ano proce<strong>de</strong>u-se à execução da primeira fase do Projecto <strong>de</strong> Requalificação das Hortas<br />
Pedagógicas. Nesta primeira fase, que <strong>de</strong>correu <strong>de</strong> Janeiro a Março, instalaram-se a estufa e os novos talhões<br />
<strong>de</strong> plantação sobreelevados e a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> rega manual. Para este mesmo espaço, e para os seis talhões a não<br />
serem utilizados pelas escolas, realizou-se um plano <strong>de</strong> plantação para a atracção <strong>de</strong> borboletas. A finalização<br />
<strong>de</strong>ste projecto está prevista que ocorra em <strong>20</strong>11.<br />
Outra das intervenções realizadas em <strong>20</strong><strong>10</strong> no Mata-Sete incidiu nas ramadas, tendo-se continuado os<br />
trabalhos <strong>de</strong> recuperação/construção iniciados em <strong>20</strong>08/<strong>20</strong>09. A intervenção teve lugar no caminho cujo<br />
início se situa na traseira dos Estábulos e cujo término se situa junto à Eira, prolongando-se a ramada já<br />
existente junto aos Estábulos, e construindo-se outra em cortina (ao alto) no troço entre esta e a ramada do<br />
Celeiro. Esta última tem o objectivo primordial <strong>de</strong> aumentar a separação entre o espaço público exterior dos<br />
espaços interiores do Mata-Sete.<br />
Entre Maio e Setembro <strong>de</strong>correram as obras <strong>de</strong> execução do Projecto <strong>de</strong> Recuperação das Alas Nascente e<br />
Poente do Assento Agrícola, tendo em vista a sua adaptação para acolhimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s do Serviço<br />
Educativo e para o fomento da instalação <strong>de</strong> um centro <strong>de</strong> investigação e estudo <strong>de</strong>dicado à biodiversida<strong>de</strong>,<br />
arquitectura paisagista e gestão do Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, tendo para essa finalida<strong>de</strong> sido assinados, após a<br />
conclusão das obras, dois Protocolos <strong>de</strong> Colaboração entre a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, o CIB<strong>IO</strong> – Centro <strong>de</strong><br />
Investigação em Biodiversida<strong>de</strong> e Recursos Genéticos da Universida<strong>de</strong> do Porto e a FCT – Fundação para a<br />
Ciência e Tecnologia.<br />
9.4.5. PROJECTOS ESPECÍFICOS<br />
SÍNTESE DOS FICHEIROS DO PROJECTO DE RECUPERAÇÃO DO PARQUE<br />
A informação cartográfica resultante do Projecto <strong>de</strong> Recuperação do Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> encontrava-se<br />
dispersa por mais <strong>de</strong> noventa ficheiros divididos segundo a área abrangida e tipo <strong>de</strong> informação existente.<br />
Dada a dificulda<strong>de</strong> subjacente à consulta e uso <strong>de</strong>sta informação, foi feita uma união <strong>de</strong> todos estes ficheiros<br />
num só, <strong>de</strong> forma a optimizar a utilização dos mapas existentes e a agilizar a realização do Plano <strong>de</strong><br />
Manutenção para o Parque.<br />
Feita esta síntese verificou-se que os dados existentes nem sempre correspondiam à situação no terreno,<br />
particularmente no caso da vegetação. Para corrigir estes elementos e obter uma base <strong>de</strong> trabalho realmente<br />
fiel à situação existente, iniciou-se o levantamento <strong>de</strong> todos os elementos (plantas, valetas, sumidouros e<br />
papeleiras, entre outros.), com a respectiva actualização das bases existentes. Durante este processo foram<br />
também i<strong>de</strong>ntificados espaços a necessitar <strong>de</strong> reparações ou novas plantações.<br />
“… Os vossos jardins são<br />
lindíssimos e está tudo<br />
muito bonito. Parabéns pelo<br />
trabalho.”<br />
Maria, 41 anos, Portugal<br />
61
Até à presente data este trabalho encontra-se finalizado para o Bosque, Alameda dos Liquidâmbares,<br />
Roseiral, Ténis, Jardim do Relógio <strong>de</strong> Sol, Parterres Lateral e Central, Jardim da Capela e Arboreto.<br />
PLANO DE MANUTENÇÃO DO PARQUE<br />
Um plano <strong>de</strong> manutenção é um documento que <strong>de</strong>fine, <strong>de</strong>talhadamente, todas as práticas <strong>de</strong> manutenção<br />
necessárias para que o jardim permaneça numa <strong>de</strong>terminada condição. Aten<strong>de</strong>ndo ao ecossistema em<br />
permanente evolução que é o Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, sem uma <strong>de</strong>finição precisa <strong>de</strong> todas as práticas <strong>de</strong><br />
manutenção, este ten<strong>de</strong> naturalmente a distanciar-se dos <strong>de</strong>sígnios originais do projecto. Um plano <strong>de</strong>ste tipo<br />
é indubitavelmente um instrumento valiosíssimo para a gestão <strong>de</strong> um Parque como o <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e, embora<br />
existam já documentos que abordam esta temática, estes encontram-se já <strong>de</strong>sactualizados e com informação<br />
por vezes <strong>de</strong>masiado fragmentada.<br />
Por isto mesmo iniciou-se a elaboração <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> manutenção fiel à presente realida<strong>de</strong>, e que<br />
abrangesse <strong>de</strong> forma integrada e <strong>de</strong>talhada todas as práticas <strong>de</strong> manutenção necessárias ao Parque, estando<br />
a sua conclusão prevista para <strong>20</strong>11.<br />
JARDIM DAS AROMÁTICAS<br />
Dada a diversida<strong>de</strong> florística que o constitui, o Jardim das Aromáticas é indubitavelmente um caso muito<br />
específico <strong>de</strong> manutenção no Parque. Volvidos vários anos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua instalação, e apesar da existência <strong>de</strong><br />
planos <strong>de</strong>talhados sobre a sua composição florística, esta tem vindo a ser alterada ao longo do tempo,<br />
nomeadamente pela introdução <strong>de</strong> novas espécies em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> outras do plano original que <strong>de</strong>ixaram<br />
<strong>de</strong> estar presentes. A falta <strong>de</strong> plantas e a presença <strong>de</strong> canteiros vazios é também ainda evi<strong>de</strong>nte, apesar dos<br />
esforços <strong>de</strong> reposição e preenchimento levados a cabo nos últimos dois anos. Dada a disparida<strong>de</strong> entre a<br />
situação actual e os planos originais, realizou-se um novo levantamento <strong>de</strong> todas as plantas presentes e<br />
ausentes, e a sua ocupação nos canteiros. Actualmente está a ser feito um plano <strong>de</strong> repovoamento e<br />
manutenção específico para este jardim com vista à recuperação da sua integrida<strong>de</strong> e antigo esplendor.<br />
EXPOSIÇÃO “TERRA DE LINCES”<br />
Por sugestão do CIB<strong>IO</strong>, o Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> acolheu e organizou a vinda da exposição fotográfica itinerante<br />
“Terra <strong>de</strong> Linces” <strong>de</strong>dicada ao lince ibérico Lynx pardinus. A exposição consistiu num conjunto <strong>de</strong> fotografias<br />
<strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> Andoni Canela, um fotógrafo profissional <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong> Espanhola, especializado em<br />
fotografia <strong>de</strong> Natureza, representando o lince em liberda<strong>de</strong> no seu habitat natural, um cenário cada vez mais<br />
difícil <strong>de</strong> encontrar dada a situação <strong>de</strong>licada em que esta espécie ibérica se encontra. Esta exposição, que<br />
antes <strong>de</strong> ser apresentada em no Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> esteve patente no Jardim Botânico Tropical em Lisboa e<br />
no Castelo <strong>de</strong> Silves, teve como objectivo primordial proporcionar à população em geral um contacto mais<br />
próximo com a espécie e partilhar as acções <strong>de</strong> conservação que se têm <strong>de</strong>senvolvido em Espanha e mais<br />
recentemente em Portugal.<br />
A exposição cuja inauguração coincidiu com a Festa do Outono, no dia 26 <strong>de</strong> Setembro, esteve patente ao<br />
público até ao dia 7 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, no interior do Celeiro e em diversos painéis com fotografias a<br />
gran<strong>de</strong> escala no Pátio da Nogueira.<br />
Para além <strong>de</strong> acolher a exposição, a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> também adaptou e reproduziu o catálogo da<br />
exposição.<br />
Organização da Exposição: Parceria IBERLINX – EDIA SA, Águas do Algarve SA, Junta <strong>de</strong> Andalucia, Ayuntamiento <strong>de</strong><br />
Valencia <strong>de</strong>l Monbuey; ICNB<br />
Media Partners: Sapo.pt, Naturlink<br />
“El pulmón <strong>de</strong> Oporto - (…) Un lugar<br />
super relajante para disfrutar<br />
durante horas, tanto los amantes <strong>de</strong><br />
arte, la naturaleza o simplemente los<br />
que quieran un oasis cosmopolita y<br />
mo<strong>de</strong>rno (…)”<br />
Prifer83, Gijón<br />
62
PLAN<strong>TA</strong>ÇÃO DE OLIVEIRA MILENAR<br />
Na sequência do Protocolo <strong>de</strong> Mecenato celebrado com a Sovena, foi oferecida ao Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> uma<br />
oliveira milenar <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s dimensões. A escolha da localização para a sua plantação foi alvo <strong>de</strong> vários<br />
estudos <strong>de</strong> modo a que se pu<strong>de</strong>sse avaliar não só o impacto paisagístico no Parque e consequentemente a<br />
manutenção da sua integrida<strong>de</strong> histórica, mas também para se <strong>de</strong>terminar o melhor local para a adaptação <strong>de</strong><br />
uma árvore que necessitava <strong>de</strong> condições edafo-climáticas muito específicas.<br />
O talu<strong>de</strong> entre o caminho <strong>de</strong> saibro branco e o roseiral foi o local escolhido. Estando a localização acordada<br />
entre a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e a Sovena, o passo seguinte foi escolher a árvore <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> várias<br />
propostas, tendo para o efeito a Direcção do Parque se <strong>de</strong>slocado a Ferreira do Alentejo em Agosto <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>.<br />
A escolha feita no local teve em consi<strong>de</strong>ração não só a beleza e o porte do espécime mas também o equilíbrio<br />
estrutural, a resistência prevista ao transplante, e a a<strong>de</strong>quabilida<strong>de</strong> ao local <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino.<br />
O transplante da oliveira foi efectuado pela empresa Oliveiras Milenares em Novembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> e a sua<br />
datação pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, que a estimou em 1492 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />
PUBLICAÇÕES<br />
Durante o ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> foi feita a compilação e edição das actas das conferências realizadas pela Direcção do<br />
Parque entre <strong>20</strong>02 e <strong>20</strong>09. Esta publicação será composta por dois volumes, sendo o primeiro <strong>de</strong>dicado às<br />
conferências realizadas durante o período <strong>de</strong> recuperação do Parque e comissariadas por Cláudia Taborda e<br />
Victor Beiramar Diniz. O segundo volume reúne os textos das conferências comissariadas por Teresa<br />
Andresen e João Almeida, realizadas após a recuperação do Parque e cujos temas se centralizam em torno<br />
<strong>de</strong> questões relacionadas com a gestão <strong>de</strong> espaços ver<strong>de</strong>s.<br />
Também em <strong>20</strong><strong>10</strong> se <strong>de</strong>u início à compilação <strong>de</strong> elementos iconográficos e monográficos com vista à<br />
publicação <strong>de</strong> um guia <strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong> visita à Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> intitulado “Uma Visita a<br />
<strong>Serralves</strong>”, e que guiará o visitante pela história e pelos espaços da Fundação.<br />
INAUGURAÇÃO DO ESPAÇO.PARQUE<br />
No dia 15 <strong>de</strong> Outubro DE <strong>20</strong><strong>10</strong>, Humberto Rosa, Secretário <strong>de</strong> Estado do Ambiente esteve em <strong>Serralves</strong> para<br />
inaugurar o Espaço.Parque que foi no âmbito do Projecto “<strong>Serralves</strong> Melhor” co-financiado pela Programa<br />
Operacional Regional do Norte – ON2, sujeito a uma intervenção <strong>de</strong> valorização. Na ocasião foi também<br />
celebrado um protocolo <strong>de</strong> colaboração entre a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e o CIB<strong>IO</strong> – Centro <strong>de</strong> Investigação em<br />
Biodiversida<strong>de</strong> e Recursos Genéticos, da Universida<strong>de</strong> do Porto, para promover a divulgação científica no<br />
domínio do ambiente e da biodiversida<strong>de</strong>.<br />
O Espaço.Parque, anteriormente conhecido como Quinta do Mata-Sete, é o resultado <strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong><br />
recuperação, da autoria dos arquitectos Matil<strong>de</strong> Seabra e Ivo Poças Martins, que permitiu requalificar e<br />
valorizar os espaços existentes e colocá-los ao serviço <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s. A intervenção teve como objectivo<br />
principal criar um terceiro pólo <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s na proprieda<strong>de</strong> para além do Museu e da Casa. Concretamente,<br />
para além do Centro Educativo infantil, dos laboratórios instalados no celeiro e no lagar, ampliou-se <strong>de</strong> forma<br />
significativa a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acolhimento <strong>de</strong> públicos e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma nova Linha <strong>de</strong><br />
programação, que tem como principal objectivo aproximar da comunida<strong>de</strong> a produção científica <strong>de</strong> referência<br />
nas áreas da arquitectura paisagista, da ecologia, da genética e da energia.<br />
Com o Espaço.Parque, <strong>Serralves</strong> passou a dispor <strong>de</strong> locais para acolhimento <strong>de</strong> investigadores e animadores,<br />
salas <strong>de</strong> formação, novos laboratórios, espaços para workshops pluridisciplinares.<br />
Temos aqui em <strong>Serralves</strong> mais <strong>de</strong> 1400 anos <strong>de</strong> uma nossa<br />
árvore, que nos mostra que fomos, somos e seremos capazes,<br />
se soubermos melhor: ser e estar. E temos sempre, e agora<br />
ainda mais, boas, muito boas razões para ir, estar, <strong>de</strong>sfrutar<br />
dos Espaços <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> (…)<br />
Augusto, 61 anos, Portugal<br />
63
9.5. SENSIBILIZAÇÃO E FORMAÇÃO DE PÚBLICOS<br />
Na socieda<strong>de</strong> actual, o Museu afirma-se como elo privilegiado <strong>de</strong> ligação com a comunida<strong>de</strong>. Neste sentido,<br />
preten<strong>de</strong>-se que o encontro com as obras <strong>de</strong> arte e com os artistas assente em estratégias pedagogicamente<br />
orientadas e <strong>de</strong> longo prazo, que valorizem processos e potenciem o cruzamento <strong>de</strong> referências transversais.<br />
É objectivo <strong>de</strong>ste Serviço propor ao público modos <strong>de</strong> expandir e aprofundar o contacto com práticas<br />
artísticas diversificadas, e promover programas que contribuam para uma apreensão crítica e criativa da<br />
cultura contemporânea.<br />
Na área do Ambiente, os programas são orientados no sentido <strong>de</strong> uma educação científica que, para além <strong>de</strong><br />
apoiar a formação <strong>de</strong> cidadãos conhecedores e intervenientes, visa contribuir para a alteração <strong>de</strong><br />
comportamentos que afectem as <strong>de</strong>cisões tomadas no dia-a-dia, nomeadamente no sentido <strong>de</strong> um consumo<br />
mais responsável e da vivência <strong>de</strong> uma cidadania activa.<br />
No âmbito do Serviço Educativo foram <strong>de</strong>senvolvidas aproximadamente 6 700 acções e que envolveram<br />
mais <strong>de</strong> 1 000 escolas <strong>de</strong> todo o País.<br />
A acção do Serviço Educativo da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> tem por objectivo sensibilizar e formar os diferentes<br />
públicos para as temáticas da arte, da arquitectura e do ambiente, através <strong>de</strong> uma programação heterogénea<br />
que procura incentivar o conhecimento e o gosto pela fruição dos espaços culturais.<br />
Tendo em conta este enquadramento, em <strong>20</strong><strong>10</strong>, as visitas, as oficinas temáticas, os cursos e os <strong>de</strong>bates,<br />
mantiveram-se como activida<strong>de</strong>s centrais na programação, <strong>de</strong> modo a garantir uma relação cada vez mais<br />
cúmplice com a comunida<strong>de</strong> escolar e com o público em geral, <strong>de</strong>stacando-se ainda a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
programas <strong>de</strong> integração e inclusão <strong>de</strong> públicos carenciados e com necessida<strong>de</strong>s especiais, e a continuida<strong>de</strong><br />
das parcerias a nível nacional e internacional.<br />
Em <strong>20</strong><strong>10</strong> o Serviço Educativo propôs-se ainda a reforçar a vertente Famílias. Para tal, ampliou o programa <strong>de</strong><br />
activida<strong>de</strong> dirigido a este público prioritário, numa lógica <strong>de</strong> oferta continuada ao longo do ano, dinamizada<br />
também em momentos associados a comemorações especiais como o Dia dos Museus.<br />
Em termos <strong>de</strong> gestão, foi optimizada a aplicação informática do Serviço Educativo, intensificado o<br />
acompanhamento dos trabalhos <strong>de</strong> requalificação dos espaços do Parque (núcleo <strong>de</strong> educação ambiental), e<br />
64
investiu-se no recrutamento e formação <strong>de</strong> novos elementos para ampliação da equipa <strong>de</strong> monitores do<br />
Serviço Educativo.<br />
9.5.1. PROGRAMAS PARA A COMUNIDADE ESCOLAR<br />
VISI<strong>TA</strong>S GUIADAS<br />
As visitas à Fundação têm como ponto <strong>de</strong> partida três eixos temáticos: arte contemporânea – na perspectiva<br />
<strong>de</strong> contextualizar as exposições apresentadas e suscitar interpretações e diálogos a partir das obras<br />
expostas; arquitectura – numa abordagem ao lugar que relaciona o edifício <strong>de</strong> Álvaro Siza com os espaços da<br />
Casa e dos jardins; ambiente – através <strong>de</strong> percursos que possibilitam o reconhecimento do valor paisagístico,<br />
ecológico e estético do Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
OFICINAS<br />
As oficinas em <strong>Serralves</strong> propõem dois campos temáticos – arte e ambiente – num contexto <strong>de</strong> aprendizagem<br />
que visa mobilizar saberes transversais, valorizar a experimentação, <strong>de</strong>senvolver a autonomia, produzir<br />
conhecimento e estimular a criativida<strong>de</strong>.<br />
OFICINAS ARTES<br />
Ao sabor dos sons<br />
Arquitectar<br />
Arquitectura sem arquitecto<br />
Arte e Paisagem<br />
Aulas no Museu<br />
Com pés e cabeça<br />
Construções improvisadas<br />
Conversas no Museu<br />
Desenhar com o corpo<br />
Esculturas no Parque<br />
Fábrica <strong>de</strong> sons<br />
História ilustrada<br />
Impressões<br />
Jogos <strong>de</strong> música<br />
Livros <strong>de</strong> artista<br />
Movimento ilimitado<br />
No rasto da fotografia<br />
O lugar do movimento<br />
Parque à vista!<br />
Pinturas e espessuras<br />
Ver<strong>de</strong> sobre ver<strong>de</strong><br />
Visita-oficina/Museu<br />
OFICINAS AMBIENTE<br />
Ambiente e Saú<strong>de</strong><br />
Aulas no Parque<br />
Cientistas no Parque<br />
Clubes da Natureza<br />
Parque à Vista!<br />
Visita-oficina/Parque<br />
Viver com Energia<br />
PROJECTO ANUAL COM ESCOLAS: MÁQUINAS<br />
O projecto “Máquinas” resultou <strong>de</strong> uma parceria com escolas <strong>de</strong>senvolvida pelo Serviço Educativo <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong> ao longo <strong>de</strong> <strong>20</strong>09 e <strong>20</strong><strong>10</strong>. Durante o ano lectivo, realizaram-se em <strong>Serralves</strong> um conjunto <strong>de</strong><br />
oficinas e seminários que cruzaram diversas temáticas: arte, ciência, tecnologia, sustentabilida<strong>de</strong> –<br />
envolvendo a colaboração <strong>de</strong> artistas, <strong>de</strong> educadores e cientistas. O conceito <strong>de</strong> máquina, ponto <strong>de</strong> partida do<br />
projecto, inspirou a pesquisa levada a cabo pelos grupos participantes. Na escola, cada grupo concretizou as<br />
suas propostas encarando a máquina como um dispositivo que concentra informações e executa tarefas, mas<br />
também que revela intenções, <strong>de</strong>sejos, que projecta ficções e relações entre pessoas, objectos, contextos.<br />
SEMINÁR<strong>IO</strong> PROFESSORES E EDUCADORES<br />
04 Março<br />
OFICINAS PARA PROFESSORES<br />
18 Janeiro a 26 Março<br />
A arte da máquina<br />
A fingir que é máquina<br />
Biónica: copiar a natureza<br />
Fábrica <strong>de</strong> sons<br />
Maquinar<br />
Máquinas ecológicas<br />
Máquinas felizes<br />
65
OFICINAS PARA ALUNOS<br />
18 Janeiro a 26 Março<br />
A arte da máquina<br />
A fingir que é máquina<br />
Biónica: copiar a natureza<br />
Fábrica <strong>de</strong> sons<br />
Maquinar<br />
Máquinas animadas<br />
Máquinas brancas<br />
Máquinas ecológicas<br />
Máquinas felizes<br />
O maquinismo da máquina<br />
Peça a peça<br />
EXPOSIÇÃO MÁQUINAS<br />
18 Maio a 12 Setembro<br />
A exposição final do projecto Máquinas convida o público, por um lado, à fruição das máquinas realizadas<br />
pelos jovens e, por outro, a conhecer a parte menos visível <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> trabalho que visa criar uma<br />
plataforma <strong>de</strong> discussão e partilha <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias entre o museu e a escola. Assim, preten<strong>de</strong>-se estimular a<br />
experimentação, o conhecimento, e inspirar o potencial criativo no exercício <strong>de</strong> imaginar diferentes futuros.<br />
ENCONTRO ANUAL DE FORMADORES<br />
12 Outubro<br />
Espaço aberto à imaginação, à reflexão e ao <strong>de</strong>bate, <strong>Serralves</strong> estimula a aproximação crítica e criativa à<br />
cultura contemporânea, na perspectiva <strong>de</strong> estabelecer com as escolas uma relação cada vez mais cúmplice e<br />
dinâmica. Neste sentido, realizou-se no início do ano lectivo um encontro <strong>de</strong> educadores e professores, com o<br />
objectivo <strong>de</strong> possibilitar a integração dos programas <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> nos projectos educativos e culturais das<br />
escolas.<br />
9.5.2. PROGRAMAS PARA O PÚBLICO ADULTO<br />
VISI<strong>TA</strong>S GUIADAS<br />
VISI<strong>TA</strong>S MUSEU, CASA E PARQUE DE SERRALVES<br />
As visitas à Fundação têm como ponto <strong>de</strong> partida três eixos temáticos: arte contemporânea – na perspectiva<br />
<strong>de</strong> contextualizar as exposições apresentadas e suscitar interpretações e diálogos a partir das obras<br />
expostas; arquitectura – numa abordagem ao lugar que relaciona o edifício <strong>de</strong> Álvaro Siza com os espaços da<br />
Casa e dos jardins; ambiente – através <strong>de</strong> percursos que possibilitam o reconhecimento do valor paisagístico,<br />
ecológico e estético do Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
VISI<strong>TA</strong>S ESPECIALIZADAS ÀS EXPOSIÇÕES<br />
SERRALVES <strong>20</strong>09 - "A COLECÇÃO" | 05 Fevereiro<br />
EMISSORES REUNIDOS - Episódio 2: Senhor Fantasma, Vamos Falar | 16 e 23 Janeiro<br />
LOURDES CASTRO E MANUEL ZIMBRO: À LUZ DA SOMBRA | 09 e <strong>20</strong> Março, 22 Abril e <strong>20</strong> Maio<br />
DARA BIRNBAUM - A MATÉRIA NEGRA DA LUZ DOS MEDIA | 13 e 17 Abril<br />
MARLENE DUMAS - CONTRA O MURO | 08, <strong>10</strong>, 15 e <strong>20</strong> Julho<br />
GRAZIA TODERI | 16 e 18 Setembro, 12 Outubro<br />
ÀS ARTES, CIDADÃOS! | 09 Dezembro<br />
CURSOS E ACÇÕES DE FORMAÇÃO<br />
À VOL<strong>TA</strong> DOS JARDINS – CONHECIMENTOS E PRÁTICAS<br />
Este programa tem por objectivo partilhar formas <strong>de</strong> olhar e <strong>de</strong> trabalhar o Jardim, a partir da organização <strong>de</strong><br />
módulos <strong>de</strong> formação orientados por especialistas no Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
66
PODA DE ÁRVORES E ARBUSTOS DE FRUTO<br />
13 e 14 Março <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> | <strong>20</strong> e 21 Novembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
PRAGAS E DOENÇAS DOS JARDINS<br />
27 e 28 Março <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
INTRODUÇÃO À JARDINAGEM E AGRICULTURA B<strong>IO</strong>LÓGICAS<br />
23 e 24 Abril <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> | 2 e 3 Outubro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
AGRICULTURA B<strong>IO</strong>LÓGICA II - PLAN<strong>TA</strong>S QUE CURAM PLAN<strong>TA</strong>S<br />
8 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
MULTIPLICAÇÃO DE PLAN<strong>TA</strong>S – CONHECIMENTOS GERAIS<br />
19 e <strong>20</strong> <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> | 9 e <strong>10</strong> <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
PODA DE ÁRVORES E ARBUSTOS ORNAMEN<strong>TA</strong>IS<br />
30 e 31 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
MINICURSOS DE PRÁTICAS DE JARDIM<br />
VASOS, FLOREIRAS E CESTOS SUSPENSOS<br />
17 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
JARDINS EM LOCAIS DIFÍCEIS: SECOS E/OU À BEIRA MAR<br />
22 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
PLAN<strong>TA</strong>S ORNAMEN<strong>TA</strong>IS DE INTER<strong>IO</strong>R<br />
25 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
ACÇÕES DE FORMAÇÃO COM AU<strong>TA</strong>RQUIAS LOCAIS<br />
Desenvolvimento e implementação <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> formação para técnicos <strong>de</strong> museus, bibliotecas, entre outros<br />
serviços municipais, no âmbito das parcerias estabelecidas com autarquias.<br />
SERVIÇOS EDUCATIVOS EM INSTITUIÇÕES CULTURAIS<br />
25, 26 e 27 Fevereiro<br />
CICLO “O SABOR DO CINEMA “<br />
Ciclo <strong>de</strong> projecções-conversa, ao fim-<strong>de</strong>-semana, programado pela Associação Os Filhos <strong>de</strong> Lumière. Cada<br />
sessão é antecedida <strong>de</strong> uma apresentação propiciadora <strong>de</strong> pistas <strong>de</strong> leitura, que procura estimular a atenção<br />
a certos aspectos formais ou temáticos dos filmes. No final, há sempre um espaço <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate e partilha <strong>de</strong><br />
i<strong>de</strong>ias.<br />
31 Janeiro, 07, 14, 21 e 28 Fevereiro, <strong>10</strong>, 24 e 31 Outubro, 07 Novembro<br />
9.5.3. ACTIVIDADES PARA CRIANÇAS, JOVENS E FAMÍLIAS<br />
FÉRIAS EM SERRALVES<br />
Este programa convida os mais novos a umas férias diferentes e divertidas em contacto com a arte e a<br />
natureza, no Museu, na Quinta e no Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>. Através <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s pedagógicas<br />
<strong>de</strong> carácter lúdico preten<strong>de</strong>-se estimular a criativida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>senvolver a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão e potenciar a<br />
experiência em grupo, em oficinas com a duração <strong>de</strong> cinco manhãs ou tar<strong>de</strong>s.<br />
OFICINAS PÁSCOA<br />
29 <strong>de</strong> Março a 1 <strong>de</strong> Abril e 5 a 9 <strong>de</strong> Abril<br />
Cozinheiros <strong>de</strong> Palmo e Meio<br />
A Fingir que è Máquina<br />
MikroscopiKar<br />
Imagens <strong>de</strong>ntro das Imagens<br />
No Mundo das Cores<br />
Arquitectónicas<br />
Arte Passo a Passo<br />
Exploradores Científicos<br />
O Livro não é um Papão<br />
67
Saltou da Toca<br />
Exploradores Científicos<br />
A Geometria das Plantas<br />
Saltou da Toca<br />
MikroscopiKar<br />
OFICINAS VERÃO<br />
5 <strong>de</strong> Julho a <strong>10</strong> <strong>de</strong> Setembro<br />
Bio...diversão<br />
Cida<strong>de</strong>s Flexíveis<br />
Ecociência<br />
Cida<strong>de</strong>s Flexíveis<br />
Criações Científicas<br />
Música Reciclada<br />
Detectives & Companhia<br />
Criações Cientificas<br />
Uma Casa no Jardim<br />
Em Tamanho Real<br />
Ecociência<br />
Paisagens em Relevo<br />
Por <strong>de</strong>trás das Imagens<br />
Ecociência<br />
Férias científicas em <strong>Serralves</strong><br />
Férias científicas em <strong>Serralves</strong><br />
Esculturas em Movimento<br />
Livros e Afectos<br />
Criações Cientificas<br />
Música Reciclada<br />
Máquinas Felizes<br />
Criações Científicas<br />
Uma Casa no Jardim<br />
Ecociência<br />
Titerando<br />
Muuu….mentos na Quinta<br />
ACTIVIDADES PARA FAMÍLIAS<br />
Construções Improvisadas<br />
Férias científicas em <strong>Serralves</strong><br />
Férias científicas em <strong>Serralves</strong><br />
Mãos na Massa<br />
Em Tamanho Real<br />
Geometria das Plantas<br />
Ser Paisagem<br />
Super-Heróis<br />
Em Tamanho Real<br />
Muuu…mentos na Quinta<br />
Esculturas em Movimento<br />
Em tamanho real<br />
Ecociência<br />
Muuu…mentos na Quinta<br />
Cida<strong>de</strong>s flexíveis<br />
Criações Científicas<br />
Cida<strong>de</strong>s Flexíveis<br />
Uma Casa no jardim<br />
Ser Paisagem<br />
Ecociência<br />
OFICINAS NA<strong>TA</strong>L<br />
<strong>20</strong> a 30<strong>de</strong> Dezembro<br />
Árvore Surpresa<br />
Animais à solta<br />
Vamos Molekular!<br />
Bonecos Articulados<br />
Jornal artístico<br />
Cientista à Vista!<br />
Retratos<br />
Vamos moldar o Parque<br />
Cientista à Vista!<br />
Que cheirinho a Natal<br />
Vamos Molekular!<br />
FAMÍLIAS EM SERRALVES - AO FIM-DE-SEMANA<br />
Ver, experimentar, criar, brincar, passear, <strong>de</strong>scansar, <strong>de</strong>scontrair, em percursos <strong>de</strong> exploração, em oficinas e<br />
exposições, em conversas e piqueniques, à <strong>de</strong>scoberta da arte e dos artistas, mas também do ambiente, da<br />
biodiversida<strong>de</strong> e da paisagem.<br />
14, 21 e 28 <strong>de</strong> Fevereiro, 7, 14, 21 e 28 <strong>de</strong> Março, 3, 11, 18 e 25 <strong>de</strong> Abril, 2, 9, 16, 22, 23 e 30 <strong>de</strong> Maio, 13, <strong>20</strong> e 27 <strong>de</strong> Junho, 2,<br />
3, <strong>10</strong>, 17, 24 e 31 <strong>de</strong> Outubro, 7, 14, 21 e 28 <strong>de</strong> Novembro<br />
FAMÍLIAS EM SERRALVES - VERÃO <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Ao ar livre e sobre a relva, em família, participe em activida<strong>de</strong>s criativas e traga o seu piquenique nos fins-<strong>de</strong>semana<br />
quentes <strong>de</strong> Verão! Inscreva também o(s) seu(s) filho(s) em oficinas durante as semanas <strong>de</strong> férias.<br />
4, 11, 18 e 25 <strong>de</strong> Julho,1, 8, 15, 22 e 29 <strong>de</strong> Agosto, 5, 12 e 19 <strong>de</strong> Setembro<br />
“Este museu é bonito,<br />
gran<strong>de</strong> e fixe.”<br />
Cristiano, 9 anos, Portugal<br />
68
9.5.4. PROJECTOS DE INCLUSÃO SOCIAL<br />
PARCERIA COM O CENTRO EDUCATIVO DE SANTO ANTÓN<strong>IO</strong><br />
Parceria com vista ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s para os jovens resi<strong>de</strong>ntes no Centro Educativo <strong>de</strong><br />
Santo António, em regime semi-aberto, no âmbito da prevenção da <strong>de</strong>linquência e reinserção social: 4ª<br />
Edição da Leitura Furiosa, em parceria com a Associação francesa CARDAN, com o objectivo <strong>de</strong> levar a<br />
escrita e a leitura a públicos socialmente <strong>de</strong>sfavorecidos.<br />
27, 28, 29 e 30 Maio<br />
PROJECTO ME<strong>TA</strong>S<br />
Enquanto parceiro do projecto Metas / Mediar Escolhas, trabalhar autonomias – promovido pela Adilo<br />
(Agência para o Desenvolvimento integrado <strong>de</strong> Lor<strong>de</strong>lo do Ouro) ao abrigo do Programa Escolhas – o Serviço<br />
Educativo <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> organizou um conjunto <strong>de</strong> visitas e oficinas, com o objectivo <strong>de</strong> motivar um grupo <strong>de</strong><br />
crianças e jovens dos Bairros do Aleixo, Pasteleira e Condominhas, a envolver-se num processo criativo com<br />
<strong>Serralves</strong> ao longo do ano lectivo.<br />
Janeiro a Dezembro<br />
PROJECTO BAIRROS CRÍTICOS<br />
Numa parceria com o IRHU, no âmbito do projecto “Bairros Críticos”, a equipa do Serviço Educativo <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong> <strong>de</strong>slocou-se à Escola Básica do 2º e 3º Ciclo do Vale da Amoreira e à Escola Secundária da Baixa da<br />
Banheira, para realizar um conjunto <strong>de</strong> oficinas e uma acção <strong>de</strong> formação para professores no âmbito do<br />
projecto anual “Máquinas”.<br />
01 e 02 Março<br />
GRUPOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS<br />
Este programa <strong>de</strong> oficinas visa aprofundar a ligação com instituições vocacionadas para o apoio e<br />
acompanhamento <strong>de</strong> grupos com necessida<strong>de</strong>s especiais – crianças, jovens e adultos – através da organização<br />
<strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>spertam atitu<strong>de</strong>s relacionais e <strong>de</strong>senvolvem capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> concretização, permitindo a<br />
<strong>de</strong>scoberta do património da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
PERCURSOS E OFICINAS TEMÁTICAS<br />
Janeiro a Dezembro<br />
A Burra “Para<strong>de</strong>la”<br />
Com pés e cabeça<br />
De <strong>de</strong>do em <strong>de</strong>do<br />
Galinhas à solta<br />
Geometria das Bolachas<br />
Mãos à Horta<br />
O lugar do movimento<br />
Os animais da Quinta<br />
Parque à Vista<br />
Percursos no Parque<br />
Pinturas e espessuras<br />
Pinturas no Parque<br />
Tintas, Pintas e Pingas<br />
Ver<strong>de</strong> sobre ver<strong>de</strong><br />
Viagens<br />
PROGRAMA “CIÊNCIA PARA TODOS”<br />
Janeiro a Dezembro<br />
Luz, corrente eléctrica e outros efeitos<br />
A óptica e as ilusões da imagem<br />
Semear, germinar, coleccionar<br />
A ciência dos foguetões<br />
Os animais do parque<br />
Oficina das borboletas<br />
Fontes <strong>de</strong> energia renováveis<br />
69
9.5.5. CELEBRAÇÕES E FES<strong>TA</strong>S<br />
SEMANA DO AMBIENTE<br />
17 a 21 Maio <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
A semana da Energia e da Biodiversida<strong>de</strong> ofereceu às escolas e às famílias a participação gratuita num<br />
conjunto <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s dinamizadas no âmbito dos temas da ÁGUA, AR, TERRA, ENERGIA E B<strong>IO</strong>DIVERSIDADE<br />
Organizaram-se também Jogos do Ambiente e Mostras <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> turmas e Escolas convidadas pelo<br />
Serviço Educativo, visando o objectivo <strong>de</strong> promover a partilha <strong>de</strong> conhecimentos entre jovens.<br />
FES<strong>TA</strong> DO AMBIENTE<br />
1 Junho <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
A iniciativa “Festa do Ambiente” visa celebrar o Dia Mundial do Ambiente e o Dia Mundial da Criança. Num<br />
momento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> festivida<strong>de</strong> preten<strong>de</strong>-se recordar todo o trabalho realizado pelas escolas no âmbito da<br />
educação para a protecção do meio ambiente, ao longo do ano lectivo transacto.<br />
Os participantes foram surpreendidos com uma animada programação que envolveu música, dança, teatro,<br />
oficinas temáticas e jogos do ambiente, concebidos tendo em mente a sensibilização para a preservação do<br />
meio ambiente.<br />
NOITE E DIA INTERNAC<strong>IO</strong>NAL DOS MUSEUS<br />
16 e 18 Maio <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
O Serviço Educativo celebrou a Noite e o Dia Internacional dos Museus com uma programação cultural<br />
reforçada que envolveu visitas, oficinas, apresentações <strong>de</strong> trabalhos escolares na área do ambiente, e<br />
inauguração da exposição do projecto anual com escolas, fruto <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong> trabalho em parceria.<br />
FES<strong>TA</strong> DO OUTONO<br />
26 Setembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Com chegada do Outono a natureza renova-se. É tempo <strong>de</strong> colheitas, <strong>de</strong> vindimas e também <strong>de</strong> festejar!<br />
<strong>Serralves</strong> celebra este novo ciclo oferecendo ao seu público um conjunto <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s diversificadas e<br />
criativas para todas as ida<strong>de</strong>s, num dia <strong>de</strong>dicado às famílias em que se reavivam tradições e costumes: teatro<br />
<strong>de</strong> marionetas, música, percursos na Quinta e oficinas temáticas como, por exemplo, a oficina Bonecos do<br />
tempo dos Nossos Avós em que pais e filhos são convidados a separar as espigas das barbas <strong>de</strong> milho e do<br />
folhelho, <strong>de</strong>sfazer um fardo <strong>de</strong> palha e construir bonecos <strong>de</strong> outros tempos com matérias naturais<br />
Houve ainda uma Feira do Livro Infantil e uma Feira <strong>de</strong> Flores e <strong>de</strong> Produtos Biológicos, com venda <strong>de</strong><br />
compotas, ervas aromáticas e azeite<br />
9.5.6. PARCERIAS INTERNAC<strong>IO</strong>NAIS<br />
TURBINEGENERAT<strong>IO</strong>N (<strong>TA</strong>TE MODERN)<br />
Janeiro a Dezembro<br />
A Tate convidou o SE a ser parceiro <strong>de</strong> um projecto educativo internacional que coloca escolas <strong>de</strong><br />
vários países a trabalhar em conjunto. A i<strong>de</strong>ia é a <strong>de</strong> que <strong>Serralves</strong> a "hub gallery" em Portugal e funcione<br />
como mediador do projecto, ajudando na selecção <strong>de</strong> 4 escolas e dando o apoio necessário. O ponto <strong>de</strong><br />
partida será a obra <strong>de</strong> Miroslaw Balka, artista presente na Colecção <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, cuja obra será exposta no<br />
Turbine Hall da TateMo<strong>de</strong>rn. Este projecto conta com o apoio da Unilever. Ao nível da participação <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong> não há qualquer custo envolvido. A Tate propõe que um "artist educator" da sua equipa venha a<br />
Portugal trabalhar quer com as escolas, quer com a equipa do SE (numa sessão <strong>de</strong> formação).<br />
70
9.6. REFLEXÃO, DEBATE E ESTUDO SOBRE A CONTEMPORANEIDADE<br />
Na sua vertente <strong>de</strong> Centro <strong>de</strong> reflexão, <strong>de</strong>bate e estudo das gran<strong>de</strong>s questões da contemporaneida<strong>de</strong>,<br />
<strong>Serralves</strong> promoveu 3 colóquios e 83 sessões dos mais variados cursos Workshops e Seminários.<br />
Nº <strong>de</strong> Sessões<br />
1<strong>20</strong><br />
<strong>10</strong>0<br />
80<br />
21<br />
3<br />
<strong>10</strong><br />
60<br />
40<br />
76<br />
68<br />
83<br />
<strong>20</strong><br />
0<br />
<strong>20</strong>08 <strong>20</strong>09 <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Cursos (sessões)<br />
Colóquios (sessões)<br />
Ano<br />
Nesta temática <strong>de</strong>staca-se, para além do ciclo <strong>de</strong> seminários “Arte e Cultura Contemporânea – Abordagens e<br />
Perspectivas”, a Conferência “O Admirável Mundo Nosso”, organizada em parceria com o IPATIMUP, as<br />
Jornadas AEP | <strong>Serralves</strong> – “Portugal <strong>20</strong><strong>20</strong>”, o Programa Arte, Política, Globalização | Conferências | Mesas<br />
Redondas | Seminários, que contaram com o interesse e a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> público e, a<br />
segunda edição dos encontros POP’S – Projectos Originais Portugueses que foram organizados no sentido <strong>de</strong><br />
incentivar e apoiar novos criadores, estimular o mercado, promover a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> projectos criativos e<br />
reforçar o posicionamento da loja da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
ARTE E CULTURA CONTEMPORÂNEA – ABORDAGENS E PERSPECTIVAS<br />
Durante o ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, diversos investigadores, curadores e artistas dialogaram com o público numa<br />
discussão crítica em torno das artes visuais e da cultura contemporânea.<br />
AS FÚRIAS - IMAGENS E MOVIMENTOS SOCIAIS EM PORTUGAL NO SÉCULO XX<br />
27 Março a 27 Novembro<br />
O século passado, caracterizado pelo acelerado progresso tecnológico e por conflitos armados a uma escala<br />
inédita na história, foi um período conturbado que fez um país periférico como Portugal conhecer três<br />
revoluções e quatro regimes políticos. As convulsões sociais e os momentos <strong>de</strong> quietu<strong>de</strong> no país – que nunca<br />
foram indiferentes aos ciclos vividos no plano internacional nem às guerras alimentadas à distância –,<br />
revelaram-se publicamente em configurações diversas, cristalizaram-se em imagens documentais e<br />
constituíram matéria <strong>de</strong> reflexão para o trabalho <strong>de</strong> muitos artistas portugueses.<br />
Através do Seminário As Fúrias foi proposta uma revisão crítica das relações mantidas entre as imagens e a<br />
evolução da socieda<strong>de</strong> portuguesa, ao longo do século XX, <strong>de</strong>stinado a um público interessado nas diversas<br />
formas <strong>de</strong> expressão artística. As sessões organizaram-se tematicamente e todas atravessam a globalida<strong>de</strong><br />
do século.<br />
O seminário As Fúrias procurou ainda estimular o <strong>de</strong>bate entre os participantes, <strong>de</strong>senvolvendo uma reflexão<br />
alargada sobre as implicações entre a realida<strong>de</strong> social, a política e a estética, tomando como paradigma o<br />
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frágil mas complexo contexto português <strong>de</strong> novecentos.<br />
Concepção orientação: João Sousa Cardoso<br />
SEMINÁR<strong>IO</strong> SOBRE A EDIÇÃO - PUBLICAÇÕES INDEPENDENTES DE ARTE NA AMÉRICA LATINA E EM<br />
PORTUGAL<br />
13 Dezembro<br />
O projecto co-produzido pelo MUSAC e pela Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> consistiu num fórum <strong>de</strong>dicado à edição<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte na América Latina e Portugal. Foram dois dias, um em León e outro no Porto, <strong>de</strong> intensa<br />
discussão pública sobre as potencialida<strong>de</strong>s da auto-edição, para os quais foram convidados reputados<br />
especialistas, editores <strong>de</strong> revistas e <strong>de</strong> livros <strong>de</strong> artista, responsáveis por projectos editoriais que recorrem às<br />
novas tecnologias, nomeadamente à internet. No Porto, a apresentação dos projectos e a subsequente<br />
discussão pública, tiveram lugar na biblioteca do Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>. Além dos oradores, provenientes da<br />
Argentina, da Colômbia e <strong>de</strong> Portugal, estiveram presentes cerca <strong>de</strong> 60 pessoas, entre professores e alunos<br />
<strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> Belas-Artes e Design, editores in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, interessados em temas relacionados com a edição<br />
em geral. A acção conseguiu, nesse sentido, beneficiar todos aqueles que se interessam por estas temáticas e<br />
que vivem e trabalham na região norte <strong>de</strong> Portugal. Também serviu <strong>de</strong> complemento aos programas<br />
universitários, propondo uma reflexão que ampliou o alcance dos respectivos currículos – na assistência<br />
estavam vários alunos e professores, que participaram activamente no período <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate e para quem esta<br />
acção significou um estímulo para a continuida<strong>de</strong>, ou para a criação, <strong>de</strong> projectos editoriais.<br />
PROGRAMA ARTE, POLÍTICA, GLOBALIZAÇÃO | CONFERÊNCIAS | MESAS REDONDAS |<br />
SEMINÁR<strong>IO</strong>S<br />
Activismo, cidadania, revolução, utopia, <strong>de</strong>mocracia, comunida<strong>de</strong>, são alguns dos conceitos subjacentes a este<br />
programa, estruturado <strong>de</strong> modo a incluir diferentes formatos – conferências, workshops, conversas com<br />
artistas – na perspectiva <strong>de</strong> constituir uma plataforma <strong>de</strong> pensamento e <strong>de</strong> acção que cruza fronteiras<br />
disciplinares, geográficas e teóricas, sublinhando a relevância do político nas práticas artísticas na<br />
actualida<strong>de</strong>. Política em Exposição, Existência Precária, Multidão e Esfera Pública, são alguns dos temas que<br />
estiveram em <strong>de</strong>staque entre Novembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> e Março <strong>de</strong> <strong>20</strong>11, em articulação com a exposição “Às Artes<br />
Cidadãos!”, no âmbito das Comemorações do Centenário da República. | Co-financiado pelo Programa<br />
Operacional Regional do Norte – ON2.<br />
"VIVER POLITICAMENTE OU SOBRE AS RELAÇÕES ENTRE TEORIA E PRÁTICA”<br />
SEMINÁR<strong>IO</strong> 48 HORAS DE VIDA COMUNITÁRIA.<br />
22 e 23 Novembro<br />
Que lutas partilhamos Como combinar teoria e arte com uma vida política militante Usando o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
“peça didáctica” <strong>de</strong> Bertolt Brecht, a discussão em torno <strong>de</strong>stas questões reuniu um grupo <strong>de</strong> trabalhadores<br />
culturais <strong>de</strong> diversos campos do conhecimento, e <strong>de</strong>senvolveu-se ao longo <strong>de</strong> dois dias <strong>de</strong> seminário,<br />
terminando com uma apresentação pública.<br />
O colectivo russo Chto <strong>de</strong>lat, fundado em <strong>20</strong>03 em São Petersburgo, é uma plataforma crítica que integra<br />
artistas, filósofos e escritores, propondo a sua activida<strong>de</strong> uma espécie <strong>de</strong> fusão entre arte, activismo e teoria<br />
política.<br />
Participação: colectivo Chto Delat<br />
DIÁSPORA.<br />
2 a 6 Novembro<br />
Abordar o tema das migrações contemporâneas tendo como ponto <strong>de</strong> partida uma reflexão colectiva sobre<br />
vários textos foi o que se propôs fazer Carolina Caycedo com o seu workshop/site-specific “Diáspora”.<br />
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Com um arquitecto (italiano), dois artistas (um brasileiro e uma argentina), uma historiadora <strong>de</strong> arte<br />
(espanhola) e um coreógrafo (japonês), a artista partilhou e <strong>de</strong>bateu os ensaios que, na sua opinião, melhor<br />
reflectem sobre como se tem “reconfigurado a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> cidadania e <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> através da imigração<br />
contemporânea”.<br />
O trabalho <strong>de</strong> reflexão colectiva traduziu-se na criação <strong>de</strong> frases – conclusões, perguntas, reivindicações,<br />
intervenções, “espelhos das experiências dos participantes” – que foram expostas nas escadas que conduzem<br />
ao piso inferior do Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> no âmbito da exposição “Ás Artes, Cidadãos!”.<br />
“ISTO, O POVO NÃO ESQUECE”, RIGO 23<br />
Quando, em Maio <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, a imagem peregrina <strong>de</strong> Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima passou ao lado da igreja da<br />
Ribeira Seca (Machico, Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira) e <strong>de</strong> costas voltadas para ela, reacen<strong>de</strong>ram-se na<br />
paróquia crispações antigas com o po<strong>de</strong>r instituído. Com um historial <strong>de</strong> resistência ao fascismo, a Ribeira<br />
Seca é já há muito tempo uma referência para Rigo 23 (Ricardo Gouveia), artista plástico nascido na Ilha da<br />
Ma<strong>de</strong>ira, em 1966, que vive em São Francisco <strong>de</strong>s<strong>de</strong> meados dos anos <strong>de</strong> 1980, e que <strong>de</strong>senvolve um trabalho<br />
artístico, principalmente em espaços públicos, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> projecção.<br />
Ao ser convidado a participar em Às Artes, Cidadãos!, o ma<strong>de</strong>irense <strong>de</strong> 44 anos recordou uma antiga<br />
promessa feita ao padre <strong>de</strong> Ribeira Seca – Martins Júnior – quando, em 1985, um grupo <strong>de</strong> polícias tentou<br />
entrar na igreja local para expulsar o padre que há 32 anos está suspenso pela hierarquia católica – embora<br />
continue, à revelia da instituição e com o apoio da população, a celebrar a missa e a ministrar sacramentos.<br />
A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> trabalhar sobre esses acontecimentos acabou por dar lugar a outra, pois 25 anos mais tar<strong>de</strong>, as<br />
crispações entre a paróquia e a hierarquia da Igreja Católica ma<strong>de</strong>irense voltaram a manifestar-se, três meses<br />
<strong>de</strong>pois do momento “traumatizante” que foram as cheias <strong>de</strong> Fevereiro.<br />
“Geralmente, quando há um <strong>de</strong>sastre natural as pessoas ficam mais unidas pois passam a ser sobreviventes<br />
da mesma coisa”. Decidiu então abordar esse acontecimento. “Os habitantes <strong>de</strong> Ribeira Seca ficaram<br />
indignados quando, a propósito da vinda do papa Bento XVI a Portugal, a imagem peregrina <strong>de</strong> Nossa Senhora<br />
<strong>de</strong> Fátima passou por todas as igrejas ma<strong>de</strong>irenses menos pela sua. Além <strong>de</strong> não ir ao adro e passar longe,<br />
passou <strong>de</strong> costas voltadas para a população”.<br />
“Isto, o povo não esquece”, escreveu no «Diário <strong>de</strong> Notícias» ma<strong>de</strong>irense uma habitante indignada. O artista<br />
consi<strong>de</strong>ra que este foi “um pequeno momento, mas revelador”, tanto mais por ter acontecido no ano do<br />
centenário da implantação da República. “Um dos aspectos problemáticos da monarquia era a não renovação<br />
dos lí<strong>de</strong>res políticos. Acontece que na Ma<strong>de</strong>ira temos o mesmo lí<strong>de</strong>r há 32 anos”.<br />
Essa frase <strong>de</strong> revolta po<strong>de</strong>rá ser vista numa tela gigante no centro histórico do Porto. No Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>,<br />
po<strong>de</strong>rá ver-se uma instalação com uma reinterpretação da estátua peregrina <strong>de</strong> Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima e a<br />
imagem da igreja ma<strong>de</strong>irense.<br />
A par <strong>de</strong>ste trabalho sobre a Ribeira Seca, Rigo 23 realizou um projecto <strong>de</strong> intervenção urbana com jovens do<br />
Porto, uma colaboração entre a Agência <strong>de</strong> Desenvolvimento Integrado <strong>de</strong> Lor<strong>de</strong>lo do Ouro (ADILO) e o<br />
Serviço Educativo <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>. Na escola EB1 da Pasteleira, pintaram uma série <strong>de</strong> murais cujo mote foi o<br />
<strong>de</strong>senho <strong>de</strong> uma das crianças da própria escola.<br />
“As crianças fizeram vários <strong>de</strong>senhos e houve um que me tocou especialmente, a mim e aos jovens com quem<br />
estava a trabalhar. Nele havia uma forma oval cor-<strong>de</strong>-rosa encimada pela frase: «Há aqui <strong>de</strong>ntro um tesouro<br />
guardado». Pareceu-me uma metáfora fantástica para uma escola básica”. À volta <strong>de</strong>sse primeiro painel<br />
nasceu o resto, incluindo um retrato do planeta Terra que situa o Bairro da Pasteleira no mundo.<br />
POLÍTICA EM EXPOSIÇÃO<br />
27 <strong>de</strong> Novembro<br />
Os <strong>de</strong>bates «Políticas em exposição» preten<strong>de</strong>ram ser um espaço <strong>de</strong> apresentação e revisão crítica <strong>de</strong> um<br />
73
conjunto <strong>de</strong> exposições <strong>de</strong> referência que cruzaram a arte e questões políticas e sociais. Para esta primeira<br />
sessão foram convidadas Chrissie Iles e Catherine David. A primeira é curadora no Whitney Museum of Art, <strong>de</strong><br />
Nova Iorque e foi comissária, em <strong>20</strong>04 e <strong>20</strong>06, da Bienal <strong>de</strong> Whitney. O seu trabalho <strong>de</strong>staca-se pela atenção<br />
que dá à relação entre as questões políticas e artísticas. É especializada em arte dos anos 60 e 70, em filmes<br />
<strong>de</strong> arte e ví<strong>de</strong>o instalações.<br />
Chrissie Iles estará em diálogo com a francesa Catherine David, que foi curadora da Documenta <strong>de</strong> Kassel, em<br />
1997, e directora do Centro <strong>de</strong> Arte Contemporânea <strong>de</strong> Roterdão Witte <strong>de</strong> With, entre <strong>20</strong>02 e <strong>20</strong>04. Des<strong>de</strong><br />
1998 que organiza «Tamáss – Representações Árabes Contemporâneas / Représentations Arabes<br />
Contemporaines» um projecto que se <strong>de</strong>senvolve em diversas cida<strong>de</strong>s e que junta exposições, seminários e<br />
publicações.<br />
AMBIENTE EM DEBATE<br />
A Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, em parceria com a Liga para a Protecção da Natureza (LPN), tem vindo a promover<br />
um ciclo <strong>de</strong> conversas intituladas sobre ambiente, com o objectivo <strong>de</strong> difundir informação, suscitar o <strong>de</strong>bate e<br />
contribuir para ampliar conhecimentos em matéria <strong>de</strong> ambiente e cidadania.<br />
21 Janeiro a 11 Novembro <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
B<strong>IO</strong>DIVERSIDADE - As opções <strong>de</strong> consumo afectam a Biodiversida<strong>de</strong><br />
ENERGIA - Mais eficiência, menos consumo. Será esta a solução<br />
FLORES<strong>TA</strong> - Produtos certificados <strong>de</strong> origem florestal: novas opções para os consumidores informados<br />
ÁGUA - Como optimizar o recurso água perante a escassez anunciada<br />
CONSUMO RESPONSÁVEL - Como influenciar o consumo Consumindo<br />
MOBILIDADE - Como as nossas opções <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> afectam o Ambiente<br />
O FUTURO DA AGRICULTURA - Sustentabilida<strong>de</strong> ou Desertificação<br />
DESERTIFICAÇÃO EM PORTUGAL - Mito ou Realida<strong>de</strong><br />
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS: O DESAF<strong>IO</strong> APÓS COPENHAGA<br />
No dia 29 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> realizou-se em <strong>Serralves</strong>, com o alto patrocínio do Presi<strong>de</strong>nte da República a<br />
conferência Alterações Climáticas: o Desafio Após Copenhaga.<br />
A Conferência <strong>de</strong> Copenhaga, realizada em Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong>09, perspectivava-se como um dos encontros<br />
mais importantes da história sobre o meio ambiente e as alterações climáticas. O acordo a assinar, resultante<br />
<strong>de</strong> um processo negocial conduzido pelas Nações Unidas, daria sequência ao Protocolo <strong>de</strong> Quioto <strong>de</strong> 1997 e<br />
<strong>de</strong>veria ter como objectivo estabelecer metas para a redução <strong>de</strong> emissões e o nível <strong>de</strong> comprometimento dos<br />
diversos países até <strong>20</strong><strong>20</strong>. A União Europeia teve um papel primordial e <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança na preparação <strong>de</strong><br />
propostas. Os resultados ficaram, porém, longe do pretendido. O Acordo <strong>de</strong> Copenhaga limitou-se a um<br />
documento vago e não vinculativo, preparado pelos Estados Unidos da América, China, Índia, Brasil e África<br />
do Sul. A ONU e a UE foram marginalizadas bem como os países mais pobres, potencialmente mais afectados<br />
pelas alterações climáticas.<br />
É um facto in<strong>de</strong>smentível que o clima está a alterar-se, com impactos significativos na vida <strong>de</strong> todos nós. De<br />
acordo com o Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas (IPCC) da ONU e com as projecções dos<br />
cientistas, é necessário reduzir as emissões <strong>de</strong> dióxido <strong>de</strong> carbono entre 25 e 40% relativamente aos níveis<br />
<strong>de</strong> 1990 e <strong>de</strong>senvolver até <strong>20</strong>50 uma economia com baixas emissões <strong>de</strong> gases com efeito estufa, para evitar<br />
uma catástrofe climática <strong>de</strong>corrente do aquecimento global.<br />
O <strong>de</strong>safio é enorme e é necessário restabelecer a credibilida<strong>de</strong> perdida em Copenhaga. A COGEN Portugal, a<br />
APGEI e <strong>Serralves</strong> partilham estas preocupações e quiseram aproveitar esta oportunida<strong>de</strong> para dar a<br />
conhecer o que motiva alguns dos principais intervenientes no processo e como chegar a um acordo da maior<br />
74
importância para o futuro da humanida<strong>de</strong>.<br />
Organização: COGEN Portugal (Associação Portuguesa para a Eficiência Energética e Promoção da Cogeração) e da<br />
APGEI (Associação Portuguesa <strong>de</strong> Gestão e Engenharia Industrial), em parceria com a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
CONFERÊNCIA “O ADMIRÁVEL MUNDO NOSSO”<br />
4 Novembro <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Em <strong>20</strong><strong>10</strong> a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> associou-se ao Instituto <strong>de</strong> Patologia e Imunologia Molecular da<br />
Universida<strong>de</strong> do Porto (IPATIMUP) na realização da 14ª edição da Conferência do Equinócio.<br />
A reflexão multidisciplinar sobre investigação, medicina e cidadania, acontece todos os anos sob um tema<br />
diferente No ano em que o IPATIMUP e a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> comemoraram 21 anos <strong>de</strong> existência, a<br />
Conferência teve como tema O Admirável Mundo Nosso, utilizando a referência à utopia negra <strong>de</strong> Aldous<br />
Huxley, para pensar o estado actual das virtualida<strong>de</strong>s da ciência e da técnica e suas repercussões no mundo<br />
cultural e social.<br />
Para este edição, o IPATIMUP convidou para o cargo <strong>de</strong> organizador externo convidado o Neurocientista João<br />
Lobo Antunes e para oradores o matemático António Machiavelo, o arquitecto Eduardo Souto Moura, o<br />
biólogo molecular João Ferreira e o musicólogo Rui Vieira Nery, representantes das áreas que George Steiner<br />
consi<strong>de</strong>ra formarem o Quadrivium Mo<strong>de</strong>rno: a matemática, a arquitectura, a biologia molecular e a música.<br />
A iniciativa foi da responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Rui Mota Cardoso, professor da FMUP e investigador do IPATIMUP.<br />
JORNADAS AEP | SERRALVES – “PORTUGAL <strong>20</strong><strong>20</strong>”<br />
12 <strong>de</strong> Novembro <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
A Fundação AEP, programou em parceria com a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> a sua primeira gran<strong>de</strong> iniciativa<br />
pública - um <strong>de</strong>bate prospectivo sobre Portugal em <strong>20</strong><strong>20</strong> em que intervieram empresários e lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong><br />
opinião.<br />
Tratou-se <strong>de</strong> uma primeira edição <strong>de</strong> um encontro anual <strong>de</strong> reflexão sobre a situação <strong>de</strong> Portugal e o papel do<br />
nosso país no mundo globalizado, cruzando experiências e visões <strong>de</strong> agentes empresariais, do conhecimento,<br />
da cultura e da inovação.<br />
A iniciativa preten<strong>de</strong>u retomar uma tradição que levou a AEP a promover nos últimos anos do século passado<br />
e nos primeiros <strong>de</strong>ste, os encontros <strong>de</strong> Vidago, que se chegaram a notabilizar com um espaço <strong>de</strong> interacção<br />
entre o tecido empresarial, as instituições <strong>de</strong> ensino superior e <strong>de</strong> investigação e os agentes políticos e lí<strong>de</strong>res<br />
<strong>de</strong> opinião <strong>de</strong> então.<br />
Foram oradores nestas jornadas <strong>de</strong> estreia, realizadas no auditório da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> o Prof. José<br />
Pacheco Pereira, Prof. Manuel Vilares, Dr. José Felix Ribeiro, Eng.º Luís Mira Amaral, Dr. Luís Filipe Pereira,<br />
Prof. Sebastião Feyo <strong>de</strong> Azevedo, Dr. Carlos Costa e Dr. António Vitorino.<br />
A este naipe multifacetado <strong>de</strong> oradores juntaram-se os presi<strong>de</strong>ntes das Fundações AEP e <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, Dr.<br />
Paulo Nunes <strong>de</strong> Almeida e Eng.º Luís Braga da Cruz, respectivamente; o Administrador da Fundação AEP<br />
Prof. Luís Valente <strong>de</strong> Oliveira; o Presi<strong>de</strong>nte da AEP, Eng.º José António Barros; e os empresários e gestores<br />
Eng.º João Serrenho, Engº José Carlos Cal<strong>de</strong>ira e Eng.º Virgílio Folha<strong>de</strong>la, que animaram uma mesa-redonda<br />
sobre “O Futuro da Indústria em Portugal”.<br />
75
9.7. SERRALVES EM FES<strong>TA</strong><br />
Foram programadas 93 activida<strong>de</strong>s diferentes, distribuídas pelos 18 hectares do Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, num<br />
total <strong>de</strong> 259 sessões, em que participaram 32 instituições culturais parceiras e 28 parceiros vários, mais <strong>de</strong><br />
600 artistas, provenientes <strong>de</strong> vários países e em que colaboraram mais <strong>de</strong> <strong>10</strong>0 voluntários.<br />
As activida<strong>de</strong>s apresentadas durante o evento abrangeram todas as áreas <strong>de</strong> expressão artística - artes<br />
plásticas, teatro, dança, jazz, música clássica, rock, festa com DJ’s, cinema, novo circo, performances,<br />
instalações, bem como um vasto conjunto <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s educativas e <strong>de</strong> formação, realizadas por artistas e<br />
equipas técnicas, <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> <strong>20</strong> diferentes nacionalida<strong>de</strong>s.<br />
O “<strong>Serralves</strong> em Festa” constitui um marco no calendário da programação cultural do país e tem vindo a<br />
reforçar seu carácter único e exclusivo na Europa, enquanto festival contemporâneo <strong>de</strong> todas as artes e que<br />
convoca, durante 40 horas non stop, um conjunto diversificado <strong>de</strong> expressões artísticas gratuitas para todas<br />
as ida<strong>de</strong>s, para todas as famílias e para a família toda.<br />
Com o reforço da promoção/divulgação/comunicação social, que contou com o apoio do Turismo <strong>de</strong> Portugal,<br />
aliado ao aumento da qualida<strong>de</strong> da programação e da maior participação <strong>de</strong> artistas internacionais <strong>de</strong><br />
renome, a Sétima edição do <strong>Serralves</strong> em Festa trouxe um novo recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> público. Entre as 8h00 <strong>de</strong> sábado<br />
e a meia-noite <strong>de</strong> domingo, <strong>10</strong>2 mil e 507 pessoas visitaram o evento. Este número ultrapassa largamente os<br />
valores <strong>de</strong> <strong>20</strong>09, ano em que 86 mil e 688 pessoas não faltaram ao certame.<br />
Integrado no âmbito do <strong>Serralves</strong> em Festa, também em <strong>20</strong><strong>10</strong> foi realizado o Concurso <strong>de</strong> Projectos<br />
Artísticos, dirigido a jovens criadores don<strong>de</strong> resultaram projectos que foram incluídos na programação.<br />
Preten<strong>de</strong>u-se, <strong>de</strong>sta forma, continuar a promover a jovem criação artística, proporcionando a sua visibilida<strong>de</strong><br />
junto <strong>de</strong> públicos diversificados e alargados e <strong>de</strong> outras estruturas artísticas.<br />
Em <strong>20</strong><strong>10</strong>, no âmbito da sua 7ª edição que <strong>de</strong>correu nos dias 5 e 6 <strong>de</strong> Junho realizaram-se pela primeira vez<br />
activida<strong>de</strong>s na quinta-feira que antece<strong>de</strong>u o evento, no Aeroporto “Francisco Sá Carneiro”, que continuaram<br />
no dia seguinte, 4 <strong>de</strong> Junho, nas ruas da Baixa do Porto, com teatro <strong>de</strong> rua, música, dança e performance.<br />
Mecenas: BPI<br />
Patrocinador: Super Bock<br />
Apoio: Turismo <strong>de</strong> Portugal<br />
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ACTIVIDADES NA BAIXA DO PORTO<br />
Tal como em <strong>20</strong>08 e <strong>20</strong>09, também em <strong>20</strong><strong>10</strong> se apresentaram activida<strong>de</strong>s fora dos muros da Fundação, com<br />
espectáculos e animação cultural na Baixa do Porto e, pela primeira vez, no Aeroporto do Porto.<br />
TEATRO DE RUA<br />
A-<strong>TA</strong>-KA!<br />
COMPANHIA CAL Y CANTO<br />
PERFORMANCE<br />
SOLITUDE<br />
ANA MARTINS - Vencedor do Concurso <strong>de</strong> Projectos Artísticos para o <strong>Serralves</strong> em Festa <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
BELIBA<br />
COLECTIVO L.I.B.A.<br />
MÚSICA<br />
COLOMBINA´S DIRECTO<br />
COLOMBINA’S - Vencedor do Concurso <strong>de</strong> Projectos Artísticos para o <strong>Serralves</strong> em Festa <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
THIS PLANET SUCKS!<br />
TIAGO JOSÉ PEIXOTO MARTINS - Vencedor do Concurso <strong>de</strong> Projectos Artísticos para o <strong>Serralves</strong> em Festa <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
F.R.I.C.S.<br />
GRUPO DE TROMBONES DA EPME<br />
ESCOLA PROFISS<strong>IO</strong>NAL DE MÚSICA DE ESPINHO<br />
ACTIVIDADES NO AEROPORTO FRANCISCO SÁ CARNEIRO<br />
TEATRO DE RUA/TEATRO DE OBJECTOS<br />
TOUT VA BIEN<br />
COMPANHIA KUMULUS<br />
ACTIVIDADES EM SERRALVES<br />
MÚSICA<br />
APRENDIZES DE FAZEDORES DE MÚSICA<br />
ACADEMIA DE MÚSICA DE COS<strong>TA</strong> CABRAL<br />
B. FLEISCHMANN<br />
B. FLEISCHMANN & CHRISTOF KURZMANN<br />
B. FLEISCHMANN, JOÃO PAIS FILIPE E JORGE<br />
QUEIJO<br />
BIG BAND ESMAE<br />
BIG BAND HOT CLUBE DE PORTUGAL<br />
Comissariado: António Curvelo<br />
BONAPARTE<br />
CARD BLANCHE ENSEMBLE<br />
DEREK SHIRLEY´S CARD BLANCHE ENSEMBLE<br />
dOP<br />
GRUPO DE PERCUSSÃO DA EPME<br />
ESCOLA PROFISS<strong>IO</strong>NAL DE MÚSICA DE ESPINHO<br />
JAMES BROWN'S FUNKY DIVAS VERSUS THE<br />
REVOLUT<strong>IO</strong>N OF THE MIND<br />
BURNT SUGAR THE ARKESTRA CHAMBER<br />
JOKER<br />
DRUMMING-GRUPO DE PERCUSSÃO<br />
KOLOMBO + LOULOU PLAYERS<br />
MARGARETH KAMMERER, GUS<strong>TA</strong>VO COS<strong>TA</strong>,<br />
HENRIQUE FERNANDES E JOÃO MARTINS<br />
MARGARETH KAMMERER TR<strong>IO</strong><br />
MARTIN BRANDLMAYR<br />
MARTIN BRANDLMAYR´S CARD BLANCHE<br />
ENSEMBLE<br />
MUSIK EXTENDED<br />
O REGRESSO DA MÚSICA DOS VENTOS<br />
ENSEMBLE SAXOFONES VENTOS NOVOS<br />
ORQUESTRA DE GUI<strong>TA</strong>RRAS E BAIXOS<br />
ELÉCTRICOS<br />
ORQUESTRA DE JAZZ DA EPME<br />
ESCOLA PROFISS<strong>IO</strong>NAL DE MÚSICA DE ESPINHO<br />
RUBY RUBY RUBY<br />
SCHNEE<br />
STEVE HEATHER´S CARD BLANCHE ENSEMBLE<br />
THE INTERNAT<strong>IO</strong>NAL NOTHING<br />
THE MAGIC ID<br />
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DANÇA<br />
DO LUGAR DE ONDE VOU<br />
BALLETEATRO ESCOLA PROFISS<strong>IO</strong>NAL<br />
FICARÃO DE FORA OS CÃES<br />
BALLETEATRO ESCOLA PROFISS<strong>IO</strong>NAL<br />
ÍMAN<br />
FILIPA FRANCISCO, WONDERFULL’S KOVA M & CONVIDADOS<br />
PERSONAGENS DE ÁGUA<br />
ALDARA BIZARRO<br />
VALE<br />
CRIAÇÃO DE MADALENA VICTORINO COM MÚSICA DE CARLOS BICA<br />
TEATRO<br />
A-<strong>TA</strong>-KA!<br />
COMPANHIA CAL Y CANTO<br />
BULL<br />
COMPANHIA LES CHOSES DE RIEN<br />
O JARDINEIRO<br />
JOÃO LIZARDO<br />
MOGRR<br />
MÉ<strong>TA</strong>LU A CHAHUTER<br />
PIG<br />
WHALLEY RANGE ALL S<strong>TA</strong>RS<br />
RIQUETE DO TOPETE<br />
CIRCO CONTEMPORÂNEO<br />
SHOOT THE GIRL FIRST<br />
COMPANHIA LE NADIR<br />
PERFORMANCE<br />
BARRIGA<br />
ANALICE CAMPOS<br />
BELIBA<br />
COLECTIVO L.I.B.A.<br />
ICEBURN<br />
PEDRO SOUSA PEREIRA<br />
QUIS QUE AS GALINHAS ABOR<strong>TA</strong>SSEM<br />
D<strong>IO</strong>GO GOES<br />
VIVER A RUA<br />
JOSHUA SOFAER<br />
CINEMA / VIDEO / INS<strong>TA</strong>LAÇÃO<br />
AGÊNCIA, UMA DÉCADA EM CUR<strong>TA</strong>S – FLUXOS E<br />
TRAVELOGS<br />
AGÊNCIA DA CUR<strong>TA</strong> METRAGEM<br />
AGÊNCIA, UMA DÉCADA EM CUR<strong>TA</strong>S - LOST IN<br />
ART<br />
AGÊNCIA DA CUR<strong>TA</strong> METRAGEM<br />
BRH+<br />
HENRIQUE SERRO<br />
CINEMA DE ANIMAÇÃO<br />
ENTRE<strong>TA</strong>NTO<br />
ACADEMIA CONTEMPORÂNEA DO ESPECTÁCULO<br />
TOUT VA BIEN<br />
COMPANHIA KUMULUS<br />
UM BEIJO QUE RETORNA AO MAR<br />
UTÓPOLIS ACTOS E RETRATOS<br />
TEATRO DO FR<strong>IO</strong><br />
UTÓPOLIS ASCENÇÃO<br />
TEATRO DO FR<strong>IO</strong><br />
UTÓPOLIS INAUGURAÇÃO<br />
TEATRO DO FR<strong>IO</strong><br />
FELÍCIA TEIXEIRA<br />
FORMAS BREVES– CÁ E LÁ<br />
FORMAS BREVES– DE TODAS AS MANEIRAS<br />
HIPNOSE<br />
JOÃO MIGUEL AFONSO<br />
PAMPLINAS MAQUINIS<strong>TA</strong>, DE BUSTER KEATON<br />
PELAS SOMBRAS<br />
CA<strong>TA</strong>RINA MOURÃO E LOURDES CASTRO<br />
PLANE<strong>TA</strong><br />
GRAZIA TODERI<br />
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FOTOGRAFIA<br />
FOTOGAME<br />
FOTOADRENALINA<br />
RETRATO DE FAMÍLIA E FOTOGRAFIAS DOS VISI<strong>TA</strong>NTES<br />
INSTITUTO PORTUGUÊS DE FOTOGRAFIA<br />
JOGO FOTOGRÁFICO | PASSATEMPO FOTOGRÁFICO<br />
OLHARES<br />
EXPOSIÇÕES<br />
LOURDES CASTRO E MANUEL ZIMBRO<br />
À LUZ DA SOMBRA<br />
DARA BIRNBAUM A MATÉRIA NEGRA DA LUZ DOS MEDIA<br />
FOTOGRAFIA SEM FOTÓGRAFO<br />
MÁQUINAS<br />
OFICINAS EM FAMÍLIA<br />
EXPERIMEN<strong>TA</strong>R A LUZ<br />
INSECTOS DO PARQUE… E OUTROS BICHOS<br />
H2OFICINAS<br />
A CIDADE FLEXÍVEL: CONSTRUÇÕES<br />
A CIDADE FLEXÍVEL: SINALÉCTICA<br />
A CIDADE FLEXÍVEL: PAISAGENS<br />
BILHETE(S) DE IDENTIDADE<br />
ARCOLÂNDIA<br />
BALÕES AO VENTO<br />
TIN<strong>TA</strong> ÀS VOL<strong>TA</strong>S<br />
ECO-MÁQUINAS<br />
VISI<strong>TA</strong>S ORIEN<strong>TA</strong>DAS<br />
VISI<strong>TA</strong> FORA DE HORAS<br />
EXPOSIÇÕES<br />
ARQUITECTURA<br />
PARQUE<br />
VENDAS<br />
FEIRA DA FES<strong>TA</strong><br />
FEIRA DA LADRA ALTERNATIVA<br />
CRIATIVIDADE EM FES<strong>TA</strong><br />
INSERRALVES<br />
FEIRA DO LIVRO DE ARTE E ARQUITECTURA<br />
CONCURSO DE PROJECTOS ARTÍSTICOS<br />
01 Abril a 30 Abril<br />
Com o objectivo <strong>de</strong> permitir uma acrescida abertura à criação artística <strong>de</strong> jovens em fase <strong>de</strong> lançamento,<br />
realizou-se mais uma edição do Concurso <strong>de</strong> Projectos Artísticos.<br />
PROJECTOS VENCEDORES<br />
A CONVERSA<br />
JOSÉ PEREIRA VALENTE<br />
COLOMBINA´S DIRECTO<br />
COLOMBINA’S<br />
MAL AMAR-TE<br />
TELMA PINTO, VICTOR GARMENDIA TORIJA<br />
79
MONUMENTO AO DESEMPREGADO<br />
ANDREA INOCÊNC<strong>IO</strong> E MARIANA BACELAR<br />
PIRILAMPOS<br />
COLECTIVO MORADAVAGA<br />
POEMA VISUAL EM FORMA DE CONCERTO A PARTIR DO CONTO "O FASCÍN<strong>IO</strong> DO PEQUENO LAGO" DE<br />
VIRGINIA WOOLF<br />
COLECTIVO LIKEN<br />
QUADRIVIUM PROJECT<br />
QUADRIVIUM<br />
SOLITUDE<br />
ANA MARTINS<br />
THIS PLANET SUCKS!<br />
TIAGO JOSÉ PEIXOTO MARTINS<br />
VAMOS TOCAR...<br />
ASSOCIAÇÃO ARTE À PARTE<br />
Para facilitar o acesso dos visitantes ao <strong>Serralves</strong> em Festa foi reforçada a parceria estabelecida com a STCP<br />
e com a Metro do Porto, aproveitando linhas especiais <strong>de</strong> autocarros e horários alargados <strong>de</strong> metro criados<br />
para o efeito. Nesta edição <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, foi também efectuada uma parceria com a CP – longo curso e urbanos -<br />
que permitiu o acesso aos públicos <strong>de</strong> fora da cida<strong>de</strong>, cobrindo o País.<br />
80
9.8. SENSIBILIZAÇÃO E LAZER CULTURAL<br />
“CINEMA FALADO”- A ARTE DE VER CINEMA<br />
19 Novembro <strong>20</strong>09 a 29 Janeiro <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
<strong>10</strong> Sessões <strong>de</strong> cinema falado e mostrado em fragmentos que abrangem mais <strong>de</strong> um século <strong>de</strong> história e<br />
muitas curiosida<strong>de</strong>s sobre a a evolução da sétima arte, em especial a indústria americana e Hollywood, que<br />
celebra no próximo ano um século <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que lá se instalou lá o primeiro estúdio.<br />
Durante algumas horas <strong>de</strong> conversa e partilha <strong>de</strong> conhecimentos, foram apresentados segmentos <strong>de</strong> imagens<br />
- algumas inéditas - que mostram a evolução e a arte <strong>de</strong> fazer cinema.<br />
Este curso, veio acima <strong>de</strong> tudo, <strong>de</strong>spertar a curiosida<strong>de</strong> e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ver e enten<strong>de</strong>r o que está para além<br />
<strong>de</strong> uma projecção.<br />
A invenção dos irmãos Lumiere mudou o mundo e a forma <strong>de</strong> comunicar. Curiosamente, no início, eles pouco<br />
acreditavam na sua invenção. Quando Meliés lhes pediu que lhe ven<strong>de</strong>ssem uma daquelas máquinas para<br />
fazer filmes, eles só lhes referiram: - Olhe que isto não tem futuro, é uma mera curiosida<strong>de</strong> científica, dar<br />
acção às fotografias.<br />
Em pouco mais <strong>de</strong> um século tudo se transformou. De mudo o cinema apren<strong>de</strong>u a falar, o preto e branco<br />
explodiu em mil cores e agora a experiencia <strong>de</strong> assistir a uma projecção já po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> tal forma envolvente<br />
que nos transporta para uma terceira dimensão.<br />
Em <strong>Serralves</strong> <strong>de</strong>bateu-se o mundo do cinema, apreen<strong>de</strong>ndo a sua evolução, conheceram-se as melhores<br />
histórias e <strong>de</strong>scobriu-se porque é que um filme nos po<strong>de</strong> tocar tanto.<br />
Ver cinema também tem os seus segredos.<br />
Concepção e Orientação: Mário Augusto<br />
ATELIER DE ESCRI<strong>TA</strong> - HOMENS E BICHOS<br />
25 Novembro <strong>20</strong>09 a <strong>10</strong> Fevereiro <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Destinada aos amantes <strong>de</strong> animais, mas também àqueles que passam bem sem eles, esta nova edição do<br />
Atelier <strong>de</strong> Escrita colocou os participantes em contacto com gran<strong>de</strong>s textos literários, <strong>de</strong>bruçados sobre<br />
bichos. Do mesmo passo, e recorrendo a abundante oferta multimédia, empreen<strong>de</strong>u-se uma aventura <strong>de</strong><br />
escrita que, não esquecendo a própria animalida<strong>de</strong> humana, se revelou compreensiva <strong>de</strong> variadas dimensões<br />
<strong>de</strong>ste Mundo.<br />
Concepção e Orientação: Mário Cláudio<br />
CINEMA E PSICANÁLISE: IMAGENS REVERSÍVEIS<br />
09 Março a 18 Maio <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Quando vemos Cinema e o pensamos (<strong>de</strong> Chaplin a Fellini, <strong>de</strong> Hitchcock a Truffaut, <strong>de</strong> Welles a David Lynch, e<br />
assim sucessivamente) encontramos um continente <strong>de</strong> sonhos. A Psicanálise é, como se sabe, uma forma <strong>de</strong><br />
conhecimento que tem contribuído, e <strong>de</strong> modo <strong>de</strong>cisivo, para a compreensão e interpretação dos fenómenos<br />
estéticos. Pela sua natureza (imagem em movimento) e pela sua estranheza (diluição das fronteiras entre o<br />
real e o imaginário), o Cinema revela-nos, <strong>de</strong> sessão para sessão, um mistério cheio <strong>de</strong> jogos <strong>de</strong> luz e sombra.<br />
Tal como o inconsciente. Conceitos fundamentais da construção freudiana, como prazer, realida<strong>de</strong>, conflito e<br />
representação, encontram não raras vezes uma réplica no trabalho cinematográfico. Num mundo feito <strong>de</strong><br />
imagens reversíveis, construído a partir <strong>de</strong> afectos e sofrimentos, existem planos e fotogramas <strong>de</strong><br />
incalculável valor simbólico. Trata-se agora <strong>de</strong> saber como se po<strong>de</strong>m guardar.<br />
Este curso procurou, ao longo <strong>de</strong> <strong>de</strong>z módulos acompanhar alguns <strong>de</strong>senvolvimentos da relação entre filmes<br />
e olhares, uns e outros pontuados por i<strong>de</strong>ias nucleares da Psicanálise.<br />
81
Concepção: Eduardo Paz Barroso<br />
Orientação: Maria <strong>de</strong> Fátima Cabral e Eduardo Paz Barroso<br />
Mo<strong>de</strong>ração: Rui Mota Cardoso<br />
ABORDAGEM À FOTOGRAFIA DE RETRATO<br />
27 Outubro a <strong>10</strong> Novembro <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Este workshop preten<strong>de</strong>u abordar as principais fases da realização do retrato fotográfico. Tratou-se assim <strong>de</strong><br />
uma formação <strong>de</strong>stinada a compreen<strong>de</strong>r as várias fases do processo técnico e criativo, a analisar algumas<br />
estratégias na fotografia <strong>de</strong> retrato <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XIX até hoje e <strong>de</strong>terminadas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
representação: retrato psicológico e contextualizado, retrato social, retrato ficcionado e auto-retrato.<br />
Durante o workshop os participantes tiveram orientações técnicas e criativas <strong>de</strong><br />
iluminação, enquadramento, direcção do mo<strong>de</strong>lo, apropriação do ambiente/fundo, selecção e edição das<br />
imagens realizadas durante as sessões práticas. Apren<strong>de</strong>ram também a manusear o equipamento <strong>de</strong><br />
iluminação <strong>de</strong> estúdio e foram expostos conceitos e técnicas básicas <strong>de</strong> iluminação <strong>de</strong> luz continua e <strong>de</strong> flash<br />
e analisaram ainda <strong>de</strong> forma prática a importância e as características da iluminação natural e artificial para<br />
marcar expressivida<strong>de</strong>, qualida<strong>de</strong> e direcção da luz.<br />
Concepção e orientação: Virgílio Ferreira<br />
ABORDAGEM AO VÍDEO E REAL TIME VÍDEO PERFORMANCE<br />
a 27 Novembro <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Concepção e orientação: Tiago Pereira<br />
O ví<strong>de</strong>o é uma forma <strong>de</strong> expressão artística inovadora que se esten<strong>de</strong> para além das narrativas e do legado<br />
cinematográfico. Des<strong>de</strong> do seu início que se manifestou como mais um processo do que um produto final e<br />
hoje po<strong>de</strong> ser entendido assim. O ví<strong>de</strong>o é um instrumento que permite contar histórias mas também criar<br />
ambientes e combinar-se intrinsecamente com outras artes.<br />
Este workshop contextualizou o ví<strong>de</strong>o enquanto expressão artística e introduziu algumas das variações<br />
tecnológicas que este sofreu ao longo dos tempos focando-se em aspectos performativos e narrativos, nas<br />
técnicas, e também na exploração das potencialida<strong>de</strong>s criativas <strong>de</strong>ste meio camaleónico <strong>de</strong> comunicar i<strong>de</strong>ias.<br />
O produto das sessões <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>ste workshop <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o foi constituído em dois filmes e numa<br />
apresentação ao vivo em formato VJ – Real Time Ví<strong>de</strong>o Performance.<br />
SERRALVES AO LUAR<br />
16 Maio <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
<strong>20</strong> Novembro <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Com o objectivo <strong>de</strong> que os visitantes <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> pu<strong>de</strong>ssem explorar outras formas <strong>de</strong> apreciar e perceber <strong>de</strong><br />
que forma construímos as i<strong>de</strong>ias, pessoais e intransmissíveis das paisagens que habitamos, foram<br />
organizadas em <strong>20</strong><strong>10</strong>, duas visitas guiadas nocturnas ao Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
“Fabulous gallery set in a<br />
beautiful park. The building is<br />
worth a visit irrespective of the<br />
exhibitions.”<br />
Gdlink, Sussex, Reino Unido<br />
82
9.9. INDÚSTRIAS CRIATIVAS<br />
9.9.1. INSERRALVES – INCUBADORA<br />
Em <strong>20</strong><strong>10</strong>, a INSERRALVES prosseguiu a sua consolidação enquanto incubadora pioneira na área das<br />
Indústrias Criativas em Portugal, tendo como principal objectivo o estímulo ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> empresas<br />
ou indivíduos com activida<strong>de</strong>s criativas e inovadoras e com potencial comercial.<br />
Para além do espaço físico <strong>de</strong> 400 m 2 totalmente infraestruturado, com capacida<strong>de</strong> para 12 empresas, a<br />
INSERRALVES oferece aos projectos em incubação um conjunto <strong>de</strong> valências que lhes permite beneficiar <strong>de</strong><br />
um apoio substancial ao seu arranque e <strong>de</strong>senvolvimento. São exemplo disto:<br />
• O coaching e mentoring prestado pelos elementos da Comissão <strong>de</strong> Acompanhamento da incubadora e<br />
pelos quadros da Fundação;<br />
• O apoio directo prestado pela Fundação nas áreas legal, financeira, comercial e outras;<br />
• A formação proporcionada através <strong>de</strong> sessões conduzidas por especialistas em áreas fundamentais ao<br />
crescimento dos projectos;<br />
• A facilitação <strong>de</strong> contactos instituicionais, nomeadamente com entida<strong>de</strong>s financiadoras;<br />
• A facilitação <strong>de</strong> contactos comerciais através da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> parceiros da Fundação, resultando em<br />
oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio;<br />
• A contratação <strong>de</strong> serviços pela Fundação a algumas das empresas em incubação;<br />
• A venda <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>senvolvidos pelas empresas em incubação na Loja da Fundação;<br />
• A promoção <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> divulgação dos projectos, com significativo impacto mediático.<br />
Os projectos que integram a incubadora apresentaram, naturalmente, realida<strong>de</strong>s diversificadas ao nível da<br />
sua estruturação e <strong>de</strong>senvolvimento, dados as também diversificadas áreas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> em que se inserem.<br />
Durante <strong>20</strong><strong>10</strong>, entraram quatro novos projectos para incubação, dois <strong>de</strong> base tecnológica ligados a sistemas<br />
informáticos, as empresas AroundKnowledge e Mikroelement; um <strong>de</strong> media, a OSTV, vencedora da edição <strong>de</strong><br />
<strong>20</strong><strong>10</strong> do Prémio Nacional das Indústrias Criativas Unicer/<strong>Serralves</strong>; e um <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> produto, a Bicho Sete<br />
Cabeças, projecto vencedor da edição <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> da iniciativa POP’s – Projectos Originais Portugeses, promovida<br />
pela Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
Neste ano, <strong>de</strong>ixaram a incubadora três projectos, dois por terem concluído os seus períodos <strong>de</strong> incubação <strong>de</strong><br />
forma bem sucedida, as empresas Tools to Change e Poptones, que se autonomizaram; e um por não ter<br />
revelado viabilida<strong>de</strong>.<br />
O conjunto <strong>de</strong> projectos em incubação apresentou um volume <strong>de</strong> negócios crescente e criou novos postos <strong>de</strong><br />
trabalho, com alguns dos projectos a apresentarem um crescimento assinalável ao nível da sua estrutura.<br />
Note-se que o contexto macroeconómico foi, em <strong>20</strong><strong>10</strong>, muito adverso ao lançamento e crescimento <strong>de</strong> novos<br />
projectos empresariais. Até Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, a INSERRALVES acolheu assim um total <strong>de</strong> 17 projectos<br />
empresariais, tendo os mesmos contribuído para a criação <strong>de</strong> 47 postos <strong>de</strong> trabalho directos.<br />
A INSERRALVES levou a cabo um conjunto <strong>de</strong> Sessões Abertas, que preten<strong>de</strong>ram apresentar bons exemplos<br />
<strong>de</strong> iniciativas nas áreas criativas pelos seus principais promotores, em ambiente informal. Esta iniciativa<br />
contou com 6 sessões, assistidas por cerca <strong>de</strong> 150 pessoas:<br />
• 29 <strong>de</strong> Abril – Go Design – Rui Moreira e Nuno Vaz<br />
• 27 <strong>de</strong> Maio – Jump Willy – Pedro Marques e João Seabra<br />
• 17 <strong>de</strong> Junho – Maus Hábitos – Daniel Pires<br />
• 29 <strong>de</strong> Julho – Hard Club – Paulo Ponte<br />
• 26 <strong>de</strong> Outubro – LMS Design – Luis Miguel Soares<br />
• 24 <strong>de</strong> Novembro – Curtas Vila do Con<strong>de</strong> - Dario Oliveira<br />
83
Realizaram-se ainda duas acções <strong>de</strong> formação para os empreen<strong>de</strong>dores da INSERRALVES, nas áreas <strong>de</strong><br />
estratégia <strong>de</strong> vendas e internacionalização.<br />
9.9.2. PRÉM<strong>IO</strong> NAC<strong>IO</strong>NAL DE INDÚSTRIAS CRIATIVAS<br />
Em <strong>20</strong>09 a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> <strong>de</strong>u início a uma colaboração com a UNICER, no sentido <strong>de</strong> promover o<br />
Prémio Nacional <strong>de</strong> Indústrias Criativas (PNIC), que teve em <strong>20</strong><strong>10</strong> a sua segunda edição.<br />
Esta iniciativa tem por objectivo promover, apoiar, acompanhar e ajudar a implementar projectos na área das<br />
Indústrias Criativas que sejam inovadores, que tenham viabilida<strong>de</strong> económica e financeira, que sejam<br />
potenciadores <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> novos postos <strong>de</strong> trabalho qualificado e que produzam um efeito impulsionador<br />
na produção intelectual portuguesa no contexto do mercado global. Preten<strong>de</strong>-se assim contribuir para o<br />
incremento do número <strong>de</strong> registos <strong>de</strong> direito <strong>de</strong> autor, direitos <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> industrial, bem como <strong>de</strong><br />
marcas e patentes.<br />
Ao projecto vencedor é atribuído um prémio pecuniário, a cargo da UNICER, e é dada a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
instalação no espaço da incubadora INSERRALVES.<br />
Aos finalistas do concurso, procura-se garantir apoio para a elaboração <strong>de</strong> Planos <strong>de</strong> Negócio e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />
estratégias, bem como a realização <strong>de</strong> contactos exploratórios com potenciais parceiros.<br />
Nesta segunda edição do Prémio, <strong>de</strong> entre 1<strong>20</strong> concorrentes, o júri distinguiu o projecto OSTV, que pretendia<br />
criar o primeiro canal <strong>de</strong> televisão português exclusivamente <strong>de</strong>dicado à cultura. A OSTV Lda foi, na<br />
sequência do prémio, integrada para incubação na INSERRALVES. Já em <strong>20</strong>11, o Canal 180 da OSTV iniciou as<br />
suas emissões no cabo, mobile e web, estabelecendo parcerias com instituições culturais e marcas comerciais<br />
para garantir uma programação que não encontra paralelo nos outros canais nacionais, generalistas ou <strong>de</strong><br />
cabo.<br />
O Júri do PNIC <strong>de</strong>liberou ainda atribuir uma menção honrosa à empresa Science Office, especializada em<br />
comunicação <strong>de</strong> ciência e que produziu, entre outros, o programa <strong>de</strong> televisão “Um Minuto <strong>de</strong> Astronomia”.<br />
Esta empresa preten<strong>de</strong> estabelecer uma ponte entre os produtores <strong>de</strong> ciência e os vários públicos, abarcando<br />
áreas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a consultadoria e gestão <strong>de</strong> eventos até à edição, <strong>de</strong>sign e ilustração.<br />
Tanto o anúncio dos premiados o como o início das emissões do Canal 180 tiveram um impacto mediático<br />
assinalável e, estando o projecto vencedor se<strong>de</strong>ado no Porto, embora tenha abrangência nacional,<br />
contribuíram para a promoção e visibilida<strong>de</strong> do Cluster das Indústrias Criativas da Região Norte, no qual a<br />
Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> <strong>de</strong>sempenha um importante papel.<br />
O Prémio Nacional <strong>de</strong> Indústrias Criativas constitui ainda uma oportunida<strong>de</strong> para a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> projectos<br />
com potencial para virem a ser integrados na INSERRALVES, não se cingindo ao projecto vencedor, tendo<br />
sido o caso <strong>de</strong> um dos projectos concorrentes, a empresa AroundKnowledge.<br />
9.9.3. ADDICT<br />
A Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> é um dos Associados Fundadores da ADDICT – Agência para o Desenvolvimento das<br />
Indústrias Criativas, tendo sido um dos seus principais impulsionadores. Em <strong>20</strong><strong>10</strong>, <strong>Serralves</strong> continuou a<br />
integrar a estrutura directiva da agência, no seguimento do mandato em curso. O ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> marcou a<br />
consolidação da ADDICT enquanto entida<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadora do Cluster das Indústrias Criativas da Região<br />
Norte, tendo <strong>de</strong>senvolvido um conjunto <strong>de</strong> iniciativas ten<strong>de</strong>ntes à sua implantação enquanto agente-chave na<br />
Região Norte e também <strong>de</strong> representação internacional. Neste âmbito, levou a cabo, entre outras iniciativas:<br />
• O evento Portugal Criativo@Porto, em parceria com a Fundação da Juventu<strong>de</strong>, direccionado para os<br />
agentes criativos, empreen<strong>de</strong>dores, estudantes e interessados nas Indústrias Criativas, que serve <strong>de</strong><br />
montra da Região enquanto lugar criativo. Este evento contou com a participação <strong>de</strong> 27 oradores<br />
estrangeiros e 33 nacionais, mais <strong>de</strong> 600 participantes e um impacto mediático <strong>de</strong> relevo.<br />
84
• A iniciativa Co-Creation – Participação colaborativa e intercâmbio <strong>de</strong> experiências nas Indústrias<br />
Criativas, em colaboração com a AGADIC – Agência Galega <strong>de</strong> Indústrias Culturais, com a participação<br />
<strong>de</strong> 40 empresas galegas e <strong>20</strong> nacionais<br />
• Uma missão empresarial ao Reino Unido, em colaboração com a ANJE – Associação Nacional <strong>de</strong><br />
Jovens Empresários.<br />
• A participação do Cluster na mostra Portugal Tecnológico.<br />
• Apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento dos projectos <strong>de</strong> incubação das Câmaras Municipais <strong>de</strong> Pare<strong>de</strong>s, Santo<br />
Tirso, S. João da Ma<strong>de</strong>ira e Vila Nova <strong>de</strong> Cerveira.<br />
• Clube ADDICT - 6 encontros <strong>de</strong> networking empresarial e criativo, interligando as mais variadas<br />
entida<strong>de</strong>s e subsectores, realizados nas cida<strong>de</strong>s do Porto, Guimarães, Braga, Santo Tirso, Pare<strong>de</strong>s e<br />
Gaia, com a participação <strong>de</strong> 79 entida<strong>de</strong>s.<br />
O número <strong>de</strong> associados da ADDICT ultrapassou os <strong>10</strong>0, representativos <strong>de</strong> todos os sub-sectores das<br />
Indústrias Criativas, do Cinema à Publicida<strong>de</strong>, da Arquitectura ao Design <strong>de</strong> Moda.<br />
9.9.4. POPS – PROJECTOS ORIGINAIS PORTUGUESES<br />
A Loja <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> abraçou em <strong>20</strong><strong>10</strong> a 2ª edição dos POPs tendo recebido trezentas e vinte (3<strong>20</strong>)<br />
candidaturas, que representa um acréscimo <strong>de</strong> 39% face à edição anterior. Esta 2ª edição consistiu numa<br />
Mostra dos projetos selecionados na Sala Multiusos do Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, a par <strong>de</strong> um Ciclo <strong>de</strong> Debates,<br />
versando temas ligados à concretização da criativida<strong>de</strong>, nomeadamente no que se refere à formação dos<br />
jovens autores. Os temas escolhidos - ”Como financiar a Criativida<strong>de</strong> Portuguesa” e “Como internacionalizar<br />
a Criativida<strong>de</strong> Portuguesa” - contaram com um painel <strong>de</strong> relevo: Kathy Thornton-Bias (General<br />
Manager MoMA Retail) Ricardo Luz (Invicta Angels), Pedro Balonas (Balonas Arquitectura), Ricardo<br />
Magalhães (Boca do Lobo), João Pereira (INOVCAPI<strong>TA</strong>L), José Fernando Figueiredo (AYR), Mónica Santos<br />
(Munna), Liliana Guerreiro (Criadora <strong>de</strong> Jóias) e Luís Santos (SOVENA).<br />
Para reforçar a vertente da formação dos jovens autores, foi incluída, nesta edição, a eleição <strong>de</strong> um Projeto<br />
Vencedor, entre os projetos selecionados para a Mostra. O projeto Vencedor, escolhido por um júri nomeado<br />
pela Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> constituído por elementos da SonaeSierra, Unicer, Fundação EDP, Marketeer e o<br />
Designer Fernando Brízio foi <strong>de</strong> Madalena Martins com o projeto “Penso rápido para viaturas feridas” que já<br />
integra a incubadora <strong>de</strong> Indústrias Criativas INSERRALVES.<br />
A 2ª edição revelou a importância crucial da iniciativa encetada em <strong>20</strong>09.<br />
3<strong>20</strong> Projetos a concurso: + 39% que na edição <strong>de</strong> <strong>20</strong>09; 27 Projetos seleccionados; 1<strong>20</strong> Pessoas/sessão -<br />
Ciclo <strong>de</strong> Debates; 2 648 Pessoas visitaram a Mostra em <strong>10</strong> dias.<br />
DEBATES POPS<br />
21 e 28 <strong>de</strong> Outubro <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
COMO FINANCIAR A CRIATIVIDADE<br />
PORTUGUESA<br />
João Pereira - INOVCAPI<strong>TA</strong>L<br />
Ricardo Luz - Invicta Angels<br />
Ricardo Magalhães - Boca do Lobo<br />
Pedro Balonas - Balonas Menano Arquitectura<br />
António Gaspar - SPGM<br />
Mo<strong>de</strong>rador: Inês Direito – Revista Exame<br />
COMO INTERNAC<strong>IO</strong>NALIZAR A CRIATIVIDADE<br />
PORTUGUESA<br />
Kathy Thornton-Bias - MoMA RE<strong>TA</strong>IL<br />
Mónica Santos - Munna Design<br />
Eduardo Garcia - AYR<br />
Liliana Guerreiro - Designer <strong>de</strong> Jóias<br />
Luís Santos - Sovena<br />
Mo<strong>de</strong>rador: Manuel Carvalho - Jornal Público<br />
85
<strong>10</strong>. COMUNICAÇÃO<br />
Tendo presente o principal objectivo traçado para esta área - maximizar a notorieda<strong>de</strong> e impacto da<br />
instituição e das activida<strong>de</strong>s por si promovidas - apresentam-se os resultados referentes a <strong>20</strong><strong>10</strong>:<br />
Marca, Comunicação – Web 3.0, Gran<strong>de</strong>s Eventos – Público Estrangeiro e POPs – Projectos Originais<br />
Portugueses.<br />
<strong>10</strong>.1. MARCA<br />
Em <strong>20</strong><strong>10</strong> foi <strong>de</strong>senvolvido um esforço importante para a estabilização da nova imagem – marca e submarcas –<br />
resultado do trabalho <strong>de</strong> revisão da arquitectura da marca realizado em <strong>20</strong>09. Este ano representou, por isso<br />
mesmo, uma etapa importante na <strong>de</strong>finição e implementação <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> agilização da então recente<br />
Imagem <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, consi<strong>de</strong>rando as diferentes e diversas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação e divulgação. Esse<br />
esforço concentrou-se, sobretudo, no lançamento <strong>de</strong> bases para a consolidação i<strong>de</strong>ntitária das dimensões<br />
Patrimonial, Institucional, Programática e Comercial, e na sua convivência nos diferentes suportes <strong>de</strong><br />
comunicação.<br />
<strong>10</strong>.2. ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO<br />
Ao nível Patrimonial, o enfoque foi para a comunicação integradas dos três principais núcleos Museu, Casa e<br />
Parque, transmitindo assim a diversida<strong>de</strong> e riqueza <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
Relativamente à divulgação programática, manteve-se a já estabilizada segmentação por tipologia, sendo a<br />
classificação das iniciativas coerente com os 5 eixos estratégicos <strong>de</strong> actuação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> – Artes, Educação,<br />
Ambiente, Reflexão e Industrias Criativas – e por segmentos <strong>de</strong> públicos-alvo, com particular <strong>de</strong>staque para o<br />
público estrangeiro e não-resi<strong>de</strong>nte e famílias.<br />
Na Programação, e em particular na área dos Gran<strong>de</strong>s Eventos (<strong>de</strong>talhada no ponto 1.2.2 do presente<br />
documento), <strong>de</strong>stacam-se as campanhas do <strong>Serralves</strong> em Festa e da Festa do Outono, eventos que<br />
ultrapassaram as melhores expectativas e objectivos, registando um aumento do número <strong>de</strong> visitantes na<br />
or<strong>de</strong>m dos 18,2% e dos 112,6% respectivamente, em relação a <strong>20</strong>09, com elevada taxa <strong>de</strong> sucesso na<br />
captação dos públicos-alvo: Famílias e Estrangeiros.<br />
De referir ainda a antecipação da comunicação do Programa do Serviço Educativo junto da Comunida<strong>de</strong><br />
Escolar, a<strong>de</strong>quando os timings <strong>de</strong> divulgação ao calendário escolar, resultando num aumento das visitas e<br />
activida<strong>de</strong>s escolares num total anual <strong>de</strong> <strong>10</strong>5 365 participantes, equivalendo a um crescimento <strong>de</strong> 16,7%.<br />
Relativamente aos Serviços Comerciais, a acentuação da autonomia entre as diferentes marcas comerciais<br />
permitiu uma associação mais eficaz entre os produtos e serviços oferecidos e associados a cada marca. Por<br />
outro lado uma comunicação digital orientada permitiu incrementar quer as vendas totais do Bazar <strong>de</strong> Natal<br />
quer o seu número <strong>de</strong> visitantes (21 285) relativamente a <strong>20</strong>09. No que respeita a Loja <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, a<br />
comunicação das campanhas sazonais foi fundamentalmente feita através <strong>de</strong> suportes no local e através dos<br />
meios electrónicos: re<strong>de</strong>s sociais, site e e-Newsletter.<br />
A referida optimização <strong>de</strong>stas estratégias, dos processos, meios e suportes <strong>de</strong> comunicação reflectiu-se<br />
portanto numa presença Institucional mais coerente e coesa, incrementando a percepção e o reconhecimento<br />
da Marca <strong>Serralves</strong> e suas submarcas por parte dos diferentes públicos-alvo.<br />
De sublinhar os resultados globais da instituição que recebeu só em <strong>20</strong><strong>10</strong> mais <strong>de</strong> 450 000 visitantes, um<br />
crescimento <strong>de</strong> 11,5% vs. o ano anterior.<br />
“Todos os espaços visitados<br />
conferem à cida<strong>de</strong> um oásis cultural,<br />
promotor <strong>de</strong> hábitos saudáveis e que<br />
estimulam a criativida<strong>de</strong>, o contacto<br />
com a natureza e com a arte<br />
contemporânea.”<br />
Maria, Portugal<br />
87
PAPEL VS. WEB 3.0<br />
Uma vertente prioritária foi a da racionalização <strong>de</strong> recursos, aumentando a eficácia da comunicação. Esta<br />
orientação traduziu-se numa redução drástica do mailing da instituição e na substituição do papel pelo<br />
recurso às plataformas Web 3.0, através do Site, do Youtube e do Facebook, Twitter e <strong>de</strong>mais re<strong>de</strong>s em que a<br />
Fundação está presente.<br />
Em 5 anos, o consumo <strong>de</strong> papel da Fundação reduziu-se em 50%.<br />
A página <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> no Facebook terminou o ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> com 64 983 fãs vs. 11 836 no final <strong>de</strong> <strong>20</strong>09. Este<br />
crescimento significativo <strong>de</strong> fãs permite obviamente aumentar a base <strong>de</strong> contactos <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e constitui<br />
um enorme <strong>de</strong>safio à instituição no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver e potenciar a sua relação com os seus diversos<br />
públicos quer na vertente patrimonial, quer na vertente programática; seja numa óptica meramente<br />
informativa ou missionária e como meio para promover um maior envolvimento emocional com <strong>Serralves</strong>, os<br />
seus espaços e activida<strong>de</strong>s.<br />
EVENTOS<br />
SERRALVES EM FES<strong>TA</strong><br />
O ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> foi o ano da gran<strong>de</strong> afirmação do <strong>Serralves</strong> em Festa. Através <strong>de</strong> uma campanha <strong>de</strong><br />
comunicação incisiva, na imagem e nos meios seleccionados, foi possível atingir números recor<strong>de</strong>s <strong>de</strong> público:<br />
mais <strong>de</strong> <strong>10</strong>2 000 visitantes, mais 18,2% vs. <strong>20</strong>09. O crescimento verificou-se também no número <strong>de</strong> visitantes<br />
estrangeiros face a <strong>20</strong>09, um requisito essencial para o cumprimento dos objectivos estratégicos do evento e<br />
da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, o da internacionalização. Para tal contribuiu uma divulgação eficaz do conceito do<br />
<strong>Serralves</strong> em Festa, do seu âmbito inclusivo, festivo e gratuito, contando com a colaboração e apoios à<br />
divulgação <strong>de</strong>cisivos <strong>de</strong> parceiros como a ANA – Aeroporto do Porto; o momento <strong>de</strong> apresentação no<br />
aeroporto Sá Carneiro, no Porto, gerou gran<strong>de</strong> expectativa e criou dinâmicas ao nível da Comunicação Social<br />
que permitiram uma divulgação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> impacto, antecipando o gran<strong>de</strong> momento da Festa em <strong>Serralves</strong>.<br />
As parcerias, nomeadamente no sector do turismo foram igualmente importantes para a divulgação do<br />
evento junto dos mais diferentes públicos nacionais e estrangeiros. O encarte do programa do <strong>Serralves</strong> em<br />
Festa no Jornal Público, em formato Newsletter, foi uma aposta ganha, pela ampla distribuição e pela<br />
facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leitura e consulta, reforçando ainda a credibilização do evento.<br />
FES<strong>TA</strong> DO OUTONO<br />
A Festa que em <strong>20</strong><strong>10</strong> foi i<strong>de</strong>ntificada pela comunicação social como “o <strong>Serralves</strong> em Festa dos pequeninos”.<br />
Um momento <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>ira celebração em Família, que na sua 2ª edição duplicou o número <strong>de</strong> visitantes:<br />
mais <strong>de</strong> 18 000. Assim sendo, confirmou-se mais um dos momentos altos da programação da Fundação <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong>, que ao nível da comunicação se <strong>de</strong>stacou pelo carácter celebrativo e familiar, atingindo<br />
eficazmente o público-alvo <strong>de</strong>finido e ultrapassando largamente os objectivos <strong>de</strong>lineados em termos <strong>de</strong><br />
número <strong>de</strong> visitantes. Uma vez mais, e à semelhança do que acontece com o <strong>Serralves</strong> em Festa, também<br />
neste momento é <strong>de</strong>cisiva a colaboração <strong>de</strong> parceiros na divulgação do evento, e na sua logística.<br />
TRAMA – FESTIVAL DE ARTES PERFORMATIVAS<br />
Mais uma edição <strong>de</strong> um Festival organizado em parceria com o brrr – Live Art Festival, alargando para o<br />
exterior <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e esten<strong>de</strong>ndo à cida<strong>de</strong> do Porto a missão da Fundação. As relações <strong>de</strong> programação<br />
estabelecidas com os parceiros que acolhem activida<strong>de</strong>s são igualmente bases para divulgação, atingindo<br />
<strong>de</strong>sta forma novos públicos; tomamos como exemplo o espectáculo realizado no Estádio do Dragão, que<br />
permitiu atingir uma franja distante das artes performativas, registando uma audiência <strong>de</strong> 550 pessoas.<br />
88
<strong>10</strong>.3. PÚBLICO ESTRANGEIRO<br />
Tendo como objectivo reforçar a notorieda<strong>de</strong> da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> junto dos mercados turísticos –<br />
nacionais e estrangeiros – e assim afirmar a instituição como um dos principais pontos <strong>de</strong> atracção turística<br />
da cida<strong>de</strong> e do país, <strong>Serralves</strong> implementou um plano <strong>de</strong> ação que preten<strong>de</strong>u chegar directamente ao<br />
visitante, em <strong>Serralves</strong> e na cida<strong>de</strong>, mas também aos operadores e agências <strong>de</strong> turismo. Este plano integrado<br />
visa contactar com o visitante nos vários momentos <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão: na origem (pesquisa do <strong>de</strong>stino),<br />
durante a viagem, à chegada a Portugal e à cida<strong>de</strong> e em <strong>Serralves</strong>. Deste plano resultou um acréscimo <strong>de</strong> 48<br />
001 visitantes em <strong>20</strong>09 para 70 849 em <strong>20</strong><strong>10</strong>, correspon<strong>de</strong>nte a + 47,6%. Foi então realizado um<br />
investimento importante quer em materiais <strong>de</strong> divulgação institucionais em várias línguas distribuídos em<br />
postos <strong>de</strong> turismo, hotéis e pousadas, e <strong>de</strong>mais locais estratégicos nesta área, em suportes publicitários nos<br />
aeroportos do Porto, Lisboa e Faro e em meios <strong>de</strong> comunicação nacionais e internacionais - a <strong>de</strong>stacar<br />
revistas <strong>de</strong> bordo. No que respeita meios <strong>de</strong> transporte, para além da presença regular nos autocarros da<br />
STCP e Metro do Porto, <strong>de</strong>stacam-se as campanhas realizadas em parceria com a CP, nos comboios <strong>de</strong> Longo<br />
Curso. Foram igualmente realizadas diversas acções em sites <strong>de</strong>dicados ao turismo. A presença em Feiras <strong>de</strong><br />
Turismo, nomeadamente a Fitur e a BTL cumpriu-se como habitualmente e <strong>de</strong>stacam-se uma vez mais as<br />
parcerias com entida<strong>de</strong>s públicas e privadas que dão origem a produtos turísticos integrados como por<br />
exemplo o Porto Vip Passport - uma parceria (em <strong>20</strong><strong>10</strong>) entre 8 entida<strong>de</strong>s públicas e privadas da região – os<br />
bilhetes conjuntos com Casa da Música e o Sea Life, as vantagens recíprocas com Caves <strong>de</strong> Vinho do Porto, as<br />
caves Calém e as Graham.<br />
89
11. IMPRENSA<br />
11.1. A ASSESSORIA DE IMPRENSA EM <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
No ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> conseguiu mais uma vez níveis muito expressivos <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> nos<br />
órgãos <strong>de</strong> comunicação social, como fica <strong>de</strong>monstrado através dos indicadores <strong>de</strong>talhados a seguir. A gran<strong>de</strong><br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação com a imprensa revelada ano após ano por <strong>Serralves</strong> foi, em <strong>20</strong><strong>10</strong>, fortemente<br />
alavancada por momentos como as gran<strong>de</strong>s exposições, o <strong>Serralves</strong> em Festa e o Festival Trama, entre<br />
outros.<br />
<strong>Serralves</strong> viu as suas exposições reconhecidas e <strong>de</strong>stacadas pela crítica: “Às Artes, Cidadãos!”, “Lour<strong>de</strong>s<br />
Castro e Manuel Zimbro – À Luz da Sombra” e “Marlene Dumas – Contra o Muro” foram consi<strong>de</strong>radas pelos<br />
principais órgãos <strong>de</strong> comunicação social nacionais (Público, Expresso, RTP, entre outros) como estando entre<br />
as melhores exposições do ano em Portugal. A crítica <strong>de</strong>stacou também alguns momentos performativos<br />
apresentados em <strong>Serralves</strong>, nomeadamente os espectáculos <strong>de</strong> dança “Pororoca”, da brasileira Lia Rodrigues<br />
e “Cribles”, da franco-vietnamita Emmanuelle Huynh.<br />
11.1.1. INDICADORES<br />
NÚMERO DE NOTÍCIAS<br />
O número absoluto <strong>de</strong> notícias sobre <strong>Serralves</strong> publicadas nos mais variados meios <strong>de</strong> comunicação social<br />
durante todo o ano atingiu o valor mais alto <strong>de</strong> sempre: 5 866 notícias. Destas, 496 foram em televisão, o<br />
que espelha bem a ampla mediatização <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e das suas activida<strong>de</strong>s.<br />
Nº <strong>de</strong> Notícias<br />
7.000<br />
6.000<br />
5.575<br />
5.854<br />
5.000<br />
4.648<br />
4.000<br />
3.000<br />
2.000<br />
1.000<br />
0<br />
<strong>20</strong>08 <strong>20</strong>09 <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
VALOR EQUIVALENTE DE PUBLICIDADE<br />
Relativamente à visibilida<strong>de</strong> mediática medida pelo valor equivalente <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> (AEV – Advertising<br />
Equivalent Value), este indicador ultrapassou em <strong>20</strong><strong>10</strong> os 6 milhões e 800 mil Euros. Este número traduz<br />
bem a presença regular <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> nos meios <strong>de</strong> comunicação social, apesar das dificulda<strong>de</strong>s sentidas mais<br />
recentemente e que se pren<strong>de</strong>m com uma série <strong>de</strong> factores conjunturais: a diminuição cada vez mais drástica<br />
do número <strong>de</strong> jornalistas nas redacções, nomeadamente nas do Porto, efeito da situação económica; a<br />
redução do espaço que os meios <strong>de</strong> comunicação social <strong>de</strong>dicam à cultura (o exemplo mais dramático é o fim<br />
da secção <strong>de</strong> Cultura no jornal Público); ainda a contribuir para este resultado está o facto <strong>de</strong> a exponencial<br />
publicação <strong>de</strong> notícias em formato online, em <strong>de</strong>trimento da edição impressa, cujo AEV é significativamente<br />
Ano<br />
91
menor. Outro factor que contribuiu para a tendência <strong>de</strong> <strong>de</strong>créscimo do AEV é a revisão em baixa das tabelas<br />
<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns órgãos <strong>de</strong> comunicação social, fruto da crise económica, o que provoca uma <strong>de</strong>scida<br />
da valorização das notícias, uma vez que as tabelas <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> dos meios são a base do cálculo do AEV.<br />
PERFORMANCE COMUNICAC<strong>IO</strong>NAL<br />
Sendo muito importante uma análise qualitativa das notícias publicadas sobre <strong>Serralves</strong>, a Fundação solicitou<br />
à empresa que presta serviços <strong>de</strong> recolha e análise <strong>de</strong> referências <strong>de</strong> imprensa, que <strong>de</strong>senvolvesse um<br />
método <strong>de</strong> avaliação da performance comunicacional através da classificação das notícias com base no seu<br />
carácter positivo ou negativo.<br />
Quanto à favorabilida<strong>de</strong> das notícias publicadas sobre <strong>Serralves</strong>, continua a atingir índices extremamente<br />
elevados. Em <strong>20</strong><strong>10</strong> registou-se um valor <strong>de</strong> 4,9 numa escala <strong>de</strong> 1 a 5, o que significa que a Fundação <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong> tem um elevado número <strong>de</strong> notícias com tratamento editorial favorável.<br />
11.1.2. IMPRENSA INTERNAC<strong>IO</strong>NAL<br />
No que diz respeito às relações com a imprensa internacional, o ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> foi <strong>de</strong> aprofundamento <strong>de</strong><br />
contactos. Os esforços levados a cabo <strong>de</strong>ram já os seus frutos com a visita <strong>de</strong> importantes críticos <strong>de</strong> arte<br />
contemporânea das revistas Frieze, Kaleidoscope, ArtForum, The Art Newspaper e respectiva publicação <strong>de</strong><br />
artigos.<br />
Ao contrário do que acontece com os resultados <strong>de</strong> imprensa nacionais (que são rigorosamente recolhidos e<br />
medidos e permitem traçar um retrato da presença <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> nos media em termos quantitativos) não há<br />
recolha <strong>de</strong> clipping internacional, dados os elevados custos <strong>de</strong>ste serviço. Assim, as notícias internacionais<br />
são recolhidas pela assessoria <strong>de</strong> imprensa <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> através <strong>de</strong> pesquisas na internet ou <strong>de</strong> pedidos aos<br />
próprios jornalistas. Desta forma, não é possível apresentar <strong>de</strong> forma sistemática os bons resultados do<br />
crescente esforço <strong>de</strong> comunicação com os media internacionais que é levado a cabo pela Fundação <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong>.<br />
De qualquer forma, são <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar as seguintes referências internacionais, <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> várias<br />
<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> referências obtidas durante o ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>:<br />
How to Spend It (revista <strong>de</strong> lifestyle do Financial<br />
Times) | Edição <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
"Porto", The Smooth Gui<strong>de</strong> (sobre a cida<strong>de</strong> do Porto,<br />
com menção a <strong>Serralves</strong>)<br />
Elle España | Edição <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
“Ciuda<strong>de</strong>s Sexy” (sobre a cida<strong>de</strong> do Porto, com<br />
<strong>de</strong>staque sobre <strong>Serralves</strong>)<br />
El País | 26 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
“Oporto” (sobre a cida<strong>de</strong> do Porto, com <strong>de</strong>staque sobre<br />
<strong>Serralves</strong>)<br />
Le Mon<strong>de</strong> (edição online) | 5 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
“La face oubliée <strong>de</strong> l'art mo<strong>de</strong>rne” (sobre a<br />
apresentação <strong>de</strong> obras da Colecção <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> na<br />
Bretanha)<br />
Arte y Parte | Edição <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
“Marlene Dumas” (sobre a exposição Contra o Muro)<br />
El País Cataluña | 25 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
“El ‘sin papeles’ <strong>de</strong>l arte <strong>de</strong> vanguardia” (sobre a<br />
apresentação em Barcelona da exposição Sou Imortal e<br />
Estou Vivo)<br />
Frieze | Edição Junho/Agosto <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
“Lour<strong>de</strong>s Castro and Manuel Zimbro” (sobre a exposição<br />
À Luz da Sombra)<br />
The Art Newspaper (edição online) | 5 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
“Football-mad Marlene parties in Porto” (sobre a<br />
inauguração da exposição Contra o Muro)<br />
Art Forum | Edição <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
“Wall Eyed” (sobre a exposição Contra o Muro)<br />
Más <strong>de</strong> Arte | 8 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
“Lo último <strong>de</strong> Marlene Dumas” (sobre a exposição<br />
Contra o Muro)<br />
The Art Newspaper | Edição <strong>de</strong> Julho/Agosto <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
“What’s on” (<strong>de</strong>staques <strong>de</strong> exposições, com referência à<br />
exposição Contra o Muro)<br />
Arte y Parte | Edição <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
“Fotografía sin Fotógrafo” (sobre a exposição Fotografia<br />
sem Fotógrafo)<br />
Guardian | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
“It's hard work being so simple” (sobre a cida<strong>de</strong> do<br />
Porto, com <strong>de</strong>staque sobre <strong>Serralves</strong>)<br />
Kaleidoscope | Edição <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
“The Collector of Shadows” (sobre a exposição À Luz da<br />
Sombra)<br />
The Telegraph (edição online) | 22 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
“Porto, Portugal: the perfect break” (sobre a cida<strong>de</strong> do<br />
Porto, com <strong>de</strong>staque sobre <strong>Serralves</strong>)<br />
Exit Express | Edição <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
“<strong>20</strong>11: un año lleno <strong>de</strong> incógnitas” (sobre as exposições<br />
em <strong>de</strong>staque para <strong>20</strong>11, com referência à exposição Às<br />
Artes, Cidadãos!)<br />
Art Forum (edição online) | Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
“To the Arts, Citizens!” (sobre a exposição Às Artes,<br />
Cidadãos!)<br />
92
12. RECURSOS HUMANOS<br />
A gestão <strong>de</strong> Recursos Humanos é uma área a que a Fundação dá a maior importância, pois a motivação e<br />
empenhamento dos colaboradores é um factor crítico <strong>de</strong> sucesso institucional.<br />
Tendo em vista a estratégia da instituição, para alcançar a maior eficácia organizativa, foram utilizados os<br />
seguintes instrumentos ao longo <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>:<br />
• Definição <strong>de</strong> competências por cada área funcional e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> funções por colaborador,<br />
a<strong>de</strong>quada às aptidões e conhecimentos individuais;<br />
• Rigoroso processo <strong>de</strong> Recrutamento e Selecção;<br />
• Plano <strong>de</strong> Carreiras;<br />
• Definição <strong>de</strong> objectivos individuais;<br />
• Avaliação anual <strong>de</strong> Desempenho;<br />
• Atribuição <strong>de</strong> Prémios em função do mérito;<br />
• Avaliação do grau <strong>de</strong> satisfação dos Colaboradores;<br />
• Definição <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> Formação anual;<br />
• Sistematização e actualização constantes <strong>de</strong> indicadores RH <strong>de</strong> suporte à Gestão<br />
• Sistema <strong>de</strong> Comunicação Interno, com incentivo à apresentação <strong>de</strong> sugestões <strong>de</strong> melhoria;<br />
• Plano <strong>de</strong> Incentivos.<br />
• Acções <strong>de</strong> coesão interna;<br />
No final <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> era o seguinte o organograma em vigor:<br />
ORGANOGRAMA<br />
93
No ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, salvaguardadas as activida<strong>de</strong>s administrativas <strong>de</strong>correntes da legislação em vigor, foram<br />
aprofundadas algumas activida<strong>de</strong>s na área dos Recursos Humanos:<br />
• Com a experiência iniciada no último semestre <strong>de</strong> <strong>20</strong>09, foi a<strong>de</strong>quado o processo <strong>de</strong> Recrutamento &<br />
Selecção, forma ajustados os seus procedimentos e assumidos <strong>de</strong>finitivamente todos os processos <strong>de</strong><br />
recrutamento & Selecção necessários à angariação dos seus Recursos Humanos.<br />
• Tendo em vista o alinhamento das estratégias organizacionais com as expectativas das pessoas,<br />
instituiu-se e iniciou-se em <strong>20</strong><strong>10</strong> o processo <strong>de</strong> reuniões periódicas com todos os colaboradores,<br />
permitindo duma forma mais aberta a aproximação <strong>de</strong>stes às orientações institucionais, assim como, a<br />
contribuição <strong>de</strong> todos para orientações e aperfeiçoamentos futuros.<br />
• Foi efectuada a avaliação das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação e elaborado o plano <strong>de</strong> formação a<strong>de</strong>quado a<br />
essas necessida<strong>de</strong>s, tendo sido dada priorida<strong>de</strong> aos quadros menos habilitados da Fundação. Em parceria<br />
com o CESAE foi organizado e executado o processo <strong>de</strong> RVCC – Reconhecimento, Validação e<br />
Certificação <strong>de</strong> Competências para 12 colaboradores, permitindo assim, que os colaboradores com<br />
menores habilitações obtivessem equivalência ao 9.º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>.<br />
• Foi sistematicamente revista a regulamentação emitida, visando a introdução <strong>de</strong> melhorias e as<br />
adaptações necessárias à legislação em vigor;<br />
• Em alinhamento com a estratégia <strong>de</strong>lineada, foram formalizadas as necessárias a<strong>de</strong>quações aos<br />
Recursos Humanos, nomeadamente, reafectações e reclassificações necessárias à a<strong>de</strong>quação do Capital<br />
Humano às reais necessida<strong>de</strong>s da Fundação;<br />
• No sentido <strong>de</strong> auxiliar a gestão estratégica da organização, foram actualizados sistematicamente os<br />
seguintes parâmetros: <strong>de</strong>mográficos, <strong>de</strong> atracção, <strong>de</strong> recrutamento e integração, <strong>de</strong> formação e<br />
<strong>de</strong>senvolvimento, <strong>de</strong> remuneração e benefícios, <strong>de</strong> Clima e Cultura, sobre Comunicação Interna,<br />
Retenção <strong>de</strong> talento, <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Higiene & Segurança no Trabalho, <strong>de</strong> Gestão<br />
Administrativa e Indicadores globais, alguns dos quais se <strong>de</strong>stacam <strong>de</strong> seguida:<br />
EFECTIVOS POR ÁREA FUNC<strong>IO</strong>NAL<br />
O total <strong>de</strong> efectivos da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> situou-se em <strong>20</strong><strong>10</strong> nos 93 colaboradores.<br />
Fazendo uma análise por Área Funcional, verifica-se uma predominância na vertente técnica, ocupando 41%<br />
dos quadros.<br />
94
Relativamente ao género, verifica-se uma predominância do género feminino, estando em Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
este rácio situado nos 59%:<br />
EFECTIVOS POR ESCALÃO ETÁR<strong>IO</strong><br />
Globalmente a média etária é <strong>de</strong> 40 anos, sendo a do grupo masculino (41 anos) ligeiramente mais elevada<br />
que a do grupo feminino (39 anos).<br />
Verifica-se ainda que 72% da população tem entre 25 e 44 anos. Estamos assim perante uma organização<br />
jovem.<br />
EFECTIVOS POR ANTIGUIDADE<br />
Quanto à antiguida<strong>de</strong>, verifica-se que 44% dos colaboradores têm uma antiguida<strong>de</strong> superior a <strong>10</strong> anos.<br />
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EFECTIVOS POR NÍVEL DE ESCOLARIDADE<br />
Na distribuição dos colaboradores da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> por escolarida<strong>de</strong>, verifica-se que 62% têm<br />
formação superior.<br />
96
13. SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA<br />
A situação económico-financeira da Fundação resulta <strong>de</strong> uma rigorosa gestão orçamental, <strong>de</strong> uma política<br />
eficiente <strong>de</strong> controlo dos custos e <strong>de</strong> uma acção muito proactiva <strong>de</strong> geração e angariação <strong>de</strong> proveitos. Deste<br />
modo, o exercício <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> encerrou com um resultado positivo <strong>de</strong> 127 mil €.<br />
Prosseguindo uma política <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> Custos - por revisão do plano <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s e por <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />
medidas <strong>de</strong> controlo transversais à organização, relacionadas com a eficiência <strong>de</strong> utilização dos recursos,<br />
racionalização e estabelecimento <strong>de</strong> novas priorida<strong>de</strong>s e estratégias <strong>de</strong> actuação - conjugada com uma forte<br />
aposta na angariação <strong>de</strong> Proveitos Privados - explorando novas abordagens e formatos - a que se somou um<br />
bom <strong>de</strong>sempenho a nível <strong>de</strong> candidaturas à ON2, a Fundação conseguiu equilibrar a sua exploração, tendo até<br />
a Variação Patrimonial sido mais favorável do que a prevista no Orçamento.<br />
Esta constatação é evi<strong>de</strong>nte pela análise da evolução dos proveitos e dos custos <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> face a <strong>20</strong>09. Os<br />
proveitos totais fixaram-se em 9,492 milhões <strong>de</strong> € (o que representa uma diminuição <strong>de</strong> 2,7% face a <strong>20</strong>09).<br />
Por sua vez, os custos totais diminuíram 3,8% face ao ano anterior, quedando-se pelos 9,364 milhões <strong>de</strong> €.<br />
O Subsídio do Estado, atribuído estatutariamente à Fundação para suprir as <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> funcionamento,<br />
fixou-se nos 43% dos proveitos totais, resultando evi<strong>de</strong>nte o elevado esforço da Fundação <strong>de</strong> geração e<br />
angariação <strong>de</strong> fundos para a concretização da sua oferta cultural. Merece <strong>de</strong>staque a diminuição <strong>de</strong> mais <strong>de</strong><br />
<strong>10</strong>% do valor do Subsídio do Estado por visitante, fixando-se em 9,13€ por visitante.<br />
Este facto reflecte também o excelente resultado do trabalho <strong>de</strong>senvolvido pela Fundação na captação <strong>de</strong><br />
públicos dado que a estrutura <strong>de</strong> proveitos é, na sua essência, idêntica. Este crescimento na captação <strong>de</strong><br />
públicos é sustentado e evi<strong>de</strong>nte quando comparado o acréscimo em <strong>20</strong><strong>10</strong> face à média dos três últimos anos:<br />
+114,5%.<br />
Esta evolução na captação <strong>de</strong> públicos, associada à política <strong>de</strong> contenção <strong>de</strong> custos referida inicialmente, tem<br />
um impacto extremamente positivo no custo por visitante. O custo por visitante fixa-se, em <strong>20</strong><strong>10</strong>, em <strong>20</strong>,80€,<br />
o que, comparado com o ano anterior, representa uma redução <strong>de</strong> 12%.<br />
Valor do Subsídio do Estado por visitante (em €) Custo por Visitante (em €)<br />
No que diz respeito à utilização dos recursos disponíveis, são evi<strong>de</strong>ntes as melhorias conseguidas ao nível da<br />
eficiência financeira das entradas (medida pela receita <strong>de</strong> bilheteira por visitante), com um crescimento <strong>de</strong><br />
1,8%, e ao nível da eficiência <strong>de</strong> utilização dos meios <strong>de</strong> segurança (medida pelo custo com segurança por<br />
visitante), com um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 21,3%.<br />
A nível patrimonial verifica-se um reforço dos activos da Fundação. O Activo Total fixou-se em 65,6 milhões<br />
<strong>de</strong> €, representando um acréscimo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 3 milhões <strong>de</strong> € face a <strong>20</strong>09. O Passivo Total fixou-se em<br />
97
6 milhões <strong>de</strong> € (+<strong>20</strong>,5% do que em <strong>20</strong>09). Contudo, este crescimento do Passivo Total resulta, na integra, <strong>de</strong><br />
alterações do normativo contabilístico, provocando a relevação <strong>de</strong> valores a reconhecer em exercícios<br />
futuros, mas já contratualizados no presente exercício (inclui cerca <strong>de</strong> 1,2milhões <strong>de</strong> € relativos a dois<br />
financiamentos comunitários, em que os apoios serão reconhecidos como rendimentos à medida que os<br />
gastos ocorram).<br />
Como tal, merece <strong>de</strong>staque, nesta perspectiva patrimonial, a manutenção da autonomia financeira da<br />
Fundação, com os Capitais Próprios a financiarem o Activo Total em mais <strong>de</strong> 90%. Esta manutenção <strong>de</strong>corre<br />
do crescimento dos Capitais Próprios que passaram <strong>de</strong> 57,4 milhões <strong>de</strong> € em <strong>20</strong>09 para 59,6 milhões <strong>de</strong> € em<br />
<strong>20</strong><strong>10</strong> pela incorporação das dotações <strong>de</strong> Fundadores e das dotações do Ministério da Cultura e Câmara<br />
Municipal do Porto para o Fundo <strong>de</strong> Compras <strong>de</strong> Obras <strong>de</strong> Arte. Verifica-se, como tal, que a repartição relativa<br />
dos capitais permanentes da Fundação entre alheios e próprios se mantém, pen<strong>de</strong>ndo para os segundos.<br />
Em termos individuais merecem <strong>de</strong>staque, ao nível do Activo Imobilizado, a redução em cerca <strong>de</strong> 50% do<br />
ajustamento <strong>de</strong> investimentos financeiros, reflexo da recuperação <strong>de</strong> valor da carteira <strong>de</strong> títulos, e ao nível do<br />
Activo Circulante, a redução em cerca <strong>de</strong> 24% das dívidas a receber <strong>de</strong> clientes, reflexo da contínua<br />
preocupação <strong>de</strong> melhoria do processo <strong>de</strong> cobrança.<br />
Numa perspectiva <strong>de</strong> Liqui<strong>de</strong>z, verifica-se, também uma gran<strong>de</strong> melhoria da capacida<strong>de</strong> da Fundação em<br />
cumprir os seus compromissos financeiros <strong>de</strong> curto prazo à medida que estes se vão vencendo. Neste<br />
aspecto particular, merece <strong>de</strong>staque o Grau <strong>de</strong> Liqui<strong>de</strong>z Geral que ultrapassa os <strong>10</strong>0%.<br />
A Fundação assentou a sua actuação numa rigorosa e pru<strong>de</strong>nte gestão financeira que lhe permitiu o<br />
cumprimento do plano orçamental, o reforço da sua autonomia financeira e a realização do investimento na<br />
Colecção <strong>de</strong> Obras <strong>de</strong> Arte, cujo valor total, a preços <strong>de</strong> aquisição, já ascen<strong>de</strong> a 17,8 milhões <strong>de</strong> €, assim<br />
garantindo a sua sustentabilida<strong>de</strong> futura.<br />
Apesar <strong>de</strong> a Fundação ter assumido mais cerca <strong>de</strong> 280 000€ do que tinha previsto no seu orçamento <strong>de</strong><br />
tesouraria, o montante <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte adquiridas em <strong>20</strong><strong>10</strong> foi <strong>de</strong> 899 852€, o que ficou aquém do valor<br />
consi<strong>de</strong>rado no Protocolo assinado com o Ministério da Cultura, que previa um montante <strong>de</strong> 1 625 000€. Esta<br />
redução resultou da não comparticipação do Ministério da Cultura e da diminuição dos valores angariados<br />
junto das autarquias.<br />
A Fundação elabora as suas contas <strong>de</strong> acordo com o Sistema <strong>de</strong> Normalização Contabilística e possui um<br />
a<strong>de</strong>quado sistema <strong>de</strong> controlo interno consubstanciado num Sistema <strong>de</strong> Gestão Integrado que compreen<strong>de</strong><br />
um conjunto <strong>de</strong> processos e procedimentos com o objectivo <strong>de</strong> atingir uma progressiva excelência<br />
operacional. Adicionalmente, foi iniciado em <strong>20</strong><strong>10</strong> o processo <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> um novo sistema informático<br />
<strong>de</strong> suporte à activida<strong>de</strong> e à gestão – ERP Microsoft Dynamics Nav. Este sistema permitirá replicar<br />
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virtualmente gran<strong>de</strong> parte dos processos e procedimentos referidos anteriormente, tornando o processo <strong>de</strong><br />
registo <strong>de</strong> todos os factos patrimoniais mais célere, a<strong>de</strong>quado à realida<strong>de</strong> funcional da Fundação,<br />
ten<strong>de</strong>ncialmente paperless e mais eficiente na prestação <strong>de</strong> informação relevante para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.<br />
Durante o exercício <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> a Fundação foi objecto <strong>de</strong> uma auditoria levada a cabo pela Inspecção-Geral <strong>de</strong><br />
Finanças, no âmbito das Auditorias às Fundações <strong>de</strong>claradas <strong>de</strong> Utilida<strong>de</strong> Pública e beneficiárias <strong>de</strong> Auxílios<br />
Públicos, em conformida<strong>de</strong> com o seu Plano <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s. Durante o trabalho realizado, merece <strong>de</strong>staque a<br />
boa colaboração prestada pelos interlocutores da Fundação e a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrada, o que muito<br />
contribuiu para a realização do trabalho da IGF (<strong>de</strong> acordo com o seu próprio parecer). Em termos <strong>de</strong><br />
conclusões foi, genericamente, consi<strong>de</strong>rado que a política <strong>de</strong> prudência e rigor seguida pela Fundação no<br />
processo <strong>de</strong> elaboração e acompanhamento da execução orçamental tem favorecido uma exploração<br />
ten<strong>de</strong>ncialmente equilibrada, com a a<strong>de</strong>quação concomitante dos encargos <strong>de</strong> funcionamento aos meios<br />
disponíveis. Para além disso, a evidência <strong>de</strong> elevados rácios <strong>de</strong> autonomia financeira e <strong>de</strong> solvabilida<strong>de</strong>,<br />
assinalam uma situação patrimonial sólida e as variações patrimoniais apuradas reflectem um nível <strong>de</strong><br />
exploração ten<strong>de</strong>ncialmente equilibrado Foi, também, <strong>de</strong>stacada a existência e aplicação <strong>de</strong> procedimentos<br />
administrativos e financeiros <strong>de</strong>vidamente <strong>de</strong>finidos e formalizados, permitindo a a<strong>de</strong>quada verificação e<br />
<strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> eventuais pontos fracos.<br />
As contas são também sujeitas à verificação do Conselho Fiscal, que emite um parecer na sequência das suas<br />
acções inspectivas, presidido pelo representante do Ministério das Finanças<br />
A PriceWaterhouseCoopers proce<strong>de</strong>u, à semelhança dos anos anteriores, à auditoria das Contas da Fundação,<br />
<strong>de</strong> acordo com as Normas Internacionais <strong>de</strong> Auditoria.<br />
Foram neste âmbito examinadas as Contas da Fundação, através da execução <strong>de</strong> procedimentos que incluem<br />
a verificação do controlo interno, relevante para a preparação e apresentação apropriada das <strong>de</strong>monstrações<br />
financeiras, a avaliação da a<strong>de</strong>quação das políticas contabilísticas usadas e da razoabilida<strong>de</strong> das estimativas<br />
contabilísticas efectuadas pela Administração, bem como da a<strong>de</strong>quação da apresentação das <strong>de</strong>monstrações<br />
financeiras, tendo o auditor concluído que a prova da auditoria realizada foi suficiente e apropriada para a<br />
emissão da sua opinião.<br />
O Relatório <strong>de</strong> Auditoria refere expressamente que as <strong>de</strong>monstrações financeiras apresentam <strong>de</strong> forma<br />
verda<strong>de</strong>ira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Fundação<br />
<strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e o resultado das suas operações e os fluxos <strong>de</strong> caixa no exercício findo, em conformida<strong>de</strong> com<br />
os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.<br />
99
<strong>10</strong>0
14. PERSPECTIVAS PARA O ANO <strong>20</strong>11<br />
O ano <strong>de</strong> <strong>20</strong>11 ficará marcado pela continuação da adversa conjuntura económica em que a Fundação <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong> prossegue a sua Missão. A Fundação enfrenta este período ancorada no seu mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão<br />
inovador, que concilia autonomia face aos interesses privados e in<strong>de</strong>pendência face ao po<strong>de</strong>r político, numa<br />
virtuosa parceria com os seus Fundadores e cooperação activa com o Estado, as Autarquias e Instituições da<br />
Socieda<strong>de</strong> Civil, assim garantindo as melhores condições possíveis para cumprir os seus objectivos.<br />
Em <strong>20</strong>11, a Fundação continuará a <strong>de</strong>senvolver os seus cinco eixos estratégicos: Criação Artística; Ambiente,<br />
Ecologia e Paisagem; Sensibilização e Formação <strong>de</strong> Públicos; Reflexão Crítica sobre a Socieda<strong>de</strong><br />
Contemporânea e Indústrias Criativas. Através <strong>de</strong>stas linhas <strong>de</strong> acção, a Fundação prosseguirá a sua<br />
afirmação enquanto instituição central da vida cultural Portuguesa, projectando o nome <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, do<br />
Porto e do País.<br />
14.1. CRIAÇÃO ARTÍSTICA<br />
O gran<strong>de</strong> projecto para o ano <strong>de</strong> <strong>20</strong>11 <strong>de</strong>nomina-se Improvisações / Colaborações, e constitui uma proposta<br />
e contributo da Fundação <strong>Serralves</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento do Cluster das Indústrias Criativas da região<br />
Norte. Trata-se <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> evento <strong>de</strong> arte contemporânea <strong>de</strong> projecção assumidamente internacional que,<br />
<strong>de</strong> Abril a Outubro <strong>de</strong> <strong>20</strong>11, fará acontecer momentos <strong>de</strong> arte que resultam da improvisação e da colaboração<br />
entre artistas, criativos, museus nacionais e internacionais, autarquias, escolas, associações locais e<br />
prestadores <strong>de</strong> serviços nas mais diversas áreas da produção <strong>de</strong> bens e serviços relacionados com as<br />
indústrias criativas, abrangendo assim um sem número <strong>de</strong> agentes. Com um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> propostas que<br />
se esten<strong>de</strong>m pelas várias artes, mas com um enfoque particular nas artes plásticas,<br />
Improvisações/Colaborações terá como momentos <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>staque:<br />
• A exposição Off the Wall/Fora da Pare<strong>de</strong>, com inauguração marcada para Maio. Co-produzida com o<br />
Whitney Museum of American Art <strong>de</strong> Nova Iorque, esta exposição apresenta obras <strong>de</strong> artistas<br />
consagrados como John Bal<strong>de</strong>ssari, Roy Lichtenstein, Bruce Nauman, Yoko Ono, Claes Ol<strong>de</strong>nburg,<br />
Dennis Oppenheim, Richard Serra, Cindy Sherman, Andy Warhol, entre tantos outros.<br />
• A primeira gran<strong>de</strong> retrospectiva do trabalho fílmico <strong>de</strong> Robert Morris, um dos artistas norte-americanos<br />
que mais explorou o cruzamento entre as artes performativas e as artes visuais, a inaugurar em Julho.<br />
• A apresentação da Companhia <strong>de</strong> Dança <strong>de</strong> Trisha Brown e os seus “Early Works”, peças edificadoras<br />
da obra <strong>de</strong> Brown, uma das coreógrafas centrais do movimento <strong>de</strong> dança pós-mo<strong>de</strong>rna americana.<br />
• A apresentação ao vivo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s nomes internacionais da improvisação, em colectivos <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />
sobressaem nomes como Fred Frith, Mark Dresser e Sylvie Curvoisier.<br />
A Fundação apresentará ainda exposições individuais <strong>de</strong> José Barrias, Thomas Struth (em co-produção com<br />
Kunsthaus Zurich, K<strong>20</strong> Dusseldorf e Whitechapel <strong>de</strong> Londres), Eduardo Batarda e Leonor Antunes (em coprodução<br />
com Kunstverein Dusseldorf).<br />
O programa <strong>de</strong> itinerância <strong>de</strong> exposições prosseguirá, com o objectivo da criação <strong>de</strong> parcerias em todo o<br />
país <strong>de</strong> modo a apoiar a revelação <strong>de</strong> novos valores, divulgar a Colecção <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e qualificar a<br />
programação <strong>de</strong> equipamentos existentes.<br />
Nas Artes Performativas, a programação <strong>de</strong> <strong>20</strong>11 continuará a repartir-se por gran<strong>de</strong>s áreas disciplinares da<br />
cultura contemporânea: as diferentes vertentes da nova música e da experimentação sonora, a dança<br />
contemporânea e a performance, o cinema e o ví<strong>de</strong>o, além da habitual Edição do “Jazz no Parque", iniciativa<br />
que comemorará a sua vigésima edição. A colaboração com festivais <strong>de</strong> Artes Performativas e <strong>de</strong> Cinema,<br />
bem como a co-produção com outras instituições nacionais marcará também a programação para <strong>20</strong>11.<br />
<strong>10</strong>1
A colaboração com as Autarquias Fundadoras na área das Bibliotecas iniciada em <strong>20</strong><strong>10</strong>, prosseguirá com a<br />
realização do da primeira exposição do projecto ART@BIBL<strong>IO</strong> e da disponibilização da exposição<br />
“Gateways”.<br />
Também a Biblioteca <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> acolherá exposições <strong>de</strong> livros e outras publicações <strong>de</strong> arte no espaço da<br />
mezzanine, comissariadas por Guy Schraenen.<br />
Na área das edições, as exposições <strong>de</strong> <strong>20</strong>11 terão, como habitualmente, edição <strong>de</strong> catálogos bilingues, ou <strong>de</strong><br />
uma publicação estrangeira. Algumas <strong>de</strong>stas publicações serão co-editadas com prestigiadas editoras <strong>de</strong> arte<br />
ou museus internacionais, servindo também o propósito <strong>de</strong> divulgação no estrangeiro do Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
14.2. AMBIENTE<br />
O Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> conta agora com um terceiro pólo <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, para além do Museu e da Casa, o<br />
Espaço.Parque. Este novo pólo vai ampliar, <strong>de</strong> forma significativa, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acolhimento <strong>de</strong> públicos e<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma nova linha <strong>de</strong> programação, que tem como principal objectivo aproximar a<br />
produção científica <strong>de</strong> referência - nas áreas da arquitectura paisagista, da ecologia, da genética, da<br />
biodiversida<strong>de</strong>, e da energia - da comunida<strong>de</strong>, numa prática <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> conhecimento assente na já<br />
longa experiência educativa e <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismo da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>. Para tal, estabelece parcerias<br />
com entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reconhecida autorida<strong>de</strong> nas matérias relevantes.<br />
As activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão e manutenção do Parque continuarão a marcar gran<strong>de</strong> presença na activida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvida no Parque, assegurando <strong>de</strong>sse modo a preservação da sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e carácter únicos no<br />
panorama da arte dos jardins e da arquitectura paisagista da primeira meta<strong>de</strong> do século XX, a nível nacional e<br />
internacional.<br />
14.3. SENSIBILIZAÇÃO E FORMAÇÃO DE PÚBLICOS<br />
O Serviço Educativo da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> aposta numa relação <strong>de</strong> crescente cumplicida<strong>de</strong> com a<br />
comunida<strong>de</strong>, num campo alargado <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acção, capaz <strong>de</strong> envolver diferentes públicos e<br />
contextos, através <strong>de</strong> parcerias com escolas, universida<strong>de</strong>s, associações, entre outras instituições.<br />
Em <strong>20</strong>11, para além do extenso programa <strong>de</strong> visitas e oficinas, o Serviço Educativo propõe-se consolidar a<br />
vertente Famílias ao fim-<strong>de</strong>-semana em <strong>Serralves</strong>. Para tal, prevê-se uma oferta continuada ao longo do ano,<br />
dinamizada também em momentos associados a comemorações especiais, tais como o Dia do Livro Infantil<br />
ou o Dia dos Museus. Serão realizadas, para os segmentos <strong>de</strong> público famílias e escolares, novas edições da<br />
Festa do Outono, da Festa do Ambiente, da Semana da Energia e Biodiversida<strong>de</strong> e da iniciativa Natal em<br />
<strong>Serralves</strong>.<br />
O <strong>de</strong>senvolvimento do micro-site <strong>Serralves</strong>/Escolas preten<strong>de</strong> iniciar a criação <strong>de</strong> um Centro <strong>de</strong> Recursos<br />
acessível online com o objectivo <strong>de</strong> disponibilizar informações e materiais pedagógicos para educadores e<br />
professores.<br />
O Projecto Anual com Escolas, <strong>de</strong>stinado a alunos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nível pré-escolar até ao ensino secundário, e cujo<br />
tema para o ano lectivo <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>/<strong>20</strong>11 é Cida<strong>de</strong>s: Percursos, Intervenções, Afecto, prosseguirá a fi<strong>de</strong>lização<br />
<strong>de</strong> um número significativo <strong>de</strong> participantes. Dar-se-á também relevo à oferta <strong>de</strong> programas para público<br />
universitário, nomeadamente através da colaboração com a Direcção do Museu na organização <strong>de</strong> encontros,<br />
conferências e seminários que potenciam a reflexão crítica em torno <strong>de</strong> questões contemporâneas.<br />
Para os públicos com necessida<strong>de</strong>s especiais, o Serviço Educativo trabalhará no sentido do aprofundamento<br />
das relações com instituições vocacionadas para seu o acompanhamento, através da organização <strong>de</strong><br />
programas contínuos, com periodicida<strong>de</strong> semanal ou mensal, permitindo assim a <strong>de</strong>scoberta do património da<br />
Fundação.<br />
<strong>Serralves</strong> em Festa, o gran<strong>de</strong> evento <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> da Fundação, e que faz já parte do calendário cultural do<br />
<strong>10</strong>2
Porto e do País, terá em <strong>20</strong>11 a sua oitava edição. Os objectivos para <strong>20</strong>11 passam pelo reforço da sua<br />
visibilida<strong>de</strong>, nacional e internacional, e da promoção da atractivida<strong>de</strong> do Porto e da Região como <strong>de</strong>stino<br />
turístico e cultural, consolidando o papel <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> nestas áreas.<br />
14.4. REFLEXÃO<br />
Num dos outros vectores estratégicos <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, o ano <strong>de</strong> <strong>20</strong>11 será marcado pelo ciclo <strong>de</strong><br />
conferências/<strong>de</strong>bates O Imaterial – Novos Paradigmas da Contemporaneida<strong>de</strong>, comissariado por Artur<br />
Castro Neves, que trará ao Auditório conferencistas e mo<strong>de</strong>radores como Diogo <strong>de</strong> Lucena, João Cravinho,<br />
Augusto Mateus, António-Pedro Vasconcelos, Nuno Morais Sarmento, José Manuel Durão Barroso,<br />
Carlos Costa e Élie Cohen, entre outros.<br />
O ciclo Arte, Política, Globalização, que principiou ainda em <strong>20</strong><strong>10</strong>, prosseguirá até Março <strong>de</strong> <strong>20</strong>11 com<br />
conferências, workshops e conversas, constituindo uma plataforma <strong>de</strong> pensamento que cruza fronteiras<br />
disciplinares, geográficas e teóricas, sublinhando a relevância do político nas práticas artísticas da<br />
actualida<strong>de</strong>.<br />
Serão ainda promovidos cursos, workshops e <strong>de</strong>bates <strong>de</strong>dicados a temáticas da arte contemporânea e do<br />
ambiente.<br />
14.5. INDÚSTRIAS CRIATIVAS<br />
No ano em que a incubadora INSERRALVES completará 3 anos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, a Fundação continuará a<br />
<strong>de</strong>sempenhar um papel <strong>de</strong> promoção do Cluster regional <strong>de</strong> Indústrias Criativas com as iniciativas que<br />
<strong>de</strong>senvolve nesta área.<br />
A INSERRALVES prosseguirá o seu trabalho <strong>de</strong> acompanhamento e <strong>de</strong>senvolvimento das empresas em<br />
incubação, utilizando todos os recursos ao seu dispor para conferir aos empreen<strong>de</strong>dores as melhores<br />
condições para o <strong>de</strong>senvolvimento dos seus projectos, bem como o acesso aos recursos e competências<br />
necessárias.<br />
Será disponibilizado um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> incubação virtual que permita o crescimento do número <strong>de</strong> empresas em<br />
incubação para além dos limites físicos da INSERRALVES.<br />
Serão <strong>de</strong>senvolvidas acções <strong>de</strong> formação em áreas <strong>de</strong> interesse para os empreen<strong>de</strong>dores em incubação, bem<br />
como a continuação das Sessões Abertas, que permitem a partilha <strong>de</strong> experiências na área do<br />
empreen<strong>de</strong>dorismo criativo, num ambiente informal.<br />
No âmbito do projecto <strong>Serralves</strong> Networking, objecto <strong>de</strong> candidatura a fundos do QREN, estão previstas a<br />
realização <strong>de</strong> uma missão empresarial ao Reino Unido e a criação <strong>de</strong> um fórum <strong>de</strong> discussão sobre boas<br />
práticas no sector.<br />
Em parceria com a Unicer, será atribuído o terceiro Prémio Nacional <strong>de</strong> Indústrias Criativas, continuando a<br />
contribuir <strong>de</strong>cisivamente para a afirmação e a vitalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste sector.<br />
A Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> continuará a fazer-se representar na ADDICT – Agência para o Desenvolvimento<br />
das Indústrias Criativas e, nesse sentido, estará empenhada nas acções ten<strong>de</strong>ntes ao <strong>de</strong>senvolvimento do<br />
Cluster das Indústrias Criativas.<br />
14.6. PROJECTOS ESPECIAIS<br />
No ano <strong>de</strong> <strong>20</strong>11, a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> <strong>de</strong>senvolverá diversos projectos especiais, que se revestem <strong>de</strong> uma<br />
dimensão transversal à acção da Fundação. São disso exemplo:<br />
• O aprofundamento <strong>de</strong> novas formas <strong>de</strong> colaboração com as Autarquias, esten<strong>de</strong>ndo o âmbito<br />
geográfico da acção da Fundação, e contribuindo para a <strong>de</strong>scentralização;<br />
<strong>10</strong>3
• A Certificação Ambiental, que visa dotar a Fundação <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> gestão ambiental <strong>de</strong> acordo com<br />
os requisitos do Sistema Comunitário <strong>de</strong> Ecogestão e Auditoria;<br />
• O Estudo <strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, no qual se preten<strong>de</strong> estudar e quantificar o impacto da Fundação na<br />
sua zona <strong>de</strong> influência, sob múltiplas variáveis, económicas, sociais, culturais, etc;<br />
• O Estudo <strong>de</strong> Públicos, com a intenção <strong>de</strong> conhecer os hábitos culturais e as principais tendências <strong>de</strong><br />
consumo dos visitantes da Fundação;<br />
• O programa <strong>de</strong> Voluntariado Sénior que preten<strong>de</strong> contribuir para a realização do potencial <strong>de</strong> mediação<br />
que a população sénior po<strong>de</strong> ter entre o Projecto <strong>Serralves</strong> e a Socieda<strong>de</strong>, ao mesmo tempo promovendo<br />
a cidadania activa, o diálogo intergeracional e o trabalho em equipa.<br />
Este ambicioso conjunto <strong>de</strong> iniciativas, planeado no contexto <strong>de</strong> contenção que a já referida conjuntura<br />
económica aconselha, permitirá à Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> prosseguir o seu trajecto <strong>de</strong> afirmação nacional e<br />
internacional. Através das parcerias que estabelece com Fundadores, Mecenas, Estado, Autarquias e outras<br />
instituições, <strong>Serralves</strong> continuará em <strong>20</strong>11 a servir as comunida<strong>de</strong>s com as quais se envolve e a socieda<strong>de</strong> em<br />
geral com renovada vitalida<strong>de</strong> e dinamismo.<br />
<strong>10</strong>4
15. AGRADECIMENTOS<br />
15.1. APO<strong>IO</strong>S INSTITUC<strong>IO</strong>NAIS<br />
Em primeiro lugar, cumpre <strong>de</strong>stacar o Estado Português que, através do Ministério da Cultura, tem<br />
garantido os meios financeiros necessários para a concretização dos fins estatutários da Fundação.<br />
Agra<strong>de</strong>cemos à Comissão <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação e Desenvolvimento da Região Norte o bom acolhimento que<br />
tem dado às candidaturas apresentadas pela Fundação sem o qual não teria sido possível concretizar um tão<br />
ambicioso programa <strong>de</strong> investimentos e <strong>de</strong> iniciativas.<br />
Reconhecemos igualmente todo o apoio prestado pela Turismo <strong>de</strong> Portugal que, através do Programa <strong>de</strong><br />
Intervenção do Turismo, se tem revelado essencial para a promoção externa da Fundação e das suas<br />
activida<strong>de</strong>s e à Câmara Municipal do Porto agra<strong>de</strong>cemos também todo o apoio e empenho sempre<br />
<strong>de</strong>monstrados para com os projectos por nós <strong>de</strong>senvolvidos.<br />
Uma palavra muito especial à Comissão das Comemorações do Centenário da República que <strong>de</strong> forma tão<br />
generosa <strong>de</strong>cidiu integrar a Fundação no seu programa <strong>de</strong> comemorações, o que contribuiu <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>cisiva<br />
para o impacto das suas iniciativas.<br />
15.2. NOVOS FUNDADORES<br />
Importa também saudar todos aqueles que durante o ano <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> se tornaram Fundadores <strong>de</strong>sta Instituição e<br />
cuja participação neste projecto queremos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já agra<strong>de</strong>cer:<br />
CÂMARA MUNICIPAL DO FUNCHAL<br />
CÂMARA MUNICIPAL DE PON<strong>TA</strong> DELGADA<br />
CPCiS – COMPANHIA PORTUGUESA DE COMPU<strong>TA</strong>DORES, INFORMÁTICA E SISTEMAS, S.A.<br />
CUATRECASAS, GONÇALVES PEREIRA, RL, SOCIEDADE DE ADVOGADOS<br />
DOURO AZUL, S.A.<br />
15.3. APO<strong>IO</strong>S INSTITUC<strong>IO</strong>NAIS DE CONTINUIDADE – FUNDADORES<br />
PATRONO<br />
De forma a assegurar a estabilida<strong>de</strong> financeira fundamental para o seu planeamento <strong>de</strong> médio e longo prazo,<br />
a Fundação tem vindo a solicitar anualmente a todos os seus Fundadores uma contribuição para o seu Fundo<br />
Anual. Muitos são aqueles que têm vindo a a<strong>de</strong>rir a esta iniciativa, assim adquirindo a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Fundadores Patronos, pelo que <strong>de</strong>sejamos <strong>de</strong>ixar aqui expresso, uma vez mais, o nosso agra<strong>de</strong>cimento aos<br />
que em <strong>20</strong><strong>10</strong> respon<strong>de</strong>ram afirmativamente:<br />
ACO – Fábrica <strong>de</strong> Calçado, S.A.<br />
AdP – Águas <strong>de</strong> Portugal, SGPS, S.A.<br />
Aenor – Auto-estradas do Norte, S.A.<br />
Águas do Douro e Paiva, S.A.<br />
Amorim – Investimentos e Participações, SGPS, S.A.<br />
André Jordan<br />
APDL – Administração dos Portos do Douro e <strong>de</strong><br />
Leixões, S.A.<br />
Área Metropolitana do Porto<br />
Arsopi – Indústria Metalúrgica Arlindo S. Pinho, S.A.<br />
Associação Nacional <strong>de</strong> Farmácias<br />
Auto Sueco, Lda.<br />
Banco Santan<strong>de</strong>r Totta, S.A.<br />
Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.<br />
Bial – Portela & Cª, S.A.<br />
Caixa Geral <strong>de</strong> Depósitos, S.A.<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> Matosinhos<br />
Cerealis, SGPS, S.A.<br />
Companhia <strong>de</strong> Seguros Fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> Mundial, S.A.<br />
Companhia Portuguesa <strong>de</strong> Hipermercados, S.A.<br />
Cotesi – Companhia <strong>de</strong> Têxteis Sintéticos, S.A.<br />
Diliva – Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Investimentos Imobiliários, S.A.<br />
Edifer – Construções Pires Coelho e Fernan<strong>de</strong>s, S.A.<br />
EDP – Electricida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Portugal, S.A.<br />
Efacec Capital, SGPS, S.A.<br />
El Corte Inglés, S.A.<br />
<strong>10</strong>5
Entreposto – Gestão e Participações, SGPS, S.A.<br />
Euronext Lisbon – SGMR, S.A.<br />
F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A.<br />
GALP Energia, SGPS, S.A. (Transgás – Socieda<strong>de</strong><br />
Portuguesa <strong>de</strong> Gás Natural, S.A.)<br />
Gamobar – Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Representações, S.A.<br />
Grupo Nabeiro – Delta Cafés, SGPS, S.A.<br />
Ibersol, SGPS, S.A.<br />
Imatosgil – Investimentos, SGPS, S.A.<br />
Império-Bonança – Companhia <strong>de</strong> Seguros, S.A.<br />
Inditex, S.A. (Zara Portugal)<br />
João Vasco Marques Pinto<br />
Metro do Porto, S.A.<br />
Millennium BCP<br />
Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e<br />
Associados<br />
N. Quintas, SGPS, S.A.<br />
Oci<strong>de</strong>ntal – Companhia Portuguesa <strong>de</strong> Seguros, S.A.<br />
Portgás – Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Produção e<br />
Distribuição <strong>de</strong> Gás, S.A.<br />
Prosegur<br />
R.A.R. – Refinarias <strong>de</strong> Açúcar Reunidas, S.A.<br />
REN – Re<strong>de</strong> Eléctrica Nacional, S.A.<br />
Sogrape Vinhos, S.A.<br />
Soja <strong>de</strong> Portugal, SGPS, S.A.<br />
Somague, SGPS, S.A.<br />
Sonae SGPS, S.A.<br />
Têxtil Manuel Gonçalves, S.A.<br />
Toyota Caetano Portugal, S.A.<br />
Vicaima – Indústria <strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>iras e Derivados, S.A.<br />
15.4. MECENAS PATRIMONIAIS E DE ACTIVIDADES<br />
A Fundação <strong>de</strong>seja agra<strong>de</strong>cer o valioso contributo que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, tem continuado a receber do BPI –<br />
BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO e o apoio que nos foi facultado para as iniciativas do Museu <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong>, como Mecenas Exclusivo do Museu De Arte Contemporânea <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e como Mecenas<br />
Exclusivo <strong>de</strong> uma Gran<strong>de</strong> Exposição Anual.<br />
O Conselho expressa igualmente a sua gratidão às empresas:<br />
UNICER - Mecenas da Programação <strong>de</strong> Música<br />
FUNDAÇÃO EDP - Mecenas <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> exposição anual<br />
BES - Banco Espírito Santo, Mecenas da Fotografia<br />
SONAE - Mecenas do Verão em <strong>Serralves</strong><br />
MO<strong>TA</strong> – ENGIL, Mecenas Exclusivo da Casa <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
SOVENA GROUP, Mecenas Exclusivo do Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
CEREALIS – Mecenas da Festa do Outono<br />
que em <strong>20</strong><strong>10</strong> apoiaram as diferentes áreas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> da Fundação.<br />
15.5. MECENAS DAS ACTIVIDADES<br />
É com profundo reconhecimento que a Fundação continua a po<strong>de</strong>r contar com um significativo número <strong>de</strong><br />
entida<strong>de</strong>s, cujas contribuições e apoios têm tornado possíveis algumas das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
BPI – BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO<br />
<strong>Serralves</strong> <strong>20</strong>09: A Colecção<br />
Às Artes, Cidadãos!<br />
BES - BANCO ESPÍRITO SANTO<br />
Grazia To<strong>de</strong>ri<br />
Augusto Alves da Silva - Sem Saída: Ensaio Sobre o Optimismo<br />
Bes Revelação <strong>20</strong>09<br />
Bes Revelação <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
FUNDAÇÃO EDP<br />
Lour<strong>de</strong>s Castro e Manuel Zimbro: À Luz da Sombra<br />
Dara Birnbaum - A Matéria Negra da Luz dos Media<br />
<strong>10</strong>6
MO<strong>TA</strong> ENGIL, SGPS, S.A.<br />
Regresso a Casa - Colecção da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong><br />
SONAE, SGPS.<br />
Marlene Dumas - Contra o Muro<br />
Emissores Reunidos - Senhor Fantasma, Vamos Falar<br />
UNICER – DISTRIBUIÇÃO DE BEBIDAS, S.A.<br />
18ª Edição Jazz no Parque<br />
CEREALIS, SGPS, S.A.<br />
Festa do Outono<br />
Cabe também agra<strong>de</strong>cer reconhecidamente o apoio do BPI – BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO<br />
como Mecenas Exclusivo e da UNICER através da SUPER BOCK como Patrocinador Oficial do evento<br />
“<strong>Serralves</strong> em Festa” <strong>20</strong><strong>10</strong>.<br />
Deixamos também um agra<strong>de</strong>cimento especial à IMPÉR<strong>IO</strong> BONANÇA pelo continuado apoio que tem<br />
atribuído à concretização das exposições como Seguradora Oficial do Museu <strong>de</strong> Arte Contemporânea <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong> e à HISCOX pelo seu apoio à exposição Às Artes, Cidadãos!.<br />
15.6. AMIGOS DA COLECÇÃO<br />
O Conselho <strong>de</strong> Administração realça a generosida<strong>de</strong> e agra<strong>de</strong>ce reconhecidamente ao Amigo da Colecção <strong>de</strong><br />
Arte Contemporânea <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> que em <strong>20</strong><strong>10</strong> generosamente contribuiu para o enriquecimento da<br />
Colecção através <strong>de</strong> um apoio financeiro à aquisição <strong>de</strong> novas obras <strong>de</strong> arte.<br />
Banco Bic<br />
15.7. DOAÇÕES DE OBRAS DE ARTE<br />
Não quer ainda o Conselho <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> expressar o seu reconhecimento aos artistas e individualida<strong>de</strong>s que em<br />
<strong>20</strong><strong>10</strong> amavelmente doaram obras <strong>de</strong> arte à Fundação:<br />
Marlene Dumas<br />
António Contador<br />
Marjolaine Ryley<br />
Guy Tillim<br />
Manoel <strong>de</strong> Oliveira<br />
15.8. DEPÓSITOS DE OBRAS DE ARTE<br />
Cabe aqui <strong>de</strong>stacar neste âmbito, reiterando o nosso agra<strong>de</strong>cimento, aos artistas que têm vindo a <strong>de</strong>positar<br />
em <strong>Serralves</strong> algumas das suas obras <strong>de</strong> arte:<br />
Marcelo Cida<strong>de</strong><br />
Renato Ferrão<br />
Deixamos também o nosso agra<strong>de</strong>cimento aos particulares, que em <strong>20</strong><strong>10</strong> iniciaram e que continuaram a<br />
<strong>de</strong>positar obras <strong>de</strong> arte na Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>:<br />
Comissão Nacional para as Comemorações<br />
do Centenário da República<br />
Col. POP<br />
Ivo Martins<br />
E a todos os outros coleccionadores que preten<strong>de</strong>m manter o anonimato.<br />
15.9. SUBSÍD<strong>IO</strong>S AO ABRIGO DO Q.R.E.N. E OUTROS<br />
A viabilização <strong>de</strong> várias iniciativas e investimentos tem continuado a ser possível graças aos financiamentos<br />
<strong>de</strong> vários programas do Quadro <strong>de</strong> Referência Estratégico Nacional (QREN) e <strong>de</strong> outros financiamentos<br />
<strong>10</strong>7
nacionais, pelo que queremos expressar o nosso agra<strong>de</strong>cimento às seguintes entida<strong>de</strong>s:<br />
• Programa Operacional da Região do Norte –ON2 (CCDRN - Comissão <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação e<br />
Desenvolvimento Regional do Norte) – “Ambiente+ em <strong>Serralves</strong>” e “<strong>10</strong> Anos da Colecção do Museu <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong>”; “<strong>Serralves</strong> Melhor”; “Improvisações e Colaborações”;<br />
• Programa <strong>de</strong> Intervenção do Turismo (Instituto do Turismo <strong>de</strong> Portugal) – <strong>Serralves</strong> em Festa <strong>20</strong><strong>10</strong> e<br />
<strong>Serralves</strong> - Destino das Artes;<br />
• Programa <strong>de</strong> Aprendizagem ao Longo da Vida – Grundtvig – Visitas e Intercâmbios – Participação no<br />
Simpósio: International Symposium Contemporary Art: Who Cares<br />
• Programa <strong>de</strong> Apoio a Museus da Re<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Museus — ProMuseus - Projecto - Reorganização<br />
dos Espaços <strong>de</strong> Reserva do Museu <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>: Cais, Reserva 1 e Reserva 3 (ví<strong>de</strong>o)<br />
• Fundação Calouste Gulbenkian - CONCURSO “PROJECTOS DE RECUPERAÇÃO, TRA<strong>TA</strong>MENTO E<br />
ORGANIZAÇÃO DE ACERVOS DOCUMEN<strong>TA</strong>IS” - Arquivo Manoel <strong>de</strong> Oliveira;<br />
• Fundo <strong>de</strong> Apoio à Comunida<strong>de</strong> Científica (Fundação para a Ciência e Tecnologia) - Parque <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>.<br />
Actas das Conferências.<strong>20</strong>02-<strong>20</strong>09.<br />
15.<strong>10</strong>. AMIGOS DE SERRALVES<br />
A Fundação não quer <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> expressar também o seu agra<strong>de</strong>cimento a todos os Amigos <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> com<br />
especial relevo para os Amigos Benfeitor e Empresas, que nos ajudaram ao longo <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>:<br />
AMIGOS BENFEITOR<br />
Ana Maria Marques D'Almeida<br />
Carlos Machado Vaz<br />
Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Lor<strong>de</strong>lo do Ouro<br />
Natércia da Silva Fortuna<br />
Robert Illing<br />
“A Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> está extremamente bem<br />
organizada e é um lugar único e muito agradável em<br />
cada um dos seus recantos. Parabéns e continuem<br />
assim.”<br />
Cristina, 22 anos, Portugal<br />
<strong>10</strong>8
16. PARCERIAS INSTITUC<strong>IO</strong>NAIS<br />
AEP – Associação Empresarial<br />
ADE Porto - Agência <strong>de</strong> Energia do Porto<br />
AEPGA – Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino<br />
Cinemateca Portuguesa<br />
CIB<strong>IO</strong> - Centro <strong>de</strong> Investigação em Biodiversida<strong>de</strong> e Recursos Genéticos<br />
CP – Comboios <strong>de</strong> Portugal<br />
ENEAS - European Network for Environmental Assessment and Services<br />
FCUP - Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Universida<strong>de</strong> do Porto<br />
FEUP – Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia da Universida<strong>de</strong> do Porto<br />
IPATIMUP<br />
IDMEC – FEUP, Engenharia Mecânica<br />
Liga para a Protecção da Natureza<br />
Lqai - Laboratório da Qualida<strong>de</strong> do Ar Interior<br />
SEA LIFE<br />
STCP – Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Transportes Colectivos do Porto<br />
<strong>TA</strong>GIS - Centro <strong>de</strong> Conservação das Borboletas <strong>de</strong> Portugal<br />
16.1. APO<strong>IO</strong>S E COLABORAÇÕES INSTITUC<strong>IO</strong>NAIS<br />
Alípio Dias<br />
8 1/2 Festa do Cinema Italiano<br />
Almada Guest House<br />
Amplificasom<br />
ANA – Aeroportos, Porto<br />
Antena 1<br />
Antena 2<br />
Antena 3<br />
Apisantos<br />
Arteleku<br />
Associação Os Filhos <strong>de</strong> Lumière<br />
Atelier Real<br />
Ateneu Comercial do Porto<br />
Balleteatro<br />
Binaural<br />
Brrr_Festival <strong>de</strong> Live Art<br />
Câmara Municipal do Porto<br />
Câmara Municipal do Porto – Divisão Municipal do<br />
Ambiente e TOAGA<br />
Casa da Música<br />
Castanheira Sómúsica<br />
Caves Calém<br />
Centro Cultural Vila Flor<br />
Chrysler<br />
CiberCar<br />
CIES – Centro <strong>de</strong> Investigação e Estudos <strong>de</strong> Sociologia,<br />
ISCTE<br />
Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema<br />
Circular - Festival <strong>de</strong> Artes Performativas<br />
Clube <strong>de</strong> Bridge do Porto<br />
Companhia do Som<br />
Consulat Général <strong>de</strong> França<br />
Culturesfrance<br />
Designar<br />
Diário do Porto<br />
Doc_Europa II<br />
Dockanema<br />
Embaixada dos Estados Unidos da América<br />
Escutar Portugal<br />
ESMAE - Escola Superior <strong>de</strong> Música e das Artes do<br />
Espectáculo<br />
Entrecuerpos-Mugatxoan Asociación Cultural<br />
Eusko Jaurlaritza Gobierno Vasco<br />
Expresso<br />
Fábrica <strong>de</strong> Movimentos<br />
FCD - Fundação Ciência e Desenvolvimento<br />
FC Porto SAD<br />
FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia<br />
Filho Único<br />
FLE – Fórum para a Liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação<br />
FLUP - Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras da Universida<strong>de</strong> do Porto<br />
FNAC Sta. Catarina, Norteshopping e Gaiashopping<br />
Gamobar<br />
Gipuzkoaku Foru Aldundia – Diputación Foral <strong>de</strong><br />
Gipuzkea<br />
Goethe-Institute Portugal – Instituto Alemão<br />
Hospital CUF - Porto<br />
Hotel Dom Henrique<br />
<strong>10</strong>9
Hotel Tiara Park Atlantic Porto<br />
Iberlinx<br />
ICNB – Instituto <strong>de</strong> Conservação da Natureza e da<br />
Biodiversida<strong>de</strong><br />
Ifa – Institut für Auslands-beziehungen e.V.<br />
Instituto <strong>de</strong> Sociologia, UP<br />
Instituto do Cinema e do Audiovisual<br />
Instituto Franco-Português<br />
IPATIMUP<br />
JACC – Jazz ao Centro Clube<br />
Jornal Público<br />
Laboral Escena<br />
Lófte<br />
Matéria Prima<br />
Maus Hábitos<br />
MBA Norbrin<strong>de</strong>.com<br />
Metro do Porto<br />
Ministerio <strong>de</strong> Asuntos Exteriores Y <strong>de</strong> Cooperación –<br />
Gobierno <strong>de</strong> España – Ministerio <strong>de</strong> Cultura<br />
MoMA – Museum of Mo<strong>de</strong>rn Art, Nova Iorque<br />
Mondriaan Stichting – Mondriaan Foundation<br />
Mouco<br />
MUSAC – Museo <strong>de</strong> Arte Contemporâneo <strong>de</strong> Castilla y<br />
Leon<br />
NEC – Núcleo <strong>de</strong> Experimentação Coreográfica<br />
Nespresso<br />
Obra Madrasta<br />
OCA – Office for Contemporary Art Norway<br />
Opel Centrum Douro<br />
Passos Manuel<br />
Plano B<br />
Porto Foz Residência<br />
Porto Lazer<br />
Pousadas <strong>de</strong> Portugal<br />
Prosegur<br />
PSP – Polícia <strong>de</strong> Segurança Pública -16ª Esquadra<br />
Quality Inn<br />
Quinta do Vallado<br />
Rádio Nova<br />
Rocha, Artes Gráficas, Lda.<br />
RTP<br />
RTP N<br />
RUC – Rádio Universitária <strong>de</strong> Coimbra<br />
RUM – Rádio Universitária do Minho<br />
SEACEX – Sociedad Estatal para la Acción Cultural<br />
Exterior<br />
Seara.com<br />
SGL - Socieda<strong>de</strong> Geral <strong>de</strong> Limpezas, SA<br />
Sugestões & Opções – Catering <strong>de</strong> Eventos<br />
Teatro Nacional <strong>de</strong> S. João<br />
Top Atlântico<br />
Turismo <strong>de</strong> Portugal<br />
V Coutinho<br />
16.2. PARCERIAS E APO<strong>IO</strong>S “SERRALVES EM FES<strong>TA</strong>” <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
O “<strong>Serralves</strong> em Festa” é cada vez mais uma referência incontornável do panorama cultural da cida<strong>de</strong><br />
doPorto. Este crescente sucesso tem a participação activa das seguintes entida<strong>de</strong>s às quais a Fundação<br />
reconhecidamente agra<strong>de</strong>ce:<br />
Turismo <strong>de</strong> Portugal, IP<br />
Câmara Municipal do Porto<br />
Porto Lazer<br />
ANA – Aeroporto do Porto<br />
PARCEIROS<br />
Aca<strong>de</strong>mia Contemporânea do Espectáculo /Teatro do<br />
Bolhão<br />
Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> Costa Cabral<br />
Agência da curta Metragem<br />
Alkantara – Associação Cultural<br />
ArtemRe<strong>de</strong><br />
Árvore - Cooperativa <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s Artísticas<br />
Balleteatro Escola Profissional<br />
Casa da Animação<br />
Casa da Música<br />
Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema<br />
Coliseu do Porto<br />
Culturgest/ Caixa Geral <strong>de</strong> Depósitos<br />
Direcção Geral das Artes<br />
EPME - Escola Profissional <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> Espinho<br />
Escola <strong>de</strong> Jazz do Porto<br />
Escola Francesa<br />
Escola Superior <strong>de</strong> Educação Paula Frassinetti<br />
ESMAE - Escola Superior <strong>de</strong> Música e Artes do<br />
Espectáculo<br />
Espaço T<br />
Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belas Artes do Porto<br />
FIMP - Festival Internacional <strong>de</strong> Marionetas do Porto<br />
FITEI - Festival Internacional <strong>de</strong> Teatro <strong>de</strong> Expressão<br />
Ibérica<br />
1<strong>10</strong>
Fotoadrenalina<br />
Fundação Calouste Gulbenkian<br />
Fundação Eugénio <strong>de</strong> Almeida<br />
Instituto dos Museus e da Conservação<br />
Instituto Português <strong>de</strong> Fotografia<br />
ISCET – Instituto Superior <strong>de</strong> Ciências Empresariais e do<br />
Turismo<br />
NEC - Núcleo <strong>de</strong> Experimentação Coreográfica<br />
Olhares<br />
Tágis<br />
Universida<strong>de</strong> Católica do Porto<br />
Universida<strong>de</strong> do Autodidacta e da Terceira Ida<strong>de</strong> do<br />
Porto<br />
APO<strong>IO</strong>S<br />
Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> Moreira da Maia<br />
Cibercar<br />
CP – Comboios <strong>de</strong> Portugal<br />
Designar Lettering e Impressão Digital<br />
Diário do Porto<br />
Epson<br />
Gamobar<br />
Hospital CUF<br />
HP<br />
Instituto Franco Portugais<br />
Metro do Porto<br />
Opel Centrum Douro<br />
Optimus<br />
Prosegur<br />
Seara.com<br />
SGL – Socieda<strong>de</strong> Geral <strong>de</strong> Limpezas<br />
STCP – Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Transportes Colectivos do Porto<br />
Tiara Park Atlantic Porto<br />
V. Coutinho<br />
APO<strong>IO</strong>S MEDIA<br />
Antena 1<br />
Antena 3<br />
RTP<br />
RTPN<br />
Expresso<br />
Público<br />
“La Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> è uno spazio espositivo di primo piano con una<br />
programmazione di alto livello a livello internazionale (...). Le mostre<br />
temporanee sono interessanti e ben pensate. Il parco in cui si trova la se<strong>de</strong><br />
espositiva è molto piacevole. Esperienza assolutamente positiva”<br />
Bisebise, Bologna<br />
111
112
17. COLABORADORES AO SERVIÇO | DEZEMBRO <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
O Conselho <strong>de</strong> Administração da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> <strong>de</strong>seja ainda <strong>de</strong>ixar um especial reconhecimento a<br />
todos os trabalhadores e colaboradores, sublinhando toda a generosida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>dicação e profissionalismo<br />
sempre <strong>de</strong>monstrados para com o projecto <strong>Serralves</strong>.<br />
DIRECÇÃO GERAL<br />
Directora Geral<br />
O<strong>de</strong>te Patrício<br />
SECRE<strong>TA</strong>RIADO<br />
Carina Bastos<br />
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO<br />
Assessor<br />
Marta Morais<br />
Sandra Olim<br />
ASSESSORIA DE INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA<br />
Assessor<br />
João Carvalho<br />
ASSESSORIA DAS INDUSTRIAS CRIATIVAS<br />
Assessor<br />
Miguel Veloso<br />
Ana Farinha<br />
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />
ASSESSORIA DA ADMINISTRAÇÃO<br />
Assessor<br />
Teresa Janson<br />
DIRECÇÃO ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA<br />
Director Administrativo e Financeiro<br />
Salustiano Nogueira<br />
SERVIÇOS FISCAIS, CON<strong>TA</strong>BILIDADE E<br />
ADMINISTRATIVOS<br />
Coor<strong>de</strong>nador Serviço<br />
Nuno Correia<br />
Dalila Couto<br />
Ivo Rodrigues<br />
Luzia Magalhães<br />
Rosanna Reis<br />
SERVIÇOS FINANCEIROS<br />
Carlos Barros<br />
SERVIÇOS APROVIS<strong>IO</strong>NAMENTO<br />
Carlos Teixeira<br />
Susana Meireles<br />
SERVIÇOS MANUTENÇÃO E SEGURANÇA,<br />
LOGÍSTICA E OBRAS<br />
Coor<strong>de</strong>nador Serviço<br />
Pedro Viegas<br />
Dinis Costa<br />
Helena Cerveira Pinto<br />
José Adriano<br />
Margarida Pinto<br />
Vitor Taboada<br />
DIRECÇÃO DO MUSEU<br />
Director do Museu<br />
João Fernan<strong>de</strong>s<br />
Adjunto do Director<br />
Ricardo Nicolau<br />
SECRE<strong>TA</strong>RIADO<br />
Cláudia Osório<br />
Maria João Aguiar<br />
SERVIÇO ARTES PERFORMATIVAS<br />
Coor<strong>de</strong>nado Serviço<br />
Cristina Gran<strong>de</strong><br />
Coor<strong>de</strong>nador Equipa<br />
Nuno Aragão<br />
Ana Con<strong>de</strong><br />
Carla Pinto<br />
Pedro Rocha<br />
Rui Barbosa<br />
SERVIÇO ARTES PLÁSTICAS<br />
Coor<strong>de</strong>nador Serviço<br />
Marta Almeida<br />
A<strong>de</strong>lino Pontes<br />
Ana Andra<strong>de</strong><br />
Daniela Oliveira<br />
Filipa Loureiro<br />
Helena Abreu<br />
Inês Vena<strong>de</strong><br />
Isabel Braga<br />
Isabel Lhano<br />
João Brites<br />
“Achei encantador o lugar e a<br />
qualida<strong>de</strong> das pessoas…”<br />
Keyla, 66 anos, Brasil<br />
113
Lázaro Silva<br />
Manuel Martins<br />
Paula Fernan<strong>de</strong>s<br />
SERVIÇO DE EDIÇÕES<br />
Coor<strong>de</strong>nador Serviço<br />
Maria Ramos<br />
Maria Burmester<br />
SERVIÇO DOCUMEN<strong>TA</strong>ÇÃO / BIBL<strong>IO</strong>TECA<br />
Coor<strong>de</strong>nador Equipa<br />
Sónia Oliveira<br />
Isabel Koehler<br />
SERVIÇO EDUCATIVO<br />
Coor<strong>de</strong>nador Serviço<br />
Elisabete Alves<br />
Sofia Victorino<br />
Anabela Silva<br />
Carla Almeida<br />
Cristina Lapa<br />
Diana Cruz<br />
DIRECÇÃO DO PARQUE<br />
Coor<strong>de</strong>nador Serviço<br />
João Almeida<br />
SERVIÇO MANUTENÇÃO PARQUE<br />
Coor<strong>de</strong>nador Equipa<br />
Júlio Fonseca<br />
Ana Rocha<br />
António Rocha<br />
Augusto Alves<br />
Augusto Sousa<br />
Hugo Miranda<br />
João Leal<br />
José Pinto<br />
Luciana Pereira<br />
Manuel Alves<br />
Manuel Pinto<br />
Maria Rosa Pereira<br />
Miguel Pinheiro<br />
Paula Gouveia<br />
DIRECÇÃO DE RECURSOS E PROJECTOS<br />
ESPECIAIS<br />
Director <strong>de</strong> Recursos e Projectos Especiais<br />
Cristina Passos<br />
SERVIÇO FINANCIAMENTOS COMUNITÁR<strong>IO</strong>S<br />
Cristina Lencart<br />
Sílvia Cardoso<br />
SERVIÇO RECURSOS HUMANOS<br />
Faustino Barbosa<br />
DIRECÇÃO MARKETING E DESENVOLVIMENTO<br />
Director Desenvolvimento<br />
Bárbara Marto<br />
SERVIÇOS COMERCIAIS<br />
Coor<strong>de</strong>nador Serviço<br />
Helena Taveira<br />
Coor<strong>de</strong>nador Serviço Adjunto<br />
Tânia Figueiredo<br />
Alexandra Cruz<br />
Cláudia Almeida<br />
Cristiana Vieira<br />
José Portilho<br />
Manuela Ferreira<br />
Maria Rorato<br />
Rosa Moutinho<br />
Susana Lima<br />
Jorge Rocha<br />
SERVIÇOS IMAGEM E DIVULGAÇÃO<br />
Coor<strong>de</strong>nador Serviço<br />
Francisco Malheiro<br />
Ana Silva<br />
Daniel Fernan<strong>de</strong>s<br />
Eduardo Ferreira<br />
João Tiago<br />
114
CON<strong>TA</strong>S<br />
BALANÇO<br />
RUBRICAS<br />
Notas<br />
Datas<br />
31-Dez-<strong>20</strong><strong>10</strong> 31-Dez-<strong>20</strong>09<br />
ACTIVO<br />
Activo não corrente<br />
Activos fixos tangíveis 5 57.671.119,12 56.777.287,94<br />
Activos intangíveis 6 256.055,63 157.976,03<br />
Participações financeiras - Outros métodos 8 124,24 124,24<br />
Outros activos financeiros 8 1.471.606,46 1.985.002,70<br />
59.398.905,45 58.9<strong>20</strong>.390,91<br />
Activo corrente<br />
Inventários 7 917.987,01 863.085,66<br />
Clientes 8 258.315,73 340.302,30<br />
Adiantamentos a fornecedores 8 13.294,24 30.933,17<br />
Estado e outros entes públicos 6,00 85,09<br />
Fundadores/Mecenas 8 411.340,<strong>20</strong> 280.294,51<br />
Outras contas a receber 8 3.851.597,81 573.252,33<br />
Diferimentos 8 <strong>20</strong>0.051,60 189.363,29<br />
Activos financeiros <strong>de</strong>tidos para negociação 4.2 587.509,16<br />
Caixa e <strong>de</strong>pósitos bancários 4.2 529.736,19 771.657,07<br />
6.182.328,78 3.636.482,58<br />
Total do ACTIVO 65.581.234,23 62.556.873,49<br />
CAPI<strong>TA</strong>L PRÓPR<strong>IO</strong> E PASSIVO<br />
CAPI<strong>TA</strong>L PRÓPR<strong>IO</strong><br />
Capital realizado 9 14.977.375,70 14.913.805,85<br />
Subsídios ao investimento <strong>10</strong> 31.795.340,42 31.185.350,54<br />
Outras reservas 11 13.986.599,78 12.681.599,78<br />
Resultados transitados (2.926.171,49) (2.978.791,04)<br />
Outras variações no capital próprio 12 1.635.762,07 1.552.962,07<br />
Resultado Líquido do Exercício 127.488,25 52.619,55<br />
Total do Capital Próprio 59.596.394,73 57.407.546,75<br />
PASSIVO<br />
Passivo não corrente<br />
Provisões 13 2<strong>20</strong>.000,00 2<strong>20</strong>.000,00<br />
2<strong>20</strong>.000,00 2<strong>20</strong>.000,00<br />
Passivo corrente<br />
Fornecedores 8 1.630.035,70 1.969.923,07<br />
Estado e outros entes públicos 8 144.394,30 157.680,55<br />
Financiamentos obtidos 8 1.909.506,71 2.051.811,35<br />
Outras contas a pagar 8 852.492,91 708.789,08<br />
Diferimentos 8 1.228.409,88 41.122,69<br />
5.764.839,50 4.929.326,74<br />
Total do Passivo 5.984.839,50 5.149.326,74<br />
Total do Capital Próprio e do Passivo 65.581.234,23 62.556.873,49<br />
115
DEMONSTRAÇÃO DE RESUL<strong>TA</strong>DOS POR NATUREZAS<br />
RENDIMENTOS E GASTOS<br />
Notas<br />
Períodos<br />
<strong>20</strong><strong>10</strong> <strong>20</strong>09<br />
Vendas e serviços prestados + 14 1.368.843,47 1.650.<strong>20</strong>9,59<br />
Subsídios à exploração + 15 7.775.181,48 7.544.846,93<br />
Variação nos inventários da produção +/- 7 <strong>10</strong>8.012,60 0,00<br />
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas - 7 (271.596,06) (382.975,48)<br />
Fornecimentos e serviços externos - 16 (5.473.6<strong>10</strong>,84) (5.348.849,77)<br />
Gastos com pessoal - 17 (2.817.7<strong>10</strong>,63) (2.764.160,32)<br />
Imparida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inventários (perdas/reversões) -/+ 7 0,00 (91.397,89)<br />
Imparida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dívidas a receber (perdas/reversões) -/+ 8 (197.696,19) (91.165,94)<br />
Provisões (aumentos/reduções) -/+ 13 0,00 (2<strong>20</strong>.000,00)<br />
Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimentos não <strong>de</strong>preciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) -/+ 8 (21.241,80) 99.526,47<br />
Outros rendimentos e ganhos + 18 158.940,<strong>10</strong> 159.946,45<br />
Outros gastos e perdas - 19 (219.423,80) (360.833,08)<br />
Resultado antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciações, gastos <strong>de</strong> financiamento e impostos = 409.698,33 195.146,96<br />
Gastos/reversões <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação e <strong>de</strong> amortização -/+ 5,6 (312.887,61) (214.324,04)<br />
Resultado operacional (antes <strong>de</strong> gastos <strong>de</strong> financiamento e impostos) = 96.8<strong>10</strong>,72 (19.177,08)<br />
Juros e rendimentos similares obtidos + <strong>20</strong> 80.817,80 132.259,89<br />
Juros e gastos similares suportados - <strong>20</strong> (50.140,27) (60.463,26)<br />
Resultado antes <strong>de</strong> impostos = 127.488,25 52.619,55<br />
Resultado Líquido do Período = 127.488,25 52.619,55<br />
116
DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPI<strong>TA</strong>L PRÓPR<strong>IO</strong> – <strong>20</strong>09<br />
DESCRIÇÃO<br />
NO<strong>TA</strong>S<br />
Capital<br />
realizado<br />
Capital Próprio atribuído aos <strong>de</strong>tentores do capital<br />
Outras<br />
reservas<br />
Resultados<br />
transitados<br />
Subsídios ao<br />
investimento<br />
Outras<br />
variações no<br />
capital próprio<br />
Resultado<br />
líquido do<br />
período<br />
Total do<br />
Capital<br />
Próprio<br />
POSIÇÃO NO INÍC<strong>IO</strong> DO PERÍODO <strong>20</strong>09 1 15.046.476,00 11.451.599,77 (2.790.216,15) 30.571.163,59 1.524.302,07 8.253,31 55.811.578,59<br />
ALTERAÇÕES NO PERÍODO<br />
Primeira adopção <strong>de</strong> novo referencial<br />
contabilístico<br />
(283.354,95) (196.828,<strong>20</strong>) 902.728,<strong>20</strong> 422.545,05<br />
Aplicação do resultado líquido <strong>de</strong> <strong>20</strong>08 8.253,31 (8.253,31) 0,00<br />
Outras alterações reconhecidas no capital<br />
próprio<br />
946.685,15 (288.541,25) 28.660,00 686.803,90<br />
2 (283.354,95) 946.685,15 (188.574,89) 614.186,95 28.660,00 (8.253,31) 1.<strong>10</strong>9.348,95<br />
RESUL<strong>TA</strong>DO LÍQUIDO DO PERÍODO 3 52.619,55 52.619,55<br />
RESUL<strong>TA</strong>DO INTEGRAL 4=2+3 44.366,24 1.161.968,50<br />
OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPI<strong>TA</strong>L NO<br />
PERÍODO<br />
Realizações <strong>de</strong> capital 433.999,66 433.999,66<br />
Outras operações (283.314,86) 283.314,86 0,00<br />
5 150.684,80 283.314,86 0,00 0,00 0,00 0,00 433.999,66<br />
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO <strong>20</strong>09 6=1+2+3+5 14.913.805,85 12.681.599,78 (2.978.791,04) 31.185.350,54 1.552.962,07 52.619,55 57.407.546,75<br />
DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPI<strong>TA</strong>L PRÓPR<strong>IO</strong> – <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
DESCRIÇÃO<br />
NO<strong>TA</strong>S<br />
Capital<br />
realizado<br />
Capital Próprio atribuído aos <strong>de</strong>tentores do capital<br />
Outras<br />
reservas<br />
Resultados<br />
transitados<br />
Subsídios ao<br />
investimento<br />
Outras<br />
variações no<br />
capital próprio<br />
Resultado<br />
líquido do<br />
período<br />
Total do<br />
Capital<br />
Próprio<br />
POSIÇÃO NO INÍC<strong>IO</strong> DO PERÍODO <strong>20</strong><strong>10</strong> 6 14.913.805,85 12.681.599,78 (2.978.791,04) 31.185.350,54 1.552.962,07 52.619,55 57.407.546,75<br />
ALTERAÇÕES NO PERÍODO<br />
Aplicação do resultado líquido <strong>de</strong> <strong>20</strong>09 52.619,55 (52.619,55) 0,00<br />
Outras alterações reconhecidas no capital<br />
próprio<br />
951.906,50 609.989,88 82.800,00 1.644.696,38<br />
7 0,00 951.906,50 52.619,55 609.989,88 82.800,00 (52.619,55) 1.644.696,38<br />
RESUL<strong>TA</strong>DO LÍQUIDO DO PERÍODO 8 127.488,25 127.488,25<br />
RESUL<strong>TA</strong>DO INTEGRAL 9=7+8 74.868,70 1.772.184,63<br />
OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPI<strong>TA</strong>L NO<br />
PERÍODO<br />
Realizações <strong>de</strong> capital 416.663,35 416.663,35<br />
Outras operações 11 (353.093,50) 353.093,50 0,00<br />
<strong>10</strong> 63.569,85 353.093,50 0,00 0,00 0,00 0,00 416.663,35<br />
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO <strong>20</strong><strong>10</strong> 11=6+7+8+<strong>10</strong> 14.977.375,70 13.986.599,78 (2.926.171,49) 31.795.340,42 1.635.762,07 127.488,25 59.596.394,73<br />
117
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA<br />
RUBRICAS<br />
Notas<br />
Períodos<br />
<strong>20</strong><strong>10</strong> <strong>20</strong>09<br />
Fluxos <strong>de</strong> caixa das activida<strong>de</strong>s operacionais - método directo<br />
Recebimentos <strong>de</strong> clientes 1.253.133,85 1.988.6<strong>20</strong>,60<br />
Pagamentos a fornecedores (6.014.344,09) (5.640.489,05)<br />
Pagamentos ao pessoal (2.817.7<strong>10</strong>,63) (2.764.160,32)<br />
Caixa gerada pelas operações (7.578.9<strong>20</strong>,87) (6.416.028,77)<br />
Outros recebimentos/pagamentos 6.562.942,57 7.199.385,66<br />
Fluxos <strong>de</strong> caixa das activida<strong>de</strong>s operacionais (1) (1.015.978,30) 783.356,89<br />
Fluxos <strong>de</strong> caixa das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento<br />
Pagamentos respeitantes a:<br />
Activos fixos tangíveis (1.188.827,93) (2.134.166,90)<br />
Activos intangíveis (117.329,28) (719,01)<br />
Investimentos financeiros 0,00 (1.194.930,81)<br />
Recebimentos provenientes <strong>de</strong>:<br />
Activos fixos tangíveis 15.850,00 0,00<br />
Investimentos financeiros 492.154,44 0,00<br />
Subsídios ao investimento 314.140,49 65.542,52<br />
Juros e rendimentos similares 161.635,60 264.519,78<br />
Fluxos <strong>de</strong> caixa das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento (2) (322.376,68) (2.999.754,42)<br />
Fluxos <strong>de</strong> caixa das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamento<br />
Recebimentos provenientes <strong>de</strong>:<br />
Realizações <strong>de</strong> capital e <strong>de</strong> outros instrumentos <strong>de</strong> capital próprio 618.569,85 1.437.470,14<br />
Doações 82.800,00 28.660,00<br />
Pagamentos respeitantes a:<br />
Financiamentos obtidos (142.304,64) (298.188,65)<br />
Juros e gastos similares (50.140,27) (60.463,26)<br />
Fluxos <strong>de</strong> caixa das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamento (3) 508.924,94 1.<strong>10</strong>7.478,23<br />
Variação <strong>de</strong> caixa e seus equivalentes (1)+(2)+(3) (829.430,04) (1.<strong>10</strong>8.919,30)<br />
Efeito das diferenças <strong>de</strong> câmbio<br />
Caixa e seus equivalentes no início do período 1.359.166,23 2.468.085,53<br />
Caixa e seus equivalentes no fim do período 4.2 529.736,19 1.359.166,23<br />
118
ANEXO<br />
1. IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE<br />
1.1. Designação da Entida<strong>de</strong><br />
FUNDAÇÃO DE SERRALVES<br />
1.2. Se<strong>de</strong><br />
Quinta <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> - Rua <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, 977<br />
4150-708 PORTO<br />
1.3. NIPC<br />
502 266 643<br />
1.4. Natureza da Activida<strong>de</strong><br />
A Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> é o resultado <strong>de</strong> uma parceria entre o Estado Português, instituições públicas e<br />
privadas e particulares. A Fundação foi constituída em Julho <strong>de</strong> 1989, pelo Decreto-Lei nº 240-A/89, estando<br />
envolvidas na sua criação cerca <strong>de</strong> 50 entida<strong>de</strong>s. Des<strong>de</strong> 1994 outras instituições privadas vêm a<strong>de</strong>rindo ao<br />
projecto <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, tornando-se novos membros fundadores. Actualmente o seu número é <strong>de</strong> perto <strong>de</strong><br />
duas centenas.<br />
A Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> é uma instituição cultural <strong>de</strong> âmbito europeu ao serviço da comunida<strong>de</strong> nacional,<br />
que tem como missão sensibilizar e interessar o público para a arte contemporânea e o ambiente, através do<br />
Museu <strong>de</strong> Arte Contemporânea, como centro pluridisciplinar, do Parque, como património natural<br />
vocacionado para a educação e animação ambientais, e <strong>de</strong> um centro <strong>de</strong> reflexão e <strong>de</strong>bate sobre a socieda<strong>de</strong><br />
contemporânea.<br />
1.5. Todos os montantes estão expressos na moeda corrente (euro)<br />
2. REFERENCIAL CON<strong>TA</strong>BILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES<br />
FINANCEIRAS<br />
2.1. Referencial contabilístico <strong>de</strong> preparação das <strong>de</strong>monstrações financeiras<br />
As presentes <strong>de</strong>monstrações financeiras foram elaboradas <strong>de</strong> acordo com as Normas Contabilísticas e <strong>de</strong><br />
Relato Financeiro (NCRF) previstas pelo Sistema <strong>de</strong> Normalização Contabilística (SNC), aprovado pelo<br />
Decreto-Lei n.º 158/<strong>20</strong>09 <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> Julho, com as rectificações da Declaração <strong>de</strong> Rectificação n.º 67-B/<strong>20</strong>09<br />
<strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Setembro, e com as alterações introduzidas pela Lei n.º <strong>20</strong>/<strong>20</strong><strong>10</strong> <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Agosto. O SNC é ainda<br />
regulado pelos seguintes diplomas:<br />
• Aviso n.º 15652/<strong>20</strong>09 <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Setembro (Estrutura Conceptual);<br />
• Portaria n.º 986/<strong>20</strong>09 <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Setembro (Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Demonstrações Financeiras);<br />
• Portaria n.º <strong>10</strong>11/<strong>20</strong>09 <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> Setembro (Código <strong>de</strong> Contas);<br />
• Aviso n.º 15655/<strong>20</strong>09 <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Setembro (Normas Contabilísticas e <strong>de</strong> Relato Financeiro);<br />
• Aviso n.º 15654/<strong>20</strong>09 <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Setembro (Normas Contabilísticas e <strong>de</strong> Relato Financeiro para<br />
pequenas entida<strong>de</strong>s);<br />
• Aviso n.º 15653/<strong>20</strong>09 <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Setembro (Normas Interpretativas).<br />
2.2. Indicação e justificação das disposições do SNC que, em casos excepcionais, tenham<br />
sido <strong>de</strong>rrogadas e dos respectivos efeitos nas <strong>de</strong>monstrações financeiras, tendo em<br />
vista a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estas darem uma imagem verda<strong>de</strong>ira e apropriada do activo, do<br />
passivo e dos resultados da entida<strong>de</strong>;<br />
No presente exercício não foram <strong>de</strong>rrogados quaisquer disposições do SNC.<br />
2.3. Indicação e comentário das contas do balanço e da <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultados cujos<br />
conteúdos não sejam comparáveis com os do exercício anterior.<br />
Os elementos constantes nas presentes Demonstrações Financeiras são, na sua totalida<strong>de</strong>, comparáveis com<br />
os do exercício anterior.<br />
119
2.4. Adopção pela primeira vez das NCRF:<br />
A Fundação adoptou as NCRF, emitidas e em vigor à data <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, tendo aplicado estas<br />
normas retrospectivamente para todos os períodos apresentados. A data <strong>de</strong> transição é 1 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong><br />
e a Fundação preparou o seu balanço <strong>de</strong> abertura a essa data.<br />
A Fundação alterou as <strong>de</strong>monstrações financeiras <strong>de</strong> <strong>20</strong>09 <strong>de</strong> modo a que estas sejam comparáveis com as<br />
referentes a <strong>20</strong><strong>10</strong>.<br />
a) Reconciliação do balanço relatado segundo os PCGA anteriores com o balanço segundo as NCRF,<br />
entre a data <strong>de</strong> transição para as NCRF e o final do último período apresentado nas mais recentes<br />
<strong>de</strong>monstrações financeiras anuais, elaboradas segundo os PCGA anteriores:<br />
Reconciliação, reportada a 01.01.<strong>20</strong>09 (data <strong>de</strong> transição<br />
para as NCRF), entre (i) o capital próprio relatado segundo o<br />
anterior referencial contabilístico e (ii) o capital próprio<br />
segundo as NCRF<br />
Activo<br />
Resultados<br />
transitados<br />
Subsídios ao<br />
investimento<br />
Capital próprio<br />
Outras<br />
componentes do<br />
capital próprio<br />
Total do<br />
capital próprio<br />
Passivo<br />
Total do<br />
capital próprio<br />
e do passivo<br />
Posição em 01.01.<strong>20</strong>09 <strong>de</strong> acordo com o anterior referencial<br />
contabilístico<br />
62.024.300,42 (2.781.962,84) 30.571.163,58 28.022.377,85 55.811.578,59 6.212.721,83 62.024.300,42<br />
Reclassificações<br />
Subsídios ao investimento 902.728,<strong>20</strong> 902.728,<strong>20</strong> (902.728,<strong>20</strong>)<br />
Reexpressão <strong>de</strong> saldos 29.432,40 29.432,40<br />
Capital subscrito e não realizado (283.354,95) (283.354,95) (283.354,95) (283.354,95)<br />
Alterações às<br />
políticas<br />
contabilísticas<br />
Desreconhecimento <strong>de</strong> subsídios ao investimento 328.112,58 (328.112,58)<br />
Desreconhecimento <strong>de</strong> Activos Fixos intangíveis (581.726,12) (581.726,12) (581.726,12) (581.726,12)<br />
Posição em 01.01.<strong>20</strong>09 <strong>de</strong> acordo com as NCRF<br />
61.188.651,75 (3.035.576,38) 31.145.779,<strong>20</strong> 27.739.022,90 55.849.225,72 5.339.426,03 61.188.651,75<br />
Reconciliação, reportada a 31.12.<strong>20</strong>09 (final do último período<br />
relatado segundo o anterior referencial contabilístico), entre (i) o<br />
capital próprio relatado segundo o anterior referencial contabilístico e<br />
(ii) o capital próprio segundo as NCRF, incluindo reconciliação entre<br />
(iii) o resultado relatado segundo o anterior referencial contabilístico<br />
relativo ao período <strong>20</strong>09, e (iv) o resultado segundo as NCRF relativo<br />
ao mesmo período<br />
Activo<br />
Resultado <strong>de</strong><br />
<strong>20</strong>09<br />
Resultados<br />
transitados<br />
Capital próprio<br />
Subsídios ao<br />
investimento<br />
Outras<br />
Total do capital<br />
componentes do<br />
próprio<br />
capital próprio<br />
Passivo<br />
Total do<br />
capital próprio<br />
e do passivo<br />
Posição em 31.12.<strong>20</strong>09 <strong>de</strong> acordo com o anterior referencial<br />
contabilístico<br />
63.424.309,27 23.335,84 (2.781.962,84) 30.636.706,<strong>10</strong> 29.551.719,65 57.429.798,75 5.994.5<strong>10</strong>,52 63.424.309,27<br />
Reclassificações<br />
Subsídios ao investimento 865.5<strong>10</strong>,84 865.5<strong>10</strong>,84 (865.5<strong>10</strong>,84) 0,00<br />
Reexpressão <strong>de</strong> saldos <strong>20</strong>.327,06 0,00 <strong>20</strong>.327,06 <strong>20</strong>.327,06<br />
Capital subscrito e não realizado (403.351,95) (403.351,95) (403.351,95) (403.351,95)<br />
Alterações às<br />
políticas<br />
contabilísticas<br />
Desreconhecimento <strong>de</strong> subsídios ao investimento (68.031,52) 384.897,92 (316.866,40) 0,00 0,00<br />
Desreconhecimento <strong>de</strong> Activos Fixos intangíveis (484.4<strong>10</strong>,89) 97.315,23 (581.726,12) (484.4<strong>10</strong>,89) (484.4<strong>10</strong>,89)<br />
Posição em 31.12.<strong>20</strong>09 <strong>de</strong> acordo com as NCRF<br />
62.556.873,49 52.619,55 (2.978.791,04) 31.185.350,54 29.148.367,70 57.407.546,75 5.149.326,74 62.556.873,49<br />
1<strong>20</strong>
) Reconciliação da Demonstração dos Resultados relatada segundo os PCGA anteriores e as NCRF.<br />
RENDIMENTOS E GASTOS<br />
POC<br />
31.12.<strong>20</strong>09<br />
Ajustamentos e<br />
Reclassificações<br />
SNC<br />
Vendas e serviços prestados + 1.650.<strong>20</strong>9,59 1.650.<strong>20</strong>9,59<br />
Subsídios à exploração + 7.544.846,93 7.544.846,93<br />
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas - (382.975,48) (382.975,48)<br />
Fornecimentos e serviços externos - (5.342.939,73) (5.342.939,73)<br />
Gastos com pessoal - (2.770.070,36) (2.770.070,36)<br />
Imparida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inventários (perdas/reversões) -/+ (91.397,89) (91.397,89)<br />
Imparida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dívidas a receber (perdas/reversões) -/+ (95.947,92) (95.947,92)<br />
Provisões (aumentos/reduções) -/+ (2<strong>20</strong>.000,00) (2<strong>20</strong>.000,00)<br />
Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimentos não <strong>de</strong>preciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) -/+ 99.526,47 99.526,47<br />
Outros rendimentos e ganhos + 365.019,84 (68.031,52) 296.988,32<br />
Outros gastos e perdas - (360.833,08) (360.833,08)<br />
Resultado antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciações, gastos <strong>de</strong> financiamento e impostos = 395.438,37 (68.031,52) 327.406,85<br />
Gastos/reversões <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação e <strong>de</strong> amortização -/+ (311.639,27) 97.315,23 (214.324,04)<br />
Resultado operacional (antes <strong>de</strong> gastos <strong>de</strong> financiamento e impostos) = 83.799,<strong>10</strong> 29.283,71 113.082,81<br />
Juros e gastos similares suportados - (60.463,26) (60.463,26)<br />
Resultado antes <strong>de</strong> impostos = 23.335,84 29.283,71 52.619,55<br />
Resultado liquido do período = 23.335,84 29.283,71 52.619,55<br />
c) Alterações à Demonstração dos fluxos <strong>de</strong> caixa<br />
As alterações à <strong>de</strong>monstração dos fluxos <strong>de</strong> caixa não foram consi<strong>de</strong>radas significativas para divulgação.<br />
d) Detalhe dos ajustamentos<br />
Os ajustamentos acima referidos na reconciliação do balanço e da <strong>de</strong>monstração dos resultados, resultam das<br />
diferenças quantitativas i<strong>de</strong>ntificadas entre os PCGA anteriores e as NCRF, as quais po<strong>de</strong>m ser resumidas,<br />
como segue:<br />
- <strong>de</strong>sreconhecimento dos activos intangíveis registados nos PCGA anteriores que não cumpriam os<br />
critérios <strong>de</strong> reconhecimento das NCRF, pelo que se proce<strong>de</strong>u ao <strong>de</strong>sreconhecimento do seu valor<br />
líquido à data <strong>de</strong> transição, anulação das amortizações e respectivos subsídios em <strong>20</strong>09.<br />
Para além dos ajustamentos, e por força do novo normativo, foram também efectuadas algumas<br />
reclassificações, nomeadamente:<br />
- gastos com programas <strong>de</strong> computador foram transferidos <strong>de</strong> activos fixos tangíveis para activos<br />
intangíveis;<br />
- os anteriores <strong>de</strong>nominados Resultados Extraordinários foram reclassificados para outros gastos e<br />
perdas e outros rendimentos e ganhos.<br />
3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CON<strong>TA</strong>BILÍSTICAS<br />
3.1. Bases <strong>de</strong> mensuração usadas na preparação das <strong>de</strong>monstrações financeiras:<br />
As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração das <strong>de</strong>monstrações financeiras são as que<br />
abaixo se <strong>de</strong>screvem. Estas políticas foram consistentemente aplicadas a todos os exercícios apresentados.<br />
ACTIVOS FIXOS <strong>TA</strong>NGÍVEIS<br />
Os activos tangíveis encontram-se valorizados ao custo <strong>de</strong>duzido das <strong>de</strong>preciações acumuladas e eventuais<br />
perdas por imparida<strong>de</strong>.<br />
O custo <strong>de</strong> aquisição inclui o preço <strong>de</strong> compra do activo, as <strong>de</strong>spesas directamente imputáveis à sua aquisição<br />
e os encargos suportados com a preparação do activo para que se encontre na sua condição <strong>de</strong> utilização. No<br />
caso das obras doadas, o valor consi<strong>de</strong>rado é o valor constante do contrato <strong>de</strong> doação.<br />
121
Os custos subsequentes incorridos com renovações e gran<strong>de</strong>s reparações, que façam aumentar a vida útil, ou<br />
a capacida<strong>de</strong> produtiva dos activos, são reconhecidos no custo do activo.<br />
Os encargos com reparações e manutenção <strong>de</strong> natureza corrente são reconhecidos como um gasto do<br />
período em que são incorridos.<br />
Os custos a suportar com o <strong>de</strong>smantelamento ou remoção <strong>de</strong> activos instalados em proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> terceiros<br />
são consi<strong>de</strong>rados como parte do custo inicial dos respectivos activos quando se traduzam em montantes<br />
significativos.<br />
As <strong>de</strong>preciações foram calculadas numa base anual à taxa <strong>de</strong> <strong>10</strong>0% até ao exercício <strong>de</strong> 1997, inclusive, e à<br />
taxa máxima <strong>de</strong>finida no Decreto Regulamentar 2/90, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Janeiro, numa base duo<strong>de</strong>cimal para os bens<br />
adquiridos até ao exercício <strong>de</strong> <strong>20</strong>06. A partir do exercício <strong>de</strong> <strong>20</strong>07, as amortizações passaram a ser<br />
calculadas com base nas taxas mínimas <strong>de</strong>finidas pelo mesmo Decreto, pois após análise dos activos,<br />
verificou-se que os bens que ainda não estavam totalmente amortizados tinham uma duração real igual ou<br />
superior à resultante da aplicação das taxas mínimas <strong>de</strong> amortização.<br />
As <strong>de</strong>preciações são assim calculadas pelo método das quotas constantes (ou linha recta), em conformida<strong>de</strong><br />
com o período <strong>de</strong> vida útil estimado para cada grupo <strong>de</strong> bens, em regime <strong>de</strong> duodécimos, pelas taxas mínimas,<br />
nos termos do Decreto Regulamentar 25/<strong>20</strong>09 <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Setembro, por se consi<strong>de</strong>rar que reflectem a vida útil<br />
dos bens.<br />
As taxas <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação utilizadas correspon<strong>de</strong>m aos seguintes períodos <strong>de</strong> vida útil estimada:<br />
Métodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação, vidas úteis e<br />
taxas <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação usadas nos<br />
activos fixos tangíveis<br />
Terrenos e<br />
recursos<br />
naturais<br />
Edifícios<br />
e outras construções<br />
Edifícios<br />
principais<br />
Outras<br />
construções<br />
Equipamento<br />
básico<br />
Equipamento<br />
<strong>de</strong> transporte<br />
Equipamento<br />
administrativo<br />
Obras <strong>de</strong><br />
arte<br />
Outros activos fixos tangíveis<br />
Ferramentas<br />
e utensílios<br />
Outros<br />
Vidas úteis (anos) a) a) 1 a <strong>10</strong>0 1 a 40 1 a 16 1 a <strong>20</strong> a) 1 a 16 1 a 50<br />
Métodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação - - linha recta linha recta linha recta linha recta - linha recta linha recta<br />
a) Não são <strong>de</strong>preciados os bens registados nas rubricas <strong>de</strong> Edifícios e Outras Construções relativos à Casa<br />
principal, ao Museu, aos Projectos <strong>de</strong> Recuperação e Revalorização da Casa <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> e do Parque <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong>, nem as Obras <strong>de</strong> Arte adquiridas pela Fundação, pelo facto <strong>de</strong> se tratarem <strong>de</strong> Obras <strong>de</strong> Arte e não<br />
ser possível mensurar fiavelmente a sua vida útil.<br />
As vidas úteis estimadas e métodos <strong>de</strong> amortização são revistos numa base anual e o efeito <strong>de</strong> qualquer<br />
alteração às estimativas será reconhecido prospectivamente na <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultados.<br />
Sempre que existam indícios <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> valor dos activos fixos tangíveis, são efectuados testes <strong>de</strong><br />
imparida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> forma a estimar o valor recuperável do activo e, quando necessário, registar uma perda por<br />
imparida<strong>de</strong>. O valor recuperável é <strong>de</strong>terminado como o mais elevado entre o preço <strong>de</strong> venda líquido e o valor<br />
<strong>de</strong> uso do activo, sendo este último calculado com base no valor actual dos fluxos <strong>de</strong> caixa futuros estimados,<br />
<strong>de</strong>correntes do uso continuado e da alienação do activo no fim da sua vida útil. Quanto às obras <strong>de</strong> arte, o<br />
Conselho <strong>de</strong> Administração consi<strong>de</strong>ra que as mesmas não se encontram em imparida<strong>de</strong>, estando as mesmas<br />
cobertas pelo seguro por um valor superior ao registado na contabilida<strong>de</strong>.<br />
Os activos fixos tangíveis em curso representam activos que ainda não se encontram em condições para<br />
iniciar a sua utilização/funcionamento. Passarão a ser <strong>de</strong>preciados a partir do momento em que os activos<br />
subjacentes estejam nas condições necessárias para começar a ser utilizados.<br />
O <strong>de</strong>sreconhecimento <strong>de</strong> activos fixos tangíveis, como resultado da venda ou abate, é <strong>de</strong>terminado pela<br />
diferença entre o preço <strong>de</strong> venda e o seu valor líquido contabilístico na data <strong>de</strong> alienação/abate, sendo<br />
registado na <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultados na rubrica <strong>de</strong> “outros rendimentos e ganhos” ou “outros gastos e<br />
perdas”.<br />
ACTIVOS IN<strong>TA</strong>NGÍVEIS<br />
Os activos intangíveis encontram-se registados ao seu custo <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong>duzido das <strong>de</strong>preciações<br />
acumuladas e eventuais perdas por imparida<strong>de</strong>.<br />
As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes (ou linha recta), em conformida<strong>de</strong> com o<br />
período <strong>de</strong> vida útil estimado, em regime <strong>de</strong> duodécimos, pelas taxas mínimas, nos termos do Decreto<br />
Regulamentar 25/<strong>20</strong>09 <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Setembro, por se consi<strong>de</strong>rar que reflectem a vida útil dos bens.<br />
122
As taxas <strong>de</strong> amortização utilizadas correspon<strong>de</strong>m ao seguinte período <strong>de</strong> vida útil estimada:<br />
Métodos <strong>de</strong> amortização, vidas úteis e taxas<br />
<strong>de</strong> amortização usadas nos activos<br />
intangíveis<br />
Programas <strong>de</strong><br />
computador<br />
Proprieda<strong>de</strong><br />
industrial<br />
Marcas<br />
comerciais<br />
Finitas<br />
Vidas úteis 1 a 6 anos <strong>20</strong> anos<br />
Métodos <strong>de</strong> amortização Linha recta Linha recta<br />
A vida útil estimada e o método <strong>de</strong> amortização são revistos numa base anual e o efeito <strong>de</strong> qualquer<br />
alteração às estimativas será reconhecido prospectivamente nas <strong>de</strong>monstrações <strong>de</strong> resultados.<br />
O <strong>de</strong>sreconhecimento <strong>de</strong> activos intangíveis, como resultado da venda ou abate, é <strong>de</strong>terminado pela diferença<br />
entre o preço <strong>de</strong> venda e o seu valor líquido contabilístico na data <strong>de</strong> alienação/abate, sendo registado na<br />
<strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultados na rubrica <strong>de</strong> “outros rendimentos e ganhos” ou “outros gastos e perdas”.<br />
PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS – Carteira <strong>de</strong> Títulos<br />
A carteira <strong>de</strong> títulos é composta por obrigações, que se encontram registadas ao valor nominal, <strong>de</strong>duzido das<br />
perdas por imparida<strong>de</strong> resultantes do diferencial entre este e o respectivo valor <strong>de</strong> mercado. O diferencial<br />
entre o valor nominal e o valor <strong>de</strong> aquisição é registado na <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultados nas rubricas <strong>de</strong><br />
“outros gastos e perdas” ou “outros rendimentos e ganhos”.<br />
Os rendimentos gerados pelas participações financeiras são registados na <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultados na<br />
rubrica <strong>de</strong> “rendimentos e ganhos nos restantes activos financeiros”.<br />
INVENTÁR<strong>IO</strong>S<br />
As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e <strong>de</strong> consumo são valorizadas ao custo <strong>de</strong> aquisição, ou ao<br />
valor realizável líquido, dos dois o mais baixo.<br />
Os produtos e trabalhos em curso estão valorizados ao custo <strong>de</strong> aquisição e incluem todas as <strong>de</strong>spesas já<br />
incorridas com a produção dos catálogos.<br />
As existências <strong>de</strong> catálogos editados em <strong>20</strong><strong>10</strong> e <strong>20</strong>09 encontram-se valorizadas ao custo real <strong>de</strong> produção. Os<br />
editados em <strong>20</strong>08 e anteriores estão valorizados ao custo <strong>de</strong> impressão.<br />
O custo <strong>de</strong> aquisição inclui todas as <strong>de</strong>spesas incorridas até ao armazenamento e o valor realizável líquido<br />
representa o preço expectável <strong>de</strong> venda, já <strong>de</strong>duzido <strong>de</strong> todos os custos estimados para efectivar a venda.<br />
Utiliza-se o custo médio como fórmula <strong>de</strong> custeio, em sistema <strong>de</strong> inventário permanente.<br />
IMPARIDADE DE ACTIVOS<br />
A Fundação realiza teste <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong> sempre que eventos ou alterações nas condições envolventes<br />
indiquem que o valor pelo qual se encontram registados nas <strong>de</strong>monstrações financeiras não seja recuperável.<br />
Sempre que o valor recuperável <strong>de</strong>terminado é inferior ao valor contabilístico dos activos, a Fundação avalia<br />
se a situação <strong>de</strong> perda assume um carácter permanente e <strong>de</strong>finitivo, e se sim, regista a respectiva perda por<br />
imparida<strong>de</strong>. Nos casos em que a perda não é consi<strong>de</strong>rada permanente e <strong>de</strong>finitiva, é feita a divulgação das<br />
razões que fundamentam essa conclusão.<br />
O valor recuperável é o maior entre o justo valor do activo, <strong>de</strong>duzido dos custos <strong>de</strong> venda, e o seu valor <strong>de</strong><br />
uso. Para a <strong>de</strong>terminação da existência <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong>, os activos são alocados ao nível mais baixo para o qual<br />
existem fluxos <strong>de</strong> caixa separados i<strong>de</strong>ntificáveis (unida<strong>de</strong>s geradoras <strong>de</strong> caixa).<br />
Os activos não financeiros, que não o Goodwill, para os quais tenham sido reconhecidas perdas por<br />
imparida<strong>de</strong>, são avaliados a cada data <strong>de</strong> relato, sobre a possível reversão das perdas por imparida<strong>de</strong>.<br />
Quando há lugar ao registo ou reversão <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong>, a amortização e <strong>de</strong>preciação dos activos são<br />
recalculadas prospectivamente <strong>de</strong> acordo com o valor recuperável.<br />
ACTIVOS FINANCEIROS<br />
O Conselho <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong>termina a classificação dos activos financeiros, na data do reconhecimento<br />
inicial <strong>de</strong> acordo com a NCRF 27 – Instrumentos financeiros.<br />
Os activos financeiros po<strong>de</strong>m ser classificados/ mensurados como:<br />
a) ao custo ou custo amortizado, menos qualquer perda por imparida<strong>de</strong>; ou<br />
b) ao justo valor, com as alterações <strong>de</strong> justo valor a ser reconhecidas na <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultados.<br />
123
A Fundação classifica e mensura ao custo ou ao custo amortizado, os activos financeiros: i) que em termos <strong>de</strong><br />
prazo sejam à vista ou tenham maturida<strong>de</strong> <strong>de</strong>finida; ii) cujo retorno seja <strong>de</strong> montante fixo, <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> juro fixa<br />
ou <strong>de</strong> taxa variável correspon<strong>de</strong>nte a um in<strong>de</strong>xante <strong>de</strong> mercado; e iii) que não possuam nenhuma cláusula<br />
contratual da qual possa resultar a perda do valor nominal e do juro acumulado.<br />
Para os activos registados ao custo amortizado, os juros obtidos a reconhecer em cada período são<br />
<strong>de</strong>terminados <strong>de</strong> acordo com o método da taxa <strong>de</strong> juro efectiva, que correspon<strong>de</strong> à taxa que <strong>de</strong>sconta<br />
exactamente os recebimentos <strong>de</strong> caixa futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro.<br />
São registados ao custo ou custo amortizado os activos financeiros que constituem empréstimos concedidos,<br />
contas a receber (clientes, outros <strong>de</strong>vedores, etc.) e instrumentos <strong>de</strong> capital próprio bem como quaisquer<br />
contratos <strong>de</strong>rivados associados, que não sejam negociados em mercado activo ou cujo justo valor não possa<br />
ser <strong>de</strong>terminado <strong>de</strong> forma fiável.<br />
A Fundação classifica e mensura ao justo valor os activos financeiros que não cumpram com as condições<br />
para ser mensurados ao custo ou custo amortizado, conforme <strong>de</strong>scrito acima. São registados ao justo valor<br />
os activos financeiros que constituem instrumentos <strong>de</strong> capital próprio cotados em mercado activo, contratos<br />
<strong>de</strong>rivados e activos financeiros <strong>de</strong>tidos para negociação. As variações <strong>de</strong> justo valor são registadas nos<br />
resultados <strong>de</strong> exercício, excepto no que se refere aos instrumentos financeiros <strong>de</strong>rivados que qualifiquem<br />
como relação <strong>de</strong> cobertura <strong>de</strong> fluxos <strong>de</strong> caixa.<br />
A Fundação avalia a cada data <strong>de</strong> relato financeiro a existência <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> valor para os<br />
activos financeiros que não sejam mensurados ao justo valor através <strong>de</strong> resultados. Se existir uma evidência<br />
objectiva <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong>, a Fundação reconhece uma perda por imparida<strong>de</strong> na <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultados.<br />
Os activos financeiros são <strong>de</strong>sreconhecidos quando os direitos ao recebimento dos fluxos monetários<br />
originados por esses investimentos expiram ou são transferidos, assim como todos os riscos e benefícios<br />
associados à sua posse.<br />
CLIENTES E OUTRAS CON<strong>TA</strong>S A RECEBER<br />
As rubricas <strong>de</strong> Clientes e Outras Contas a Receber são reconhecidas inicialmente ao justo valor, sendo<br />
subsequentemente mensuradas ao custo amortizado, <strong>de</strong>duzido <strong>de</strong> ajustamentos por imparida<strong>de</strong> (se<br />
aplicável). As perdas por imparida<strong>de</strong> dos clientes e contas a receber são registadas, sempre que exista<br />
evidência objectiva <strong>de</strong> que os mesmos não são recuperáveis conforme os termos iniciais da transacção.<br />
As perdas por imparida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificadas são registadas na <strong>de</strong>monstração dos resultados, em “Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
dívidas a receber”, sendo subsequentemente revertidas por resultados, caso os indicadores <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong><br />
diminuam ou <strong>de</strong>sapareçam.<br />
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA<br />
O caixa e equivalentes <strong>de</strong> caixa incluem caixa, <strong>de</strong>pósitos bancários, outros investimentos <strong>de</strong> curto prazo, <strong>de</strong><br />
liqui<strong>de</strong>z elevada e com maturida<strong>de</strong>s iniciais até 3 meses, e <strong>de</strong>scobertos bancários. Os <strong>de</strong>scobertos bancários<br />
são apresentados no Balanço, no passivo corrente, na rubrica “Financiamentos obtidos”, e são consi<strong>de</strong>rados<br />
na elaboração da <strong>de</strong>monstração dos fluxos <strong>de</strong> caixa, como caixa e equivalentes <strong>de</strong> caixa.<br />
CAPI<strong>TA</strong>L SOCIAL<br />
As dotações <strong>de</strong> Fundadores são registadas em capitais próprios na data da confirmação da sua atribuição (e<br />
correspon<strong>de</strong>nte emissão <strong>de</strong> factura pela Fundação), in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do seu recebimento efectivo.<br />
São apresentadas no Balanço <strong>de</strong>duzidas dos valores ainda não realizados.<br />
PASSIVOS FINANCEIROS<br />
O Conselho <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong>termina a classificação dos passivos financeiros, na data do reconhecimento<br />
inicial <strong>de</strong> acordo com a NCRF 27 – Instrumentos financeiros.<br />
Os passivos financeiros po<strong>de</strong>m ser classificados/mensurados como:<br />
a) ao custo, ou custo amortizado, menos qualquer perda por imparida<strong>de</strong>; ou<br />
b) ao justo valor, com as alterações <strong>de</strong> justo valor a ser reconhecidas na <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultados.<br />
A Fundação classifica e mensura ao custo ou ao custo amortizado, os passivos financeiros: i) que em termos<br />
<strong>de</strong> prazo sejam à vista ou tenham maturida<strong>de</strong> <strong>de</strong>finida; ii) cuja remuneração seja <strong>de</strong> montante fixo, <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong><br />
juro fixa ou <strong>de</strong> taxa variável correspon<strong>de</strong>nte a um in<strong>de</strong>xante <strong>de</strong> mercado; e iii) que não possuam nenhuma<br />
cláusula contratual da qual possa resultar uma alteração à responsabilida<strong>de</strong> pelo reembolso do valor nominal<br />
e do juro acumulado a pagar.<br />
124
Para os passivos registados ao custo amortizado, os juros obtidos a reconhecer em cada período são<br />
<strong>de</strong>terminados <strong>de</strong> acordo com o método da taxa <strong>de</strong> juro efectiva, que correspon<strong>de</strong> à taxa que <strong>de</strong>sconta<br />
exactamente os recebimentos <strong>de</strong> caixa futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro.<br />
São registados ao custo ou custo amortizado os passivos financeiros que constituem financiamentos obtidos,<br />
contas a pagar (fornecedores, outros credores, etc.) e instrumentos <strong>de</strong> capital próprio bem como quaisquer<br />
contratos <strong>de</strong>rivados associados, que não sejam negociados em mercado activo ou cujo justo valor não possa<br />
ser <strong>de</strong>terminado <strong>de</strong> forma fiável.<br />
Uma entida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>sreconhecer um passivo financeiro (ou parte <strong>de</strong> um passivo financeiro) apenas quando<br />
este se extinguir, isto é, quando a obrigação estabelecida no contrato seja liquidada, cancelada ou expire.<br />
FORNECEDORES E OUTROS CREDORES<br />
Os saldos <strong>de</strong> fornecedores e outros credores são contabilizados pelo seu valor nominal.<br />
ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES<br />
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas <strong>de</strong>monstrações financeiras, sendo os mesmos divulgados<br />
no anexo, a menos que a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma saída <strong>de</strong> fundos afectando benefícios económicos futuros seja<br />
remota, caso em que não são objecto <strong>de</strong> divulgação.<br />
Os activos contingentes não são reconhecidos nas <strong>de</strong>monstrações financeiras mas divulgados no anexo<br />
quando é provável a existência <strong>de</strong> um benefício económico futuro.<br />
SUBSÍD<strong>IO</strong>S DO GOVERNO E OUTRAS ENTIDADES<br />
Os subsídios do Governo e outras entida<strong>de</strong>s são reconhecidos após existir a segurança <strong>de</strong> que a Fundação <strong>de</strong><br />
<strong>Serralves</strong> cumprirá com todas as condições a eles associados e que os mesmos serão recebidos.<br />
Os subsídios ao investimento (relacionados com activos fixos tangíveis e intangíveis) são inicialmente<br />
registados no balanço (em capital próprio) e subsequentemente imputados como rendimentos, durante a vida<br />
útil do activo, na proporção correspon<strong>de</strong>nte à <strong>de</strong>preciação/amortização praticada. Caso os activos não sejam<br />
<strong>de</strong>preciados/amortizados, os subsídios ficam apenas registados em capital próprio.<br />
Os restantes subsídios (à exploração) são registados na <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultados na proporção<br />
correspon<strong>de</strong>nte aos gastos incorridos.<br />
RÉDITO<br />
O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber.<br />
O rédito resultante da venda <strong>de</strong> bens é reconhecido líquido <strong>de</strong> impostos quando se encontram satisfeitas as<br />
seguintes condições:<br />
• Todos os riscos e vantagens da proprieda<strong>de</strong> dos bens foram transferidos para o comprador;<br />
• A entida<strong>de</strong> não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos;<br />
• O montante do rédito po<strong>de</strong> ser mensurado com fiabilida<strong>de</strong>;<br />
• É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a entida<strong>de</strong>;<br />
• Os custos suportados ou a suportar com a transacção po<strong>de</strong>m ser mensurados com fiabilida<strong>de</strong>.<br />
O rédito resultante das prestações <strong>de</strong> serviços é reconhecido líquido <strong>de</strong> impostos pelo justo valor do<br />
montante a receber e com referência à fase <strong>de</strong> acabamento da transacção à data <strong>de</strong> relato, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que sejam<br />
cumpridas as seguintes condições:<br />
• O montante do rédito po<strong>de</strong> ser mensurado com fiabilida<strong>de</strong>;<br />
• É provável que fluam para a entida<strong>de</strong> benefícios económicos futuros relativos à transacção;<br />
• Os custos suportados ou a suportar com a transacção po<strong>de</strong>m ser mensurados com fiabilida<strong>de</strong>;<br />
• A fase <strong>de</strong> acabamento da transacção à data <strong>de</strong> relato po<strong>de</strong> ser valorizada com fiabilida<strong>de</strong>.<br />
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO<br />
Por <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1990 publicado no Diário da República n.º 195, III Série, foi reconhecida à<br />
Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> a isenção <strong>de</strong> IRC, no que respeita às seguintes categorias <strong>de</strong> rendimentos:<br />
• Categoria C (hoje Categoria B: rendimentos empresariais) – rendimentos comerciais e industriais<br />
directamente <strong>de</strong>rivados do exercício das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas no âmbito dos seus fins<br />
estatutários;<br />
• Categoria E – rendimentos <strong>de</strong> capitais, com excepção dos <strong>de</strong> quaisquer títulos ao portador não<br />
registados nem <strong>de</strong>positados, nos termos da legislação em vigor;<br />
• Categoria F – rendimentos prediais;<br />
• Categoria G – ganhos <strong>de</strong> mais-valias.<br />
125
PROVISÕES<br />
São reconhecidas provisões quando exista uma obrigação presente, resultante <strong>de</strong> um acontecimento<br />
passado, e seja provável que para a liquidação <strong>de</strong>ssa obrigação ocorra uma saída <strong>de</strong> recursos e o montante<br />
da obrigação possa ser estimado com alguma razoabilida<strong>de</strong>.<br />
As provisões reconhecidas consistem no valor presente da melhor estimativa, à data <strong>de</strong> relato, dos recursos<br />
necessários para liquidar a obrigação e esta estimativa é <strong>de</strong>terminada tendo em consi<strong>de</strong>ração os riscos e<br />
incertezas associados à obrigação.<br />
As provisões são revistas na data <strong>de</strong> relato e são ajustadas <strong>de</strong> modo a reflectirem a melhor estimativa a essa<br />
data.<br />
PER<strong>IO</strong>DIZAÇÕES<br />
As transacções são reconhecidas contabilisticamente no momento em que são geradas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
do momento em que são pagas ou recebidas. As diferenças entre os valores recebidos e pagos e os<br />
correspon<strong>de</strong>ntes rendimentos e gastos são registados no balanço, nas rubricas “Diferimentos” e “Outras<br />
contas a pagar e a receber”.<br />
SALDOS E TRANSACÇÕES EXPRESSOS EM MOEDA ESTRANGEIRA<br />
As diferenças <strong>de</strong> câmbio, favoráveis e <strong>de</strong>sfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas <strong>de</strong> câmbio em<br />
vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, <strong>de</strong>ssas<br />
mesmas transacções, são registados como rendimentos e gastos na <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultados do período.<br />
EVENTOS SUBSEQUENTES<br />
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à<br />
data do balanço são reflectidos nas <strong>de</strong>monstrações financeiras, se materiais.<br />
PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS APRESEN<strong>TA</strong>DOS<br />
As estimativas e julgamentos com impacto nas <strong>de</strong>monstrações financeiras da Fundação são continuamente<br />
avaliados, representando à data <strong>de</strong> cada relato a melhor estimativa do Conselho <strong>de</strong> Administração, tendo em<br />
conta o <strong>de</strong>sempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas<br />
circunstâncias em causa, se acredita serem razoáveis.<br />
A natureza intrínseca das estimativas po<strong>de</strong> levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo <strong>de</strong><br />
estimativa possam, para efeitos <strong>de</strong> relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados. As estimativas e<br />
os julgamentos que apresentam um risco significativo <strong>de</strong> originar um ajustamento material no valor<br />
contabilístico <strong>de</strong> activos e passivos no <strong>de</strong>curso do exercício seguinte são as que seguem:<br />
Estimativas contabilísticas relevantes<br />
a) Provisões<br />
A Fundação analisa <strong>de</strong> forma periódica eventuais obrigações que resultem <strong>de</strong> eventos passados e que <strong>de</strong>vam<br />
ser objecto <strong>de</strong> reconhecimento ou divulgação.<br />
A subjectivida<strong>de</strong> inerente à <strong>de</strong>terminação da probabilida<strong>de</strong> e montante <strong>de</strong> recursos internos necessários para<br />
o pagamento das obrigações po<strong>de</strong>rá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação dos<br />
pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento <strong>de</strong> provisões anteriormente divulgadas como<br />
passivos contingentes.<br />
b) Activos tangíveis e intangíveis<br />
A <strong>de</strong>terminação das vidas úteis dos activos, bem como o método <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação a aplicar é essencial para<br />
<strong>de</strong>terminar o montante das <strong>de</strong>preciações a reconhecer na <strong>de</strong>monstração dos resultados <strong>de</strong> cada exercício.<br />
Estes dois parâmetros são <strong>de</strong>finidos <strong>de</strong> acordo com o melhor julgamento do Conselho <strong>de</strong> Administração para<br />
os activos e negócios em questão, consi<strong>de</strong>rando também as práticas adoptadas por empresas do sector ao<br />
nível internacional.<br />
c) Imparida<strong>de</strong><br />
A <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> uma eventual perda por imparida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>spoletada pela ocorrência <strong>de</strong> diversos<br />
eventos, muitos dos quais fora da esfera <strong>de</strong> influência da Fundação, tais como: a disponibilida<strong>de</strong> futura <strong>de</strong><br />
financiamento, o custo <strong>de</strong> capital, bem como por quaisquer outras alterações, quer internas quer externas, à<br />
Fundação.<br />
A i<strong>de</strong>ntificação dos indicadores <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong>, a estimativa <strong>de</strong> fluxos <strong>de</strong> caixa futuros e a <strong>de</strong>terminação do<br />
justo valor <strong>de</strong> activos implicam um elevado grau <strong>de</strong> julgamento por parte do Conselho <strong>de</strong> Administração no<br />
que respeita à i<strong>de</strong>ntificação e avaliação dos diferentes indicadores <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong>, fluxos <strong>de</strong> caixa esperados,<br />
taxas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto aplicáveis, vidas úteis e valores residuais.<br />
126
4. FLUXOS DE CAIXA<br />
4.1. Todos os saldos <strong>de</strong> caixa e seus equivalentes estão totalmente disponíveis para uso na<br />
presente data;<br />
4.2. Desagregação dos valores inscritos nas rubricas <strong>de</strong> caixa, <strong>de</strong>pósitos bancários e outros<br />
instrumentos financeiros:<br />
31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong><br />
31.12.<strong>20</strong>09<br />
Meios financeiros líquidos constantes do balanço<br />
Quantias<br />
disponíveis<br />
para uso<br />
Quantias<br />
indisponíveis<br />
para uso<br />
Totais<br />
Quantias<br />
disponíveis<br />
para uso<br />
Quantias<br />
indisponíveis<br />
para uso<br />
Totais<br />
Numerário 3.624,79 3.624,79 3.460,29 3.460,29<br />
Caixa e Depósitos<br />
bancários<br />
Outros instrumentos<br />
financeiros<br />
Depósitos à or<strong>de</strong>m 11.432,23 11.432,23 271.196,78 271.196,78<br />
Depósitos a prazo 294.679,17 294.679,17 277.000,00 277.000,00<br />
Dep prazo - Fundo Equilíbrio<br />
Orçamental<br />
2<strong>20</strong>.000,00 2<strong>20</strong>.000,00 2<strong>20</strong>.000,00 2<strong>20</strong>.000,00<br />
Subtotais 529.736,19 529.736,19 771.657,07 771.657,07<br />
Aplicações <strong>de</strong> tesouraria 587.509,16 587.509,16<br />
Totais<br />
529.736,19 529.736,19 1.359.166,23 1.359.166,23<br />
Os <strong>de</strong>pósitos a prazo vencem em Maio <strong>de</strong> <strong>20</strong>11, embora possam ser mobilizáveis em qualquer data.<br />
5. ACTIVOS FIXOS <strong>TA</strong>NGÍVEIS<br />
Durante os exercícios findos em 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong>09 e 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, o movimento ocorrido<br />
no valor dos activos fixos tangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparida<strong>de</strong><br />
acumuladas, foi o seguinte:<br />
Activos fixos tangíveis<br />
Terrenos e<br />
recursos<br />
naturais<br />
Edifícios e<br />
outras<br />
construções<br />
Equipamento<br />
básico<br />
Equipamento<br />
<strong>de</strong> transporte<br />
Equipamento<br />
administrativo<br />
Outros activos fixos tangíveis<br />
Obras <strong>de</strong> arte<br />
Outros<br />
Activos fixos<br />
tangíveis em<br />
curso<br />
Totais<br />
Quantias brutas escrituradas 660.907,21 37.704.295,85 3.441.547,95 121.909,34 707.856,24 15.379.018,51 661.161,03 354.401,57 59.031.097,70<br />
Em<br />
01.01.<strong>20</strong>09<br />
Adições<br />
Depreciações e perdas por<br />
imparida<strong>de</strong> acumuladas<br />
Quantias líquidas<br />
escrituradas<br />
(6<strong>20</strong>.465,34) (2.474.086,01) (77.559,68) (585.008,67) (418.588,89) (4.175.708,59)<br />
660.907,21 37.083.830,51 967.461,94 44.349,66 122.847,57 15.379.018,51 242.572,14 354.401,57 54.855.389,11<br />
28.191,91 55.996,84 175.306,89 1.2<strong>20</strong>.451,84 35.296,31 603.928,03 2.119.171,82<br />
Transferências<br />
Depreciações<br />
92.081,39 1.067,96 30.391,43 (123.540,78)<br />
(14.980,43) (119.724,02) (7.339,61) (29.216,44) (26.012,49) (197.272,99)<br />
Em<br />
31.12.<strong>20</strong>09<br />
(01.01.<strong>20</strong><strong>10</strong>)<br />
Adições<br />
Quantias brutas escrituradas 660.907,21 37.824.569,15 3.497.544,79 121.909,34 884.231,09 16.599.470,35 726.848,77 834.788,82 61.150.269,52<br />
Depreciações e perdas por<br />
imparida<strong>de</strong> acumuladas<br />
Quantias líquidas<br />
escrituradas<br />
(635.445,77) (2.593.8<strong>10</strong>,03) (84.899,29) (614.225,11) (444.601,38) (4.372.981,58)<br />
660.907,21 37.189.123,38 903.734,76 37.0<strong>10</strong>,05 270.005,98 16.599.470,35 282.247,39 834.788,82 56.777.287,94<br />
33.<strong>20</strong>2,38 40.388,00 37.718,<strong>20</strong> 982.652,18 55.623,24 501.091,15 1.650.675,15<br />
Transferências<br />
Alienações, sinistros e abates<br />
Depreciações<br />
Depreciações acumuladas (abate)<br />
1<strong>20</strong>.637,04 9.662,92 <strong>20</strong>9.764,48 30.132,31 (832.043,97) (461.847,22)<br />
(1.443,00) (34.500,00) (35.943,00)<br />
(15.877,50) (173.586,79) (12.312,89) (58.853,32) (33.007,43) (293.637,93)<br />
84,18 34.500,00 34.584,18<br />
Em<br />
31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Quantias brutas escrituradas 660.907,21 37.823.126,15 3.651.384,21 127.797,34 931.612,21 17.791.887,01 812.604,32 503.836,00 62.303.154,45<br />
Depreciações e perdas por<br />
imparida<strong>de</strong> acumuladas<br />
Quantias líquidas<br />
escrituradas<br />
(651.239,09) (2.767.396,82) (62.712,18) (673.078,43) (477.608,81) (4.632.035,33)<br />
660.907,21 37.171.887,06 883.987,39 65.085,16 258.533,78 17.791.887,01 334.995,51 503.836,00 57.671.119,12<br />
A Rúbrica <strong>de</strong> Edifícios e Outras Construções inclui 36.778.524,09€ <strong>de</strong> bens não amortizados, assim<br />
<strong>de</strong>composto:<br />
Casa 3.421.323,32 €<br />
Museu 29.688.237,38 €<br />
Parque 3.036.343,05 €<br />
Outros edifícios 632.6<strong>20</strong>,34 €<br />
TO<strong>TA</strong>L 36.778.524,09 €<br />
127
No ano <strong>20</strong><strong>10</strong> a rúbrica <strong>de</strong> “Transferências” apresenta um saldo negativo <strong>de</strong> 461.847,22€ assim <strong>de</strong>composto:<br />
• 455.702,28€ relativos à totalida<strong>de</strong> dos gastos com o “Projecto <strong>Serralves</strong> 21” que se encontravam<br />
registados como activos fixos tangíveis em curso, mas que pelo facto <strong>de</strong> o projecto ter sido cancelado<br />
foram transferidos para trabalhos especializados (ver nota 16);<br />
• 6.144,94€ relativos a activos fixos tangíveis em curso que foram transferidos para activos intangíveis.<br />
O valor dos activos fixos tangíveis em curso é <strong>de</strong>composto pelos seguintes projectos:<br />
Activos Fixos Tangíveis em Curso 31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
- Projecto <strong>Serralves</strong> 21 303.725,16<br />
- Restauro <strong>de</strong> Obras <strong>de</strong> Arte (Colecção) 45.828,51<br />
- Melhoria da acessibilida<strong>de</strong> da Colecção a cidadãos com<br />
necessida<strong>de</strong>s especiais<br />
13.447,70<br />
- Recuperação da Quinta do Mata-Sete 318.411,08 80.709,34<br />
- Recuperação do Parque <strong>20</strong>.1<strong>20</strong>,13<br />
- Obras <strong>de</strong> arte em produção 159.284,42 266.250,17<br />
- Projecto "Ambiente +" <strong>10</strong>4.814,53<br />
- Outros projectos em curso 6.0<strong>20</strong>,37 <strong>20</strong>.013,41<br />
Totais 503.836,00 834.788,82<br />
6. ACTIVOS IN<strong>TA</strong>NGÍVEIS<br />
Durante o exercício findo em 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, o movimento ocorrido no valor dos activos fixos<br />
intangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparida<strong>de</strong> acumuladas, foi o seguinte:<br />
Activos intangíveis<br />
Programas<br />
<strong>de</strong><br />
computador<br />
Proprieda<strong>de</strong><br />
industrial<br />
Marcas<br />
comerciais<br />
Activos<br />
intangíveis em<br />
curso<br />
Totais<br />
Quantias brutas escrituradas 435.342,88 9.093,71 62.856,35 507.292,94<br />
Em<br />
01.01.<strong>20</strong>09<br />
Adições<br />
Amortizações<br />
Em<br />
31.12.<strong>20</strong>09<br />
(01.01.<strong>20</strong><strong>10</strong>)<br />
Adições<br />
Amortizações e perdas por imparida<strong>de</strong><br />
acumuladas<br />
(345.671,36) (2.308,59) (347.979,95)<br />
Quantias líquidas escrituradas 89.671,52 6.785,12 62.856,35 159.312,99<br />
15.714,09 15.714,09<br />
(16.596,36) (454,69) (17.051,05)<br />
Quantias brutas escrituradas 435.342,88 9.093,71 78.570,44 523.007,03<br />
Amortizações e perdas por imparida<strong>de</strong><br />
acumuladas<br />
(362.267,72) (2.763,28) (365.031,00)<br />
Quantias líquidas escrituradas 73.075,16 6.330,43 78.570,44 157.976,03<br />
983,59 1<strong>10</strong>.<strong>20</strong>0,75 111.184,34<br />
Transferências<br />
Amortizações<br />
89.831,11 (83.686,17) 6.144,94<br />
(18.794,98) (454,70) (19.249,68)<br />
Em<br />
31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Quantias brutas escrituradas 526.157,58 9.093,71 <strong>10</strong>5.085,02 640.336,31<br />
Amortizações e perdas por imparida<strong>de</strong><br />
acumuladas<br />
(381.062,70) (3.217,98) (384.280,68)<br />
Quantias líquidas escrituradas 145.094,88 5.875,73 <strong>10</strong>5.085,02 256.055,63<br />
No ano <strong>20</strong><strong>10</strong> a rúbrica <strong>de</strong> “Transferências” apresenta um saldo <strong>de</strong> 6.144,94€ relativo a transferências <strong>de</strong><br />
activos fixos tangíveis em curso para activos intangíveis – programas <strong>de</strong> computador.<br />
O valor dos activos intangíveis em curso é <strong>de</strong>composto pelos seguintes projectos:<br />
Activos Intangíveis em Curso 31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
- Desenvolvimento <strong>de</strong> software - CRM 78.570,44<br />
- Implementação <strong>de</strong> software <strong>de</strong> backoffice - ERP <strong>10</strong>5.085,02<br />
Totais <strong>10</strong>5.085,02 78.570,44<br />
128
7. INVENTÁR<strong>IO</strong>S<br />
A rubrica Inventários <strong>de</strong>talha-se como segue:<br />
31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
Quantias escrituradas <strong>de</strong> inventários<br />
Quantias<br />
brutas<br />
Perdas por<br />
imparida<strong>de</strong><br />
acumuladas<br />
Quantias<br />
(líquidas)<br />
escrituradas<br />
Quantias<br />
brutas<br />
Perdas por<br />
imparida<strong>de</strong><br />
acumuladas<br />
Quantias<br />
(líquidas)<br />
escrituradas<br />
Mercadorias 1.218.483,27 (430.940,77) 787.542,50 1.263.251,49 (430.940,77) 832.3<strong>10</strong>,72<br />
Matérias-primas, subsidiárias e <strong>de</strong> consumo 17.251,22 17.251,22 25.594,25 25.594,25<br />
Produtos e trabalhos em curso 113.193,29 113.193,29 5.180,69 5.180,69<br />
Totais 1.348.927,78 (430.940,77) 917.987,01 1.294.026,43 (430.940,77) 863.085,66<br />
Quantia <strong>de</strong> inventários reconhecida como gastos do período:<br />
Quantias <strong>de</strong> inventários<br />
reconhecidas como gastos durante<br />
o período<br />
Mercadorias<br />
31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
Matérias-primas,<br />
subsidiárias e <strong>de</strong><br />
consumo<br />
Totais<br />
Mercadorias<br />
Matérias-primas,<br />
subsidiárias e <strong>de</strong><br />
consumo<br />
Totais<br />
Demonstração do custo<br />
das mercadorias<br />
vendidas e das matérias<br />
consumidas<br />
Inventários no início do<br />
período<br />
+ 1.263.251,49 25.594,25 1.288.845,74 901.826,56 54.000,88 955.827,44<br />
Compras + 254.302,15 1<strong>10</strong>.898,56 365.<strong>20</strong>0,71 314.912,50 <strong>10</strong>5.955,75 4<strong>20</strong>.868,25<br />
Reclassificações +/- 96.921,09 (119.241,59) (22.3<strong>20</strong>,50) 506.339,72 (134.362,38) 371.977,34<br />
Ofertas e amostras - (124.395,40) (124.395,40) (76.851,81) (76.851,81)<br />
Inventários no final do<br />
período<br />
Custo das mercadorias vendidas<br />
e das matérias consumidas<br />
- (1.218.483,27) (17.251,22) (1.235.734,49) (1.263.251,49) (25.594,25) (1.288.845,74)<br />
= 271.596,06 271.596,06 382.975,48 382.975,48<br />
31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Demonstração das variações<br />
nos inventários da produção<br />
Produtos e<br />
trabalhos em<br />
curso<br />
Totais<br />
Inventários no início do período<br />
Inventários no final do período<br />
Variações nos inventários da<br />
produção<br />
- (5.180,69) (5.180,69)<br />
+ 113.193,29 113.193,29<br />
= <strong>10</strong>8.012,60 <strong>10</strong>8.012,60<br />
129
Quantia <strong>de</strong> ajustamento <strong>de</strong> inventários reconhecida como um gasto no período:<br />
Ajustamentos <strong>de</strong> inventários<br />
Mercadorias<br />
Totais<br />
Perdas por imparida<strong>de</strong> acumuladas em<br />
01.01.<strong>20</strong>09<br />
339.542,88 339.542,88<br />
Reforços e respectivas<br />
reversões ocorridas no<br />
próprio período<br />
Reforços 91.397,89 91.397,89<br />
Reversões<br />
Alterações referentes a inventários reclassificados ou<br />
regularizados no período<br />
Perdas por imparida<strong>de</strong> acumuladas em<br />
31.12.<strong>20</strong>09<br />
430.940,77 430.940,77<br />
Reforços e respectivas<br />
reversões ocorridas no<br />
próprio período<br />
Reforços<br />
Reversões<br />
Alterações referentes a inventários reclassificados ou<br />
regularizados no período<br />
Perdas por imparida<strong>de</strong> acumuladas em<br />
31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong><br />
430.940,77 430.940,77<br />
8. INSTRUMENTOS FINANCEIROS<br />
À data <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> e <strong>20</strong>09, as rubricas que compõem os Activos e Passivos Financeiros são<br />
como segue:<br />
8.1. Activos Financeiros<br />
Quantias escrituradas <strong>de</strong> cada uma das categorias <strong>de</strong><br />
activos financeiros<br />
Quantias<br />
brutas<br />
31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
Imparida<strong>de</strong>s<br />
acumuladas<br />
Quantias<br />
escrituradas<br />
Quantias<br />
brutas<br />
Imparida<strong>de</strong>s<br />
acumuladas<br />
Quantias<br />
escrituradas<br />
Carteira <strong>de</strong> títulos 1.592.445,56 (1<strong>20</strong>.839,<strong>10</strong>) 1.471.606,46 2.084.600,00 (99.597,30) 1.985.002,70<br />
Outros activos<br />
financeiros<br />
Participações <strong>de</strong> capital 124,24 124,24 124,24 124,24<br />
Subtotais 1.592.569,80 (1<strong>20</strong>.839,<strong>10</strong>) 1.471.730,70 2.084.724,24 (99.597,30) 1.985.126,94<br />
Conta corrente 255.288,73 255.288,73 340.302,30 340.302,30<br />
Clientes<br />
Cobrança duvidosa 197.616,56 (194.589,56) 3.027,00 176.893,37 (176.893,37)<br />
Subtotais 452.905,29 (194.589,56) 258.315,73 517.195,67 (176.893,37) 340.302,30<br />
Fornecedores gerais 13.294,24 13.294,24 30.933,17 30.933,17<br />
Adiantamentos<br />
a fornecedores<br />
Fornecedores <strong>de</strong> investimentos<br />
Activos<br />
financeiros<br />
Fundadores /<br />
Mecenas<br />
Outras Contas<br />
a Receber<br />
Diferimentos<br />
Subtotais 13.294,24 13.294,24 30.933,17 30.933,17<br />
Donativos para capital <strong>10</strong>0.000,00 <strong>10</strong>0.000,00 <strong>10</strong>7.500,00 <strong>10</strong>7.500,00<br />
Donativos para exploração 311.340,<strong>20</strong> 311.340,<strong>20</strong> 172.794,51 172.794,51<br />
Subtotais 411.340,<strong>20</strong> 411.340,<strong>20</strong> 280.294,51 280.294,51<br />
Fornecedores gerais c/c 12.946,27 12.946,27 19.332,24 19.332,24<br />
Facturas em recepção e<br />
conferência<br />
836,24 836,24 459,30 459,30<br />
Pessoal 750,06 750,06 193,18 193,18<br />
Devedores - acréscimos <strong>de</strong><br />
rendimentos<br />
1.175.881,42 1.175.881,42 35.350,88 35.350,88<br />
Outros <strong>de</strong>vedores e credores 2.841.183,82 (180.000,00) 2.661.183,82 517.916,73 517.916,73<br />
Subtotais 4.031.597,81 (180.000,00) 3.851.597,81 573.252,33 573.252,33<br />
Gastos a reconhecer <strong>20</strong>0.051,60 <strong>20</strong>0.051,60 189.363,29 189.363,29<br />
Subtotais <strong>20</strong>0.051,60 <strong>20</strong>0.051,60 189.363,29 189.363,29<br />
Totais 6.701.758,94 (495.428,66) 6.<strong>20</strong>6.330,28 3.675.763,21 (276.490,67) 3.399.272,54<br />
130
Outros Activos Financeiros<br />
A rubrica <strong>de</strong> Outros Activos Financeiros é relativa à carteira <strong>de</strong> títulos da Fundação, gerida pelo Banco<br />
Português <strong>de</strong> Investimentos e pelo Banco Espírito Santo, sendo constituída essencialmente por obrigações.<br />
Ajustamentos - imparida<strong>de</strong>s<br />
Ajustamentos<br />
Clientes<br />
Outros<br />
<strong>de</strong>vedores<br />
Outros activos<br />
financeiros<br />
Totais<br />
Perdas por imparida<strong>de</strong> acumuladas em<br />
01.01.<strong>20</strong>09<br />
85.727,43 199.123,77 284.851,<strong>20</strong><br />
Reforços e respectivas<br />
reversões ocorridas no<br />
próprio período<br />
Reforços 95.947,92 96.448,15 192.396,07<br />
Reversões (4.781,98) (195.974,62) (<strong>20</strong>0.756,60)<br />
Perdas por imparida<strong>de</strong> acumuladas em<br />
31.12.<strong>20</strong>09<br />
176.893,37 99.597,30 276.490,67<br />
Reforços e respectivas<br />
reversões ocorridas no<br />
próprio período<br />
Reforços 18.831,36 180.000,00 66.812,72 265.644,08<br />
Reversões (1.135,17) (45.570,92) (46.706,09)<br />
Perdas por imparida<strong>de</strong> acumuladas em<br />
31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong><br />
194.589,56 180.000,00 1<strong>20</strong>.839,<strong>10</strong> 495.428,66<br />
Devedores – acréscimos <strong>de</strong> rendimentos<br />
Devedores - Acréscimos <strong>de</strong> Rendimentos<br />
31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
i. Prestações <strong>de</strong> Serviços – reconhecimento do rédito relativo a itinerâncias e à cedência <strong>de</strong> direitos <strong>de</strong><br />
um filme <strong>de</strong> Manoel <strong>de</strong> Oliveira à RTP (Painéis <strong>de</strong> S. Vicente), cujos gastos ocorreram no presente<br />
exercício e anteriores, tendo-se efectivado o respectivo contrato no final <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>;<br />
ii. Subsídios à Exploração – última prestação do subsídio do Ministério da Cultura, relativo a <strong>20</strong><strong>10</strong>, mas<br />
cujo recebimento apenas ocorreu em 28 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> <strong>20</strong>11;<br />
iii. Juros – juros <strong>de</strong> aplicações financeiras reconhecidos como rendimentos no período, mas cujo<br />
recebimento apenas ocorrerá durante o ano <strong>20</strong>11.<br />
Outros Devedores e Credores<br />
Prestações <strong>de</strong> Serviços 85.592,11 1.913,40<br />
Subsídios à exploração 1.066.778,93 4.912,74<br />
Juros 23.5<strong>10</strong>,38 28.524,74<br />
Totais 1.175.881,42 35.350,88<br />
Outros <strong>de</strong>vedores e credores<br />
31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
Entida<strong>de</strong>s Públicas 2.840.807,67 518.712,65<br />
Outros <strong>de</strong>vedores e credores 376,15 (795,92)<br />
Perdas por imparida<strong>de</strong> acumuladas (180.000,00)<br />
Totais 2.661.183,82 517.916,73<br />
O saldo da rúbrica Entida<strong>de</strong>s Públicas <strong>de</strong>compõe-se no quadro seguinte:<br />
Entida<strong>de</strong>s Públicas 31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
ON.2 - CCDRN 1.638.660,37 90.727,75<br />
Ministério da Cultura 750.000,00<br />
Turismo <strong>de</strong> Portugal <strong>20</strong>0.000,00 <strong>20</strong>0.000,00<br />
Ministério da Economia 180.000,00 180.000,00<br />
Outras entida<strong>de</strong>s públicas 72.147,30 47.984,90<br />
Totais 2.840.807,67 518.712,65<br />
131
i. ON.2 – CCDRN – relativo a projectos <strong>de</strong> financiamento comunitário aprovados até 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong><br />
<strong>20</strong><strong>10</strong>, cujo recebimento irá ocorrer em exercícios futuros:<br />
• <strong>Serralves</strong> Melhor – 455.490,08€;<br />
• Improvisações/Colaborações – 1.155.593,47€<br />
• Ambiente+ – 25.822,07€<br />
• Outros – 1.754,75€<br />
ii. Ministério da Cultura – contribuição para o Fundo <strong>de</strong> Compras <strong>de</strong> Obras <strong>de</strong> Arte, referente ao ano<br />
<strong>20</strong><strong>10</strong>, ainda não recebida. A 22 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> <strong>20</strong>11 foi celebrado com o Ministério da Cultura um<br />
aditamento ao terceiro Protocolo para este Fundo, que reduz as contribuições para o triénio <strong>20</strong>11-<br />
<strong>20</strong>13, mas sem reflexo nos valores acordados para o ano <strong>20</strong><strong>10</strong>. Ver nota 11;<br />
iii. Turismo <strong>de</strong> Portugal – valor a receber relativo a dois financiamentos ao abrigo do Programa <strong>de</strong><br />
Intervenção do Turismo – Linha II (PIT), a ocorrer no primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>20</strong>11;<br />
iv. Ministério da Economia - protocolo <strong>de</strong> colaboração para três anos, celebrado em <strong>20</strong>07, mas cujo<br />
recebimento das verbas nunca ocorreu. O Conselho <strong>de</strong> Administração, tendo por base as restrições<br />
orçamentais impostas actalmente, consi<strong>de</strong>rou mais pru<strong>de</strong>nte constituir um ajustamento na totalida<strong>de</strong><br />
do protocolo (180 mil euros).<br />
Diferimentos<br />
Diferimentos 31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
i. Activida<strong>de</strong>s Futuras – gastos já ocorridos mas referentes a activida<strong>de</strong>s a realizar em exercícios<br />
posteriores a <strong>20</strong><strong>10</strong> (preparação/produção <strong>de</strong> exposições para os anos <strong>de</strong> <strong>20</strong>11, <strong>20</strong>12 e <strong>20</strong>13);<br />
ii. Gastos <strong>de</strong> Funcionamento – relativos a seguros e contratos <strong>de</strong> manutenção diversos, já facturados, a<br />
reconhecer como gastos em períodos seguintes.<br />
8.2. Passivos Financeiros<br />
GASTOS A RECONHECER:<br />
- Activida<strong>de</strong>s Futuras <strong>10</strong>4.718,50 98.651,13<br />
- Gastos <strong>de</strong> Funcionamento 95.333,<strong>10</strong> 90.712,16<br />
Totais <strong>20</strong>0.051,60 189.363,29<br />
Quantias escrituradas <strong>de</strong> cada uma das categorias <strong>de</strong><br />
passivos financeiros<br />
Quantias<br />
brutas<br />
31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
Imparida<strong>de</strong>s<br />
acumuladas<br />
Quantias<br />
escrituradas<br />
Quantias<br />
brutas<br />
Imparida<strong>de</strong>s<br />
acumuladas<br />
Quantias<br />
escrituradas<br />
Fornecedores<br />
Conta corrente 836.025,96 836.025,96 454.732,18 454.732,18<br />
Facturas em recepção e<br />
conferência<br />
502.346,95 502.346,95 1.456.360,94 1.456.360,94<br />
De Investimentos 291.396,64 291.396,64 58.563,80 58.563,80<br />
Adiantamentos 266,15 266,15 266,15 266,15<br />
Passivos<br />
financeiros<br />
Estado e outros<br />
entes públicos<br />
Financiamentos<br />
obtidos<br />
Outras contas a<br />
pagar<br />
Diferimentos<br />
Subtotais 1.630.035,70 1.630.035,70 1.969.923,07 1.969.923,07<br />
Imposto sobre o rendimento<br />
(retenções)<br />
44.862,34 44.862,34 35.787,71 35.787,71<br />
Imposto sobre o valor acrescentado 54.580,02 54.580,02 74.096,75 74.096,75<br />
Contribuições para a Segurança<br />
Social<br />
44.951,94 44.951,94 47.796,09 47.796,09<br />
Subtotais 144.394,30 144.394,30 157.680,55 157.680,55<br />
Curto Prazo - Banco BPI 1.750.000,00 1.750.000,00 1.750.000,00 1.750.000,00<br />
Curto Prazo - Banco Comercial<br />
Português<br />
300.000,00 300.000,00<br />
Descobertos bancários 159.506,71 159.506,71 1.811,35 1.811,35<br />
Subtotais 1.909.506,71 1.909.506,71 2.051.811,35 2.051.811,35<br />
Credores - acréscimos <strong>de</strong> gastos 845.199,21 845.199,21 705.677,22 705.677,22<br />
Clientes gerais - c/c 4.536,76 4.536,76 787,02 787,02<br />
Pessoal 2.756,94 2.756,94 2.324,84 2.324,84<br />
Subtotais 852.492,91 852.492,91 708.789,08 708.789,08<br />
Rendimentos a reconhecer 1.228.409,88 1.228.409,88 41.122,69 41.122,69<br />
Subtotais 1.228.409,88 1.228.409,88 41.122,69 41.122,69<br />
Totais 5.764.839,50 5.764.839,50 4.929.326,74 4.929.326,74<br />
132
Estado e Outros Entes Públicos<br />
No ano <strong>20</strong>01 a Fundação renunciou ao regime <strong>de</strong> isenção <strong>de</strong> que beneficiava em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> IVA, tendo optado,<br />
para efeitos <strong>de</strong> <strong>de</strong>dução, pelo Método da Percentagem <strong>de</strong> Dedução, vulgo pro-rata. Em Setembro <strong>de</strong> <strong>20</strong>05<br />
passou a adoptar simultaneamente o método da Afectação Real para as seguintes activida<strong>de</strong>s:<br />
• Comerciais (cedências <strong>de</strong> espaços, turismo cultural, loja, cirurgia <strong>de</strong> árvores e cessões <strong>de</strong> exploração);<br />
• Auditório (Artes Performativas).<br />
Financiamentos Obtidos<br />
Os financiamentos bancários obtidos, à data <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, correspon<strong>de</strong>m a dois financiamentos<br />
<strong>de</strong> curto prazo, contraídos junto do Banco BPI, que têm data <strong>de</strong> vencimento em Janeiro <strong>de</strong> <strong>20</strong>11 e vencem<br />
juros às taxas normais <strong>de</strong> mercado.<br />
Credores – Acréscimo <strong>de</strong> Gastos<br />
Credores - Acréscimos <strong>de</strong> Gastos<br />
31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
i. Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> anos anteriores - gastos estimados com activida<strong>de</strong>s já iniciadas, mas cujos<br />
documentos <strong>de</strong> suporte ainda não foram recepcionados na contabilida<strong>de</strong>;<br />
ii. Remunerações a Pagar – inclui, essencialmente, as responsabilida<strong>de</strong>s por férias, subsídio <strong>de</strong> férias e<br />
respectivos encargos, a pagar em <strong>20</strong>11 vencidas no exercício <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>.<br />
Rendimentos a reconhecer<br />
Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> anos anteriores <strong>20</strong>6.321,12 <strong>10</strong>0.297,55<br />
Remunerações a pagar 497.979,62 453.531,63<br />
Outros acréscimos <strong>de</strong> gastos 140.898,47 151.848,04<br />
Totais 845.199,21 705.677,22<br />
Diferimentos<br />
31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
RENDIMENTOS A RECONHECER:<br />
- Vendas e prestações <strong>de</strong> serviços 2.817,66 1.113,07<br />
- Subsídios e apoios mecenáticos 1.225.592,22 40.009,62<br />
Totais 1.228.409,88 41.122,69<br />
i. Vendas e Prestações <strong>de</strong> Serviços – rendimentos a imputar a exercícios seguintes, já facturados no<br />
ano;<br />
ii. Subsídios e apoios mecenáticos – valores a reconhecer em exercícios futuros, mas já contratualizados<br />
no presente exercício. Inclui 1.<strong>20</strong>5.722,94€ relativos a dois financiamentos comunitários, em que os<br />
apoios serão reconhecidos como rendimentos à medida que os gastos ocorram.<br />
9. CAPI<strong>TA</strong>L REALIZADO<br />
O capital social da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> é constituído pelas dotações dos Fundadores, sendo <strong>de</strong>composto da<br />
seguinte forma:<br />
CAPI<strong>TA</strong>L FUNDAC<strong>IO</strong>NAL<br />
DO<strong>TA</strong>ÇÕES - Fundadores<br />
ENTRADAS<br />
Facturado Não pagas Totais<br />
Iniciais 5.684.300,83 5.684.300,83<br />
31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong><br />
Iniciais (Reforços) 1.313.584,26 1.313.584,26<br />
Novos 8.594.515,88 (615.025,27) 7.979.490,61<br />
Totais 15.592.400,97 (615.025,27) 14.977.375,70<br />
Iniciais 5.684.300,83 5.684.300,83<br />
31.12.<strong>20</strong>09<br />
Iniciais (Reforços) 1.313.584,26 1.313.584,26<br />
Novos 8.319.272,71 (403.351,95) 7.915.9<strong>20</strong>,76<br />
Totais 15.317.157,80 (403.351,95) 14.913.805,85<br />
133
<strong>10</strong>. SUBSÍD<strong>IO</strong>S AO INVESTIMENTO<br />
Regista o valor dos subsídios obtidos para aquisição <strong>de</strong> activos <strong>de</strong>preciáveis/amortizáveis, <strong>de</strong>duzido das<br />
parcelas <strong>de</strong>sses subsídios transferidas, numa base sistemática, para “outros rendimentos e ganhos” na<br />
proporção das amortizações dos activos a que respeitam, conforme quadros seguintes:<br />
Subsídios ao Investimento<br />
Financiamento<br />
Total Obtido<br />
Para bens não<br />
<strong>de</strong>preciáveis<br />
Para bens<br />
<strong>de</strong>preciáveis<br />
31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong><br />
59.3 - Subsídios<br />
Rendimentos a<br />
Amortizado reconhecer no<br />
futuro<br />
Museu 28.579.314,<strong>10</strong> 27.581.718,31 997.595,79 (997.595,78) 0,01 27.581.718,32<br />
Projecto <strong>de</strong> Recuperação do<br />
Parque<br />
255.634,60 255.634,60 0,00 0,00 255.634,60<br />
Recuperação e Valorização do<br />
Parque<br />
1.561.864,59 1.561.864,59 0,00 0,00 1.561.864,59<br />
Restauro da Garagem da Casa 45.669,94 45.669,94 0,00 0,00 45.669,94<br />
Intervenção no Património da<br />
Fundação<br />
1.185.362,50 355.869,43 829.493,07 (491.699,55) 337.793,52 693.662,95<br />
Estudo e Classificação da<br />
Vegetação<br />
64.685,78 64.685,78 (64.685,77) 0,01 0,01<br />
Requalificação da Casa<br />
<strong>Serralves</strong><br />
733.966,55 721.388,97 12.577,58 (2.493,30) <strong>10</strong>.084,28 731.473,25<br />
<strong>Serralves</strong> In 171.536,26 114.560,26 56.976,00 (21.077,94) 35.898,06 150.458,32<br />
Melhoria da acessibilida<strong>de</strong> da<br />
Colecção<br />
3.767,61 3.767,61 (1.234,37) 2.533,24 2.533,24<br />
Restauro <strong>de</strong> Obras <strong>de</strong> Arte<br />
(Colecção)<br />
34.876,67 34.876,67 0,00 0,00 34.876,67<br />
Preservação da Colecção e<br />
Acervo<br />
29.945,92 29.945,92 (17.557,19) 12.388,73 12.388,73<br />
Audioguias 26.432,89 26.432,89 (6.608,21) 19.824,68 19.824,68<br />
Inventariação e Digitalização do<br />
Acervo<br />
62.286,83 62.286,83 (34.118,24) 28.168,59 28.168,59<br />
Cientistas no Parque 31.459,61 31.459,61 (7.953,86) 23.505,75 23.505,75<br />
Melhoria do Sistema <strong>de</strong><br />
Segurança<br />
18.954,45 18.954,45 (3.080,<strong>10</strong>) 15.874,35 15.874,35<br />
Ambiente + 77.274,99 77.274,99 (39.478,99) 37.796,00 37.796,00<br />
<strong>Serralves</strong> Melhor 602.482,36 602.482,36 (3.745,37) 598.736,99 598.736,99<br />
Improvisações/Colaborações 1.250,21 1.250,21 (96,77) 1.153,44 1.153,44<br />
Saldo<br />
TO<strong>TA</strong>L 33.486.765,86 30.671.582,77 2.815.183,09 (1.691.425,44) 1.123.757,65 31.795.340,42<br />
134
Subsídios ao Investimento<br />
Financiamento<br />
Total Obtido<br />
Para bens não<br />
<strong>de</strong>preciáveis<br />
Para bens<br />
<strong>de</strong>preciáveis<br />
31.12.<strong>20</strong>09<br />
59.3 - Subsídios<br />
Amortizado<br />
Rendimentos a<br />
reconhecer no<br />
futuro<br />
Museu 28.579.314,<strong>10</strong> 27.581.718,31 997.595,79 (997.359,15) 236,64 27.581.954,95<br />
Projecto <strong>de</strong> Recuperação do<br />
Parque<br />
255.634,60 255.634,60 0,00 0,00 255.634,60<br />
Recuperação e Valorização do<br />
Parque<br />
1.561.864,59 1.561.864,59 0,00 0,00 1.561.864,59<br />
Restauro da Garagem da Casa 45.669,94 45.669,94 0,00 0,00 45.669,94<br />
Intervenção no Património da<br />
Fundação<br />
1.185.362,50 355.869,43 829.493,07 (470.859,78) 358.633,29 714.502,72<br />
Estudo e Classificação da<br />
Vegetação<br />
64.685,78 64.685,78 (64.685,77) 0,01 0,01<br />
Requalificação da Casa<br />
<strong>Serralves</strong><br />
733.966,55 721.388,97 12.577,58 (1.662,<strong>20</strong>) <strong>10</strong>.915,38 732.304,35<br />
<strong>Serralves</strong> In 171.536,26 114.560,26 56.976,00 (15.180,09) 41.795,91 156.356,17<br />
Melhoria da acessibilida<strong>de</strong> da<br />
Colecção<br />
3.767,61 3.767,61 3.767,61 3.767,61<br />
Restauro <strong>de</strong> Obras <strong>de</strong> Arte<br />
(Colecção)<br />
8.683,87 8.683,87 0,00 0,00 8.683,87<br />
Preservação da Colecção e<br />
Acervo<br />
29.945,92 29.945,92 (15.525,<strong>20</strong>) 14.4<strong>20</strong>,72 14.4<strong>20</strong>,72<br />
Audioguias 26.432,89 26.432,89 (4.956,16) 21.476,73 21.476,73<br />
Inventariação e Digitalização do<br />
Acervo<br />
62.286,83 62.286,83 (26.033,27) 36.253,56 36.253,56<br />
Cientistas no Parque 31.459,61 31.459,61 (3.976,92) 27.482,69 27.482,69<br />
Melhoria do Sistema <strong>de</strong><br />
Segurança<br />
18.954,45 18.954,45 (1.848,06) 17.<strong>10</strong>6,39 17.<strong>10</strong>6,39<br />
Ambiente + 7.871,64 7.871,64 7.871,64 7.871,64<br />
<strong>Serralves</strong> Melhor 0,00 0,00 0,00<br />
Improvisações/Colaborações 0,00 0,00 0,00<br />
Saldo<br />
TO<strong>TA</strong>L 32.787.437,14 30.645.389,97 2.142.047,17 (1.602.086,60) 539.960,57 31.185.350,54<br />
11. OUTRAS RESERVAS<br />
A rubrica <strong>de</strong> Outras Reservas, à data <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> e <strong>20</strong>09, <strong>de</strong>compõe-se da seguinte forma:<br />
Outras Reservas 31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
PARA AQUISIÇÃO DE OBRAS DE ARTE:<br />
- 1º Protocolo (1998-<strong>20</strong>02) 4.987.978,97 4.987.978,97<br />
- 2º Protocolo (<strong>20</strong>03-<strong>20</strong>07) 4.900.000,00 4.900.000,00<br />
- 3º Protocolo (<strong>20</strong>08-<strong>20</strong>15) 3.690.000,00 2.385.000,00<br />
- Outras obras <strong>de</strong> arte 168.905,44 168.905,44<br />
Outras reservas livres 239.715,37 239.715,37<br />
Totais 13.986.599,78 12.681.599,78<br />
Foi efectuada a transferência <strong>de</strong> 353.093,50 euros (<strong>20</strong>09: 283.314,86 euros) da conta <strong>de</strong> Dotações <strong>de</strong> Fundadores para a<br />
conta <strong>de</strong> Outras Reservas, relativa à comparticipação da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> no 3º Protocolo para o Fundo <strong>de</strong><br />
Aquisições <strong>de</strong> Obras <strong>de</strong> Arte.<br />
A rubrica <strong>de</strong> Outras Reservas - Fundo <strong>de</strong> Compras <strong>de</strong> Obras <strong>de</strong> Arte é o reflexo contabilístico da celebração<br />
<strong>de</strong> três protocolos entre a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, o Ministério da Cultura e o Município do Porto, com vista à<br />
constituição <strong>de</strong> um “Fundo para aquisição <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte para o Museu <strong>de</strong> Arte Contemporânea da<br />
Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>”.<br />
O primeiro Protocolo foi celebrado em 16 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1997, visando a constituição <strong>de</strong> um Fundo no montante<br />
<strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> contos (4.987.979 euros), a constituir no prazo <strong>de</strong> cinco anos contados a partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong><br />
Janeiro <strong>de</strong> 1998. O segundo Protocolo foi celebrado em 21 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> <strong>20</strong>03, visando a constituição <strong>de</strong><br />
135
um Fundo no montante <strong>de</strong> 4.900.000 Euros a constituir no prazo <strong>de</strong> cinco anos contados a partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong><br />
Janeiro <strong>de</strong> <strong>20</strong>03. O terceiro Protocolo foi celebrado em 26 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> <strong>20</strong>07, visando a constituição <strong>de</strong> um<br />
Fundo no montante <strong>de</strong> 14.000.000 Euros a constituir no prazo <strong>de</strong> oito anos contados a partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Janeiro<br />
<strong>de</strong> <strong>20</strong>08. No mapa seguinte apresenta-se o resumo dos protocolos até à data:<br />
FUNDO DE COMPRAS DE OBRAS DE ARTE<br />
DESCRIÇÃO<br />
1.º Protocolo FCOA<br />
(1998-<strong>20</strong>02)<br />
2.º Protocolo FCOA<br />
(<strong>20</strong>03-<strong>20</strong>07)<br />
3.º Protocolo FCOA<br />
(<strong>20</strong>08-<strong>20</strong><strong>10</strong> [*]<br />
TO<strong>TA</strong>L<br />
MINISTÉR<strong>IO</strong> DA CULTURA 2.493.989 € 2.500.000 € 2.<strong>10</strong>0.000 € 7.093.989 €<br />
AU<strong>TA</strong>RQUIAS 997.596 € 900.000 € 1.350.000 € 3.247.596 €<br />
FUNDAÇÃO DE SERRALVES 1.496.394 € 1.500.000 € 1.050.000 € 4.046.394 €<br />
VALOR TO<strong>TA</strong>L DOS FINANCIAMENTOS OBTIDOS 4.987.979 € 4.900.000 € 4.500.000 € 14.387.979 €<br />
[*] A 22 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> <strong>20</strong>11 foi celebrado com o Ministério da Cultura um aditamento ao terceiro Protocolo <strong>de</strong>vido à<br />
adopção, pelo Estado Português, do Programa <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong> e Crescimento (PEC) para o período <strong>20</strong><strong>10</strong>-<strong>20</strong>13. Este<br />
aditamento prevê uma redução do Fundo para 12.950.000 Euros, com reflexo nas contribuições do Ministério da Cultura<br />
para o triénio <strong>20</strong>11-<strong>20</strong>13.<br />
No que respeita às aquisições <strong>de</strong> Obras <strong>de</strong> Arte, os dois primeiros protocolos estão integralmente cumpridos<br />
e o terceiro está a ser cumprido conforme quadro seguinte:<br />
AQUISIÇÕES DE OBRAS DE ARTE Antes <strong>de</strong> <strong>20</strong>08 <strong>20</strong>08 <strong>20</strong>09 <strong>20</strong><strong>10</strong> Total<br />
AQUISIÇÕES ao abrigo do 3.º Protocolo (anteriores a <strong>20</strong>08) (*) 2.238.656 € 2.238.656 €<br />
AQUISIÇÕES ao abrigo do 3.º Protocolo (<strong>20</strong>08-15) 588.645 € 1.173.275 € 899.852 € 2.661.772 €<br />
TO<strong>TA</strong>L 2.238.656 € 588.645 € 1.173.275 € 899.852 € 4.900.428 €<br />
(*) O objectivo relativo às aquisições <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte a realizar entre <strong>20</strong>03 e <strong>20</strong>07, constante do 2.º Protocolo, foi integralmente<br />
cumprido durante o ano <strong>20</strong>06 (4.900.000€); assim, o exce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> compras realizadas em <strong>20</strong>06 e <strong>20</strong>07 (2.238.656 €) é consi<strong>de</strong>rado<br />
como uma antecipação temporal das compras a efectuar no âmbito do 3.º Protocolo.<br />
12. OUTRAS VARIAÇÕES NO CAPI<strong>TA</strong>L PRÓPR<strong>IO</strong><br />
Estão registados nesta rubrica as doações recebidas <strong>de</strong> Obras <strong>de</strong> Arte (em espécie).<br />
Outras variações no Capital Próprio 31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
- Doações 1.635.762,07 1.552.962,07<br />
Totais 1.635.762,07 1.552.962,07<br />
13. PROVISÕES<br />
A evolução das provisões é <strong>de</strong>talhada no quadro seguinte:<br />
Provisões<br />
Acumuladas em 01.01.<strong>20</strong>09<br />
Fundo<br />
Equilíbrio<br />
Orçamental<br />
Totais<br />
Aumentos<br />
Reduções<br />
Por reforço <strong>de</strong> provisões já<br />
reconhecidas em períodos anteriores<br />
Por novas provisões 2<strong>20</strong>.000,00 2<strong>20</strong>.000,00<br />
Quantias usadas no período por<br />
ocorrência das situações provisionadas<br />
Quantias revertidas no período<br />
Acumuladas em 31.12.<strong>20</strong>09<br />
2<strong>20</strong>.000,00 2<strong>20</strong>.000,00<br />
Aumentos<br />
Reduções<br />
Por reforço <strong>de</strong> provisões já<br />
reconhecidas em períodos anteriores<br />
Por novas provisões<br />
Quantias usadas no período por<br />
ocorrência das situações provisionadas<br />
Quantias revertidas no período<br />
Acumuladas em 31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong><br />
2<strong>20</strong>.000,00 2<strong>20</strong>.000,00<br />
Em <strong>20</strong>09 constituiu-se um Fundo para Equilíbrio Orçamental, no valor <strong>de</strong> 2<strong>20</strong>.000 euros, através da<br />
constituição <strong>de</strong> uma provisão no mesmo montante, para fazer face a eventuais reduções dos apoios<br />
mecenáticos, que nos permitam cumprir com os compromissos já assumidos para a prossecução da nossa<br />
missão.<br />
136
O Conselho <strong>de</strong> Administração consi<strong>de</strong>ra que se mantêm as condições que levaram à constituição <strong>de</strong>ste Fundo,<br />
pelo que o manteve no presente período, tendo-se estimado não ser necessário efectuar qualquer reforço em<br />
<strong>20</strong><strong>10</strong>.<br />
14. VENDAS E SERVIÇOS PRES<strong>TA</strong>DOS<br />
As vendas e serviços prestados, <strong>de</strong>talham-se no quadro seguinte:<br />
<strong>20</strong><strong>10</strong> <strong>20</strong>09<br />
Quantias dos réditos<br />
reconhecidas no período<br />
Réditos<br />
reconhecidos no<br />
período<br />
Proporção face<br />
ao total dos<br />
réditos<br />
reconhecidos no<br />
período<br />
Variação<br />
percentual face<br />
aos réditos<br />
reconhecidos no<br />
período anterior<br />
Réditos<br />
reconhecidos<br />
no período<br />
Proporção face<br />
ao total dos<br />
réditos<br />
reconhecidos no<br />
período<br />
Variação<br />
percentual face<br />
aos réditos<br />
reconhecidos no<br />
período anterior<br />
Vendas<br />
Produtos<br />
490.738,19 35,85% (18,09%) 599.125,35 36,31% (8,43%)<br />
- Catálogos 21.980,54 1,61% (62,69%) 58.9<strong>20</strong>,89 3,57% (31,71%)<br />
- Artigos diversos 398.446,55 29,11% (26,23%) 540.133,02 32,73% (4,67%)<br />
- Outros 70.311,<strong>10</strong> 5,14% 98319,79% 71,44 0,00% (95,02%)<br />
Prestação <strong>de</strong> serviços<br />
878.<strong>10</strong>5,28 64,15% (16,46%) 1.051.084,24 63,69% (1,16%)<br />
- Museu 126.256,51 9,22% 3,94% 121.472,00 7,36% (<strong>10</strong>,18%)<br />
Ingressos<br />
- Parque 34.434,60 2,52% 8,41% 31.763,12 1,92% 15,93%<br />
- Artes Performativas 26.128,80 1,91% (1,71%) 26.583,75 1,61% (<strong>20</strong>,21%)<br />
- Serviço Educativo 111.699,79 8,16% 8,83% <strong>10</strong>2.632,52 6,22% (46,24%)<br />
- Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Reflexão 8.783,80 0,64% (72,97%) 32.498,04 1,97% (54,59%)<br />
- Exposições itinerantes 57.430,08 4,<strong>20</strong>% (36,58%) 90.551,59 5,49% 69,<strong>20</strong>%<br />
- Cessões <strong>de</strong> Exploração 128.227,52 9,37% (2,33%) 131.288,12 7,96% 0,03%<br />
Serviços<br />
- Eventos 168.800,71 12,33% (39,90%) 280.844,25 17,02% 11,45%<br />
- Arboricultura 50.476,96 3,69% (23,01%) 65.565,50 3,97% 74,96%<br />
- Rendas 28.006,03 2,05% 12,41% 24.913,96 1,51% (1,33%)<br />
- Outros serviços 137.860,48 <strong>10</strong>,07% (3,57%) 142.971,39 8,66% 35,59%<br />
Totais 1.368.843,47 <strong>10</strong>0,00% (17,05%) 1.650.<strong>20</strong>9,59 <strong>10</strong>0,00% (3,93%)<br />
15. SUBSÍD<strong>IO</strong>S À EXPLORAÇÃO<br />
Os subsídios à exploração incluem os concedidos pelo próprio Governo, agências do Governo e organismos<br />
semelhantes, sejam eles locais, nacionais ou internacionais. Decompõem-se como segue:<br />
<strong>20</strong><strong>10</strong> <strong>20</strong>09<br />
Quantias dos subsídios reconhecidas na<br />
<strong>de</strong>monstração dos resultados e no balanço<br />
Subsídios relacionados com activos<br />
ON.2<br />
Es tado<br />
Entida<strong>de</strong>s públicas<br />
Entida<strong>de</strong>s privadas<br />
Subsídios relacionados com resultados<br />
Totais<br />
Demonstração dos resultados<br />
Reconhecidas<br />
como<br />
subsídios à<br />
exploração<br />
Imputadas em<br />
outros<br />
rendimentos e<br />
ganhos<br />
Demonstração dos resultados<br />
Reconhecidas<br />
como<br />
subsídios à<br />
exploração<br />
89.338,84 46.294,30<br />
352.3<strong>10</strong>,77 86.7<strong>10</strong>,44<br />
4.1<strong>10</strong>.978,28 4.170.950,28<br />
646.854,15 648.194,02<br />
2.665.038,28 2.638.992,19<br />
7.775.181,48 7.544.846,93<br />
Imputadas em<br />
outros<br />
rendimentos e<br />
ganhos<br />
7.775.181,48 89.338,84 7.544.846,93 46.294,30<br />
137
16. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS<br />
O <strong>de</strong>talhe dos gastos com fornecimentos e serviços externos é como segue:<br />
Fornecimentos e serviços externos 31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
>Trabalhos especializados 1.121.746,32 844.805,00<br />
- Activida<strong>de</strong>s 421.370,03 563.040,16<br />
- Funcionamento 700.376,29 281.764,84<br />
>Honorários 1.073.671,36 1.136.544,71<br />
- Activida<strong>de</strong>s 803.014,28 802.590,61<br />
- Funcionamento 270.657,08 333.954,<strong>10</strong><br />
>Vigilância e segurança 567.783,08 644.680,45<br />
- Activida<strong>de</strong>s 178.192,79 292.330,66<br />
- Funcionamento 389.590,29 352.349,79<br />
>Montagens / <strong>de</strong>smontagens 325.172,66 355.563,78<br />
>Publicida<strong>de</strong> e propaganda 447.433,83 530.611,39<br />
>Deslocações e estadas / Despesas <strong>de</strong> representação 415.454,04 436.881,13<br />
>Transportes <strong>de</strong> materiais 336.517,54 257.327,41<br />
>Energia e fluidos 268.868,95 279.8<strong>20</strong>,88<br />
>Rendas e alugueres 224.990,84 235.015,33<br />
>Limpeza, higiéne e conforto 155.891,90 158.966,11<br />
>Comunicação 132.471,42 163.739,00<br />
>Restantes rúbricas 403.608,90 304.894,58<br />
Totais 5.473.6<strong>10</strong>,84 5.348.849,77<br />
No ano <strong>20</strong><strong>10</strong> a rúbrica <strong>de</strong> “Trabalhos Especializados – Funcionamento” inclui 455.702,28€ relativos à<br />
totalida<strong>de</strong> dos gastos com o “Projecto <strong>Serralves</strong> 21”. Este projecto foi cancelado, em virtu<strong>de</strong> da anulação pelo<br />
Programa Operacional para a Valorização do Território da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> financiamento ainda durante o exercício<br />
<strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>. Pelo facto <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>cisão ter sido conhecida em <strong>20</strong><strong>10</strong>, o saldo <strong>de</strong> Investimentos em Curso em <strong>20</strong>09<br />
foi revertido como gasto no período <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> e os gastos <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> foram directamente consi<strong>de</strong>rados como<br />
gastos.<br />
17. BENEFÍC<strong>IO</strong>S DOS EMPREGADOS<br />
Os membros dos Órgãos Sociais não auferem qualquer remuneração.<br />
Os gastos com pessoal resumem-se no quadro seguinte:<br />
Benefícios <strong>de</strong> curto prazo - gastos com pessoal 31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
Remunerações do pessoal 2.156.975,99 2.040.827,25<br />
Encargos sobre remunerações 408.736,<strong>20</strong> 393.803,25<br />
Seguro <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho e doenças profissionais 17.580,51 14.156,28<br />
Outros gastos com pessoal 234.417,93 315.373,54<br />
Totais 2.817.7<strong>10</strong>,63 2.764.160,32<br />
O número médio <strong>de</strong> funcionários da Fundação é <strong>de</strong> 92 (em <strong>20</strong>09 era <strong>de</strong> 87).<br />
138
18. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS<br />
A rúbrica <strong>de</strong> Outros Rendimentos e Ganhos dos exercícios <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> e <strong>20</strong>09 têm a seguinte composição:<br />
OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS 31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
>Subsídios para investimentos 89.338,84 46.294,30<br />
>Ganhos em inventários 22.722,47 1.521,47<br />
>Rendimentos e ganhos em activos financeiros 1.<strong>20</strong>5,18 4.889,95<br />
>Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros 14.491,18<br />
>Restantes rúbricas 31.182,43 <strong>10</strong>7.240,73<br />
Totais 158.940,<strong>10</strong> 159.946,45<br />
19. OUTROS GASTOS E PERDAS<br />
A rúbrica <strong>de</strong> Outros Gastos e Perdas dos exercícios <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> e <strong>20</strong>09 têm a seguinte composição:<br />
OUTROS GASTOS E PERDAS 31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
>Impostos e taxas 2.417,31 832,77<br />
>Perdas em inventários 35.523,37 <strong>10</strong>0.198,18<br />
>Gastos e perdas em activos financeiros 13.692,14 40.892,84<br />
>Ofertas e amostras <strong>de</strong> inventários <strong>10</strong>2.586,45 131.868,80<br />
>Serviços bancários 12.697,07 13.273,29<br />
>Restantes rúbricas 52.507,46 73.767,<strong>20</strong><br />
Totais 219.423,80 360.833,08<br />
<strong>20</strong>. GASTOS FINANCEIROS LÍQUIDOS<br />
Os gastos financeiros dos exercícios <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> e <strong>20</strong>09 têm a seguinte <strong>de</strong>composição:<br />
GASTOS FINANCEIROS 31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
>Juros Suportados (financiamentos bancários) 50.136,70 60.164,57<br />
>Outros juros 3,57 298,69<br />
Totais 50.140,27 60.463,26<br />
Os juros suportados referem-se a juros <strong>de</strong> empréstimos e <strong>de</strong>scobertos bancários contratados junto das<br />
seguintes instituições financeiras: Banco BPI, Banco Comercial Português e Banco Espírito Santo.<br />
Os rendimentos financeiros dos exercícios <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> e <strong>20</strong>09 têm a seguinte <strong>de</strong>composição:<br />
RENDIMENTOS FINANCEIROS 31.12.<strong>20</strong><strong>10</strong> 31.12.<strong>20</strong>09<br />
>Juros Obtidos (<strong>de</strong>pósitos bancários) 19.585,17 84.752,66<br />
>Juros e outros rendimentos (aplicações financeiras) 61.232,63 47.507,23<br />
Totais 80.817,80 132.259,89<br />
Os juros obtidos e outros rendimentos <strong>de</strong> aplicações financeiras são essencialmente relativos aos juros <strong>de</strong><br />
investimentos em obrigações.<br />
21. MATÉRIAS AMBIEN<strong>TA</strong>IS<br />
A Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> tem como objectivos continuar a melhorar o seu <strong>de</strong>sempenho no âmbito do<br />
ambiente: <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o impacto na biodiversida<strong>de</strong> <strong>de</strong>corrente das suas activida<strong>de</strong>s, à promoção da eficiência<br />
energética e das práticas <strong>de</strong> utilização racional <strong>de</strong> recursos em particular a água, à prevenção da poluição <strong>de</strong><br />
forma a criar uma conjuntura <strong>de</strong> respeito pelo ambiente, à gestão dos aspectos ambientais ao longo <strong>de</strong> toda a<br />
ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor, zelando <strong>de</strong>sta forma pelo bem-estar <strong>de</strong> todos os seus intervenientes.<br />
Com efeito, a adopção pela Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> <strong>de</strong> um correcto <strong>de</strong>sempenho ambiental traduzida na<br />
integração e consolidação da componente ambiental <strong>de</strong> todas as activida<strong>de</strong>s por si <strong>de</strong>senvolvidas, a par <strong>de</strong><br />
uma legislação cada vez mais restritiva, po<strong>de</strong>rá concorrer positivamente para a tomada <strong>de</strong> consciência das<br />
populações sobre os problemas e <strong>de</strong>safios ambientais e, induzir um efeito replicador importante noutras<br />
organizações e instituições.<br />
139
Por estas razões, a Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> preten<strong>de</strong> implementar um Sistema <strong>de</strong> Gestão Ambiental (SGA) e<br />
proce<strong>de</strong>r ao seu registo no Sistema Comunitário <strong>de</strong> Ecogestão e Auditoria (EMAS).<br />
A implementação do Sistema Comunitário <strong>de</strong> Ecogestão e Auditoria na Fundação tem como objectivos a<br />
avaliação e a melhoria contínua do seu <strong>de</strong>sempenho ambiental, um diálogo aberto com o público e com outras<br />
partes interessadas, bem como a participação activa dos colaboradores e a sua formação a<strong>de</strong>quada.<br />
22. DIVULGAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS<br />
A Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong> não é <strong>de</strong>vedora à Segurança Social nem à Direcção Geral dos Impostos, tendo toda a<br />
sua situação contributiva completamente regularizada.<br />
23. EVENTOS SUBSEQUENTES<br />
Não são conhecidos quaisquer eventos subsequentes susceptíveis <strong>de</strong> ser divulgados.<br />
Porto, 15 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> <strong>20</strong>11<br />
TOC n.º 2783_Nuno Alexandre Soares Correia<br />
140
Porto, 17 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> <strong>20</strong>11<br />
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO,<br />
141
142
RELATÓR<strong>IO</strong> DE AUDITORIA<br />
Relatório <strong>de</strong> Auditoria<br />
Introdução<br />
1. Examinámos as <strong>de</strong>monstrações financeiras da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, as quais compreen<strong>de</strong>m o<br />
Balanço em 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> (que evi<strong>de</strong>ncia um total <strong>de</strong> 65.581.234,23 euros e um total <strong>de</strong> capital<br />
próprio <strong>de</strong> 59.596.394,73 euros, incluindo um resultado líquido <strong>de</strong> 127.488,25 euros), a Demonstração dos<br />
resultados por naturezas, a Demonstração das alterações no capital próprio, a Demonstração dos fluxos <strong>de</strong><br />
caixa do exercício findo naquela data e o correspon<strong>de</strong>nte Anexo.<br />
Responsabilida<strong>de</strong>s<br />
2. É da responsabilida<strong>de</strong> do Conselho <strong>de</strong> Administração a preparação do relatório <strong>de</strong> gestão e <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>monstrações financeiras que apresentem <strong>de</strong> forma verda<strong>de</strong>ira e apropriada a posição financeira da<br />
Fundação, as alterações no seu capital próprio, o resultado das suas operações e os fluxos <strong>de</strong> caixa, bem<br />
como a adopção <strong>de</strong> políticas e critérios contabilísticos a<strong>de</strong>quados e a manutenção <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> controlo<br />
interno apropriado.<br />
3. A nossa responsabilida<strong>de</strong> consiste em expressar uma opinião profissional e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, baseada no<br />
nosso exame daquelas <strong>de</strong>monstrações financeiras.<br />
Âmbito<br />
4. O exame a que proce<strong>de</strong>mos foi efectuado <strong>de</strong> acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes <strong>de</strong><br />
Revisão/Auditoria da Or<strong>de</strong>m dos Revisores Oficiais <strong>de</strong> Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e<br />
executado com o objectivo <strong>de</strong> obter um grau <strong>de</strong> segurança aceitável sobre se as <strong>de</strong>monstrações financeiras<br />
não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação, numa<br />
base <strong>de</strong> amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das <strong>de</strong>monstrações financeiras e a<br />
avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios <strong>de</strong>finidos pelo Conselho <strong>de</strong> Administração, utilizadas<br />
na sua preparação; (ii) a apreciação sobre se são a<strong>de</strong>quadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua<br />
divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iii) a verificação da aplicabilida<strong>de</strong> do princípio da continuida<strong>de</strong>;<br />
e (iv) a apreciação sobre se é a<strong>de</strong>quada, em termos globais, a apresentação das <strong>de</strong>monstrações financeiras.<br />
5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do<br />
relatório <strong>de</strong> gestão com as <strong>de</strong>monstrações financeiras.<br />
6. Enten<strong>de</strong>mos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa<br />
opinião.<br />
Opinião<br />
7. Em nossa opinião, as referidas <strong>de</strong>monstrações financeiras apresentam <strong>de</strong> forma verda<strong>de</strong>ira e<br />
apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Fundação <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>,<br />
em 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, o resultado das suas operações, os fluxos <strong>de</strong> caixa e as alterações no seu capital<br />
próprio no exercício findo naquela data, em conformida<strong>de</strong> com os princípios contabilísticos geralmente<br />
aceites em Portugal.<br />
Relato sobre outros requisitos legais<br />
8. É também nossa opinião que a informação financeira constante do relatório <strong>de</strong> gestão é concordante<br />
com as <strong>de</strong>monstrações financeiras do exercício.<br />
17 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> <strong>20</strong>11<br />
PricewaterhouseCoopers & Associados –<br />
Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Revisores Oficiais <strong>de</strong> Contas, Lda.<br />
representada por:<br />
José Pereira Alves, R.O.C.<br />
143
144
RELATÓR<strong>IO</strong> E PARECER DO CONSELHO FISCAL<br />
1. Em cumprimento dos preceitos legais e estatutários, vem o Conselho Fiscal apresentar o seu<br />
Relatório e Parecer sobre as contas <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> da FUNDAÇÃO DE SERRALVES, os quais nos foram<br />
oportunamente entregues pelo Conselho <strong>de</strong> Administração.<br />
2. No <strong>de</strong>sempenho das funções que lhe são cometidas, o Conselho Fiscal proce<strong>de</strong>u com resultados<br />
satisfatórios e com a frequência e extensão que enten<strong>de</strong>u necessárias, a uma revisão geral <strong>de</strong><br />
procedimentos contabilísticos, bem como a sondagens dos registos e outros elementos<br />
comprovativos. As contas do exercício findo em 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong>, as quais evi<strong>de</strong>nciam um<br />
total <strong>de</strong> balanço <strong>de</strong> 65 581 234,23 euros e um total <strong>de</strong> capital próprio <strong>de</strong> 59 596 394,73 euros,<br />
incluindo um resultado líquido do exercício positivo <strong>de</strong> 127 488,25 euros.<br />
3. Em <strong>20</strong>09 foi constituída uma provisão, que foi mantida em <strong>20</strong><strong>10</strong>, no valor <strong>de</strong> 2<strong>20</strong> mil euros com o<br />
objectivo <strong>de</strong> fazer face a eventuais reduções dos apoios mecenáticos (nota 13 do Anexo). À<br />
semelhança do exercício anterior o CF é <strong>de</strong> opinião que não existe fundamento para a constituição<br />
<strong>de</strong>sta provisão, por não representar qualquer responsabilida<strong>de</strong> actual da FUNDAÇÃO.<br />
4. Assim somos <strong>de</strong> parecer que as contas em 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> satisfazem os preceitos legais e<br />
estatutários, reflectem a posição dos registos contabilísticos e a situação financeira da FUNDAÇÃO<br />
DE SERRALVES, excepto quanto ao referido no parágrafo anterior.<br />
5. As <strong>de</strong>monstrações financeiras do presente exercício foram elaboradas pela primeira vez <strong>de</strong> acordo<br />
com o referencial do SNC, tendo a Fundação preparado o seu balanço inicial a 1 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>10</strong> e<br />
alterado o seu balanço <strong>de</strong> <strong>20</strong>09 para garantir a comparabilida<strong>de</strong> com <strong>20</strong><strong>10</strong>.<br />
6. Neste exercício efectuou-se o <strong>de</strong>sreconhecimento <strong>de</strong> activos fixos tangíveis relacionados com os<br />
gastos com o Projecto <strong>Serralves</strong> 21 (455 mil euros) que se encontravam contabilizados como activos<br />
em curso, mas que pelo facto <strong>de</strong> o projecto ter sido cancelado foram revertidos como gastos do<br />
período. A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> cancelamento do financiamento <strong>de</strong>ste projecto foi conhecida em <strong>20</strong><strong>10</strong>, <strong>de</strong><br />
acordo com informação contida na nota 16 do Anexo.<br />
7. Registam-se ainda perdas por imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 180 mil euros relacionadas com um saldo <strong>de</strong>vedor<br />
transitado <strong>de</strong> anos anteriores <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> um protocolo celebrado entre a Fundação e o Ministério<br />
da Economia, em <strong>20</strong>07, mas cujo recebimento <strong>de</strong> verbas nunca ocorreu (nota 8 do Anexo).<br />
8. De referir a celebração <strong>de</strong> um aditamento ao terceiro protocolo entre a Fundação e o Ministério da<br />
Cultura, em 22 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> <strong>20</strong>11, no sentido da redução da comparticipação do Estado para o Fundo<br />
<strong>de</strong> Compras <strong>de</strong> Obras <strong>de</strong> Arte para o período <strong>de</strong> <strong>20</strong>11-<strong>20</strong>13, embora ainda sem reflexos em <strong>20</strong><strong>10</strong>,<br />
situação assinalada na nota 11 do Anexo. Em <strong>20</strong><strong>10</strong> o subsídio do Estado fixou-se em 43% dos proveitos<br />
totais.<br />
9. Não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> registar o significativo nível <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s da Fundação, não só no número<br />
das disponibilizadas ao público como no investimento realizado no património, em particular no<br />
reforço da Colecção <strong>de</strong> Obras <strong>de</strong> Arte e nos projectos co-financiados pela UE relativos a diversas<br />
intervenções no património da Fundação.<br />
<strong>10</strong>. Assinalamos a entrada <strong>de</strong> 5 fundadores e relembramos que se continua a manter o bom hábito <strong>de</strong><br />
execução <strong>de</strong> funções pelos membros dos órgãos sociais se efectuar a título totalmente gracioso.<br />
Porto, 7 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> <strong>20</strong>11<br />
O Conselho Fiscal,<br />
ANA MARGARIDA BARA<strong>TA</strong> FERNANDES<br />
Presi<strong>de</strong>nte<br />
JORGE NELSON QUIN<strong>TA</strong>S<br />
Vogal<br />
ERNST & YOUNG AUDIT &ASSOCIADOS-SROC.S.A.<br />
Representada por: ANTÓN<strong>IO</strong> MANUEL DAN<strong>TA</strong>S AMORIM<br />
145
146
CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS<br />
Ana Luandina<br />
Anabela Trinda<strong>de</strong><br />
Audiorent<br />
Filipe Braga<br />
João Almeida<br />
Jorge Trêpa © (Pag. 44)<br />
Marc Domage<br />
Marco Introini<br />
O<strong>de</strong>te Patrício<br />
Pedro Nascimento<br />
Silvana Torrinha<br />
FUNDAÇÃO DE SERRALVES<br />
Rua <strong>de</strong> <strong>Serralves</strong>, 977, 4150-708 Porto<br />
Contribuinte n.º 502266643<br />
Matrícula n.º 502266643 na Conservatória do Registo Comercial do Porto<br />
www.serralves.pt<br />
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