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vi seminário sobre pragas, doenças e plantas daninhas do ... - IAC

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planta. Essa técnica tem supera<strong>do</strong> a barreira da incompatibilidade sexual entre as espécies. Êxito<br />

na manipulação genética de uma determinada espécie requer um eficiente sistema de transformação e<br />

um protocolo efetivo de regeneração de <strong>plantas</strong> a partir de células ou teci<strong>do</strong>s transforma<strong>do</strong>s. Um <strong>do</strong>s<br />

grandes entraves na transformação genética <strong>do</strong> feijoeiro tem si<strong>do</strong> a inexistência de um protocolo eficiente<br />

de regeneração de <strong>plantas</strong> in <strong>vi</strong>tro (MODA-CIRINO e NICOLODI, 1994; MODA-CIRINO et al 1995).<br />

A proteção de <strong>plantas</strong> contra <strong>pragas</strong>, por meio <strong>do</strong> uso da modificação genética vem sen<strong>do</strong><br />

utilizada com sucesso, com a inserção <strong>do</strong> gene que codifica a delta en<strong>do</strong>toxina de Bacillus thuringiensis<br />

em várias culturas economicamente importantes (DELANNAY et al. 1989, BARTON et al. 1987; FUCHS<br />

et al. 1992 ). Resulta<strong>do</strong>s promissores contra o ataque de insetos também tem si<strong>do</strong> obti<strong>do</strong>s com a<br />

inserção nas <strong>plantas</strong> de outros genes que codificam proteínas com ação inseticida como, por exemplo,<br />

os genes inibi<strong>do</strong>res de proteinases e da α amilase e o gene da lectina de er<strong>vi</strong>lha (Pisum sativum)<br />

(EDWARDS et al 1991, BOULTER et al 1990, GATEHOUSE et al 1993), entretanto estes genes<br />

ainda não estão sen<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>s em escala comercial.<br />

Os insetos têm mostra<strong>do</strong> uma grande capacidade para desenvolver resistência as medidas<br />

de controle, mais de 447 espécies de artrópodes resistentes aos inseticidas químicos foram detecta<strong>do</strong>s<br />

(MOBERG 1990; GEORGHIOU 1990), e o uso de <strong>plantas</strong> geneticamente modificadas podem<br />

apresentar problemas semelhantes ao controle químico. A detecção de populações de insetos<br />

resistentes às toxinas Bt tem causa<strong>do</strong> grande alarde, principalmente entre os produtores <strong>do</strong> sistema<br />

orgânico, onde pulverizações com o inseticida Bt, são um <strong>do</strong>s poucos méto<strong>do</strong>s de controle aceitáveis.<br />

A habilidade das <strong>pragas</strong> em quebrar a resistência da planta hospedeira é sempre um risco e soluções<br />

para minimiza-lo deverão ser empregadas. Várias estratégias de manejo têm si<strong>do</strong> propostas para<br />

as culturas transgênicas, incluin<strong>do</strong> o uso de mais de um gene de resistência e a a<strong>do</strong>ção de refúgios<br />

para garantir a <strong>sobre</strong><strong>vi</strong>vência de genótipos suscetíveis.<br />

Entretanto, os da<strong>do</strong>s atualmente disponíveis ainda são insuficientes para a recomendação de<br />

uma estratégia de manejo confiável, porém é e<strong>vi</strong>dente que a durabilidade das culturas transgênicas será<br />

muito maior se multi genes e multi mecanismos de resistência forem emprega<strong>do</strong>s. Possíveis estratégias<br />

<strong>vi</strong>san<strong>do</strong> reduzir a exposição da praga ao produto transgênico também podem ser a<strong>do</strong>tadas. As maiorias<br />

<strong>do</strong>s transgenes inseri<strong>do</strong> em variedades comerciais possuem promotores constitutivos tais como CAMV<br />

35 S, ou o gene actin 1 de arroz, os quais se expressam diretamente em muitos teci<strong>do</strong>s das <strong>plantas</strong>.<br />

Tem si<strong>do</strong> sugeri<strong>do</strong> que a utilização de promotores específicos que limitam a expressão no tempo e em<br />

teci<strong>do</strong>s específicos , como por exemplo PHA-L que é um promotor específico para expressão nas sementes<br />

ou RsS1, que é um promotor específico para floema ou então o uso de promotores indutivos como por<br />

exemplo pin 2 de batata, também poderão contribuir para o manejo da resistência de insetos como<br />

também na interação desse méto<strong>do</strong> de controle com insetos benéficos não alvos.<br />

Plantas geneticamente modificadas, expressan<strong>do</strong> proteínas de Bt, podem ter efeitos indiretos<br />

em insetos não alvos, pertencentes ao mesmo grupo de ação da toxina, sen<strong>do</strong> que esses efeitos podem<br />

variar em decorrência da sensibilidade da espécie ou da concentração da toxina nos teci<strong>do</strong>s das <strong>plantas</strong>.<br />

Antes da liberação comercial de qualquer planta geneticamente modificada, é necessário efetuar<br />

um estu<strong>do</strong> detalha<strong>do</strong> <strong>sobre</strong> os riscos e possíveis conseqüências ao meio ambiente e a saúde humana,<br />

animal e vegetal, sen<strong>do</strong> que estas avaliações devem ser efetuadas caso a caso. Posteriormente um<br />

sistema de monitoramento para avaliar os riscos subseqüentes às liberações comerciais também<br />

deve ser estabeleci<strong>do</strong>. O monitoramento pós-comercialização permite uma avaliação contínua da<br />

tecnologia de <strong>plantas</strong> geneticamente modificadas, em diversos ambientes em um longo perío<strong>do</strong> de<br />

tempo, possibilitan<strong>do</strong> identificar possíveis impactos que possam ocorrer e que não foram detecta<strong>do</strong>s<br />

nas liberações efetuadas em pequena escala (WOLFENBARGER e PHIFER, 2000).<br />

Documentos, <strong>IAC</strong>, Campinas, 79, 2007<br />

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