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vi seminário sobre pragas, doenças e plantas daninhas do ... - IAC

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são classifica<strong>do</strong>s em três categorias: a não-preferência, tolerância e antibiose, sen<strong>do</strong> que esta<br />

resistência pode ser controlada por poucos genes, também chamada de oligogênica ou por muitos<br />

genes, poligênica. A resistência controlada por poucos genes, também denominada de resistência<br />

vertical, geralmente confere altos níveis de resistência e é facilmente incorpora<strong>do</strong> em novas cultivares,<br />

porem este tipo de resistência é menos estável, em <strong>vi</strong>rtude <strong>do</strong> aumento de populações de biótipos<br />

de insetos com correspondente genes de <strong>vi</strong>rulência. A resistência poligênica, ou horizontal é não<br />

especifica, mais estável, porém mais difícil de ser incorporada. Ambos os tipos de resistência são<br />

utiliza<strong>do</strong>s em programas de melhoramento.<br />

O desenvol<strong>vi</strong>mento de cultivares de soja resistentes a insetos como <strong>IAC</strong>-17 e <strong>IAC</strong>19, as quais<br />

apresentam resistência <strong>do</strong> tipo não preferência, para o<strong>vi</strong>posição, além de baixas colonização e<br />

atrati<strong>vi</strong>dade para adultos de Bemisia tabaci biótipo B (VALLE e LOURENÇÃO, 2002), tem proporciona<strong>do</strong><br />

aos agricultores maior eficiência no controle integra<strong>do</strong> de <strong>pragas</strong>. A cultivar <strong>IAC</strong>-24, que tem-se<br />

destaca<strong>do</strong> pela resistência a percevejos pentatomídeos (MIRANDA et al 2003) constitui outro exemplo<br />

de sucesso no desenvol<strong>vi</strong>mento de cultivares resistentes a insetos. .<br />

A grande limitação para obtenção de variedades resistentes em feijão é a disponibilidade de<br />

fontes de resistência. No Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT) um grande número de<br />

acessos <strong>do</strong> banco de germoplasma de feijão foi avalia<strong>do</strong> para resistência a E. Kraemeri. Poucos<br />

materiais resistentes foram identifica<strong>do</strong>s, e nesses casos a resistência estava associada com a<br />

tolerância (SINGH, 1983). Um número eleva<strong>do</strong> de genótipos tem si<strong>do</strong> avalia<strong>do</strong> para a resistência a<br />

vaquinha e cigarrinha, entretanto os níveis de resistência encontra<strong>do</strong>s foram de modera<strong>do</strong>s a baixo<br />

(KORNEGAY e CARDONA, 1991). A restrita variabilidade genética dentro da espécie P. vulgaris e a<br />

incompatibilidade genética com outras espécies de <strong>plantas</strong> ou organismos que apresentam resistência<br />

têm dificulta<strong>do</strong> o melhoramento genético <strong>do</strong> feijoeiro para resistência às <strong>pragas</strong>, por meio de méto<strong>do</strong>s<br />

de melhoramento convencionais.<br />

O feijão sofre importantes perdas pós-colheita, causadas por Acanthoscelides obtectus e<br />

Zabrotes subfasciatus. Alto nível de resistência a Zabrotes subfasciatus foi encontrada em acessos<br />

de feijão silvestre, originários <strong>do</strong> México. O responsável por esta resistência é uma proteína armazenada<br />

nas sementes, denominada de arcelina, sen<strong>do</strong> que a mesma não foi encontrada em sementes de<br />

variedades cultivadas (SCHOONHOVEN et al, 1983). Até o momento sete alelos foram identifica<strong>do</strong>s,<br />

denomina<strong>do</strong>s de arcelina 1 a arcelina 7, sen<strong>do</strong> que as variantes das proteínas Arcelina 1 e Arcelina 5<br />

têm-se mostra<strong>do</strong> as mais promissoras para conferir resistência em <strong>plantas</strong> leguminosas (ACOSTA-<br />

GALEGOS et al 1998). Estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s por Goossens et al (2000) demonstraram nenhuma ati<strong>vi</strong>dade<br />

inseticida da proteina Arc5. Por outro la<strong>do</strong> Barbosa et al (2000), avaliaram a contribuição de quatro<br />

alelos da arcelina (arc1, arc2, arc3 e arc4), presentes em quatro linhagens de feijoeiro no controle<br />

de Z. subfasciatus e observaram diferenças significativas na percentagem de sementes danificadas<br />

pelo caruncho, sen<strong>do</strong> que as linhagens conten<strong>do</strong> o gene arc1 e arc2 apresentaram significativamente<br />

as menores percentagens em relação às testemunhas suscetíveis e as linhagens arc3 e arc4. Estu<strong>do</strong>s<br />

realiza<strong>do</strong>s por Santos et al, (1998), também demonstraram a baixa eficiência <strong>do</strong> gene arc3 e arc4 na<br />

redução <strong>do</strong>s danos causa<strong>do</strong>s por Z. subfasciatus e a resistência <strong>do</strong> tipo antibiose para as linhagens<br />

arc1 e arc2 em grãos armazena<strong>do</strong>s de feijão. Esses genes de resistência poderão ser introgredi<strong>do</strong>s<br />

em variedades comerciais, por meio de melhoramento convencional, proporcionan<strong>do</strong> a redução das<br />

perdas pós-colheita causada por Z. subfasciatus.<br />

Atualmente a técnica da engenharia genética de <strong>plantas</strong>, também denominada de manipulação<br />

genética ou técnica <strong>do</strong> DNA recombinante, tem permiti<strong>do</strong> introduzir no genoma de uma planta, genes<br />

responsáveis por características agronômicas desejáveis, sem alterar o genoma remanescente da<br />

Documentos, <strong>IAC</strong>, Campinas, 79, 2007<br />

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