vi seminário sobre pragas, doenças e plantas daninhas do ... - IAC
vi seminário sobre pragas, doenças e plantas daninhas do ... - IAC
vi seminário sobre pragas, doenças e plantas daninhas do ... - IAC
- No tags were found...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
área foliar em <strong>vi</strong>rtude <strong>do</strong> desfolhamento, danos as raízes, caule, botões, flores, vagens e inclusive<br />
nos grãos armazena<strong>do</strong>s. Dependen<strong>do</strong> das condições climáticas, cultivares e práticas de cultivo utilizadas<br />
as perdas no rendimento têm si<strong>do</strong> estimadas na faixa de 33 a 86% (HOHMANN e CARVALHO, 1989).<br />
Existe um grande número de <strong>pragas</strong> (insetos, ácaros e lesmas) associadas à cultura <strong>do</strong><br />
feijoeiro, entretanto as que maiores prejuízos têm causa<strong>do</strong> à produção na região Sul e mais<br />
especificamente no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná são as vaquinhas (Diabrotica speciosa, Cerotoma spp. e<br />
Colapsis spp.), cigarrinha verde (Empoasca Kraemeri), mosca branca (Bemisia tabaci), ácaro branco,<br />
também denomina<strong>do</strong> de ácaro tropical (Polyphagotarsonemus latus), percevejos (Nezara <strong>vi</strong>ridula)<br />
e <strong>pragas</strong> que atacam os grãos armazena<strong>do</strong>s (Acanthoscelides obtectus e Zabrotes subfasciatus).<br />
Além dessas <strong>pragas</strong> existem alguns organismos que podem eventualmente constituir-se em <strong>pragas</strong><br />
em algumas regiões, em <strong>vi</strong>rtude de condições favoráveis à sua ocorrência, sen<strong>do</strong> denominadas de<br />
<strong>pragas</strong> secundarias. Dentre elas podem ser citadas o pulgão da raiz (Smynthurodes betae), tripes<br />
(Caliothrips phaseoli), lagarta rosca (Agrotis spp), lagarta enroladeira das folhas (Hedylepta indicata),<br />
broca <strong>do</strong> caule (Elasmopalpus lignosellus), broca da vagem (Etiella zinckenella), lagarta cabeça de<br />
fósforo (Urbanus proteus), mina<strong>do</strong>res (Agromyzia spp.) lagartas da vagem (Tecla jebus e Maruca<br />
testulalis), tamanduá da soja (Sternechus subsignatus) e lesmas, que não são insetos e sim moluscos,<br />
(Vaginulus plebeius, Limax maximus e Deroceras agreste).<br />
A aplicação de defensivo químico tem si<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> de controle pre<strong>do</strong>minante, sen<strong>do</strong> que em<br />
algumas regiões produtoras <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná, na safra da seca, onde a ocorrência de <strong>pragas</strong> é<br />
elevada, têm si<strong>do</strong> efetuadas três a quatro pulverizações nas primeiras semanas após a emergência<br />
das <strong>plantas</strong>, para o controle da vaquinha. Posteriormente são necessárias outras aplicações para o<br />
controle da cigarrinha, ácaro branco, percevejos e lagartas. A utilização indiscriminada de defensivos<br />
no controle de <strong>pragas</strong> acarreta a elevação <strong>do</strong>s custos de produção, resíduos tóxicos nos grãos,<br />
desequilíbrio na população de parasitas e preda<strong>do</strong>res das <strong>pragas</strong> e danos ao meio ambiente. O<br />
manejo integra<strong>do</strong> de <strong>pragas</strong> (MIP) é uma prática que vem sen<strong>do</strong> difundida entre os agricultores da<br />
região, <strong>vi</strong>san<strong>do</strong> principalmente à diminuição <strong>do</strong> uso de defensivos químicos, e conseqüentemente a<br />
redução <strong>do</strong> custo de produção, diminuição <strong>do</strong> nível de resíduos nos grãos, e da contaminação <strong>do</strong><br />
meio ambiente. No MIP, não são a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s de controle isola<strong>do</strong>s, mas sim a integração de<br />
diferentes práticas disponíveis para se obter resulta<strong>do</strong>s mais eficientes, tais como época de semeadura<br />
adequada, cultivares mais adaptadas à região de cultivo, espaçamento e densidade de semeadura<br />
adequa<strong>do</strong>s, rotação de culturas, utilização de quebra ventos, cultivos associa<strong>do</strong>s, sistema de plantio<br />
direto, iscas atrativas e finalmente o controle químico quan<strong>do</strong> outras medidas de controle não forem<br />
possíveis. Para que o MIP possa ser emprega<strong>do</strong> de forma eficiente é necessário que o agricultor<br />
tenha conhecimento da praga e de seus inimigos naturais, uma vez que a decisão para a<strong>do</strong>ção <strong>do</strong><br />
controle químico é obtida após o monitoramento da quantidade da praga e de seus inimigos naturais,<br />
e o mesmo é efetua<strong>do</strong> somente quan<strong>do</strong> a população da praga atinge níveis de danos econômicos.<br />
Segun<strong>do</strong> Quintela (2005) o MIP tem reduzi<strong>do</strong> em média 60% da aplicação de inseticidas em cultivo<br />
de feijão irriga<strong>do</strong> na região Noroeste <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de Minas Gerais.<br />
O controle biológico utilizan<strong>do</strong>-se de preda<strong>do</strong>res ou parasitas da praga e a prevenção de<br />
acasalamentos por meio de insetos macho-estéreis são medidas de controle já emprega<strong>do</strong>s com<br />
sucesso, em algumas culturas e podem ser emprega<strong>do</strong>s isoladamente ou como um componente <strong>do</strong><br />
MIP. O controle biológico não causa danos ao meio ambiente, nem riscos a saúde humana e animal e<br />
raramente a praga desenvolve resistência ao inimigo natural e freqüentemente apresenta baixo custo.<br />
Apesar das muitas vantagens, essas meto<strong>do</strong>logias ainda não estão disponíveis para a cultura <strong>do</strong> feijoeiro.<br />
Outra medida de controle eficiente é a utilização de variedades resistentes, as quais tem a<br />
habilidade de reduzir a infestação ou os danos causa<strong>do</strong>s pelos insetos. Os mecanismos de resistência<br />
Documentos, <strong>IAC</strong>, Campinas, 79, 2007<br />
47