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vi seminário sobre pragas, doenças e plantas daninhas do ... - IAC

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DESAFIOS AO CONTROLE DE PRAGAS NA CULTURA DO<br />

FEIJOEIRO: DESAFIOS NA REGIÃO SUL<br />

Vania Moda-Cirino (¹)<br />

O Brasil destaca-se no cenário internacional como o maior produtor mundial de feijão<br />

(Phaseolus vulgaris L.), cultivan<strong>do</strong> anualmente uma área de 4.161.800 hectares com uma produção<br />

de 3.282.200 toneladas (CONAB 2006). O feijão é cultiva<strong>do</strong> em to<strong>do</strong> o território nacional, sen<strong>do</strong> que<br />

a região Sul, compreendida pelos esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul, Santa Catarina e Paraná, constitui<br />

a maior região produtora, contribuin<strong>do</strong> com aproximadamente 30% da produção nacional, seguida<br />

pela região Sudeste e Centro Oeste. O esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná é o principal produtor nacional, contribuin<strong>do</strong><br />

com cerca de 22% da produção brasileira, cultivan<strong>do</strong> uma área de 543.500 hectares com uma produção<br />

de 730.500 toneladas (CONAB, 2006). É pre<strong>do</strong>minante a participação <strong>do</strong>s pequenos produtores,<br />

sen<strong>do</strong> que as unidades produtivas com menos de 50 hectares são responsáveis por aproximadamente<br />

84% da produção paranaense.<br />

No Paraná o feijoeiro é cultiva<strong>do</strong> em três épocas, safra das águas, da seca e de outono/<br />

inverno. A safra das águas, cuja semeadura ocorre nos meses de agosto a novembro é a mais<br />

importante, contribuin<strong>do</strong> com aproximadamente 58% da produção. Na safra da seca a semeadura<br />

ocorre nos meses de dezembro a fevereiro e contribui com 40% da produção total <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>,<br />

caracterizan<strong>do</strong>-se por ser uma safra altamente tecnificada com produti<strong>vi</strong>dade média elevada. A safra<br />

de outono inverno contribui com apenas 2% da produção, concentran<strong>do</strong>-se nas regiões Norte e<br />

Noroeste <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, em sucessão as culturas de soja, milho e algodão, sen<strong>do</strong> semeada no perío<strong>do</strong><br />

de abril a junho, constituin<strong>do</strong>-se em uma ati<strong>vi</strong>dade de alto risco, de<strong>vi</strong><strong>do</strong> a grande probabilidade de<br />

ocorrência de déficit hídrico prolonga<strong>do</strong>s e baixas temperaturas durante o desenvol<strong>vi</strong>mento da planta,<br />

e que associa<strong>do</strong>s ao baixo nível tecnológico a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, resulta em produti<strong>vi</strong>dades muito reduzidas.<br />

Nos esta<strong>do</strong>s de Santa Catarina e Rio Grande <strong>do</strong> Sul, o feijão é cultiva<strong>do</strong> somente em duas épocas,<br />

na safra das águas e da seca, também denominada de safrinha, sen<strong>do</strong> que a safra das águas é a<br />

mais importante contribuin<strong>do</strong> com 65% da produção catarinense e 83% da produção rio grandense<br />

(CONAB, 2006).<br />

Apesar <strong>do</strong> rendimento médio da região Sul ser aproximadamente 63% superior ao <strong>do</strong> rendimento<br />

médio nacional, o mesmo ainda esta muito aquém <strong>do</strong> potencial genético produtivo das cultivares. A<br />

ocorrência de <strong>do</strong>enças e <strong>pragas</strong> bem como de fatores edafoclimáticos adversos são um <strong>do</strong>s principais<br />

fatores responsáveis pelo baixo rendimento e instabilidade de produção.<br />

Os danos causa<strong>do</strong>s pelas <strong>pragas</strong> podem ser observa<strong>do</strong>s desde a semeadura até após a<br />

colheita, e de<strong>vi</strong><strong>do</strong> à diversidade de espécies que ocorrem, praticamente todas as estruturas da<br />

planta têm-se mostra<strong>do</strong> suscetíveis, ocasionan<strong>do</strong> perdas na população de <strong>plantas</strong>, redução da<br />

(¹) Instituto Agronômico <strong>do</strong> Paraná, IAPAR, Área de Melhoramento e Genética Vegetal, Ro<strong>do</strong><strong>vi</strong>a Celso Garcia Cid, km 375, Caixa<br />

Postal 481, 86001-970, Londrina – PR. E-mail: vamoci@iapar.br<br />

Documentos, <strong>IAC</strong>, Campinas, 79, 2007<br />

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