22.01.2015 Views

vi seminário sobre pragas, doenças e plantas daninhas do ... - IAC

vi seminário sobre pragas, doenças e plantas daninhas do ... - IAC

vi seminário sobre pragas, doenças e plantas daninhas do ... - IAC

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

2.3 Doenças causadas por bactérias<br />

As duas principais <strong>do</strong>enças bacterianas da cultura <strong>do</strong> feijoeiro são crestamento bacteriano comum<br />

e murcha de curtobacterium. A <strong>do</strong>ença fogo selvagem já foi constatada, porém sem relatos de prejuízos.<br />

Na Tabela 2 encontram-se as bactérias causa<strong>do</strong>ras de <strong>do</strong>enças, condições ideais para o seu<br />

desenvol<strong>vi</strong>mento e <strong>sobre</strong><strong>vi</strong>vência.<br />

2.3.1 Crestamento bacteriano comum<br />

A <strong>do</strong>ença crestamento bacteriano comum é de ocorrência comum nas regiões produtoras de<br />

feijão. A maior severidade é observada na ocorrência de chuvas e temperatura mais elevada.<br />

2.3.2 Murcha-de-curtobacterium<br />

Esta <strong>do</strong>ença bacteriana vem ocorren<strong>do</strong> com freqüência na cultura <strong>do</strong> feijoeiro em algumas localidades<br />

<strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal. Seu agente causal é<br />

Curtobacterium flccumfaciens pv. flaccumfaciens, que causa sintomas típicos de murcha e morte de <strong>plantas</strong><br />

de feijoeiro. Em condições de campo é comum a ocorrência de <strong>plantas</strong> indi<strong>vi</strong>duais mortas e ao seu re<strong>do</strong>r<br />

<strong>plantas</strong> sadias. Em alguns casos podem ser observadas pequenas reboleiras, causan<strong>do</strong> falhas na plantação.<br />

Inicialmente, as <strong>plantas</strong> apresentam sintomas de murcha e amarelecimento nos bor<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s folíolos,<br />

posteriormente os folíolos secam e as <strong>plantas</strong> morrem. Vagens verdes provenientes de <strong>plantas</strong> <strong>do</strong>entes<br />

podem ou não apresentarem-se normais ou encharcadas. Nas sementes, um <strong>do</strong>s sintomas típicos é a<br />

coloração amarelada, mas sementes assintomáticas podem estar infectadas pelo patógeno.<br />

Temperaturas elevadas e alternância de perío<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s e secos são favoráveis para o<br />

desenvol<strong>vi</strong>mento da <strong>do</strong>ença em campo. O patógeno <strong>sobre</strong><strong>vi</strong>ve em sementes, em restos de cultura infecta<strong>do</strong>s,<br />

em <strong>plantas</strong> voluntárias no campo e em algumas hospedeiras suscetíveis, além <strong>do</strong> feijoeiro, tais como a<br />

soja, a er<strong>vi</strong>lha, o caupi e muitas outras leguminosas. A disseminação a longas distâncias ocorre principalmente<br />

por sementes infectadas. Não há e<strong>vi</strong>dências da disseminação em campo por respingos de água, na<br />

cultura <strong>do</strong> feijoeiro, uma vez que o patógeno coloniza os vasos de xilema das <strong>plantas</strong>.<br />

Medidas preventivas devem ser a<strong>do</strong>tadas no controle. Dentre elas destacam-se rotação de<br />

culturas com espécies não suscetíveis, incorporação ao solo de restos culturais infecta<strong>do</strong>s, uso de<br />

sementes sadias ou provenientes de lavouras em que a <strong>do</strong>ença não tenha ocorri<strong>do</strong> e emprego de<br />

cultivares com níveis de resistência tais como, <strong>IAC</strong> Carioca Aruã, <strong>IAC</strong> Carioca Pyatã, <strong>IAC</strong> Carioca<br />

Tybatã, IAPAR 31, IPA 9 e Ouro Branco.<br />

Tabela 2. Doenças bacterianas da cultura <strong>do</strong> feijoeiro, patógenos causa<strong>do</strong>res, condições ideais e <strong>sobre</strong><strong>vi</strong>vência<br />

Doença<br />

Patógeno<br />

Condições ideais<br />

Sobre<strong>vi</strong>vência<br />

Crestamento<br />

bacteriano comum<br />

Xanthomonas<br />

axonopodis pv.<br />

phaseoli<br />

Alta temperatura<br />

(28 o C a 32 o C)<br />

Alta umidade<br />

Sementes, restos culturais, algumas<br />

<strong>plantas</strong> <strong>daninhas</strong> e algumas leguminosas<br />

Murcha de<br />

Curtobacterium<br />

Curtobacterium<br />

flaccumfaciens<br />

pv. flaccumfaciens<br />

Alta temperatura<br />

Alta umidade,<br />

Alterna<strong>do</strong> com<br />

baixa umidade<br />

Sementes, restos culturais, caupi,<br />

er<strong>vi</strong>lha, soja, outras leguminosas e<br />

algumas <strong>plantas</strong> <strong>daninhas</strong><br />

Fogo selvagem<br />

Pseu<strong>do</strong>monas<br />

syringae pv. tabaci<br />

Baixa temperatura<br />

Alta umidade<br />

Pouco conhecida<br />

Fonte: Ito et al., 2003.<br />

Documentos, <strong>IAC</strong>, Campinas, 79, 2007<br />

22

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!